segundo o Novo Acordo Ortográfico
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VAMOS CONTAR HISTÓRIAS HELENA BÁRBARA MARQUES DIAS PEDRO SALINAS CALADO
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Copyright © julho 2011 (2.ª Edição revista); janeiro 1999 (1.ª Edição) LIDEL – Edições Técnicas, Limitada Capa: REK LAME Multiserviços Gráficos & Publicidade, Lda. Ilustrações: Pedro Salinas Calado Pré-Impressão: MILARTE Atelier Gráfico, Lda. Impressão e acabamento: Digital XXI – Soluções Gráficas, Lda. Depósito legal: 330677/11
Este pictograma merece uma explicação. O seu propósito é alertar o leitor para a ameaça que representa para o futuro da escrita, nomeadamente na área da edição técnica e universitária, o desenvolvimento massivo da fotocópia. O Código do Direito de Autor estabelece que é crime punido por lei, a fotocópia sem autorização dos proprietários do copyright. No entanto, esta prática generalizou-se sobretudo no ensino superior, provocando uma queda substancial na compra de livros técnicos. Assim, num país em que a literatura técnica é tão escassa, os autores não sentem motivação para criar obras inéditas e fazê-las publi-car, ficando os leitores impossibilitados de ter bibliografia em português. Lembramos portanto, que é expressamente proibida a reprodução, no todo ou em parte, da presente obra sem autorização da editora.
© LIDEL EDIÇÕES TÉCNICAS
ISBN 978-972-757-794-1
NOTA INTRODUTÓRIA Uma imagem fixa (por ex.: desenho, ilustração, fotografia) contém por si só vantagens no ensino de uma língua: estimula a capacidade de observação, ajuda a formar um pensamento claro e organizado e fomenta o uso criativo e contextualizado da língua. Falar em torno das imagens, quando estas podem contar uma história, estimula a imaginação e exercita a língua de uma forma livre sobre um tema concreto. Para além disto, são um pretexto para ampliar vocabulário e refletir sobre estruturas, concentrando o aluno no uso real e correto da língua. As 20 sequências de ilustrações que aqui se apresentam constituem 20 momentos para analisar cada um dos desenhos, situá-los no contexto e relacioná-los formando assim 20 histórias que podem ser contadas de acordo com a imaginação e competência linguística dos alunos. Todas as histórias foram concebidas com dois objetivos essenciais: – estimular a comunicação oral em aula – facilitar o uso correto da língua Por isso, cada história inclui: a) vocabulário básico, explícito ou sugerido pelas imagens; b) estruturas-modelo que poderão auxiliar a produção oral ou escrita; c) um questionário que visa orientar a construção da história; d) um momento para reunir todas as etapas de construção e contar a história. Os alunos deverão ser encorajados, não apenas, a conhecer o vocabulário apresentado e selecionar o que irá ser mais importante para a ‘sua’ descrição das imagens, mas também, a usar as estruturas-modelo sugeridas enquanto instrumentos necessários à produção (oral e/ou escrita) do ‘seu’ texto, ficando assim mais libertos para uma maior criatividade na interpretação do sentido global da situação. A sequência das histórias está interligada com a sequência de estruturas linguísticas apresentadas em cada uma. As expressões de presente, passado e futuro foram privilegiadas e consideradas como elementos de construção de complexidade progressiva; i.e., procurou-se que as últimas histórias pudessem conter elementos de maior dificuldade do que as primeiras, permi-
tindo, sempre que possível, uma reflexão mais elaborada sobre a língua. Na realidade, todas as histórias poderão ser contadas recorrendo a estruturas simples. Caberá ao professor decidir se deve, ou não, desenvolver os seus próprios percursos exploratórios (sejam eles através da preparação de questionários orais ou de exercícios estruturais escritos) com base nas imagens e na informação apresentada para melhor adequar as histórias e as estruturas ao seu grupo alvo. É de salientar ainda que algumas histórias (1-3; 5-6; 8-13) contêm elementos explícitos mais facilmente associáveis, conduzindo a uma construção lógica uniforme do discurso, enquanto outras (4; 7; 14-20) possuem ilustrações onde os fatores implícitos desempenham uma função na produção linguística