12 cm
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Quem domina as técnicas da oratória facilmente se adapta a falar para uma multidão online através de uma webcam, mas o contrário não se verifica; falar em público, num auditório ou numa sala de reuniões, para uma audiência ao vivo, requer muito mais habilidade e talento do que estar sentado e falar para um computador. Técnicas, truques e ferramentas é o que vai encontrar neste guia prático de oratória. De A a Z, procure aquilo de que mais precisa para o dia da sua apresentação, seja ela virtual ou presencial. Se tiver de percorrer todo o alfabeto do livro, não se preocupe, porque só quer dizer uma coisa: a sua apresentação vai ser diferente e melhor do que todas as outras!
Jorge Freitas
A pandemia provocada pela COVID-19 impulsionou milhões de pessoas, em todo o mundo, a recorrer às videoconferências para comunicarem entre si. Então, rapidamente, o território habitual de uma palestra passou a acolher um novo auditório: o virtual.
ISBN 978-989-693-131-5
www.pactor.pt
9 789896 931315
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Falar em público é desafiante para qualquer ser humano, e ninguém gosta de falhar. Uma apresentação de alto impacto consolida o prestígio e a reputação de quem a faz, além de que o poder da partilha de ideias, produtos, teses ou descobertas científicas não tem fim à vista.
Guia Guia para para falar falar bem bem em em público público
M
Apoios Bloqueio Corpo Discurso Evidências Fidedigno Guião Humor Imagem Julgamento Linguagem Memória Nervosismo Orador Plateia Questões Reputação Sinergologia Tempo União Videochamada Webinar Zelo
O Dom da Palavra
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15 mm
Um guia prático com tudo o que precisa para dominar a arte de falar bem em público!
Técnicas, Técnicas, truques truques ee ferramentas ferramentas de de A A aa Z Z
A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V W Z
15,5cm x 23,5cm
15,5cm x 23,5cm
Jorge Freitas
O Dom da Palavra Guia para falar bem em público
Professor, jornalista e cronista. Especialista em comunicação e oratória e autor do livro 7 Segundos: A arte de falar em público. Licenciado em Ciências da Comunicação e bacharel em Jornalismo, estudou também Comunicação e Psicologia no Rio de Janeiro, em Londres, em Salamanca e em Coimbra. Treinador do Speak Out Challenge (Jack Petchey Foundation). Distinguido com vários prémios de carreira, destaca-se a “Cruz da Fraterna Integração Luso-brasileira”, no Grau de Adido Cultural de São Paulo. Comendador do Centro de Integração Cultural e Empresarial de São Paulo. Já treinou mais de 25 mil pessoas, em Portugal e no Brasil. Hoje, dedica-se ao “Treino de Alta Performance em Comunicação”.
Jorge Freitas
Webinars • Videoconferências • Apresentações
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EDIÇÃO PACTOR – Edições de Ciências Sociais, Forenses e da Educação Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000-247 LISBOA Tel: +351 213 511 448 pactor@pactor.pt DISTRIBUIÇÃO Lidel – Edições Técnicas, Lda. R. D. Estefânia, 183, R/C Dto. – 1049-057 LISBOA Tel: +351 213 511 448 lidel@lidel.pt www.lidel.pt LIVRARIA Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000-247 LISBOA Tel: +351 213 511 448 • Fax: +351 213 173 259 livraria@lidel.pt Copyright © 2021, PACTOR – Edições de Ciências Sociais, Forenses e da Educação ® Marca registada da FCA – Editora de Informática, Lda. ISBN edição impressa: 978-989-693-131-5 1.ª edição impressa: julho 2021 Paginação: Carlos Mendes Impressão e acabamento: Tipografia Lousanense, Lda. – Lousã Depósito Legal n.º 486392/21 Capa: José Manuel Reis Todos os nossos livros passam por um rigoroso controlo de qualidade, no entanto, aconselhamos a consulta periódica do nosso site (www.pactor.pt) para fazer o download de eventuais correções. Não nos responsabilizamos por desatualizações das hiperligações presentes nesta obra, que foram verificadas à data de publicação da mesma. Os nomes comerciais referenciados neste livro têm patente registada. Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, digitalização, gravação, sistema de armazenamento e disponibilização de informação, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora, exceto o permitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas.
