Diário do Posto 56/julho

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Diário do POSTO

ANO 7 - N0 56 JULHO / 2018

O JORNAL DO DIA A DIA DA REVENDA

FOTO DIVULGAÇÃO

ALE VENDE 78% DA EMPRESA A gigante de mineração suíça Glencore adquiriu 78% da ALE Combustíveis, negócio de R$ 1,7 bilhão. Marcelo Alecrim, um dos fundadores da companhia, continuará liderando os negócios, com participação de 22% na empresa, e assumirá a presidência executiva do Conselho de Administração da ALE. Página 4


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Diário do POSTO PREÇO DO DIESEL

ALE EM NOVAS MÃOS Ao longo dos últimos anos, surgiram informações, nunca confirmadas, da possibilidade de venda da ALE Combustíveis. Ainda recentemente, o grupo Ultra, dono da Ipiranga, fez uma proposta, mas o negócio foi rejeitado pelo Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica), alegando excessiva concentração no setor de combustíveis. Agora, porém, a negociação se concretizou, e 78% da ALE foram vendidos para um grupo suíço de mineração, a Glencore, por R$ 1,7 bilhão. Os 22% restantes ficarão nas mãos de Marcelo Alecrim, fundador da empresa – ele assume a presidência executiva ao fim da transação. O Cade já deu sinal verde para a mudança de mãos da ALE.

O preço médio do diesel nos postos do Brasil voltou a cair na semana passada, após registrar a primeira alta desde a instituição de um programa de subsídios do governo federal a fornecedores como a Petrobras e importadores. O valor médio do diesel combustível mais consumido do país, nos postos brasileiros, atingiu R$ 3,38 por litro na semana encerrada em 21 de julho, queda de 0,2 por cento ante a semana anterior, segundo dados da ANP. Na semana encerrada em 14 de julho, os postos registraram uma leve alta ante a semana anterior, encerrando uma série de cinco quedas consecutivas desde o início do programa de subsídios, criado pelo governo federal como resposta a uma greve história de 11 dias dos caminhoneiros em maio, contra os altos preços do combustível. A leve alta da semana anterior foi atribuída a uma elevação dos preços do biodiesel. Informação da Folha de S.Paulo.

Luiz Carlos Mello

CARRO ELÉTRICO O Brasil terá, até o fim do ano, uma frota de apenas 10 mil carros elétricos e híbridos (modelos com bateria e motor a combustão), mas montadoras e empresas do setor de energia querem provar que esse tipo de veículo é viável no país e pode aumentar sua participação no mercado local, a exemplo do que ocorre em países da Europa e na China. A fabricante de carros de luxo BMW e a empresa do setor elétrico EDP, com apoio da rede Ipiranga, vão inaugurar seis postos de recarga na Rodovia Presidente Dutra, que interliga as duas maiores capitais do País – São Paulo e Rio de Janeiro. A ação recebeu R$ 1 milhão em investimentos. “É o maior corredor elétrico da América Latina”, diz o presidente da BMW do Brasil, Helder Boavida. Segundo ele, com três pontos de recarga em cada um dos sentidos da rodovia, a uma distância de 120 quilômetros cada, os postos possibilitam “uma viagem tranquila” pelos 430 km entre as cidades, sem risco de desabastecimento. Publicado pelo Estado de S.Paulo.

MONITORAMENTO DE PREÇOS A ANP lançou novo sistema de monitoramento de preços nos postos, baseado em declarações feitas pelos próprios revendedores. A adesão inicial, porém, tem sido baixa, com contribuição de apenas 48 dos cerca de 42 mil postos brasileiros. O desenvolvimento do sistema havia sido antecipado pelo diretor-geral da ANP, Décio Oddone, em entrevista concedida à Folha em junho, em que disse que o sistema permitiria uma comparação com os preços do dia 21 de maio, data estabelecida pelo governo para fiscalizar o repasse das subvenções ao preço do diesel. Atualmente, o monitoramento de preços de combustíveis pela ANP já é feito por meio de uma pesquisa contratada a empresa terceirizada, que verifica os valores em 459 municípios. Notícia da Folha de S.Paulo.

