Resenha 10 06 2016

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10/06/2016 às 05h00

Aritmética e ideologia Márcio Garcia

Por Márcio Garcia

Márcio Garcia é PhD por Stanford e professor

Após uma década de euforia, na qual se acreditou que crises graves tinham ficado definitivamente para trás, a economia brasileira defronta­se com uma das crises mais sérias de sua história. A queda do PIB já é a maior de todos os tempos. O desemprego avança a passos largos. Os déficits fiscais avantajaram­se e, caso medidas drásticas não sejam tomadas, a dívida pública pode tornar­se, muito em breve, insustentável. Neste quadro medonho, é fundamental que o governo transmita à população todo o sentido de urgência acerca das duras medidas fiscais que deverá vir a tomar. Para isso, é necessário tentar explicar as implicações da aritmética fiscal adversa para que o público possa bem avaliar a gravidade da situação. Infelizmente, alguns formadores de opinião têm feito exatamente o oposto, ao difundir ideias equivocadas sobre a dinâmica da dívida pública. Em artigo recente neste mesmo espaço, Belluzzo e Galípolo ("Foi o patrão quem falou", Valor, 7/6/2016), cometem vários erros em sequência ao atacar a necessidade de ajuste fiscal. Começam por errar na singela aritmética da dinâmica da dívida pública, quando afirmam que, para evitar o crescimento da razão dívida/PIB, é preciso que "(...) a arrecadação do governo supere suas despesas em montante proporcional ao serviço da dívida (superávit primário). Caso o setor público consolidado apresente, por hipótese, um déficit nominal de 10% do PIB, e o crescimento nominal da economia seja de 7%, seria necessário um superávit primário de 3% para a manutenção da relação dívida/PIB". Não interromper já a escalada de gastos públicos é condenar a economia brasileira a crescimento baixo

A equação de determinação do superávit primário que estabiliza a razão dívida/PIB é bem conhecida (e bem diferente da usada pelos autores): o superávit primário deve ser igual à razão dívida/PIB do ano anterior multiplicada pela diferença entre a taxa real de juros e a taxa real de crescimento do PIB. No caso brasileiro atual, tomando as informações do relatório Focus do BC (juro (Selic) real de 7,1%, crescimento real do PIB de ­3,7% e dívida bruta de 66,5% do PIB em dezembro de 2015), o superávit primário necessário para estabilizar a razão dívida bruta/PIB em 2016 seria, aproximadamente, 0,665 x (0,071­ (­0,037)) = 7,2% do PIB! Um esforço fiscal que, a esta altura, é completamente inviável. Na verdade, como deverá haver um déficit primário da ordem de 1,9% do PIB, a dívida bruta deverá aumentar mais de nove pontos percentuais do PIB em 2016. O exemplo pretensamente esclarecedor dado por Belluzzo e Galípolo só lança confusão sobre a dinâmica da dívida pública. Com os dados apresentados no artigo não é possível fazer qualquer cálculo, pois eles ignoram o valor da dívida/PIB no ano anterior, assim como a inflação, necessária para calcular os valores reais da taxa de juro e do crescimento do PIB. Em seguida, os autores passam a se debruçar sobre as razões dos juros tão altos no Brasil, certamente um problema fundamental. Segundo eles, a culpada pelos juros altos seria a "(...) descuidada abertura da conta de capitais [que] aprisionou as políticas econômicas 'internas' à busca de condições atraentes para os capitais em livre movimento". Ou seja, taxas de

do Departamento de Economia da PUC­Rio. Formado em engenharia de produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atua principalmente nas áreas de economia monetária e fiscal, dívida pública, fluxo de capitais, inflação e política monetária. Foi pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 1986 e 1987, coautor do livro “Risco e Regulação” e organizador de “Modelo Multisetorial Cepal/Ipea” para o Brasil. Em 2013 foi visiting scholar na Sloan School, MIT, e no NBER. Fale com Márcio Garcia

Mensagens dos leitores

Volta à normalidade

Excelente a coluna do Cristiano Romero na edição do dia 8/6/2016, "Banco Central: volta à normalidade", comentando o discurso de Ilan Goldfajn perante a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A volta aos trilhos da autoridade monetária deve ser comemorada pela sociedade brasileira, já que o período protagonizado pela "Nova Matriz... 10/06/2016 às 05h00 ­ Dirceu Luiz Natal ­ STF

