Lookvision43 issue

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LOOK VISION

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50

EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 43 • MARÇO 2016

Contact UM 2016

O reflexo fiel da contactologia

Retina

A Europa dos grupos em transformação

TM

Miguel Teus

O médico luta pela reunião transversal das áreas da saúde visual

MIDO IS MORE




Março de 2016 • Nº 43

10 | BREVES

Índice CHRISTIAN LACROIX Um verão vibrante

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14 | OUTROS OLHARES

MAUI JIM

O futuro assente numa visão irrepreensível

26 | OLHAR O MUNDO

RETINA

A Europa dos grupos em transformação

28 | OFTALMOLOGIA

MIGUEL TEUS

ASETCIRC e a reunião transversal da saúde da visão

34 | OPTOMETRIA

Contact UM 2016

A contactologia em destaque

35 | MIDO

Tema de Capa: A feira internacional Mido merece destaque pelo sucesso registado em 2016.

Diretora: Editora: Redação: Consultor e Diretor Artístico : Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision PortugalTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal. NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com

Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos Emanuel Barbosa Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Penagráfica – Artes Gráficas Lda. 7,50 euros Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Isenta de registo na ERC ao abrigo do Decreto Regulamentar 8/99, de 9 de Junho, Artigo 12º, nº 1, a)

Mido is More




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Editorial 8

LOOK VISION

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50

EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 43 • MARÇO 2016

CONTACT UM 2016

O reflexo fiel da contactologia

RETINA

A Europa dos grupos em transformação

TM

MIGUEL TEUS

O médico luta pela reunião transversal das áreas da saúde visual

MIDO IS MORE

Reencontros intensos Sempre que nos envolvemos nas feiras internacionais, regressámos esgotados, por um lado, porque a intensidade destes eventos tem crescido, por outro com energia para iniciar novos caminhos. Em 2016 a Mido reforçou ainda mais este sentimento, porque esteve em grande. A organização esmerou-se na conquista de melhores condições para ambos expositores e visitantes e fizeram-nos sentir bem vindos. A própria capacidade dos expositores parece ter duplicado, porque a criatividade dos stands, a força dos produtos e o requinte na receção dos profissionais aumentou exponencialmente. Os corredores, esses, estiveram repletos, sempre! Múltiplas línguas e um corrupio alucinante marcaram as passagens centrais. E embora a Mido tenha chamado More a uma única rubrica, acrescentada de forma astuciosa, toda ela esteve “mais”. Parabéns! Falar de recuperação já não faz sentido. Faz sentido dizer que a ótica se reinventou noutro sentido e que está a dar certo. Desde 2012, altura em que lançámos o número um da LookVision Portugal, sentimos que este seria o caminho a empreender. O saber fazer, a aposta numa imagem cuidada e ir além do que alguma vez foi feito! Dedicamos, por isso, a edição 43 a esta vitória, em que a Mido foi um simples palco de algo que vem acontecendo “cá fora” no mercado. Os dados do setor, os êxitos, as empresas, as novidades e as sensações da feira de Milão estão aqui ao seu alcance. Nesta revista demos ainda espaço à dinâmica de quem opera em Portugal e a uma alteração interessante no mercado europeu com a marca Retina. Vale a pena conferir. A ciência também faz parte da nossa composição e com o apoio fulcral do oftalmologista José Salgado Borges lançámos aqui informações incontornáveis que devem fazer parte do quotidiano de todos os profissionais ligados à saúde da visão. Ainda o médico Miguel Teus, em entrevista exclusiva, especificou o projeto ibérico que quer reunir todas as atividades ligadas aos cuidados dos olhos. Vire a página e usufrua da visão mais clara do setor. A ótica está aqui!


infopt@portal-visual.com

Exclusiva em: por profissional on-line

Tel. 213 163 231/911 037 271


Breves 10

Lacoste Inovação flutuável A famosa marca do crocodilo lança no mercado os seus primeiros óculos de sol flutuantes. O novo modelo desportivo faz assim jus à fama atlética da Lacoste, num design funcional e inovador. A peça foi produzida com a utilização de uma nova técnica de moldagem por injeção, fazendo possível mantê-la à tona da água. O L816S Floatable está disponível em quatro cores magnéticas: azul, verde, preto e amarelo.

Tifosi Coleção de sol abrangente Ao ritmo dos dias de sol que se avizinham, a Tifosi propõe uma coleção ampla composta por 40 modelos. Com cores diversificadas e desenhos que seguem fielmente as tendências de moda do mercado, a marca desenvolvida pela Lusíadas quer chegar a todas as personalidades e gostos. Desde o retro, passando pelos eternos aviadores, os redondos, os modelos mais desportivos até aos clássicos, a Tifosi desdobra-se em ideias que irão colorir as cidades na temporada quente



Breves 12

Institutoptico Ricardo Pereira atesta a marca O grupo de ótica 100 por cento português assume Ricardo Pereira como o novo embaixador da marca. O ator esteve, por isso, em Lisboa para preparar a nova campanha de lentes oftálmicas do Institutoptico. Esta comunicação do Institutoptico reforça o posicionamento de ótica de família e de especialistas em saúde visual que procuram oferecer a solução ideal às necessidades de cada cliente. “Estou muito feliz por fazer parte da família Institutoptico! Fui muito bem recebido, como aliás sempre fui em todas as lojas da marca! É gratificante ser embaixador duma marca como esta”, referiu Ricardo Pereira, que passa a ser presença habitual nas 177 óticas e eventos promovidos pelo grupo nacional. “Pensámos no Ricardo Pereira não só pela sua simpatia mas porque, tal como nós, acredita nos valores da família. Conhecê-lo tornou a decisão muito fácil, porque a empatia foi imediata de ambas as partes”, acrescentou Paulo Arromba, responsável pela área de marketing e gerente no Institutoptico.

GrandOptical O lado fun da vida A loja GrandOptical do Almada Forum apresentou dia 24 de março, às “5 para as 6”, o novo rosto da marca de óticas do grupo GrandVision, Nilton. Com o mote Ver o Lado Fun da Vida, a GrandOptical alia a imagem divertida e carismática do humorista dos óculos azuis ao seu posicionamento premium. O evento decorreu na sequência da reabertura da GrandOptical do Almada Forum, que apresenta uma nova imagem inspirada no layout internacional da marca.

Christian Lacroix Um verão vibrante As cores aplicadas na coleção de alta costura desta maison inspiraram um conjunto eyewear que celebra a beleza do luxo em óculos refinados. O monograma de assinatura barroca nas extremidades das peças ou as iniciais da marca disfarçadas na charneira state of the art atribuem dotes únicos a estes Christian Lacroix. De destacar o trabalho intrincado em cada aresta e a reconstrução audaz de formas já celebrizadas pelos tempos.



OUTROS OLHARES

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Natural Optics

Cacharel exclusiva O grupo Natural Optics anuncia que arrebatou a distribuição exclusiva da marca Cacharel. Esta é mais uma vantagem desta companhia de origem espanhola, que em Portugal pretende arrebatar os óticos nacionais através de um serviço vocacionado à rentabilidade máxima dos negócios, com a oftalmologia no centro da ação. Esta conquista, que permite a distribuição em exclusividade da prestigiada marca Cacharel, vem no seguimento da aposta na qualidade por parte da Natural Optics. Para além das vantagens empresariais, através de plataformas de aconselhamento avançadas, e científicas, graças à ligação próxima com a oftalmologia, a Natural Optics apresenta também um sentido apurado de estética eyewear. Sendo a Cacharel uma insígnia de renome e bem colocada no mercado da moda, irá permitir às óticas ter um argumento forte de venda.

Uma história no feminino A Cacharel nasceu para celebrar a mulher, com produtos que tornam o seu quotidiano requintado e especial. A nova coleção de óculos segue esta linha e propõe tons suaves e linhas de uma feminilidade arrebatadora. A prova em como esta marca está na frente das tendências são mesmo as tonalidades. As anunciadas cores pastel, em declinações de rosa e azul decoram peças verdadeiramente magnéticas. Elementos parisienses, autenticidade e desenhos luxuosos garantem a distinção da mulher Cacharel.



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aplicar no dia a dia e até nos negócios. Campanha de heróis A publicidade apela ao herói do dia-a-dia, que com as lentes multifocais Varilux pode manter o seu desempenho ao máximo com a acuidade visual garantida a todas as distâncias. Ao proporcionar ainda boas condições na aquisição de um segundo par de lentes Varilux, direcionadas a necessidades mais específicas, como trabalho com aparelhos digitais, desporto, condução ou proteção solar, a Essilor garante atrair consumidores às óticas nacionais.

Essilor

A vencer distâncias com Varilux A fabricante de lentes oftálmicas apresentou em Lisboa e Porto a nova campanha que coloca a marca Varilux no caminho dos consumidores. A LookVision Portugal esteve no fabuloso restaurante da Boa Nova, onde ouviu as novas estratégias sobre o produto, pela voz de Gonçalo Barral, diretor geral da Essilor Portugal. O alpinista João Garcia brindou ainda os óticos presentes com uma palestra motivacional e alguns recortes das suas experiências na conquista “das distâncias”. A marca mais antiga de lentes multifocais do mundo continua hoje atual e a impor o ritmo do desenvolvimento deste produto. A Varilux dispõe de um conjunto amplo de soluções personalizadas para as exigências da vida atual. Neste sentido, a Essilor lançou uma intensa campanha para manter o consumidor próximo desta marca icónica, apresentada aos profissionais dias 11 e 19 de fevereiro, em Lisboa e no Porto respetivamente. A dar imagem a este conceito esteve o herói das distâncias, João Garcia. O atleta garante que com as necessidades extremas

que tem para se manter em forma e ainda ultrapassar os seus desafios de alpinista, não prescinde das Varilux. Aos óticos convidados falou ainda das vicissitudes e vitórias que o tornaram famoso e de como a forma como ultrapassou as dificuldades se pode

Gonçalo Barral em “direto” “A Varilux continua a marca número um no mundo em inovação e este investimento não passa só pela tecnologia, que realmente existe e em elevado grau, mas também pela comunicação. Sabemos que neste momento o mercado da ótica sofre muitas modificações e temos a plena consciência, como líderes de mercado, que comunicar com o consumidor é essencial. Comunicamos que há soluções para a presbiopia de muita qualidade e que essas soluções estão nas nossas óticas em Portugal. A Varilux é de facto internacional mas nós gostamos sempre de a sentir próxima e por consequência também estarmos próximos dos nossos óticos e queridos clientes. Achamos ainda que com a campanha de televisão e embaixadores deste calibre estamos a ajudar o consumidor a perceber que, se calhar, é altura de ir à ótica fazer exames e, desta forma, levar mais pessoas às lojas. Se precisarem de consumir Varilux, o ótico será o primeiro a prescrever.”


LE-700 SISTEMA DE CORTE DE LENTES COMPACTO A Biseladora Automática é o mais recente e

• Design funcional, compacto e leve;

compacto sistema de corte de lentes da Nidek

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que combina alta tecnologia e facilidade de utilização.

embutido e ecrã táctil a cores; • Inovador copiador vertical com leitura da curvatura real da lente; • Desbaste de lentes silencioso e rápido com baixo consumo de água; • Preço extremamente competitivo. Para obtenção de mais informações ou para agendar uma demonstração contacte a Optometron, distribuidor exclusivo da Nidek em Portugal.


