Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012
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Curitiba, quinta-feira, 20 de setembro de 2012
“O maior VMB de todos os tempos”
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Ano XIII - Número 748 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
Livro de ex-dona de casa ultrapassa J.K. Rolling no Reino Unido pág. 6
ENTREVISTA Banda Test Drive, de Cambaré, ganha espaço na capital p.4
“O maior VMB de todos os tempos” terá quatro horas de duração e dez shows. p.4 e 5 A 18ª edição do prêmio tem 12 categorias e acontece hoje às 21h
Chocolate e doces em geral podem causar
ENSAIO Feira em Campo Largo acontece todo sábado de manhã
Aquela vontade de comer um doce todo dia pode ser considerada vício. A quantidade ideal de açúcar por dia é de 120 gramas, equivalente a dez colheres de sopa, aponta nutricionista Gilza Vianna da Costa p.7
há 25 anos p. 8
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Opinião
Cidade modelo? Lis Claudia Ferreira
A cidade de Curitiba parece ser a cidade com maior número de “títulos” do Brasil: Capital Social, Capital Ecológica, Cidade Europeia e etc. Todos os curitibanos – grupo no qual me incluo - têm um orgulho coletivo ao denonimar a cidade dessa forma. Porém, se deixarmos de lado nossa “curitibanidade” e avaliarmos essas informações a fundo, veremos que tudo isso não passa de fumaça e engano. O transporte coletivo curitibano – que se alega um dos melhores do país - é realmente um dos mais baratos no quadro nacional e possui uma frota de qualidade. Acredito, porém, que não adianta muito usufruirmos de passagem de baixo custo e ônibus bonitos se para isso é preciso esperar quarenta e cinco minutos no ponto e passar mais meia hora expremendo-se entre todos os que precisam chegar ao mesmo destino. Outro exemplo de engano coletivo é a ideia de que não existem “favelas” ou comunidades carentes em Curitiba. Basta dirigir cerca de quinze minutos e independentemente do ponto da cidade em que você se encontre, com certeza poderá observar a triste realidade que toma conta dos subúrbios curitibanos. Como curitibanos legítimos, poderíamos agora começar a chorar: Curitiba não é exemplo de ecologia. Uma cidade ecológica deveria – perdoem-me os que discordam – possuir rios com água limpa, esgoto encanado em todos os pontos da cidade e um sistema de coleta de lixo reciclável que ofereça o mínimo de incentivo e dignidade aos que trabalham na coleta informal, os famosos “catadores”. Não vejo nada disso na minha cidade. Por esses e outros exemplos, sou obrigada a admitir: fui enganada. Sou enganada todos os dias ao ter minha mente bombardeada com a ideia da “cidade modelo”. Essas ideias parecem já fazer parte da cultura curitibana. Nós ouvimos e acreditamos. Não paramos para pensar que tudo isso é produto da mídia “politiqueira” e o pior: Não observamos que toda essa falsa imagem é um tipo de dominação e nos impede de pensar na cidade que temos, na cidade que queremos ter e no que é preciso para que alcancemos esse objetivo. Não somos exemplo de cidade, mas podemos vir a ser exemplo de população consciente, que sabe onde está e onde quer chegar.