Diário do Posto é uma publicação mensal da LCM Comunicação, com tiragem de 3.500 exemplares, distribuídos em todo o estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Editor: luiz Carlos mello (mTb 12.036) Projeto gráfico e diagramação: laerte Gomes lcmpress@terra.com.br Tel: (21) 99172-9569 diariodoposto@gmail.com impressão: Grafmec

os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal Edição finalizada Em 30 /julho /2018



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EMPRESA NEGOCIA 78% DE SEU NEGÓCIO FOTOS DIVULGAÇÃO

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Alesat Combustíveis, dona dos postos ALE, foi vendida para a gigante de mineração suíça Glencore, por R$ 1,7 bilhão. O negócio com a Glencore também inclui uma redução no número de postos da rede ALE – a empresa tem atualmente 1.500 postos de combustíveis distribuídos em 22 estados, além de 260 lojas de conveniência. A suíça adquiriu 78% do negócio. Os 22% restantes ficaram com Marcelo Alecrim, um dos fundadores da ALE, que assumirá a presidência executiva, ao fim da transação O valor é menor do que os R$ 2,17 bilhões oferecidos pelo grupo Ultra, dono da Ipiranga, pela rede concorrente. Anunciado em junho de 2016, o negócio foi rejeitado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em agosto de 2017, alegando excessiva concentração no setor de combustíveis. A Ipiranga é a segunda maior empresa do setor, com 14,6% do mercado. No comunicado, a Glencore destacou que a compra é o primeiro negócio da empresa no segmento. "O investimento vai

PARCERIA COM A MARCA MOBIL A ALE firmou parceria de negócios com a Moove – uma das maiores fabricantes de lubrificantes e especialidades automotivas no segmento –, detentora da marca Mobil no Brasil e em outros países, como Espanha, Argentina, Paraguai e Bolívia. O acordo prevê a distribuição da linha

garantir à Glencore uma forte plataforma para aproveitar as significativas oportunidades de crescimento doméstico no setor de combustíveis, com a maior parte do crescimento da alta de demanda a ser suprida por importações", afirmou a nota. Com 22 anos de história, a ALE é fruto da união da ALE Combustíveis com a Satélite Distribuidora de Petróleo, e ocupa hoje a quarta posição no ranking das distribuidoras de combustíveis no Brasil

Marcelo Alecrim, presidente da ALE Distribuidora de Combustíveis

completa de lubrificantes para carros, motos e caminhões da Mobil nos postos ALE, localizados em 21 Estados e no Distrito Federal. – Com esse novo parceiro, entregaremos a nossos clientes toda a qualidade, desempenho, segurança e tecnologia de ponta dos lubrificantes Mobil, marca que mais cresce nos últimos anos e lidera o mercado Premium – afirmou o presidente da ALE, Marcelo Alecrim. Ele prevê que o volume de lubrificantes comercializados

MARCO NO MERCADO Após seu recente investimento no setor de distribuição de combustíveis mexicano, por meio da G500, o investimento da Glencore Energy na ALE representa um marco no mercado brasileiro de combustíveis. O investimento da Glencore fortalecerá a ALE, proporcionando uma plataforma para maior participação no mercado e a oportunidade para a empresa melhorar seus serviços, logística e operações, beneficiando consumidores e revendedores.

na rede deve crescer 25% ao ano. “A partir de 2022, nosso objetivo é que a ALE comercialize aproximadamente 7,5 milhões de litros de lubrificantes por ano”. Para a Moove, a expectativa é de que a parceria gere um incremento de aproximadamente 5% nas vendas dos produtos Mobil no país, no primeiro ano de parceria. Atualmente, a comercialização de lubrificantes em postos de combustíveis representa 23% do mercado total no país.