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Maui Jim

O futuro assente numa visão irreprensível A marca de coração havaiano reuniu a imprensa internacional, em Milão a 28 de fevereiro, aproveitando a concentração de jornalistas e óticos na feira internacional Mido, para apresentar estratégias, novidades em óculos e desenvolvimentos tecnológicos. O luxuoso hotel Palazzo Parigi foi pano de fundo de um evento que visou o futuro. Como conclusão de um jantar requintado entre colaboradores da Maui Jim, jornalistas e clientes todo o mundo, Martijn van Eerde, diretor internacional de marketing, elevou a voz, descendo o pano sobre os projetos estudados para levar a Maui Jim sempre mais longe. A Europa continua a ser um desafio grande para a

marca, mas que tem sido conquistado, graças à sede alemã. Para falar dos produtos que fervilham no portfólio da marca, Jay Black, vice presidente de marketing global, apresentou os quatro novos modelos. Os desenhos seguem tendências atuais delineados em torno do ADN fundamental da Maui Jim. O grande relevo esteve, no entanto, num dos maiores trunfos desta insígnia e que agora terá o destaque das comunicações: as lentes e respetivas tecnologias. As novíssimas lentes polarizadas, dotadas com a tecnologia Polarized Plus e de um tratamento espelhado muito estiloso, serviram de bandeira para o discurso. Jay Black assinalou que esta é uma área que desenvolvem de forma exímia e que merece ser salientada nas campanhas. Afinal, as lentes Maui Jim permitem que os todos os usuários, incluindo, claro, os que precisam de graduação, consigam ver um mundo de cores perfeitas, contrastes intensos e segurança sem igual. O futuro da casa de origem havaiana está direcionado para novos ângulos, mais técnicos e que falam diretamente ao profissional da ótica.



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vantagens nos produtos de audiologia ou a inclusão de novas marcas, como a Go Eyewear, detentora das linhas Ana Hickmann, ou a Diago, na área de complementos. Completam estas vantagens também o conjunto de fornecedores que oferecem rappels anuais em função das compras e promoções especiais durante todo o ano e pontos para ganhar viagens ou prendas. Deste modo, multiplicam-se as opções para as óticas Cecop de conseguirem mais descontos diretos na fatura, prémios anuais pelo consumo e máxima rentabilidade desde o primeiro euro, através de planos de compra bem pensados e, alguns deles, baseados nas marcas próprias.

Cecop anuncia novas valências O grupo internacional de óticas apresenta aos associados acrescidas vantagens para os seus negócios, fruto de intensas pesquisas e negociações. Com o aniversário dos 20 anos de existência a aproximar-se, os óticos Cecop contam com uma celebração em grande e um grupo que ambiciona crescer. Novos acordos e maiores descontos A Cecop alargou o seu portfólio de marcas e fabricantes e renovou os acordos comerciais com os parceiros do grupo, garantindo aos associados melhores condições de compra para as suas óticas. Na sequência das recentes negociações, o grupo de óticas publicou na área privada para associados do seu site todas as condições conquistadas para 2016. Entre outras, as tarifas de compras com os fornecedores de lentes oftálmicas, incluindo as taxas mais rentáveis para os óticos que entram na faturação centralizada, e com a Kodak, o novo parceiro. Como novidades para este ano a Cecop divulga ainda os nove por cento de rappel anual com a Allison, o aumento das

20 anos celebrados em grande A Cecop conta com duas décadas de dedicação às óticas independentes. Para celebrar uma data tão especial o grupo multinacional prepara um evento com toda a pompa e circunstância. “Celebrar 20 anos de êxitos tem múltiplos significados relacionados de forma estreita com valores que compões o nosso ADN, como a confiança, o compromisso, a solidez e a proximidade. A celebração será feita com os associados e os parceiros que com o seu profissionalismo e dedicação contribuíram neste percurso de sucesso. Preparamos, por isso, um fim de semana e uma gala muito especial”, declarou Jorge Rubio, diretor e fundador da Cecop. De 6 a 8 de maio, no magnífico Gran Casino Aranjuez, em Madrid, decorrerá a International ExpoCecop 2016. Este evento conjugará profissionais de todos os sete países onde a marca está presente. Os portugueses que atinjam resultados satisfatórios terão um convite privilegiado para assistir em primeira mão a este certame.



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Thema propõe moda urbana A empresa espanhola garante uma temporada quente em cheio através de desenhos emblemáticos e materiais inovadores. Ultem A flexibilidade é a palavra de ordem deste material. Moldável, dobrável ou até alongável volta sempre à sua forma inicial sem riscos de quebra. Esta característica fantástica é possível graças ao polímero Ultem, obtido depois de anos de pesquisa e estudos. Este material tem resistência extrema, maleabilidade e uma memória de forma espantosa. Todas estas propriedades reunidas num par de óculos resulta num produto praticamente indestrutível. 99 John St. NYC 99JST é o nome de uma emblemática rua situada perto da ponte de Brooklyn, Nova Iorque, e que representa a união perfeita entre o novo e o velho, entre o presente e o passado. A mistura de raças, culturas e estilos que caracterizaram a Big Apple é a fonte de inspiração para as formas contemporâneas e modernas da linha de óculos 99JST. Este conjunto dedicado às novas gerações inclui a linha Sun, com muitas cores e formas. Nesta linha destaca-se o novo efeito de borracha no acabamento de alguns modelos, o que permite o ajuste perfeito. Conta também com a linha Pós-graduação, composta por uma por uma multiplicidade de cores e desenhos para todos os espíritos e, finalmente, conta ainda com a linha Ultem. Este conjunto é especial e as suas características tornam-no perfeito para usar todos os dias. Há informações detalhadas em www.99jst.nyc.

Plug-in Ultem O que significa isto? Estilo e funcionalidade reunidos numa única peça eyewear. Ultem Plug-in torna possível mudar de estilo com um simples movimento. Graças aos quatro clips magnéticos que traz consigo, podem ser aplicados diferentes looks num instante, sem ter que mudar de óculos. Desta forma, pode escolher-se entre o clip de lentes Office, projetadas para um uso interno e que facilitam a leitura e reduzem o cansaço dos olhos. Oferecem ainda uma visão relaxada a quem passa muito tempo na frente do PC, tablet e smartphone.

A escolha alarga-se também às lentes Polarized são adequadas para dias soalheiros. Protegem os olhos contra os raios ultravioleta, nocivos para os olhos e garantem bem-estar e conforto para quem os usa. Já as Driving foram projetadas contra os reflexos do sol que podem surgir durante a condução, atrapalhando o condutor. Ainda o clip de lentes Mirrored Polarized tem todos os benefícios das lentes polarizadas, como a proteção contra os raios UV, a redução dos reflexos e o conforto visual. Tudo com um toque extra de estilo espelhado! Ultem Plug-In para os mais novos 99JST Ultem Plug-In inclui também a versão para crianças com três extra. Ao clássico Mirrored Polarized e ao Office, adicionou-se as lentes 3D. Estas lentes podem ser usadas em televisores que utilizem esta tecnologia, como por exemplo das marcas SONY e LG 99JST e Ultem são produtos de Thema Optical SRL que também está presente no mercado internacional com as linhas Giorgio Valmassoi - óculos desde 1971, Valmassoi clássicos para Homem, Ecléctico, Donna Fontana - óculos para Ela, Thema - Basic Line, iGreen Hi-Tech Frames, Philosopheys, Foves, Titan Class, Luxhorn e Yakuta. Entrando na página Web da Thema, selecionando o mapa de distribuição, encontra o telefone e o nome do delegado de zona. Tel. +351 936 924 540 / +351 913 817 979 – Email: anamota.themaoptical@gmail.com nunocarvalho.themaoptical@gmail.com



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Proóptica distribui lentes Kodak em Portugal A partir de abril de 2016 as lentes Kodak entram no mercado português através da “mão” experiente da Proóptica. A nova distribuição surge na sequência do acordo feito entre a empresa nacional e a Signet Armorlite Portugal. Esta união estratégica vem reforçar o posicionamento de ambas as empresas no mercado, no sentido de atingirem objetivos comuns. A Proóptica está ativa no mercado desde 1993, alargando progressivamente o seu portfólio. Hoje fornece ao setor português soluções completas, dedicando-se ao desenvolvimento de armações, óculos de sol, lentes oftálmicas, acessórios de ótica e arquitetura e design. A Kodak Lens vem tornar mais sólida a oferta da empresa, como fornecedora de serviços integrados, num compromisso abrangente e diferenciado, preços justos, qualidade superior e serviços exímios. Tudo com a proximidade aos clientes como fator central. A Signet Armorlite, através da sua marca Kodak Lens, aposta, numa distribuição especializada e segura no território luso, assente nos 20 anos de experiência da Proóptica. Esta insígnia de lentes oftálmicas garante soluções personalizadas com excelente relação qualidade/preço. O acordo arranca em abril com o objetivo de criar uma relação duradoura entre dois parceiros que buscam sinergias e, claro, beneficiar os óticos e consumidores com um produto de elevada confiança e de grande reconhecimento geral.


OLHAR O MUNDO Expooptica 2016_210x297_port.pdf

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16/02/16

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EDIÇÃO

Salão Internacional da Ótica e Optometria

8-10 Abril 2016

ORGANIZA

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MODA · DISEÑO DESIGN · FORMACIÓN FORMAÇÃO · NETWORKING C

M

VISÃO

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CM

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CY

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TENDENCIAS TENDÊNCIAS · INNOVACIÓN INOVAÇÃO · NEGOCIO NEGÓCIO · EXPO EXPO EXPO

GALERIA DE INOVAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

www.expooptica.ifema.es

Colaboram:

Em coincidência com:

IFEMA - Feria de Madrid 902 22 15 15 (34) 91 722 30 00 expooptica@ifema.es

ExpoÓptica 2016 aquece os motores O recinto madrileno Feria de Madrid, da organizadora IFEMA, , acolhe a 31ª edição da ExpoÓptica de 8 a 10 de abril com grandes expectativas. O certame volta a cruzar-se com o OPTOM, Congresso Internacional de Optometria, Contactologia e Ótica Oftálmica, atraindo profissionais de todas as áreas da saúde visual.

Nesta ExpoÓPtica colaboram o Conselho Geral de Colégios de Óticos Optometristas, a Associação Espanhola de Fabricação, Comercialização e Importação Geral de Óptica (AEO) e a Federação Espanhola de Associações da Ótica (FEDAO), num conluio que garante adesão de qualidade à feira. Por isso mesmo, o evento compromete-se com as melhores ferramentas, numa contribuição superior para a dinamização do setor e apoiando as empresas nas suas estratégias de marketing. Os participantes podem ainda atualizar-se em relação às novidades do mercado ibérico. A organização abre a possibilidade de elaborar um plano à medida de cada companhia, o que implica uma participação adaptada aos objetivos de cada expositor, reforçados através de ações especiais dirigidas aos diferentes grupos de visitantes. A finalidade passa por conseguir que, com o mínimo de investimento, as empresas tenham acesso a uma ampla gama de serviços que assegurem a máxima rentabilidade.

O formato fácil, económico e eficaz da ExpoÓptica está disponível a preços muito competitivos, garantindo aos participantes um retorno da sua aposta. Adicionalmente, os stands modulares, com equipamentos básicos, têm um design cuidado. A feira conta ainda com áreas coletivas (salas de formação em contactologia, audiologia e baixa visão), uma zona de networking para se realizarem apresentações no Fórum ExpoÓpitca e uma programa especial para óticas convidadas. Este fórum foi concebido como um apoio à formação global da ótica e para fazer frente às exigências do setor cada vez mais competitivo. Inclui sessões formativas e dinâmicas relacionadas com o âmbito comercial e da gestão das óticas. O fórum é também um espaço aberto para os expositores que desejem promover os seus produtos. A realização da ExpoÓptica em conjunto com o evento científico e profissional, OPTOM, abre portas à formação contínua e elevada dos profissionais, já na sua experiente 24ª edição.