Editorial
Menos imposto, mais produção O governo vem anunciando, nos últimos meses, uma série de medidas que visam garantir a sustentabilidade da economia do país numa época de crise mundial. Depois da prorrogação do prazo de vigência do IPI para os produtos industrializados, as decisões acenam para uma medida bastante esperada pelo empresariado, a desoneração de encargos que incidem sobre salários. A Associação Comercial e várias entidades empresariais têm alertado para a grande quantidade de imposto que os cidadãos pagam. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) apontam que o Brasil tem uma estrutura tributária muito complexa, com diversos tributos incidentes sobre a mesma base. Principalmente tributos indiretos, ou seja, os impostos que incidem sobre bens e serviços. Isso tudo quer dizer que o Brasil é um país caro, tanto para a população quanto para as empresas nacionais e internacionais. O custo de vida brasileiro é alto e a cobrança de impostos e taxas tributárias é muito elevada. Economistas e empresários sempre pressionaram o governo para que as taxas tributárias diminuíssem. E foi exatamente o que aconteceu na última terça-feira, quando a Presidente Dilma Rousseff aprovou a lei que desonera a folha de pagamento de 24 setores. Isso significa que a empresa vai pagar menos para manter o funcionário contratado. É muito comum falar sobre emprego, e até mesmo sobre a falta do mesmo, mas não é usual apontar quanto custa para uma empresa manter um funcionário. Além dos benefícios que o trabalhador recebe, o empresário precisa pagar taxas tributárias sobre a folha de pagamento. Essa medida pode proporcionar um aquecimento na economia brasileira, pois se o funcionário custa menos para a empresa, os empresários podem contratar mais ou até mesmo melhorar a proposta salarial. Outra consequência possível seria tornar a economia do país mais competitiva – um dos fatores seria uma maior abertura para o Mercado Internacional com um custo menor para manter funcionários, ou seja, empresários internacionais podem investir mais no Brasil, o que pode gerar emprego e um crescimento econômico. Outro fator positivo pode ser a redução nos custos de determinado produto, pois as taxas tributárias estão embutidas no preço final de um serviço ou bem de consumo. Porém, essas consequências positivas dependem do setor desonerado. A princípio, a medida parece louvável e promissora. No entanto, existem algumas possibilidades um pouco menos positivas. No setor de TI, por exemplo, é muito interessante, pois grande parte do custo de uma empresa deste tipo é com funcionário, o que implica em uma redução no valor final de um produto. Por outro lado, no setor da indústria, onde a maior parte do custo é com maquinário e matéria-prima, a redução das taxas tributárias não afeta em grande escala o valor final de uma compra. A maior parte dos brasileiros sonha com um Brasil sustentável economicamente e desenvolvido. Medidas como esta sem dúvida abrem caminho para um país melhor, mas o Brasil ainda tem uma longa caminhada pela frente para atingir um cenário ideal.
Expediente Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editores-chefes: Gustavo Panacioni, Renata Silva Pinto e Vitória Peluso | Editorial: Tatiana Michaud O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.
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Entrevista
Banda independente ganha espaço em Curitiba Conheça a banda Test Drive, que veio de Cambé para realizar um sonho e já tocou até no LupaLuna Camila Tebet Stephany Guebur
Eles são de Cambé (395 quilômetros de Curitiba), norte do estado do Paraná, e, com apenas três anos de banda, já carregam algumas conquistas importantes na bagagem. No começo do ano, tocaram no maior festival de música do estado, o LupaLuna. Estamos falando da banda Test Drive! O grupo é formado pelo vocalista Decio Luis, o baterista Chris Hiera, o guitarrista Bruno Novaseck, o guitarrista Plinio Neto e o baixista Mario Moreira. Conversamos com eles para saber um pouco mais sobre a banda. Confira: Como surgiu a ideia de montar a banda? Chris: A ideia surgiu comigo em 2009, quando eu tocava em outra banda, mas não fazíamos músicas próprias, apenas covers e era outro estilo, não tinha nada a ver com a Test Drive. Justamente por isso que eu quis montar uma banda com o estilo que eu curto e assim chamei uns amigos que curtiam o mesmo estilo que eu. Vocês participaram do concurso do Gaz+ (concurso de bandas do caderno jovem da Gazeta do Povo) para tocar no LupaLuna e venceram. Como foi? Plinio: Não foi fácil! Passamos muito tempo votando e nossos amigos e familiares nos ajudaram muito (risos). Muita gente colaborou. Para a banda foi muito importante, pois conseguimos espaço em jornais, emissoras de televisão e, o mais importante, tocar no LupaLuna. Até hoje colhemos os frutos dessa conquista! Como foi tocar no LupaLuna? Bruno: Foi a realização de um sonho tocar em um dos maiores festivais de música do país. Creio que foi um grande passo na nossa
carreira dividir o palco com artistas de nível nacional, sem contar a super divulgação do nosso trabalho. Vocês saíram da cidade natal para vir até a capital realizar um sonho. Como está sendo? Plinio: No início não foi fácil, deixamos tudo para correr atrás do nosso sonho. Deixamos família, amigos, emprego, estudo, tudo pra estar aqui. Mas hoje vemos que está valendo a pena todo esse sacrifício e já estamos até nos acostumando com o frio (risos). Como vocês conciliam a banda com outras atividades? Decio: Depois que nos mudamos para Curitiba nosso foco principal é a banda. Outros compromissos como trabalho, namoro e família, são sim muito importantes, porém temos que conciliar isso fora dos horários dos compromissos da banda. Quem compõe as músicas? Como é esse processo? Decio: Eu sou compositor, as músicas da banda Test Drive são de minha autoria. São músicas inspiradas no dia a dia e em fatos que aconteceram na minha vida. Música é inspiração e muitas vezes eu crio quando menos espero.
