Diário do POSTO
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ANO 7 - N0 55 MAIO / 2018
O JORNAL DO DIA A DIA DA REVENDA
NOVE DIAS DE CAOS A paralisação dos caminhoneiros provocou um verdadeiro caos no país, e o segmento de distribuição de combustíveis foi um dos mais afetados, já que os postos não tiveram como atender os consumidores durante quase dez dias. Páginas 4 e 5
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NOVO GOLPE PARA A REVENDA
PRESIDÊNCIA DA PETROBRAS
A revenda de combustíveis, possivelmente o setor da economia mais asfixiado pelo governo, inclusive pelo excesso de fiscalização, enfrentou um novo e gravíssimo problema, com a paralisação dos caminhoneiros. Foram nove dias sem produtos para comercializar, sem faturamento, justo num momento em que o consumo vinha se despencando. Não tem sido fácil a vida dos revendedores, que ainda enfrentam dificuldades com a política de preços da Petrobras. Como é o último elo da cadeia de combustíveis, a revenda paga o preço desses transtornos, sem contar que ainda vê sua imagem arranhada junto ao público, que atribui aos postos os desmandos do segmento.
O Conselho de Administração da Petrobras, em reunião extraordinária realizada dia 4 de junho, elegeu o engenheiro Ivan Monteiro para o cargo de presidente da companhia, com mandato até 26 de março de 2019, mesmo prazo de gestão dos demais membros da Diretoria Executiva. O Conselho de Administração também nomeou o Ivan Monteiro para o cargo de Conselheiro de Administração da Petrobras, até a próxima Assembleia de Acionistas. Ivan Monteiro acumulará a Presidência com a função de diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, a qual ocupa desde fevereiro de 2015, até que um novo diretor seja eleito. Ivan Monteiro é graduado em Engenharia Eletrônica e Telecomunicações, com MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC-RJ e em Gestão pela PUC-Rio. No Banco do Brasil, foi vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, gerente Executivo da Diretoria Internacional, superintendente Comercial, gerente Geral nas agências do BB em Portugal e Nova York. Desde fevereiro de 2015 era membro do Conselho de Administração da Petrobras Gás S.A. (Gaspetro) e, desde julho de 2015, suplente do Conselho de Administração da Petrobras. Informação da Agência Petrobras.
Luiz Carlos Mello
QUEDA DE VENDAS Em um resultado afetado pela greve dos caminhoneiros, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) anunciou a queda de 7,11% nas vendas de veículos novos na passagem de abril para maio. O balanço engloba os mercados de carros de passeio, utilitários leves (como picapes e vans), caminhões e ônibus. Em relação ao mesmo mês do ano passado, contudo, as vendas de 201,9 mil unidades em maio apresentaram alta de 3,24%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as vendas cresceram 17%, chegando a 964,7 mil veículos. O setor poderia ter fechado maio com resultados melhores não fosse a parada do transporte de cargas, que paralisou a produção de praticamente todas as montadoras e interrompeu as entregas de carros às concessionárias, assim como impediu que os veículos pudessem ser
Diário do Posto é uma publicação mensal da LCM Comunicação, com tiragem de 3.500 exemplares, distribuídos em todo o estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Editor: luiz Carlos mello (mTb 12.036) Projeto gráfico e diagramação: laerte Gomes lcmpress@terra.com.br Tel: (21) 99172-9569 diariodoposto@gmail.com impressão: Grafmec
levados a pátios do Detran para serem emplacados. Informação do Portal Lubes.
