LONA 739 - 06.09.2012

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Curitiba, quinta-feira, 06 de setembro de 2012

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Curitiba, quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Catedral reabre as portas para os fiéis

Ano XIII - Número 739 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo

Feira Internacional de Patchwork pág. 4

OPINIÃO Filme Curitiba Zero Grau é tema de

As obras de restauração da Catedral Basílica Menor de Curitiba começaram em janeiro de 2011. A reinauguração do espaço acontece nesta quinta-feira.

Feriado provoca movimento nas estradas Rodoviária de Curitiba passa por obras e altera o local de desembarque dos ônibus que chegam a Curitiba. Mais de 40 mil pessoas devem viajar de ônibus. Nas estradas o movimento estimado é 60% maior que o de dias normais.

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reflexão pág. 2

EDITORIAL As propagandas eletorais cumprem sua função social? pág. 2


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Curitiba, quinta-feira, 06 de setembro de 2012

Circo eleitoral

Editorial

Uma das mais recorrentes dúvidas presentes na cabeça de todo eleitor que se preze, além daquela da categoria “em quem votar”, é de onde surge o dinheiro para tanta propaganda política. Cavaletes, barracas, impressos dos mais variados tamanhos e filmes publicitários cinematográficos passando em horário nobre na TV. O capricho é tanto que é difícil imaginar quantos profissionais estão envolvidos na promoção de um candidato à prefeitura de Curitiba, por exemplo. Assessores de imprensa, publicitários, designers e criativos em geral tentando encontrar a melhor solução para atingir o público-alvo. Tudo é, em resumo, uma verdadeira mobilização para a criação do maior espetáculo que alguém já viu na história da TV brasileira. Mas será que com tanto glamour conseguese discutir a política séria e essencial para o real cuidado da sociedade? Um terno bem costurado, uma camisa bem passada e uma barba bem feita são os requisitos básicos para um candidato competir numa eleição? Obviamente que não, mas para alguns eleitores isso faz a diferença. Uma parcela da população, aquela que pode decidir o aperto de uma eleição, escolhe o candidato através do “gosto mais” ou “acho mais bonito que”. Com tantas limitações existentes nas campanhas eleitorais, hoje o candidato precisa desenvolver diferentes estratégias para poder conversar com o público. E se boa parte se deixa influenciar pelos belos filmes publicitários na TV, a demanda existe e precisa ser suprida. Infelizmente, pela ação contínua e desenfreada de todas as eleições, a cultura de uma campanha bonita, de impacto e “bem apessoada” existe e é difícil provocar uma mudança nesse sentido. Aquela campanha de discussão e estudo das propostas oferecidas pelos candidatos pode existir em um nível muito maior. Porém, se não houver interesse do público, o real marqueteiro dessas campanhas, nada muda.

Opinião

É esta a cidade que escolhi Giulia Lacerda

Não sou de Curitiba. Nasci em um lugar muito mais bairrista e com uma cultura local bem definida e valorizada. Vim de Porto Alegre e gosto de ser gaúcha, mas a realidade é que saí novinha de lá e poucos referenciais tenho de minha cidade natal, com raras exceções. Moro na capital paranaense há mais de dez anos e, depois de tantas estadias em diferentes cidades, essa foi a que escolhi para viver. Aqui fiz minhas mais importantes amizades, encontrei um amor de verdade e vivi grandes aventuras. Vejo que, como todos os grandes centros, Curitiba tem também muitos problemas, desigualdades, sujeiras. Mas é justamente aqui que me desperta a vontade de fazer alguma mudança. Quando fui ao cinema assistir ao Curitiba Zero Grau, fiquei encantada com as imagens e as histórias. Como jornalista quase formada, já estive em muitos lugares da cidade, muitos dos quais pouco mostrados pela mídia tradicional, e vê-los representados na telona me fez sentir parte dessa realidade. Aprendi ao longo dos últimos anos a respeitar imensamente os carrinheiros, sua rotina de trabalho, sua organização e cuidado com o meio ambiente. No filme, eu vi retratado o lado humano dessas famílias, tantas vezes passadas despercebidas aos olhos da sociedade. Vibrei, ainda, com a apresentação da tão escondida favela curitibana. Digo escondida, porque não se quer mostrar que ela existe, mas ela está lá e nela estão muitas vidas. Achei lindo também a apresentação das diferenças sociais dos personagens, mas que, ao mesmo tempo, têm tantas coisas em comum. Não me pareceu definir o bom e o ruim, mas o real. Além disso, como é bom ver o lado caloroso e receptivo do curitibano, sempre tratado como frio e distante. Acredito que muito mais do que qualidade de imagens ou riqueza do roteiro, o filme quebra paradigmas. Fiquei surpresa ao ver, além de lugares que frequento no meu dia a dia, pessoas conhecidas atuando. Tiro o chapéu a Diego Kozievitch, que acompanho há muitos anos nas mais diversas produções. Temos que valorizar os talentos locais, principalmente aqueles que também valorizam a cidade e sua cultura. Enfim, eu apreciei cada minuto de cada história contada. Tão simples, tão verdadeiras, tão próximas. É essa a Curitiba que escolhi!