fluencia muito. Como é a relação de vocês com os fãs? O que eles significam para vocês? Chris: Não consideramos ninguém FÃ, pois não gostamos dessa palavra. Todos que curtem nosso trabalho, que nos ajudam, que comparecem nos shows chamamos de família, pois é assim que vemos eles. Para pessoas que acreditam no nosso sonho, que somam com a gente, que lutam ao nosso lado, não existe palavra mais certa do que família. São eles que sempre estão ao nosso lado quando mais precisamos. Nossa relação com eles é sempre muito próxima, procuramos sempre estar junto, conversando e fortalecendo a família. Vocês moram juntos? Dividem tarefas? Como é? Plinio: Sim, moramos todos na mesma casa. Somos nove no total: os cinco da banda e mais quatro da produção. Nós nos organizamos
para manter tudo no lugar, mesmo sendo muita gente e somente homens, nossa casa ainda é limpinha e organizada (risos). Pelo menos uma vez na semana tem uma super faxina.
fazer uns três clipes, mas o custo é alto. Temos mais projetos em mente, como o “School Rock Solidário”, onde tocamos em escolas em troca de alimentos para entidades de crianças carentes.
Como está sendo a experiência de morar em Curitiba? Mario: Está sendo diferente de qualquer coisa que já passamos antes. Moramos em nove, dando risada, brigando, conversando, trabalhando... Realmente, isso é muito bom!
E os próximos shows? Plinio: O próximo show que estamos ansiosos para fazer é dia 14 de outubro, junto com a banda Hevo84 no Hangar Bar em Curitiba. Têm mais coisas por vir, mas ainda não podemos contar (risos). Nossa agenda de shows completa está em nosso site oficial: http:// www.testdriverock.com.br
Quais são os projetos futuros? Chris: Queremos fazer a prensagem do nosso CD “Como a Gente Quer” e, por isso, estamos fazendo nosso financiamento coletivo no site www.movere.me, que é totalmente confiável. Precisamos dos CD’s para continuar nosso trabalho. Após a prensagem do disco queremos fazer nosso primeiro clipe. Para ser sincero gostaríamos de
Serviço Para escutar a banda Test Drive acesse http://www.testdriverock.com.br Para ajudar a financiar e comprar o CD acesse http:// movere.me/projeto/173-cdcomo-a-gente-quer/
Onde acontecem os ensaios? Com que frequência? Mario: Nós temos um estúdio de ensaio em casa e ensaiamos pelo menos quatro vezes na semana! Gostamos de ensaiar porque para nós todo ensaio é um show e aprendemos muito neles. Se pudessem tocar com qualquer outra banda, qual seria? Por quê? Mario: Bom, nós alcançamos muitos objetivos sem dúvidas, mas ainda temos um grande sonho que é tocar junto com Charlie Brown Jr., que é uma banda que nos in-
Da esquerda para a direita: Chris Hiera, Plinio Neto, Decio Luis, Bruno Novaseck e Mario Moreira
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Rap soma 19 indicações no VMB de 4 horas Com 19 indicações na premiação da MTV, rap confirma a força que ganhou nos últimos anos. O VMB deste ano está sendo divulgado como “o maior VMB de todos os tempos”. O evento nunca teve 4 horas de duração cerramento da festa fica por
evento pelo site da emissora foram para o julgamento da
do público em todas as cate-
conta dos Racionais MC’s.
e nas redes sociais do canal. Academia VMB que decidi-
gorias que disputava.
