LONA 736 - 15/06/2012

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Curitiba, sexta-feira, 15 de junho de 2012

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Ano XIII - Número 736 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo

O protesto contra a precarização do ensino superior teve início às 9h de ontem e teve passeata da Santos Andrade até Boca Maldita, na Rua XV. A passeata seguiu até a rua Amintas de Barros, entrando na reitoria. Estavam presentes cerca de 200 estudantes. Pág. 3

Estudantes apoiam paralisação dos professores da UFPR, UTFPR e IFPR COLUNA

CULTURA

GUIA

O idealizador da música de estourar os tímpanos: Phil Spector

Orquestra Sinfônica do Paraná e o Balé Teatro Guaíra fazem nova apresentação juntos

Com tema de amor saiba o que irá acontecer nos teatros neste final de semana

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Curitiba, sexta-feira, 15 de junho de 2012

Para falar novamente

Editorial

Na próxima segunda-feira irão se completar três anos da não obrigatoriedade do diploma. Justo, válido ou necessário, não importa, o assunto já batido traz a reflexão toda vez que é posto em discussão. Receber o diploma é um direito de cada estudante universitário. Talvez muitos jornalistas exerçam sua função há anos sem um diploma, e, talvez, muito melhor que tantos outros diplomados. Mas como disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, Marcio Rodrigues, isso é um desrespeito com os profissionais e uma falta de consideração com quem dispõe quatro anos em uma universidade. Um dos argumentos para a não diplomação do curso também é questionável: todo cidadão possui o direito a liberdade de expressão, isso não pode se limitar apenas aos jornalistas. Não faz sentido. Três anos de muito debate e luta da classe. A liberdade de expressão de cada pessoa não depende do nosso diploma, depende muito mais da atitude de cidadão, que ao se expressar vai cumprir seu papel na sociedade. A sociedade precisa e tem direito à informação ética, de qualidade e democrática. Informação esta que depende, também, de uma prática profissional igualmente qualificada e baseada em preceitos éticos e democráticos. E uma das formas de se preparar e se formar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em jornalismo. Que esse assunto seja tema de conversas mais e mais vezes. Vamos falar novamente até que se torne absurda essa situação. A discussão vai além da obrigatoriedade de um diploma, os questionamentos devem ir a fundo e a reflexão quanto à liberdade de expressão deve ser feita. Enquanto jornalistas, o nosso desafio também é comunicar sobre comunicação. É fazer o leitor questionar seus direitos através de uma informação clara e objetiva.

Opinião

Dilema de três faces Maximilian Rox

Ferreira Gullar escreveu o seguinte na abertura de seu poema “Nova concepção de morte”: “Como ia morrer, foi-lhe dado o aviso / na carne, como sempre ocorre aos seres vivos; / um aviso, um sinal, que não Ihe veio de fora, / mas do fundo do corpo, onde a morte mora”. E após o momento fatídico, é a fé quem nos diz o que se procede a esse evento tão intrigante ao ser humano. Qual seja a crença, restarão as saudades. Mas quando esse aviso não chega do desgaste natural a que estamos fadados, dói-se mais ainda para acreditar. Cercamo-nos da culpa, do ressentimento inevitável de ter impedir o acontecimento. Talvez atribuímos culpados a seus respectivos acontecimentos, mas os grãos de areia já atravessaram para o outro lado da ampulheta fixa do tempo. E rezamos para que não nos cheguem mais notícias assim – mas se elas existem, cá estão os jornalistas para contá-las. Palavras enxutas dentro de um espaço de jornal ou ditas ao tempo cronometrado de um noticiário: registro formal, compromissado com a verdade, profissional. Talvez vire números, estatísticas; talvez vire histórias, relatos. Mas existiu. Porquanto registrados estarão, em minha memória, os poucos momentos que presenciei ao lado de uma estimada pessoa - pai de meus primos, encantador por seu carisma. José Ari Callaça, que encontrou seu aviso gullariano no acidente da BR-277, próximo a Laranjeiras do Sul, na madrugada de terça-feira.

Rio +20: Futuro sustentável?

Camila Cassins

O momento no qual a Rio +20, está ocorrendo parece não ser tão propício como há vinte anos, na ocasião da Rio-92. O objetivo de conciliar crescimento populacional, escassez de recursos naturais e progresso econômico ,a cada ano se torna mais similar à utopia do que ao desafio. A população mundial, que era de aproximadamente cinco bilhões de pessoas em 1992, já superou os sete bilhões neste ano. Mediante este quadro, pode-se fazer uma analogia com a lei da oferta e da demanda, usada por economistas: quanto mais habitantes no nosso planeta, menor será a disponibilidade dos recursos naturais que ele oferece. Isso afeta o progresso econômico, caso não sejam desenvolvidos recursos alternativos e atrativos o suficiente em relação aos naturais. Cabe aqui salientar os impactos da crise econômica europeia nos debates a serem feitos na Conferência Rio +20. Muito embora os países antes considerados periféricos nas negociações da Rio-92 agora estejam encabeçando mudanças sustentáveis, a participação europeia na nova reunião é decisiva. A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recentemente salientou que essa participação era feita por meio de investimentos em sustentabilidade e proteção ao meio ambiente. A crise, portanto, refreou o impulso para projetos de curto prazo discutidos na Conferência. Apesar do momento desfavorável à fixação de novos acordos entre os negociantes, novas soluções precisam ser encontradas para tornar econômica e ambientalmente sustentável o futuro do nosso planeta.

