Curitiba, quinta-feira, 17 de maio de 2012
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Curitiba, quinta-feira, 17 de maio de 2012
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Ano XIII - Número 717 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
lona.redeteia.com
Brasil é o país com maior número de homicídios contra homossexuais Nos primeiros três meses de 2012, foram assassinados 104 homossexuais, o dobro do ano passado, ou seja, uma morte a cada 21 horas. Ao longo de todo o ano de 2011 ocorreram 266 homicídios Pág. 3
Audiência pública discute liberação de vendas de bebidas em estádios
Colecionadores de carros antigos contam sobre essa paixão e as dificuldades de ter uma relíquia Págs. 4 e 5
GERAL
Ontem aconteceu uma audiência pública para o debate sobre a liberação de vendas de bebidas alcoólicas em estádios durante a Copa 2014
Amanda Lima
ESPECIAL
Pág. 3
Novo modelo de loja vem inovando forma de comprar e vender Pág. 7
COLUNA CQC revela mazelas da política paranaense
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Curitiba, quinta-feira, 17 de maio de 2012
Editorial
Uma luta contra o preconceito O Dia Internacional contra a Homofobia é comemorado todo dia 17 de maio. A escolha da data é pelo fato que em 1990 foi retificada e, em 1992, retirada oficialmente, pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a classificação da homossexualidade como doença. O devido ato resolveu questões graves de abuso contra gays e lésbicas por parte das religiões, governos e familiares, porém mesmo depois de tanto tempo ainda existe um caminho muito grande a ser trilhado contra o preconceito. A imagem ser gay ainda gera, tantos nos héteros como nos homossexuais, barreiras cada vez mais evidentes na sociedade. Os héteros, confusos por causa das imagens desconexas emitidas pelos gays - ora de beleza e superioridade, ora de perversidade - acabam também tomando posições que em certos momentos são favoráveis aos direitos homossexuais e em outros esbarram no discurso homofóbico. Em quase todos os lugares do mundo as pessoas trans, gays, lésbicas e bissexuais enfrentam a violência, o abuso, a violação e os crimes de ódio. Ano passado o Movimento LGBTTTs teve a vitória e o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo pelo STF. Ano passado o governo barrou alguns projetos que foram “homofóbicos” e ao mesmo tempo poderiam diminuir um pouco os atos de homofobia . Entre eles o “Kit Escola Sem Homofobia” que foi vetado pela Presidente e o PLC 122, projeto de lei que vem sendo há muito tempo defendido pelo Movimento LGBTTTs, que têm por objetivo criminalizar a homofobia. O projeto de lei em questão foi para as mãos da senadora de Marta Suplicy (PT), que optou conversar com os setores mais reservados do parlamento e entregou de mãos beijadas o projeto de lei para que a bancada evangélica o destroçasse. Feitos como esses mostram que a barreira feita pela sociedade e pela igreja acaba refletindo na hora da votação de direitos, que previnem racismo, humilhação, fato que os homossexuais lutam há décadas. As lutas contra uma sociedade homofóbica continuam e não devem parar. O dia internacional da homofobia não é só hoje, mas é uma luta diária em busca do reconhecimento e dos direitos que o ser humano deve ter.
Expediente
Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editora-chefe: Suelen Lorianny |Repórter: Vitória Peluso | Pauteira: Renata Pinto| Editorial: Danilo Georgete O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.
Opinião
Quem (ainda) não viu certamente verá Elisa Schneider
Difamação, furto e extorsão. Estes serão os crimes pelos quais quatro homens envolvidos no caso Carolina Dieckmann terão que responder. Depois de ter 36 fotos íntimas divulgadas na internet, a atriz participou de uma entrevista patética para o Jornal Nacional na noite de segunda-feira. Patrícia Poeta se deu ao trabalho de ir pessoalmente conversar com Carolina, que, com ar de dona de casa, parecia ter sido vítima da maior violência do mundo, de um assassinato, um sequestro, uma catástrofe. Vítima de si mesma e com lágrimas nos olhos, ela disse que espera justiça para quem encontrou em seu e-mail as fotos caseiras feitas em momentos de intimidade. Quem deseja que seus segredos não sejam revelados não compartilha informações de maneira tão simples. Acontece que agora é tarde demais e as fotos da atriz estão circulando pela rede, e de graça. É comum o Jornal Nacional ignorar fatos como este e pelo jeito a polícia também. Segundo uma das quatro matérias exibidas pelo JN entre os dias 5 e 14 de maio, os acusados já eram conhecidos pelas autoridades por estarem envolvidos em outros crimes de internet. Entretanto, nenhum deles foi tão interessante quanto este, que colocou na rede imagens que agora são eternas de alguém que não estava disposta a pagar R$ 10 mil para posar nua, mas receber pelo menos uns R$ 100 mil para isso. Quem viu as fotos, que ainda podem ser encontradas, sabe que é coisa de amador mesmo: não têm nada de mais. Mas como a Globo se ofendeu profundamente, as fotos se tornaram muito interessantes e já foram acessadas mais de oito milhões de vezes.