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Retina

A Europa dos grupos em transformação O fim do mês de janeiro marcou a criação da primeira cooperativa europeia que reúne três grupos de ótica: Vision Group de Itália, Cione de Espanha e Atol les Opticiens de França. São mais de 11500 óticos e 3500 pontos de venda que ficam sob égide da Retail International Alliance, ou RETINA, por Marco Procacciante, CEO da Vision Group, Fernando Flores, CEO da Cione e Eric Plat, presidente do Atol les Opticiens. Em plena Mido, o líder do grupo espanhol partilhou connosco esta nova visão para a ótica da Europa. O que leva estes três grupos a juntarem-se sob uma nova marca? É fácil. Somos três empresas com interesses comuns que representam as óticas independentes e com necessidades idênticas. Temos a oportunidade de nos juntar e falar com os fabricantes face a face. Assim ficamos mais fortes. Havia alguma fragilidade por parte dos grupos? Não, o que acontece aqui é semelhante ao que acontece com qualquer multinacional. Temos uma filosofia de trabalho que foca o crescimento e expansão. Cada um dos grupos tem as suas mais valias no próprio território, e encontrámo-nos como parceiros interessantes que podem multiplicar essas vantagens, sem necessidade de fusões ou compras que implicam mudanças

profundas. Assim mantemos a nossa autonomia, mas sempre com o foco de melhorar e aperfeiçoar o negócio. Cada um dos grupos trabalha um mercado muito particular. Correto, temos uma companhia francesa, outra italiana e nós. Cada um é empresa líder ou dentro das mais importantes nos respetivos mercados e procuramos uma filosofia de trabalho comum. Antes de fazer esta aliança, preocupámo-nos em conhecer as caraterísticas e filosofia dos grupos envolvidos e levou tempo, foi um processo ponderado e encontrámos a química entre as filosofias de trabalho e até entre os próprios diretores gerais de cada empresa. Visitámos os respetivos países e sedes, conhecemos as pessoas envolvidas e tentamos estabelecer numa primeira instância uma relação pessoal,


para que depois a profissional fosse mais fácil. E na nossa cultura isto é muito importante. E os fornecedores como reagem? Bem, quando três grupos de compra se juntam, evidentemente, que há uma negociação das condições, mas também há uma leitura muito positiva. Creio que será uma magnífica oportunidade em ver-se nesta aliança um caminho relativamente fácil para uma entidade que permite aceder, de uma vez só, a três mil óticas independentes sem necessidade de fazer o trabalho a uma de cada vez. O que vai ser diferente para os associados da Cione? Estamos a arrancar e o que eu gostaria que fosse diferente para os óticos da Cione, é que estivessem disponíveis imensos instrumentos que os ajudassem a diferenciar-se na sua área de atuação. As óticas independentes têm sempre uma concorrência complicada e o que queremos é ajudá-los a diferenciar-se. Formação, produtos, materiais no seu ponto de venda entre tantas outras vantagens estarão à disposição dos profissionais. E como está a Cione no mercado Ibérico? Em Espanha temos mais de 1200 óticas e em Portugal, onde começámos há um ano e meio, contamos com 70 e temos feito um percurso cuidado. Quando captamos um associado queremos fazê-lo de forma próxima e não com a intenção de angariar grandes quantidades. A relação é pessoal e o trato é muito importante para nós. Portugal é porém um mercado em temos de concorrência de grupos muito intenso. Sim é muito duro, mas o nosso modelo é distinto. Nós não falamos diretamente com o consumidor, porque acreditamos que o melhor profissional para o fazer é mesmo o ótico. Damos ferramentas: produto próprio, condições comerciais, produtos de fabricantes e material de marketing. Acha que com a Retina a entrada em Portugal será mais forte? Obviamente que nos reforça num contexto mais amplo. No entanto, que sabemos que temos muito trabalho a fazer e muitas oportunidades para conquistar em Portugal. E os outros dois grupos funcionam de forma semelhante? Como filosofia de trabalho nem todos são iguais. No grupo francês a maioria dos seus membros partilham a mesma imagem, não deixando de qualquer forma de defender os princípios da ótica independente, como a Cione. Ou seja, os óticos são proprietários da sociedade, tal como na Cione, são cooperadores. E aqui somos iguais os três. Nós também temos grupos de imagem, não tão grandes como os franceses. Estes têm estabelecimentos óticos com grande peso e têm também independentes, mas com menos importância. Na Cione fazemos ao contrário. Temos os dois mas mais independentes. Temos três grupos de imagem que são uma mais valia aos nossos associados e que podem livremente ter ou não. Dos nossos serviços e produtos, o ótico é que decide o que quer. Claro que em França a comunicação ao consumidor é muito mais feroz e por isso o grupo adaptou-se dessa forma.

“Temos uma filosofia de trabalho que foca o crescimento e expansão. Cada um dos grupos tem as suas mais valias no próprio território, e encontrámo-nos como parceiros interessantes que podem multiplicar essas vantagens, sem necessidade de fusões ou compras que implicam mudanças”

Mas pensam alinhar estas diferenças? Tem que se ir analisando, mas sei que teremos muitas sinergias e muito conhecimento para partilhar. Cada um tem coisas ótimas e no futuro iremos conjugá-las. Por exemplo, no que diz respeito ao produto próprio nós seremos os mais avançados, embora sejamos os mais pequenos em termos de dimensão. Trabalhamos esta área com muito primor. Um ótico connosco pode fornecer-se com tudo. Armações, contactologia, lentes, audiologia, temos um portfólio gigante. Será interessante unir estas forças. Como funcionará a Retina na prática? Temos uma equipa, um conselho de administração constituída pelos três diretores gerais que arregaçam as mangas e trabalham. Somos muito executivos os três. O que fizemos foi começar a desenvolver alguns projetos identificados por categorias onde cada um terá uma equipa multinacional. Esses grupos irão desenvolver propostas para cada uma dessas categorias onde podem incluir-se fabricantes interessados em participar. E o nome, como surge? É óbvio, porque está vinculado ao olho, vinculado ao setor e ainda tem cariz multinacional pois é igual em muitos idiomas. Tivemos que chegar a um acordo com a Apple para podermos usar o termo no setor da ótica, porque é marca registada. Focalizando o mercado português, como é uma ótica nacional associada à Cione? Os nossos clientes são óticas independentes, a ótica perto de nossa casa. Não tem identificação do grupo, mantém a sua identificação e filosofia de trabalho. Nós proporcionamos produtos e recursos diversos. Incluímos ferramentas de marketing, de formação, temos assessoria telefónica através da qual podem pedir informações sobre o produto, materias e temos biselamento remoto que está à disposição de todos os associados. Tem objetivos para Portugal? Queríamos chegar às 200/250 óticas em quatro anos. Seria mais ou menos uma quota de mercado de dez por cento que é semelhante ao que temos em Espanha. É ambicioso. Sim, mas exequível! Porque temos um modelo interessante e atrativo para o ótico independente. Conhecemos bem o mercado e temos uma infraestrutura e capacidade logística muito interessante.

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Oftalmologia

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Miguel Teus

ASETCIRC e a reunião transversal da saúde da visão O oftalmologista que preside a Associação Espanhola de Tecnologia e Cirurgia de Implantes, Refrativa e Córnea (ASETCIRC) explicou à LookVision Portugal os meandros desta organização que reúne sinergias ibéricas.

Desde a fundação em 2009, que grandes vitórias conseguiram em nome da formação e informação das áreas onde estão envolvidos? Desde a sua fundação, a ASETCIRC realizou um congresso anual em várias cidades espanholas com grande sucesso, considerando o número de inscritos e mesmo a qualidade das apresentações que subiram ao palanque. Em 2015 tivemos o privilégio de celebrar o nosso encontro habitual inserido na marca do Congresso Anual da Sociedade Espanhola de Oftalmologia, celebrado em Sevilha no mês de setembro.

Acha que cumpriram com o objetivo inicialmente proposto? O que falta? A finalidade central passa pela criação de fóruns de excelência de caráter científico no que diz respeito à atenção à saúde ocular, com o objetivo fundamental de formar e de avaliar as novas tecnologias disponíveis na área da saúde visual. Trata-se, no fundo, de criar um espaço livre das pressões das casas comerciais e guiarmo-nos somente pelo conhecimento.


Têm previstas ações “no terreno”? O “terreno” mais recente em que vamos desembarcar é o da área virtual, pois as ferramentas que nos proporciona a internet permitem a realização de eventos virtuais, que com grande poupança de meios abarca muita mais audiência.

É difícil reunir os especialistas das diferentes áreas ligadas à saúde visual de Espanha em torno deste objetivo? Não é tarefa fácil, mas tanto da área de enfermagem oftalmológica até à optometria, cada vez mais se capta um maior interesse pela participação em foros multidisciplinares. Esta é a única maneira eficaz para transmitir conhecimentos de forma integral. As exclusividades nunca foram boas aliadas da excelência. A ligação com Portugal faz-se através de alguns médicos e também da Universidade do Minho, certo? A ligação íntima que temos com Portugal acontece fundamentalmente através do Dr. Salgado-Borges e do Dr. González Méijome, da Universidade do Minho. Cabe-me destacar o grande papel que esta colaboração tem desempenhado entre estes países irmãos. Ainda existe alguma resistência por parte dos oftalmologistas, ortóticos e optometristas em reunir esforços no nosso país. Como se pode quebrar este estigma? Creio que a melhor argumentação assenta no facto de que a atividade de profissional da saúde ocular não pode ser completa e excelente sem a participação tanto do médico oftalmologista, como do optometrista e da enfermagem especializada. Adicionalmente, temos em conta que o conhecimento é uma única entidade, porque não existe oftalmologia médica diferente da optométrica, entre outras facetas. Não existe motivo para a divisão entre os profissionais, mas sim para a colaboração, que é proveitosa em todos os sentidos para ambos profissionais e pacientes. Que grandes objetivos tem agora a ASETCIRC para a Península Ibérica? Nesta fase, em que tenho a honra de servir como presidente da associação, o nosso principal desafio é estar presente em todas as principais reuniões científicas realizadas na Península Ibérica e a criação de uma marca de excelência na divulgação, discussão e ensino no âmbito da nossa área de intervenção.

“Creio que a melhor argumentação assenta no facto de que a atividade de profissional da saúde ocular não pode ser completa e excelente sem a participação tanto do médico oftalmologista, como do optometrista e da enfermagem especializada”

Quais são os temas prementes da saúde visual dos nossos países? Na Península Ibérica existem vários temas relevantes no que diz respeito à saúde visual. Se tiver que assinalar os dois mais importantes são eles o diagnóstico precoce e o tratamento do edema macular diabético e do glaucoma. Nestas duas patologias deve realizar-se uma estratégia de prevenção mediante o rastreio da população assintomática em risco e isto não é uma tarefa fácil. Os respetivos governos têm de consciencializar-se que em determinados aspetos da saúde da visão, a melhor ação passa mesmo pela prevenção e não pela cura (é mais económico e a longo prazo). O que podem fazer os especialistas e profissionais para atenuar os problemas que assolam os olhos e a visão dos portugueses e espanhóis? A missão fundamental dos profissionais é dupla. Por um lado devem procurar estar atualizados na sua formação contínua intensiva e por outro devem fomentar a criação de comissões de especialistas que assessorarem os responsáveis políticos sobre os objectivos a atingir no campo da saúde visual.

