O Mundo Perdido de Timor-Leste

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23cm x 21cm

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s geólogos têm vindo a estudar as rochas de Timor-Leste há mais de cem anos e, dessa forma, descobriram muito sobre o surgimento da ilha. Talvez o Menino e o Crocodilo – nossos dois companheiros lendários – possam ajudar os geólogos a contar a verdade histórica sobre a ilha de Timor. Vamos imaginar que eles continuaram as suas viagens fantásticas ao passado, à procura dos primórdios da nossa encantadora ilha.

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eologists have been studying the rocks of Timor-Leste for more than a hundred years and that is how they found out how this island came to be. Perhaps the Boy and the Crocodile – our two legendary companions – can help geologists tell the historic truth of the island of Timor. Let us imagine that they continued their fantastic journeys into the past in search of the beginnings of our enchanting island. José Ramos-Horta

ISBN 978-989-752-315-1

9 789897 523151

www.lidel.pt

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eólogu sira estuda ona fatuk iha Timor-Leste ba tinan atus liu. No hosi ne’e, sira haree-hetan buat barak kona-ba illa ne’e ninia mamosuk. Karik Labarik mane no Lafaek – ita-nia kolega hosi ai-knanoik ne’e – bele tulun jeólogu sira atu konta istória loloos kona-ba illa Timor nian. Mai ita imajina katak sira kontinua sira-nia viajen fantástika ba pasadu, hodi buka hatene oinsá rai furak ne’e mosu.



O Mundo Pe rdido de Timor-Leste tempos Um menino e um crocodilo viajam através dos

Mundu Ne’e be’ Lakon Ona: Timor-Leste Labarik ho lafaek lemorai liu hosi tempu

The Lost World of Timor-Leste A boy and a crocodile travel through time


Edição e Distribuição Lidel – Edições Técnicas, Lda. Rua D. Estefânia, 183, r/c Dto. – 1049­‑057 Lisboa Tel.: +351 213 511 448 lidel@lidel.pt Projetos de edição: edicoesple@lidel.pt www.lidel.pt

Livraria Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000­‑247 Lisboa Tel.: +351 213 511 448 livraria@lidel.pt Título original: Um Menino e um Crocodilo Viajam Através do Tempo para Descobrir a Longa História de Timor Autores: José Ramos­‑Horta e Patricia Vickers­‑Rich Adaptação curricular portuguesa: Helena Chrystello e Telmo Nunes (AICL 2017) Ilustração: Peter Trusler Organização e revisão: Chrys Chrystello (AICL 2017) Revisão Tétum: Salvador Albertino Tradução Inglês: Patricia Vickers-Rich Copyright © 2017, Lidel – Edições Técnicas, Lda. ISBN edição impressa: 978-989-752-315-1 1.ª edição impressa: outubro 2017 Conceção de layout e paginação: Pedro Santos Impressão e acabamento: Cafilesa – Soluções Gráficas, Lda. – Venda do Pinheiro Depósito Legal: 432771/17 Capa: José Manuel Reis Ilustração da capa: Peter Trusler Com o apoio de:

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Os geólogos têm vindo a estudar as rochas de Timor­‑Leste há mais de cem anos e, dessa forma, descobriram muito sobre o surgimento da ilha. Talvez o Menino e o Crocodilo – nossos dois companheiros lendários – possam ajudar os geólogos a contar a verdade histórica sobre a ilha de Timor. Vamos imaginar que eles continuaram as suas viagens fantásticas ao passado, à procura dos primórdios da nossa encantadora ilha.

J eólogu sira estuda ona fatuk iha Timor-Leste ba tinan atus liu. No hosi ne’e, sira haree-hetan buat barak kona-ba illa ne’e ninia mamosuk. Karik Labarik mane no Lafaek – ita-nia kolega hosi ai-knanoik ne’e – bele tulun jeólogu sira atu konta istória loloos kona-ba illa Timor nian. Mai ita imajina katak sira kontinua sira-nia viajen fantástika ba pasadu, hodi buka hatene oinsá rai furak ne’e mosu.

Geologists have been studying the rocks of Timor­‑Leste for more than a hundred years and that is how they found out how this island came to be. Perhaps the Boy and the Crocodile – our two legendary com‑ panions, can help geologists tell the historic truth of the island of Timor. Let us imagine that they continued their fantastic journeys into the past in search of the beginnings of our enchanting island.

© Lidel – Edições Técnicas, Lda.

José Ramos­‑Horta

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long time ago in memory, all continents were interconnected. Tod ay, the study of rocks and fossils tells us this ageing story. Imagine being able to walk from Tim or to Lombok without the need for a ship . Well, one might have to swim a littl e bit, and besides, in those days, ship s did not exist. These lands sometim es were connected or near to one another . At the beginning of Humankind, the sea levels were up and down because the clim ate wa s cha ngi ng, making Timor sometimes closer to many a spot around.

