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Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012
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Ano XIII - Número 691 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
Curitiba, 05 de abril de 2012
lona.up.com.br
Índice de aprovação de Dilma aumenta
Wilson Dias / Agência Brasil
Índice aumenta em cinco pontos chegando a 77% de aprovação, este é o maior número desde que Dilma Rousseff chegou a presidência Pág. 3 PÁSCOA
GERAL
OPINIÃO
Neste feriado o destino mais procurado é o interior
Consumidores sem informações sobre os medicamentos com desconto Pág. 4
Lei obriga flexão de gênero colocado no diploma
Pág. 3
Pág. 2
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Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012
Editorial
Ovos semânticos
Março e abril sempre foram meses significativos no calendário europeu. A época marca a entrada do continente na Primavera, estação do renascimento e do retorno vigoroso do sol. Há milhares de anos, povos da região celebram o período, fundamental à sobrevivência, representativo do fim da escassez de alimentos e da redução considerável do frio. Com o cristianismo e a sua chegada como religião predominante aos tempos modernos, a época incorporou-se de novos significados, embora muitos de seus símbolos tenham origem anterior a passagem do “Messias” – cabe aqui ressaltar a dissidência entre católicos e judeus, que não concordam entre si acerca da ideia de filho de deus. A Páscoa é considerada a mais importante festa cristã. Para católicos, é a celebração da ressurreição de Jesus depois da sua morte por crucificação na Sexta-Feira Santa. Para o Judaísmo, a Pessach rememora o êxodo e fuga de seu povo escravizado do Egito, rumo a Terra prometida. E onde entram os coelhinhos brancos e os ovos doces e coloridos? A história remonta à Idade Média e aos povos germânicos. O ovo é associado ao nascimento e o coelho ao seu caráter especial e veloz de reprodução. A partir do século XX, o chocolate passa a integrar a ceia completa de Páscoa, alimento que era considerado pelos gregos como o manjar dos deuses, completando, assim, o ciclo completo de símbolos usurpados do cristianismo, sempre muito apegado ao surrupio da cultura helênica e egípcia. Se a origem da páscoa já é uma miscelânea complexa, não é de duvidar que a revolução industrial e a consolidação do capitalismo tenham trazido conotações ainda menos singelas à data. Fenômeno de consumo, a Páscoa moderna movimenta uma indústria pesada – o que não é de todo ruim, caso você seja ateu e não veja mal nenhum no consumo excessivo de chocolate. Se você é um cristão, talvez prefira menos badalação. E há o feriado. Para descansar um pouco do mundo moderno e se perguntar como coelhos, ovos e ressurreições cabem num mesmo pacote semântico. Opinião
Carta do Leitor
Flexão de gênero não é insignificante Suelen Lorianny
Para tratar questões de gênero em uma sociedade culturalmente machista, é normal não encontrar apoio e pleno entendimento de parte da população. Com isso eu já me acostumei. O que me anima é que nos últimos meses esse assunto quase sempre visto como tempo jogado fora ganhou abertura em debates e visibilidade nas ruas. Dessa vez o que estampa os jornais é a lei que torna obrigatória a flexão de gênero nos diplomas. Advogada, engenheira, professora, médica, arquiteta, corretora. Nada mais de “advogado (a)” ou qualquer outro “A” entre parênteses. Antes, apenas o masculino era o gênero utilizado pelas instituições de ensino para denominar profissão ou graduação. Dizer que é regra da língua portuguesa não é argumento plausível para mim. Quem criou essa regra? Por que permanecer assim? Agora as mulheres podem requerer das instituições outra emissão gratuita dos diplomas, com a devida correção. A lei de autoria da senadora Serys Slhessarenko, sancionada depois de passar pela Câmara e pelo Senado, foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Quando soube da notícia fiquei feliz, acredito que isso é algo digno para nós, mulheres. Finalmente o governo passou a abrir os olhos para as pequenas falhas que reforçam a desigualdade de gênero. São mudanças graduais e, talvez, consideradas pequenas, mas se for necessário caminhar a passos de formiga para desmistificar e desconstruir o machismo impregnado em nós, que assim seja.