Além de muita música, tam-
Juntando o Twitter de todos os
rá os grandes vencedores. A
A banda curitibana CW7
Acontece nesta quinta à bém estão previstas perfor- programas da casa, o número noite, a partir das 21 horas, mances de skatistas, B-boys, de seguidores passa dos 3 mi-
Academia é formada por jor-
tenta novamente o prêmio de
nalistas, críticos e formadores
“Hit do Ano” com a música
de opinião, como por exem-
“Tudo Que Eu Sinto”. Em
A 18ª edição do prêmio
plo, Wagner Moura e Sergi-
2011, levaram o troféu com
tem 12 categorias. A catego-
nho Groisman, que incorpo-
a música “Me Acorde pra
Flavio Martins dos Santos Rodrigo Schievenin Tiago Francisco Pereira
o 18º prêmio Vídeo Music patinadores e ciclistas. Pela primeira vez na históBrasil (VMB), premiação musical que é organizado pela ria, o VMB não terá um apre-
lhões.
divulgação
MTV Brasil. A cerimônia des-
Mia Wicthoff, vocalista da
se ano está sendo chamada
banda CW7, está com esperan-
de “o maior VMB de todos
ça na vitória. Já que, segundo
os tempos”. A previsão é de
ela, os fãs estão fazendo uma
quatro horas de duração com
grande movimentação nas re-
os 10 shows e a entrega dos
des sociais para ajudar na vo-
prêmios. O rap nacional tem
tação. Para ela, a presença de
grandes chances de ser o des-
uma banda curitibana em um
taque desta edição. Emicida,
evento de tanta visibilidade
Criolo, Projota, Rashid, ConeCrewDiretoria,
Vida”.
fortalece o cenário musical da
Racionais
capital paranaense. “A gente
MC’s, Edi Rock, BNegão &
sempre dá uma força para as
Seletores de Frequência, RAPadura Xique Chico represen-
bandas, já que Curitiba ainda
tam esse gênero musical em Cena do clipe “Não Se Perca Por Aí”, da banda Garotas Suecas, que concorre na categoria Clipe do 2012. Ao todo, eles somam 19 Ano do VMB 2012 sentador principal. A festa vai ria “Hit do Ano” e “Artista ram um time de jurados com indicações.
música”, afirma Mia. Sobre
O tema da premiação será ser comanda coletivamente a “Cultura de rua”. Os cario- pelos VJs da MTV e convidacas do Planet Hemp, que após dos como: Eduardo Sterblitch quase 10 anos do fim da banda (Pânico na Band), Neymar, reuniram-se novamente para Val Marchiori, entre outras fi-
uma pequena turnê nacional, guras populares. Além de transmitir todo o abrem os trabalhos no palco do Espaço das Américas para evento pela televisão, também mais de 4 mil pessoas. O en- será possível acompanhar o
Internacional” são escolhidas
70 nomes.
não é um espaço bom para a participar do VMB e receber as indicações, ela percebe dar
pelo voto do público e ficam
Entre as indicações, outro
um “destaque enorme para a
abertas para votação até mi-
destaque além do rap vai para
banda”. Ela acredita que os
nutos antes da revelação dos a banda Vanguart que disputa rappers vêm com muita força vencedores. Nas categorias
seis troféus: Melhor Banda,
na noite de hoje. Mas Wictho-
restantes, foram escolhidos
Artista do Ano, Melhor Disco,
ff também lembrou da canto-
alguns candidatos que ficaram Clipe do Ano, Melhor Capa e
ra Gaby Amarantos que briga
para votação popular duran- Melhor Música. A banda ma-
pelo prêmio em quatro cate-
te 45 dias. Os mais votados
gorias.