MONITORAMENTO DE PREÇOS O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) criou um grupo permanente de monitoramento de preço de combustíveis. A iniciativa é uma resposta a um pedido do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, que busca formas de garantir que as altas ou baixas nos preços do petróleo cheguem efetivamente às bombas. Oito técnicos do Cade fazem parte do grupo. Eles trabalham na construção de um sistema informatizado que fará cruzamento de dados fornecidos diariamente pela ANP. Uma vez detectados sinais de ações coordenadas de preços em uma região, será aberto processo de investigação, que pode resultar em operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Notícia da Folha de S.Paulo.
os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal Edição finalizada Em 5 / maio /2018
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REVENDA SOFRE COM PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS
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paralisação dos caminhoneiros provocou um verdadeiro caos no país, com graves reflexos no segmento de distribuição de combustíveis. A exemplo do que ocorreu em todos os estados, os 850 postos do município do Rio de Janeiro não tiveram condições de atender os clientes, com expressivo prejuízo em seu faturamento. Foram nove dias de desespero, a partir de 21 de maio. O comércio, a indústria, os transportes urbanos, entre muitos outros setores, sofreram com a crise, e o país praticamente parou. Houve desabastecimento de produtos de vários segmentos, fechamento de estradas e até a morte de um caminhoneiro em Natal (RN), atingido por uma pedra lançada por manifestantes. A presidente do Sindcomb, Cida Siuffo Pereira Schneider, afirmou que a crise, que se arrastava há um ano, com a política de preços da Petrobras, se agravou ainda mais com a paralisação dos caminhoneiros. – Tivemos enorme prejuízo, porque não havia produtos para comercializar, e nossos custos fixos se mantiveram. O problema provocou ainda uma sangria no capital de giro dos postos. Há de se levar em conta ainda que a revenda já sofria com a queda de consumo. PREÇO DO DIESEL Depois da pressão feita pela greve dos caminheiros em estradas desde 21 de maio, o governo federal aceitou reduzir o preço do diesel. O presidente Michel Temer concordou em retirar R$ 0,46 do preço de cada litro do combustível. E anunciou como vai bancar esse desconto. O valor é o equivalente ao que o governo arrecada com dois tributos sobre o diesel: Cide e PIS/Cofins. Em teoria, o que Temer fez foi zerar a co-
Longas filas se formaram a partir da chegada dos combustíveis, o que em muitos locais causou tumulto no trânsito. Abaixo, um dos postos sem produtos para atender os consumidores
brança desses tributos sobre o combustível que abastece ônibus e caminhões no Brasil. Mas na prática, vai funcionar de maneira diferente. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, foi o responsável por explicar as operações que serão feitas para bancar o subsídio ao óleo diesel. Em resumo, o governo vai deixar de fazer gastos e terá de aumentar ou criar novos impostos para pagar esse desconto. PARENTE SE DEMITE No dia 1º de junho, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, apresentou sua carta de demissão, na esteira da crise provocada pela longa greve dos caminhoneiros que colocou no centro do debate a política de preços de combustíveis da estatal. A mudança foi confirmada pela empresa em comunicado enviado ao mercado e, no final da tarde, Michel Temer anunciou o nome de Ivan Monteiro, diretor-executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da estatal, como novo presidente da companhia. A reação nas Bolsas à saída de Parente
foi imediata. A negociação das ações da empresa chegou a ser paralisada para impedir uma queda vertiginosa, mas, retomadas as transações, tanto no Brasil como no exterior, a companhia, que havia perdido cerca de um terço de seu valor de mercado com a paralisação, já amargava grandes perdas. A agitação nos mercados não deve cessar tão cedo porque, além da escolha do novo comando definitivo, a ser feito pelo Planalto, está em jogo políticas estruturais na Petrobras. Em sua carta de demissão enviada ao presidente Michel Temer, Parente cita a crise dos caminhoneiros e deixou claro que mudanças na política de preços dos combustíveis estão sendo discutidas. "Novas discussões serão necessárias. E, diante deste quadro, fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o Governo tem pela frente", escreveu Parente, que estava no comando da Petrobras desde maio de 2016, escolhido por Temer logo após a saída de Dilma Rousseff.
