O RAPAZ DA QUINTA VELHA Helena Marques Dias
Agora com exercícios e soluções
3.ª EDIÇÃO
Na aldeia correm histórias estranhas acerca dos dois habitantes da Casa Grande. João de Mascarenhas e a sua velha criada Maria vivem isolados, longe da aldeia. Mas o seu isolamento termina no dia em que Sofia cai do cavalo… Esta coleção destina-se a um público jovem e adulto, estudante de língua portuguesa e procura facilitar um contacto mais direto com o texto escrito. Os exercícios e respetivas soluções, incluídos no final de cada história, permitem aos alunos testar as suas capacidades de compreensão e interpretação. C
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As histórias originais foram concebidas de modo a permitir não só uma leitura fácil e agradável, mas também uma estruturação em três níveis:
Helena Marques Dias Agora com exercícios e soluções
Ler Português 1 A partir de um estudo de cerca de 50 horas Ler Português 2 A partir de um estudo de cerca de 80 horas Ler Português 3 A partir de um estudo de cerca de 100 horas
www.lidel.pt ISBN 978-989-752-455-4
9 789897 524554
LER PORTUGUÊS QEC R NÍVEL B1
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A Lidel adquiriu este estatuto através da assinatura de um protocolo com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que visa destacar um conjunto de entidades que contribuem para a promoção internacional da língua portuguesa.
DA MESMA COLEÇÃO: Nível 1: — O MANEL – Helena Marques Dias — OS GAIATOS – Raquel Baltazar — UM DIA DIFERENTE – Helena Marques Dias Nível 2: — FANTASIA, SONHO OU REALIDADE – Anabela Roque — HISTÓRIAS DO CAIS – Glória Bastos — O CARRO – Helena Marques Dias — RETRATO DE AVÓ – Filipa Amendoeira Nível 3: — LENDAS E FÁBULAS DE TIMOR-LESTE – Helena Marques Dias — VIAGEM NA LINHA – Maria Maya Edição e Distribuição Lidel – Edições Técnicas, Lda. Rua D. Estefânia, 183, r/c Dto. – 1049-057 Lisboa Tel.: +351 213 511 448 lidel@lidel.pt Projetos de edição: editoriais@lidel.pt www.lidel.pt Livraria Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000-247 Lisboa Tel.: +351 213 511 448 livraria@lidel.pt Copyright © 2019, Lidel – Edições Técnicas, Lda. ISBN edição impressa: 978-989-752-455-4 1.ª edição impressa: junho de 1997 3.ª edição impressa: outubro de 2019 Paginação: Carlos Mendes Impressão e acabamento: Realbase – Sistemas Informáticos, Lda. – Albergaria-a-Velha Dep. Legal: Capa: José Manuel Reis Todos os nossos livros passam por um rigoroso controlo de qualidade, no entanto, aconselhamos a consulta periódica do nosso site (www.lidel.pt) para fazer o download de eventuais correções. Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, digitalização, gravação, sistema de armazenamento e disponibilização de informação, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora, exceto o permitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas.
O RAPAZ DA QUINTA VELHA 1
Era uma casa grande, construída no início do século xix, rodeada de árvores de grande porte. Em tempos tinha feito parte de uma quinta de que agora restavam apenas alguns indícios como as cavalariças, as capoeiras, o lago dos patos, o armazém onde guardavam as alfaias* agrícolas e a eira*, onde se faziam inúmeras festas depois de acabados os árduos* trabalhos das ceifas* e das colheitas*. Hoje está tudo abandonado, sem telhados, com paredes semidestruídas e cobertas de musgos e ervas, servindo de abrigo a todas as espécies de animais que queiram nidificar* ou simplesmente esconder-se. No meio desta destruição ficou a casa grande, térrea, com grandes salas e quartos, agora só parcialmente ocupada por um trisneto do primeiro proprietário da quinta.
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— Ai meu Deus! Onde estará a nossa filha, Jorge? Faz alguma coisa. O Dr. Jorge Vasconcelos organizou imediatamente uma expedição com todos os quinteiros* e outras pessoas da aldeia que quiseram associar-se em busca da menina Sofia. Rapidamente apareceram homens vindos de toda a aldeia, armados com lanternas e varapaus* prontos para percorrer
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Ao que João respondeu simplesmente: — Francamente não sei. Ontem, eu teria respondido que nunca gostei de falar com ninguém, que preferia a minha música. Hoje penso que talvez quisesse manter viva a imagem estranha de meu pai. Mas além disso, Sr. Doutor, deve concordar que ser considerado louco traz muitas vantagens!...
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3 alfaias instrumentos para a lavoura, para o traba-
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lho do campo eira espaço onde antigamente se separava e secava os cereais e frutos árduos difíceis, trabalhosos ceifas recolha de cereais colheitas recolha de frutos e outros produtos hortícolas nidificar construir ninhos não chegara a conhecer não tinha conhecido não tivera não tinha tido dar azo a originar; provocar absorto concentrado enroscado enrolado para onde quer que fosse para todos os lugares para onde ia fazenda tecido, normalmente de lã cavalgar andar a cavalo dar por descobrir; sentir levantar-se de um salto erguer-se rapidamente disfarçar dissimular tomar o freio nos dentes não obedecer; ficar incontrolável franzida enrugada; comprimida guloseimas coisas doces (rebuçados, chocolates, etc.) não caber em si de contente sentir-se extraordinariamente feliz dar uma volta dar um passeio acenar dizer adeus; cumprimentar com a mão a galope passo rápido e saltitante do cavalo ao colo nos braços
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14 feéricas mágicas
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fantasmagóricas estranhas; assustadoras apavorada muito assustada espavorida aterrorizada; apavorada quinteiros pessoas que vivem e trabalham na quinta varapaus grandes paus compridos e fortes bater uma zona fazer uma busca; procurar algo enveredar tomar a direção; rumar afoito ousado; sem medo balbuciar gaguejar; falar de forma hesitante impercetível que não se ouve; inaudível roçar passar junto de; tocar levemente abeirar-se aproximar-se boquiabertos espantados pôr-se a caminho iniciar a viagem arranjar preparar cair em si refletir arrepiado horrorizado estrado base, palanque improvisada feita à pressa teimar insistir
Exercícios 1. Indicar se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F). Antigamente a quinta… 1) era pequena. 2) tinha cavalariças, capoeiras, armazéns… 3) estava integrada numa quinta com muito trabalho agrícola. 4) estava abandonada. 5) tinha uma casa pequena. Atualmente a quinta… 6) tem cavalariças e capoeiras bonitas. 7) está reconstruída. 8) tem a casa parcialmente habitada. 9) pertence ao João, trisneto do primeiro proprietário. 10) tem eletricidade, telefone e televisão. 11) está isolada da civilização. 12) tem acesso fácil à aldeia. 13) tem histórias misteriosas.
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Na aldeia correm histórias estranhas acerca dos dois habitantes da Casa Grande. João de Mascarenhas e a sua velha criada Maria vivem isolados, longe da aldeia. Mas o seu isolamento termina no dia em que Sofia cai do cavalo… Esta coleção destina-se a um público jovem e adulto, estudante de língua portuguesa e procura facilitar um contacto mais direto com o texto escrito. Os exercícios e respetivas soluções, incluídos no final de cada história, permitem aos alunos testar as suas capacidades de compreensão e interpretação. C
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