Expediente Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editora-chefe: Suelen Lorianny |Repórter: Vitória Peluso | Pauteira: Renata Silva Pinto| Editorial: Redação l.ona O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.


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Estudantes e professores universitários fazem manifestação no centro de Curitiba Cerca de 200 estudantes e docentes caminharam pelas ruas do centro em protesto à precarização do ensino superior Daniel Martini Marcela Andressa Pamela Castilho

Quem passou pela rua XV de novembro na manhã de ontem (14) encontrou uma movimentação incomum devido a uma manifestação de professores e estudantes de universidades públicas. A paralisação teve início às 9 da manhã em frente ao prédio histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade. Os manifestantes andaram até a Boca Maldita, na rua XV de novembro e seguiram até a rua Amintas de Barro, onde adentraram o campus da universidade, seguindo até a reitoria. No início do protesto, foram soltos balões de gás hélio que representavam, segundo os manifestantes, recados para a Presidente Dilma Rousseff chegando até Brasília. Os estudantes carregavam um caixão, enquanto tocavam uma marcha fúnebre. O caixão continha um capelo (chapéu usado em colações de grau) e um diploma. A marcha representou o início do apoio dos estudantes à paralisação dos professores, que já se estende há 29 dias. Entre os manifestantes, estavam alunos e docentes da Universidade

Federal do Paraná (UFPR), centro acadêmico Matheus Universidade Tecnológica Landoski. “Há quarenta do Paraná (UTFPR) e do anos, 20% do ensino supeInstituto Federal do Paraná rior do Brasil era privado. (IFPR). Ao longo da cami- Hoje, esse número se invernhada, os grevistas grita- teu, e corresponde ao envam, em coro, várias exi- sino superior público”, diz gências. “Educação como Landoski. direito público e não como O professor de Enfermercadoria!” era uma de- magem Paulo de Oliveira las. Perna afirma que a princiEntre as reivindicações pal reivindicação nacional estudantis estão o aumento dos docentes é a restrutuda quantidade e do valor das ração da carreira. Já em bolsas, acesso gratuito aos plano regional, Paulo de cursos de línguas do Centro Oliveira afirma que o estade línguas e Interculturali- belecimento de no máximo dade (CELIN) para todos 12 horas de aulas semanais os estudantes e o aumento e melhorias nas condições do acervo de livros e dados para pesquisa. As demais reivindicações podem ser lidas no blog do movimento (http://comandoufpr.wordpress.com/). “A nossa principal luta é contra a precarização do ensino superior. Somos contra a presença do privado no ensino público, porque essa é uma função do governo.”, diz o estudante de psicologia e membro do Professores universitários estao em greve há 29 dias

mínimas de ensino são as principais exigências. “Na manhã de quarta-feira, em Brasília, o governo pediu uma trégua de 20 dias na nossa paralisação, dizendo que dentro desse prazo teria uma nova reunião para atender as reivindicações. Nós não aceitamos porque já sabíamos que as nossas exigências não seriam atendidas nessas condições, por isso continuamos em greve.”, afirma o professor. Segundo o técnico administrativo Bernardo Pilotto, não há previsão para o fim da paralisação. “A greve só

vai acabar quando formos ouvidos”, afirma. Os técnicos administrativos exigem uma reposição salarial de 22,8%. “O nosso salário deve aumentar de acordo com a inflação, como ocorre com o ensino privado. Isso não está acontecendo”, diz Pilotto. Ao todo, 51 instituições federais estão paralisadas no país. Na manifestação de ontem, compareceram aproximadamente 200 pessoas. A pauta com todas as exigências do corpo docente pode ser conferida no site greveufpr.org.


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PERFIL

Nina, a menina

Mila Bastos

Meu nome é Antonina. Para os mais íntimos, Nina. Eu nasci no dia 12 de setembro de 1714, mas já estava na barriga da minha mãe desde 1648. Tenho 298 anos. Apesar de toda a experiência, ainda sou uma menina. Meu pai era o Sargento-Mor Manoel do Vale Porto. Ele me batizou com o nome da minha mãe, Nossa Senhora do Pilar da Graciosa. Mas em 1797, eu tive autonomia para me cuidar sozinha e por isso, comemoro meu aniversário no dia 6 de novembro. A partir deste ano, também fui reconhecida e passei a me chamar Antonina, em homenagem ao Príncipe da Beira Dom Antô-

