ARTIGOS
1
ALGUNS ARTIGOS DISPONIBILIZADOS NO SITE DA OESC (www.oesc.org.br) TITULO
PG
• O papel das Instituições e Organizações para os Economistas Economista Humberto Dalsasso
03
• Dificuldades à Reforma Economista Luiz Henrique Belloni Faria
04
• Reflexões necessárias a partir de um momento de crise econômica Economista Luiz Henrique Belloni Faria
05
• Governo? Que governo? Economista Marco Antonio Villa
07
• Alternativas viáveis para impedir o racionamento de eletricidade no Brasil Economista André Schweitzer
09
• Existe uma cura para a doença brasileira? Economista Edmar Bacha
10
• AUTOPISTA LITORAL SUL OU RODOVIA SEM NORTE Economista Luiz Henrique Belloni Faria
12
• NORTE / NORDESTE DE SC, UM POLO INDUSTRIAL Economista Marcos Filipus
13
• Consumo e endividamento das famílias Economista Alexandre Poffo
14
• Ricos por ter COOPERATIVAS... ou ter COOPERATIVAS para ser ricos!!! Economista Alexandre Poffo
16
• Leilão de Libra: O Petróleo é Nosso e deles também! Economista Luiz Henrique Belloni Faria
18
• BOLHA IMOBILIARIA OU MONETÁRIA? Economista André Gustavo Schneider
19
• PANORAMA LOGÍSTICO BRASILEIRO Economista Augusto Cordeiro
21
• A importância da Gestão Financeira nos pequenos negócios Economista André Gustavo Schneider
22
2
O papel das instituições e organizações para os Economistas
Ainda que pareça difícil ou irrelevante perceber o papel das instituições, que traz em seu gene, o respeito, a dignidade, a responsabilidade, as crenças, os valores e os princípios que devem nortear o pensamento, o interesse e as ações de seus integrantes, para o convívio saudável, seja das pessoas ou das organizações, isto é fundamental para o sucesso. Assim como há semelhança, há grandes diferenças entre a "Organização" e a "Instituição", tanto no seu papel quanto na dimensão ou no alcance. É também possível que na rota evolutiva algumas organizações se transformem em instituições, adicionando ou assumindo o seu papel. Para melhor compreender e diferenciar uma da outra, vejamos os conceitos: Organização - “É um conjunto de relações de ordem estrutural (direção, planejamento, operação e controle) que mantém uma empresa ou equivalente em funcionamento”. Instituição - "É um sistema organizacional de padrões sociais relevantes observados pela sociedade". Assim, então, Instituição e Organização são entes complementares interligados, sendo a Instituição a norteadora e a Organização a executora. São entes semelhantes, mas não iguais. Enquanto a Instituição é teleológica - dá rumo, cria e insemina crenças, valores e princípios, com grande poder influente, a Organização é um sistema que possibilita a conversão das ideias, objetivos, estratégias e intenções em prática operacional efetiva, fazendo acontecer. Trazendo isto para a seara do Economista, temos o Conselho Federal de Economia (Cofecon), o Conselho Regional de Economia (Corecon), a Ordem dos Economistas e o Sindicato dos Economistas. Enquanto o Sindicato se direciona a preservação dos interesses trabalhistas e a Ordem à execução de programas e ações da categoria, configurando-se como "Organizações”, o Corecon e o Cofecon, como "Instituições”, são responsáveis pela constituição/inseminação teleológica (crenças, valores e princípios) e a fiscalização da fiel execução da caminhada do Economista. Como cabe à Instituição criar e inseminar valores justos, corretos, responsáveis e desejáveis, é fácil perceber o importantíssimo papel do Cofecon e do Corecon para o respeito e a consistência da categoria. Mas para que esse papel seja fielmente cumprido, não basta que isso seja escrito e mostrado em lâminas, telas e quadros de parede, por mais belos que sejam. É preciso ser praticado com isenção de interesses particulares, alinhando-se as divergências ao real interesse da sociedade. Fique claro que é saudável a existência de pontos de vistas diferentes, desde que analisados, discutidos e 3
alinhados com maturidade e responsabilidade ao interesse institucional. Constituída essa mente institucional sadia, é importante a integração com as Organizações - no caso, Ordem e o Sindicato - para que as intenções sejam efetivamente convertidas, em benefício do fortalecimento e da valorização da categoria. Ao sentir-se valorizado e promovido, o Economista, com certeza, aumentará seu interesse em integrar-se à categoria, que, com isso, também se fortalecerá. Se a união faz a força, unir os esforços e o potencial dessas instituições e organizações, com definição do rumo certo, deverá ser a estratégia fundamental para valorizar a categoria. Diante da convergência de interesses, as divergências devem ser tratadas como elementos para enriquecer o resultado final, que é a existência de uma categoria forte, coesa, motivada e participativa. Humberto Dalsasso, economista, membro da OESC
Dificuldades à Reforma Tributária
O sistema tributário brasileiro é considerado caro, complexo, e, em muitos aspectos, ineficiente, contrariando, assim, os princípios do ideal. Um sistema onde existem várias espécies de tributação (impostos, contribuições sociais, contribuições econômicas, taxas e contribuições de melhoria) é impossível ser enquadrado no rol dos mais coerentes. Se considerarmos que às três esferas de governo, União, Estados e Municípios, possuem prerrogativas impositivas para cobrarem tributos, observamos o momento retrógrado em relação ao assunto. Após o insucesso em tentativas anteriores de implementar uma ampla reforma tributária, fato que gerou certo ceticismo por parte de segmentos da sociedade, atualmente está mais favorável à tramitação do projeto, entretanto, faz-se necessário enfrentar dificuldades no campo político: inicialmente é válido reviver um ensinamento de Maquiavel, em O Príncipe, ainda aplicado no mundo contemporâneo, ou seja, o medo que as instituições têm de uma nova ordem de coisas face ao medo de uma desorganização que pode se transformar em convulsão. O momento da desaquecida luta dos que se beneficiarão é outro problema, já que reinam dúvidas dos efetivos benefícios, pois se trata de um fato que vai do papel diretamente interferir às famílias, às 4
