CONTOS
2
Era uma vez um rapaz de dezoito anos chamado Filipe, que vivia no Dubai com o pai, a mãe e a sua única irmã chamada Carolina de quem gostava muito e em quem confiava. O rapaz estava prestes a tirar a carta de condução, mas, ao mesmo tempo, também queria ir concluir a faculdade.
Tirar a carta de condução era um sonho para Filipe e ele queria muito concretizá-lo, mas ao fazê-lo, deixou de ter dinheiro para concluir a faculdade. Por essa razão, quis arranjar um emprego que valesse a pena para o futuro da sua família. Passados três anos, o Filipe arranjou uma namorada e juntos foram viver para outra cidade do Dubai. Casaram e tiveram dois filhos, uma chamavase Cristiana e o outro chamava-se Nuno. A Cristiana era calminha, brincava muito e comia tudo o que viesse à frente. Já o CONTOS
3
Nuno era muito aborrecido, estava sempre a chorar e só queria dormir. Os anos foram passando e Filipe começou a sentir algumas dificuldades em estabilizar num emprego. A sua família precisava do seu ordenado certo, pois a sua esposa não podia trabalhar fora de casa. Afinal, sempre estávamos no Dubai! A sua filha Cristiana ainda era calminha, como sempre foi, mas o Nuno, que era aborrecido e que estava sempre a chorar, com o passar dos anos começou a ficar mais calminho como a Cristiana. No entanto, era preciso dinheiro para os alimentar, educar…. Foi aí que Filipe se lembrou da faculdade… E se ele tivesse acabado o seu curso… Será que estaria a passar as mesmas dificuldades? Depois de muito refletir, pensou que tinha dado muito valor a uma carta de condução, mas tinha errado, pois o curso garantiria melhor o seu futuro. Decidiu então acabar o seu curso apesar de todas as dificuldades. Trabalhar e estudar já não é nada fácil, estar ainda ao lado da sua família, dar atenção aos seus filhos e mulher dificultava mais as coisas. Reuniu a família e comunicou-lhes a sua decisão. Para sua surpresa todos concordaram e decidiram ajudar na medida das suas possibilidades. E assim Filipe regressou à faculdade para acabar o seu curso de engenharia. Foram quatro anos difíceis, mas, no final, o esforço tinha compensado. A sua empresa tinha-o promovido e ele começara a trabalhar na equipa de engenheiros e arquitetos. Agora desenhava e planificava novas construções com a sua equipa e o salário melhorou muito. Na vida, precisamos de fazer as escolhas certas, pelo que nem sempre podemos ir atrás de um sonho. Adriana Brás
CONTOS
4
Numa manhã de verão, duas amigas preparavam-se para uma viagem de avião. A mais velha chamava-se Morgan e tinha o cabelo cumprido, liso e castanho, era alta e magra e um pouco tímida. A sua amiga chamava-se Ema, era baixa, de cabelo curto e loiro e muito extrovertida. Algum tempo depois, elas dirigiram-se para o aeroporto de Lisboa e apanharam o avião. O seu destino era Madrid. Elas sabiam que a viagem seria de apenas uma hora, mas, quando perceberam que estavam a voar já há três horas, perguntaram a um senhor para onde ia aquele avião. O senhor tinha já uma certa idade e respondeu que o seu destino era Londres. Elas ficaram muito preocupadas, pois não sabiam o que haveriam de fazer. Quando chegaram a Londres, procuraram ajuda para saber quando poderiam apanhar o próximo voo para Madrid e foram informadas que este seria só na semana seguinte, pois todos os voos estavam cheios. Passadas duas horas reconheceram uma voz que as chamava. Era o seu amigo Mateus. Ele era de estatura média e era uma pessoa muito simpática e perguntou-lhes o que elas faziam em Londres ao que elas lá lhe explicaram o que tinha acontecido. Ele, preocupado, prometeu que as ajudaria no dia seguinte. Elas ficaram alojadas num hotel de Londres e, de manhã, foram ter com Mateus que lhes contou que partiria para Madrid CONTOS