to-grossense passou pelo voto
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Outra
banda
curitibana Como destaque, ele aposta na
se tornou um dos prêmios maram cinco prêmios nesse
banda ganhe mais notoriedade
na cerimônia vai ser o Bon-
banda Vanguart. “Gosto muito
mais importantes do Brasil”, mesmo evento ano passado.
no momento, mas isso pode
de do Rolê. Eles irão partici-
deles e acho que eles merecem
afirma ele. “Os artistas que- “Um exemplo disso é que a
não se perpetuar. O jornalista
par realizando um show, que
ganhar”, revelou o músico.
rem ganhar um prêmio do
abertura do VMB vai ser do
citou a banda curitibana CW7,
VMB”, acrescenta Furtado. O
Planet Hemp e o fechamento que ganhou o prêmio de Hit
segundo Pedro D’eyrot, um
Segundo o repórter do
dos integrantes da banda, terá Gaz+, Marcelo Furtado, com
repórter do caderno jovem da será com os Racionais MC’s”,
do Ano em 2011, porém em
participação especial que tam- o passar dos anos a premiação
Gazeta do Povo aposta no rap argumenta Furtado sobre o
sua opinião o grupo ainda não
bém vem de Curitiba. “É uma saiu do âmbito MTV, como nacional como o grande des- rap estar em evidência. Sobre
se consolidou no cenário musical nacional.
puta vitrine”, afirma D’eyrot apenas mais um programa da
taque da noite. Confirmando
os efeitos pós-VMB para as
sobre participar do VMB. Ele emissora, e ganhou âmbito
a força que o gênero tem ga-
bandas, ele acredita que não
Confira abaixo os finalistas
acredita que estar lá é ter o seu nacional com relevância para
nhado no país, principalmente dá para dizer que esse efeito
desta edição do Vídeo Music
reconhecimento como artista. a música brasileira. “O VMB
quando Criolo e Emicida so-
é sempre consistente. Talvez a
Brasil. divulgação
Gaby Amarantos em cena do clipe “Xirley”, que concorre na categoria Clipe do Ano do VMB 2012
ARTISTA DO ANO Rita Lee Emicida Agridoce Vanguart Gaby Amarantos
ARTISTA INTERNACIONAL Demi Lovato Jay-Z & Kanye West Justin Bieber Katy Perry Lana Del Rey Maroon 5 Nicki Minaj One Direction Rihanna Taylor Swift
MELHOR ARTISTA MASCULINO
MELHOR ARTISTA FEMININO
Projota Dinho Ouro Preto Emicida Criolo Lenine
Maria Gadú Mallu Magalhães Gal Costa Rita Lee Gaby Amarantos
MELHOR DISCO Vivendo do Ócio - O Pensamento é um Imã Vanguart - Boa Parte de Mim Vai Embora Cascadura - Aleluia Agridoce - Agridoce BNegão & Seletores de Frequência - Sintoniza Lá
REVELAÇÃO Rancore Projota ConeCrewDiretoria
APOSTA RAPadura Xique Chico Soulstripper O Terno Lemoskine Selvagens à Procura de Lei
MELHOR CAPA
MELHOR MÚSICA
CLIPE DO ANO
Autoramas - Música Crocante Zeca Baleiro - O Disco do Ano Vanguart - Boa Parte de Mim Vai Embora Agridoce - Agridoce Gaby Amarantos - Treme
Vivendo do Ócio – “Nostalgia” (Jajá Cardoso/David Bori/Luca Bori/Dieguito Reis/Pablo Dominguez) Emicida – “Dedo na Ferida” (Emicida) Rita Lee – “Reza” (Rita Lee/Roberto de Carvalho) Vanguart – “Mi Vida Eres Tu” (Helio Flanders/Reginaldo Lincoln) Wado – “Com a Ponta dos Dedos” (Wado/Glauber Xavier)
Fresno – “Infinito” ConeCrewDiretoria – “Chama os Mulekes” Edi Rock part. Seu Jorge – “That's My Way” Gaby Amarantos – “Xirley” Vanguart – “Mi Vida Eres Tu” Racionais MC's – “Mil Faces De Um Homem Leal (Marighella)” Emicida – “Zica, Vai Lá” Mallu Magalhães – “Velha e Louca” Criolo – “Mariô” Garotas Suecas – “Não Se Perca Por Aí”
MELHOR BANDA ConeCrewDiretoria Restart Forfun Gloria Vanguart
HIT DO ANO Agridoce - Dançando ConeCrewDiretoria - Chama os Mulekes CW7 - Tudo Que Eu Sinto Emicida - Zica, Vai Lá Forfun - Largo dos Leões O Teatro Mágico - Nosso Pequeno Castelo Projota - Desci a Ladeira / Pode se Envolver Rashid - Quero Ver Segurar Restart - Menina Estranha Strike - Fluxo Perfeito
* as categorias “Hit do Ano” e “Artista Internacional”, serão escolhidas pelo público e a votação se encerra minutos antes do resultado ser divulgado.