Esperemos ardentemente que o ministro Luís Roberto Barroso esteja certo ao afirmar em entrevista que ninguém pode influenciar o Supremo Tribunal Federal (STF). Caso contrário, ou seja, se forem levantadas suspeitas de que componentes da Corte possam ceder a pressões e simpatias políticas ou ideológicas e venham eventualmente a favorecer, blindar e mesmo... 10/06/2016 às 05h00 ­ Paulo Roberto Gotaç ­ Dívida dos Estados

O grande "segredo de polichinelo" que deu a principal causa na crise financeira dos Estados brasileiros foram as irresponsáveis isenções tributárias dadas nos últimos anos.


juros altas adviriam da necessidade de satisfazer os investidores estrangeiros. Seguindo tal raciocínio, a forma de corrigir essa situação seria apostar "(...) no controle de capitais e no planejamento estratégico para o desenvolvimento nacional". Para corroborar tais recomendações, citam o recente trabalho do FMI "Neoliberalism: Oversold?".

Sanar essa deficiência macroeconômica é

Nota­se aqui um erro lógico. Afinal, os controles de capitais aos quais se referem os autores do estudo do FMI são controles de entrada de capitais, como os que usamos tanto no período de câmbio controlado, até 1998, quanto no período de câmbio flutuante, após a crise de 2008. Tais controles de capitais tendem a aumentar a taxa interna de juros, não a diminuí­la. Não por outra razão houve, em ambos os períodos, compras substanciais de reservas cambiais pelo Banco Central. Sem os controles de entrada de capitais e as compras esterilizadas de reservas cambiais, a tendência da taxa de juros seria cair. Isso vale tanto sob câmbio controlado, como sob câmbio flutuante, quando os influxos de capital também provocam a (indesejada) apreciação da taxa de câmbio.

10/06/2016 às 05h00 ­ José Nobre de Almeida

Há que se recordar que tivemos um longo regime de alta inflação sob rígidos controles de capitais. Nesse caso, controles de saída de capitais. Isolar­nos do movimento internacional de capitais não nos trouxe nem crescimento nem estabilidade inflacionária. Baixar juros é fácil, como bem mostrou a experiência do BC de Tombini, em 2011 e 2012. O resultado, contudo, foi lamentável: crescimento pífio e aceleração da inflação. O desafio brasileiro é como ter juros normais sem que a inflação saia do controle. Claramente, corrigir o descontrole fiscal é peça chave no equacionamento dessa questão. Por fim, os autores usam, de forma intelectualmente desonesta, o argumento do estudo do FMI acerca da austeridade fiscal nos países desenvolvidos. Os economistas do FMI deixam bem claro que tal argumento só é válido para países que têm amplo espaço fiscal, como os EUA, Alemanha e Reino Unido. Belluzzo e Galípolo podem, é claro, ter opinião distinta, mas não podem colocar palavras em bocas alheias. Ainda que a razão dívida bruta/PIB do Brasil possa ser menor do que as de algumas economias desenvolvidas, a situação brasileira, quanto à solvência fiscal, é bem mais adversa. Não interromper imediatamente a escalada de gastos públicos é condenar a economia brasileira a crescimento baixo, ou, pior ainda, conjugada à volta da inflação elevada. É fundamental que se trave debate amplo e consequente sobre a agenda de política econômica a ser adotada no país. Mas, nesse debate, não se pode passar ao largo da aritmética, da economia e da história. Márcio G. P. Garcia, Ph.D. por Stanford, é professor do departamento de economia da PUC­Rio. Escreve mensalmente neste espaço.

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Ajuste dá sinais de avanço e PIB parece ter batido no fundo do poço 08/06/2016

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10/06/2016 às 05h00

Companhia aberta teme exposição maior com novo parecer do auditor

Empresas

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Por Thais Carrança | De São Paulo

Os relatórios de auditoria dos balanços das companhias de capital aberto vão ter em breve um novo formato. A novidade passa a valer já para as demonstrações contábeis anuais de 2016. Aumento das despesas com auditoria e maior exposição pública estão entre as preocupações das empresas com a mudança. Conhecidas como "big four", as quatros maiores empresas de auditoria do mundo, PwC, Deloitte, EY e KPMG, são unânimes em apontar a principal inovação do novo parecer: a introdução dos chamados "principais tópicos de auditoria". Os assuntos considerados mais importantes pelo auditor, antes discutidos apenas com as empresas, agora serão públicos.