empresas e nos serviços, globalmente. A falta de superação no referido explica o porquê de apenas medidas fragmentadas são tomadas pelos dirigentes brasileiros em relação à área econômica. Infelizmente a palavra Reforma assusta os dirigentes. A outra dificuldade a ser enfrentada são as restrições legais e institucionais existentes. Ao propor uma reforma tributária (fato que também se aplica a qualquer reforma), o governo depara-se com o problema do federalismo e dos interesses das bancadas no Congresso. Nenhum Estado trabalha com a possibilidade da redução do montante de valor hoje disponível, mesmo sabendo que os benefícios fiscais hoje concedidos vias negociações, sem qualquer coordenação e regulamentação, produzem uma verdadeira anarquia tributária. Se os dirigentes brasileiros se atentassem a duas famosas máximas que Adam Smith enumerou em seu célebre Riqueza das Nações, que permanecem plenamente válidas hoje teríamos um sistema tributário respeitando: (a) A capacidade contributiva dos cidadãos. “Os cidadãos deveriam contribuir de forma com suas respectivas capacidades.” Esse princípio é largamente aceito no mundo moderno. Os tributaristas citam-no como o princípio da equidade e o incluem como característica da justiça social, circunstância que todo sistema tributário deve buscar; (b) Regras para a fixação dos impostos, evitando-se arbitrariedades. Sua implementação tem como objetivo a proteção dos contribuintes no sentido de poderem se programar aos pagamentos: “tempo, maneira e quantidade.”. Economista Luiz Henrique Belloni Faria Presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina
Reflexões necessárias a partir de um momento de crise econômica
"Para todo problema existe uma razão e para combater o problema é necessário ir até a razão". A última crise mundial, e ainda com profundos reflexos, teve início nos EUA. A razão principal dela se deu no contexto imobiliário, originária do fato dos bancos haverem oferecido uma quantidade 5
enorme de crédito ao setor, incentivando consideravelmente às vendas. Com a facilidade dos financiamentos os americanos foram às compras felizes e contentes à aquisição de novos imóveis. Por consequência deu-se um superaquecimento na área, elevando o preço dos imóveis e nas prestações dos financiamentos. Em um segundo momento, já fruto do efeito contrário, os americanos ficaram desgostosos por pagar preços exorbitantes nos imóveis e nos juros das hipotecas, começaram, de maneira maciça, inadimplir junto aos bancos. Com o elevado grau atingido os agentes financeiros ficaram impedidos de oferecer créditos a outros setores, advindo daí a desvalorização da moeda, o desemprego, a diminuição da circulação do dinheiro e, dentre outros fatores, o desaquecimento econômico da maior economia do mundo. Os reflexos foram imediatos em muitos países. Não há como comparar a estrutura da economia brasileira com a americana, fato este que me trás uma preocupação que muitos políticos e profissionais da área econômica estão deixando passar em branco, ou seja, o que aconteceu nos EUA está se dando aqui com um agravante, ou seja, não exclusivamente na área imobiliária. A elevação do grau de endividamento dos brasileiros é evidente, conforme dados estatísticos, e ele advém, principalmente, da área automobilística, tecnológica, eletrodoméstica, de máquinas e equipamentos, além dos próprios serviços. Este endividamento é decorrente da facilidade de condições que as instituições financeiras disponibilizam recursos à aquisição de bens e serviços e financiamento de dívidas às empresas, ao comércio e, principalmente, às pessoas físicas. Os longínquos prazos para os pagamentos das compras e serviços endividam pessoas físicas e jurídicas e grande parte delas tendem a atingir seus limites de endividamento, já que os brasileiros têm espírito consumista por tradição. Poderia discorrer aqui muito sobre esta última frase, mas por não entender o momento oportuno em razão do objeto do tema central, cito apenas a ambição do conforto e o espírito de competitividade das pessoas, além da concorrência proveniente do meio empresarial. Atingindo o ponto crucial (limite) sobressairá uma opção: o pagamento das prestações dos bens adquiridos há muito tempo atrás, alguns até mesmo já sucateados face ao longínquo período temporal dos financiamentos, ou a aquisição de produtos básicos à subsistência. A opção é óbvia e não merece delongas. O perigo está quando os números estatísticos já divulgados sobre a evolução do grau de endividamento atingir o ápice; a inadimplência em massa ocorrerá e diferentemente do ocorrido nos EUA, atingirá não só o campo imobiliário, mas sim o de eletrodomésticos, o de tecnologia, o automobilístico, o de serviços e outros. Com isso o caos econômico se instalará e o tombo será grande. Para que o risco exposto se torne literalmente incapaz de advir passa, inicialmente, pela própria preocupação da possibilidade do acontecimento, fato que infelizmente poucos economistas vislumbram, e, na sequencia, na tomada de práticas governamentais que resguardem a economia do eventual feito. Entendo inoperante e perigosa à ideia do governo incentivar os bancos colocarem dinheiro na mão dos contribuintes via financiamentos para o aquecimento da demanda, tendo como contrapartida do feito à geração de mais empregos e, consequentemente, mais arrecadação pública, via impostos. Entendo que a aplicação e a organização de políticas de ressarcimento de perdas salariais à classe trabalhadora seriam bem mais salutares. O Brasil não atingiu o crucial referido por dois aspectos específicos: 1 empresas que possuíam ativos estrangeiros perderam muito e agora estão 6
buscando fazer investimentos no próprio país, apesar de estarem se deparando com um entrave, a expansão da economia chinesa; 2 - a elevada taxa de juros, Selic, praticada pelo governo (quando deveria ser o contrário) com o intuito de frear o consumo de bens duráveis e não duráveis, mesmo considerando o espírito consumista dos brasileiros, já referido anteriormente. Essas situações são temporárias e não suficientes para impedir o risco de recessão ante uma generalizada diminuição da demanda. Economista Luiz Henrique Belloni Faria Presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina
Governo? Que governo? Marco Antonio Villa
O rei está nu. Na verdade, é a rainha que está nua. Ninguém, em sã consciência, pode dizer que o governo Dilma Rousseff vai bem. A divulgação da taxa de crescimento do País no ano passado ─ 2,7% ─ foi uma espécie de pá de cal. O resultado foi péssimo, basta comparar com os países da América Latina. Nem se fala se confrontarmos com a China ou a Índia. Mas a política de comunicação do governo é tão eficaz (além da abulia oposicionista) que a taxa foi recebida com absoluta naturalidade, como se fosse um excelente resultado, algo digno de fazer parte dos manuais de desenvolvimento econômico. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sempre esforçado, desta vez passou ao largo de tentar dar alguma explicação. Preferiu ignorar o fracasso, mesmo tendo, durante todo o ano de 2011, dito e redito que o Brasil cresceria 4%. A presidente esgotou a troca de figurinos. Como uma atriz que tem de representar vários papéis, não tem mais o que vestir de novo. Agora optou pelo monólogo. Fala, fala e nada acontece. Padece do vício petista de que a palavra substitui a ação. Imputa sua incompetência aos outros, desde ministros até as empresas contratadas para as obras do governo. Como uma atriz iniciante após um breve curso no Actors Studio, busca vivenciar o sofrimento de um governo inepto, marcado pelo fisiologismo. Seu Ministério lembra, em alguns bons momentos, uma trupe de comediantes. O sempre presente Celso Amorim ─ que ignorou as péssimas condições de trabalho dos cientistas na Antártida, numa estação científica sucateada ─ declarou enfaticamente que a perda de anos de trabalho científico deve ser relativizada. De acordo com o atual titular da Defesa, os cientistas mantêm na memória as pesquisas que foram destruídas no incêndio (o que diria o Barão se ouvisse isso?). Como numa olimpíada do nonsense, Aloizio Mercadante, do Ministério da Educação (MEC), dias atrás reclamou que o Brasil é muito grande. Será que não sabe ─ quem foi seu professor de Geografia? ─ que o nosso país tem alguns milhões de quilômetros quadrados? Como o governo petista tem a mania de criar ministérios, na hora pensei que estava propondo criar um MEC para cada região do País. Será? Ao menos poderia ampliar ainda mais a base 7