Segundo Filipe Affonso Ferreira, CEO da Moove, “o principal objetivo da parceria é ampliar a distribuição dos produtos Mobil nas mais diversas regiões do país, contando com a excelência e a credibilidade da rede de postos ALE, que está entre as maiores distribuidoras de combustíveis do mercado nacional”. A sinergia de objetivos entre a Mobil e a ALE garante qualidade do produto oferecido e excelência no atendimento aos seus consumidores”.


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A EXPERIÊNCIA DE COMPRA NO PDV

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consumidor entra na loja, pega ou pede o que quer, paga e vai embora. Sim, isso acontece. Mas no meio do caminho acontecem muitas outras coisas que tornam uma experiência de compra num pdv, uma oportunidade de proporcionar ao seu consumidor sensações subliminares, que vão fazer com que ele tenha uma experiência memorável e que queira voltar à sua loja. Quando falamos de sensações subliminares, falamos de sensações que são aguçadas pelos cinco sentidos. Vivemos num mundo cada dia mais visual. Portanto, recebemos muitas informações deste tipo ao mesmo tempo e fica cada

vez mais difícil conseguir a atenção do consumidor. Se as mensagens visuais no seu pdv não forem adequadas, perde uma oportunidade de venda. As mensagens precisam ser claras e eficazes. Afinal, temos muito pouco tempo para conquistar o consumidor neste intervalo de tempo entre a hora que ele entra e sai da loja. Outro sentido importante é a audição. Precisa ser confortável. Já reparou quando ficamos inquietos e com vontade de sair de ambientes, sem talvez nem nos darmos conta do motivo? A música que toca na loja, o ruído dos equipamentos, tudo isso contribui para uma experiência positiva ou não.

O cheiro é fundamental , especialmente onde se vende comida. O olfato está relacionado ao paladar e às emoções. O aroma de um alimento aprazível estimula o olfato e o paladar. A temperatura ambiente também é fator que contribui para uma experiência agradável. Enfim, são numerosos fatores que podem gerar no seu consumidor uma boa experiência na sua loja. Neste mercado, cada vez mais competitivo, onde as margens de lucro vêm baixando e a necessidade de se diferenciar da concorrência se torna cada vez mais urgente, precisamos aproveitar cada oportunidade para impressionar positivamente nossos consumidores.

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FOTO: DIVULGAÇÃO BR

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LOJA CONCEITO NA SEDE DO RIO

Petrobras Distribuidora inaugurou, em sua sede no Rio de Janeiro, uma loja conceito da franquia BR Mania que servirá como laboratório para novas tecnologias aplicadas ao varejo de conveniência em postos de serviço, tendo como foco a digitalização da experiência de consumo. A força de trabalho da própria BR está testando em primeira mão as soluções tecnológicas da loja, como acesso à loja, pedidos e compras através do app do programa de fidelidade Petrobras Premmia ou em tablets distribuídos nas mesas, com os mesmos cardápios digitais disponíveis no app. Para quem prefere uma experiência mais tradicional, os atendentes possuem aparelhos digitais para inserir os pedidos no sistema. Outras facilidades para os adeptos de tecnologia estão disponíveis, como pontos de recarga de smartphones e laptops nas mesas. – Com essa iniciativa, a Petrobras Distribuidora pretende aprimorar o seu formato de loja de conveniência, oferecendo o que há de mais moderno em tecnologia para seus franqueados e parceiros, de forma a alavancar os seus resultados, bem como proporcionar uma experiência diferenciada de consumo para os clientes finais – comentou o diretor da Rede de Postos da Petrobras Distribuidora, Marcelo Bragança. A loja conceito da BR Mania ofe- rece o mix de produtos e serviços completo da franquia, com 150 itens da linha de food service marca própria, BR Mania Café, Padaria, Burgueria e Pizzaria. Também dispõe do serviço de sanduíches e saladas para montar, uma aposta da rede para aproximar o consumidor do

conceito de alimentação saudável em loja de conveniência.