nio de Portugal. Eu moro no litoral do Paraná, a 90 km de Curitiba e a 50 km de Paranaguá. Para chegar até mim, você pode viajar pela BR-277, que corta a Serra do Mar, ou pela bela paisagem da estrada da Graciosa, ou até mesmo pelo Porto Barão de Tefé, que já chegou a ser o quarto maior porto do Brasil, no início do século passado, quando a erva mate teve seu apogeu no Paraná. Ah, também é possível me encontrar através da ferrovia, recentemente reativada, mas por enquanto, apenas para transporte de cargas. O que eu espero que mude, pois sinto tanta saudade de receber turistas, na minha antiga estação ferroviária. Minha mãe faz aniversário no dia 15 de agosto, e nesse dia, todos os anos, recebemos fiéis que rezam por ela, desde o seu nascimento. Nessa recepção, comemoramos o dia dela

com uma linda festa em casa. Em um palco, montado na rua principal da cidade, tem shows de cunho religioso, nas ruas barraquinhas que vendem roupas, brinquedos e comidas, e ainda um parque de diversões para as crianças. É uma comemoração e tanto! E eu fico muito feliz e me arrumo muito nesse dia, com a ajuda do meu padrinho Carlos Eduardo Machado, mais conhecido como Canduca. É ele que cuida de mim desde 2009. Eu tenho um ótimo humor e temperamento muito equilibrado. No mês de junho, quando as folhas do outono já estão caídas, e o inverno está quase dando as caras, recebo inúmeros veículos antigos e especiais, que se encontram para uma exposição. Muitos turistas vêm conferir esse encontro. No inverno, sou bem tranquila. O que me movimenta, nesta estação do ano, é o Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O evento que sempre é realizado no mês de julho, em 2012, completa 22 anos. E em todas as edições, eu fico toda agitada. Muitos estudantes vêm me visitar, prestigiar as atrações, que são diversas, como cursos, oficinas, exposições, espetáculos e shows. Todos se mobilizam para que a cidade fique mais bonita. O clima de inverno fica bem mais agradável junto com tanta cultura. Já no verão, sou super alegre. Aos finais de semana, a casa fica cheia. É muita gente querendo saborear as minhas comidinhas. No cardápio estão: barreado, siri, peixe, camarão, caranguejo, etc. Quem quiser provar tem que aguardar na fila de espera, pois meus restaurantes ficam lotados. Mas, no verão deste ano, tive uma febre de quase quarenta graus. Foi a

temperatura mais alta de todo o estado do Paraná. No início de 2011, eu passei por alguns problemas de humor. Fiquei um pouco bipolar. Choveu excessivamente, morros desabaram, pontes caíram. Meus 18.891 filhos, que são chamados de antoninenses ou capelistas, sofreram muito, ficaram desabrigados e muito preocupados comigo e com o nosso destino. A tragédia teve repercussão nacional. Eu entrei em estado de calamidade pública. E depois de um ano que isso aconteceu, ainda não me recuperei totalmente do estrago. Os morros permanecem destruídos e têm pessoas desabrigadas, que aguardam a construção de casas novas. Eu nunca tinha passado por uma situação como essa. Foi extremamente difícil. Aconteceu logo após o Carnaval. Eu, meus filhos e visitantes estávamos extremamente felizes. Era um clima de festa, harmonia e agito. O Carnaval é a única época do ano em que eu me mostro de verdade. Deixo transparecer quem eu sou. Minha personalidade fica evidente. Minha alegria contagia as pessoas. Coloco à mostra até as minhas tatuagens. Tenho personagens desenhados por todo o meu corpo. Estão juntos de mim há anos e já fazem parte da minha identidade. De um lado do braço tem a freira, no outro a bailarina. Nas costas está escrito “Respeite as velhas, como as novas”. É essa a minha essência. Essas são as minhas figuras. Além disso, no meu Carnaval, também conhecido como o melhor do Paraná, há toda uma magia envolvida. A folia acontece na rua. Baile público, blocos carnavalescos, escolas de samba e o tradicional concurso das escandalosas. Esta é uma competição entre os homens. É o dia em que eles se realizam e se vestem de mulher. Pelas ruas, você encontra uma fantasia mais engraçada que a outra. Mas não é só isso, eles também incorporam a feminilidade, se