no Congresso Nacional. Mas o triste espetáculo, infelizmente, não parou. A ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, resolveu dissertar sobre política externa. Disse como o Brasil deveria agir no Oriente Médio, comentou a ação da ONU, esquecendo-se de que não é a responsável pela pasta das Relações Exteriores. O repertório ministerial é muito variado. Até parece que cada ministro deseja ardentemente superar seus colegas. A última (daquela mesma semana, é claro) foi a substituição do ministro da Pesca. A existência do ministério já é uma piada. Todos se devem lembrar do momento da transmissão do cargo, em junho do ano passado, quando a então ministra Ideli Salvatti pediu ao seu sucessor na Pesca, Luiz Sérgio, que “cuidasse muito bem” dos seus “peixinhos”, como se fosse uma questão de aquário. Pobre Luiz Sérgio. Mas, como tudo tem seu lado positivo, ele já faz parte da história política do Brasil, o que não é pouco. Conseguiu um feito raro, na verdade, único em mais de 120 anos de República: foi demitido de dois cargos ministeriais, do mesmo governo, e em apenas oito meses. Já Marcelo Crivella, o novo titular, declarou que não entende nada de pesca. Foi sincero. Mas Edison Lobão entende alguma coisa de minas e energia? E Míriam Belchior tem alguma leve idéia do que seja planejamento? Como numa chanchada da Atlântida, seguem as obras da Copa do Mundo de 2014. Todas estão atrasadas. As referentes à infra-estrutura nem sequer foram licitadas. Dá até a impressão de que o evento só vai ser realizado em 2018. A tranqüilidade governamental inquieta. É só incompetência? Ou é também uma estratégia para, na última hora, facilitar os sobre preços, numa espécie de corrupção patriótica? Recordando que em 2014 teremos eleições e as “doações” são sempre bem-vindas. Não há setor do governo que seja possível dizer, com honestidade, que vai bem. A gestão é marcada pelo improviso, pela falta de planejamento. Inexiste um fio condutor, um projeto econômico. Tudo é feito meio a esmo, como o orçamento nacional, que foi revisto um mês após ter sido posto em vigência. Inacreditável! É muito difícil encontrar um país com um produto interno bruto (PIB) como o do Brasil e que tenha um orçamento de fantasia, que só vale em janeiro. Como sempre, o privilégio é dado à política ─ e política no pior sentido do termo. Basta citar a substituição do ministro da Pesca. Foi feita alguma avaliação da administração do ministro que foi defenestrado? Evidente que não. A troca teve motivo comezinho: a necessidade que o candidato do PT tem de ampliar apoio para a eleição paulistana, tendo em vista a alteração do panorama político com a entrada de José Serra (PSDB) na disputa municipal. E, registre-se, não deve ser a única mudança com esse mesmo objetivo. Ou seja, o governo nada mais é do que a correia de transmissão do partido, seguindo a velha cartilha leninista. Pouco importam bons resultados administrativos, uma equipe ministerial entrosada. Bobagem. Tudo está sempre dependente das necessidades políticas do PT. 8
A anarquia administrativa chegou aos bancos e às empresas estatais. É como se o patrimônio público fosse apenas instrumento para o PT saquear o Estado e se perpetuar no poder. O que vem acontecendo no Banco do Brasil seria, num país sério, caso de comissão parlamentar de inquérito (CPI). Aqui é visto como uma disputa de espaço no governo, considerado natural. Mas até os partidos da base estão insatisfeitos. No horizonte a crise se avizinha. A economia não está mais sustentando o presidencialismo de transação. Dá sinais de esgotamento. E a rainha foi, desesperada, em busca dos conselhos do rei. Será que o encanto terminou?
Alternativas viáveis para impedir o racionamento de eletricidade no Brasil André Schweitzer – Economista Fevereiro/2012 Que o Brasil continua com a ameaça de racionamento de energia em proporções semelhantes ao fenômeno ocorrido no período 2001-2002 fica cada vez mais claro com as estatísticas econômicas e setoriais no país. Em primeiro lugar, não podemos deixar de considerar a atual estrutura setorial, que dispondo de vários recursos, para mudar este cenário. Entretanto estamos avançando lentamente diante das condições destacando principalmente as fontes de recursos na geração de energia limpa e renovável. Se avançarmos com a estabilidade econômica, retardamos no setor elétrico, estamos investindo e muito na construção de usinas hidrelétricas, mas este montante caso fosse usado no incentivo para a produção de energia através das fontes renováveis, destacando a energia eólica, apesar de apresentar elevados custos para implantação, instalação e construção dos “parques eólicos”, tendo uma pequena manutenção, devido nossa enorme costa litorânea, critério de maior e importante característica para execução do novo sistema. É claro que isto não irá ocorrer de forma rápida e instantânea, seria bom demais para o desenvolvimento da economia brasileira em longo prazo. Porém esta reformulação caso ocorra trará um enorme avanço ao setor de eletricidade no país, destacando-se a nível mundial. Outra questão que leva a um grande e importante impasse ao governo e a sociedade civil, refere-se a consciência ambiental. Produzir energia limpa e renovável é marco fundamental para evitar num futuro próximo, a degradação do meio ambiente (que já está ocorrendo), projetando simultaneamente segurança energética ao país, melhoria na qualidade de vida da população, e, indiscutivelmente aumento na produção energética no Brasil de forma eficiente, duradoura e sustentável.
9
Existe uma cura para a doença brasileira? Por Edmar Bacha
Há tempos o Brasil é conhecido como a terra dos contrastes. Hoje em dia, o contraste maior é entre uma economia que exibe pleno emprego e rápida ampliação da classe média, o que gera sensação de bem-estar na população e explica a popularidade do governo e uma outra economia, que padece de baixo crescimento e inflação elevada, o que sugere descontinuidade e crise num futuro não distante. Como romper com esse contraste e colocar o país na rota do desenvolvimento pleno?