de acordo com a criatividade dos alunos, permitindo maior diversidade na interpretação dos desenhos. Ainda que possa parecer mais natural trabalhar oralmente sobre cada uma destas histórias, não é de desprezar o trabalho escrito. Este pode revestir-se de formas diferentes e complementares que permitirão ao aluno, entre outras atividades possíveis: a) refletir sobre como recontar a história; b) trabalhar mais a fundo as estruturas linguísticas selecionadas; c) analisar e interpretar o texto correspondente incluído, em anexo, no final do livro; d) produzir outra situação sugerida tematicamente pela primeira. Os textos contados no final do livro não podem ser considerados como soluções de exercícios. A sua inclusão teve como objetivo apresentar um ponto de referência possível, que pode, ou não ser útil. O professor, ao lê-los, tomará rapidamente consciência da sequência gramatical que está subjacente, tanto na organização deste caderno, em geral, como na de cada um dos textos, em particular, e inferirá o grau de pertinência que tais textos terão para os seus alunos. Estes podem ajudar a refletir sobre uma outra forma de contar a história ou podem constituir um elemento de complexidade desnecessário no momento. Estas situações foram pensadas prioritariamente para alunos que aprendem o Português como língua não materna, embora possam ser utilizadas por 3
Para quem ensina, estes exercícios podem constituir excelentes momentos para observar o processo de produção dos alunos, analisar as diferentes estratégias a que estes recorrem na seleção de vocabulário e de estruturas linguísticas e identificar dificuldades reais na aprendizagem da língua, orientando o trabalho para fluência e correção do uso da língua enquanto produto final. Esperamos que estas histórias sejam consideradas interessantes e que os alunos se sintam motivados a descrevê-las, complementando-as com outras situações imaginadas e criando momentos bem-humorados na utilização fluente e correta da Língua Portuguesa.
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estudantes, falantes nativos, com necessidade de exercitar a sua produção oral e escrita. Em qualquer caso, será útil que o aluno tenha, inicialmente, algum tempo para observar as ilustrações, conhecer o vocabulário (por ex., através da consulta do dicionário) e organizar o léxico que considerar mais adequado à sua história, para depois refletir sobre estruturas a utilizar e poder começar, então, a responder a perguntas, a elaborar planos ou rascunhos para uma apresentação oral ou/e escrita do seu texto. É um trabalho que pode ser feito individualmente ou em pares, conforme as preferências e as circunstâncias, apoiado pelo professor.
4
ÍNDICE DAS HISTÓRIAS Pág.
Pág.
1
A esplanada
8
11
Uma distração do sr. Silva
28
2
A irritação do Jaime
10
12
O descanso do dr. Silveira
30
3
Um aspirador esfomeado
12
13
Um roubo inútil
32
4
Um dia cansativo
14
14
De quem foi a culpa?
34
5
A vida do sr. Sousa
16
15
O passado sem futuro
36
6
Recordações
18
16
Uma decisão difícil
38
7
Amigos de sempre
20
17
O primeiro carro do sr. Tavares
40
8
A máquina fotográfica
22
18
Movimentos no jardim
42
9
A ideia do Timóteo
24
19
A casca de banana
44
10
O roubo da maçã
26
20
Fantasia ou realidade?
46
5
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FRASES-MODELO APRESENTADAS EM CADA HISTÓRIA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Uns estão a ler outros estão a conversar. Ele continua a tentar abrir. Ele faz cada vez mais força. Ela foi buscar o aspirador e começou a montá-lo. Ontem eu fiz as compras. Depois de preparar o jantar sentei-me para descansar. Entre 1970 e 1982 foi pedreiro. Desde 1982 até 1994 ele foi canalizador. Como era bom jogar à bola! Antigamente andava de patins e corria no jardim. Dantes tinham tempo para tudo; agora não têm tempo para nada. Ele viu uma borboleta que voava. Ele estava aborrecido porque não tinha nada para fazer. Enquanto a mulher falava com o cliente o garoto aproximou-se. A mulher estava a vender maçãs junto de uma árvore. O sr. Silva estendeu-se em cima da cama. Ele estava demasiado cansado, por isso adormeceu. Ele entrou e foi espalhando tudo pelo chão. Quando acordou a televisão já tinha acabado.