ANUNCIANTE DO ANO A Petrobras Distribuidora foi escolhida “Anunciante do Ano” no evento do Prêmio Colunistas Rio 2017. Iniciativa da Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda (Abracomp), a premiação regional reconheceu os melhores projetos e empresas na área de comunicação e marketing, com participação de 36 agências e veículos, representando projetos de 83 clientes. Líder no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis e lubrificantes, a BR lançou em abril do ano passado uma campanha voltada para destacar sua atuação no canal de postos de serviço, com o conceito "Da tecnologia ao bom dia, tudo o que a gente faz é para você curtir o caminho." – Foi uma campanha inédita no segmento, em que as pessoas, e não o posto, são protagonistas. As histórias são contadas em primeiro plano, com a tranquilidade que se tem depois de uma ida a um posto BR. Mostram situações cotidianas, verdadeiras, que geram identificação – comentou Gustavo Ferro, executivo de Comunicação, Marcas e Sustentabilidade da BR. Em 2017, foram produzidos e veiculados seis filmes publicitários com esse enfoque, estética e linguagem, além de peças para mídias impressas, digital (internet) e exterior. Este ano foram outros três filmes, e vêm mais por aí. A NBS, uma das duas agências responsáveis pela conta da Petrobras Distribuidora, foi bem na categoria Grandes Prêmios, como Agência de Comunicação do ano; e Carlos André Eyer, diretor de criação que atende a BR, foi escolhido Profissional de Propaganda. Top 10 – Recentemente, a BR Mania também se destacou na segunda edição do estudo sobre as 50 Maiores Marcas de Franquias no Brasil (por unidades), da Associação Brasileira de Franchising (ABF), encerrando 2017 entre as dez primeiras colocadas, com 1.347 lojas.


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AGRADA A DECISÃO DA ANP SOBRE PREÇOS FOTO DIVULGAÇÃO

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decisão da ANP de descartar, após consulta pública, uma possível intervenção na frequência de ajustes de preços dos combustíveis da Petrobras, atendeu a pleitos do mercado, disseram representantes do setor, no dia 23 de julho. Na véspera, o diretor-geral da autarquia, Décio Oddone, comentou que o corpo técnico concluira que “medidas relacionadas com o aumento da transparência e estímulo ao aumento da competitividade são muito mais eficientes do que a adoção de periodicidade mínima para repasse de reajustes”. O anúncio ocorreu como uma resposta à paralisação histórica de caminhoneiros de 11 dias em maio, que causou grandes prejuízos à economia brasileira. Na ocasião, os manifestantes protestavam contra altos valores do diesel e demandavam maior previsibilidade. – Foi ótimo, este tinha sido exatamente o pleito da Plural e suas associadas… que fossem mantidas as regras de mercado, alinhando com preços internacionais, exatamente como estava sendo feito – afirmou Leonardo Gadotti, presidente da Plural, que representa as principais distribuidoras do Brasil. Gadotti também aprovou a decisão da ANP de buscar medidas para atrair mais transparência para o setor, por meio de uma resolução. Uma minuta deve ser colocada em audiência pública em cerca de 30 dias e a nova regulação já poderá estar em vigor dentro de 60 dias, segundo a agência reguladora. Dentre as novas regras, deverá ser estipulado que Petrobras publique preços por pontos de venda e não mais uma média nacional aritmética como faz atualmente. Além disso, a Petrobras teria que publicar no dia o preço que está praticando e não mais um dia antes como ocorre hoje. Para Gadotti, no entanto, não seria oportuno que as distribuidoras estivessem submetidas a essa mesma regra de publicação, uma vez que consideram esses dados estratégicos. Já a Petrobras, que detém quase 100 por cento da capacidade de refino do país, precisa dar mais publicidade, segundo ele. A jornalistas, a ANP evitou fazer previsões sobre quais agentes de mercado deveriam seguir as novas regras de publicidade de preços. O diretor-geral disse apenas que a ANP não regula somente a Petrobras, regula o mercado. (Fonte: Site da Exame)