5
ao meio-dia e que elas podiam ir com ele. Contudo, a viagem demoraria bastante tempo pois iria viajar de carro. Elas aceitaram. Ao meio-dia estavam à espera dele à porta do hotel. Quando ele chegou dirigiramse juntos para Madrid de carro. Foi uma longa aventura pois tiveram que atravessar três países, o Túnel do canal da Mancha em comboio… O que valeu foi que estavam entre
amigos e a paisagem era variada o que lhes permitiu conhecer um pouco das regiões por onde passaram. Chegaram a Madrid eram duas horas do dia seguinte. Elas agradeceram-lhe pela viagem e dirigiram-se para o seu hotel. Ana Luísa Pinto
CONTOS
6
No dia do meu aniversário, dia dez de março, a minha irmã Ana Catarina ofereceume um presente um pouco misterioso. Deu-me uma caixa relativamente pequena e nela estava um envelope. Abri-o, muito curiosa, e nele encontravam--se dois bilhetes de avião. Observei-os melhor e vi que o destino era os Estados Unidos da América! Ela explicou-me que iríamos estar lá uma semana e visitar várias cidades: Nova Iorque, Los Angeles, Boston e Miami. Fiquei mesmo contente! No dia seguinte, à tarde, os nossos pais levaram-nos ao aeroporto do Porto e apanhamos o voo das quatro da tarde. Fiquei no assento ao pé da janela, tal como queria. A minha irmã ficou ao meu lado e ambas tiramos bastantes fotos às nuvens brancas e fofas lá no alto. Finalmente chegamos... O nosso primeiro destino foi Nova Iorque. Quando chegamos, fizemos o check-in no hotel e rapidamente fomos para o quarto e descansamos, pois estávamos cansadas da viagem. No dia seguinte, visitamos o máximo que pudemos, porque apenas teríamos cerca de dois dias para visitar
cada
ci-
dade. Tínhamos de visitar a estátua da Liberdade,
Times
Square, a 5ª avenida, o Central Park, o Empire
State
Bil-
ging, o Metropolitan Museum of Art, e a Broadway,
como
não podia deixar de ser Logo neste primeiro destino ficamos muito impressionadas com CONTOS
7
a agitação da cidade. Adoramos a comida, tanto ao almoço como ao jantar. Estava tudo delicioso! Também visitamos alguns museus e monumentos e eram giríssimos. No resto dos dias, desfrutamos as visitas às cidades restantes. Eram todas um pouco diferentes, mas todas completamente maravilhosas. O que reparamos em todas é que havia imensos museus, as pessoas eram muito simpáticas, a comida era deliciosa e muitas mais coisas boas...
No último dia, de manhã, dirigimo-nos ao aeroporto, fizemos a viagem de volta para Portugal e chegamos completamente exaustas e cheiinhas de saudades da família. Foi das melhores viagens de sempre! Ana Monteiro
CONTOS
8
Há cerca de três anos atrás, existiu uma menina feliz, sorridente, com muitas boas notas, sem dar problemas a seus pais. Também ajudava os seus amigos e as pessoas ao seu redor. .Mas, a certa altura, algo na sua vida de novo entrou. Era um rapaz lá da mesma escola e que dizia estar apaixonado
por
essa
menina, pelo menos era o que dava a entender. Passaram-se meses e o rapaz continuava
atrás
dela.