O eleitorado gay e a Casa Branca Aline Reis
O fato de o democrata Barack Obama ser um homem que entrou para a história todo mundo já está careca de saber. Audacioso, Obama assumiu a presidência na fracassada era pós-Bush e num espírito de “sim, nós podemos” conquistou o cargo de homem mais poderoso do mundo e, perspicaz, conseguiu aprovar projetos como o da universalização da saúde. Tentando a reeleição, Obama enfrenta um Partido Republicano conservador com um candidato que tem a simpatia do eleitorado empresarial. Mitt Romney, contudo, peca ao defender a moral de extrema direita. Onde há o pecado de um há a redenção do outro. Obama defende a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Há de se explicar que o termo muito usado pelos colegas de imprensa, “casamento gay”, remete à união de pessoas com cunho religioso, o que nas doutrinas cristãs, predominantes nos Estados Unidos, é algo tido como pecado. Romney, contudo, não se preocupa com a terminologia; ele é contra um e outro. “Sou a favor da união tradicional entre homem e mulher”, disse em entrevista à tevê. Obama, ao contrário, se posicionou favorável à união homoafetiva e conquistou ao menos um eleitor: Bill White. White é diretor de uma consultoria e é homossexual. Doou mais de dois mil dólares à campanha republicana, mas diante da declaração de Romney pediu reembolso e disse que vai apoiar o democrata Barack Obama. A sorte (não) está lançada. Trata-se de uma sociedade mais aberta, trata-se de um jovem presidente em detrimento de uma velha raposa. A crise que assolou os Estados Unidos é a mesma que assolou economias do mundo inteiro. Obama, por mais esperto, não sairá ileso disso, mas é fato que o lado progressista está falando mais alto. Aguardemos a contagem das cédulas e o posicionamento do eleitorado gay para ver quem chega (ou permanece) à Casa Branca.
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Marcha contra homofobia é realizada em Brasília Movimento tem por objetivo combater violência contra gays no país Fernando Takizawa Flávio Martins dos Santos Tiago Francisco Pereira
A Assembleia Geral da Organização Mundial das Nações Unidas (OMS) aprovou no dia 17 de maio de 1990 a retirada do código 302.0 (Homossexualismo) da classificação internacional de doenças. A data se tornou o Dia Internacional de Combate à Homofobia. O Brasil lidera o ranking de assassinatos a homossexuais, com 44% do total de execuções do mundo inteiro em 2011, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGb). Entre as atividades realizadas ontem, a ABGLT (Associação
Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) organizou a III Marcha Nacional Contra Homofobia, em Brasília, com manifestações em frente ao Palácio do Planalto. O evento contou com a presença de várias pessoas afiliadas ao movimento, e a senadora Marta Suplicy (PT-SP) convidou a todos para um seminário no auditório do Senado Federal para discutir o projeto de lei 122, que criminaliza a homofobia.
Crime No ano passado, foram documentados 266 assassinatos de homossexuais no Brasil, um a cada 33 horas. A Bahia lidera a lista, com 28% dos assassinatos, seguida de Pernambuco, com 25%, e São Paulo, 24%. A maioria das vítimas tem menos de 30 anos. Nos três pri-
meiros meses de 2012, foram documentados 104 homicídios contra homossexuais – o dobro do ano passado. Foi uma morte a cada 21 horas, segundo a GGb. O professor Luiz Mott, antropólogo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e fundador do GGB, declara que “tais números representam apenas a ponta de um iceberg de crueldade e sangue. Como o Governo Federal se recusa a construir um banco de dados sobre crimes de ódio contra homossexuais, baseamos tal relatório em notícias de jornal e internet, que com certeza estão longe de cobrir a totalidade desses sinistros” .
Ongs Existem diversas entidades que atuam em favor dos homossexuais, como a LGBT, que foi a primeira organização no Brasil a
receber o título de Utilidade Pública Federal, por decreto presidencial, em 5 de maio de 1997. No Paraná, o Grupo Dignidade é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1992, em Curitiba, que age em atendimento psicológico, serviço social e orientação jurídica. O grupo é afiliado ao Fórum Paranaense de ONG/Aids e participa dos eventos de mobilização e campanhas relativas à aids, como o Dia 1º de Dezembro, o Carnaval e a Vigília de Solidariedade. A área de cultura já realizou diversas exposições de fotografias, artes plásticas, assessorou atores e diretores de teatro e documentários de audiovisual na criação e montagem de produções artísticas e também é parceiro do Centro Paranaense da Cidadania – CEPAC, uma ong
voltada para a promoção da educação e da saúde.