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Abordagem Cirúrgica Sequencial do Queratocone

Texto: J. Salgado-Borges, MD, PhD, FEBO www.salgadoborges.pt Artigo Científico

Figura 1 – Queratocone

Definição e Diagnóstico O queratocone (QC) é uma ectasia corneana não inflamatória, geralmente bilateral e assimétrica (Fig 1). Cursa com um adelgaçamento e encurvamento progressivos induzindo um astigmatismo irregular; esta deformação sectorial da córnea localiza-se preferencialmente no quadrante infero-temporal. Os sintomas são altamente variáveis e dependem da fase da progressão da doença. No início pode não haver sintomas, mas progride de forma insidiosa e clinicamente subtil, com distorção significativa da visão na doença avançada. Afecta aproximadamente 1 em cada 2000 pessoas; surge geralmente na puberdade, com 75% dos casos diagnosticados antes dos 25 anos. Normalmente a progressão abranda a partir da 3ª década e a gravidade está geralmente relacionada com a precocidade do seu aparecimento. Envolve ambos os sexos e todos os grupos étnicos. A etiologia desta patologia não está claramente esclarecida, mas existe um vínculo genético importante (10% dos casos com história familiar), a associação com o síndrome de Down (prevalência 10 a 300 vezes mais elevada) e doenças do colagénio (síndromes de Marfan e Elhers-Danlos). Por outro

lado, a associação com a atopia e a conjuntivite vernal é amplamente reconhecida e o coçar do olho (“eye rubbing”), presente em mais de um terço dos doentes, tem sido apontado como crucial na fisiopatologia desta doença. O impacto visual desta patologia surge duma deformação localizada na córnea, que gera um desacerto na frente de onda de luz que penetra no globo ocular e progride em direcção à retina; dada a irregularidade desta frente de onda, o erro de focagem não consiste numa simples refracção de miopia ou astigmatismo regular, mas antes em aberrações ópticas de alta ordem, que, a não ser em casos leves ou incipientes, não são possíveis de compensar com óculos ou lentes de contacto hidrófilas comuns. O diagnóstico do queratocone pode inicialmente ser levantado por queixas de dificuldade visual marcada, em idade característica, e por alterações frequentes da graduação em pouco tempo. Existem alterações específicas observáveis no exame biomicroscópico tais como

Figura 2 – Sinal de Munson

os sinais de Munson (Fig 2) e estrias de Vogt, mas os casos mais subtis podem apenas ser diagnosticados pela análise morfológica e das aberrações ópticas da córnea. Os novos tomógrafos corneanos permitem caracterizar e detectar alterações mais precoces da paquimetria, das curvaturas e elevações, quer da superfície anterior quer da posterior da córnea e monitorizar a sua progressão através da quantificação de vários índices numéricos (Fig 3). Por outro lado, a caracterização biomecânica da córnea com o ORA e mais recente com o Corvis ST tem também contribuído para a detecção de casos de queratocone incipiente. Tratamento O principal objetivo do tratamento do QC consiste na reabilitação visual e na tentativa de estabilização da sua progressão. A educação do doente e da família são fundamentais, sendo muito importante o conselho de evitar coçar os olhos, o tratamento da alergia ocular e uma reabilitação ocular adequada. Numa primeira fase a correcção com óculos pode ser suficiente, mas as lentes de contacto continuam a ser a melhor forma de se restituir uma boa acuidade visual a estes doentes (Quadro 1). Vários tipos de lentes de contacto podem ser utilizadas consoante a irregularidade da córnea a corrigir mas, para já, não existe evidência que


Figura 3 – Exame Tomográfico de um Queratocone

Tratamento Cirúrgico Sequencial Do ponto de vista cirúrgico podemos considerar basicamente duas finalidades na actuação: uma que procura efectuar uma reabilitação óptica ou refractiva adequada e outra, estrutural, que pretende alterar/regularizar a superfície corneana e eventualmente diminuir a progressão da patologia (Quadro 2). Até ao final da década de 90 a deterioração visual era tal que em cerca de 20% dos casos a única solução passava pela realização de um transplante perfurante da córnea ou queratoplastia penetrante. Nos últimos anos, o avanço das técnicas cirúrgicas tais como a queratoplastia lamelar, o aperfeiçoamento das lentes

intraoculares fáquicas e o aparecimento dos implantes de segmentos de anel corneano têm fornecido mais opções para o doente com QC. Contudo, todas estas soluções tendem a regularizar a superfície corneana e/ou a corrigir o erro refractivo sem no entanto impedirem a progressão da doença. Este papel de estabilizador da evolução do QC está actualmente limitado ao Crosslinking (CXL) (Quadro 1).

Quadro 1

Quadro 2

permita afirmar que as lentes de contacto possam impedir a progressão da ectasia corneana no queratocone em evolução.

Cross-linking (CXL) Na córnea existem pontes moleculares entre as hélices de colagénio e as mocrofibrilas. Com o envelhecimento normal e em doentes com diabetes estas pontes de ligação aumentam, com a consequente alteração na biomecânica da córnea (fortalecimento de córnea). Isto justifica de certo modo a diminuição da progressão do QC com a idade e em doentes com diabetes. O cross-linking do colagénio corneano (CXL) surge como uma técnica promissora que permite atrasar ou impedir a progressão da doença, por aumentar activamente as ligações cruzadas do colagénio. A riboflavina (vitamina B2) utilizada como fotosensibilizador, tem um pico de absorção para UVA no comprimento de onda 370 nm. Quando a córnea saturada de riboflavina é exposta à radiação UVA, ocorre fluorescência da molécula de riboflavina gerando-se radicais livres. Estas espécies reactivas de oxigénio promovem as ligações covalentes do colagénio no estroma corneano, o que potencialmente torna a córnea mais rígida e estável do ponto de vista biomecânico. A partir de 2007 passou a utilizar-se o CXL seguindo o

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As indicações para este tratamento (CXL) têm sido alargadas ao tratamento de úlceras corneanas, melting, queratopatia bolhosa e ectasias iatrogénicas após o tratamento com laser. Em conclusão, o aparecimento do CXL foi um dos desenvolvimentos mais promissores dos últimos anos na abordagem dos doentes com QC, dado que ao atrasar a progressão da doença pode evitar a necessidade de um procedimento mais invasivo e com maior custo, como é o transplante da córnea.

Figura 4 – Cross-Linking (CXL)

protocolo de Dresden, em que o epitélio corneano é removido. Esta é a técnica por nós utilizada e da qual fomos pioneiros em Portugal (Fig 4). Mais recentemente, têm surgido alterações ao procedimento standard em que o epitélio corneano não é removido, tal como por exemplo, a “iontoforese” uma técnica não invasiva que facilita/acelera a penetração da riboflavina com a consequente redução do tempo necessário para o tratamento. Por outro lado, a utilização de maior potência de UVA pode levar também a um menor tempo do procedimento (Avedro KXL). Continua contudo por definir qual o melhor método para fazer chegar a riboflavina à córnea, qual a dose ideal de radiação e qual a duração indicada para o tratamento. O CXL tem indicações muito bem definidas no QC: QC em clara progressão, idade inferior a 35 anos, paquimetria central superior a 400 µm, e Ks inferiores a 58 D. São por outro lado contra-indicações para o uso desta técnica: a opacificação central da córnea, a gravidez e o aleitamento, a acuidade visiual ≥ 8/10 e um olho seco grave.

Segmentos de Anel Intraestromais (SAI) O implante de segmentos de anel intraestromais (SAI) é claramente uma alternativa cirúrgica para o tratamento do QC. Tradicionalmente, a cirurgia é indicada para adiar ou mesmo evitar o transplante da córnea em casos em que a reabilitação visual não é possível com os métodos não cirúrgicos (óculos ou lentes de contacto) (Quadros 1 e 2). Entretanto, existe claramente uma tendência para indicações mais precoces e de forma electiva, em casos com ainda razoável acuidade visual o que leva a uma exigência crescente, a maior previsibilidade e segurança para estes procedimentos. O implante de anel foi inicialmente desenvolvido no Brasil para o tratamento da miopia. Entretanto, o queratocone mostrou-se uma melhor indicação para este procedimento que adiciona material na periferia da córnea, com o objetivo de induzir um aplanamento central, contribuindo também para uma maior estabilidade estrutural. Os segmentos de anel são colocados a uma profundidade de cerca de 80% e na zona dos 5 a 7 mm centrais, tendo como objectivo “esticar” e aplanar a córnea, trazendo-a para uma forma mais regular; o efeito da regularização da superfície anterior da córnea é diretamente proporcional à espessura do segmento e à proximidade do centro da córnea. Trata-se de um procedimento reversível, realizado em ambulatório e sob anestesia local. A córnea tem que estar transparente e apresentar uma espessura superior a 400 µm. Existem várias marcas no mercado das quais as mais utilizadas são os Intacs e os anéis de Ferrara. O número de segmentos implantados e o local da sua colocação são escolhidos após a obtenção de um nomograma que se baseia na refracção subjetiva do doente e nos valores da topografia corneana. A nossa experiência com os anéis de Ferrara permitiu-nos verificar que a melhoria visual demora pelo menos 3 meses a estabilizar após a intervenção cirúrgica (Fig 5). Por outro lado, para além de haver uma melhoria significativa com a melhor correcção, a acuidade visual sem correcção após a cirurgia, mostrou-se melhor que a corrigida antes da cirurgia. Porém, após a cirurgia os pacientes melhoravam a acuidade visual com correcção o que indica que mesmo após o tratamento cirúrgico, os pacientes beneficiam com o uso de óculos ou lentes de contacto. Verificouse ainda uma melhoria significativa nos valores queratométricos e de diversos parâmetros topométricos após o implante de segmentos de anel. Nenhuma variável biomecânica apresentou diferenças estatisticamente significativas após a cirurgia. Contudo, os nossos resultados biomecânicos estão de acordo com os estudos que defendem que córneas mais ”fracas” apresentam maior benefício com a cirurgia.

Figura 5 – Segmentos de Anel Intraestromais (SAI)

A colocação de segmentos de anel pode ser associada ao CXL parecendo haver uma acção sinérgica destas duas técnicas na redução dos valores da queratometria e na estabilização da progressão da doença (Quadro 2). Queratoplastia Lamelar ou “DALK” Na queratoplastia lamelar anterior profunda (DALK) o tecido querático anormal é substituído parcialmente por tecido de dador saudável. Nesta técnica realiza-se a dissecção da interface estroma/Descemet do receptor e apenas são transplantadas as camadas mais superficiais da córnea. O risco de rejeição endotelial não existe e não havendo entrada no globo ocular os riscos de uma cirurgia intra-ocular estão praticamente ausentes neste tipo de intervenção cirúrgica. Por outro lado, os resultados refractivos e visuais sendo semelhantes aos da queratoplastia penetrante têm contribuído para que esta técnica se tenha tornado, durante a última década mais popular na abordagem do doente com QC. Queratoplastia Penetrante (QPP) Trata-se de um procedimento realizado há mais de 50 anos no qual toda a espessura da córnea central é substituída


por outra córnea de dador homólogo. Está indicada nos casos de QC mais avançado, quando existe uma opacificação da córnea central (Fig 6). O QC continua a ser uma das indicações mais frequente para a realização deste tipo de intervenção cirúrgica. Os resultados são excelentes fundamentalmente após o advento do LASER de fentosegundo - dada a sua precisão de corte, permite um melhor resultado visual e refractivo pós-operatório associado a uma diminuição das complicações associadas a esta cirurgia. Apesar de apresentar um perfil de segurança inferior às outras técnicas atualmente disponíveis, o potencial curativo da queratoplastia penetrante no tratamento do QC não deve nem pode ser subestimado (Fig 7).

