Análise sobre Autismo PT.1

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ANÁLISE SOBRE AUTISMO

Esse livrinho foi criado como intenção de análise pessoal a respeito de um autodiagnóstico de autismo após 2 anos de pesquisa psicológica externa e pessoal feita por Letícia Cavalcante de Oliveira, de atuais 17 anos em 2022.

Nele, há diversos traços/sintomas comuns do autismo, assim como suas definições em páginas rosa e experiências pessoais em páginas azuis.

Todos os textos de definições foram tirados do https://guia-autismo.carrd.co/, um guia informativo sobre autismo feito por autistas. Créditos a Alix Kayden, Ania, Caio Pietro, Georgia Zielinski, Glenn Altaïr Lennie, Irene, Jessie Berni, Kiara, Laura, Lúcifer e Nex Lyn.

Os textos sobre as experiências pessoais estão em formas simples de tópicos, por pontuarem situações que se encaixam na definição citada.

ANÁLISE SOBRE AUTISMO

O autismo é tradicionalmente classificado em três níveis: um, dois e três, que são conhecidos popularmente como leve, moderado e severo. A medicina os classifica de acordo com o nível de “comprometimento” , ou seja, quanto mais “afetado” pelo “transtorno” , mais “grave ” é o nível de autismo. Essa classificação é extremamente ofensiva e incorreta. Vale lembrar que ume autista moderado não é “mais autista” do que ume leve, ou “menos autistas” do que ume severo, todos são igualmente autistas, e também não devemos subestimar as dificuldades de ume autista leve e as competências de ume autista severo.

Sendo assim, ês autistas adotaram um sistema de classificação que leva em conta o nível de suporte do indivíduo. Quanto mais ajuda elu precisa, maior o nível de suporte. Os níveis continuam sendo de 1 ao 3.

As características dos níveis serão apresentadas na página seguinte.

Este livro retrata uma vivência que parece se encaixar no nível 1 de suporte do autismo

Nível 1: Os sintomas do autismo são iguais em todos os níveis, porém no nível 1 eles são mais brandos e mais difíceis de serem percebidos, levando às pessoas nessa parte do espectro a “parecerem normais” , o que pode ocasionar num diagnóstico tardio.

Nível 2: Nesse nível, os sintomas são mais aparentes, os atrasos e transtornos de linguagem são bem mais comuns. Precisam de um suporte maior. Deficiência intelectual (DI) é uma comorbidade comum nesse nível.

Nível 3: Autistas nesse nível possuem várias dificuldades, podendo apresentar habilidades cognitivas baixas, inflexibilidades mais severas, tendência maior ao isolamento e também podendo ser não-verbais (ou seja, sem expressão pela fala). Terapias podem fazer a pessoa migrar para o nível 1 ou 2. Sim, é possível “andar” no espectro, tanto para frente quanto para trás. Ume autista nunca sai do espectro.

Dentro disso, cabe frisar que o tratamento no autismo deve buscar a independência e funcionalidade do indivíduo, aumentando sua qualidade de vida e não tentando “curar o autismo” .

DEFINIÇÕES EM PÁGINAS ROSAS.

VIVÊNCIAS EM PÁGINAS AZUIS.

MASKING.

Masking, como o termo já deixa a entender, é a habilidade de mascarar algo. No autismo, o masking é usado para esconder características do espectro que possam ser vistas como diferentes daquelas consideradas "normais" . Alguns exemplos são esconder os stims, forçar contato visual, etc.

O masking é muito comum em autistas, e também um dos motivos pelo qual o diagnóstico é dificultado. Muitas vezes, o masking é feito de maneira não intencional, ou seja, nem mesmo ê autista percebe que está fazendo, e isso pode vir desde a infância.

O modo mais comum de se fazer o masking é imitando o comportamento de pessoas neurotípicas. Seja a forma de se mexer, de falar, de se comportar... Assim, a pessoa autista consegue esconder suas características e assim ser enxergada como "normal" pela sociedade.