Leis e projetos de lei Lei 14362/2004 veda a discriminação aos portadores do vírus HIV ou a pessoas com aids, e com a lei 16454/2010 fica instituído o Dia Estadual de Combate a Homofobia, a ser promovido, anualmente, no dia 17 de maio. Segundo o movimento, essas leis foram conquistas importantes, mas o projeto de lei que visava Instituir o Sistema de Informações sobre Violência nas Escolas da rede municipal de ensino, e de outras providências, e que seria vital para acabar com a homofobia no país foi vetado pela presidenta Dilma Rousseff. Manchete: Brasil é o país com maior número de homicídios contra homossexuais, segundo a GGB.
Liberação das vendas de bebidas alcoólicas é discutida em audiência pública Audiência sobre liberação das vendas de bebidas alcoólicas nos estádios mostra equilíbrio, segundo o presidente da reunião, Marcelo Rangel Amanda Lima Carolina Pereira
Aconteceu nesta quarta feira, a audiência pública sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014. O deputado estadual Reinhold Stephanes Junior (PSD) e o deputado Leonaldo Paranhos (PSC) apresentaram seus projetos. O debate foi muito equilibrado e dividiu opiniões. O projeto do deputado Stephanes é favorável à venda de
bebidas nos estádios. Segundo ele é um desrespeito com a liberdade das pessoas não permitir a venda, “seria como proibir um jogo de futebol, como sabemos que haverá problema, não deve ser realizado”. Para o deputado não há associação de rixa entre os países como há em um AtleTiba, por exemplo, portanto não há motivo para violência. Já o deputado Paranhos, que tem o projeto contrário à venda de bebida alcoólicas, acredita o contrário: “não dá para associar bebida alcoólica com esporte, é meu ponto de vista”. O deputado ainda diz que o álcool devia
ser banido das famílias e que as cervejarias não terão prejuízos, pois são apenas quatro jogos em Curitiba. O procurador de justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor do Ministério Público, Ciro Expedito Scheraiber, também ocupou a tribuna para representar o Ministério Público e o Conselho Nacional dos procuradores gerais. Segundo o procurador, a bebida alcoólica é um mal que não pode prevalecer em eventos públicos. Expedito diz que o Ministério Público é contrário a liberação e está
trabalhando para que esta não seja aceita. A audiência contou também com o delegado Clovis Galvão Gomes que é contra a liberação. Ele diz que as ocorrências diminuíram com a proibição da bebida e essa liberação pode prejudicar a segurança pública, aumentando a criminalidade. O debate ainda teve uma discussão entre o Presidente na frente Nacional dos Torcedores, João Hermínio Marques e o deputado Paranhos. Após o delegado Clovis afirmar que as estatísticas podem comprovar a diminuição das ocorrências, João Hermínio disse que essas
estatísticas podem ser compradas e devem ser ponderadas. O deputado Paranhos se sentiu ofendido e pediu para João respeitar as instituições públicas do Paraná e provar que essas estatísticas são compradas. O presidente da frente nacional dos torcedores tentou amenizar a situação explicando que não era sua intenção desrespeitar as entidades. O presidente da reunião, deputado Marcelo Rangel, disse para a reportagem que o debate foi muito equilibrado e será levado em conta quando a votação for marcada.
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Paixão por carros antigos Larissa Nichele
Cadillac modelo 75 - tipo presidencial
Ana Flávia Bello Larissa Nichele
necessário conhecer sobre mecânica, afinal, por ser um carro diferente dos novos, não são todas as pessoas que possuem conhecimento de como consertar pequenos detalhes além de que cada carro tem uma peculiaridade diferente, o que dificulta ainda mais a manutenção. Donos de automóveis antigos têm alguns costumes que ajudam na preservação. Mauro Castanha possui 13 veículos em sua coleção e conta que a única coisa que não faz com os carros é sair na chuva. “Quando você sai na chuva a pintura fica prejudicada, todos eles têm garagem coberta, para evitar que peguem chuva e sereno, assim, eles ficam mais
bonitos por mais tempo”. As peças para os veículos mais antigos são feitas por artesãos em mecânica, que fazem serviços de reforma para dar origem a uma peça nova, por isso, elas são tão caras. Alguns itens são fundamentais quando se tem algum automóvel antigo. Existem peças que são importantes de manter no portamalas, como cabo de acelerador, fusíveis, cabo de embreagem, parafusos, porcas e lâmpadas. Essas peças podem ajudar caso o carro dê algum problema quando estiver na rua, afinal, apesar de toda a manutenção, eles nunca estão livres de algum problema inesperado no meio do caminho.