Figura 6 – Opacificação da Córnea (Queratocone Avançado)

eficácia e estabilidade dos seus resultados refrativos e visuais na correcção de média/alta miopia bem como do astigmatismo e de constituírem um procedimento reversível com uma abertura corneana microincisional - inferior a 3 mm (Quadro 2). No QC são critérios para se recorrer às lentes fáquicas esféricas ou tóricas, a intolerância ou impossibilidade de melhoria de ametropias moderadas e elevadas com LC e a ausência de um astigmatismo irregular significativo. Deverá ainda haver estabilidade da doença de pelo menos 2 anos, acuidade visual corrigida superior a 4/10, contagem endotelial superior a 2000/mm2, boa profundidade da CA e equivalente esférico a corrigir igual ou superior a 3.00 D. Cirurgia do cristalino (CC) É controverso a catarata ser mais frequente nos doentes com QC do que na população em geral. A realização da cirurgia da catarata (CAT) deverá quanto a nós ser reservada aos casos em que a baixa da acuidade visual é atribuída essencialmente à catarata e não à ectasia causada pelo QC (Quadros 1 e 2). A fórmula recomendada é a SRK/T devendo recorre-se à técnica de microincisão e uma lente monofocal/tórica. O uso de lentes multifocais está contraindicado uma vez que o olho do doente com QC é já de si um “olho multifocal”. Após os 50/55 anos em vez das lentes fáquicas há cirurgiões que defendem o recurso à extração do cristalino claro ou transparente (ainda sem catarata importante) para corrigir ametropias e astigmatismos numa altura/idade em que estarão contra-indicadas as LIOS fáquicas (CT). Conclusão O tratamento cirúrgico no QC deverá ser reservado para os casos em que os óculos ou lentes de contacto não são eficazes para a obtenção de uma boa reabilitação visual. O cross-linking (CXL) será o único método cirúrgico capaz de estabilizar a progressão do QC. Consoante o tratamento cirúrgico utilizado isolado ou combinado é possível uma reabilitação visual e/ou estrutural que permite nos dias de hoje atrasar ou mesmo evitar a realização da queratoplastia penetrante que era, até há cerca de 20 anos, a única técnica disponível. Bibliografia

Figura 7 – Queratoplastia Penetrante (QPP)

Lentes Intra-oculares Fáquicas (LIF) As vantagens da utilização das lentes intra-oculares fáquicas (ICL ou Artiflex) resultam na reconhecida

C. Costa-Ferreira, I.Lopes Cardoso, J. Guilherme Monteiro, J. Salgado-Borges. Variação da Biomecânica Corneana com a Idade e Sexo. Oftalmologia 2009; 33:45-49. J. Salgado-Borges, C. Costa-Ferreira, M. Monteiro, J. Guilherme-Monteiro, L. Torquetti, P. Ferrara, R. Ambrósio Jr. Refractive, Tomographic, and Biomechanical Outcomes after Implantation of ICRS in Keratoconus Patients. Int J Kerat Ect Cor Dis 2012; 1: 16-21. F. Rodrigues, G. Calvão-Santos, C. Costa-Ferreira, S. Gonçalves, J. SalgadoBorges. Queratocone: Opções terapêuticas em 10 anos de follow-up. Oftalpro 2012; 18: 2-5. R. Ambrósio Jr, J. Salgado-Borges, C. Costa-Ferreira, et al. Intrastromal corneal ring segments for keratoconus: results and correlation with preoperative corneal biomechanics. 2012; Rev Bras Oftalmol 71:89-99. J. Salgado-Borges, C. Costa-Ferreira, R. Ambrósio Jr Técnicas de imagem e biomecânica da córnea. Em Superfície ocular. Monografia da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia 2012; 203-222.

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optometria

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A contactologia em destaque Os docentes de optometria da Universidade do Minho organizaram mais umas Jornadas de Contactologia, a 15 de fevereiro. A 11º edição destas Contact UM registaram uma participação histórica de estudantes, profissionais e empresas. A organização contou 315 inscrições que se dividiram numa proporção de 50/50 entre profissionais e estudantes. O interesse nesta formação académica também se estendeu aos patrocinadores que aderiram em força. O presente recorde obrigou a uma reformulação da estrutura da iniciativa. “Tínhamos sempre à mistura apresentações mais científicas, das nossas investigações. Este ano tiveram que ser sacrificadas, porque para todos os efeitos é uma jornada técnica, onde se privilegiam as novidades em materiais que as empresas desenvolvem. Para o ano gostávamos de alargar de nova esta faceta, dando voz aos nossos estudantes e investigadores mas sem tirar presença ao que é central”, explicou José González-Méijome, uma ds figuras centrais das jornadas. Ou seja, para 2017, equaciona-se um modelo de apresentações mais curtas que sirva de forma eficaz as necessidades das companhias presentes e que continue a atrair o atual interesse massivo. Dados essenciais sobre a contactologia divulgados Portugal está enquadrado de forma positiva no que diz respeito aos hábitos de prescrição a nível internacional, tendo como referências países como o Canadá, a Austrália ou o Reino Unido. Entre as áreas chave, o aumento da prescrição de lentes descartáveis diárias está a ser considerável, quer segundo os dados apurados pelas equipas da Universidade do Minho, quer segundo os das empresas. Isto apesar de implicar importantes

constrangimentos socioeconómicos no nosso país, porque é um produto de elevado valor. Neste momento, 25 por cento das lentes que se prescrevem são descartáveis diárias. Conclui-se que os profissionais lusos conseguem passar a mensagem de maior saúde ocular e conveniência, mesmo numa altura de contenções financeiras para as pessoas. Também se observou que Portugal tem um aspeto interessante do ponto de vista quantitativo e qualitativo, que é o dos utilizadores em part-time. Estes representam já 15 a 16 por cento das lentes que se prescrevem. Ou seja, os profissionais conseguem comunicar as lentes de contacto, não como um substituto dos meios de correção, mas como um complemento. “Pode significar um bom modelo de crescimento de negócio, dividindo as opções entre os óculos e lentes de contacto e será uma via de expansão da contactologia, que tem sido travada pela ideia de que pode impedir a venda de óculos”, apontou José González-Méijome. Outro destaque está no facto de o nosso país estar em entre os melhores ao nível da prescrição de lentes tóricas, num inquérito que abrange 30/35 países. De realçar ainda que o número de pessoas adaptadas com lentes multifocais cresce 4,4 por cento a cada ano nos últimos cinco anos. “Hoje significam cerca de 15 a 20 por cento das prescrições. Ainda longe do potencial máximo, porque a população está sempre mais envelhecida, mas iguala países que são referência. A conclusão destes dados é que a contactologia está de saúde e que se justifica continuar a fazer esta reunião” concluiu o docente organizador.



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Mido is More

O setor da ótica está forte e a crescer! É a extrapolação que se faz baseada no grande barómetro do setor: a Mido. Esta feira internacional saiu em definitivo de um período de retração e despertou, em 2016, para novos recordes. Mais espaço, mais participantes, mais empresas e mais negócios garantiram que a Mido fosse mais! E a energia esteve patente em todos os pavilhões entre os quais fluíram milhares de pessoas entre 27 e 29 de fevereiro.

Os dados oficiais da organização apontam para um recorde histórico de participação com a contagem de 52 mil visitantes. Este valor significa mais sete por cento de circulação em 2016 que no ano transato. Mas não ficam por aqui os números que excedem o passado. A Mido de 2016 foi a mais ampla de sempre, alargando-se a sete pavilhões de exposição e que albergaram de forma organizada e de fácil acesso as rubricas Fashion Dsitrict, Lenses, Design Lab, Design Tech, Tech, Far East e a destacada More. Esta última área funcionou como um verdadeiro extra oferecido pela Mido a ambos visitantes e expositores. Aqui concentraram-se as companhias que estão a nascer, as expressões singulares de design, a imprensa, um espaço de alimentação saudável e muito mais. Cirillo Marcolin, o carismático líder da Mido declarou que “o nosso objectivo era unicamente superar o êxito do ano passado. Graças à participação de todas as empresas, compradores e meios de comunicação que confiaram em nós conseguimos uma vez mais reafirmar a nossa posição de liderança mundial. A qualidade dos produtos, eventos e visitantes deste ano explicam os excelentes resultados obtidos”. Ainda Giovanni Vitaloni, vice presidente da feira realçou que “o feedback dos expositores diz tudo sobre o estado de ânimo positivo e proactivo que dominou esta edição,

fortalecendo a nossa convicção que a dedicação contínua e incansável pela investigação e pela exploração de novas áreas de negócio significa ir na direção correta.” Para além do movimento da feira, a Mido centrou-se também na qualidade das suas palestras, convergidas no Otticlub. As tendências do negócio da ótica na Europa, doenças, tecnologias associadas à saúde visual, o e-commerce e tantas outras temáticas prementes preencheram três dias de conferências dedicadas aos profissionais, técnicos e médicos. Os melhores da feira e do mundo Depois do êxito da primeira edição, o Bestore Award regressou em 2016, premiando o ponto de venda que ofereceu a melhor experiência de compra. Um jurado internacional , composto por líderes do sector, trendsetters e especialistas em marketing, decidiu que o “melhor estabelecimento ótico do mundo” é a Steingasse 14 de Heidelberg da Alemanha. Em segundo lugar ficou o L’Osservatorio de Milano de Itália e o terceiro lugar coube a Black Optical de Tulsa, nos EUA. E ainda no seguimento das premiações houve também votação para o melhor stand da Mido, no sentido de fazer crescer o brilho


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do próprio certame. O escrutínio esteve disponível pelo terceiro ano consecutivo aos visitantes da feira através da aplicação online da Mido. O Bestand Award atribuiu-se pelos critério de originalidade, inovação, interação à Inspecs, que recreou de forma formidável um pequeno bairro inglês, incluindo um típico bar e onde cada “loja” representava uma das marcas promovidas pela casa inglesa. Comparado com edições prévias, a Mido 2016 também foi mais social: a organização afirma que houve um incremento na ordem dos 100 por cento no que respeita a conteúdos e interação. A hashtag #mido2016 teve mais de dez mil tweets e posts no Instagram, enquanto que o numero de fãs da página do Facebook aumentou mais de dois mil gostos. Optical Monitor revela o consumidor da ótica Um consumidor ligado 24 horas por dia, exigências sempre mais sofisticadas, o passa-palavra social-mediático, o protagonismo às optical concept store e a experiência digital são alguns dos dados levantados pelo Optical Monitor, a pesquisa semestral sobre as tendências do mercado eyewear, promovida pela Mido e pelo Silmo e realizada pela empresa de estudos de mercado GFK. O inquérito versou os habituais países europeus: Itália, França, Alemanha, Espanha e Inglaterra. A estes juntaram-se ainda os consumidores da Holanda, Bélgica, Polónia e Hungria, mercados com particularidades específicas. Esta terceira edição do estudo fotografou um novo mercado, em que os hábitos adquiridos pelo uso do telemóvel e as relações on e offline se tornaram determinantes. No entanto, a comparação dos preços feita na web não supera ainda a experiência na loja física, onde se pode vivenciar os produtos de forma inigualável. Portanto, a grande conclusão é que a concorrência no eyewear no futuro próximo desenvolve-se tanto no digital como na rua ao mesmo tempo. Focus trend Mesmo assim o consumo online cresceu. Os holandeses ocupam a primeira posição neste campo, seguidos pela Bélgica, com idades compreendidas entre os 36 e os 55 anos, maduros e informados, não “nativos” digitais. Já na Itália, França, Alemanha, Espanha e Inglaterra e ainda Polónia e Hungria este tipo de compradores já estão na faixa entre os 16 e os 35 e são websurfers e socialmediáticos.