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Literatura
Biografismos O mercado de biografias é um dos mais fortes do meio literário brasileiro. Desde o assombroso resgate histórico de Nelson Rodrigues, realizado em 1992 pelo jornalista Ruy Castro, em O Anjo Pornográfico, passando por Olga, de Fernando Morais, reeditado em 1994, contundente relato da vida (e morte) de Olga Benário Prestes, comunista alemã de origem judaica, podendo também citar o sucesso da biografia do cantor Tim Maia, de Nelson Motta, de 2007, um novo segmento de consumo se abriu e cava a cada dia espaços significativos nas prateleiras das livrarias. No ano do centenário de Nelson Rodrigues, um dos lançamentos mais marcantes da temporada foi a suntuosa biografia de Getúlio
Vargas, escrita em três tomos por Lira Neto, jornalista, duas vezes vencedor do Prêmio Jabuti na categoria biografia, autor de Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão (Companhia das Letras, 2009); Maysa: Só numa Multidão de Amores (Globo, 2007), O Inimigo do Rei: Uma biografia de José de Alencar (Globo, 2006) e Castello: A Marcha para a Ditadura (Contexto, 2004). Não é para os fracos. O primeiro tomo, intitulado Getúlio: 18821930, tem 624 páginas e 1773 notas ao final do volume, e abrange o percurso do biografado desde o nascimento — e seus antecedentes familiares — até a chegada ao poder, em 1930. O segundo (com lançamento previsto para 2013) re-
tratará até 1945, cobrindo o primeiro período da chamada Era Vargas e a ditadura do Estado Novo. O terceiro e último volume, que será lançado somente em 2014, abordará o exílio de Getúlio em São Borja após sua derrubada pelos militares e a volta à presidência pelo voto popular, chegando ao trágico desfecho de agosto de 1954. É um ambicioso estudo com a missão pouco simplória de reposicionar o legado de Getúlio Vargas, retirando provisoriamente um dos maiores, controversos e polêmicos estadistas nacionais de seu olimpo e colocá-lo ao rês-do-chão. [Ruy Castro sempre comenta que precisaria de mais cem anos para mergulhar em toda a obra de Nelson Rodrigues.]