Chegou ao ponto de dizer que se ia matar, que iria suicidar-se. A menina achava um pouco idiota aquela atitude, mas só achava porque não sabia o que se passava na cabeça dele. Ela gostava dele, mas talvez tivesse medo de se entregar demasiado, tinha medo que ele a magoasse, no entanto, ela não conseguiu aguentar aquela pressão e acabou por se entregar a ele. Ela aceitou namorar com ele. Ela parecia feliz, demonstrava essa felicidade porque finalmente estava a namorar, ela pensava mesmo que ia ter um relacionamento como aqueles dos contos de fadas, pensava que ele era o seu ' príncipe encantado ', ela amava-o como jamais tinha amado algum rapaz, mas… passado duas semanas de puro amor e carinho, o mesmo rapaz que dizia ser louco por ela, que se ia matando por ela, aquele mesmo rapaz que era carinhoso e CONTOS
9
querido com ela, que lhe dava todo o amor como ela sempre imaginou, destruí-a quando acabou com ela e sem ela perceber... Perguntou-lhe então o que tinha acontecido para mudar de tal maneira a sua atitude para com ela, e ele apenas lhe respondeu que nunca a tinha amado, que só esteve com ela para meter ciúmes à sua ex-namorada, que quem ele amava. A menina ficou em pânico, ficou mal, ficou destroçada, passava dias e noites metida no seu quarto a chorar, e, destruída, ela automutilou-se, cortou-se. Estava com a ideia que se ia aliviar, mas não, ela continuava igual. Então pensou no suicídio. Ela achava idiota o rapaz estar a pensar nisso e agora era ela que tinha esses pensamentos. Ela não achava boa ideia, mas com tantos problemas a surgir, ela causou o suicídio.
Ela matou-se com uma dose exagerada de comprimidos.
Bruna Oliveira
CONTOS
10
Num dia de inverno, chovia como nunca, e Joana, uma rapariga loira de olhos verdes, estava já acordada a pensar no dia que se seguia. Era de manhã bem cedo e, para Joana, um dia como outro qualquer…Não lhe apetecia sair da cama, mas, num instante, levantou-se e começou a vestir-se. Espreitou pelos cantos da janela e observou a chuva intensa que caía lá fora. Vestiu então o seu casaco mais quente, a sua velha camisola de malha, as suas calças de inverno e finalmente calçou as suas botas de chuva. Joana correu para a cozinha e bebeu apressadamente, o seu sumo de laranja. Colocou a mochila e deixou um bilhete para os pais dizendo que regressaria cedo. Pela frente tinha um longo caminho. Naquele dia, Joana sentia-se angustiada e, pelo caminho, enfrentando a chuva e o vento, ia-se questionando o porquê de se sentir assim. - Au!!! – gritou Joana. Tinha acabado por cair numa poça enlameada. A chuva parecia cada vez mais forte e Joana, já toda ensopada protestou: - Que bela forma de começar o dia!
Finalmente tinha chegado à escola, mas, estranhou o facto de não haver ninguém. Tentou empurrar o portão enferrujado, mas estava fechado! Só então se deparou com o papel afixado no portão e lembrou-se: era sábado, por isso não havia ninguém! Joana cada vez mais irritada regressou a casa, quando de repente…acordou! Afinal tudo não passava de um pesadelo. Joana voltou a fechar os olhos e adormeceu profundamente. Cláudia Silva
CONTOS
11
Era uma vez uma rapariga que se chamava Rita e tinha dezasseis anos. Na escola, ela sentiu-se mal, chegou a desmaiar e foi longo para o hospital. No hospital, os seus pais aguardavam ansiosamente e preocupados pelas notícias do médico. Entretanto ele chega e diz: -Boa tarde, são os pais da Rita? -Sim, o que se passa com ela? -perguntou a mãe. -Infelizmente, não tenho boas notícias… a sua filha tem cancro no estômago. Os pais da Rita, ao ouvirem aquilo, nem queriam acreditar e o pior é que não tinham dinheiro suficiente para a operação. -Felizmente, a vossa filha tem cura, mas a operação tem um custo elevado. Passados três dias, a Rita foi embora do hospital e os pais explicaram-lhe a situação. Rita não era pessoa de desistir e disse logo que ia começar a trabalhar depois das aulas. E assim, foi. Passados dois meses, ela tornou a sentir-se mal. Infelizmente as notícias não eram boas. Ela tinha piorado e tinha de ser operada o mais rápido possível. Os pais ainda não tinham o dinheiro suficiente e não sabiam o que fazer. Um homem, que estava sentado ao lado deles, ouviu a conversa, teve pena e decidiu pagar a operação pois a muito pouco tempo tinha perdido a mulher com a mesma doença e ele não queria ver outra família a passar por aquilo que passou. No dia seguinte, os pais receberam a notícia que a operação tinha sido paga. Eles queriam saber quem ajudou, mas nunca chegaram a descobrir. CONTOS
12
A operação foi feita, mas Rita não aguentou e morreu minutos depois da operação, Uns dias despois, os pais de Rita descobriram uma espécie de diário onde a filha escreveu tudo sobre a doença, os obstáculos que teve de passar até a operação e que nunca se deve desistir, apesar de tudo. Os pais decidiram partilhálo com as pessoas para poderem ajudá-las a nunca desistir apesar das dificuldades.