No fim da década passada o Brasil parecia haver entrado numa fase de crescimento sustentado com inflação sob controle. Era o que sugeria tanto a trajetória favorável da economia desde 2004 como sua rápida superação da crise mundial de 2008-09. Entretanto, os "pibinhos" e a alta inflação a partir de 2011 nos indicam que a euforia econômica do período 2004-2010 teve caráter temporário, sendo explicada por fatores de natureza cíclica que se teriam esgotado em 2011. De fato, entre 2004 e 2011, o país foi beneficiado por uma bonança externa de dimensões talvez únicas em nossa experiência histórica. Essa bonança, de quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB), foi gerada por uma explosão dos preços das commodities que exportamos e por um extraordinário influxo de capitais estrangeiros. Ela não somente gestou mas também financiou um enorme aumento da demanda interna, que se materializou num maior crescimento do investimento e do PIB. Esse crescimento pôde se manifestar sem pressões inflacionárias devido à apreciação do câmbio e à maciça incorporação de mão de obra ao processo produtivo. Não há caminho para o primeiro mundo que não passe pela integração econômica com o resto da comunidade global Desde 2011, houve um arrefecimento do impulso externo: os preços das commodities pararam de crescer e em alguns casos se reduziram; o influxo de capital externo reduziu-se em função do maior risco do cenário internacional e também das barreiras à entrada criadas pelo governo brasileiro. A disponibilidade de mão de obra diminuiu e o câmbio se depreciou. Voltamos então aos "pibinhos" e à inflação elevada do período anterior a 2004. Os diagnósticos correntes sobre a doença brasileira de elevada inflação e baixo crescimento enfatizam corretamente o baixo investimento e a alta carga tributária. Menor presença no debate tem tido um terceiro fator tão ou mais importante que esses: a reduzidíssima participação do comércio exterior na atividade econômica do país. Trata-se de uma questão de natureza estatística, pois o Brasil destoa dos demais países do mundo mais nesse quesito do que na taxa de investimento ou na carga tributária. É também uma questão de economia política: uma maior integração do país no comércio internacional induziria uma redução da carga tributária e uma maior taxa de investimento. Consideremos os argumentos a respeito. 10
De acordo com o World FactBook da CIA, o PIB brasileiro em 2012 foi o 8º maior do mundo. Entretanto, o valor de nossas exportações de mercadorias ocupou apenas a 24ª posição. Essa discrepância entre PIB e exportações é uma anomalia brasileira, pois a Comunidade Europeia ocupou o 1º lugar tanto em termos de PIB como de exportações. Os EUA ocuparam o 2º lugar em termos de PIB e o 3º em exportações. A China ocupou o 3º lugar em termos de PIB e o 2º em exportações. O 8º maior exportador do mundo é a Coreia do Sul, cujo PIB ocupa a 13ª posição no ranking mundial. Ou seja, países ricos ou bem-sucedidos em fazer a transição para o primeiro mundo são grandes exportadores. O que não acontece com o Brasil. Quadro igualmente deprimente se revela quando olhamos os valores das importações. Nos dados do Banco Mundial, a parcela das importações de bens e serviços no PIB do Brasil é de apenas 13%, o menor valor entre todos 176 países considerados pelo banco. Na Coreia do Sul, a parcela das importações no PIB é 54%. Na Alemanha, 45%. Na China, 27%. Mesmo os EUA com sua economia gigantesca importa 18% do PIB, quase 40% a mais do que o Brasil. Ou seja, vivemos no país mais fechado do mundo, embora a Coreia do Norte seja um concorrente. Segundo a CIA, a participação das exportações no PIB da Coreia do Norte é mais ou menos equivalente à do Brasil. A evidência mundial é contundente: não há caminho para o primeiro mundo que não passe pela integração econômica com o resto da comunidade internacional. Esse é o grande desafio que o país enfrenta. Para ultrapassarmos a armadilha dos países de renda média que fracassaram na travessia para o desenvolvimento pleno (como a Argentina), é imperativo formular uma estratégia para que a indústria brasileira participe das cadeias produtivas globalizadas. Essa estratégia terá diversas dimensões, inclusive na área dos acordos comerciais. Internamente, a principal medida será o abandono do protecionismo sobre insumos ao processo produtivo, o qual se manifesta em altas tarifas às importações, elevados requisitos de conteúdo nacional e normas técnicas absurdas (como a adoção de um padrão para os vergalhões de aço distinto daquele adotado nos principais países industriais). Trata-se de implantar, de forma pré-anunciada, uma progressiva mas substancial redução das tarifas de importação, dos requisitos de conteúdo nacional e das normas técnicas e burocráticas protecionistas. O anúncio dessas medidas deverá por em marcha três outros processos. Primeiro, haverá uma antecipação de aumento das importações, o que provocará uma depreciação da taxa de câmbio. A proteção diferenciada que antes se exercia pelas tarifas às importações e outros mecanismos transformar-se-á numa "proteção cambial" horizontal, beneficiando os setores e atividades com maior vocação exportadora. Em segundo lugar, o governo se verá pressionado a efetivamente reduzir a carga tributária sobre as empresas, de forma a dar-lhes melhores condições de competir com os produtos estrangeiros. Em terceiro lugar, a perspectiva de poder importar bens de capital e insumos mais baratos e de integrar as indústrias brasileiras às cadeias produtivas internacionais levará a uma expansão do investimento privado para adaptar as empresas brasileiras a essa nova realidade econômica. 11
AUTOPISTA LITORAL SUL OU RODOVIA SEM NORTE Ao acompanhar o processo jornalístico realizado pelo Diário Catarinense e a série de reportagens promovidas pela RBS- SC e, também, na condição de presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina, responsável pelo levantamento de dados econômicos em relação aos percentuais ofertados pela ANTT à concessionária desde o início da cobrança dos pedágios na BR 101/SC e BR 376/PR, fato este que culminou com denúncia da entidade junto ao Ministério Público Federal sob a ótica do “usuário na condição de consumidor do serviço” – CDC -, chamo atenção para uma situação que em um primeiro momento era hipotética e que hoje é literalmente plausível, ou seja, a concessionária Autopista Litoral Sul “jogar a toalha” e entregar o direito de concessão à ANTT. Com contrato de 25 anos, passados 05, 19 compromissos de obras assumidos para esses primeiros anos, apenas 01 em fase conclusiva (no estado do Paraná – BR 376), tendo obtido, nesse período, arrecadação exorbitante, próximo de 600 milhões de reais – sem a realização de praticamente nada - e ciente que a paciência, principalmente dos catarinenses, esgotou, não dispõe de outra saída que não seja a imediata tomada das obras do contorno da região da grande Florianópolis, que possui custo estimado de 450 milhões de reais. Protelou o quanto foi possível, arrecadou muito e agora, é passível de tudo entregar sem praticamente nada realizar. Pagará multa rescisória, em torno de 60 milhões de reais e fará o ressarcimento àqueles que comprovadamente pagaram pedágio, ou seja, os que possuem guardados os comprovantes de pagamentos e, ainda, responderá por mais uma ou outra ação judicial que poderá ser impetrada. Interessante que há poucos meses pretéritos a espanhola OHL negociou parte acionária com outra compatriota, Arteris (negociação: 40% das ações da OHL em troca de 10% das pertencentes à Arteris – também concessionária de pedágios em muitos países -). Mera coincidência ou premonição? A maior surpresa de todo esse descompasso é ver a diretora interina da ANTT, Natália de Souza, em entrevista ao DC, em 07/04, atuar como uma literal advogada da concessionária. É uma leitura que machuca e faz doer os olhos. Economista Luiz Henrique Belloni Faria Presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina
12
NORTE / NORDESTE DE SC, UM POLO INDUSTRIAL