Expediente Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Emerson Castro e Marcelo Lima | Editores-chefes: Gustavo Panacioni, Vitória Peluso e Renata Silva Pinto| Editorial: Redação Lona O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.


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Catedral de Curitiba reabre nesta quinta-feira Monumento construído em 1893 retoma exuberância original Amanda Lima Ana Kruger

Após ficar mais de um ano em reforma, a Catedral Basílica Menor de Curitiba será reinaugurada hoje. A obra incluiu a restauração de todas as pinturas que enfeitam o local, além da instalação de nova iluminação e equipamentos de som. Construída em 1893, a igreja está localizada na região central da cidade, na Praça Tiradentes. Com traços da arquitetura gótica, o monumento conserva em suas paredes pinturas dos irmãos italianos Carlos e Anacleto Garbaccio, A iniciativa de restaurar a Catedral Basílica Menor de Curitiba surgiu ainda no ano 2000, quando o Cônego Pedro Wilson chamou a atenção para precariedade em que se encontrava o monumento. Em seguida, criou-se a Associação dos amigos da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz para planejar como seria feita a restauração do local. Segundo o atual pároco da catedral, o Cônego Genivaldo Ximendes da Silva, o projeto teve início no dia 19 de agosto de 2000. Desde então, a associação começou a buscar recursos para

a reforma. plica que o potencial cons- a comunidade foi bastante mesmo com a poeira e o baMesmo em 2004, com a trutivo possibilitou o inicio presente durante as refor- rulho. E nunca houve uma mudança de arcebispos e da obra, porém, outra ajuda mas, e ressalta que todos reclamação da comunidaa entrada do novo cônego, de grande importância para estão ansiosos para ver a de” relata o pároco. as tentativas de retomar a a realização das mudanças obra pronta. “EmocionoA partir da noite de hoje exuberância trame em dizer que em todo a Arquidiocese de Curitiba dicional do local esse período grande parte estará com uma programanão acabaram. “Fazíamos a missa mesmo da comunidade foi muito ção especial para come“Na nova fase com a poeira e o barulho. leal e compreensiva. Esta- morar a reinauguração do continuou o somos felizes de entregar essa espaço. Das 19h em diante nho da restaura- E nunca houve uma recla- obra para essas pessoas”, haverá uma cerimônia soleção” conta Ge- mação da comunidade” ne oficializando a abertura afirma. nivaldo. A nova As obras começaram em do espaço e, em seguida, equipe retomou janeiro do ano passado, um show pirotécnico e a cônego Genivaldo Ximendes Si mas só em junho desse ano apresentação do Padre Reo projeto, encaminhou para a as missas foram transferi- ginaldo Manzotti entretêm prefeitura e obteve a apro- foram doações espontâne- das para o prédio ao lado da o público. As atrações esvação da obra para restau- as. “O novo som foi pago Catedral. Sem se importar peciais seguem até o dorar a catedral de Curitiba. pela comunidade”, explica. com o transtorno, os fiéis mingo (09), comemorando De acordo com a SecreO cônego Genivaldo Xi- continuaram a frequentar a também o dia da padroeira taria de Urbanismo, a re- mendes da Silva fala que igreja. “Fazíamos a missa da cidade (8 de setembro). forma do monumento foi Amanda Lima financiada pela prefeitura com o auxílio do chamado potencial construtivo. O mecanismo estabelecido pelas leis 6.337 e 9.803 autoriza o uso de verbas públicas para a reforma de espaços considerados patrimônios históricos. As obras foram uma parceria entre a Mitra Arquidiocese de Curitiba e a Secretaria de Urbanismo. A restauração foi projetada pela arquiteta Giceli Portela e chegou a envolver mais de 100 trabalhadores. Os R$ 5 milhões utilizados para reforma vieram não só da verba direcionada pelo potencial construtivo, mas também por meio das arrecadações feitas pela Arquidiocese. O pároco ex- Durante a restauração, as missas foram realizadas no prédio ao lado da Catedral Basílica


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Curitiba, quinta-feira, 06 de setembro de 2012

Informações para o feriado de Independência Tempo para o feriado, situação nas estradas e mudança no desembarque na rodoferroviária de Curitiba Gustavo Panacioni Vitoria Peluso