Cristina Silva
CONTOS
13
Era uma vez um rapaz que tinha quinze anos e vivia no Porto. O seu nome era Pedro e ele tinha um grande desejo na sua vida que era fazer uma viajem até Espanha para conhecer o estádio do Real Madrid, clube do seu coração. Havia um problema na concretização desse desejo do rapaz porque os seus pais não tinham dinheiro suficiente para realizar essa viajem. Então o Pedro perguntou ao seu pai: -Quando é que vamos a Espanha? -Filho ainda não temos dinheiro para as viagens de avião. São muito caras e eu e a tua mãe não temos dinheiro suficiente. Para já, não podemos ir, a não ser que também queiras trabalhar para ajudares a termos mais dinheiro. -Está bem!- respondeu Pedro, com muita ansiedade. Então assim foi; o rapaz, mal chegava da escola, ia trabalhar para uma loja onde ajudava a vender ferramentas mês após més. Algum tempo depois já tinham o dinheiro suficiente para fazer a viagem a Espanha. Partiram e, mal chegaram a Espanha, foram ao estádio de futebol do Real Madrid. Foi o dia mais feliz da sua vida. Este era um dia que ele nunca se ia esquecer. Diogo Martins
CONTOS
14
Era uma vez uma menina baixa, branca, com cabelos loiros, lisos e olhos azuis como o mar. Essa menina chamava-se Olívia e odiava o inverno. Só gostava do verão e de coisas quentes. Ela passava todos os dias agasalhada até ao pescoço, para não ter frio. O seu maior medo era ficar sozinha num sítio muito frio. E foi o que aconteceu, pois, numa visita de estudo aos Alpes, ela perdeu-se e ficou sozinha numa montanha com medo que começasse a nevar. Ela foi abrigar-se numa gruta. Ficou lá horas á espera que dessem pela sua falta e, entretanto, ia comendo o lanche que tinha na mochila. De repente, ouviu um barulho. Assustada, agarrou num pau e foi ver o que era. Outro barulho se ouviu e ela começou a bater no nada até que acertou em algo… era um yeti, um monstro das neves. Deu ume enorme grito, até o yeti se assustou. -Olá, eu sou o yeti. Queres vir brincar comigo na neve?- disse ele. -Não, eu odeio neve, porque não gosto de ter frio.respondeu ela. -Lá porque tens frio não significa que não possas gostar da neve. Por favor, anda brincar comigo!- pediu ele. Está bem, mas só até me virem buscar. Ela experimentou e gostou da neve. Por isso, o inverno deixou de ser um problema. Mas só esteve uns minutos a brincar, pois foram logo buscá-la. Eduardo Ferreira CONTOS
15
O Gabriel era um rapaz estudioso, tímido e alegre. Tinha olhos azuis como o mar, e a sua boca parecia estar sempre a sorrir, o seu nariz era muitíssimo pequeno para a sua cara, tinha o cabelo da cor do trigo no campo, era alto que parecia os gigantes de filmes e livros. Tinha dezoito anos e estava a entrar para a faculdade. Estávamos no mês de setembro, em Lisboa num bairro pobre. Ele estava a passear na estrada até que encontrou o gangue «VT3» a obrigar o seu pai, Adão, a transportar droga, numa esquina. Eles prometeram ao pai do Gabriel que seria recompensado pelo seu serviço. Assim conseguiria aguentar com as contas da faculdade por um ano. Gabriel surpreendeu-os com um canivete