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O POSICIONAMENTO DA FECOMBUSTÍVEIS FOTO REPRODUÇÃO
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presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, esteve em reunião, dia 1 de junho, com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco; o ministro substituto da Justiça, Claudemir Pereira, e representantes do Ministério da Fazenda e das distribuidoras para esclarecer algumas questões ainda relacionadas à efetividade da redução de R$ 0,46 por litro no preço do óleo diesel nas refinarias, anunciada pelo governo federal, com o objetivo de pôr fim à greve dos caminhoneiros. Durante esta reunião, foi exposto o impacto da redução de R$ 0,46 por litro no preço do óleo diesel nas refinarias aos demais elos da cadeia. Isto porque a redução anunciada pelo governo federal não leva em consideração a adição de 10% de biodiesel ao óleo diesel B, que é comercializado nas bombas de combustíveis. Com isso, na prática, o O
O presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares
impacto dessa redução para distribuição e revenda é de R$ 0,41 por litro. Além disso, há ainda o impacto decorrente do preço de pauta para cobrança do ICMS. O Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) serve de referência para que seja cobrada a alíquota de ICMS pelos estados.
Nos estados onde não houve redução no preço de pauta, ou até mesmo aumento desse valor, a previsão é que a redução aplicada para o óleo diesel nas refinarias não chegue em toda a sua efetividade nas bombas. No entanto, naqueles estados onde houve redução do PMPF, como foram os casos de São Paulo, Pa-
raná e Mato Grosso do Sul, a expectativa é de que esses valores permitam que a redução de R$ 0,46 por litro chegue, de fato, na distribuição e revenda. Dessa forma, em nosso entendimento, fica claro que, para que a redução efetiva dos R$ 0,46 por litro, anunciado pelo governo federal, chegue às bombas, dependemos também que os governos estaduais se sensibilizem com o atual cenário em que se encontra o país e reduzam seus preços de pauta. A Fecombustíveis, que representa cerca de 41 mil postos de combustíveis em todo o país, tem consciência da gravidade da situação e não tem medido esforços no sentido de colaborar com o governo federal para que o cenário de abastecimento no país se normalize e os pleitos dos caminhoneiros sejam todos atendidos.
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GILBARCO VEEDER-ROOT
MAURÍCIO SARTORI ASSUME A PRESIDÊNCIA
M ESTUDO PARA REDUZIR FLUTUAÇÃO NOS PREÇOS
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ministro de Minas e Energia, Moreira Franco(foto), afirmou, na comissão geral na Câmara dos Deputados, que será estudada uma proposta para reduzir a volatilidade dos preços dos combustíveis para o consumidor. Para isso, informou, será necessário modificar a estrutura tributária incidente sobre esses produtos, que envolve tributos federais – PIS/Cofins e Cide – e o principal imposto estadual, o ICMS. Antes do debate proposto pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, defenderam a atuação do Congresso na busca de soluções negociadas para o movimento dos caminhoneiros, que reclamam dos reajustes diários no preço do diesel. “O governo elevou equivocadamente a PIS/Cofins”, declarou Aleluia, citando medida tomada em julho de 2017 que praticamente dobrou esses tributos sobre a gasolina e o diesel e foi um dos estopins da insatisfação dos caminhoneiros. O parlamentar criticou a disparidade das alíquotas de ICMS nos estados, que variam de 25% a 34% na gasolina e de 12% a 25% no diesel. Moreira Franco disse que a tributação sobre os combustíveis “não é saudável” para os estados e que precisa ser discutida. Ele reafirmou a manutenção da atual política de preços da Petrobras, com
variações diárias em decorrência da taxa de câmbio e do valor do petróleo no mercado internacional. Segundo o ministro, isso é necessário para a recuperação da empresa, já que subsídios nos combustíveis praticados no passado teriam causado prejuízo de 40 bilhões de dólares. O diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (CBIE), Adriano Pires, defendeu a política de preços da Petrobras e criticou o peso dos impostos sobre os combustíveis. Em linha com Moreira Franco, ele apoiou ajustes na carga tributária para evitar a volatilidade no preço ao consumidor. Quando o preço subir 50 centavos, comentou, a carga tributária deveria cair 50 centavos, e vice-versa. A criação desse “colchão”, segundo Pires, deveria começar com a alíquota zero para PIS/Cofins – medida que valerá para o diesel nos próximos 60 dias, conforme o acordo com os caminhoneiros. “A população só vai entender quando governo anunciar diminuição dos tributos”, continuou. Durante a comissão geral, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, afirmou que a realidade tarifária e a competitividade são essenciais, porém concordou que ajustes nos impostos podem ajudar a reduzir as variações de preço ao consumidor. Fonte: Câmara Notícias