Daniel Zanella danielaugustozanella@hotmail. com
Literatura
Cinquentas tons de cinza Seria muita falta de honestidade comigo escrever sobre outro livro que não este. Sempre desconfio desses recordistas de vendas, e com este não foi diferente, duvidei da sua qualidade mas a curiosidade me venceu. Em uma passada despretensiosa numa livraria saí com ele debaixo dos meus braços, deixei ele ali no cantinho da estante durante uma semana, e só então decidi dar ao Sr. Grey a oportunidade de me encantar, e ele assim o fez. O Sr. Grey é um multimilionário carregado de mistérios, escondido atrás de olhos acinzentados que hipnotizam, dono de um comportamento extremamente reservado num corpo escultural. Anastasia, uma jovem que está terminando a faculdade de literatura e nunca teve se quer um namorado, e muito
menos tem ideia do que seja uma paixão. Essa é a base do romance, esse casal formado de maneira extremamente inusitada. É um daqueles romances que vai consumir os amantes do gênero, daqueles que é impossível parar de ler. É uma leitura fácil mas que te prende, que te faz esquecer que existe um mundo real, e naquele momento tudo o que você quer saber é o que acontecerá no próximo capítulo. Tenho a impressão de que os capítulos não terminam no final, quando deveriam acabar realmente. Eles acabam com uma carga intensa de sentimento que provoca uma curiosidade enorme, que não te deixa fechar o livro. O jornal “O Globo” referese ao romance como fenômeno mundial de vendas, que de fato é, no Reino Unido é considerado o
maior best-seller de todos os tempos, desbancando J. K. Rowling. Poucas pessoas imaginariam que uma ex-dona de casa se tornaria uma autora de sucesso. Tudo começou com uma brincadeira como o também fenômeno de vendas, O Crepúsculo. E.L. James foi apenas mais uma das fãs da obra que criou uma fanfic da sua obra favorita, mas que acabou encantando o mundo todo. Fanfics são narrativas criadas por fãs da obra que inserem algumas variações, ou seja deixam a narrativa da maneira que mais lhe agrada, e certamente Cinqüenta Tons representa a Fanfic de maior sucesso mundial. Cinquenta tons de cinza é o primeiro de uma trilogia composta pelo “Cinquenta tons mais escuros” e pelo “Cinquenta tons de liberdade”, o segundo volume acaba
Ana Elisa Cris Cristina Santos ana.aecs@gmail.com
de ser lançado e eu já o adquiri, e da mesma forma deixei ele ali ao lado, me esperando. Pois sei que no instante em que eu me encontrar com ele não conseguirei deixa-lo de lado. Fato é que não se pode ignorar a presença desta narrativa tão intensa. De uma forma ou de outra E. L. James conseguirá despertar as emoções do leitor, de forma que divide o público entre aqueles que amam e aqueles que odeiam a obra.
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Comportamento
Diego Henrique da Silva
Açúcar em excesso causa vício, dizem especialistas Juliane Fladzinski
Chegou da aula, sentouse à mesa para almoçar e pediu: “O que é que tem de doce?” Silêncio. Movida pelo desejo de comer, ela então corre para o balcão da cozinha, vasculha os potes e encontra entre as latas de alimento uma que dizia “Ovomaltine”. Satisfação. Agora era preciso uma colher daquele doce e a refeição ficaria completa. Vício? Eliane Ramos, de 19 anos e estudante de engenharia, diz que sim. “Eu não vivia sem doce. Era como se o meu cérebro enviasse uma mensagem dizendo: chegou a hora de comer chocolate”. A jovem de 19 anos conta que, há um ano, o consumo de doces, principalmente após as refeições, era um hábito diário, ou então, era como se faltasse algo. “Eu me lembro quando comemorei o aniversário de onze meses com meu antigo namorado. Era setembro de 2009, e eu ganhei dele onze caixas de Bis. Eu nunca me esqueço, pois eu comi todas elas em uma se-
mana”, relembra Elaine. Mesmo depois dessa experiência, em que ela comeu 220 Bis em sete dias, Eliane explica que não se considerava uma viciada. “Eu não tinha noção de como era ter um vício. Acho que é mais coisa da nossa cabeça, sabe? E isso vai se tornando um hábito”. Segundo Gilza Vianna da Costa, nutricionista há 25 anos, o chocolate e doces no geral viciam porque atuam na região límbica do cérebro responsável pelo comportamento e funções afetivas. Nessa região encontrase a leptina, hormônio que também controla nosso apetite, e que, quando afetada pelo açúcar em excesso, é inibido de exercer a sua função. “Quanto mais você come, menos você tem o alerta dessa substância aumentando a sua vontade de comer. Ou seja, você não fica satisfeito, por isso está sempre querendo comer mais”, declara. Era o caso de Eliane. A jovem só se deu conta do vício em 2010, quando seus amigos brincando, a chamavam de “chocólatra”. “Eles me zoavam porque