Outros colecionadores de carros do Brasil - OG Pozzoli: sua coleção ultrapassa os 180 carros. Reside em São Paulo (SP) - Roberto Nasser: conta com mais de 200 peças em sua coleção. Reside em Brasília (DF) - Tato Warnich: possui um museu particular e o número total é desconhecido. Reside em São Francisco de Paula (RS) - Enzo Monteiro do Nascimento: Colecionador de marcas, especializado em Mercedes-Benz. Reside em Curitiba (PR) Fonte: Federação Brasileira de Veículos Antigos
Larissa Nichele
O termo “antigomobilista” surgiu para identificar aqueles que apreciam e possuem carros antigos. Não é de hoje que o carro antigo desperta paixão em uma grande quantidade de brasileiros. Mesmo com todos os novos modelos que surgem ao longo dos anos, o charme dos antigos é inigualável. A riqueza de detalhes e a beleza dos carros antigos, seja de marca estrangeira ou nacional, chamam a atenção. Todo mundo já conheceu uma pessoa disposta a adquirir e restaurar um automóvel que marcou época. A cada ano que passa, essa legião de apaixonados aumenta ainda mais e faz com que os veículos deixem de ser apenas automóveis e se tornem preciosidades. Mario Pilato é um colecionador apaixonado! Dono de sete “preciosidades” -- entre o mais velho, um Alfa Romeo/76 e o mais recente, um Fusca/96 -- falta garagem para todos os carros que ele gostaria de ter. Essa paixão começou em 1984, quando tinha 25 anos e adquiriu seu primeiro carro para coleção, um Ford Galaxie/74. Desde então, ao passar dos anos, vendeu e com-
prou diversos carros e hoje cuida dos seus como se fossem filhos. “Enquanto eu estiver vivo não vou me desfazer de nenhum desses carros, é um hobby que sempre tive”, conta. Seu preferido, que possui há 23 anos, é o Ford Galaxie Landau/81, da cor azul marinho. “Já transportei seis noivas, entre sobrinhas e primas, com o Landau. Esse carro agrada a todos, é muito bonito”, orgulha-se o dono. Elisa Asinelli do Nascimento, diretora da Federação Brasileira de Veículos Antigos do Paraná, já nasceu numa família de colecionadores de carros. Há mais de 40 anos que o hobby passa de pai para filho. Hoje, Elisa possui mais de dez carros na sua coleção, mas ainda há vários que pretende adquirir. “Há mais umas três Mercedes que sonho em ter, além do Lamborghini Miura e da Ferrari 250”, afirma. “Quando você passa a ter ferrugem nas suas veias, nunca mais para de comprar, demora um pouco, mas logo que surge uma oportunidade você volta a adquirir mais um. Já cheguei a ter oito carros antigos fazendo parte da minha vida. Ainda tenho vários projetos para fazer, e aos poucos vou realizando, passa a ser um objetivo de vida e vamos buscá-los”, afirma o presidente do Clube Hot Rods, de Curitiba, Vladimir Moro que hoje possui três carros antigos.
Manutenção Ter um carro antigo não é uma tarefa fácil. Por ser um veículo que tem vários anos de uso, ele requer manutenção especial, mais cara e mais difícil do que a dos carros novos. Além da falta de peças para a troca, existem poucas mecânicas especializadas em mexer com carros antigos. Fora isso, também não é possível fazer seguro desses veículos, as seguradoras alegam que automóveis antigos são difíceis de restauração em caso de batidas, além de muito mais caros para qualquer tipo de serviço. A manutenção dos carros antigos precisa ser frequente. Por isso, os antigomobilistas (motoristas ou proprietários de carros antigos) devem sempre ter algum mecânico de confiança. Para ter um veículo desses também é
Mario Pilato com seu carro preferido - Ford Galaxie Landau
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Museu do automóvel Um grupo de pessoas apaixonadas por carros antigos criou o Clube de Automóveis e Antiguidades Mecânicas do Paraná (CAAMP) em 1968 para incentivar a preservação desses automóveis raros. Oito anos depois da criação do CAAMP, foi fundado o Museu do Automóvel, que é hoje um grande acervo de veículos com importância expressiva entre os museus do gênero no país. O acervo conta com mais de 150 veículos que pertenceram aos sócios do Clube de Automóveis e Antiguidades Mecânicas do Paraná. Além de veículos, há também bicicletas, motocicletas
e outras curiosidades mecânicas antigas. Como no espaço cabem apenas 80 veículos, os carros são alternados de tempos em tempos para que todos fiquem expostos. As vagas para os veículos são divididas por categorias, que contam com aproximadamente 20 veículos. Entre os veículos existentes no museu, alguns merecem destaque, como o McLaren M23 doado pela Philip Morris, carro com que Emerson Fitipaldi foi campeão mundial de Fórmula 1 em 1974. Há também o Cadillac Presidencial 1952 e o único modelo Eldorado 1953 existente no país.