Localizada estrategicamente no centro do eixo São Paulo x Porto Alegre, possui inúmeras vantagens logísticas. Num raio de 200 km estão os 5 principais portos e os 4 principais aeroportos da região. Além disso, é cortada pelas BR´s 101 e 116 que ligam o Estado às outras regiões do Brasil. Conhecida como a Manchester Catarinense, a região concentra um importante polo industrial. Aqui estão instaladas empresas como a WEG, Rudnick, Tupy, Tigre, Malwee, ArcelorMittal Vega, Marisol, Embraco, Tuper, AMC Têxtil, Datasul – TOTVS, Condor, entre outras. A região tem apresentado importante incremento na geração de empregos e com isso tem impulsionando o consumo, desenvolvendo também o comércio e o setor de serviços. A frota de veículos, por exemplo, mais do que duplicou em dez anos nestas cidades. A principal cidade da região é Joinville. Com cerca de 525 mil habitantes, é a maior cidade do Estado, possui o maior parque industrial e um PIB que supera os R$ 18,4 bilhões. Outro atrativo é um moderno condomínio empresarial, localizado estrategicamente próximo às principais vias de acesso da cidade, é ocupado por 112 empresas de diferentes segmentos. Destaca-se ainda pela infraestrutura, mão de obra qualificada e pela já existente cadeia de fornecedores, principalmente do segmento metal mecânico. Oferece um sistema educacional de qualidade, com diversas opções de cursos em instituições de ensino superior reconhecidas nacionalmente. É conhecida também pelo alto nível dos cursos técnicos, que atendem à demanda das empresas da região por profissionais capacitados e atualizados. 13
Joinville possui uma completa rede de infraestrutura urbana. Com 9 subestações, a energia elétrica chega a 99,3% da população. Possui um moderno sistema de distribuição de água, atendendo mais de 98% da população com água potável. A limpeza pública abrange 100% da área urbana, e o transporte coletivo é considerado modelo, um sistema integrado com bilhetagem eletrônica e estações de integração espalhados pelos bairros da cidade. Não é de hoje que o Norte / Nordeste de Santa Catarina se destaca como uma das regiões urbanas mais pujantes do Brasil. Vem apresentando crescimento econômico bem acima da média nacional, resultado do DNA empreendedor trazido pelos imigrantes europeus desde a época de sua colonização. Diferenciais que vem atraindo novos empreendimentos, a região respira a atividade industrial e se apresenta como uma ótima oportunidade para investimentos. Algumas multinacionais já chegaram, e já colhem os frutos. A Hyosung, empresa sulcoreana fornecedora de fios de elastano, investiu cerca de R$ 180 milhões na fábrica que conta com uma área total de 225 mil m² e uma área construída de 40 mil m². A GM também já veio. Foram investimentos na ordem de R$ 350 milhões, numa área total de 500 mil m² e uma área construída de 30 mil m². Com previsão de faturamento de R$ 250 milhões por ano. A BMW está chegando, com investimentos previstos na casa dos R$ 528 milhões, numa área total de 1,5 milhões de m² e uma área construída de 500 mil m², com a possibilidade de se construir, inclusive, uma pista de testes. A estimativa de faturamento gira em torno de R$ 2 bilhões por ano. Muitas outras empresas ainda virão, aonde estes gigantes vão, muitos outros vão atrás. Quem sabe daqui a alguns anos não teremos também uma fábrica da Mercedes ou da Land Rover na região. Economista Marcos Filipus Presidente da Seccional Norte da OESC
Consumo e endividamento das famílias 14
A “lua de mel” acabou?
Possibilidade de adquirir um televisor com alta tecnologia. Comprar aquele carro 0km. Revitalizar os eletrodomésticos, móveis, aquele celular de última geração, e assim poderíamos citar vários dos “sonhos de consumo” sempre distantes das possibilidades financeiras de milhões de brasileiros. Este é o cenário que virou realidade para milhões de famílias e fizeram com que o endividamento das mesmas chegasse a 64%, ou seja, o total de famílias brasileiras que tem algum tipo de dívida. Este indicador voltou a aumentar em maio, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). De acordo com a pesquisa, 64,3% das famílias consultadas tinham algum tipo de dívida, entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Em maio de 2012 esse indicador era de 55,9% – mais de oito pontos percentuais abaixo da atual. Ainda segundo a CNC, o endividamento das famílias que recebem até 10 salários mínimos foi de aproximadamente 66%, índice maior do que as famílias que recebem acima de 10 SM. Longe de impedir a felicidade de milhões de pessoas, afinal de contas vivemos para “ser feliz”, mas quando a emoção supera a razão, a felicidade pode ser de curto prazo e logo após, substituída por preocupações e frustrações. Preocupa ainda mais quando descobrimos que 67% das pessoas não sabem quanto pagam de juros, efetivamente. Muitas famílias, no entanto, acabam gastando sem se preocupar como pagarão depois, em sua grande maioria tomada pela impulsividade, praticamente 80% das compras são decididas por impulso, e a razão? Fica em segundo plano. O filósofo inglês Thomas Hobbes registrou a frase latina: Primum vivere, deinde philosophare -Primeiro viver, depois filosofar. É assim que busco minha fundamentação e conhecimento a respeito do tema em discussão, pois atuando no mercado financeiro, a possibilidade de contato com o público me proporciona constatar na prática todas estas situações, além de aprender com mais de dois anos palestrando sobre finanças pessoais para os mais diversos públicos e ainda a oportunidade de participar em trabalhos de orientação financeira em empresas. Durante a palestra ou no serviço de orientação tornase evidente a percepção da falta de controle e organização financeira, para a grande maioria das pessoas a utilização de algum tipo de controle (orçamento doméstico) para o registro de suas receitas e despesas, infelizmente não é algo comum, aqueles que usam esta ferramenta raramente ultrapassam 5% do público. Esta falta de planejamento se desdobra nas mais diversas dificuldades, seguramente um bom tema para o próximo artigo, mas para citar apenas dois exemplos, o cheque especial e o cartão de crédito representam 71% do endividamento das famílias e quando tomado é muito mais difícil para sair, seja por acomodação ou falta de conhecimento para buscar outras soluções. Vale lembrar que os juros a serem pagos devem ser relacionados 15
nas despesas, caso a família já esteja endividada. Entretanto, a saída ideal é substituir por taxas menores como os empréstimos pessoais ou consignados. Analisando os percentuais de famílias com contas em atraso, considerando o segundo semestre de 2012 (setembro) até maio de 2013 o aumento foi de 19,01% para 21,6%, se considerássemos apenas as famílias até 10 salários mínimos o percentual chegaria a 24,2%. As famílias que não terão condições de pagar seus débitos somam 7,5% em maio, em março deste ano era de 6,3%. A incessante busca por um desempenho do PIB que nos satisfaça incentivou as pessoas a adquirirem bens, seja pela redução de IPI, linha branca, redução dos juros bancários, prazos mais elásticos, entre outros. Todavia, não podemos esquecer que a partir do momento que você compra um carro, por exemplo, aquela parte da renda já está comprometida. E mais, as políticas de incentivo surtiram efeito, mas momentaneamente. Esse tipo de modelo se esgota. Achar que as famílias vão seguir se endividando não é uma hipótese muito razoável. Não há essa disposição. O resultado do primeiro trimestre comprova isso. Se essas políticas pontuais não vierem acompanhadas de ciclos de investimentos, não há continuidade. Portanto, é incerto pensar que alguém sai comprando geladeira todo semestre ou carro todo ano. Se a acomodação do consumo das famílias, por exemplo, se configurar uma tendência, é sinal claro de que o modelo de crescimento fortemente baseado no consumo estará chegando ao esgotamento. Em relação ao aumento dos investimentos, é preciso cautela: o indicador ainda não revela uma retomada, mas, sim, um retorno a patamares anteriores. Não dá para afirmar que o ritmo será mantido. Viemos de um crescimento do PIB em 2012 de 0,9%a.a. Para 2013 a meta que consta no orçamento federal já está sendo atualizada para baixo, foi definida em 3,50%a.a., mas já está em 2,53%a.a., a quarta queda seguida deste indicador. Outro ponto relevante é que a expansão do crédito em relação ao PIB é superior à sua tendência de longo prazo, ou seja, o crédito cresceu mais que o PIB nessa proporção nos três anos anteriores, formando um “gap de crédito”. Este descompasso pode ser um sinalizador antes de uma crise. Portanto, a dupla dinâmica: “consumo das famílias” e “crescimento da economia” mostram sinais de alerta. A estagnação do consumo das famílias pode indicar que o poder de compra começa a ser corroído pela persistente inflação alta. O Banco Central utilizando-se de suas ferramentas trata da inflação com taxa de juros, para isso vem aplicando reajustes na Taxa Selic, hoje em 8%a.a., porém, já com expectativas de encerrar este ano em 9,50%. Refletir é urgente. Alexandre Poffo Economista, Conselheiro da Ordem dos Economistas – Seccional Norte/SC.