tornam delicados, sensuais e atraentes. Enquanto isso, as mulheres se reúnem em grupos e se fantasiam para saírem em blocos particulares. A cada passo é uma novidade. E a cada ano é uma grande expectativa conseguir elaborar a fantasia mais inusitada. As escolas de samba e os blocos carnavalescos envolvem os meus antoninenses. Meus filhos têm uma paixão tão grande por essas organizações, que trabalham nisso o ano inteiro. Aguardam ansiosamente pela chegada do carnaval, e mais especificamente, pelo momento dos desfiles na Avenida do Samba. Hoje, são seis escolas que brilham na rua Dr. Carlos Gomes da Costa. A Escola de Samba Filhos da Capela, a Escola de Samba do Batel, a Leões de Ouro da Caixa D’água, a Batuqueiros do Samba e a Brinca pra não chorar. Elas não competem mais por premiação e colocação. O único intuito é a diversão e a tradição da comunidade em se esforçar para realizar os desfiles e escutar o povo cantar os sambas-enredos com toda a alegria dos antoninenses. O bloco mais conhecido é o do Boi Barroso. Não há nenhum filho meu, que quando criança não tenha desfilado nesse bloco. Faz parte de mim, tradição familiar. Após o Carnaval, eu descanso até abril. Para repor minhas energias e a casa encher de novo no feriado de Páscoa. Nessa data, minhas ruas ficam repletas de pessoas novamente. A cidade se movimenta para a encenação da paixão de Cristo. E é dessa forma que eu gosto. Sempre ter a casa cheia para mim é uma satisfação. Além dos meus filhos, os turistas completam a minha vida. A presença deles me fotografando e admirando contribuem para a minha felicidade. Adoro recebê-los e poder contar e mostrar mais da minha história. Quando puder, venha você também comer um barreado comigo!


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PERFIL

Entre tons e batons Priscila Pacheco

Março de 1978, Teatro Universitário da Canção (TUC), Curitiba, Paraná: nascia o Grupo Nymphas. As jovens cantoras, que se definiam como garotas “bossa nova, barra limpa e papo firme”, trajavam kaftans feitas de tecido de fralda e tingidas caseiramente na cor rosa com efeitos de manchas, além dos pés descalços sobre o palco o que, com o frio de Curitiba, foi sendo substituído por alpargatas coloridas. Neste período, o Brasil começava a reconquistar a liberdade de expressão confiscada pelo poder político dos anos anteriores, resquícios evidentes da ditadura militar no país. Os ditos padrões morais, religiosos e de comportamento começavam aos poucos a sofrer transformações, mas ainda havia certo rigor que era transmitido e cobrado, principalmente das mulheres. Em meio a todas essas complicações a carreira das Nymphas começava a decolar, logo no primeiro show o público lotou as poltronas do TUC para assistir ao espetáculo de quem, anos depois, viria a se tornar o mais influente grupo musical feminino do Paraná. Pioneiras na confraria musical integrada por mulheres no estado, o Grupo Nymphas é composto por Rosa Maria Michels Fontoura, Carminha (Carmen Bekker da Silveira), Tina (Critina Soto de Bekker), Soraya Tuma, Miroko (Mirian Lau), Rosa Lídia Franco Ploner, Cris (Cristina Lemos) e Mara (Maria Yvete Fontoura). Esta formação musical teve altos e baixos, entra e sai, mas atualmente o grupo se mantém com as mesmas integrantes da origem e ainda acolhe uma nova voz, a

mascote Juliana Fontoura. Após o primeiro show, o grupo passou a ser convidado diversas vezes a novas apresentações pela cidade. Este fato que fez as meninas partirem para um segundo show mais elaborado chamado “Natureza em Festa”, a primeira sessão foi no teatro da Universidade Católica do Paraná. Foi o pontapé para uma série de compromissos que estavam por vir, as jovens fizeram turnês, espetáculos tragicômicos mesclando música e teatro, circularam por todos os palcos da cidade e do estado, conquistando novos fãs por onde passavam e mostrando que vieram para ficar. O Grupo Nymphas já comemorava dois anos e aos poucos amadurecia a ideia de realizar seu primeiro registro fonográfico. Entre umas economias guardadas dali, uma vaquinha daqui outra acolá as meninas, partiram para a gravação de um compacto simples. Intitulado “Chorinho e Desconsolo”, o disco teve arranjos feitos gratuitamente pelo maestro Fernando Montanari, assim como o trabalho dos músicos e do estúdio de gravação. Todos queriam ver o “grupo das meninas” crescer, e isso é uma das características que contribuiu para o sucesso e para que o grupo exista até os dias de hoje: a colaboração dos amigos e admiradores. Depois que descobriram o caminho das pedras, elas não pararam mais. Sua discografia é composta por “Chorinho e Desconsolo” (o primeiro compacto simples, gravado em 1980), os LP’s “Grupo Nymphas” (1982), “Tons e Batons” (1984), “Nosso Jardim” (1993) e os cd’s “Lua Brasileira” (1995) e “Consonância” (2006). Além das músicas remasterizadas para o livro em comemoração aos 30 anos do Grupo Nymphas, publicado em 2006. Mas como nem tudo são flores, o caminho das pedras não era