Clubes e eventos
Há algumas décadas, o número de associações de aficionados por Serviço carros aumenta gradativamente. Curitiba tem conquistado destaque Endereço por abrigar mais de uma dúzia de Avenida Cândido Hartmann, clubes de colecionadores. São apai2300 (em frente ao Parque xonados por Fords, Pumas, Mavericks, MP Lafers, Mustangs, Fuscas, Barigui) Kombis, entre tantos outros modelos, que se reúnem periodicamente para compartilhar informações Horários Terça a sexta das 14h às 17h sobre o automóvel. As associações também são responsáveis por orgaSábados e domingos das 10h nizar exposições dos modelos. às 12h e das 14h às 17h Em alguns casos, a associação se transforma na extensão da casa do Ingressos: R$5 por pessoa colecionador. O que era para ser um grupo para preservar a memória do modelo e criar uma cadeia de peças e oficinas acabou unindo diversas famílias. Hoje, os encontros são motivo de confraternizações, não só entre os donos, mas também entre as esposas, filhos e amigos. O presidente e participante do grupo Hot Rods, Vladimir Moro, resume essa relação em uma frase: “Nossos filhos merecem crescer num ambien-
te destes”. A rotina de vida do colecionador está bastante ligada à atividade: “Fazemos o que gostamos com pessoas que gostamos e todos com o mesmo hobby. Estamos levando muito a sério nosso papel, basta acompanhar nossos eventos beneficentes e a amizade que reina em nossos encontros de terças, quintas e sábados. É simplesmente maravilhoso comandar esta paixão”, conta Moro. Durante o ano são dezenas de eventos que reúnem inúmeros apaixonados por carros. Os famosos rallies são os que atraem a maior quantidade de participantes. Eles têm como proposta unir os amantes do “antigomobilismo”, que muitas vezes correm com seus familiares e têm estimulado a competitividade no decorrer dos anos, atraindo inclusive navegadores profissionais. Entretanto, o que fica é o objetivo de colocar raridades para andar nas ruas e estradas do país, sob os olhares atenciosos do público.
Próximos Eventos - Paraná 2012
Larissa Nichele
JUNHO 17/06 – 5º Encontro do dia Mundial do Fusca (Ponta Grossa/PR) 24/06 – Dia Mundial do Fusca (Curitiba/PR) AGOSTO 01/08 – 22º Encontro de Veículos Antigos (Pien/PR) 11/08 – Encontro Internacional de Hot Rods (Curitiba/PR) Museu do Automóvel de Curitiba
Coleção de miniaturas A coleção de carros antigos requer um valor financeiro muito alto para ser comprada e mantida, por isso está ao alcance de poucos. Para suprir a vontade de ter uma coleção de veículos, muitas pessoas colecionam carros em miniaturas. A maioria delas tem um local específico na casa para deixar os veículos. É o caso de José Roberto Neto, ele tem cerca de 130 carros que estão em uma estante alta na sala de estar da sua casa. Para ele, essas miniaturas não foram feitas para as crianças brincarem. “As miniaturas são coisas sérias, se você deixa na mão de uma criança ela quebra, não cui-
da e desperdiça todo o tempo e dinheiro que gastamos cuidando disso. Coleção é coisa séria, não é brinquedo.” A maioria das miniaturas de automóveis pode ser comprada pela internet, porém, existem algumas lojas especializadas na venda desses itens. Richard Guedes possui 367 mini veículos em sua casa. Para ele, os carros pequenos são um vício, e sempre que sobra um dinheiro está adquirindo mais. O último deles foi um Cadillac vermelho de 25 cm pelo qual pagou R$ 375,00. O preço médio dos mini automóveis é em torno de R$ 350,00, porém, em alguns
sites da internet é possível comprar itens por até R$ 50,00. Para Guedes, pessoas que compram miniaturas de R$ 50,00 não são verdadeiros colecionadores. “Quem compra miniaturas baratas só quer ter um grande número de carrinhos em casa para ficar mostrando para os outros. Quem é realmente apaixonado por colecionar esses carros não se importa de pagar R$ 200.00, R$ 300,00, desde que venha uma peça única, com especificidades e detalhes maravilhosos, deixando nossa coleção diferente”.