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a r e g e c i d n í A
– Apoios........................................................................ 1 Dispositivos multimédia................................................ 1 Vídeo...................................................................... 2 Slides...................................................................... 3 Flipchart................................................................... 7 Cartões (a legítima cábula).......................................... 8 Folha de papel.......................................................... 10
B
– Bloqueio..................................................................... 13 Mind mapping.......................................................... 14 Improviso.................................................................. 16
C
– Corpo......................................................................... 21 Rosto e sorriso........................................................... 21 Mãos...................................................................... 24 Margem de conforto do orador.................................... 28 Estrutura física do orador............................................. 29 Movimentação do orador............................................ 29 Técnica de movimentação de alto impacto...................... 31 Contacto visual.......................................................... 32 Voz......................................................................... 35 Diafragma e pulmões.................................................. 37 Postura corporal......................................................... 39 Pescoço................................................................... 40 Relaxamento............................................................. 40 Respiração............................................................... 41 Dicção..................................................................... 46
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III
O Dom da Palavra
D
– Discurso...................................................................... 53 Introdução................................................................ 53 Desenvolvimento........................................................ 60 Conclusão................................................................ 70 Discursos norte-americanos memoráveis.......................... 76 Célebres discursos em Portugal..................................... 81
E
– Evidências................................................................... 83 Factos...................................................................... 83 Histórias................................................................... 84 Demonstração........................................................... 88 Comparação............................................................ 89 Objetos.................................................................... 91 Testemunhos.............................................................. 91 Estatísticas................................................................ 92
F
– Fidedigno.................................................................... 93 Demonstração de conhecimento................................... 93 Transmissão de credibilidade....................................... 94
G
– Guião........................................................................ 99 Antes de mais: Estruture o que vai dizer.......................... 99 O GPS do orador...................................................... 100
H
– Humor........................................................................ 103 Em sintonia com a plateia............................................ 104 Como usar o humor a seu favor.................................... 106
I
– Imagem...................................................................... 109 Roupa e elegância..................................................... 111 Cores básicas e conselhos genéricos............................. 114 A sua apresentação vai ser gravada?............................ 117 Ruídos de comunicação que afetam a imagem do orador. 118
J
– Julgamento................................................................. 123 A importância da primeira impressão............................. 123 Avaliação… só no final!.............................................. 125
IV
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L
– Linguagem.................................................................. 127 Vocabulário.............................................................. 128 Paralinguagem.......................................................... 132 Erros de português mais comuns................................... 133
M
– Memória..................................................................... 137 Cábulas: Um bom auxiliar de memória.......................... 137 Dicas para treinar a memória....................................... 138 Os efeitos positivos de uma boa palestra........................ 139
N
– Nervosismo................................................................. 141 Técnicas para disfarçar o nervosismo............................. 145 Stress construtivo e destrutivo........................................ 148 Medo de falar em público........................................... 151
O
– Orador...................................................................... 153 Entusiasmo................................................................ 154 Vitalidade................................................................. 157 Estilos de comportamento na comunicação..................... 158 Os maus comunicadores............................................. 161 Escritores-fantasma..................................................... 164 Inspiração................................................................ 165 Os mitos da oratória................................................... 166
P
– Plateia........................................................................ 169 Conheça bem a plateia.............................................. 169 Saiba quais são os objetivos da conferência................... 170 Recorra a estratégias comunicacionais........................... 170
Q
– Questões.................................................................... 173 A quem responder em primeiro lugar? ........................... 174 Perguntas anónimas? Não!.......................................... 175 Perguntas difíceis....................................................... 176 Esfera social............................................................. 177 Moderador............................................................... 181 Presidente da mesa.................................................... 182
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V
O Dom da Palavra
R
– Reputação................................................................... 183 Reputação digital....................................................... 184 Métricas da vaidade.................................................. 185 Autenticidade e evolução............................................ 186 Liderança transformacional........................................... 186
S
– Sinergologia................................................................ 189 Sinais corporais......................................................... 189 A verdadeira intenção do orador.................................. 191 Atitudes corporais a evitar........................................... 192
T
– Tempo........................................................................ 195 Discurso “ecológico”.................................................. 195 Tom coloquial............................................................ 196
U
– União......................................................................... 197 Coesão textual.......................................................... 197 Discurso conciso........................................................ 198
V
– Videochamada............................................................. 201 O empurrão da COVID–19......................................... 201 Dez boas preocupações............................................. 203
W
– Webinar.................................................................... 211 Recomendações........................................................ 213 A importância da primeira impressão no mundo digital..... 214 E depois do webinar?................................................. 215
Z
– Zelo........................................................................... 217 Erros habituais a evitar................................................ 217
Bibliografia........................................................................ 221 Índice remissivo................................................................... 225
VI
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Discurso A palavra é metade de quem a pronuncia e metade de quem a escuta. Michel de Montaigne
Numa conferência de imprensa sobre cinema, um jornalista perguntou a um famoso realizador: – Porque é que os seus filmes não são muito bem entendidos pelo público? Será que é por não terem princípio, meio e fim? – Desculpe? – responde o realizador. – Os meus filmes têm princípio, meio e fim, mas não necessariamente por essa ordem!