Petrobras admite que União pode interferir em política de preços 09h35 Petrobras: Dez plataformas da Bacia de Campos participam de protesto 09h26 Curta  05h00 Ver todas as notícias

"A adoção dos principais tópicos de auditoria pretende criar uma aproximação entre o auditor e os interessados nas demonstrações financeiras. Nessa seção, vai ser reportado tudo que o auditor julga relevante, geralmente assuntos mais complexos, não usuais, ou que o auditor passou um grande tempo analisando", diz Silvio Takahashi, sócio de auditoria da EY. A definição dos assuntos será customizada por empresa. Podem entrar nesses tópicos, por exemplo, uma aquisição ou provisão para perdas. "Isso é sensível, porque o auditor pode se deparar com dados confidenciais de clientes, que eles não querem ver divulgados", diz o sócio da EY. Por conta disso, vai ser necessário cuidado do auditor e muita conversa com os comitês de auditoria. Outra preocupação é como será a recepção do novo conteúdo. "As pessoas podem interpretar o principal assunto de auditoria como um problema, e não é isso necessariamente", diz Charles Krieck, sócio da KPMG. Ele explica que, se num tópico, o auditor chegar à conclusão de que os controles não foram certos, isso será alvo, como hoje, de ressalva. As companhias de capital aberto criticam a mudança. "É um padrão imposto pela Europa que simplesmente temos que aceitar, como o [padrão contábil] IFRS, que veio como um rolo compressor sobre nós", afirma o vice­ presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Alfried Plöger. "Você gostaria que seus defeitos fossem colocados em praça pública? Não gostaria", diz. Segundo Plöger, a negociação entre empresas e auditorias quanto ao conteúdo final do relatório será agora muito mais cuidadosa. Além de mais horas de dedicação dos auditores, o novo padrão exigirá o envolvimento de executivos mais seniores, segundo o sócio da KPMG Rogério Andrade, elevando custos.

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Transações bancárias pelo celular crescem 138% 06/06/2016

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As firmas de auditoria podem ter dificuldade para repassar esses custos, pois em 2017 acontece o rodízio obrigatório, exigido a cada cinco anos, quando as empresas pressionam por redução de gastos. "É uma pressão adicional para as companhias esse ano, tratar desse assunto com o auditor atual, desenvolver o novo formato de divulgação, e começar a contratar o novo auditor", diz Vagner Alves, sócio líder de auditoria da Deloitte. Inscreva sua empresa!


Além da introdução dos principais assuntos de auditoria, outra novidade é a mudança na ordem do relatório, com a opinião do auditor passando a ser a primeira seção do documento. A descrição da responsabilidade da administração e do auditor será agora mais detalhada. O novo relatório também deverá apresentar sempre uma declaração do auditor sobre a capacidade de continuidade operacional da empresa. Atualmente, a auditoria somente se posiciona quanto à capacidade da companhia de se manter operando no caso de empresas em dificuldades no mercado, com alto endividamento e sem crédito, por exemplo. Agora, a comunicação quanto a isso será contínua. Apesar da resistência da entidade que representa as companhias brasileiras, a experiência de países como Inglaterra e Holanda, que se anteciparam à obrigatoriedade da mudança, mostra boa aceitação das empresas, relata o sócio da PwC Valdir Coscodai, que atuou de 2009 a 2015 como representante da América Latina no Iaasb, organismo que edita as normas internacionais de auditoria.

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Como preparação para a mudança, a PwC tem realizado reuniões com outras unidades da empresa no mundo para troca de experiências. A firma de auditoria começou treinamentos internos em 2015 para introduzir a novidade à sua equipe, além de estar realizando projetos pilotos junto a clientes, com a adaptação do relatório do ano passado ao novo formato. EY, KPMG e Deloitte adotam processo de preparação parecidos.

Estratégico para o país, o setor de energia

Apesar dos projetos pilotos, o vice­presidente da Abrasca se diz preocupado com a falta de conhecimento da administração das empresas sobre a mudança, ainda mais porque ela passa a valer já para o balanço de 2016. "Este é um tema que está fora do radar, restrito ainda a um público especializado", diz Plöger.

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desafia a crise econômica e deve receber grandes investimentos privados neste e nos próximos anos. Projetos de pelo menos R$ 5,5 bilhões estão no planos das empresas do setor.