aurício Sartori é o novo presidente para América Latina da Gilbarco Veeder-Root, em substituição a Hector Trabucco, que assumiu a direção geral da Fluke Corporation, empresa do grupo Fortive ao qual a Gilbarco Veeder-Root também pertence. O Grupo Fortive é um conglomerado independente, de capital aberto, que reúne um grupo de empresas líderes em seus mercados que representam faturamento global da ordem de US$ 6.2 bilhões. O novo presidente chega credenciado por sua experiência internacional, adquirida pela vivência em corporações globais nos FOTO DIVULGAÇÃO Estados Unidos, México, Argentina e Brasil. Na carreira, passagens por empresas como Votorantim Cimentos, McKinsey & Company e Dupont. Antes de ingressar na Gilbarco Veeder-Root, Maurício ocupava a direção geral, no Brasil, da Honeywell Homes & Buildings Te c h n o l o gies, empresa do grupo Honeywell. – Maurício assumirá a responsabilidade geral por todos os aspectos dos nossos negócios na América Latina. Seu foco principal será impulsionar o crescimento contínuo e rentável nesta região dinâmica e cada vez mais importante para nós. Ele também garantirá a otimização das forças combinadas de nossas equipes do Brasil e dos demais países da América Latina para fornecer produtos e soluções de alta qualidade aos nossos clientes em toda a região – comentou Steve Moule, presidente da Gilbarco Américas. Na avaliação de Maurício Sartori, “o momento de retomada da economia e do mercado automotivo no país, afeta positivamente o nosso mercado e sinaliza um cenário favorável para o cumprimento das metas propostas no Brasil. Nos demais países da América Latina, o trabalho de base construído nos últimos anos lançou o alicerce para a consolidação da nossa liderança na região. Estou confiante. Talentos e produtos de qualidade Premium não nos faltam.”
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LUCRO LÍQUIDO DE R$ 247 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
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Petrobras Distribuidora anunciou lucro líquido de R$ 247 milhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 58,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os números também mostraram aumento de 19,5% no EBITDA ajustado, para R$ 773 milhões; expansão da margem EBITDA ajustada em 20,6%; e crescimento de 4,9% da margem bruta. Neste primeiro trimestre de 2018, os volumes vendidos apresentaram queda (-2,2%) em relação ao mesmo período de 2017, com os efeitos da esperada retomada da atividade econômica no Brasil ainda não se refletindo em ganho no volume de vendas de alguns dos segmentos da companhia, de acordo com a empresa. A reestruturação organizacional da empresa foi concluída, resultando na redução de funções gerenciais, e foi implantado o orçamento base zero – iniciativas com potencial impacto positivo nas metas de redução de despesas operacionais para 2018. No último dia 25 de abril, a Petrobras Distribuidora realizou a sua Assembleia Geral Ordinária, que incluiu, dentre outras deliberações, a eleição do novo Conselho de Administração (CA), com o perfil de independência previsto no processo de abertura de capital. PARCEIRA COM O SEM PARAR Pagamento automático de abastecimentos – e também de estacionamentos e pedágios – será oferecido em postos Petrobras selecionados no Rio e em São Paulo. Líderes de mercado no Brasil, nos segmentos de distribuição de combustíveis e de pagamentos automáticos por identificação de veículos, a Petrobras Distribuidora e o Sem Parar firmaram parceria para oferecer as facilidades no pagamento de abastecimentos inicialmente em 142 postos Petrobras selecionados, 42 no Rio de Janeiro e 100 em São Paulo. O contrato prevê a implantação do sistema nos próximos 90 dias, com substituição progressiva do sistema Auto Expresso pelo Sem Parar nos postos
que já disponibilizavam o abastecimento automático, no Rio de Janeiro. Os consumidores poderão aderir ao plano de cobrança eletrônica que contempla abastecimentos nos postos e tarifas de estacionamento na rede credenciada pelo Sem Parar e, conforme a necessidade de uso, ao plano que também propicia o pagamento dos pedágios de diversas rodovias do país. – Essa parceria vai permitir a BR disponibilizar mais uma ferramenta que facilita a mobilidade dos consumidores, garantindo rapidez no abastecimento e agilidade em outras atividades que não deveriam ocupar tanto tempo na agitada rotina dos moradores das grandes cidades – afirmou Marcelo Bragança, diretor executivo da Rede de Postos da Petrobras Distribuidora. Para aderir ao novo sistema, bastará ao consumidor solicitar o tag (adesivo que será colado no vidro dianteiro do veículo) diretamente nos postos participantes, no site do Sem Parar ou em algum dos 2,5 mil pontos de venda em todo o país.