O discurso tem sempre de ter três momentos estruturantes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Por muita criatividade que queiramos usar numa apresentação, não há como contornar a ordem de alinhamento de um guião! Vamos começar pelo início; tem mesmo de ser.
Introdução O tempo médio de uma apresentação é de 20 minutos, pelo que o tempo comum e aceitável para a introdução de um tema é de 10% a 15% do tempo total disponível, sendo que o principal objetivo da introdução não é informar a plateia, mas sim conquistá-la, para, posteriormente, poder “levá-la” para onde o orador bem entender, de acordo com o seu plano. Ora, o orador tem vários objetivos com a sua apresentação, seja vender um produto, uma ideia ou um serviço, provocar uma reflexão, © PACTOR
53
O Dom da Palavra
alterar um comportamento, alertar a plateia para algo ou promover uma empresa, entre outros, mas, para conseguir convencer, informar e persuadir a plateia, tem, primeiramente, de se preocupar em conquistá-la. Não é muito interessante começar uma apresentação com muita informação. Imagine, por exemplo, que vai receber uns amigos e conhecidos em sua casa. Começa por abrir a porta: neste momento, o único objetivo é mostrar que está satisfeito com a chegada dos convidados. Que discurso deve, então, usar neste contacto inicial? Pouco informativo, seguramente, mas que revele alguma satisfação e contentamento, para, depois, já dentro de casa, iniciar uma conversa mais fluida, explicando, argumentando, sorrindo, contando histórias e caminhando para o objetivo do encontro, que poderá ser para falar sobre o teletrabalho em tempos de pandemia. Não faria muito sentido abrir a porta de casa e começar a debitar, de imediato, informação sobre as centenas de horas passadas em frente ao Zoom ou sobre os percalços de estar apenas vestido da cintura para cima em frente ao computador! Em resumo, no início, evite “bombardear” a plateia com demasiada informação. E porque é que as introduções são importantes? É nesse momento que se conquista a plateia. Compare a sua introdução à descolagem de um avião. Se a descolagem for má, o piloto perde parte da sua credibilidade e os passageiros ficam em stress e desconfortáveis durante o resto da viagem. Do mesmo modo, imagine que, na sua apresentação, é o piloto e que a sua plateia deseja ser suavemente levada até ao desenvolvimento do seu discurso, escutando-o, de preferência, até ao fim. A introdução vai determinar a sua credibilidade e a disposição mental da plateia. É a altura ideal para corresponder às expectativas do público e captar a sua atenção. Durante a introdução, a plateia tem muitas questões em mente: • Quem é você? • Do que é que irá falar? • Quando terminará? • Onde quer chegar com a sua apresentação?
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Discurso
Exemplo prático Numa apresentação sobre o estado do humor em Portugal, o orador decidiu iniciar o seu discurso com uma pergunta direcionada à plateia no seu todo, sem, portanto, dirigi-la a nenhum elemento em específico: “O que acham do humor de Herman José? Gostam?”. O que aconteceu, então? Foi um desastre! Isto é, uma vez que a pergunta era simples e tendo em conta que todos os elementos tinham uma resposta imediata e fácil para dar, de uma só vez, o orador foi “bombardeado”, sem disciplina, por uma “bateria” de respostas. Uns a favor, e outros contra. O orador iniciou a sua apresentação lançando uma pergunta e perdeu, de imediato, o controlo da situação! O palestrante ficou tão desconfortável que quase teve de pedir licença à plateia para dizer: “Por favor, se não se importam, deixem-me dizer o que eu tinha previsto para a minha apresentação… Afinal, eu é que sou o orador!”.
Não perca o controlo e a disciplina em nenhum momento, durante a sua apresentação. Pode e deve fazer perguntas à plateia, até porque esta fica mais desperta e atenta, mas o momento em que as deve fazer não é aleatório. A resposta é simples: faça-as quando sentir que as pessoas que o escutam estão ligeiramente cansadas, distraídas ou aborrecidas. Lembre-se de que, depois de escutar a resposta de um elemento da plateia, deve dizer algo no final. Pode fazer um elogio à qualidade da resposta ou acrescentar um breve comentário, provocando, assim, uma maior participação, por parte de todos. Ao acrescentar algo está, também, a dizer que prestou atenção ao que foi dito e que, por conseguinte, valorizou a participação dessa pessoa. Não se esqueça de agradecer sempre a resposta dada pela plateia.