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10/06/2016 às 05h00

Endividada, Colombo pede recuperação extrajudicial Por Vinícius Pinheiro | De São Paulo

Com uma dívida da ordem de R$ 1,5 bilhão, a Camisaria Colombo, varejista de moda masculina, protocolou acordo de recuperação extrajudicial. O plano obteve apoio dos os principais credores, que incluem os bancos Itaú Unibanco, HSBC e Santander. O acordo inclui uma série de alternativas, Projeto prevê o fechamento de lojas da mas os credores mais representativos camisaria, que possui hoje 380 unidades devem optar pela conversão da dívida em próprias, e readequação de produtos ações ou em debêntures (títulos de dívida) conversíveis ou não em ações da Colombo, sem deságio em relação ao valor atual.

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Tanto as ações como as debêntures têm características semelhantes: só pagarão alguma remuneração caso a empresa venha a distribuir dividendos ou em um evento de liquidez, que pode ser a venda ou a abertura de capital da companhia. Como opção à conversão, a empresa propôs o pagamento da dívida com um deságio de 30%, em prestações mensais após um prazo de carência de três anos. O edital prevê um prazo de 30 dias para a escolha da proposta pelos credores. Caso haja adesão total à conversão da dívida, eles passarão a deter 85% do capital da Colombo. "O acordo mostra que os credores acreditam no fundamento do negócio", afirma Warley Pimentel, sócio do banco Brasil Plural, assessor financeiro da varejista e que assumirá a gestão da companhia após a homologação do plano pela Justiça. A dívida bilionária da Colombo foi contraída nos últimos anos para fazer frente ao plano de expansão da rede, de olho no aumento de renda da população, em particular dos consumidores da classe C. Em 2011, a varejista recebeu um aporte da Gávea Investimentos, do ex­presidente do Banco Central Armínio Fraga. Com a retração da economia, o crescimento esperado não veio. A gestora deixou o negócio no ano passado com a venda da participação para os fundadores, os irmãos Álvaro e Paulo Jabur Maluf. No ano passado, a Colombo vendeu um total de 5 milhões de camisas e registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 100 milhões. Para o sócio do Brasil Plural, a empresa tem condições de atingir um Ebitda de até R$ 150 milhões nos próximos anos. Pimentel diz que a estratégia agora, porém, é mais de estabilização do que de crescimento. O plano prevê a redução no número de lojas e a readequação da linha de produtos. "Consideramos que o portfólio hoje é inadequado para atender o público­alvo da empresa", afirma. A Colombo possui hoje 380 unidades próprias. A recuperação extrajudicial da camisaria será a maior já realizada no país e deve se tornar referência para processos semelhantes, segundo Pedro Bianchi, do Felsberg Advogados. O instrumento pode ser usado quando a empresa obtém acordo com credores que representem pelo menos 60% das dívidas, desde que seja homologado pela Justiça.

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Transações bancárias pelo celular crescem 138% 06/06/2016

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Segundo o advogado, o acordo com os bancos pode ajudar a viabilizar o negócio anunciado no ano passado entre a Colombo e a Garnero Group Acquisition Company, que captou US$ 144 milhões de investidores nos EUA e tem a opção de fazer uma fusão com a camisaria. Caso a transação seja concluída, a Colombo passa ser controlada pela Garnero, com ações listadas na bolsa americana Nasdaq.

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10/06/2016 às 05h00

GE vira avaliação de desempenho de pontaFiltrar por Editorias

cabeça Índice Impresso Por Rachel Emma Silverman | The Wall Street Journal

Primeira página Brasil

Um dos maiores projetos de engenharia em andamento na General Electric Co. hoje não é uma turbina nem uma locomotiva. Ela está reinventando a forma como seus funcionários são testados, avaliados e até pagos.

Política Internacional Opinião Especial Empresas The Wall Street Journal Americas

Durante décadas, o funcionário ideal da GE era alguém capaz de reduzir ao máximo os defeitos dos produtos e praticamente alérgico a admitir incertezas. Agora, em meio a um redirecionamento da empresa fundada há 124 anos para a área industrial, os executivos dizem que o que se espera dos funcionários de melhor desempenho é que eles gostem de correr riscos, testem novas ideias com clientes e até cometam erros.