A partir de hoje, os passageiros que chegam a Curitiba de ônibus devem desembarcar na rua General Carneiro, ao lado do Mercado Municipal. Segundo o administrador da rodoviária, Élcio dos Anjos, a operação será feita devido ao menor número de plataformas em funcionamento em decorrência das obras de revitalização da rodoferroviária. Os horários de desembarque serão das 20h de quinta-feira até às 3h da manhã de sexta-feira. De domingo para segunda-feira, quando os viajantes retornam à capital, essa operação será realizada nova-

mente para desafogar o terminal. De acordo com a Urbs, hoje deve ser o dia de maior movimento de pessoas deixando Curitiba. Segundo o administrador, 25 mil pessoas devem embarcar em 780 ônibus. Na sexta-feira o número de passageiros cai para 19 mil e, o número de ônibus, para 580. “No total estima-se que 44.700 pessoas passem pela rodoviária durante o feriado”, afirma Anjos. A estudante Giuliana Nogara conta que para evitar filas comprou sua passagem para Itajaí, Santa Catariana já na segunda-feira para viajar hoje. “Me programei uma semana antes, mas mesmo as-

sim a viagem que demoraria três pode levar cinco horas”, explica a estudante. Segundo a Urbs, o interior e litoral do estado de Santa Cataria estão entre os destinos mais procurados para esse recesso. As cidades do interior do Paraná devem chegar a 35%, o litoral a 25% de passageiros e outros lugares como a capital paulista e cidades próximas a 12%. Os embarques acontecem nas plataformas da Rodoviária apesar da reforma que deve terminar apenas no ano que vem. As estradas Para aqueles que vão viajar de carro e não precisam

enfrentar o movimento da rodoviária, é necessário conferir e prestar atenção nos horários de maior movimento das estradas que dão acesso ao litoral. Segundo a assessoria de comunicação da concessionária Autopista Litoral Sul, responsável pelas BRs 116, 376 e 101, o maior movimento é a saída de Curitiba em direção ao litoral. O aconselhável é evitar os horários de pico para não atrasar ainda mais o horário de chegada ao destino previsto. O movimento previsto é de 60% maior que o normal e já começa nesta quinta-feira a partir das 17 horas. Amanhã o movimento é previsto para praticamente o dia inteiro,

das 8 às 18 horas. Para reduzir o transtorno dos viajantes, a concessionária programou uma operação especial com aumento efetivo dos principais serviços oferecidos nas estradas. Para as praças de cobrança de pedágio haverá um reforço 60% maior de funcionários. Para atendimentos médicos, uma frota de 13 ambulâncias estará disponível todos os dias do feriado, podendo ser acionadas em qualquer horário. O mesmo se dá com o atendimento mecânico, que recebe um adicional de 50 guinchos leves e 25 pesados, além dos 13 veículos disponíveis em dias normais.

Festival Internacional de Patchwork acontece em Curitiba Exposições, bate-papo com profissionais, cursos e oficinas movimentam o evento. Danilo Georgete

Começou ontem no Expo Unimed, em Curitiba, a segunda edição do Quilt & Craft Show, um Festival Internacional de Patchwork e Artes Afins. O evento acontece até o dia 8 de setembro. O festival é promovido e realizado pelas empresas Retalharte e Aoki Trading. No local também há espaço para arte têxtil, frivolité, bonecas, scrapbooking, folk arte, pintura decorativa, oshibana, bordado, entre outras

técnicas de artesanato. Os participantes vão poder ver os trabalhos expostos, conversar com os profissionais de cada área, conhecer e aperfeiçoar suas técnicas em 30 cursos e oficinas. O evento também possui stands que comercializam peças prontas e os diversos insumos para a confecção da arte do patchwork. Segundo a promotora do evento Emilia Aoki a escolha de Curitiba para sediar o evento ocorreu pela referência da cidade e a fácil localização

para os visitantes do Brasil e América do Sul. “Curitiba é referência nacional por seu profissionalismo e refinamento do patchwork por isso decidimos fazer o evento aqui, o acesso é mais fácil e tranquilo para todos os participantes”, informou. O evento é mais segmentado para ao público feminino e deve contar com a participação de pessoas de toda a América latina, a expectativa é que cerca de 15 mil pessoas participem do festival durante os quatro dias.

2.º Quilt & Craft Show 5 a 8 de setembro Expo Unimed Curitiba, na Universidade Positivo (Rua Viriato Parigot de Souza, 5.300). Ingressos: R$ 10 (R$ 5 a meia-entrada para pessoas acima de 60 anos e estudantes). O passaporte para os quatro dias da feira custa R$ 30. Proibida a entrada de menores de 12 anos. É apenas permitida a entrada de crianças de colo de até 1 ano de idade. Não será permitido tirar fotos na área da exposição. Mais informações: www.quiltshow.com.br


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