Coleção de Richard Guedes
Ana Flávia Belo
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Política
Sobre microfones e outros mais Não é de hoje que os jornalistas do CQC, da TV Band, dão o que falar. A trupe dos homens (e mulher) de preto pratica um tipo de jornalismo gonzo, mas ao mesmo tempo humorístico num misto de informação e entretenimento. Há dúvidas pungentes acerca da seriedade das pautas do CQC, mas esta semana a vítima foi o ex-vereador tucano João Cláudio Derosso. Questionado acerca dos contratos de prestação de serviço entre a Câmara Municipal e a empresa Oficina da Notícia (que pertence a sua esposa), Derosso não segurou a onda e atirou o microfone do repórter pela janela do quarto andar. Trágico. O cenário político curitibano (e também paranaense) tem se mostrado cada dia mais fechado
em grupos de meia dúzia que há décadas controlam a vida de todo o Estado. É um revezamento feito por raposas felpudas como o ex-vereador. Por mais escândalos que apareçam há sempre aqueles políticos que saem ilesos, sem culpa nenhuma no cartório, o exemplo da vez é o governador (e provável candidato a reeleição) Beto Richa (PSDB). Richa se limitou a declarações de cunho moral sobre o caso Derosso. Coisas do tipo: “teremos que apurar” ou “vamos aguardar as investigações”. Ficar em cima do muro é sempre mais fácil. Posicionarse não faz sentido. É um desgaste desnecessário. A estratégia adotada por Richa foi a mesma usada durante o episódio dos Diários Secretos da Assembleia
Legislativa, no qual diversos políticos se manifestaram, mas Betão, não, este ficou tranquilamente governando a cidademodelo. A cidade-modelo, aliás, sediará um dos pleitos mais direitistas da história da humanidade, com o perdão do exagero. De um lado temos o atual prefeito, Luciano Ducci, aquele tipo de político fantoche que serve o interesse de outros. Ducci é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), que apesar da sigla e do alinhamento político com o governo federal fechou aliança com o PSDB (que também nos ludibria com a sigla) no pleito anterior à prefeitura curitibana. Do outro lado temos Gustavo Fruet, candidato de si mesmo. Cara sem cara. Fruet será
apoiado pelo PT (sim, pelo PT) nessas eleições depois de ter se filiado ao PDT (Brizola deve estar se remexendo na sepultura) por não ter apoio suficiente dentro do PSDB. Fruet é um conservador neoliberal de extrema direita, embora tenha bastante trato na fala e é um bom orador, típico da formação em direito que possui. Fora disso não temos mais nada. Curitiba é uma cidade conservadora, tanto que as próprias instituições políticas não ousaram sair desta linha. Talvez seja porque não tenha dado certo das últimas vezes, com os petistas Vanhoni e Gleisi, talvez seja por almejar voos mais altos, como o governo do Estado contando com o apoio pedetista ou talvez seja
Aline Reis
sccpaline@gmail.com
somente porque Curitiba é a cidade do esquecimento. Nossos jornalistas ganham prêmios por séries sobre irregularidades, nós fazemos protestos e, no próximo outubro, veremos quantos dos que estiveram envolvidos em irregularidades voltarão a legislar sobre nossas vidas.
Esporte
Final da Uefa Champions League Neste sábado, o mundo do futebol concentra todas as atenções na final da Uefa Champions League (UCL). O alemão Bayern de Munique tem uma rara vantagem de jogar em casa, já que em sorteio definido antes do início do torneio a Allianz Arena, estádio do Bayern, foi escolhida para sediar a final. O último time a disputar uma final em seu estádio foi a Roma de 1983/1984, que acabou sendo derrotada pelo Liverpool. Já o último campeão jogando em casa foi a Inter de Milão, na temporada 1964/1965. O confronto entre Bayern de Munique e Chelsea é o menos esperado por torcedores e especialistas, afinal, os times eliminaram os grandes favoritos Real Madrid e Barcelona, respectivamente. A parte negativa dessa final serão os
desfalques por parte das duas equipes. Pelos donos da casa, estão fora: Alaba, Badstuber e Luiz Gustavo. Já pelo time de Londres, os desfalques são: Raul Meireles, Ivanovic, Terry e o brasileiro Ramires. Nas últimas partidas, e principalmente nos dois jogos decisivos contra o poderoso Barcelona, Ramires foi peça fundamental do técnico Roberto Di Matteo, e fará muita falta nesta final. Aliás, o técnico Di Matteo está há mais tempo no cargo do que imaginávamos. O italiano entrou no lugar do badalado André Villas-Boas para ‘’tapar buraco’’, assumiu a bronca no confronto contra o Napoli nas oitavas-de-final, e conseguiu levar o time até essa final de UCL. Além disso, o Chelsea sob o comando de Di Matteo foi campeão da FA Cup
em cima do Liverpool, que agora tem a conquista da FA Cup como jogador e treinador. O Bayern luta pelo seu quinto título continental, enquanto o Chelsea ainda busca a primeira conquista. A equipe inglesa chegou à final apenas uma vez, na temporada 2007/2008, quando acabou derrotada pelo rival Manchester United, nos pênaltis. Naquela ocasião, o capitão Terry teve a chance de fazer o time campeão, mas acabou escorregando e perdendo a cobrança decisiva. Dessa vez, Terry não entrará em campo, pois foi expulso no último jogo contra o Barcelona, quando agrediu o chileno Alexis Sanchés. O fator casa da uma ligeira vantagem à equipe alemã, mas a massacrante derrota
Rodolpho Roncaglio
rodolphoroncaglio@gmail.com
por 5 a 2 para o Borussia Dortmund na final da Copa da Alemanha deixou os torcedores com um pé atrás. Do outro lado, o Chelsea já mostrou em várias fases do torneio que é um time de superação, e tem chances de conquistar a taça.