tão simples assim, pois na época pouco se discutia políticas públicas de patrocínio à cultura no Brasil. Para conseguir dinheiro para seus projetos as Nymphas batiam de porta em porta em empresas locais. Com uma proposta embaixo do braço e um sorriso no rosto, as meninas foram, aos poucos, conquistando fiéis apoiadores para a realização dos seus discos. Nesta altura, as roupas feitas de tecido de fralda já pertenciam ao passado, elas passaram a adotar um visual padrão, escolhendo os chamados “uniformes” a cada show. Neste repertório de moda as cantoras passearam por: vestidos feitos com panos de cortina brancos com flores, vestidos indianos comprados por elas em viagem ao Paraguai, calças e camisas da mesma cor, entre outros. As roupas eram padronizadas, mas cada qual com seu modelo exclusivo, assim como era exclusiva cada voz do grupo. Paralelamente ao surgimento das Nymphas, muitos artistas locais nasciam e explodiam no cenário musical. Esta mesma geração registra cantores, grupos musicais e compositores que foram fundamentais na cultura do Paraná, como: Os metralhas, Grupo Blindagem, A Chave, Tatára, Fernando Vieira, Paulo Chaves, Carlos Careqa, Reinaldo Godinho, Lápis, Lydio Roberto, entre outros. Com tantos músicos bons na cidade fria, as meninas optaram em se dedicar a um repertório com músicas de paranaenses, ousando partir para o cenário da MPB nacional somente após alguns anos de estrada musical. O reconhecimento das jovens Nymphas era tanto, que chegaram a dividir palco com nomes influentes do movimento MPB do Brasil, como o grupo MPB4, considerados como padrinhos do grupo feminino, e também o conjunto musical Boca Livre.

Liderança Todo grupo sempre tem “um cabeça”, no caso das Nymphas a pessoa que representa esta figura é a soprano Mara, referenciada pelas outras integrantes como a ‘Big Boss’. Nosso encontro aconteceu em um típico dia curitibano, daqueles dias de frio que fez o grupo que cantava descalço aderir às alpargatas. O céu estava cinza e gotas finas de água caiam molhando as ruas. Mara me recebeu no prédio da produtora cultural Gramofone, em que é sócia juntamente ao amigo Álvaro Ramos. Conversamos em seu escritório de trabalho; sua mesa é grande, recheada de papéis, livros, cds, projetos e diversas anotações. Nesta mesa já foram idealizados muitos projetos culturais que aconteceram em Curitiba, inclusive projetos do próprio Grupo Nymphas. Maria Yvete Fontoura, a Mara, é uma articuladora cultural nata e sua escola foi a labuta diária para fazer das Nymphas a referência musical que são para o Paraná. Na mesa ao lado, uma funcionária da produtora lacrava diversos envelopes de projetos, que na sequência seriam enviados para buscar aprovação na Lei de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba. Demos risadas da ironia que se observava na cena, afinal há mais de cinco anos Mara envia projetos para a Fundação Cultural de novos trabalhos das Nymphas à procura de financiamento. Entretanto, ano após ano os projetos não são aprovados, sem ao menos uma justifica plausível para isso: “Curitiba passa por um momento infeliz na cultura, por conta de uma comissão que cuida do incentivo financeiro aos projetos enviados. A Fundação Cultural não está colaborando e apoiando afetivamente os projetos de música”, desabafa ela. Mara aponta uma distribuição desequilibrada na aprovação de projetos musicais que afeta o Grupo Nymphas e vários outros importantes nomes da música curitibana. “Já unimos toda classe artística, fizemos reuniões, levantamos números que comprovam esse desinteresse e a má distribuição do dinheiro público, mas há cinco anos a situação se mantém a mesma”. E é exatamente ai que mora a ironia: enquanto Mara e sua equipe trabalham com afinco na elaboração, incentivo e idealização em projetos de terceiros, o do seu próprio grupo, se mantém engavetado à procura de incentivo. Seria cômico se não fosse trágico. Com dificuldades financeiras para novos projetos, as musicistas foram submetidas a um exílio forçado do cenário musical, obrigando-se a cantar apenas quando existe alguma boa possibilidade, que não traga mais nenhum prejuízo financeiro - fato que, infelizmente, fez parte desta história. Aplaudidas pelo público, queridinhas da imprensa, amadas pelos fãs, as eternas “menininhas” deixaram de ter visibilidade na cidade e hoje são desconhecidas pela nova geração, restando saudades em quem vivenciou os tempos áureos de sua carreira. Apesar das dificuldades e da falta de uma merecida valorização, as meninas - que hoje são mulheres maduras - continuam a maratona de ensaios, composições e união musical. O projeto da vez é um cd que reúne músicas no estilo chorinho, além de um show que tem como tema a alegria, buscando apresentar um panorama da música popular brasileira, com canções que retratem a felicidade – sentimento que não falta neste grupo de irmãs do coração. Otimistas, as meninas seguem a risca o que diz na letra de Tons e Batons, uma das músicas de sucesso do grupo: “A gente precisa cantar e buscar, são tantas portas fechadas, mas sempre algumas irão se abrir e deixar nova luz entrar.” O Grupo Nymphas é uma verdadeira família, seu palco é Curitiba e seu público carinhoso é o Paraná. Não é para menos que as meninas foram tombadas como Patrimônio Cultural do Paraná. Em março deste ano as Nymphas completaram 34 anos de cantoria. Em toda sua história vocal o grupo cultiva uma união e parceria de longa data. Quando questionei o segredo do principal conjunto vocal feminino de Curitiba estar unido até os dias de hoje, a resposta foi rápida e clara: “A amizade”.