Ao ler a matéria sobre o projeto dos livros na edição de ontem (04) do Lona, consegui identificar algo de muito positivo. A oportunidade que os detentos estão recebendo pode ser um grande reforço nos índices de livros lidos por brasileiro, e que vêm decaindo cada vez mais. Como foi apresentado na matéria da pág. 4 sobre a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”. Uma das coisas que fiquei curiosa foi em saber qual seria a posição do detento leitor ou de algum responsável pelo projeto nos presídios, mas foi algo que não presenciei na matéria. Houve uma falta de fontes que seriam muito importantes para termos um amplo conhecimento da situação. Apesar disso gostei da abordagem, foi uma boa pauta. Jessica Rossignol - Aluna do 3ºPeríodo do Curso de Jornalismo
ERRAMOS No último Lona, do dia 4 de abril, a manchete “Projeto de leitura sai do papel após 50 anos” está em conflito com o conteúdo da matéria a que se refere na página 3. O erro é exclusivo da redação, as alunas que produziram a matéria não tiveram nenhuma influência na escolha da manchete. Assim, esclarecemos os fatos e assumimos o erro. O jornal-laboratório é produzido por alunos do curso de jornalismo e está sucetível a erros. Agradeçemos a compreensão.
Expediente Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso | Editorial: Daniel Zanella O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.
Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012
Dilma Rousseff tem 77% aprovação da população
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Presidente da República apresenta índices de aprovação maior do que os de seus antecessores no primeiro ano de governo que a aprovação do governo Dilma, se manteve estável em março. Esse foi o quinto levantamenUma pesquisa divul- to feito desde que Dilma gada na quarta-feira (4) Rousseff chegou ao popelo CNI/Ibope mostrou der, e ela apresenta núme-
Fernando Takizawa Tiago Francisco Pereira Flavio Martins dos Santos
ros superiores ao dos expresidentes Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, dentro do mesmo período de governo. Dilma Rousseff apresenta o maior índice de aprovação pessoal, desde que chegou à presidência, 77%, cinco pontos a mais do que o apresentado no último levantamento que havia sido feito em dezembro. Além
da aprovação pessoal os números mostram que 56% apontam o governo Dilma como ótimo ou bom, sendo mesmo índice de dezembro. O número de reprovação do governo foi de apenas 19% dos entrevistados. O maior índice de aprovação foi na região Nordeste, onde ela alcançou a marca de 82% de aceitação. Os dados mostram que o índice de aprovação é inversamente proporcional a escolaridade dos entrevistados. As áreas que tiveram melhor avaliação foram
as de combate à fome e à pobreza, com 59%, e combate ao desemprego e meio ambiente, ambas com 53%. Com as piores avaliações ficaram os temas como cobrança de impostos, saúde e taxa de juros, com índices de rejeição de 65%, 63% e 55% respectivamente. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o levantamento foi realizado entre 16 e 19 de março, em 142 municípios, entre 2002 eleitores de todas as regiões do país.
Wilson Dias / Agência Brasil
Trânsito aumenta no feriado de Páscoa Interior do Paraná é o destino mais procurado, seguida do litoral Catarinense e o Paranaense Fernando Takizawa Tiago Francisco Pereira Flavio Martins dos Santos
O Trânsito no feriado de Páscoa será intenso para quem quiser sair de Curitiba. De acordo com a URBS (Urbanização de Curitiba S/A) mais de 1,9 mil ônibus são estimados saindo da cidade entre quarta (4) e
sexta-feira (6), causando um aumento de 85% em comparação aos dias normais. O destino mais procurado segundo a URBS é o interior paranaense com 45% de procura seguida do litoral Catarinense com 20%. Em terceiro lugar vem o litoral paranaense com 15% da preferência dos cidadãos. Em seguida temos São
Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Na quinta-feira são estimados 850 ônibus com 29.750 passageiros, intensificando o tráfego no período da noite. Nesta quarta-feira (4) 500 ônibus que levarão 17,5 mil pessoas e na sexta (6) 19,5 mil pessoas viajaram em 550 ônibus segundo a administradora. No mesmo período
do ano passado ocorreram 208 acidentes com 11 vítimas fatais, conta o Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual. Ele também destaca o fato da páscoa coincidir com o feriado de Tiradentes, o que em resultou mais um dia de operação. A Polícia Rodoviária alerta os motoristas para não fazerem ultrapassagens perigosas e não ingerir bebi-
das alcoólicas ao dirigir. De acordo com Solange Dill Oliveira, 40 anos Gerente de Farmácia, que viaja até três vezes por semana para o litoral paranaense a viagem demora cerca de 30 minutos, já nos feriados o trajeto demora de 2 a 4 horas, seja pelo número de veículos ou pelos acidentes.