Contudo, mascarar pode trazer problemas. Esconder e reprimir as características durante muito tempo sobrecarrega ê autista, aumentando as chances de uma crise, além de muitas vezes impedir ou dificultar muito um diagnóstico. É ideal que autistas possam mostrar suas características sem medo para terem uma melhor qualidade de vida.

AUTO DIAGNÓSTICO

a importância do autodiagnóstico sério para o diagnóstico do autismo

O meio médico e psicólogo segue majoritariamente um modelo distorcido sobre o que é o autismo. Todo diagnóstico é pautado em pesquisas feitas com homens, cis, brancos e ainda crianças. Fazendo um panorama socioeconômico, ter um diagnóstico é uma realidade distante pra maioria dos autistas. O custo das consultas e avaliações são outros fatores que atrapalham.

É aí que entra o autodiagnóstico, ele é uma suspeita pessoa baseada em bastante estudo que antecede a busca por um diagnóstico formal, visto que é um processo longo que muites não têm acesso. E essa suspeita se dá por meio de identificação com os traços e outres autistas.

Precisamos de mais compreensão, mais suporte e mais respeito para que possamos finalmente ter paz e deixar essa necessidade de agir como neurotípiques para sermos aceites.

Precisamos entender que o autodiagnóstico é o primeiro passo nessa luta onde a medicina, a psicologia e familiares têm se mostrado nossos maiores inimigos.

Precisamos que entendam que somos válides do jeito que somos e não precisamos mudar, não precisamos ser menos autistas. E, finalmente, precisamos de apoio para sermos quem somos, sem precisar mudar, para podermos alcançar a autoaceitação e nos sentirmos amades do jeito que somos.

Quando passamos a nos identificar, a nos ver no autismo, é que a perspectiva começa a mudar. Você é quem se conhece melhor, você é quem sabe tudo que você passou. Aí que entra o autodiagnóstico, enquanto a instituição da medicina tradicional espalha desinformação e faz desserviçso, nossa comunidade luta para acolher autistas de todas as idades, raças, classes, e condições sociais, quem antes se sentiam deslocades.

O autodiagnóstico é o primeiro passo na jornada de autodescoberta e leva à busca pela avaliação profissional. Ainda é muito difícil achar profissionais que não sigam instruções e informações antiquadas pregadas por médicos, psicólogos e familiares. Por isso, o autodiagnóstico não deve ser desvalidado, e todo apoio possível deve ser oferecido ao indivíduo que dá início a essa caminhada longa e que não precisa ser solitária.

Precisamos de mais colaboração e menos preconceito.

MINHA VIVÊNCIA: MASKING.

Desde a infância, sempre houve muita repreensão de stims e crises por parte da mãe, principalmente, a ponto de com o tempo virar automático;

Mudança de comportamentos com o tempo para tentar fazer amizade, se enturmar, etc, uma vez que havia exclusão e bullying com sua forma de agir;

Presença teatral desde os 5 anos, fazendo com que literalmente aprendesse como fazer expressões faciais e expressar emoções por voz, fazendo com que todas as suas reações pareçam exageradas e também recebam críticas familiares e de colegas; Há um incômodo grande em olhar nos olhos, mas foi forçada pela mãe a aprender a fazer, o que causa desconforto e incapacidade de focar.

RIGIDEZ COGNITIVA.

A rigidez cognitiva é a responsável pelo apego à rotina, resistência à mudanças, comportamentos restritivos e repetitivos. A previsibilidade traz segurança e conforto para ê autista, e a falta dela pode desencadear crises. A rigidez cognitiva também é a responsável pela dificuldade em entender conceitos abstratos e figuras de linguagem. Ela também faz autistas tenderem a seguir regras e levá-las muito a sério, ou não segui-las se não entenderem seu motivo. Muites autistas também tem dificuldade de executar tarefas sem receber instruções do passo a passo completo. A rigidez cognitiva também cria um perfeccionismo exacerbado e uma tendência maior à frustração que muitas vezes não é entendida por alistas.