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MÚSICA

O que Phil Spector fez por nós Imaginem uma banda com sete guitarras sincronizadas, cinco baixos marcantes, inúmeras percussões e vocais de varias vozes, tudo isso em um volume altíssimo. Foi isso que Phil Spector imaginou quando criou o conceito “Wall of Sound”. Esse conceito se trata de gravar musicas e não deixar nenhum espaço de respiro para o ouvinte. Ao invés de você simplesmente sentir as ondas sonoras, você é atingido por ela como se fosse um Tsunami. Varias bandas trabalharam com Spector e assimilaram essa técnica de gravação. O único problema de trabalhar com ele era seu temperamento agressivo. Johnny Ramone, Guitarrista dos Ramones afirmou uma vez que teve que

tocar por 8 horas o mesmo acordes enquanto Spector apontava uma revolver para Johnny. Essa história foi confirmada pelos outros Ramones que também receberam a mesma ameaça. É um absurdo o que o produtor fez, mas tinha um proposito. Quanto mais denso, alto e barulhento melhor. Foi assim que começou a “Loudness War”, que era uma guerra entre bandas para ver quem fazia o disco com mais guitarras e baterias, quem fazia os shows mais altos e qual banda tinha mais decibéis nas costas. Essa guerra foi importante, pois com ela surgiram bandas as bandas de metal que começaram a fazer um som mais agressivo. A Guinness World Records teve que tirar a categoria “show com maior numero d

Luís Zavan

luis.zavan@gmail.com

decibéis” do livro, pois as bandas estavam literalmente estourando os tímpanos das pessoas. Phil Spector deixou algumas pessoas surdas. Phil Spector criou um caminhão sonoro em alta velocidade. Obrigado Phil Spector.

ESPORTE LOCAL

A queda

Os dias do técnico Juan Ramón Carrasco à frente do comando atleticano chegaram ao fim. Na manhã desta terça-feira, sua saída foi oficializada pela diretoria rubro-negra por meio do site oficial do clube. Carrasco dirigiu o Furacão pouco menos de seis meses, e nesse período viveu momentos distintos. Desconhecido no cenário do futebol nacional, chegou e logo implantou uma filosofia de trabalho diferente da utilizada pelos técnicos brasileiros. Adotou uma estratégia ofensiva de jogo, com três atacantes, dois abertos pelos flancos, e um centralizado, exigiu disciplina tática, improvisou atletas fora de suas posições de origem e promoveu alterações sem hesitar, logo na primeira etapa. Carrasco, inicialmente, foi alvo de elogios, principalmente por quebrar o pragmatismo tático empregado em nosso futebol, recebendo, por parte de alguns críticos, o rótulo de inovador. Logo no início os resultados co-

meçaram a aparecer. A conquista do primeiro turno do Campeonato Paranaense mostrava que o trabalho estava, de um certo modo, dando certo. A queda de produção no segundo turno do Estadual, e o consequente relaxamento por parte dos atletas foi considerado, até certo ponto, normal, visto que o Atlético já estava classificado para a final da competição. O princípio de sua queda foi anunciado quando perdeu o título do Paranaense para o Coritiba. Armou de forma errônea o time nas duas partidas decisivas. Deste modo, sua forma de trabalhar, suas convicções e principalmente as improvisações – característica imposta desde a sua chegada – começaram a ser questionadas com mais veemência. Carrasco foi muito criticado por não adotar um padrão de jogo, fazia um rodízio intenso de atletas em praticamente todas as posições da equipe. Não conseguia retirar o potencial máximo de cada jogador, pois não dava

uma sequência aos seus comandados. A fragilidade técnica das equipes do campeonato regional mascarou o quadro, uma vez que mesmo inventando e armando a equipe de forma inadequada, conseguia alcançar o resultado positivo e comemorar como se a linha de trabalho estivesse sendo seguida corretamente, já que a qualidade técnica dos atletas rubro-negros era superior. O que realmente serviu de parâmetro para classificar a qualidade do trabalho de Carrasco foi o Campeonato Brasileiro da Série B – considerada a principal competição do ano no calendário do Atlético – e composta por equipes de maior expressão e atributo técnico superior às encontradas no Estadual. Com duas vitórias e duas derrotas até o momento, a avaliação feita pela cúpula diretiva atleticana foi de que o trabalho realizado pelo uruguaio já estava desgastado e, por isso, seria providencial uma mudança no coman-

Victor Hugo Turezo victorturezo@gmail.com

do técnico da equipe, tanto para buscar novos ares, quanto para encontrar novos métodos e conceitos que pudessem dar um padrão a um time ainda desfigurado. A troca foi feita. Ricardo Drubscky é o responsável por tentar dar uma nova cara ao Furacão. Resta saber se o imediatismo e a falta de paciência pela busca de resultados expressivos, deixará o recém-contratado implementar suas ideias ou fará, apenas, mais uma vítima.