Consumo excessivo de doce faz mal à saúde achavam engraçado eu gostar tanto de chocolate. Mas depois eu comecei a pensar: ‘puts’, eu como muito chocolate mesmo”, confessa. No ano passado, Eliane resolveu mudar seus hábitos com o próprio desafio de passar um mês sem chocolate. Segundo a estudante, a primeira semana foi horrível, porque ela sentia muita vontade de comer. Para não ingerir mais chocolate, ela achava outras maneiras de fazer a vontade passar: “Eu procurava suprir com outra coisa no lugar, como frutas, água ou ir dormir.” Passado os trinta dias, a jovem já sentiu mudanças no organismo e conseguiu, a partir de então, manter o controle. “E quando terminei, foi como se eu descobrisse que
não precisava comer todo o dia. Foi bom ter ficado sem, porque isso não era uma necessidade era um hábito, um vício”, conta Eliane satisfeita com resultados. “O cérebro tem o comando do corpo e o doce dá uma turbinada”, explica a psicóloga Sandra Silva. Ela exemplifica que o vício pelo açúcar pode interferir no humor, pois ele é alterado por químicas cerebrais quando recebe o alimento doce. Segundo a psicóloga, essa sensação de bem-estar causado pelo consumo de açúcar perde força com o passar do tempo criando um desgaste cerebral que pode levar à perda de neurônios. “Toda vez que você consome o açúcar para essa finalidade, assim como uma droga, ele causa um vácuo
depois da sensação de bemestar o que pode caracterizar uma depressão”, diz. No entanto, para que se tenha uma sensação de bem-estar sem depender dos efeitos do açúcar, é recomendável, segundo a psicóloga, fazer atividade física regularmente, ter uma boa alimentação e beber bastante água. A nutricionista também orienta que a quantidade ideal de açúcar por dia é de 120 gramas, o equivalente a dez colheres de sopa. “Quem quer parar com o chocolate precisa fazer um desafio consigo mesmo, porque não podemos ficar dependente de uma comida, algum doce para sentirmos bem. Devemos sentir bem por nós mesmos”, aconselha Eliane Ramos.
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Campo Largo promove feira há 25 anos Jaqueline Baumel
Há 25 anos, a Secretaria da Agricultura de Campo Largo, em parceria com a prefeitura, promove uma feira todos os sábados, das 6 h às 11 h. A feira começou na Rua Xavier da Silva e depois passou por vários lugares da cidade. Atualmente, acontece no antigo terminal urbano, no centro do município. Entre os produtos comTerezinha Valenga (42) e seu esposo. Tereza está há mais de ercializados estão verduras, O feirante Albino Biernesk (59) 20 anos na feira. produto defumado suíno, pão, bolacha, pastel, bolo, queijo, requeijão e até mesmo comida japonesa. Todos os produtos são produzidos pelos próprios feirantes, moradores dos bairros do interior de Campo Largo, como Bateias, Fazendinha, Miqueleto, Colônia Mariana e Colônia Cristina. Albino Biernesk, 59, morador do bairro Colônia Cristina, há 15 anos participa da feira comercializando seus produtos. Entre eles pão, bolacha, queijo e requeijão caseiros. Massaco Maruo da Silva, 63, há 15 anos vende alimentos da culinária japonesa na Edoni Lopez (61) está há sete anos na feira vendendo produto defumado suíno. feira. Massaco morou por seis anos no Japão. Os produtos da feira são vendidos a preço inferior ao do mercado. Sem contar que as verduras são orgânicas, ou seja, não possuem agrotóxicos. A manhã é movimentada na feira. Muitos campolarguenses aproveitam para tomar o café da manhã lá, com direito a pão e pastel caseiros. Edson Leucz, 57, é um dos visitantes assíduos da feira: “Estou todos os sábados aqui comprando pão ou alguma Feirante Silvestre Surek (56) e sua esposa, moradores do outra coisa.” Massaco Maruo da Silva (63), feirante há dois anos. bairro Nossa Senhora do Pilar.