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um tempo longínquo na me‑ mória, todos os continentes viviam liga‑ dos uns aos outros. O estudo das rochas e dos fósseis conta­‑nos, hoje, esta história já velhinha. Imagina poder ir de Timor até Lombok sem precisar de um navio. Bem, talvez tivésse‑ mos de nadar um bocadinho e, além do mais, nessa época ainda não havia barcos. As terras estavam, por vezes, conectadas ou próximas umas das outras. No início da Humanidade, o nível do mar subia e descia, porque o clima mudava e isso fez com que Timor, por vezes, se aproximasse de vários locais em redor.

iha tinan ha tempu otas uluk nian, iha ligaotu u-h rihun barak liubá, rai hot uk no fat a saun ba malu. Estudu kona-b loron, istória fosil sira konta ba ita, ohin ida-ne’e ne’ebe kleur ona. i Timór to’o Imajina katak ita bele la’o hos bá ne’ebá. Lombok no lalika uza ró atu uitoan de’it, Di’ak, karik ita tenke nani ne’ebá ró pu no, nune’e mós, iha tem ma, liga ba seidauk iha. Rai sira, dalaru otas ne’ebé malu ka besik malu hela. Iha nian sa’e Ema iha ona, nivel tasi no da no tun, tanba klima mu tan ne’e mak halo Timór, dalaruma, besik ho fatin oio in iha nin ia horikleun.

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urante centenas e centenas de anos, os nossos mais distantes ancestrais viajaram para muitas destas terras e na‑ daram nos mares ao redor delas. Cruza‑ ram montanhas, vales, rios e planícies sem fim, fixando­‑se em diversos locais ao longo da viagem. Por vezes, forma‑ vam comunidades duradoiras, noutras ocasiões abandonavam os novos povoamentos e retomavam a procura de sítios me‑ lhores para viver e caçar.

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n, itaha tinan atus ba atus nia lara n la’o nia liu k -nia bei’ala sira hosi otas ulu nani sira no bá-mai iha rai barak sira-ne’e rai sira-ne’e. iha tasi sira ne’ebé hale’u leet, mota no Sira la’o liuhosi foho, foho fatin oioin iha rai tetuk luan, no sira hela laruma sira iha viajen ne’e nia laran. Da metin forma komunidade ne’ebé a hel ik no dalaruma sira hus fatin foun no buka fatin di’akliu atu moris no kasa.

or centuries and centuries, our mo st distant ancestors travelled to many of these lands and swam in the seas aro und the m. The y cris scr oss ed mo unt ain s, valleys, rivers and endless plains stay ing at various places along the way. Som etimes they formed lasting commu nities, other times they left the new settlements and moved on to seek better spots to live and hunt in.


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ur ancestors lived in a simple but rough manner, and that roughness seldom led them to exceed the age of thirty. Most were shorter than us. They had not yet learned how to use fire to cook and only ate raw food. Just like many of us, they were terrified by thunderclap. Fearing the worst, they took shelter hiding from the flash of lightning that lit up the skies. It took them time to learn how to prevent the consequences of the forces of Mother Nature; we still struggle with that.

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s nossos antepassados viviam de forma simples, mas dura, e essa dureza fazia com que dificilmente ultrapassassem os 30 anos de idade. Eram pessoas mais baixas do que nós. Ainda não sabiam como usar o fogo para cozinhar e comiam apenas alimentos crus. Como muitos de nós, também eles ficavam aterrorizados com o ribombar dos trovões. Escondiam­‑se dos raios que iluminavam os céus, receando algum desastre. Só aos poucos aprenderam a prevenir as consequências das forças da natureza, que nós ainda hoje tememos.

mora iha otas uluk ta-nia bei’ala si aibé m , a ne’ebé simples ris iha forma id sar sira a-ne’e mak hasu id r eu kl no r, eu kl ema lunulu. Uluk sira to an tin u tli ka atu ha seidauk k liu fali ita. Sira ne’ebe mak bada sira han, a ahi atu te’in no hatene oinsá uz ak sira. de’it, hahán mat k ho raiita, sira mós ta’u Hanesan mós ho . Sira subé tarutu bá-mai -lakan sira ne’e lalehan, man ne’ebé leno ro na si ho an r ba ruma. no ta’uk dezastre e mak sira aprend Neineik-neineik ekuénsia sira atu prevene kons reza nian, hosi forsa natu ron ne’ebé ohin lo ita sei ta’uk.

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s geólogos têm vindo a estudar as rochas de Timor-Leste há mais de cem anos e, dessa forma, descobriram muito sobre o surgimento da ilha. Talvez o Menino e o Crocodilo – nossos dois companheiros lendários – possam ajudar os geólogos a contar a verdade histórica sobre a ilha de Timor. Vamos imaginar que eles continuaram as suas viagens fantásticas ao passado, à procura dos primórdios da nossa encantadora ilha.

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eologists have been studying the rocks of Timor-Leste for more than a hundred years and that is how they found out how this island came to be. Perhaps the Boy and the Crocodile – our two legendary companions – can help geologists tell the historic truth of the island of Timor. Let us imagine that they continued their fantastic journeys into the past in search of the beginnings of our enchanting island. José Ramos-Horta

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