Agronegócios Finanças EU & Fim de semana Legislação & Tributos Empresas Citadas

Líderes dizem que o esforço de vários anos da GE em se transformar numa empresa menor, direcionada para a inovação, exige uma equipe ágil que possa desenvolver produtos de forma mais rápida e barata. A mudança é significativa para a GE, cujo etos corporativo incorporou há muito o conjunto de práticas Seis Sigma, um sistema de produção elaborado para eliminar erros e consagrar a certeza e a consistência. "Não é mais realista ficar esperando pela perfeição", diz Janice Semper, executiva de recursos humanos que está por trás da transformação administrativa na empresa de 315 mil empregados. Ainda este mês, executivos decidirão se vão abandonar a prática de classificar os empregados em cinco categorias ­ de "exemplar" a "insatisfatório" ­ como parte de sua avaliação anual. A empresa também está considerando abandonar aumentos salariais anuais estritamente programados e adotar reajustes e incentivos em diferentes períodos do ano, dando aos gestores outras ferramentas para recompensar e motivar os empregados, como folgas.

Versão Digital

10­06­2016

Semper diz que a GE pretende começar a testar diferentes estratégias no fim deste ano. As avaliações anuais de desempenho da GE ­ uma série de autoavaliações complicadas, relatórios formais e classificações feitas pelos gestores ­ podem levar até cinco meses para serem concluídas. Enquanto várias empresas, como a consultoria Accenture PLC e a firma de software Adobe Systems Inc., acabaram com as avaliações anuais, a GE quer que os gestores monitorem seus empregados com mais frequência, em vez de apenas fazer um breve resumo sobre o ano todo. A ideia é ajudá­los a melhorar o desempenho e a fazer mudanças caso errem de forma mais rápida. A maioria dos cerca de 200 mil empregados de tempo integral da GE pode agora dar e receber feedback por um aplicativo móvel. Milhares já testaram avaliações anuais sem classificação, e a empresa descobriu que as chefias ainda conseguem aplicar recompensas salariais e promoções por mérito de forma eficaz. O novo estilo de avaliação de funcionários tem raízes no Fast­ Works, uma iniciativa lançada pela GE com a meta de acelerar o desenvolvimento de produtos e assegurar que os clientes de fato os desejam antes que a empresa gaste fortunas no seu desenvolvendo. Ele é baseado no Lean Startup, um sistema de gestão popularizado

Acesse a versão digital do Valor e leia o jornal exatamente como ele foi impresso. Conteúdo exclusivo para assinantes.


por Eric Ries, autor e consultor de 37 anos que a GE contratou sob a direção do diretor­presidente Jeff Immelt para ajudar os empregados a se sentirem mais confortáveis com tentativas, erros e experimentações. O FastWorks é totalmente diferente do Seis Sigma, que a GE ainda usa na manufatura. "O Seis Sigma é sobre perfeição. O FastWorks é sobre mergulhar na incerteza para entender o que você está tentando resolver", diz Viv Goldstein, diretora global de aceleração da inovação da GE. Mas aceitar a incerteza não foi fácil para os empregados da GE. O executivo de recursos humanos Paul Davies fez parte do grupo que testou as avaliações sem classificações. Quando surgiam perguntas sobre como o novo sistema de avaliação poderia afetar os salários e promoções, "eu tive que dizer: 'Não sei, mas vamos descobrir'", diz ele. "Para alguém na cultura da GE, isso não é natural." Executivos do alto escalão revisaram os cinco principais valores da GE para reforçar esse aspecto, trocando os termos "expertise" e "pensador claro" por máximas tecnológicas como "mantenha­se enxuto para ser ágil" e "aprenda e adapte­se para vencer". Os gestores são incentivados a avaliar o empregado com base no seu entendimento sobre as necessidades dos clientes, além da rapidez com que ele testa e valida suas ideias sobre potenciais produtos e soluções. A meta, diz Semper, é recompensar o empregado por fazer perguntas, e não por simplesmente "estar certo". A divisão de saúde já começou a distribuir prêmios a equipes que "ousaram tentar coisas novas e aprenderam com o fracasso", afirma um post no site interno da GE. Recentemente, alguns empregados realizaram uma reunião para compartilhar histórias de fracassos e lições aprendidas, diz a porta­voz da GE, Laura Paredes. Alguns empregados da GE, atuais e antigos, dizem que seus chefes aceitam a imperfeição ­ até certo ponto. Segundo eles, experimentar com uma ideia que se mostra inviável não é um problema, mas a cultura da GE ainda não aceita erros graves. Davies diz ter observado mais abertura para testar ideias. Ele vem provando um novo processo de orientação para recém­contratados e não está certo do que esperar. "Na velha cultura da GE, iríamos querer saber exatamente qual era a solução exata e então informaríamos 12 mil pessoas imediatamente", diz ele. A GE quer que os empregados troquem elogios e dicas entre si ­ e com seus chefes ­ por um app de celular personalizado, pessoalmente ou pelo telefone. Mas muitos funcionários se mostram tímidos em fazer críticas a colegas em cargos mais elevados, revelaram pesquisas internas. Alguns funcionários participaram de sessões em grupo com um facilitador para dar o que chamam de "observações construtivas" aos gestores, diz Semper. Depois, o grupo se responsabiliza por cobrar do gestor uma mudança de comportamento, através de monitoramento regular, mas esse é um trabalho em desenvolvimento, explica Samper. Os funcionários também podem pedir opiniões sobre seu desempenho para colegas, mas "você não quer parecer muito carente", diz o gerente da área de saúde Matthew Morrison, que deixa as tardes de sexta­feira livres para enviar feedbacks para as pessoas com quem trabalhou naquela semana. Os executivos da GE dizem que estão descobrindo como ajustar os processos internos para fazer com que os funcionários adotem novos comportamentos, seja avaliando o chefe ou testando novos protótipos com clientes. "Certamente o desafio é como você desaprende algumas coisas e como você cria novos hábitos", diz Semper. "Nós estamos tentando desenvolver essa habilidade." (Colaborou Ted Mann)