Além de sobrecarga por estímulos, é comum que as crises

ocorram em decorrência do pensamento rígido, que está relacionado à disfunção executiva. A rigidez cognitiva compromete o processamento de informação inesperada, nova ou complexa, como afeta a adaptação e o controle emocional de autista. Por isso, quebra de planejamento e mudanças bruscas podem causar crises em autistas.

MINHA VIVÊNCIA: RIGIDEZ COGNITIVA.

Crises pós mudança do 1ºEM para 2ºEM (pessoas, barulho no pátio, local de intervalo, sala de aula);

Ordem das cobertas;

Ordem de sanduíche;

Agonia quando querem interferir na minha ordem de fazer tarefas;

Perfeccionismo na infância;

Interpretar regras de forma literal a ponto de me excluírem;

Levar o que a mãe e professores falavam de forma definitiva por anos (por exemplo, quando citou sobre não poder ser apelidada, sempre pedindo permissão de forma que irmã estranhava);

Brigas frequentes com a mãe por não seguir regras ou ordens que não entendia, perguntando a respeito;

Crises constantes na infância quando perdia sua rotina de novela;

Ordem certa de comida no prato.

DISFUNÇÃO EXECUTIVA.

As funções executivas são as funções cerebrais responsáveis pela execução de tarefas, desde as mais simples do dia a dia até as mais complexas. Memória de trabalho, atenção de curto prazo, organização e controle de impulsos são alguns exemplos. Para quem tem disfunção executiva, iniciar tarefas, persistir nelas, fazer tarefas simples, receber instruções, pode ser um desafio. A condição está muito presente no autismo, no TDAH, na depressão e ansiedade

Para entender melhor, pense na seguinte tarefa: lavar a louça. Ela está subdividida em vários pequenos passos, pegar a esponja, colocar detergente, separa a louça.

Para a maioria das pessoas, este processamento de etapas é feito de maneira automática. O cérebro de quem tem (ou está passando por) disfunção executiva faz muito mais esforço e gasta muito mais energia apenas para pensar e organizar o processo.

Ela também é a responsável por sentirmos emoções tão fortes que às vezes fogem do nosso controle. Quando passamos por uma frustração, é comum ter uma resposta relativamente forte. Também está relacionada a dificuldade de flexibilização, o que leva à criação de rituais. Esses rituais permitem que fiquemos na nossa zona de conforto, pois cria uma forma de automatização que nos conforta.

Vivemos cansades, procrastinamos sem intenção e lutamos para terminar as obrigações. Instruções precisam ser escrita para não esquecermos. Mas a culpa NÃO é nossa. Não é preguiça, não é má vontade, não é irresponsabilidade. Disfunção executiva é um fator que pode ser incapacitante e piora com o nível de sobrecarga da pessoa. Ela nos faz precisar de adaptações, paciência, flexibilização nos prazos e várias outras coisas.

MINHA VIVÊNCIA: DISFUNÇÃO EXECUTIVA.

Grande dificuldade em iniciar obrigações, como tarefas, organizações simples, ou até mesmo trabalhos profissionais;

Desde a infância mau humor intenso e instabilidade emocional com frustrações, mudanças de planos, sentindo emoções intensas demais para situações simples;

Rotinas e rituais citados anteriormente, que causam grande frustração e choro quando quebrados.

CRISES.

Meltdown, shutdown e burnout são termos usados para definir crises que podem ocorrer, em sua maioria, como reação a uma sobrecarga sensorial/emocional, ansiedade ou situações estressantes. Cada indivíduo pode ter um gatilho pessoal, assim como a forma na qual a crise se manifestará poderá ser diferente, bem como o suporte que ele necessitará. Tode autista é únique e suas necessidades pessoais devem ser levadas em consideração.

Meltdown (ou crise explosiva/nervosa) é uma perda temporária do controle emocional, podendo acarretar reações como choros e movimentos repetitivos intensos, gritos, algumas vezes até mesmo auto-agressão (como se arranhar ou se morder, por exemplo).