Focus comportamento do consumidor São os óculos os grandes vencedores nas preferências dos consumidores sobre as lentes de contacto, sobretudo para ver televisão (69 por cento), leitura (67 por cento) e para trabalhar (62 por cento). As motivações para a compra de óculos de prescrição prende-se com a melhoria da qualidade da visão, já no caso das armações dedicadas ao sol contam-se razões mais emocionais, como o design. O dado mais importante deste período 3.0 é que a loja física e o profissional da ótica continuam no centro. O eyewear italiano em recuperação O sector ótico italiano fechou 2015 com um novo recorde no mercado internacional: as exportações cresceram 12,3 por cento, no valor de 3,4 milhões de euros. O mercado interno recuperou em 5,7 por cento, sinais positivos que não se registavam desde 2007. O sector do eyewear foi chave no quadro geral da recuperação de Itália. Não só nos mercados internacionais, onde marca um novo recorde para as exportações mas também no mercado interno. O excelente desempenho do sector europeu deu resultados significativos em muitos dos principais países e sendo que os óculos de sol são os protagonistas quase absolutos. Todos os países importaram mais óculos transalpinos, até Portugal que registou mais 11,7 por cento. Tendências Óticas 2016: quanto maior melhor Na ocasião da Mido, os especialistas em eyewear revelaram as tendências para a próxima temporada. Nunca antes se viu tanta riqueza de propostas no mundo da ótica. Formas e materiais inesperados, excêntricos, estilo barroco e kitsch, frentes em forma de gato, modelos redondos estilo anos ‘70 e lentes coloridas e iridescentes são algumas das paixões que se “incendeiam” nesta temporada. A Mido ofereceu uma visão completa das últimas tendências na indústria dos óculos, porque a Never Ending Wander também é moda e estilo. Para 2017, mais Mido O êxito de 2016 fez já a organização mover-se em direção ao futuro. A efusão criativa entrou em ação logo no termino da edição deste ano e, portanto, para 2017 as energias estão já apontadas para os dias 25 a 27 de fevereiro nos primeiríssimos pavilhões do Complexo de Exposições de Rho Pero.


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Momentos… O sentimento de crise vivido nas últimas edições da feira italiana extinguiu-se por completa nesta edição de 2016. O corrupio incessante de visitantes, a energia dos expositores e o constante apoio da organização no terreno não deixou margens para negativismo. A ótica está de volta aos seus melhores dias! Enquanto percorremos o espaço da Mido, captámos esta reviravolta e fascinámo-nos com a criatividade efervescente. Os portugueses pontilharam os corredores com a habitual curiosidade de quem vai à descoberta de mais-valias para o seu negócio. Registámos nesta rubrica, precisamente, os momentos que compuseram o nosso olhar sobre a Mido, as pessoas, a arte, as sensações. Estamos ansiosos por 2017, de 25 a 27 de fevereiro, no fabuloso Complexo de Exposições de Rho-Pero.


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Thomas Windischbauer e Roland Keplinger A Silhouette rompeu as barreiras da sua própria história ao apresentar, em Milão, por ocasião da feira internacional Mido, a luxuosa Atelier Collection. O Hotel Excelsior Gallia foi o ambiente perfeito para o brilho de pedras preciosas, para a atração do ouro multicolor, para o poder do titânio e para a suavidade da madeira. Estas matérias foram ligadas em desenhos fluídos e harmoniosos, compondo detalhes únicos que garantem a individualização de cada seguidor Silhouette. Thomas Windischbauer, o recém-nomeado CEO da marca, subiu ao palco para apresentar aos jornalistas esta ousadia em forma de óculos. Deu depois espaço ao desfile de autênticas peças de joalharia, com alma artística. A linguagem do design segue a Jugendstil, a art nouveau austríaca, refletida no purismo contemporâneo, nas linhas refinadas e numa qualidade excelente. A Atelier Collection é fruto de 280 passos de fabrico, 250 dos quais levam o cunho de mãos cuidadosas que transformam o ouro de 18 quilates em armações inesquecíveis. A LookVision Portugal sentou-se com o diretor criativo, Roland Keplinger e o novo líder, Thomas Windischbauer, para saber mais sobre esta faceta luxuosa da Silhouette e ainda sobre as estratégias dedicadas ao setor. De que forma se atinge o conceito da novíssima coleção Atelier? Roland Keplinger: Em primeiro lugar houve a ideia de que faltava alguma coisa no nosso trabalho. Ou seja, representamos o eyewear

premium mas faltava-nos o high end. Decidimos então “voar” mais alto e aplicar materiais sumptuosos como o ouro ou pedras preciosas. A minha equipa de design começou a elaborar o conceito há dois anos e meio, quando nasceram os primeiros esboços. O processo de fabrico é longo e complexo. RK: São necessários dois dias por peça para que o artista finalize com detalhes de luxo a armação. Cada uma delas dedica-se a consumidores especiais e a coleção foi desenhada baseada na mais alta qualidade, trabalho artesanal, design perfeito, detalhes únicos e tudo de uma forma muito “silhouética” e minimalista. Até os modelos mais básicos são repletos de acabamentos luxuosos sem arestas e linhas fluídas. Esta alta precisão é demonstrada na charneira que inclui um parafuso inserido de forma imperceptível e elegante. É muito sofisticada e são necessários muitos passos para se chegar a este resultado a partir de uma só peça. Tudo em ouro branco, dourado e rosa. E nem todos estes pormenores se vêm num primeiro olhar.


tudo tão fácil e intuitivo, mas na realidade é o resultado de um processo complexo, composto de pequenos ajustes. Quando criamos uma forma não a atingimos em cinco minutos, porque exige protótipos e variações até se chegar à perfeição. E depois é um objeto tão pessoal, talvez o mais pessoal, porque o pomos na cara e olhamos através dele. Define-nos e a típica estética Silhouette rimless permite a cada pessoa brilhar. E o Thomas Windischbauer? TW: Antes da Silhouette trabalhava numa empresa de moda feminina alemã que talvez conheça, a Escada, (risos) e antes disso para uma empresa austríaca, a InterSport.

Como funciona a distribuição da coleção Atelier. TW: A distribuição tem que ser bem focada, porque nem todas as lojas têm condições para apresentar este produto de alta qualidade e de preço elevado. Portanto, a Silhouette vai atribuir licenças a alguns óticos de forma a que, não só o produto seja valorizado, mas também toda a história e a experiência em torno do mesmo. A apresentação, o produto, o estojo, tudo tem que estar perfilado com as nossas linhas mestras elaboradas para a coleção. As mudanças na Silhouette vêm acontecendo já há alguns anos. Tem a ver com a nova liderança? TW: Esperemos que sim (risos), porque queremos que a empresa cresça. Neste momento temos muitos projetos em mão e, portanto, temos ainda muito por revelar. As novidades que se avizinham relacionam-se com a ampliação da Silhouette e como podemos fazê-lo no futuro, com um planeamento a longo prazo. As iniciativas que incluem cooperações com designers de moda, por exemplo, são espelho disso, sempre com o espírito da Silhouette no centro. Antes da Silhouette quem era Roland Keplinger? RK: Já estou na área criativa há 15 anos e nos primeiros dez estive numa pequena agência de design na Alemanha, dedicado a diferentes tipos de produtos de tecnologia de consumo, entre outros. Relacionávamo-nos com muitas marcas internacionais e também já tinha tido uma abordagem com óculos nessa altura. Só depois descobri o meu caminho até à Silhouette. Eles encontraram-me! Eu adoro óculos e adoro o trabalho que se desenvolve aqui, o que a Silhouette fez no passado e a busca constante pela inovação, que o fazem tão bem. Com a minha experiência transversal, acredito ter transportado algo diferente para a marca. Mas não é difícil desenhar com base apenas em três peças, isto pensando nas armações sem aros? RK: Sim mas isso destaca-nos do resto. Sempre disse que os óculos são como pequenos carros no rosto. Ou seja, parece

E como chegou ao eyewear? TW: É uma história engraçada. Porque na Escada fui captado por alguém que mais tarde acabou por abandonar a empresa para integrar a Silhouette, a partir de onde me “perseguiu”, mais uma vez, para eu ir para a empresa de óculos. Tornou-se diretor dos recursos humanos na casa austríaca e disse-me que eu me adequaria na perfeição na cultura da Silhouette e “virás aqui parar daqui a alguns anos”. Isto foi há dez anos e, na realidade cumpriu-se a previsão. O sentimento de pertença é muito importante para nós, porque trata-se de uma família e é central identificarmo-nos. É neste fator que garantimos o nosso sucesso. E neste conluio familiar já nasceu um novo projeto. TW: Até há um mês tínhamos a nossa marca própria Silhouette e a licença da adidas eyewear e agora acrescentámos uma segunda marca própria, a Neubau Eyewear, mais ligada às tendências da moda. Lançámos a insígnia na Opti e constituiu-se como um dos projetos que irá dinamizar os próximos tempos. RK: Mais nova, a Neubau aponta numa direção distinta da que temos trabalhado. A marca é homónima de um bairro de Viena com muita vida e muitas pessoas internacionais e inspiramo-nos neste ambiente criativo para a idealizar. É uma coleção fullrim, colorida, com uma relação qualidade preço fabulosa, sob alçada da competência Silhouette.

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Courtney

Daria

Dolan

Bettie

r

Javie

XY

YX

Ørgreen

Um atrevimento em forma eyewear Algo mudou no design desta casa dinamarquesa. As linhas tomaram novos percursos, mais ousados e o resultado está numa nova coleção sublime e que renova o fator surpresa. A cor, diferentes acentos geométricos e inspirações sempre únicas aportaram na Mido com frescura e sucesso. Daria Num movimento que vai além de qualquer maquilhagem musthave, as mulheres têm honrado a sua beleza natural simplesmente por usarem um acessório forte. A armação Daria nasce desta tendência, manifestando-se num enorme formato retangular, com contornos suaves e uma parte inferior dos frontais mais subtil. Esta peça apelativa dedica-se a mulheres confiantes, independentes e sem medo de walk the talk! Courtney O rock não seria o mesmo sem as mulheres cuja personalidade ressoa tanto em palco como fora dele. O modelo Courtney assinala instantaneamente essa presença poderosa com o seu formato quadrado e topo do frontal arqueado. As lentes profundas adicionam modernidade a um visual que se recusa a ser frágil. Bettie Esta armação revisita a maravilhosa estrela dos ecrãs dos anos ’50 pelo charme extremo que exala, conquistando “audiências” em todo o mundo com a sua sedutora feminilidade. Atenção às curvas suaves no desenho redondo com a “sobrancelha” acentuada no topo. Dolan Os diretores de filmes direcionam a nossa atenção para cenários que são emocionalmente envolventes, criando cenas que nos

fazem submergir na consciência de outras pessoas. Os óculos Dolan inspiram-se neste génio criativo. O look aqui é intelectual mas sem presunções. Com linhas masculinas retas mas finas e coloridas com subtileza na ponte, Dolan destaca um sentido de originalidade. Javier Esta peça apela a homens sem uma abordagem declaradamente masculina. Ou seja, Javier evoca referências a atores masculinos com uma performance atrevida, seja como bandido ou bom rapaz. Autenticidade e frontalidade marca a forma retangular onde o titânio tem um papel central. Linhas Solar: XY / YX Num mundo de contrastes e contradições, a Ørgreen introduz um par de contradições. São duas versões do mesmo conceito que se expressa em modelos unissexo que celebram a dualidade da diferença. A simetria das formas que lançam o “debate” introvertido versus extrovertido, masculino versus feminino e todas as ambiguidades intermédias. Os nomes espelham-se um no outro num ponto redondo de onde detonam arestas polidas, mas com um twist fabuloso. É que enquanto a XY tem os ângulos na parte exterior dos frontais, a YX tem-nos na parte interna. Mesmo à imagem da filosofia da Ørgreen!