Ricos por ter COOPERATIVAS... ou ter COOPERATIVAS para ser ricos!!! O efeito Tostines no Cooperativismo 16
Analisando o cenário mundial do Cooperativismo, especialmente no que tange a participação da população em Cooperativas, considerados todos os 13 ramos existentes, os países ricos possuem índices de participação maiores que os países em desenvolvimento. Confesso que me lembrei de um antigo jargão utilizado por uma grande marca de biscoitos para tentar entender o avanço nas vendas daquele produto. O Efeito Tostines. Isso mesmo, para quem não lembra a frase era: "Tostines vende mais porque é fresquinho? Ou é fresquinho porque vende mais"? Ou seja, os países mais ricos são ricos porque têm Cooperativas? Ou eles têm mais Cooperativas justamente porque são mais ricos? O Cooperativismo tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social das pessoas e das comunidades onde atua, praticando a inclusão social e assim contribuindo para um mundo mais justo e solidário. Formado por cooperados e por eles democraticamente controlados, canalizando os resultados, as sobras, para estes mesmos cooperados e consequentemente reinvestidos nas próprias comunidades produzindo novas riquezas. Nascido a partir da Revolução Industrial em meados do século XIX como uma solução para aqueles que enfrentaram as consequências de um capitalismo selvagem, que por buscar lucros incessantes não mediram consequências, promovendo a substituição das pessoas pelas máquinas, reflexo percebido até os dias atuais. Fenômeno este que promoveu a exclusão social e alimentou cada vez mais o abismo existente entre poucos e muitos, digo, concentração de riqueza. O filme Tempos Modernos, de Charlie Chaplin, passa uma mensagem desta situação econômico e social, vale a pena assistir. O Brasil ainda é um dos países com maior desigualdade social do mundo, conforme publicação no "Relatório Territorial Brasil 2013" em março desse ano, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mesmo apesar dos avanços nos últimos 15 anos. Ainda segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), em publicação recente, "A Resiliência do Modelo de Negócios Cooperativos em Tempos de Crise", mostra que este modelo vem resistindo frente à recessão global, especialmente por não estar focado na maximização do lucro, para isso não assumindo riscos desnecessários ou muitas vezes acima de qualquer custo. Desta forma o Cooperativismo de Crédito percebe seus números crescerem a passos largos, seja em total de ativos ou ingresso de novos cooperados. Não há dúvida que a cada dia mais pessoas se identificam com esta forma moderna de negócios. Lembrando que no ano anterior, a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou 2012 como o "Ano Internacional das Cooperativas". Em 2010 quando tive oportunidade de conhecer o sistema Cooperativo da Alemanha, apenas para citar um exemplo, a Europa vivia praticamente o auge da crise iniciada em meados de 2008, porém, as Cooperativas enfrentaram a crise com muita segurança e estabilidade, gerando ainda mais confiança por parte dos cooperados e conquistando cada vez mais a população em geral, resultado: para uma população de aproximadamente 82 milhões de habitantes, 17
mais de 46 milhões de pessoas utilizam as Cooperativas entre cooperados e clientes. (Fonte: DGRV- Deutscher Genossenschafts und Raiffeisenverband e.V. – Confederação alemã das Cooperativas. Base: 31/12/2010) Vale destacar um comentário relatado várias vezes durante as visitas por várias cidades da Alemanha "Temos cidades com mais de mil anos, tivemos várias experiências em todo este período, vivemos o capitalismo, onde muitas vezes os resultados são melhores que as ideias. Vivemos o Socialismo, onde as ideias muitas vezes são melhores que os resultados, mas descobrimos no Cooperativismo o equilíbrio entre o econômico e o social". Em todo mundo mais de 1 bilhão de pessoas estão associadas ao Cooperativismo, pessoas que de alguma forma pensam e mais que isso, agem de modo diferente. Pessoas que resgatam a cada dia a vontade de viver em um mundo melhor, mais justo e igualitário. Acreditam cada vez mais que a grande mudança virá das pessoas, para as pessoas. Parabéns Cooperados! No Brasil, especialmente o Cooperativismo de Crédito, vem crescendo a passos largos, principalmente nos últimos anos, fruto de um crescente investimento em inovação e tecnologia, da profissionalização das lideranças e funcionários, confiança e credibilidade, e o que é melhor: identificação das pessoas a causa Cooperativista. Considerando o ranking do Sistema Financeiro Nacional (SFN), as Cooperativas que atuam hoje no Brasil, cerca de 1.300, somam aproximadamente 140 bilhões de reais em ativos, atingindo a sexta colocação nesse indicador, ou seja, se as Cooperativas fossem consideradas um "banco", seria o sexto maior banco atuando no Brasil, deixando para trás instituições financeiras de grande expressão como HSBC, Safra, Citibank e Banrisul. (Fonte: BACEN – Data base: Dez/2012. Considerando as IFs de varejo que possuem agências para atendimento a clientes). Em 2012, ainda falando do SFN, as cooperativas apresentaram crescimento de 20% em média, frente à média de 13% dos Bancos, e para 2013 tudo indica que devemos repetir este desempenho. Espero que o leitor sinta-se feliz com estas informações, pois numa economia onde aproximadamente 75% de todo crédito está concentrado em apenas 5 Bancos, o resultado é, entre outros, principalmente a baixa democratização do crédito. (Fonte: BACEN – Data base: Março/2013). Prezado leitor, lembre-se: que mundo você quer deixar para seus filhos? Não espere o governo fazer algo por você, tome atitudes e contribua para um mundo melhor, associe-se a uma Cooperativa!!! Refletir é urgente. Alexandre Poffo Economista, Diretor de Operações da ACREDICOOP – Cooperativa de Crédito. Conselheiro da Ordem dos Economistas – Seccional Norte/SC.