suíço, ameaçandoo, mas foi rapidamente imobilizado. O gangue sequestrou o seu pai, obrigando o Gabriel a ser ele a transportar a droga até um armazém abandonado. Deixaram o Gabriel voltar ao quotidiano para não levantar suspeitas do sequestro do seu pai. Quando lhe perguntavam pelo desaparecimento do seu pai, ele dizia que tinha viajado. Ele, ao fim de três dias de sequestro do seu pai, e a dois dias da entrega, contactou com um amigo da Polícia Judiciária para o ajudar. Eles combinaram que, quando o gangue lhe entregasse a droga, a Polícia Judiciária seguiria os elementos do gangue, prendendo-os e salvandolhe o pai. E assim foi. Passado três dias o Gabriel e o pai estavam juntos e a rede de droga do gangue «VT3» fora destruída.
Fernando Correia
CONTOS
16
Num dia normal de escola, eu e os meus amigos estávamos no bar durante o intervalo. Estávamos distraídos a jogar telemóvel por isso, se algo acontece-se não dávamos conta do que se tinha passado. No meio da confusão de ouvir telemóveis a tocar, pessoas a falar e alunos a ouvir música, ouvimos gritos, mas logo pensamos que podia ser uma turma a sair das aulas. Como entrava, quando fosse o toque de saída da maior parte dos alunos, começamos a ir para a sala. Entretanto um barulho parecido com uma sirene dum carro de bombeiros começou a tocar e os alunos e professores começaram a correr e a gritar “fogo”. De imediato, começamos também a correr dirigimo-nos ao campo de futebol, local marcado em caso de emergência. No local de encontro já estavam centenas de alunos alguns a chorar, pois tinham-se queimado, outros desmaiados por terem inalado muito gás e a maioria que se limitava a espalhar o que tinha acontecido. Um dos meus amigos foi perguntar o que se tinha passado e disseram-lhe que estavam numa aula de físico-química e um aluno, sem querer, deixou muita quantidade de um produto que causou um incendio de grandes dimensões. João Costa
CONTOS
17
Num dia de inverno, há algum tempo atrás, começou a nevar e eu e todos os meus amigos fomos brincar para a neve. Tínhamos todos seis anos e estávamos na escola. Foi a primeira vez que nós vimos nevar na nossa terra, S. Mamede de Negrelos. Foi nos inícios de fevereiro que eu, rapaz baixo de olhos e cabelo castanho, voz grossa para a idade, a cara rechonchuda e muito divertido, e os meus colegas de turma, a maioria mais altos do que eu, fomos brincar para a neve, uma brincadeira normal para a idade. As aulas decorriam das nove horas até às cinco horas e meia da tarde e os primeiros flocos de neve, por sua vez, começaram a cair por volta das dez horas da manhã e só parou à uma hora da tarde. No fim da escola, ao irmos para casa, não conseguimos passar de carro, pois tinha nevado durante três horas em toda a aldeia, e para crianças da minha idade era difícil andar, pois a neve era muito fria. O caminho para minha casa era uma subida íngreme e estava coberta de neve que era muito difícil atravessar. Passado algum tempo consegui chegar a casa. Estava molhado e cheio de frio. Desde então nunca mais nevou em S. Mamede de Negrelos, aldeia onde continuo a viver.