Geral
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Um novo conceito para comprar e vender O modelo está caindo no gosto dos curitibanos pelo mix de produtos e porque a cada compra o consumidor ajuda suas marcas favoritas a manterem-se na loja Fernando Takizawa Flávio Martins dos Santos Thiago Pereira
O lugar é uma loja onde se pode encontrar muita variedade, de produtos e marcas. Lá encontrar se de produtos de papelaria a joias. É quase um mini shopping, onde qualquer pessoa pode alugar espaços em caixas, de diferentes tamanhos e preços; lá, o locatário pode vender o que quiser, com exceção do que tem legislação própria, como cigarro, bebida e animal. É uma loja feita pelas ideias de quem vende e pelas escolhas de quem compra. A ideia foi trazer o conceito da web 2.0 para o mundo físico. É assim que são as lojas colaborativas. Para alugar um espaço, não é preciso ter CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). O modelo é feito justamente para pessoa física. Basta criar uma marca e cadastrar-se no site na lista de espera da loja desejada. O consumidor é quem decide se a marca continua, ou não, na loja. Funciona as-
sim: uma vez na loja, a marca tem que bater uma meta de vendas. Essa meta, na Endossa CWB, é uma vez o valor do aluguel. Por exemplo, se uma pessoa aluga uma caixa pequena, que é chamada de Caixa Small - e custa R$ 140,00 – ela tem que vender Caixas com produtos diversos na Endossa loja colaborativa pelo menos R$ 140,00, por querem um lugar para ven- que as vendas na loja física período, que consiste em 28 dê-los, ou ainda pessoas que são muito maiores do que dias, para se manter na loja. vendem roupas usadas como na virtual e diz ainda estar “Ela tem a chance de três em um brechó. Além do alu- muito surpresa com a aceiperíodos; se durante três pe- guel, também é descontado tação dos seus produtos pelo ríodos consecutivos ela não o valor do ICMS e das taxas público. “Está muito boa, bater a meta, terá que sair, de cartão. Por conta do mo- muito melhor do que eu essignifica que o consumidor delo de negócio, as compras perava”. Para Paula, esse final não endossou a marca não podem ser parceladas. modelo de negócio repredela”, explica a sócia pro- O mix de produtos também senta uma excelente oporprietária da Endossa CWB traz uma grande variedade tunidade de tornar a marca Nathalia Anring, que hoje é no perfil dos consumidores. conhecida, o que no futuro Em um dos vários espa- pode possibilitar a abertura única loja desse formato em ços da Endossa está a “Pen- de uma loja própria. Curitiba. Os consumidores também Segundo Nathalia, o per- teadeira Rosa”, uma marca fil das pessoas que procuram de acessórios femininos que estão aprovando a nova moa Endossa para vender seus é de Paula Yoshie Sanefuji dalidade de loja. Para Maria produtos é bem variado. A Werner, 22. Ela está com a Luíza Bordin a loja é muito loja tem desde estudantes sua marca na loja há pouco interessante porque ela enque acabaram de se formar mais de dois meses e conhe- contra produtos que não se e querem começar sua pró- ceu através de uma amiga veem nas lojas convenciopria marca, mais não têm di- que já tinha uma marca. Os nais. “O que mais me atrai nheiro para abrir uma loja, acessórios também podem é que tem muitos produtos por causa do custo que é ser encontrados em sua loja de estilo alternativo, e são muito elevado, até senhoras virtual: www.penteadeira- peças um tanto exclusivas”, que fazem seus cachecóis e rosa.com.br. Paula conta afirma Maria Luíza. “Além
Divulgação
disso, é muito legal saber que o que consumimos acaba ajudando essas pessoas que estão começando a se manter na loja”, complementa. A Endossa Curitiba ainda tem uma galeria de arte que fica no 3º andar da loja. A ideia da galeria é praticamente a mesma da loja. Não é cobrado para o artista expor seu trabalho, e sim, uma porcentagem sobre o que for vendido. Nathalia diz que a intenção é ajudar as pessoas que estão começando, visto que para se expor em uma galeria, hoje em dia, é muito caro. Entre os próximos projetos da loja estão um café, que é um pedido recorrente dos clientes, e um estúdio de tatuagem, que será colocado no 3º andar, junto com a galeria de arte.
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Um comunicador de alma e coração Curitiba, quinta-feira, 17 de maio de 2012
Arquivo Pessoal
Moisés Dagoberto Machinsky, uma pessoa cheia de luz com experiências e valores que fazem brilhar os olhos de quem merece enxergar
Marjori Von Jelita
Moisés Dagoberto Machinsky é o nome de um dos comunicadores mais carismáticos, éticos e humanos que conheci até hoje. E olha que todas estas primeiras impressões tive apenas pelo telefone.