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Giovanni Zoppas e Antoni Jové

“Para sermos competitivos há que saber dar visibilidade ao produto” É desta forma que Giovanni Zoppas, o CEO do grupo Marcolin define a estratégia da marca. Numa Mido intensa, este líder, acompanhado por Antonio Jové, diretor geral da empresa para a Península Ibérica, descreveu à LookVision Portugal os resultados mais recentes da casa multinacional e apresentou o interesse crescente da Marcolin no mercado ibérico, onde arrebatou um crescimento espetacular de 35 por cento. A Marcolin teve um 2015 forte. Giovanni Zoppas: Sim, de facto no último ano a Marcolin alcançou lucros na ordem dos 432 milhões de euros, o que significa um aumento de 21 por cento. Os resultados foram bons e praticamente em todas as regiões onde estamos presentes. A maioria das marcas está a funcionar de forma muito positiva se bem que Tom Ford, Guess, Montblanc, Swarovski, Zegna e Timberland mereçam uma menção especial. Quais são agora os principais projetos para este ano? G.Z.: O nosso objetivo passa por manter esta tendência ascendente. Existem alguns países onde depositamos muitas expectativas, sendo que Portugal e Espanha estão entre eles. Antoni e a sua equipa, com missão assente na Península Ibérica, têm feito um trabalho impressionante. Antonio Jové: Desde que a Marcolin comprou a Viva, há já três anos, temos conseguido estar presentes na Península Ibérica, um mercado muito, muito conhecido por estar propenso ao “primeiro preço.” Ano após ano vamo-nos introduzindo mais e a prova disso é que em 2015 crescemos 35 por cento em relação a 2014. Que ações pensam então empreender? G.Z.: Para sermos competitivos, há que saber dar visibilidade ao produto e esta é exatamente a área que estamos a trabalhar. Acredito que fizemos um bom trabalho na organização da companhia com as novas marcas, integrando corretamente a Viva no nosso negócio. Isto traduziu-se num incremento de vendas. Agora estamos a apostar muito na visibilidade. Algumas marcas

como a Timberland que são mais fáceis de distribuir tanto pelo preço como pelo tipo de produto. Há outros, como a Web, que tivemos de reinventar porque perdeu força de há alguns anos até agora. Para recuperar posição é essencial fornecer um produto apelativo. Além disso, estamos a dar mais atenção ao público feminino, proporcionando modelos atraentes para as mulheres. Isso também nos dá projeção. Como está a Marcolin no mercado ibérico? A.J.: Estamos a ter uma resposta muito positiva do ótico independente espanhol e português. Pensamos que isto acontece porque, dentro das companhias de eyewear mais importantes, somos a única que não tem verticalização. Ou seja, não temos pontos de venda como têm os nossos concorrentes e esta posição conquista uma resposta muito positiva do mercado ibérico. A nossa intenção para 2016 é continuar o crescimento e potenciar algumas marcas como Tom Ford, Dsquared2 e Roberto Cavalli, prestando especial atenção à Guess, Swarovski, Timberland e Diesel. E como veem o mercado português? A.J.: Tenho já quatro anos de trabalho neste mercado e posso desde já adiantar que é muito diferente do espanhol. Em Portugal podem introduzir-se marcas premium porque o mercado entende melhor a moda, gostam de marcas e conhecem-nas profundamente. E assim, a nossa presença com o luxo é muito forte em Portugal. Para comprovar esse facto, a Convenção de Verão da Marcolin, que acontece de 23 a 29 de junho, realiza-se em Lisboa!


Coleção de aço cirúrgico Entre as últimas tendências do setor eyewear está o regresso do metal. A Ultra Limited acompanha este ritmo e lança a sua primeira coleção em aço cirúrgico. A transposição da unicidade dos óculos Ultra Limited adquire mais valor através destas técnicas sofisticadas de produção. Os aros em acetato impressos a 3D são coloridos com uma ampla gama de matizes e inseridos na estrutura em aço, com perfis muito subtis, assegurando um ajuste confortável e perfeito no rosto.

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Ultra Limited

O arco íris da Mido O espaço da marca italiana esteve ao rubro durante os três dias de feira. Mesmo assim e entre as muitas solicitações dos visitantes, Tommaso Poltrone, um dos quatro fundadores da Ultra Limited, sentou-se com a LookVision Portugal e desvendou as novidades que aqueceram o stand da marca colorida. Os produtos em destaque na Mido foram desde os novíssimos e inovadores modelos em aço cirúrgico, passando pela linha infantil e três novos modelos masculinos até à linha de acessórios em pele, tudo com a assinatura multicolor da Ultra Limited.

Coleção Ultra Kids O novíssimo conjunto dedicado aos mais novos, dos 8 aos 14 anos, nasce a partir de um sistema de manufatura de alta tecnologia. 196 fragmentos de acetato de celulose coloridos são escolhidos todos os seis meses, com uma mudança constante de tons, criando mais de três triliões de combinações. O resultado? Impossível saírem dois óculos iguais. E tal como na coleção de graúdos, os modelos podem ser customizados com o nome do pequeno herói.

A linha em pele da Ultra Limited Inovação, artesanato e sentido fashion são a estrutura que compõe a alma da Ultra Limited. Em linha com o seu ADN, a marca alarga os horizontes através da introdução da primeira coleção de malas em pele, fabricadas pelos históricos curtumes venezianos. Na Mido destacaram-se então a mala de senhora, uma elegante clutch e uma capa para iPad. A coleção masculina dedicada ao sol Murano, Montecristo e Pantelleria são os nomes dos três novos desenhos da marca transalpina. Apontam aos mais exigentes amantes da moda através de um design primoroso a assinatura já consagrada de cor da Ultra Limited.


Shamir

Novas soluções em diferentes medidas A empresa de lentes oftálmicas continua a sua intensa pesquisa em prol da saúde visual e os mais recentes avanços chegam em forma de tratamentos com proteção UV e E-SPF. O Shamir Glacier acresce-se agora das mais valias Plus UV, Achromatic UV, Blue-Shield UV e Sun UV. Shamir Glacier Plus UV: O que as lentes precisam O novo tratamento Shamir Glacier Plus UV proporciona a mais completa proteção contra os raios UV que atingem os nossos olhos (tanto na face côncava como na face convexa). Ou seja, bloqueia os raios que vêm do lado externo da lente e também os que são refletidos na parte interior da lente. O Shamir Glacier Plus UV é adicionalmente mais resistente aos riscos recorrentes da limpeza diária das lentes e elimina todas as “imagens fantasma”. As lentes ficam mais transparentes, sem reflexos e mais fáceis de limpar do que nunca, graças também às propriedades anti-estáticas, hidrorrepelentes, oleofóbicas e repelentes de manchas. Shamir Glacier Achromatic UV: E tudo fica mais claro A característica mais determinante deste novo tratamento de lentes é a ausência de cor residual, tornando-o num dos melhores tratamentos a aconselhar aos portadores que valorizam a estética. O novo Shamir Glacier Achromatic UV é absolutamente livre de reflexos e proporciona uma visão nítida e um visual muito natural. Tudo isto torna este tratamento a escolha número um dos jornalistas, apresentadores de televisão e dos atores de cinema, segundo a Shamir. É também a melhor opção para armações fashion e assentes no design. O Shamir Glacier Achromatic UV garante ainda proteção contra os raios UV em ambas as faces da lente e também tem propriedades de resistência aos riscos, hidrorrepelentes, oleofóbicas, anti-estáticas e repelentes de manchas.

Shamir Glacier Blue-Shield UV: Proteção dos olhos iluminada A herança da vida atual força-nos a uma exposição crescente à luz artificial que, ao contrário da luz natural, tem uma alta componente de luz visível de alta energia (AEV) , também chamada de luz azul, nociva para a retina. O tratamento Shamir Glacier Blue-Shield UV é inovador para lentes oftálmicas, já que desvia cinco vezes mais a luz azul do que qualquer outro tratamento de lentes convencional. Protege a saúde visual, aumenta o contraste e reduz a tensão ocular, deixando a lente livre o suficiente para transmitir a quantidade de luz essencial. Shamir Glacier Sun UV: O tratamento transparente com proteção O tratamento Glacier Sun UV é um tratamento acromático especialmente desenhado para óculos de sol e que proporciona uma proteção extra contra os raios UV. É um tratamento sem coloração, transparente, que não altera a tonalidade da lente solar. O Glacier Sun UV proporciona uma proteção extra, eliminando a transmissão dos raios UV que batem na lente e regressam ao olho.

O E-SPF é um índice global que mede a proteção global de uma lente contra os UV. O E-SPF foi desenvolvido pela Essilor International e aprovado por uma 3º entidade perita. Uma lente com a classificação E-SPF, significa que o olho está protegido pela lente e receberá 25 vezes menos radiações UV do que um olho exposto sem proteção. O E-SPF e o E-SPF design são marcas registadas da Essilor International e utilizadas sob permissão.


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AVM

E de facto o espaço da AVM teve atividade intensa durante a feira. A gama alargada de marcas, que cobrem vários segmentos, afigura-se como uma vantagem segura para os óticos. De resto, e como nos garantiu o responsável pela pasta internacional das vendas, a renovada casa italiana vive das suas pessoas e da sua competência. E não vende apenas produtos, “também vendemos emoções”, acrescentou Fernando Eugénio. Descobrimos com o líder português as novidades da marca transalpina.

Regresso às origens com perspetivas de futuro A renascida Allison assina agora como AVM, ou Allison Volta Mantovana, num regresso às suas raízes mais primárias, onde tudo começou. Concentrando a produção, design e organização na sua sede primordial, em Volta Mantovana, a empresa conclui assim um longo período de restruturação que espelha novas marcas, mais juventude e flexibilidade e melhor eyewear! Assim nos garantiu, numa amena conversa em plena Mido, Roberto Bazzara e Fernando Eugénio. O diretor comercial internacional e o responsável pelo mercado português deram voz à mudança, que tem já confirmados diferentes sucessos.

Hally & Son Esta marca própria da AVM nasceu em 2011 a partir de um arquivo descoberto durante a restruturação da casa mãe. Não é nada menos que um sonho nascido em 1959, a par da própria fabricante de óculos. Um estilo retro clássico, intemporal, com materiais cuidados e uma atenção superior aos detalhes descreve esta Hally & Son.

