A Formiga Irrequieta

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Texto: Leonor Sequeira e Ana Filipe Ilustração: Maria João Fradique

CD GRÁTéISditas

Com músicas in história e narração da




COLECÇÃO «CONTO INFANTIL» A Letras d’Ouro, editores, com a edição d’ A Formiga Irrequieta, prossegue a visão, que lhe está na génese, de divulgar os melhores textos de conteúdo cristão, escritos por autores nacionais. A obra des na-se prioritariamente às crianças. Dela faz parte integrante um suporte digital (CD) que permi rá, às que sabem e às que ainda não sabem ler, ouvir a narração da história, acompanhando-a com a visualização das figuras dos vários personagens, escutar e cantar as canções alusivas. A obra tem por base o conto infan l, escrito pelas autoras, ao qual foi atribuído o primeiro prémio no Concurso Literário Nacional, promovido pela Letras d’Ouro, e que foi, depois, desenvolvido e adaptado ao conceito editorial prefixado. Em resultado desse Concurso Literário Nacional, este é o primeio texto a reunir condições para ser editado, mas, atendendo ao valor de outros textos seleccionados, não está fora dos planos da Letras d’Ouro dar à estampa obras de novos autores, enriquecendo, assim, o panorama literário cristão e aumentando a oferta de livros infan s.


Texto: Leonor Sequeira e Ana Filipe Ilustração: Maria João Fradique


Esta é a história do Zé, que é uma formiga, mas não uma formiga qualquer! Ele é muito janota e gosta de usar meias muito coloridas, que muda todos os dias… Diz que é para realçar a sua cor natural! No meio das formigas da sua idade é a mais traquina de todas e não pára de inventar novas maneiras de se distrair. Gosta mais de brincar do que de trabalhar! A casa do Zé é um formigueiro antigo, mas muito bonito, bem conservado, organizado e limpinho. Os pais dele trabalham muito, sempre do nascer ao pôr-do-sol, para não faltar nada lá em casa. O irmão mais velho já está habituado ao trabalho, mas o Zé nem por isso. Tem tudo, mas vive quase sempre nas nuvens a imaginar como será viver fora de casa, noutros formigueiros, com amigos diferentes, que conhecem outros carreiros, outras brincadeiras, outros animais…

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Afinal, o Zé só conhece as formigas que vivem no seu formigueiro e nunca andaram noutro carreiro desde que nasceram. São muito trabalhadoras, não lhes falta nada como a ele, mas levam uma vida muito monótona, sem nunca saírem do carreiro para irem de férias, à aventura. Aventura! É com aventura, longe do carreiro, que o Zé sonha, mas a mãe diz-lhe sempre: – Ó Zé, meu filho, não saias deste carreiro. Fora dele corres muitos perigos! – Mas o carreiro é tão estreito, não dá para as formigas andarem à vontade, mãe! Sempre carregadas, p’ra cá e p’ra lá… Falta-me espaço, falta-me o ar de tão apertado que é. Se ao menos ainda fosse a direito… – Deixa-te de queixumes, menino! Sempre andámos neste carreiro em segurança e conseguimos tudo o que temos com o nosso trabalho. Porque não és como o teu irmão? Ele não se queixa! – Grande coisa! Um formigueiro… e o meu irmão só pensa no trabalho, sempre a fazer o que o pai manda… Nem tempo tem para sonhar, coitado! – Sim, um formigueiro, onde tens abrigo seguro todo o ano e onde não te falta roupa bonita nem comida com fartura. Promete-me, Zé, que não deixarás o nosso carreiro! O diálogo terminou com o Zé a fazer a promessa de sempre, para sossegar a mãe: – Está bem, eu não deixo…

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