Ativo
O método ativo é muito simples, mas, em muitos casos, o orador pode ter algumas dificuldades em aplicá-lo, uma vez que exige uma certa destreza para o fazer. © PACTOR
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O Dom da Palavra
Quando o orador pede à plateia para executar uma determinada ação, está a usar o método ativo. O que pode pedir o orador à sua plateia? Tudo, desde que as pessoas já estejam sintonizadas com ele e, assim, queiram colaborar com a instrução dada. Dependendo dos seus objetivos, poderá pôr a plateia de pé ou deitada, a medir as pulsações cardíacas, a olhar pela janela, a fechar os olhos, a correr, a saltar, a gritar, ou seja, a fazer o que “bem entender”, desde que se perceba o porquê da ação e que esta esteja relacionada com o seu tema. Por vezes, pode tornar-se difícil conseguir isto, devido à falta de à-vontade do orador ou porque a timidez não lhe permite pedir algo a 100 ou 200 pessoas. Atenção ao tom de voz quando emitir determinada instrução; não deve ser num tom de súplica, nem autoritário. Além disso, deverá ser bem assertivo para conquistar a colaboração de todos, e os exercícios devem ser rápidos. A instrução tem de ser muito clara, objetiva e fácil de ser executada. Não entre em ações demasiadamente abstratas ou confusas, porque será um convite ao desastre. É preferível algo mais simples, mas funcional, para permitir que todos participem nesse exercício. Estipule, para si mesmo, um tempo e, quando chegar ao final, agradeça à plateia, para que esta também perceba que o exercício terminou. Curiosidade Os participantes em programas televisivos de talentos, como é o caso do America's Got Talent, têm apenas 90 segundos para convencer uma enorme plateia e os jurados! Quando os concorrentes vão cantar, o problema da gestão do tempo não se coloca, mas quando os participantes têm de apostar no método ativo, solicitando uma ação à plateia (por exemplo, em números de magia), as instruções têm de ser muito simples e rápidas. Um pequeníssimo deslize será suficiente para que todo o trabalho fique comprometido. Tudo terá de acontecer em apenas 90 segundos!
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Guião Antes de mais: Estruture o que vai dizer Um bom guião contém três elementos estruturais básicos: introdução, desenvolvimento e conclusão, e será o alicerce do discurso. Depois de feita esta divisão, o orador deve “rechear” com informação cada um dos três momentos e encaixar neles todas as etapas que tenha previsto, como o uso de slides, a apresentação de testemunhos, objetos e histórias, as perguntas à plateia, etc. Ao definir o que vai dizer, esqueça os vocábulos difíceis ou que não utiliza no seu dia a dia, porque vai ser difícil lembrar-se deles durante a apresentação. O melhor é empregar as suas próprias e habituais palavras, que usa comummente; a plateia agradece! Prepare, igualmente, a forma como vai explicar um conceito, uma ideia ou um projeto, mas lembre-se de que deve fazê-lo sempre de uma forma simples, explicando tudo com muita clareza. Uma célebre frase de Albert Einstein dizia o seguinte: “Se não consegue explicar as coisas de forma simples, então não compreendeu suficientemente bem o assunto”. A capacidade de simplificar as mensagens mais complexas ou abstratas de uma apresentação demonstra que o orador se preocupa com o público e quer que este entenda realmente as suas mensagens. Destaque apenas algumas palavras-chave no guião, sem escrever frases longas, e atribua-lhes uma ordem específica, a qual deverá seguir no momento da apresentação. É mesmo importante que mencione, ao longo do seu discurso, as palavras-chaves: são fulcrais. Depois, treine várias vezes em frente a um espelho ou a uma câmara, para poder corrigir o que não está perfeito. Um guião permite assinalar as falhas antes de o orador fazer a apresentação e, dessa forma, trabalhar quer a performance quer o texto da © PACTOR
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O Dom da Palavra
preleção. Se não existir um guião, o orador vai sentir-se mais inseguro, porque nada testou, apostando unicamente no improviso, o que acarreta grandes riscos. Ter um guião também permite ao orador saber de quanto tempo necessita para a apresentação ou, ainda, ajustar o tempo que possui para os seus conteúdos, podendo ter de encurtar ou alongar informação. Aqui ficam três sugestões para elaborar um guião: 1. Antes de começar, o orador deve conhecer, em detalhe, o seu público. Pode fazer o diagnóstico da plateia, respondendo às seguintes questões: a) Para quem vai falar? b) Vai falar para uma plateia jovem, adulta ou idosa? c) A maioria são mulheres ou homens? d) Quais são os níveis de ensino dos participantes? e) Estão interessados no tema? Lembre-se de que o perfil da plateia deve orientá-lo na elaboração do guião. 2. É igualmente importante analisar o local, o contexto e os recursos que pode utilizar no evento. O orador deve garantir que a mensagem está adaptada à audiência e aos recursos disponíveis no local. Assim, verifique as tecnologias disponibilizadas no seu local de apresentação (microfone, projetor de slides, luz ambiente, etc.). 3. Seja muito claro na definição do objetivo da apresentação. O que pretende com a sua apresentação? O que é que pretende que a plateia saiba, com exatidão, no final da apresentação, e que não sabia antes?