“Começamos há cinco anos a restruturar a marca. A nova direção queria fazer uma mudança radical para tornar a empresa sempre mais dinâmica e rentável. Hoje somos uma empresa jovem, flexível e com o objetivo bem delineado. Reequilibramos a faceta económica da companhia, como organização, depois restruturamos também o nosso portfólio de marcas. Lançamos novas marcas próprias e que estão a resultar muito bem. Exemplo disso é Hally & Son que vende muitíssimo bem em Espanha e Portugal. Até fizemos uma colaboração com Mariano Di Vaio, um blogger muito conhecido com dois milhões de seguidores no Facebook. Agora conseguimos atingir 50 por cento dos nossos lucros com as nossas marcas e o resto com as marcas em licença. São 18 marcas no total”, delineou Roberto Bazzara à LookVision Portugal.

Moschino A moda sem preconceitos tem a sua máxima expressão na Moschino. Franco Moschino e o novo diretor criativo Jermy

Scott juntam linguagens irreverentes e icónicas para uma explosão dos sentidos. Elegância, feminilidade e muita ironia desenham uma coleção inesquecível.

Kiton A expressão mais exclusiva da AVM tem aqui a sua materialização. Nascida de uma marca de alfaiates, a Kiton apresenta óculos em titânio e delicados acetatos Mazzucchelli, com lentes premium para um visual masculino impecável.

wil.i.am Este artista multifacetado assina uma coleção de óculos magnética. Concretizou-a depois de anos a dedicar-se ao eyewear experimental e nasceram, assim, peças de contornos especiais, detalhes ricos e muita música em casa aresta.


Blumarine Eyewear by Anastacia Uma multidão entusiasta recebeu a estrela pop norteamericana na Mido, que se lançou no mundo eyewear com um conjunto exclusivo, em colaboração com a Blumarine. A Mido foi o palco escolhido pela De Rigo para lançar a coleção cápsula da Anastacia. Os modelos desenhados pela artista vão de encontro à imagem que criou ao longo dos anos, demarcada pelos óculos de sol. Para a cantora, este lançamento é um sonho realizado. Blumarine Eyewear by Anastacia inclui três estilos de óculos de sol e duas armações de prescrição, todos disponíveis em duas cores e detalhes que os distinguem entre todos.

Komodo A marca belga de relógios e óculos de sol apresentou na Mido as novidades que aquecerão a temporada de outono/ inverno em 2016. A coleção Crafted foi “injetada” com cinco novos estilos que para além de desenhados com toda a supremacia, asseguram um conforto irresistível, graças ao subtil acetato italiano e ao aço inox. As novidades exibem ainda lentes planas antirreflexo num design futurista e muito estilo. Cada armação tem acabamentos de luxo e completase num estojo vintage todo preto e rígido, com interior em veludo que mantém protegidos os ângulos precisos, os acabamentos suaves e a superfície cintilante. Andy Wolf Love, White Heat e Soul foram os temas que encheram o espaço sempre original da Andy Wolf na Mido. Estas coleções arrojadas acresceram-se de novos modelos, plenos de detalhes magnéticos e sensações aceleradas. O conjunto Love teve mais duas armações que combinam acetato e metal. Penelope e Virginia comprometem-se com dias soalheiros e com um estilo exemplar. Na linha White Heat o purismo teve primazia e também aqui se apostou na mescla de dois materiais distintos, em que o look suave do acetato “abraça” o cintilante metal. Soul expande-se na sua faceta masculina com dois novos modelos de formatos distintos e padrões clássicos.

Silmo As equipas do Silmo Paris e Istambul receberam os visitantes na Mido com os projetos já delineados para manter o bom ritmo de crescimento de ambos os eventos. Depois de um 2015 caraterizado por um clima de negócios positivo e um crescimento nos números da feira parisiense, a grande flagship store do setor da ótica anuncia que mantém a receita de sucesso para 2016. A organização em torno das quatro categorias moda, saúde, inovação e formação cria sinergias com as necessidades da indústria da ótica e tudo estará disponível aos visitantes de 23 a 26 de setembro. Para Istambul, a terceira edição do Silmo tem tudo preparado para que o ambiente propício a negócios esteja ao rubro. De 8 a 11 de dezembro, a feira que está na trajetória entre a Europa e os Balcãs, Ásia Central, Próximo e Médio Oriente e Norte de África dá mais uma passo para se tornar numa referência na região.

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ic! berlin “Num tempo distante, num centro de exibições muito, muito longínquo, uma armação de metal fino sem parafusos conquistou a sua primeira vitória contra o maléfico Império dos Óculos Aborrecidos. Em 2016 a batalha contra o eyewear genérico está mais intensa que nunca... A equipa ataca de novo!” É assim que a equipa da ic! berlin encara o mercado: com espírito lutador, muita ironia, divertimento e, claro, óculos tecnicamente superiores. Na Mido, a já típica roulotte de “comes e bebes” desta casa alemã atraiu os profissionais a conhecerem as novidades que aparecem associadas aos colaboradores da ic! berlin. Cada membro da equipa associa os seus gostos, estilo e rosto ao modelo que mais o apaixona.

Adlens James Methven, vice presidente de marketing da Adlens, recebeu a equipa da LookVision Portugal num ambiente de novas apostas da marca de lentes ajustáveis. Vindo da área do grande consumo e do luxo, o novo elemento da Adlens quer dar um caráter mais apelativo ao produto inovador desta casa. Ou seja, as vantagens dos óculos em que a graduação das lentes se ajustam facilmente à graduação do seu usuário continuam lá, mas agora com um look mais moderno e atual. Em Milão as grandes estrelas do stand da empresa de origem britânica foram a Adlens Interface e a Adlens Select. A primeira resulta dos estudos sobre os novos estilos de vida, em que os aparelhos digitais têm sempre mais presença nas tarefas quotidianas. Adlens Interface é uma solução ótica que protege os olhos do cansaço visual digital, bloqueando 80 por cento da luz azul nociva emitida pelos diferentes dispositivos, aliviando sintomas de fatiga e melhorando o contraste do ecrã. A Adlens Select, que incorpora a tecnologia consagrada Alvarez, apresenta um ajuste de dioptrias mais amplo, desde -4D até +5D. Este poder de ampliação superior proporciona aos consumidores mais capacidade de visão e leitura e consequente melhor qualidade de vida.

Optometron O stand da Nidek envolve sempre os visitantes com o seu corredor amplo, que quando percorrido oferece uma visão imediata e clara das novidades da produtora japonesa. Entre a mais recente tecnologia, a LookVision Portugal encontrou Luís Miguel Feijó, diretor geral da portuguesa Optometron, representante no nosso território da Nidek. Seguindo-o através das máquinas avançadas inteiramo-nos dos avanços técnicos em prol do diagnóstico na saúde visual e das medições e trabalho na área das lentes oftálmicas. O líder da Optometron destacou o frontofocómetro automático LM-600PD. Este equipamento possui um sensor Hartmann-Shack que mede até 108 pontos em simultâneo. Esta leitura permite a deteção automática do tipo de lente e uma precisão sem precedentes. A Nidek dotou ainda este frontofocómetro inteligente com a capacidade de medir as distâncias naso-pupilares e o grau de proteção ultravioleta das lentes oftálmicas. Com os marcadores aperfeiçoados do LM-600PD, pode desfrutar-se sempre de marcações irrepreensíveis, mesmo em lentes oftálmicas super hidrofóbicas. Existem três modelos disponíveis: o LM600PD – frontofocómetro com impressora e medição das distâncias naso-pupilares, o LM-600P – frontofocómetro com impressora e o LM-600 – frontofocómetro. Para mais informações consulte: www.optometron.pt.


PaperStyle Em antecipação dos dias quentes, a coleção dedicada ao sol da PaperStyle faz a sua estreia oficial na Mido com três estilos que deixam escapar um sentido vintage de alma moderno. A produção artesanal, os materiais renováveis e o design fértil fazem desta marca um caso de sucesso no setor da ótica. Nascida há dois anos já criou pequenas obras de arte a partir do papel, o ingrediente número um destes óculos.

Oxibis Um sentido retro-moderno e clássico compõe a nova coleção Diva. Padrões tartaruga ou cores que se imiscuem de forma sinuosa nos materiais descobrem-se em cada modelo, materializados em metal ou acetato. Diva dedica-se a mulheres discretas com um atrevimento subtil no olhar, destacado pela charneira especial. Esta “pinta-se” a tonalidades brilhantes e exibe um sistema flexível que consegue manter uma distância quase surreal da haste a partir do frontal.

Volte Face Combinando o gosto pela tradição e o desejo pela transgressão, a designer parisiense, Fabienne Coudray-Meisel, impôs subtilmente a sua sofisticação e estilo muito feminino na nova coleção Volte Face. A exploração de materiais é a assinatura principal, com uma intervenção ao nível das texturas, relevos e tonalidades muito própria. Viciada nos pormenores subtis e audaciosos, a criadora joga com linhas em matérias diferentes, num resultado prometedor.

Woodone A casa tipicamente alpina coloriu a Mido e transmitiu os valores naturais defendidos no seu core de produção eyewear. As montanhas Dolomite inspiram formas evocativas das lendas da ótica “casadas” com o fascínio da madeira, que é aqui adaptada para proporcionar conforto e um look original. Os novos modelos da Sun Collection têm um estilo marcadamente elegante e vintage, destacados pelos formatos quadrados, tamanho generoso e visual arrojado. Quem nos mostrou as novidades para o verão de 2016 foi o CEO da Woodone, Klaus Tavella, que apresentou ainda os fabulosos acessórios para homem, nomeadamente gravatas e laços, todos construídos, claro, em madeira.

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Fedon Durante a feira mundial, a Fedon apresentou uma ampla gama de produtos, que se alargou dos habituais e famosos estojos e acessórios para óculos para uma coleção eyewear sublime. Notas intemporais, como os detalhes em couro, as linhas suaves inspiradas em detalhes do passado ou ainda as cores inesperadas são as diretrizes mestras para as novas armações. A sua originalidade está também no processo manual de fabrico que permite um “pacote” luxuoso, muito apreciado pelos consumidores e, claro, pelos profissionais. A Fedon estudou a crescente necessidade de um nicho de consumidores que procura algo único e a exclusividade de um objeto inédito.

Pq Eyewear A marca que tem o cunho especial do designer israelita Ron Arad apresentou-se em Milão com 11 novos modelos de prescrição. A cor desempenha um papel fulcral, numa ampla paleta basilar e com toque especial. Proporciona mesmo uma verdadeira sinestesia ao evocar o veludo e efeitos mate. A armação clássica D Frame na sua versão One Liner tem aqui novidades com expressão numa única linha, que desenha o perímetro e o modelo e duplica-se na parte superior para garantir mais espessura ao próprio olhar. A coleção B Frame Two Liner ganhou na Mido quatro novos óculos de sol constituídos por duas linhas unidas por um sistema clip, sem charneiras, pins ou plaquetas. Os formatos relembram os anos ’60, com oculares amplas e insinuantes linhas bicolores em cat eye.

Vinyl Factory A nova imagem da casa inspirada na música aqueceu uma Milão chuvosa, durante a Mido. As praias norte-americanas da Florida, nos EUA, inspiraram um ambiente onde palmeiras, surfistas e amantes de viagens estão no centro. Nada melhor do que modelos retro, destacados nos detalhes originais, para completar este quadro, sempre com a música como base para o estilo total.




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