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BOLETIM SEMANAL - DEZEMBRO 2015


Escolha de Babosa não agrada o mercado

O mercado reagiu mal aos rumores ao longo do pregão desta sexta-feira e fechou em queda de 2,98% com 43.910 pontos, o menor nível desde abril de 2009. E abaixo dos 44 mil pontos que nos últimos tempos tem sido a “margem de segurança”. Segundo analistas a troca de ministros não foi vista com bons olhos pelos investidores, tanto do Brasil quanto de fora, e isso deve pressionar o Ibovespa ainda mais. A impressão que dá é de que o governo arranjou uma saída caseira o que indica a continuidade de políticas adotadas no passado, que foram responsáveis pela crise atual.

Mudança na Fazenda

Economista Luiz Henrique Belloni Faria Presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina -OESC

Palavras do presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina - OESC-, Economista Luiz Henrique Belloni Faria, ofertadas após a demissão do Ministro Levy e a indicação de Nelson Barbosa, como substituto. “Crise institucional severa, com poderes constituídos perdidos na mensuração de suas atribuições e com a uma economia revestida de ações governamentais inerciais que levam ao infeliz absurdo de se poder afirmar que a Apple vale mais que todas as empresas brasileiras de capital aberto que hoje operam na Bovespa. É inconcebível economicamente a Presidente da República continuar comandando a nação.”


Brasil! Perda do Grau de Investimento anunciado pelas Agências de Risco A Fitch, agência de classificação de risco retirou no dia 16 de dezembro o selo de bom pagador do Brasil, considerado agora país especulativo por duas das três maiores agências do mundo, Fitch e Standard & Poor's. O selo de bom pagador é o reconhecimento de que o país é um lugar seguro para investimentos e é exigido por boa parte dos bilionários fundos de investimentos e de pensões para que os gestores dos respectivos apliquem no país, via títulos de dívida de pública. O Brasil já não está mais nessa condição, desde os rebaixamentos. Muitos investidores sairão em busca de outros países que detenham grau de risco recomendado pelas agências. Essa circunstância incorporada em seu bojo um ciclo sistêmico que afeta o país e a sociedade, a saber: • Com a fuga de capital é recorrente que o governo eleve ainda mais os juros (SELIC) para, dessa forma, atrair capital. • O feito, automaticamente, faz crescer o custo da dívida pública, reduzindo, assim, a disponibilidade de capital para os demais gastos do governo. • A fuga de capital externo, paralelamente, atinge o Dólar, valorizando-o e, consequentemente, inflaciona o Real, tirando poder de compra dos importadores e da população. • A alta dos juros impacta as linhas de crédito, reduzindo ainda mais a demanda das já sofridas pessoas físicas e das já combalidas pessoas jurídicas. • Menor arrecadação de impostos por parte do governo representa risco de incentivo para o aumento da carga tributária. • Aumento na carga tributária desmerece referência, pois os brasileiros já são calejados desse sentimento. Santa Catarina, dezembro de 2015.

ORDEM DOS ECONOMISTAS DE SANTA CATARINA - OESC


Joinville retoma a primeira posição

Com a mudança para realizar os cálculos do Produto Interno Bruto (PIB), o IBGE divulga nesta sexta-feira (18 /12) um novo ranking das cidades mais ricas de Santa Catarina. Joinville desbancou Itajaí e volta a ser a maior economia do Estado, com um PIB de R$ 21,9 bilhões. A cidade portuária, no entanto, segue à frente de Florianópolis e se consolida como um dos principais polos econômicos catarinense.

Mercado aumenta previsão de queda do PIB para 3,62% em 2015

Os economistas do mercado financeiro acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai fechar 2015 em queda de 3,62%, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando houve retração de 4,35%.


OESC QUER REGULAMENTAÇÃO PARA OFERTA E USO DO CARTÃO DE CRÉDITO.

Cartão de Crédito: Indústria sem regulamentação Governos de vários países regulamentam o mercado dos cartões de crédito como forma de proteger os usuários e conter lucros exacerbados por parte das administradoras. O Brasil carece dessa providência e os prejuízos do feito afetam diretamente a área econômica. O alarmante nível de endividamento das famílias brasileiras, atualmente, é fator preponderante às quedas de vendas e do literal desaquecimento do mercado. Em face da omissão as administradoras de cartões trabalham com margens de ganhos fora da realidade econômica e social brasileira, comparativamente com os lucros que elas obtêm nos países que detém a mesma oferta regulamentada. O processo fiscalizatório por parte do banco central fica limitado em razão da ausência, o que acarreta permissibilidade das administradoras decidirem, conforme conveniências, as taxas e condições que são literalmente impostas aos comerciantes e aos consumidores. Como existem poucas, o país fica refém da crueldade e desumanidade do sistema. No Brasil, praticamente, todo esse poder está concentrado nas bandeiras Visa e Mastercard, que juntas representam 91% de todo mercado de cartões, ou seja, um duopólio forte que dificulta a instalação de eventuais concorrências que, por certo, seriam benéficas ao mercado. Distante de ser a mais apropriada forma de pagamento, 52 milhões de brasileiros utilizam cartões de crédito. Além dos juros astronômicos praticados, outro gravame dessa indústria desregulamentada é o fato dela ofertar livremente um procedimento inflacionário, pois a utilização dessa metodologia de crédito impacta diretamente nos preços finais dos produtos pelas exigências colocadas e cobradas junto ao meio comercial. A falta de informações sobre os malefícios dessa indústria está demonstrada pelos alarmantes resultados da pesquisa divulgada pelo SPC Brasil, a respeito dos usuários dos cartões de créditos: 35% não sabem os seus limites; 96% não sabem a taxa de juros mensal e 93% gastam mais do que podem. Todas as modalidades de crédito são mais salutares que o cartão, entretanto a falta de educação financeira da sociedade não permite esta, dentre outras, visualização. Recente pesquisa da agência de risco Standard & Poors, demonstrou que dentre 85 países, o Brasil se enquadra na 67˚ posição no ranking de educação financeira. A regulamentação é prioridade. O estabelecimento de limites de crédito do cartão não superior a 30% da renda pessoal deve ser compulsório, somadas todas as bandeiras, assim como são os consignados; A utilização de frases de alerta nos versos dos respectivos, tipo: “Cartão de Crédito! Atraente quando usado com prudência”, deveriam ser praticadas, da mesma forma como é feito em relação aos danos advindos do tabagismo, nas divulgações das mídias sobre o consumo de bebidas alcoólicas, nos cuidados com a utilização de medicamentos e vários outros. Outra ação é a fixação nominal das taxas máximas de juros e/ou vinculação das respectivas a taxa referencial de juros praticadas no país, seja paritariamente ou em percentual acima préestabelecido, no momento das assinaturas dos contratos de aceites dos usuários, dentre outras situações regulatórias. “EDUCAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO! AÍ SIM UM USO CONSCIENTE E JUSTO” ORDEM DOS ECONOMISTAS DE SANTA CATARINA – OESC


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