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Geral

Orquestra Sinfônica do Paraná e Balé Teatro Guaíra se apresentam juntos Até o dia 18 de junho, OSP e Balé se apresentam no palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto Daniel Martini Marcela Andressa Pamela Castilho

Neste último dia dos namorados, um casal bem conhecido da capital paranaense voltou a se encontrar, com planos de deslumbrar Curitiba no final deste mês de junho. A OSP - Orquestra Sinfônica do Paraná, e o Balé Teatro Guaíra, se reuniram nesta terça feira dia 12 para dar início aos ensaios de um espetáculo que consiste na execução musical e de dança da obra “A Sagração da Primavera”. A composição quase centenária do compositor russo Igor Stravinsky foi baseada em um sonho que o mesmo teria tido acerca de um ritual pagão, que envolve o sacrifício de uma jovem adolescente, testemunhado por velhos sábios que observam a dança e o desespero da jovem, prestes a ser oferecida aos deuses em troca de colheitas fartas. O tema musical de Stravinsky é tão popular que mesmo os que não admiram música erudita reconhecem o ritmo exultante dos violinos, que se destacam no trecho mais consagrado do

balé. ‘Homem’ do casal, o Balé do Teatro Guaíra foi criado em 12 de maio de 1969, e é considerado uma das principais academias de dança do Brasil. Ele foi criado pelo governo do estado do Paraná, e hoje é gerenciado pela Fundação Teatro Guaíra. Criado como “Corpo de Baile da Fundação Teatro Guaíra”, o Balé já contou com participações de diretores e coreógrafos de renome internacional na montagem de peças ousadas e inovadoras, como o bailarino polonês Yurek Shabelewski, grande bailarino da década de 70, que foi o primeiro diretor do Balé Guaíra, de 1970 a 1975. Já a jovem Orquestra Sinfônica do Paraná, criada em 1985, possui mais de 500 apresentações dentro e fora do estado, e já tem por tradição acompanhar o Balé Teatro Guaíra em espetáculos consagrados ou inéditos. A regência da orquestra será realizada pelo maestro regente da Orquestra Sinfônica do Paraná, Osvaldo Ferreira, que deu início a uma nova fase que busca construir uma nova identidade sonora, interagir com outras áreas artísticas e valorizar os artistas locais e nacionais. A coreografia esco-

lhida para a montagem de Sagração da Primavera foi a versão da artista portuguesa Olga Roriz, e os figurinos e cenário ficaram por conta do bailarino Pedro Santiago Cal. Olga Roriz, que está em Curitiba para gerenciar a coreografia do Balé, também participará da mostra de três de seus filmes, nos dias 18 e 19 de junho. Felicitações Madame, A Sesta e Interiores são as obras cinematográficas que Roriz, em parceria com o Centro Cultural

Teatro Guaíra, irá expor. O bailarino Pedro Santiago Cal também participa da mostra, uma vez que trabalha com Roriz não só no Balé de Stravinsky, mas também participou dos filmes. A mostra tem por objetivo destacar artistas que trabalham com várias linguagens, e também divulgar o trabalho de Olga Roriz no Brasil. Desde os dias 12 a 18 de junho, A Sinfônica e o Balé Guaíra irão ensaiar a partir das 19 horas no palco

do auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, a sala principal do complexo Teatro Guaíra. Nos dias 19 e 20, os ensaios começam uma hora mais tarde, as 20:30 horas. O espetáculo em 21, 22 e 23 de junho, os três primeiros dias de apresentação, tem início as 20:30 horas. Já no dia 24, domingo, “Sagração da Primavera” encerra a temporada com apresentação as 18 horas. Os ingressos saem a 10 reais, e meias-entradas são acessíveis. Karen Broocke

Orquestra sinfônica do Paraná


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Curitiba, sexta-feira, 15 de junho de 2012