Leilão de Libra: O Petróleo é Nosso e deles também! 18
Por Luiz Henrique Belloni Faria
O Leilão de Libra é a notícia do momento no país (Libra fica na Bacia de Santos, a 170 km do litoral do Estado do Rio de Janeiro e tem cerca de 1,5 mil km quadrados). O governo comemora o resultado e repassa o fato à sociedade como se fosse algo excepcional. Friamente analisando, a comemoração é em razão dos bilhões de dólares que entrará na conta do governo pela enrustida privatização da exploração do pré-sal. Colocar a Petrobrás como maior acionista do consórcio serviu apenas para amenizar imensuráveis críticas da privatização, mas, queira ou não, o conteúdo da bacia petrolífera de Libra não é mais somente dos brasileiros. O discurso praticado para amenizar o fato novamente é direcionado ao ponto emocional e crítico dos brasileiros: “TODO O DINHEIRO RECEBIDO SERÁ APLICADO NA SAÚDE E EDUCAÇÃO”. Ora, quantas vezes esse discurso já foi repassado à sociedade: basta recordarmos da CPMF. As melhorias nas áreas os brasileiros ainda procuram. Economicamente colocando, é primordial ser sabedor que o Brasil importa combustível. Muitos esquecem, não sabem ou confundem o fato dessas impostações. A maior empresa do país é a Petrobrás e o Brasil está entre os melhores colocados no Ranking mundial dos produtores do chamado “ouro negro”, só que o petróleo não é extraído pronto para ir para o mercado do abastecimento. Há necessidade do “refino” e o país não dispõem de refinarias suficientes para suprir a demanda interna. Daí advém à necessidade da importação, ou seja, exportamos petróleo e importamos combustíveis. Para ter uma ideia do que isso representa, nos últimos três anos, o Brasil gastou em torno de 10 bilhões com importações de combustíveis. Existem algumas refinarias em construção, mas às conclusões estão previstas para, no mínimo, 2018. Estimativas indicam que mesmo concluídas as importações deverão continuar. Daí advém uma indagação reflexiva: Se não há recursos para construções de refinarias por que não buscá-lo externamente através de incentivos fiscais e financeiros à investidores internacionais? Quem sabe através de leilões! Para um entendimento claro da complexidade do ocorrido, é fundamental levar em conta outro fato que nem todos se dão conta ou dispõe de conhecimento: o Brasil exporta petróleo e importa combustíveis por um preço mais caro que é vendido no mercado interno, ou seja, operação literalmente deficitária. É paradoxal, mas ocorre porque o governo tem que controlar a inflação e o custo do transporte é um dos fatores que mais pesa no calculo do IPCA (índice oficial que mede a inflação, calculado pelo IBGE). Menos mal do leilão é o fato da adoção do regime de partilha em e não o de concessão. Neste regime o consórcio pagará apetitoso bônus à União no instante da assinatura do contrato e fará a exploração por sua conta e risco. Se achar petróleo, será remunerada em petróleo pela União por seus custos. Além disso, receberá mais uma parcela, que é seu ganho. O restante fica para a União.
BOLHA IMOBILIARIA OU MONETÁRIA? 19
Muitos falam que temos uma bolha imobiliária prestes a estourar, eu discordo. Acho sim, que os preços dos imóveis residenciais estão altos, que em breve irá ocorrer uma correção natural dos preços, lembrando a mão invisível de Adam Smith. Essa alta dos preços ocorre devido à alta demanda, proporcionada pela carência em habitação e facilidade de crédito, o que não ocorre em imóveis comerciais e imóveis de alto valor aquisitivo. O caso, é que a facilidade de crédito pode estourar. A CEF está girando aproximadamente 12 vezes o seu capital, quando o máximo recomendado é entre 8 e 9 vezes. Grandes bancos no mercado nacional, com metas agressivas de vendas estão girando aproximadamente 5 vezes o seu capital, mantendo relativamente baixo o seu risco operacional. Então me pergunto, e se por algum motivo a CEF precisar de liquidez imediata, onde ela vai encontrar esse crédito? E se tivermos um aumento expressivo na inadimplência desse capital investido em financiamento imobiliário? A Caixa corre o risco de quebrar? Como a Caixa Econômica Federal é um banco estatal, ela terá pronto acesso ao capital oriundo do Banco Central, que tem autonomia em emitir moeda, ou do Tesouro Nacional, injetando capital arrecadado nos impostos que todos nós pagamos. Então, dificulmente ela correria o risco de quebrar, mas com essa estratégia politica em liberar crédito pra financiamento imobiliário e injetar moeda na economia, estamos desvalorizando constantemente nossa moeda, apesar de diminuir o déficit de moradia, estamos reduzindo o poder de compra da população e consequentemente aumentando a desigualdade social. É a inflação, que lentamente volta a assombrar os Brasileiros. Eu me pergunto, vamos deixar isso acontecer? Vamos deixar a inflação voltar em prol de uma politica populista e irresponsável, que visa distribuição de renda, porém não tem capacidade em fazer isso de forma correta ? Precisamos trabalhar para depois colher, o que o País precisa, é de investimentos em infraestrutura, educação e de uma economia solida. Consequentemente, com economia estabilizada, infraestrutura conveniente para as empresas investirem sem medo no Brasil, aí sim, teremos geração de empregos, redistribuição de renda e redução da desigualdade social. Esse é o Brasil que queremos. André Gustavo Schneider – Economista* e Consultor Financeiro LEGADO – Soluções Financeiras 20
PANORAMA LOGÍSTICO BRASILEIRO Economista Professor Augusto Cordeiro Membro dirigente da Seccional Norte da OESC
Há muitas décadas o Brasil é visto como um país em desenvolvimento, mas o status de nação desenvolvida sempre foi uma meta distante, uma promessa futura quase inatingível. Enquanto isso, nosso país se posiciona na contramão em vários setores estratégicos, como é o caso da infraestrutura de transporte. Primeiro, por optarmos pela prioridade ao rodoviário, deixando de lado o modal ferroviário, comprovadamente o mais eficiente para transportar grandes volumes de carga e a longas distâncias. E também por não levar em conta, a integração dos diversos modais, para a formação de corredores logísticos adequados às características do território brasileiro. Como é do conhecimento de todos que tem algum envolvimento com logística, o transporte brasileiro é ainda muito dependente do modal rodoviário. De acordo com a CNT, as rodovias brasileiras transportam em torno de 61% de toda a produção nacional, ferrovias 20,6%, aquaviário 14%, dutovias 4%, aéreo 0,4%. Isso é preocupante, quando se verifica o estado atual das rodovias brasileiras que se encontram em estado deploráveis. Ainda de acordo com a CNT, o transporte rodoviário conta com mais de dois milhões de veículos entre autônomos, cooperativas e empresas de transportes, atuando em todo o território nacional. Nos EUA, o transporte rodoviário participa somente com 26%, linhas férreas com 38%, aquaviário com 16%, aéreo 1% e dutovia com 19%. A Europa segue parecida com o sistema brasileiro, rodoviário 75%, ferroviário 13%, aquaviário 7%, dutoviário 5%. Para as dimensões dos países europeus, talvez esse seja o sistema ideal, porém para países com dimensões continentais como o Brasil, o ideal seria seguir o exemplo americano, canadense, chinês e russo, que mantem um equilíbrio entre os modais. O ministério dos transportes prevê que até 2025 o modelo logístico se equipare as nações acima mencionadas, ficando o transporte rodoviário com 30%, ferroviário 36%, aquaviário 29%; são projeções ambiciosas que viriam desafogar nossas combalidas rodovias, porém temos que aguardar o andamento das projeções, para medir os resultados, pois pelos investimentos federais que estão sendo direcionada a duplicação de rodovias e manutenção pelo governo federal, acredito que 2025 estão bem mais longe. No aspecto econômico, os dados são extremamente significativos. O preço do transporte de cargas reflete-se diretamente no Custo Brasil, afetando a competitividade dos nossos produtos no exterior e até mesmo no mercado interno. Segundo pesquisa do instituto ILOS, o transporte rodoviário tem um custo médio em torno de R$ 216 mil por TKU (toneladas/quilômetro útil), enquanto no modal ferroviário esse custo é de R$ 38 mil, mais baixo que o aquaviário, estimado em R$ 49 mil por TKU. Quanto mais extensa e bem traçada for a nossa malha, integrando todos os modais, menor serão os custos e maior a eficiência. Além disso, a lei 12.619, de normatização da função de motorista, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 30 de abril de 2012 e em vigor desde o dia 15 de junho, certamente trará aumento nos custos das operações. De acordo 21