Jorge Mendes CONTOS
18
Havia uma rapariga chamada Vitória que vivia com os seus pais numa casa na Amazónia. Estava prestes a completar dezoito anos e desejava acabar os estudos, arranjar um bom emprego e, mais tarde, constituir uma família. Mas nem tudo era um "mar de rosas", pelo meio, ela teve de parar os seus estudos, porque a mãe estava a adoecer e o pai estava em França devido ao trabalho e nada poderia fazer. Mas a mãe de Vitória estava cada vez pior e teve de ir urgentemente para o hospital. - Mãe, vais ficar bem, não te preocupes. Eles vão cuidar de ti! - disse Vitória à sua mãe. - Adeus filha! Cuida bem de ti! - respondeu a mãe. Vitória, preocupada com a mãe e a pensar no que esta lhe disse desatou a chorar. Passado algumas horas, os médicos vieram avisa-la que a mãe tinha acabado de falecer. Vitória não aguentou e desmaiou. Os médicos cuidaram dela. Passado algum tempo, acordou e achou que deveria avisar o pai. O pai veio imediatamente para casa ter com a filha. Vitória superou a morte da mãe que a tinha abalado bastante. Passado alguns meses, ela concluiu os seus estudos e foi viver com o seu namorado para Paris, para poder ficar perto do pai, que lá teve de regressar. Casou-se, teve uma filha chamada Íris, e conseguiu arranjar um trabalho muito bom.
Juliana Pacheco CONTOS
19
Certa noite, eu fui ao cimo de um monte observar as estrelas. Deitei-me na relva húmida e verdejante e contemplei. Fiquei assi uns cinco minutos até avistar uma luz brilhante como uma estrela, mas cada vez maior e que piscava a cada segundo. Sentei-me forcei a vista para ver melhor e parecia uma nave, vinha na minha direção. Esperei até que ela aterrou e saiu de lá um ser, como um rapaz, mas luminoso. Ele veio sentou-se à minha beira e eu assustada perguntei: -Quem és tu? O que fazes aqui? -Eu sou o Peter e vim propor-te uma coisa. -respondeu ele com uma voz meio arranhada. -A mim? O quê? Porquê?-interroguei-o confusa? -Todas as noites te vejo do meu planeta a olhar para o céu e pensei em levar-te a conhecer um bocado mais do universo. Queres vir? -Eu...eu não sei se devo...-respondi hesitante e pensativa - quero, vou contigo! -Boa! Anda. Vamos visitar Kree!-disse ele entusiasmado. -Sim, o meu planeta, anda! - informou-me animado. Fui até à sua nave. Ela era toda em tons de branco por dentro, com quatro cadeiras e um painel cheio de botões e alavancas. Sentei-me numa das cadeiras enquanto ele pressionava uns botões e, numa questão de minutos aterramos. Kree tinha uma relva igual à minha, mas em azul, a terra era vermelha e havia naves parecidas com a de Peter a sobrevoar o céu. Apenas o céu era igual ao meu.
CONTOS
20
Passeamos um bocado enquanto falávamos das nossas vidas. Olhei por um telescópio a minha casa. A cada curva havia algo novo, as casas, os animais, as flores. Era tudo impressionante! Passaram umas horas, mas sabia que tinha de voltar e disse: -Eu adorei conhecer este planeta. É fantástico e só me resta agradecer-te. Mas tenho de voltar para casa. -Eu sei, anda. Mas tenho de te avisar: se queres que te continue a visitar tens de manter segredo de tudo ou nunca mais volto. -Tudo bem. Eu não conto nada. Voltamos a casa, despedimo-nos e assim fiquei eu à espera de uma nova visita.