Guia Cultural

Musical – Cabaret

Ricardo Tortato

Caixa de Phosphorus Um casal está se separando, em uma nova etapa da vida, eles tentam seguir adiante. Na trajetória, eles relembram suas histórias: como se conheceram, a primeira vez que ela disse “eu te amo”, e as tentativas frustradas de conhecerem outras pessoas. Após tantas reviravoltas, percebem que ainda se amam e decidem se render mais uma vez à vida a dois. Essa é a história de Pedro e Cris que juntos ou separados não conseguem se esquecer, inventam maneiras de se desconectar, vivem várias histórias e situações inusitadas. Em determinado momento do espetáculo, Pedro descreve para Cris como se dá a reação química que faz um fósforo acender. O elemento Phosphorus, que torna esse efeito possível, para surpresa de muita gente não está no palito, mas sim na lixa da caixa de fósforos. Os elementos podem provocar uma “química” muitas vezes em lugares que não supomos, e se revelam em lugares inimagináveis. A peça é interpretada pelo casal Ivan Mendes e Daniela Carvalho, ambos foram protagonistas de Malhação 2011, após grande sucesso na estreia da peça no Rio de Janeiro a atração cumpre pequena escala em Curitiba nos dias 16 e 17/06 no Teatro Regina Vogue. Os atores responderam algumas perguntas exclusivas para o Jornal LONA, confira logo abaixo: LONA:Como surgiu a ideia de fazerem uma peça juntos? IVAN - Nós fazíamos Malhação juntos, e eu já estava há dois anos em turnê pelo Brasil com a peça “GAROTOS”. Eu contava pra Dani sobre as viagens, e ela disse que tinha muito vontade fazer parte de um projeto assim. DANI - Ele me matava de inveja com as histórias. Mostrava as fotos dos lugares lindos, falava do carinho do público. LONA: “Caixa de Phosphorus” como surgiu esse nome? DANI - A peça, na verdade, é a junção de vários textos curtos da Renata que, durante nossos ensaios, viraram uma história só. Um desses textos fala sobre uma menina que diz que está escrevendo uma dissertação de mestrado sobre caixa de fósforos, e acaba criando a maior confusão com o pretendente a namorado dela. É uma cena muito engraçada, eles acabam namorando por causa dessa “caixa de phosphorus”, mas se a gente contar muito estraga a surpresa... IVAN - É. E depois da peça pronta, com todos os textos formando uma história só, nós percebemos que esse nome dava a dimensão do espetáculo. Ele é singelo, gostoso, intimista. Ele fala de um amor que a gente quer guardar agarradinho, pra caber numa caixinha de fósforos, e que vai estar sempre com a gente, onde quer que a gente vá. Esse amor guardadinho na caixa de fósforos é o que trazemos em nossa peça. LONA: Qual é o momento da peça que em qual mais se identificam? DANI - TODOS!!! Não tem como escolher. A gente já viveu, ou já conheceu alguém que viveu aquilo tudo que está no palco... IVAN - Eu gosto do beijo! DANI - Palhaço! IVAN - Gosto mesmo, ué... DANI - Ele gosta é de me sacanear, pra eu ficar sem graça... IVAN - É verdade. Eu gosto muito disso também!

Serviço

Caixa de Phosphorus Dias 16/6, às 21 horas, e 17/6, às 20 horas, Espaço Teatro Regina Vogue Os ingressos custam R$30,00 Classificação indicativa: 12 anos.

O musical Cabaret, estrelado pela atriz Cláudia Raia chega á Curitiba nesta sexta-feira (15), para três sessões no Teatro Positivo – Grande Auditório. A história gira em torno da inglesa Sally, que se envolve com dois homens, um professor inglês e um nobre alemão. A trama se passa no Kit Kat Klub de Berlim, onde Sally trabalha e aonde sofre constantes ameaças de nazistas. Com um grande sonho, Sally sonha em um dia receber o convite da UFA, grande estúdio de cinema alemão. O espetáculo é uma versão brasileira de Miguel Falabella do filme Cabaret de 1972. O musical conta com 80 profissionais envolvidos, entre artistas e técnicos, 150 figurinos, só Claudia Raia usa mais de dez figurinos, e possui um palco com mais de sete toneladas.

Serviço Teatro Positivo – Grande Auditório Dias 15 às 21h - 16 às 17h30 e às 21h30 - e 17 às 19h. Ingressos a partir de R$70

Classificação Livre

Show – Rosas de Saron Formada por Guilherme de Sá, Eduardo Faro, Rogério Feltrin e Grevão, o Rosas de Saron é uma banda brasileira católica de Rock que surgiu em 1988, porém só conseguiu o reconhecimento nacional em 2007 após lançarem a música “Sem Você”. Recentemente o grupo lançou o CD “O Agora e o Eterno” pela gravadora Som Livre e conta com o sucesso “Casino Boulevard” que fala das escolhas e consequências. O grupo aterrissa em Curitiba no próximo dia 23, aonde realiza um show no Curitiba Master Hall.

Serviço

Rosas de Saron Curitiba Master Hal 23/06/2012 – 23h30 Ingressos a partir de R$ 29

Classificação indicativa: 12 anos

Palestras – Curitiba Social Media

Em um mundo onde as redes sociais como Facebook e Twitter incorporam até o ramo empresarial, o Curitiba Social Media em sua segunda edição, vem com o objetivo de retratar o que está acontecendo na internet por meio de palestras, entrevistas e discussões. Estarão presentes grandes nomes da rede, como Fábio Rabin, PC Siqueira (Mas Poxa Vida), Rosana Hermann (R7.com) e Maurício CID (Não Salvo). O evento contará com 42 palestrantes e seis painéis, a lista completa dos palestrantes e a programação pode ser vista no site do Curitiba Social Media (http://csm.befound.com.br/)

Serviço

Curitiba Social Media Hotel Bourbon Dia: 23/06/12 Horário: 8h às 19h Ingressos a partir de R$ 55 Classificação Livre


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