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10/06/2016 às 08h32

Intenção de investir da indústria tem 1ª

Brasil

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alta desde meados de 2013

Intenção de investir da indústria tem 1ª alta desde meados de 2013 08h32

Por Valor | Valor

SÃO PAULO ­ Pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2013, o indicador que mede a intenção de investimento da indústria brasileira registrou alta, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). Para a instituição, embora o avanço tenha sido discreto, este é mais um sinal de que o setor pode estar próximo de um ponto de inflexão. O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria da FGV subiu 0,6 ponto no segundo trimestre de 2016, em relação aos três meses antecedentes, e atingiu 82,5 pontos. Na abertura de 2016, o índice registrou o menor nível da série histórica, em 81,9 pontos. Na comparação com o mesmo período em 2015, o indicador ainda tem queda, de 9,6 pontos, mas o recuo é praticamente a metade dos 18,9 pontos negativos registrados no primeiro trimestre, neste tipo de confronto.

Governo formaliza nomeação de dois diretores do BNDES 08h23 Leia as manchetes de hoje dos principais jornais brasileiros 08h06 Vítimas de acidente na rodovia Mogi­Bertioga começam a ser veladas 07h49 Ver todas as notícias

O Indicador de Intenção de Investimentos mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando, desta forma, para antecipar tendências econômicas. “Embora discreta, esta foi a primeira alta do indicador desde o terceiro trimestre de 2013, o que é uma boa notícia. Assim como ocorre com os indicadores de confiança, o resultado sugere que as taxas de crescimento do investimento já passaram por seu pior momento e podem, gradualmente, se tornar menos negativas daqui por diante. Há que se considerar, no entanto, o elevado grau de incerteza contido nas expectativas dos empresários atualmente, tanto na definição dos valores a serem investidos quanto nas avaliações de risco que o programa atual não seja cumprido conforme originalmente planejado“, afirmou, em nota, Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do FGV­Ibre.

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Quando o Indicador de Intenção de Investimentos fica abaixo dos 100 pontos é porque há mais empresas prevendo diminuir que aumentar investimentos nos 12 meses seguintes. No segundo trimestre de 2016, 16,2% das empresas estão prevendo investir mais nos 12 meses seguintes, e 33,7% prevendo investir menos. No trimestre anterior, esses percentuais haviam sido de 16,7% e 34,8%, respectivamente. Há hoje, no setor industrial, mais empresas incertas (39,1%) que certas (31,8%) em relação à execução de seus programas de investimentos nos próximos 12 meses, um saldo negativo de 7,3 pontos. Esse foi o menor percentual de empresas certas sobre a execucação dos investimentos e o maior de empresas incertas desde o início do quesito, no quarto trimestre de 2014. O resultado, segundo a FGV, decorre das incertezas em relação aos cenários econômicos e políticos do país, e lança dúvidas quanto à efetiva evolução dos investimentos planejados nos próximos meses. A edição do segundo trimestre de 2016 da Sondagem de Investimentos coletou informações de 784 empresas entre os dias 4 de abril e 31 de maio.