O termo SHUTDOWN (ou crise implosiva) vem da linguagem da informática e se refere a um comando capaz de desligar/interromper o sistema. Autistas, quando passam por um episódio de shutdown, costumam parecer parcialmente ou completamente distanciades do momento presente, não respondem à comunicação, distanciam-se do contato social. Algumas vezes também perdem a capacidade de retirar-se do gatilho (sobrecarga ou situação estressante) que iniciou a crise. Algumes autistas verbais ficam não-verbais durante o shutdown.

BURNOUT pode ser definido como uma exaustão a longo prazo. O Burnout caracteriza-se pelo esgotamento físico e mental de forma intensificada. É comum que em uma crise

como essa o autista perca o interesse em executar suas atividades, fique mais sensível a quaisquer estímulos externos e, consequentemente, mais estressade. O foco, a memória, a capacidade de comunicar-se, a capacidade de reagir a estímulos, também são diretamente afetados. Esse evento pode durar, dias, semanas ou meses, não existe tempo determinado, dependendo apenas do indivíduo, do motivo que acarretou a crise e do suporte que o mesmo receberá.

MINHA VIVÊNCIA: MELTDOWN.

Crises intensas desde a infância; Ocasionadas, na época, principalmente por mudanças ou interrupções de planos pessoais;

Confundido com "birras";

Experiência com a psicóloga (aos 9 anos de idade): descreveu como ferramenta de manipulação e drama e ensinou a mãe a conter segurando os braços);

Stims constantes (incluindo arranhões);

Choros intensos;

Extrema dificuldade de controlar a voz, o choro é acompanhado de som e gritos desconexos;

Já ocorreu por crises existenciais, após sobrecarregar os pensamentos com coisas que não são compreendidas;

Sempre há tentativa de contenção verbal ou física; Incomodou os vizinhos a ponto de chamarem a polícia (aos 9 anos);

Sempre há tentativa de isolamento no quarto, para diminuir incômodo sensorial (tampar as orelhas, apagar as luzes, se encolher, evitar toque).

MINHA VIVÊNCIA: SHUTDOWN.

Mais comum após meltdowns, onde há um desligamento repentino da crise histérica;

Pouca reação mental a estímulos externos, como conversas ou ações;

Ocorre por superestimulação sensorial e emocional; Grande dificuldade ou incapacidade de movimentação corporal;

Sem resposta a estímulos e tentativa de comunicação;

Também confundido com birra ("Se fazer de morta");

Mesmo após recuperação de movimentos, grande lentidão para fazer ou processar as coisas;

MINHA VIVÊNCIA: BURNOUT.

Análise incerta, porque a definição parece confusa;

Estado mentalmente instável, com crises recorrentes;

Cansaço extremo físico e mental;

Habilidade escolar e de memória pior que o costume;

Habilidade social também pior, com comunicação

muito afetada.

Falta de interesse em planos, em tarefas, em tudo;

Duração extensa;

HIPERFOCO.

Hiperfocos, também conhecidos como interesses especiais quando a longo prazo, são definidos, pela medicina como: um estado de concentração mental intensa, no qual é intensificado o interesse por algum determinado assunto.

Costumam ser associados ao TDAH, porém é uma característica muito presente em autistas. Na ausência de diagnóstico, por vezes, confunde-se com estados de fixação e obsessão, fazendo com que busquem retirar a pessoa de seu hiperfoco. Na realidade existem, sim, atitudes prejudiciais, como quando a pessoa se esquece das atividades importantes, como alimentação e higiene, ao se concentrar demais em algum hiperfoco. Entretanto, há diversos benefícios em incentivar estas atividades, como facilidade na interação social com outres que tenham o mesmo interesse, inclusive neurotípiques. Além da possibilidade de evolução para uma área de estudo ou trabalho.

MINHA VIVÊNCIA: HIPERFOCO.