com a norma, cada viagem terá um valor adicional gerado pelas acomodações e alimentação do trabalhador. O impacto da legislação nos custos do transporte deverá ser de até 26%. Para setores específicos, o percentual pode chegar a 40%. Estes custos serão sendo repassados para os clientes no valor do frete, criando um efeito dominó que afetará toda a cadeia e, consequentemente, o consumidor final. Segundo dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Setcergs), os reajustes podem ficar entre 10% e 20% para o frete rodoviário convencional. O governo federal continua firme no propósito de entregar o maior número possível de rodovias para a iniciativa privada, porém, nem tudo são flores, alguns leilões estão fracassando por falta de interesse dos investidores, que ainda não estão confiantes nos projetos de conclusão de obras sob a responsabilidade do DNIT. Mesmo assim o plano de concessão de rodovias ainda é o maior feito do atual governo dentro do programa de renovação e investimentos em logística. Ao melhorar sua logística de transportes, o Brasil consegue exportar mais e o consumo interno também aumenta, pois o escoamento dos bens entre produtor e consumidor fica mais eficiente. A movimentação das riquezas produzidas em um país continental exige infraestrutura, tecnologia, qualificação profissional e muito investimento. Necessitamos de uma infraestrutura logística, no mínimo, adequada às dimensões da nossa nação. Os desafios são muitos, assim como o setor logístico brasileiro, em que tudo é superlativo. É hora de colocar em prática uma visão de longo prazo, para que o Brasil possa consolidar sua posição, entre as maiores potências mundiais.
A importância da Gestão Financeira nos pequenos negócios Nos países em desenvolvimento há um grande número de micro e pequenas empresas em fase de expansão. Porém nem sempre vivemos em bonança, há também períodos de recessão, como o que parece nos assombrar atualmente, onde quem não estiver devidamente preparado, terá dificuldades em se manter no mercado. É comum vermos empresas trabalhando com bons resultados, aprimorando seus produtos e serviços, buscando sempre melhorias no seu faturamento e atendendo seus clientes da melhor forma possível. Entretanto, conforme a empresa vai crescendo, aumenta a necessidade de controles gerenciais para que a empresa cresça de forma saudável. Esse aumento de vendas pode gerar um crescimento desordenado em função da mesma não ter uma estrutura básica, que organize as informações e dê ao gestor suporte para tomada de decisão. Esse excesso de informações operacionais e estratégicas cria uma grande dificuldade, fazendo com que o empreendedor tome parte de suas decisões embasadas em sua experiência de mercado e no seu "feeling", ignorando 22
informações concretas da empresa, que poderiam lhe indicar outro caminho, que permita que ele trace suas estratégias com menores riscos à empresa. Devido a esses e outros fatores, as finanças empresariais tem se mantido como um dos pilares da administração. "Nos dias atuais, saber os conceitos de finanças não é mais um diferencial: é uma necessidade!" (LENZI, 2010). A administração financeira é responsável por tornar tangível uma série de conceitos em aplicações praticas nas empresas por meio de métodos, técnicas e ferramentas de gestão adequadas (KATO, 2012). Ou seja, a função financeira da empresa é possibilitar o andamento da empresa com o mínimo possível de gastos, utilizando da melhor forma possível os recursos obtidos. Para isso, o desafio é determinar quais gastos são imprescindíveis para viabilizar as atividades operacionais e chegar aos resultados desejados. Além de determinar as fontes de captação de fundos que financiem essas atividades com o menor custo de capital possível, possibilitando melhor rentabilidade ao investidor. Conforme Samuel Hayes (2010), as demonstrações financeiras são essenciais nos negócios. Essas ferramentas podem ser utilizadas para avaliar o desempenho e identificar as áreas que demandam intervenção gerencial pelos executivos. Os acionistas e investidores utilizam para saber se o seu capital está bem administrado e (ou) identificar novas oportunidades. Quando falamos de acionistas e investidores, imediatamente pensamos nas grandes companhias e suas ações na Bolsa de Valores. Mas toda empresa, inclusive as micro e pequenas empresas tem pelo menos um acionista e investidor. O acionista é o proprietário da empresa, normalmente responsável pela gestão da mesma. O investidor é aquele assume riscos com a empresa ao investir seu capital visando um lucro no futuro. Então lanço um desafio aos micro e pequenos empreendedores, a responder algumas perguntas abaixo a respeito de suas empresas: - Qual seu resultado mensal? - Qual a evolução dos resultados de sua empresa? - Quais os custos e despesas de sua empresa? - Como anda a evolução de seus custos em relação aos resultados? - Quais ações tem a melhor relação entre grau de dificuldade e impacto no resultado? - Como você mede o desempenho e o resultado de seus processos? - Seu fluxo de caixa é positivo ou negativo? - Qual sua necessidade de Capital de Giro? - Num investimento, quando é melhor utilizar capital do caixa da empresa ou financiamento? 23
Será mesmo que não é relevante um acompanhamento de indicadores financeiros? Lenzi (2010) citou uma frase que diz: "O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado". Todos os colaboradores (ou quase) de uma empresa realizam (ou deixam de realizar) ações que impactam no resultado financeiro das empresas (LENZI, 2010). O autor sugere não deixar a gestão da área financeira apenas com os financeiros, mas instigar a todos, para que tenham consciência de sua relevância no resultado e assumam atitudes proativas ao crescimento da empresa. Como estamos falando em gestão financeira, que inclui controle de custos, sabemos que nem sempre é viável a uma empresa manter um departamento financeiro ou uma controladoria. Porém já podemos apresentar para micro e pequenas empresas a possibilidade em terceirizar esses serviços através de empresas de Assessoria Financeira. O custo muitas vezes pode se tornar um investimento. André G. Schneider – Economista CRE/SC 3443 Economista Chefe – LEGADO – Soluções Financeiras Referências: HAYES, Samuel L. Harvard Business Essentials: Finanças para Gerentes, seu mentor e guia para finanças. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2010. KATO, Jerry. Curso de Finanças Empresariais: Fundamentos de gestão financeira em empresas. São Paulo: Ed. M.Books, 2012. LENZI, Fernando Cesar. Ação Empreendedora: Como desenvolver e administrar o seu negócio com excelência. São Paulo: Ed. Gente, 2010.
24