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Geral
Curitiba, quinta-feira, 05 de abril de 2012
Desinformação nas farmácias prejudica consumidores Atendentes dão informações erradas sobre o programa “Aqui Tem Farmácia Popular” Fernando Takizawa Tiago Francisco Pereira Flavio Martins dos Santos
Os medicamentos genéricos são os mais vendidos pelo programa do governo “Aqui Tem Farmácia Popular”. O programa oferece descontos de até 90%, além de remédios gratuitos para diabetes e hipertensão. No último dia 31 entrou em vigor o reajuste de medicamentos autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo formado por representantes dos ministérios da Saúde, Justiça, Fazenda e Casa Civil. Segundo o presidente da Pró-genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), Odnir Finotti, o reajuste ocorre em três níveis que variam de 2,80% a 5,85% em relação aos genéricos. Isso ocorre porque nos níveis em que há maior participação dos genéricos a concorrência é maior, por exemplo, o Omeprazol (que é utilizado contra gastrite e úlcera), por isso o reajuste pode ser maior. Há ainda um grupo de 8840 medicamentos que sofrerão reajuste de -0,25% como a Ritalina (utilizado para tratamento déficit de aten-
ção). Com o reajuste, uma saída para se pagar menos nos medicamentos, seria usar os benefícios do programa. Entretanto, os consumidores reclamam que não recebem as informações necessárias sobre o programa nas farmácias credenciadas. “Fui comprar Sinvastatina, remédio para reduzir o colesterol, para meu esposo e fraldas geriátricas para minha mãe, mas não fui beneficiada pela Farmácia Popular”, relata Iolanda Zanlorenzi. Para quem necessita de medicamentos de uso contínuo ou que desejam comprar com desconto o programa do governo é uma boa opção, porém, é preciso estar atento às informações que são passadas pelas farmácias. O Lona foi conferir se as farmácias estão orientando os pacientes com as informações certas sobre o programa, comparando com as prestadas pelo Ministério da Saúde que fiscaliza e pune caso existam irregularidades na venda dos medicamentos. O contato foi feito por telefone com seis redes diferentes de farmácia – todas credenciadas do programa Aqui Tem Farmácia Popular – Call Farma, Droga Raia, Farma Total, Minerva, Nissei e Panvel.
Tiago Francisco Pereira
Medicamentos gratuitos da farmácia popular
De acordo com informações do Ministério da Saúde, para receber medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, o cidadão deverá comparecer ao estabelecimento credenciado no Programa Aqui Tem Farmácia Popular, portando CPF próprio, receita médica válida por 120 dias e documento com foto. Droga Raia e Minerva informaram corretamente, as demais informaram de maneira incorreta. Quando questionadas se terceiros podem retirar os medicamentos no lugar do paciente, seja ele incapacitado ou não, todas deram respostas diferentes da apresentada pelo Ministério da Saúde. De acordo com o ministério,
não é obrigatória a presença do paciente, titular da prescrição, laudo ou atestado médico quando se enquadrar nas condições de incapacidade prevista nos termos dos artigos 3° e 4° do Código Civil, desde que comprovada. Nesse caso, a dispensação somente será realizada mediante apresentação dos seguintes documentos: RG, CPF ou certidão de nascimento, do paciente e o mesmo para o representante legal, portador de instrumento público de procuração retirado em cartório. O atendente da farmácia Minerva informou que bastava uma declaração assinada pelo médico que de o paciente é incapaz.
Já na Nissei, a informação foi de que bastava apresentar o CPF do paciente. Na farmácia Call Farma o atendente disse não saber como proceder nesse caso. No caso de paciente menor de idade todas as farmácias passaram informações erradas. Segundo o Ministério da Saúde, o menor de idade portador de CPF poderá adquirir seus medicamentos normalmente. Para menores de idade que não possuírem CPF, pode-se aceitar o CPF do pai ou da mãe, até providenciar um próprio. Neste caso, o responsável legal deverá apresentar identidade civil que comprove a dependência do menor de idade, titular da receita.