Ajuste dá sinais de avanço e PIB parece ter batido no fundo do poço 02/06/2016

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Veja as tabelas completas no ValorData Fontes: IBGE, FGV e BC. Elaboração Valor Data. * Acumulado até o último mês indicado ** Dessazonalizado

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DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO 10/06/2016

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A recessão afetou o fluxo de caixa das empresas e levou a um recorde na inadimplência empresarial no país. Segundo números inéditos da Serasa Experian, mais da metade dos 8,13 milhões de companhias em operação em abril tinha ao menos uma dívida em atraso. No total, o valor devido por essas 4,42 milhões de empresas (54,4% do total) é de R$ 105,6 bilhões.

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O levantamento da Serasa, empresa de informações para empresas e consumidores nas áreas de crédito, marketing e consulta de dados, passou a ser feito mensalmente em março deste ano. Antes, era feito a cada três meses, aproximadamente.

o brasil que dá certo

A Serasa considera inadimplência qualquer conta vencida e não paga. Em março deste ano, o percentual de empresas inadimplentes era de 53,9% –4,37 milhões de empresas em um universo de 8,10 milhões de operacionais. Em março de 2015, eram 50,5% nessa situação –3,79 milhões de 7,51 milhões de empresas operacionais. A porcentagem é vista como um "sinal vermelho" por Luiz Rabi, economista da Serasa, e supera a dos consumidores: 41% da população adulta no Brasil, ou 60 milhões de inadimplentes.

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SEM CAIXA Com o consumo retraído pelo aumento do desemprego e a alta da inflação, as companhias deixam de vender e não conseguem dimensionar o problema e ajustar os pedidos aos fornecedores. A menor entrada de receita e alta dos custos, que inclui juros mais altos a pagar, provoca problemas de caixa.

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Selfie vira senha para cartão de crédito com uso de biometria

A inadimplência também restringe o acesso a crédito das companhias. "Se nada for feito, pode gerar quebradeira de empresas", diz Rabi. O risco é que elas acabem em recuperação judicial, quando a empresa pede prazo para negociar com os credores. De janeiro a maio, os pedidos cresceram 95% em relação ao mesmo período de 2015 –755 ante 387. TECNOLOGIA E ESPORTE

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A grande maioria das empresas inadimplentes (cerca de 90%) é de pequeno e médio porte. Do total, 45,2% são do setor de comércio e 45% do setor de serviços. Cerca de 48,5% delas têm quatro dívidas ou mais, segundo a Serasa. As companhias com entre dois e cinco anos respondem por 37% do total de inadimplentes. PERSPECTIVA

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João Carlos Natal, consultor do Sebrae­SP, também vê diminuição do calote a partir de 2017, com a melhora do desemprego e a volta do consumo. Já Emilio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo, também atrela a queda na inadimplência à alta do consumo.

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A inadimplência das empresas sempre começa cair um pouco antes da do consumidor, diz Rabi, da Serasa. "A queda deve começar a acontecer no segundo semestre de 2017, se as medidas econômicas derem certo", diz.

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10/06/2016 às 05h00

UE e Mercosul impõem condições para abrir mercados Por Assis Moreira | De Genebra

O Mercosul e a União Europeia (UE) estão impondo uma série de condicionalidades para abrir mais seus mercados às empresas de cada bloco, vinculadas às ofertas que já trocaram, o que exigirá muita barganha para se conseguir alcançar um acordo birregional de livre comércio. O Valor apurou que a lista entregue pelo Mercosul vincula sua oferta de liberalização ao estabelecimento, do lado europeu, de poucas quotas pela qual a UE limita a entrada de certos produtos agrícolas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Além disso, quer que essas quotas tenham tarifa zero, sejam administradas pelos exportadores e tenham crescimento anual. Fora das quotas, as tarifas são tão altas que praticamente impedem a exportação.