Mariana Ferreira
CONTOS
21
No dia três de julho, eu e a minha irmã fizemos uma viagem à Suiça. Nos primeiros dias tudo correu muito bem. Visitamos museus, fomos à piscina e andamos de teleférico até que o meu primo Pedro partiu o pé e então tudo mudou. Tivemos de mudar alguns planos, pois ele não podia fazer tudo que nós fazíamos. Com este triste acontecimento, o meu primo teve de estar parado durante bastante tempo,
pois
foi
uma
le-
são grave. Todos os planos foram
mudados,
mas
nin-
guém ficou triste, pois as sessões de cinema compensavam muito bem os dias que passávamos em casa. Foram umas férias bastante divertidas pois o que realmente importou é que estivemos com a minha família espero poder lá voltar, mas agora gostava de ir quando estivesse a nevar para poder experimentar novas diversões como Ski. A Suíça é um país bastante bonito, mas também gostava de visitar outros países.
Mariana Rocha
CONTOS
22
Um dia, quando estava no Youtube a ver o meu youtuber favorito, o "Windoh", ele disse que ia a LGW com mais outros amigos youtubers. Eu perguntei a minha mãe se também podia lá ir com o Tiago. A minha mãe concordou. Combinamos um sítio e lá fomos nós a caminho de Lisboa com destino de estarmos presentes na Lisboa Games Week. Era lá o ponto de encontro. Quando chegamos, achamos o lugar tão lindo como se estivéssemos em Paris. Depois de passarmos pelo acesso do público em geral, eu e o Tiago demos de cara com o youtuber Tiagovski e pedimos-lhe um autógrafo a que ele acedeu com agrado. Depois de estarmos lá dentro víamos muitas mesas para dar autógrafos, muitos videojogos disponíveis ao público. Também tinha um palco para os youtubers falarem um pouco sobre eles próprios. No exterior do prédio tinha
muitas roulottes a vender comida e bebida.
Às 13:00 horas eu e o Tiago entramos de novo para ouvirmos pequenas histórias dos youtubers, até que chegou a vez do meu youtuber favorito o “Windoh”.
Eu e o Tiago fomos para beira das grades e quando ele acabou de falar pedimos um autógrafo e ele deu-nos ao mesmo tempo que manteve um breve diálogo connosco. Foi muito interessante porque tivemos a oportunidade de receber vários conselhos e, como se trata de uma pessoa com muita experiência, são para levar a sério. O temo passou e foi ficando tarde. Por isso, liguei a minha mãe e ela veio buscar. Foi, sem dúvida, um dia em grande.
Paulo Costa CONTOS
23
Era uma vez dois rapazes altos, fortes que eram ambiciosos e adoravam carros. Um dia, em meados de 1987, como eram pobres, abriram um negócio de exportação de carros ilegalmente. Como eles eram pobres, não tinham dinheiro para comprar um armazém, onde pudessem estacionar os carros, depois de serem roubados. Como isso não era possível, eles tiveram de usar uma garagem velha, cheia de coisas antigas, suja, enfim. Quando acabou a limpeza, nesse mesmo dia, começaram os assaltos. No dia seguinte, os carros já estavam na garagem a serem modificados para não serem reconhecidos na estrada. No dia seguinte, os rapazes já tinham um comprador para o carro. Quando saíam da garagem para ir fazer a entrega, a polícia estava ao portão, pois aquele carro tinha um GPS que o localizou. Os dois rapazes foram presos pelo crime que cometeram e juraram que nunca mais faziam outro negócio, pois podiam ser pobres, mas eram felizes. Passado uns anos, depois de terem saído do estabelecimento prisional, eles andavam de porta em porta a pedir esmola, mas, nessa altura, eles eram felizes e a garagem era agora o local onde eles viviam.
Tiago Costa
CONTOS
24
Este trabalho foi desenvolvido nas aulas de Português, pela turma E de oitavo ano, para o projeto eTwinning «A escrever, me dou a conhecer». Todos os textos são originais e as imagens foram retiradas, maioritariamente da Internet do site Pixabay. Como professora da turma, acompanhei e coligi os trabalhos dos alunos até à publicação deste livro. Vila Nova do Campo, 28 de fevereiro de 2017 A professora Lígia Carvalho
CONTOS
25
CONTOS
26