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om investimento de R$ 5,5 milhões em pesquisa e desenvolvimento para a conclusão, foi inaugurada, em 27 de março, a primeira eletrovia do Brasil na sede da distribuidora de energia paranaense Copel, em Curitiba. Foram abertos dois postos: um em Curitiba, no Km 3, e outro em Paranaguá. Ao longo deste ano, as cidades de Irati, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Cascavel, Medianeira e Foz do Iguaçu também receberão os eletropostos, totalizando oito localidades e criando uma via que cruza o estado do leste ao oeste. O presidente da Copel, Antonio Sérgio de Souza Guetter, comentou, na cerimônia de inauguração, que as maiores dúvidas são em relação a quantos carros serão abastecidos por dia e qual a demanda existente no estado – um dado que, segundo o próprio executivo, ainda não se sabe. – O que nós estamos criando aqui é uma parte do futuro. E o futuro é assim, o futuro é incerto, desconhecido, o que nós sabemos é que existem três grandes tendências que nos levam a imaginar esse futuro. As três tendências citadas por Guetter são: A grande velocidade de inovação tecnológica (veículos elétricos, baterias,
NO PARANÁ, A PRIMEIRA DO PAÍS autonomia) que pode transformar sensivelmente a sociedade e o setor elétrico; Mudança de comportamento do consumidor, cada vez mais com a intenção de dominar o seu consumo, saber quanto custa e fazer parte das decisões sem seguir regras de terceiros. "Aqui ele vai poder saber quanto ele gasta, vai poder gerar sua própria energia e, eventualmente, saber exatamente fazer a gestão de seus custos de energia", ressaltou; O esforço internacional de redução de emissão de carbono, o que traz um papel fundamental para a eletricidade. TEMPO DE ABASTECIMENTO A eletrovia é a primeira a cruzar uma es-
trada inteira e deve impulsionar o desenvolvimento do mercado de carros elétricos no Brasil. O eletroposto foi implantado na BR 277, a mais importante do Paraná. As estações de abastecimento presentes no eletroposto são de carga rápida e gratuita, ao menos inicialmente. Em aproximadamente 30 minutos, os veículos elétricos recebem carga de 80%. Dependendo do modelo do veículo, cada carga completa pode ser suficiente para percorrer entre 150 a 300 quilômetros. Em parceria com a Itaipu, a Copel ainda pretende desenvolver outras eletrovias, possivelmente ligando os estados de Santa Catarina e São Paulo. NOVO CENÁRIO A troca de carros convencionais por carros elétricos é uma etapa que vai transformar o setor elétrico e, segundo Guetter, a Copel quer estar pronta para atender a esse novo cenário com soluções de mobilidade elétrica, redução de carbono e rede de energia capaz de absorver essa tendência. Mais de 95% da geração de energia da Copel é originada de fontes renováveis, fortalecendo a questão da sustentabilidade. Por isso, Guetter acredita que haverá uma redução significativa na emissão de carbono.