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O Mercosul quer que a cobertura de quotas contemple não só o comércio histórico desses produtos, que inclui carnes e açúcar, mas também o comércio potencial, que não existe hoje por causa de tarifas proibitivas da UE no comércio agrícola. O bloco exige igualmente tratamento diferenciado no acordo, em especial para o Paraguai. E quer mecanismo de salvaguardas bilaterais para suspensão temporária de preferências dadas ao parceiro em caso de dano com a abertura do mercado, o que é comum em acordos desse tipo. Defende, ao mesmo tempo, que o acordo não tenha salvaguardas especial para agricultura. Esse mecanismo já foi usado por Bruxelas para impor tarifas mais elevadas quando o volume de importações cresce acima de determinado nível ou se os preços caem também abaixo de certo nível, tudo isso sem precisar demonstrar que a importação está causando um dano grave ao produtor nacional. O Mercosul quer também incluir cláusula de indústria nascente no acordo, para permitir redução ou suspensão temporária de preferências à industria europeia afim de assegurar o desenvolvimento de uma nova indústria ou sua reestruturação no bloco do cone sul. Outra condicionalidade visa manter a possibilidade de utilização do regime de drawback, esquema aduaneiro especial para incentivar as exportações, pelo qual os industriais que exportam produtos de alto valor agregado conseguem suspensão, isenção, restituição ou redução de impostos e taxas cobrados sobre a matéria­prima. A UE, em certo momento da negociação, tinha pedido a proibição desse instrumento que o Mercosul quer preservar. A lista que o Mercosul apresentou aos europeus tinha sido preparada em 2014, mas algumas condicionalidades já evoluíram. Por exemplo, o bloco assinala que produtos que têm subsídios à exportação não receberiam preferências. Ocorre que a Organização Mundial do Comércio (OMC) aprovou em dezembro um acordo para eliminação completa de subsídios à exportação de produtos agrícolas. Por sua vez, a oferta europeia está condicionada, por exemplo, à não aplicação de taxas de exportação para o complexo de soja, uma prática da Argentina. Bruxelas quer também resolver de vez problemas atuais nas áreas sanitária e fitossanitária que impedem exportações de alguns de seus produtos para o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Outra exigência europeia é garantir uma forte proteção de indicações geográficas de produtos europeus. Esse tem sido um ponto de conflito com os Estados Unidos na negociação do TTIP, o grande acordo entre os dois

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parceiros, por exemplo. A UE quer proteção até para nomes de domínio na Internet como "vin" ou "wine" (vinho). As fontes de conflito nessa área são grandes. Somente a Itália tem 269 produtos alimentares (queijos, presuntos, óleos) e 523 vinhos que quer proteger, de forma que produtores de outros países não usem a mesma denominação. A França tem mais de 600 (dois terços são vinhos), incluindo Brie, Roquefort, Camembert e Champagne. "As condicionalidades feitas pela UE são bem maiores que as do Mercosul", diz uma fonte que acompanha as discussões.

Veja as tabelas completas no ValorData Fontes: IBGE, FGV e BC. Elaboração Valor Data. * Acumulado até o último mês indicado ** Dessazonalizado

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10­06­2016

Antecedendo nova rodada de negociações, os dois lados reclamam que produtos importantes para seus exportadores ficaram de fora da primeira oferta de abertura de mercados. O Brasil se queixa que Bruxelas não ofereceu mercado adicional para suas exportações de carne bovina e de etanol. E a UE reclama que o Mercosul não deu acesso preferencial para produtos como uísque, vinho, óleo de oliva, produtos processados como chocolate, biscoitos e massas. No entanto, fontes dos dois blocos reconhecem que as ofertas são o ponto de partida na retomada da negociação, e o que foi colocado na mesa tem valor. Diferentes fontes confirmam cifras que têm circulado no setor privado, como a oferta da UE de cota tarifária de 78 mil toneladas para o Mercosul exportar carnes de frango e peru com tarifa de € 49,3 por tonelada ­ enquanto o bloco do cone sul quer tarifa zero. A cota de 3 mil toneladas para carne suína de alta qualidade e 9.250 toneladas para outros tipos de cortes, com tarifa de € 83 por tonelada.

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Valor 1000 - 2016

Onde certamente haverá dura barganha é na oferta da UE de quota para o Mercosul exportar 20 mil toneladas de queijo, 13 mil toneladas de leite em pó e 4 mil toneladas de manteiga, mas com tarifas elevadas que vão de 226 euros por toneladas no caso do queijo a 284 euros por tonelada na manteiga. Os europeus mostram­se mais "generosos" com quota para o Mercosul exportar grãos, como 700 mil toneladas de milho e sorgo e 200 mil toneladas de trigo, nos dois casos com tarifa de € 6 por tonelada. Os países do Mercosul terão também uma quota para exportar 40 mil toneladas de arroz com alíquota de € 15 por tonelada. Cerca de 10 mil toneladas de alho entrariam no mercado europeu pagando tarifa inferior a € 5 por tonelada.

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