O GPS do orador O guião é o fio condutor de todos os aspetos da apresentação, pois vai permitir que o conteúdo e a linha de raciocínio “caminhem lado a lado”. É, também, o motor de arranque de uma palestra, garantindo que não haja “circulação fora da rota definida”; é o GPS do orador. 100
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Imagem É de atentar que a roupa “fala”, o cabelo “comunica” e o estado das suas unhas dizem muito sobre si. Assim como os nossos comportamentos, as nossas atitudes e o nosso corpo, a nossa roupa “fala”, transmitindo informação às pessoas que nos rodeiam sobre muitos aspetos da nossa personalidade; provavelmente, até mais do que possamos imaginar! A escolha de determinadas peças e acessórios, bem como as combinações de cores revelam muito mais a nosso respeito do que pensamos, e gostaríamos. A roupa pode ser uma grande aliada na conquista de sucesso pessoal, social e profissional, mas também pode levar à perda irremediável de algumas oportunidades. Um dos primeiros aspetos que a roupa deixa bem claro, para os outros, é se a pessoa está, ou não, asseada. Quando vestimos roupas com manchas, amarrotadas, golas amareladas ou de tecidos que tendem a cheirar mal, fica percetível que não prestamos a devida atenção à nossa higiene diária básica. As pessoas desleixadas e pouco atentas a este tipo de detalhes não costumam reparar nos colarinhos e nos punhos puídos, nas golas mal cortadas, nos fechos das calças abertos, nos cintos com o couro desgastado, nos sapatos com um ar velho, assim como no aspeto das bolsas, carteiras e pastas. Apresentar-se desta forma a um evento demonstra falta de cuidado e de preparação, e, até mesmo, falta de respeito para com a entidade organizadora, que lhe fez o convite para falar em público. É frequente vermos, num ambiente empresarial, as mulheres com roupas muito justas, decotes e transparências e saias muito curtas. Como consequência, eventualmente, poderão passar uma imagem mais vulgar, isto é, menos profissional. Por outro lado, os homens incorrem num erro frequente: quando, em nome da comodidade, se recusam a usar blazer e gravata, em determinados contextos mais exigentes. © PACTOR
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O Dom da Palavra
Cores básicas e conselhos genéricos Seguem-se alguns conselhos genéricos sobre a imagem do orador, incluindo como usar da melhor maneira certas cores. São informações simples, mas eficazes, quando devidamente aplicadas no dia da apresentação. Atentemos, primeiro, nas cores: • Cinzento – há diversas tonalidades desta cor, e é de fácil combinação com o preto e o azul-marinho. Damos especial destaque ao cinza chumbo, que pode ser usado em todas as estações do ano, além de “ganhar vida” com o uso de acessórios; • Preto – esta é a cor básica e a preferida da maioria das pessoas. Combina com todas as cores e parece “emagrecer” a silhueta, aparentando uma certa elegância. É importante experimentar uma peça de roupa desta cor durante o dia, para se certificar de que não o torna demasiado pálido. O preto é, também, uma cor permitida no verão, em tecidos, cortes e modelos apropriados. À noite, o preto é, seguramente, bem-vindo; • Bege – as peças desta cor sujam-se com muita facilidade, assim como todas as roupas de cores claras. É a cor menos flexível para a noite. É uma alternativa para o guarda-roupa de verão, e é de fácil combinação com acessórios de cor preta e castanha; • Castanho – é a cor menos prática (das consideradas básicas) e não é muito apropriada para a noite. Por outro lado, é de fácil combinação com o bege e o preto; • Azul-marinho – esta é uma cor sóbria, clássica e, também, a preferida pela maioria dos homens e mulheres de negócios; • Branco – é uma cor básica, alternativa e complementar. Tenha em atenção o facto de os acessórios desta cor poderem fazer um contraste perigoso, dando um efeito negativo à sua produção. Nem sempre o branco combina bem com o preto. Seguem-se, agora, alguns cuidados que as mulheres devem ter: 1. Use, no máximo, três tons de cores diferentes. 114
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