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OS MAIS VENDIDOS DO PRIMEIRO SEMESTRE FOTO DIVULGAÇÃO

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Chevrolet Onix não apenas se manteve como o carro mais vendido no país no primeiro semestre deste ano, como também teve um aumento de 7,6% em suas vendas em relação ao mesmo período de 2017. No total, foram emplacadas 89.620 unidades do hatch, que acaba de ganhar a linha 2019. Também não houve mudanças na vice-liderança do ranking. O Hyundai HB20 continua a figurar na segunda posição, com 50.419 licenciamentos, embora o volume tenha caído 1,4 % em comparação com os primeiros seis meses do ano passado. Essa escorregada é perigosa, uma vez que um pouco mais de 2 mil unidades o separam do Ford Ka, cujas vendas tiveram alta de 8%, graças ao empurrãozinho dado pelas promoções e facilidades de negociação. O estratégia ajuda a queimar os estoques para a chegada do modelo reestilizado, já prestes a desembarcar nas lojas. A atualização poderá ajudar o compacto subir no ranking nos próximos meses, já que ganhou câmbio automático.

Fonte (Revista Auto Esporte)

VOLKSWAGEN POLO

CHEVROLET ONIX

HYUNDAI HB 20

FORD KA

Chevrolet Onix – 89.620 Hyundai HB 20 – 50.419 Ford Ka – 48.262 Volkswagen Polo – 34.138 Volkswagen Gol – 32.512 Fiat Strada – 32.505 Chevrolet Prisma – 32.015 Renault Kwid – 29.678 Toyota Corolla – 28.554 Jeep Compass – 28.194 Fiat Argo – 27.983 Fiat Toro – 26.062 Renaut Sandero – 25.093 Fiat Mobi – 24.997 Honda HR-V – 23.149 Volkswagen Saveiro – 22.196 Nissan Kicks – 21.837 Jeep Renegade – 21.430 Hyundai Creta – 20.152 Toyota Etios – 19.509 Volks Fox/Crossfox – 18.688 Toyota Hilux – 17.442

VOLKSWAGEN GOL



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Diário do POSTO FOTO ALEX FERREIRA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissões debatem na Câmara de Deputados a venda direta de etanol para os postos

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roposta que permite que produtores de etanol vendam o produto diretamente para postos de combustível, sem passar pelas distribuidoras, dividiu opiniões em debate na Câmara dos Deputados. A medida consta em projeto de decreto legislativo (PDC 916/18) do deputado JHC (PSB-AL) e foi discutida dia 11 de julho em audiência pública conjunta das comissões de Minas e Energia; e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O projeto pretende suspender parte da Resolução 43/09, da ANP, a qual prevê que o produtor só pode comercializar etanol combustível com distribuidor autorizado pela agência e com o mercado externo. JHC considera que o artigo provoca aumento do preço do álcool para o consumidor brasileiro. – Só a questão da logística da distribuição encarece o produto, sem contar a margem de lucro que a distribuidora coloca em cima do etanol. Nós sairíamos de um oligopólio, com poucas distribuidoras controlando o mercado, e daríamos a oportunidade da livre concorrência, com todos os mais de 400 produtores podendo vender diretamente para os cerca de 42 mil postos. Se você barateia o etanol, barateia a gasolina, porque 80% da nossa frota é flex – afirmou. Para o deputado, a ANP trabalha como “advogada das distribuidoras”, quando deve-