13 14 15 16 17 18 19 20
Qual não foi o espanto dele quando viu o cliente... O cliente apontou a arma ao empregado e pediu-lhe a carteira. Eles viram o gato e levaram-no. Não viram o André, por isso não o levaram. A casa ainda se mantém, mas o café já não existe. Onde havia uma casa senhorial está a ser construído um prédio. Ele iria deixar de beber para poupar dinheiro. Imaginou-se tão magro que desistiu. O manual dizia para pôr o macaco debaixo do carro. O sr. Tavares talvez pense que é melhor andar de autocarro. O sr. Oliveira ia observando ... A D. Clementina ia a passar ... ... como se não visse nada. Embora gostasse de banana só devia comer mais tarde. Embora visse o cesto dos papéis atirou a casca para o chão. Ninguém sabia o que podia acontecer. Ao chegarem ficaram espantados. O que terá acontecido?
7
1 A ESPLANADA
A.
descansar, conversar, ler, trabalhar, atender, passar o tempo, tirar uma cerveja, fazer uma sandes tranquilo, calmo, agitado, simpático, agradável, refrescante enquanto uns... outros... 8
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(a) cidade, (a) avenida, (o) trânsito, (a) sebe, (as) pessoas, (a) esplanada, (a) sandes, (as) bebidas, (a) cerveja, (o) café, (os) empregados, (os) clientes
B.
C.
enquanto um está a ler outros estão a conversar uns outros
estão a ler conversar descansar
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Onde fica a esplanada? Descreva o que vê na primeira imagem. O que estão a fazer as três jovens? E os clientes representados nas figuras 3 e 4? O que estão os diferentes empregados a fazer? Por que é que as pessoas vão para a esplanada? Qual é a diferença entre o que fazem os clientes e os empregados?
D. Pode relacionar as figuras e descrever o ambiente que se vive na esplanada. 9
2 A IRRITAÇÃO DO JAIME
A.
ir para casa, assobiar, ser, ficar, meter (em), tentar, rodar, forçar, continuar a, insistir, puxar, empurrar, fazer força, bater, irritar-se, perder a paciência, desistir, encostar-se a, desequilibrar-se, cair para trás alegre, contente, bem-disposto, intrigado, irritado, furioso, incapaz de, desiludido, surpreendido 10
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(a) chave, (a) fechadura, (a) porta, (a) irritação, (a) fúria, (a) desilusão, (a) frustração, (a) desistência, (a) empregada
B. ele
tenta
continuar a tentar ele está alegre fica irritado ele faz muita cada vez mais mais ainda
abrir rodar puxar
força
= ele força = = =
muito cada vez mais mais ainda
C. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Para onde vai o Jaime? O que é que ele faz? O que é que se passa na figura 3? Como é que ele reage? O Jaime ainda está contente na figura 5? Porquê? Como é que ele se sente na figura 6? Por que é que ele para de bater na porta na figura 7? O que é que acontece no fim?
D. Conte a história. 11
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HISTÓRIAS CONTADAS
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1 A ESPLANADA...
2 A IRRITAÇÃO DO JAIME...
Está uma tarde linda, cheia de sol! Na cidade, o ruído do trânsito é grande; mas na esplanada daquele jardim muitas pessoas aproveitam o sol quente do dia frio de inverno. Umas estão a conversar, outras estão a beber um cafezinho e a ler; outras estão a olhar para ao ar... a pensar... a dormitar... ou simplesmente a sonhar enquanto o tempo passa! No entanto, os empregados estão a trabalhar: enquanto um está a fazer sandes, outro está a tratar das bebidas; outro ainda está a atender os clientes...
O Jaime é um rapaz alegre e bem-disposto. Na rua, costuma andar sempre a cantarolar baixinho ou mesmo a assobiar. Mais uma vez o Jaime vai para casa contente e prepara-se para abrir a porta. Mete a chave na fechadura, mas, com grande espanto seu, a chave entra mas não roda! Fica intrigado, tenta rodar, faz mais força, empurra e ... nada! A porta continua imóvel! Começa a ficar irritado e tenta puxar ainda com mais força, mas a porta continua fechada. Começa a impacientar-se! Tenta fazer ainda mais força, empurra, dá murros... mas a porta não se mexe! Incapaz de pensar, ele fica desesperado, grita e, por fim, desiludido e exausto, desiste de bater e encosta-se à porta. É então que sente que alguma coisa está a mexer... É a Maria que abre a porta e ele desequilibra-se e cai para trás!
Enfim! Enquanto uns estão a descansar, outros estão a trabalhar! É A VIDA!...
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