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viços ao Cliente ratifica o trabalho desenvolvido por toda a nossa equipe, que preza por um relacionamento próximo.”
PRÊMIO PELA QUALIDADE DO ATENDIMENTO AOS CLIENTES
POSTO PREMIADO
A equipe do posto Petropneus Bom Retiro exibe a premiação de melhor revenda de março da rede da ALE
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ALE foi novamente premiada pelo atendimento oferecido aos clientes: ganhou o prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente, organizado pelo Grupo Padrão e conduzido pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP). Essa é a 14a vez que a companhia conquista o prêmio, sendo 11 vezes consecutivas. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 29 de maio. Um dos mais importantes atestados de qualidade na prestação de serviços ao cliente no Brasil, o Prêmio Consumidor Moderno, que está em sua 19a edição, traça um retrato das organizações participantes. Em parceria
com a OnYou, empresa especializada em auditoria de qualidade de atendimento do país, a pesquisa utiliza a metodologia de cliente oculto e de análise diferenciada. O presidente da ALE, Marcelo Alecrim, destaca que a filosofia da companhia é pautada pelo bom relacionamento com o público. “Nosso atendimento é um dos diferenciais, principalmente pela forma humanizada que acompanhamos cada contato recebido pelos canais de comunicação.” Segundo o gerente executivo de Marketing e Varejo da ALE, Diego Pires, é uma vitória de toda equipe. “Ser homenageado com o prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Ser-
O posto Petropneus Bom Retiro, localizado no centro de Teresópolis (RJ), conquistou o prêmio de melhor revenda de março da Rede ALE. Excelência no atendimento ao cliente, preços competitivos, uma grande reforma na estrutura interna e a comercialização de aproximadamente 355 mil litros de combustíveis no mês garantiram ao posto a premiação. Esta é a segunda vez que a revenda está presente no ranking dos melhores: em fevereiro deste ano, ele ficou na segunda colocação. Como premiação, a revenda vai receber treinamentos gratuitos, consultoria de marketing, brindes, placa de homenagem, kit de divulgação do título para exibir no ponto de venda, manutenção de imagem, 100 mil REALES (moeda do programa de fidelidade e gestão dos negócios Clube ALE) – sendo 50 mil para o posto e a outra metade para a equipe cadastrada no Clube ALE –, além de diversas outras melhorias para se tornar cada vez melhor para os seus clientes. Além disso, um dos principais prêmios é concedido pelo Esquadrão Clube ALE, que proporciona uma transformação no posto depois de um diagnóstico de profissionais de diversas áreas, entre eles engenharia e marketing.
DIÁRIO DO POSTO AO SEU ALCANCE O Diário do Posto, que circula tem todo o estado do Rio e nas principais cidades do Espírito Santo, oferece condições especiais, e negociadas, para que sua empresa se apresente e tenha visibilidade junto aos revendedores, executivos de companhias distribuidoras de combustíveis e demais agentes do mercado. Não deixem de avaliar a possibilidade de estar presente em nossas edições, por um preço justo que cabe perfeitamente no seu orçamento.