VENDA DIRETA DE ETANOL ria trabalhar em defesa do consumidor, que estaria sendo lesado pela “burocracia estatal”. Ele acredita ainda que a agência extrapolou suas atribuições e regulamentou questão que tinha de ser discutida pelos parlamentares. O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, negou que órgão esteja cooptado por qualquer setor da economia. E disse que a pos-

sibilidade de venda direta do etanol já está sendo analisada pela agência, em grupo de trabalho conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que estuda alterações na regulamentação do setor. O grupo tem, a partir do final de junho, 60 dias para decidir sobre o tema. POSIÇÃO DA FECOMBUSTÍVEIS O presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, participou da audiência pública na Câmara dos Deputados, em 11 de julho, que discutiu a venda direta de etanol das usinas aos postos. Paulo Miranda entende que a medida deve ser avaliada com cautela em relação aos aspectos de qualidade, logística e tributação. – Nosso receio é de que a medida possa abrir novas brechas para fraudes tributárias no setor de etanol, desorganizando e distorcendo ainda mais este mercado. Entendemos a boa intenção do deputado, porém, se não forem tomadas medidas de proteção, haverá abertura de um mercado ilegal. Defendemos a tributação das usinas na fonte. Além disso, para evitar desequilíbrios concorrenciais entre postos sediados nas fronteiras de estados com diferentes alíquotas de ICMS, defendemos a monofasia deste imposto – afirmou o presidente da Fecombustíveis.


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PREÇOS: DIVULGAÇÃO EM TEMPO REAL

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s agentes do setor de combustíveis terão que divulgar os preços reais, efetivamente praticados nos pontos de entrega, e não mais os preços médios aritméticos. Além disso, todas as empresas deverão publicá-los no dia de sua vigência, e não mais fixálos antecipadamente. A periodicidade mínima de reajustes está descartada, segundo anunciou o diretor-geral da ANP, Décio Oddone. – Estudos técnicos demonstraram não ser interessante o estabelecimento de periodicidade mínimo de repasse de preços ao consumidor. Preço não se anuncia, se pratica – afirmou. A Tomada Pública de Contribuições de Combustíveis, realizada pela ANP entre os dias 11 de junho e 2 de julho, provocou 146

Décio Oddone: “Preço não se anuncia, se pratica”

manifestações à agência reguladora, que estão sendo analisadas internamente, ou encaminhadas ao Cade ou aos ministérios da Fazenda e das Minas e Energia, estas quanto às sugestões tributárias. Segundo o diretor-geral, as apresentações demonstraram que os preços praticados nesse período estão descolados dos internacionais. Os estudos foram ampliados para os últimos 10 anos, e comprovaram, igualmente, que as cotações internacionais não estão diretamente ligadas às variações internas. A agência entende ser funda-

mental a transparência na divulgação da formação de preços dos combustíveis. Neste sentido, as empresas não devem mais instituir uma periodicidade fixa para os reajustes; não deverão mais divulgar os preços médios ponderados regionais ou nacionais – mas os reais, efetivamente praticados em cada ponto de entrega; e não deverão divulgá-los antecipadamente, mas apenas praticá-los. As análises técnicas, recomendações e conclusões dos estudos serão submetidas a uma Minuta de Resolução, que será encaminhada para Consulta e Audiência Públi-

cas, no prazo de 45 a 60 dias. POLÍTICAS ESTRUTURADAS Décio Oddone acredita que, somente através da implementação de mecanismos para ampla transparência de divulgação dos preços dos combustíveis – desde a sua formação até a ponta – será possível o claro entendimento da sociedade e também o aumento da competitividade. – A transparência na formação de preços é fundamental para a sociedade, a indústria, o consumidor, e, no longo prazo, para o aumento da competitividade.

DIÁRIO DO POSTO AO SEU ALCANCE O Diário do Posto, que circula tem todo o estado do Rio e nas principais cidades do Espírito Santo, oferece condições especiais, e negociadas, para que sua empresa se apresente e tenha visibilidade junto aos revendedores, executivos de companhias distribuidoras de combustíveis e demais agentes do mercado. Não deixem de avaliar a possibilidade de estar presente em nossas edições, por um preço justo que cabe perfeitamente no seu orçamento.

Faça uma consulta (21) 99172-9569 lcmpress@terra.com.br



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