"Obsessão" por determinado assunto que pode durar dias, meses ou anos; Comumente por ficção, mas pode ser por famosos ou até por pessoas reais;

Exemplos: Harry Potter, Percy Jackson, BTS, Amor Doce, Sasuke, Shiita, Thiago e Vítor;

Atrapalhou interação social e gerou bullying e rótulos no Ensino Fundamental;

Passa a maior parte do dia consumindo conteúdo a respeito do assunto;

Pode reassistir várias vezes algo que esteja hiperfocada em loop, por exemplo;

Passa a saber tudo sobre cada detalhe do assunto; Esquece ou protela tarefas básicas como beber água, comer, fazer obrigações;

TPS.

O Transtorno de Processamento Sensorial (ou TPS) é uma dificuldade no processamento de estímulos externos, como toques, sons, luzes, etc. Pode se apresentar como hipo ou hipersensibilidade (sentir as sensações de menos ou demais) ou ambas ao mesmo tempo. O TPS é um forte indicativo de que alguém pode estar no espectro. O excesso ou variações específicas de estímulos podem resultar em sobrecargas que podem ser desencadear uma crise.

A hipersensibilidade sensorial costuma levar a pessoa a evitar os estímulos, como cobrir a orelha, fechar os olhos com força, evitar contato físico, etc. A hipossensibilidade faz com que a pessoa busque estímulos para compensar, como criança que põe a boca em tudo e lambe, buscar cores fortes e coisas brilhantes, encostar em tudo, gritar ou ouvir coisas com som alto.

A presença do TPS não é obrigatória em pessoas autistas, mas é muito comum, sendo um dos primeiros critérios avaliadas em um processo de diagnóstico. Alguns

exemplos são: sensibilidade a sons, luzes, cheiros, texturas, seletividade alimentar, etc.

As sensações causadas pelos estímulos são muito particulares a cada pessoa, variando de um desconforto até uma dor física.

E a reação varia também com o nível de sobrecarga da própria pessoa, sendo mais forte quando se está cansade, ansiose ou já está exposte a muitos estímulos há um tempo mais longo.

É importante sempre perguntar à pessoa em questão se elu se sente confortável com certos estímulos antes de qualquer coisa. Saber se há excesso de ruídos, sons muito altos, luzes ou cores muito fortes, contato físico exacerbado, etc. Cada autista vai poder falar melhor sobre os próprios limites.

MINHA VIVÊNCIA: TPS.

Desde criança há um imenso desconforto e dificuldade em dormir se o lençol não estiver 100% esticado onde está tocando quando deita. Mesmo na adolescência, ao não conseguir fazer isso, já teve crise de choro pelo incômodo;

Há diversos dias onde até mesmo apenas duas pessoas conversando geram incômodo auditivo a ponto de ter que se isolar mesmo que quisesse estar com elas;

Sempre se incomodou muito com etiquetas em roupas, desde criança a mãe retirava todas;

Grande incômodo com a sensação de manga curta ou comprida "embolada" sob uma blusa, a ponto de chorar, preferir tirá-la e passar frio;

Após trauma na infância, incômodo em ser segurada pelos braços;

Sempre se assusta bastante com barulhos altos repentinos, principalmente portas batendo, tampando as orelhas em automático;

Gritos facilmente deixam a beira de um meltdown.

STIMS.

Já os Stims (estereotipias) são um mecanismo usado pelas pessoas autistas para regular estresse, emoções, e também age como uma contrabalança para combater os estímulos invasivos, para evitar sobrecarga ou para que a quebra de planejamento não cause tanto prejuízo.

Todos têm suas formas de aliviar estresse, como balançar o pé quando se está ansiose. A diferença é que para ês autistas os stims são essenciais. Stims podem ser uma forma de expressão para autistas. Por exemplo, aquelus que pulam quando estão felizes. Por serem estranhados pelus outres, acabamos evitando e escondendo nossos stims. Ouvir a mesma música diversas vezes, repetir frases e palavras, balançar o corpo, andar em círculos, qualquer coisa pode ser um stim. Stims nunca devem ser reprimidos, eles são extremamente benéficos. Só devem ser substituídos caso forem agressivos (machuque a si mesmo ou a outra pessoa). Enquanto nem tudo o que fazemos é um stim, quase tudo que fazemos pode ser um stim.

@ N A M J G G U K

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