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E (*) Giselle Innecco Valdevez Castro, sócia da empresa Valsa – Valdevez e Santiago Assessoria Empresarial, tem mais de 20 anos de experiência no mercado de lojas de conveniência, com atuação no Brasil e na América Latina. gisellevaldevez@valsa.biz
u estava na loja de tecidos, na dúvida entre crepe ou seda, estampado ou liso, quando ouvi um diálogo que me interessou, entre um vendedor e uma senhora, aparentemente assídua ao local:
– Mas, não vão chegar mais opções de estampas, mais mercadorias? – Não, senhora... sabe como é que é... o homem está segurando os pedidos, preocupado com a Copa do Mundo... Naquele momento, uma interrogação gigante se formou na minha mente, agora com a atenção totalmente voltada para a conversa que se desenrolava (ou se enrolava!) ao meu lado. Copa do Mundo afetando a venda de tecidos para as madames do Leblon? Como assim? E o papo progrediu, mais ilógico do que antes, com a argumentação da cliente: – Claro que não, a Copa do Mundo trará mais movimento, mais turismo... – Para a Rússia, não é dona? Para a Rússia será ótimo. Já para nós... Eu, claro, não aguentei e interrompi a conversa, me dirigindo ao vendedor. – Por curiosidade, por que o senhor acha que a Copa do Mundo vai afetar as suas vendas? Ele me respondeu com outra pergunta: – A senhora acompanha futebol? Gosta de futebol? Fiz com a cabeça que não, mas disse que na Copa do Mundo costumo assistir aos jogos. – Pois é! É isso aí que eu estou dizendo... o movimento vai cair! Parei para pensar no ceticismo daquele negócio em relação ao que está por vir. Em outras épocas, a loja já estaria se preparando com variedade de tecidos verdes e amarelos, vitrines enfeitadas com manequins vestindo opções de modelitos fashion para os dias de jogos, além
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de bandeiras e acessórios nas cores do Brasil. Investiria no estoque de produtos temáticose talvez nem se preocupasse com uma possível queda no consumo durante as partidas da seleção brasileira. Nesta Copa, contudo, a aura está um pouco diferente... De fato, não tenho observado muita euforia no varejo, antes do início do tão esperado campeonato. O comércio ainda está impactado pelo trauma provocado por dois anos consecutivos de recessão – perda de poder de compra, piora na condição financeira do brasileiro, endividamento, desemprego, retração no Índice de Intenção de consumo das famílias etc.: a cautela tem tido fundamento. Para nossa surpresa, por ora, o motivo do pé no freio é a Copa do Mundo. O mundial, que sempre aqueceu as vendas do varejo brasileiro, este ano traz incertezas. De acordo com uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), apenas um terço dos micro e pequenos empresários das áreas de comércio e serviços tem expectativa de crescimento nas vendas em decorrência da Copa. Cerca da metade (47%) dos entrevistados não enxerga impacto nos resultados e 19%, assim como o pessoal da loja de tecidos, acreditam que haverá queda nas vendas durante o período. Para os empresários, os bons frutos serão colhidos pelos setores de bares e restaurantes (68%), vendas de souvenirs (80%) e pelo comércio informal (72%). Felizmente, o mercado varejista parece estar recuperando o seu fôlego e fechou 2017 com alta de 2%. Tenho lido muitos artigos que trazem notícias positivas para 2018. Segundo o IBGE, em março, o varejo brasileiro apresentou seu melhor resultado desde abril de 2014, com alta de 6,5% versus o mesmo período de 2017, impulsionado pelos segmentos de hiper e supermercados e artigos pessoais para uso doméstico. Dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) apontam que as vendas do Dia das Mães aumentaram 4% em 2018. Ainda, a ABF (Associação Brasileira de Franchising) informou que houve crescimento de 5,1% no primeiro trimestre do setor de franquias. Com a melhora no poder aquisitivo das famílias, inflação menor e maior disponibilidade de crédito, a visão quanto a 2018 é mais positiva. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a estimativa é de que haja um incremento de 3,2% no varejo restrito. A conferir. Ainda bem que o negócio de lojas de conveniência tem ótima sinergia com o calendário da Copa do Mundo. Imagino (e espero) que os empresários do setor estejam confiantes e se preparando para vender bastante durante o campeonato. Esta será a sétima Copa do Mundo em que eu acompanharei os resultados do canal de conveniência e, otimista que sou, acredito que o desfecho não será diferente: alta nas vendas, especialmente das categorias de Cervejas, Snacks e Bebidas Não Alcoólicas. No mais, sigo com o meu otimismo de sagitariana, esperando recuperação na economia e melhores resultados para os próximos meses. Resta saber como se comportarão as vendas no período das eleições...