Meu tempo de estagiária na CBN acabou, porém logo adicionei este “bacana” no meu facebook para manter contato e a primeira oportunidade que me surgiu de conhecer melhor esta pessoa fantástica, eu agarrei: precisava fazer um texto de perfil e logo pensei no meu querido amigo Moisés Machinsky. Como já disse, até então não o conhecia pessoalmente. Fiz uma seleção de perguntas e mandei para ele responder por e-mail. Mas como não conseguiria escrever sem conhecê-lo de verdade, marquei um encontro na rádio trânsito, onde ele trabalha. Realmente ele é o que eu já imaginava. Me deixou super à vontade e, enquanto eu fazia algumas
homem”, garante. Da infância falou do seu déficit de atenção que contribuiu e muito para que Moisés desistisse da escola. “A escola para mim era um inferno, ninguém sabia o que eu tinha naquela época. Era chamado de aluno burro ou aluno problema.” Mesmo tendo parado de estudar, não deixou para trás uma de suas grandes paixões, a literatura. Gosta de ler principalmente biografias de personagens que fizeram diferença na história. Enquanto fazia a entrevista, percebi um livro grosso que na capa estampava a foto de João Goulart – presidente do Brasil de 1961 a 1964 - perguntei então se estava lendo e qual política ele adotava, de esquerda ou de direita. Ao ouvir a resposta descobri que Moisés Machinsky pode dar aulas sobre política. Falou de uma maneira muito clara sobre a corrente de direita e assumiu que é a vertente que adota. Para ele, o Brasil acomodado é um Brasil de esquerda: “A esquerda espera, a direita corre atrás”, afirmou convicto. Não podia escrever as paixões desse comunicador sem citar a sua moto que, segundo ele, é como se fosse um casamento – entre ele e a moto. O amor pelas duas rodas é tão grande que já abriu mão de outros bens para tê-la. Perguntei então, Moisés Machinsky por Moisés Machinsky, ele respondeu: - É uma pessoa com um milhão de defeitos, mas também um visionário e que tenta deixar esse mundo um pouco melhor do que aquele que ele encontrou... Arquivo Pessoal
Estava fazendo estágio na rádio CBN e tinha que fazer a ronda diária. A minha ligação predileta e mais animada era, sem dúvida, para a rádio trânsito, onde o Moisés sempre me atendia com muito bom humor para passar os boletins atualizados das condições das vias públicas. Em outros lugares que eu ligava para fazer a ronda, as ligações eram sempre recheadas de mau humor.
perguntas sobre sua vida, ele atendia aos telefonemas – repassando boletins atualizados para vários veículos de comunicação. Este aquariano nascido em 6 de fevereiro de 1967, filho de João Dagoberto Machinsky e Anna Maria de Oliveira Machinsky, tem na veia algo que adquiriu brilhantemente com a prática e o dom. O simples - e para muitos o complexo - talento de se comunicar. Com apenas o segundo grau completo, nenhum tipo de especialização, tem um currículo de invejar muito jornalista formado. Moisés Machinsky começou sua carreira em 1992 na antiga rádio Estação da Luz, atual Banda B. Esta emissora ficará eternizada em seu coração por ter sido o primeiro lugar que lhe deu uma oportunidade para falar ao microfone. Depois disso não parou mais de trabalhar. Passou pelos principais meios de comunicação, entre eles a TV Bandeirantes, Rádio Paraná, CBN, Sport TV, entre muitos outros. Em todos os lugares, sempre procurou se enriquecer de boas amizades e deixa bem claro a importância que delega para o bom relacionamento profissional. Enquanto eu o entrevistava, a cada espaço de tempo Machinsky citava frases de grandes filósofos e pensadores. Fez uma citação de um autor de que gosta muito e que vem ao encontro dos seus próprios valores profissionais. “No meio você nunca é dono da verdade. Todos acabam pensando melhor que um”. Moisés Machinsky é conhecido no meio como um olheiro de novos talentos, um de seus “pupilos” foi Nadja Mauad, que na época era estagiária na CBN. Ele a descobriu e viu ali um grande potencial. Deu toques profissionais e, com algumas indicações e esforço pessoal da própria jornalista, ela voou longe e hoje está à frente do Globo Esporte Paraná. Nosso personagem diz identificar de longe talentos natos. “O Moisés foi e é para mim um professor, não só de carreira, mas também da vida”, diz Nadja. Até hoje, depois de algumas reportagens irem ao ar, Machinsky liga e sempre faz algumas observações, tanto positivas quanto negativas. Quando entrei no assunto de família e infância, ele não fez questão de dar muitos detalhes, apenas falou do filho que hoje tem 20 anos, do amor e do orgulho que sente por ele. “Uma das minhas maiores emoções é poder ter visto meu filho crescer e se transformar em um bom