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EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 85 • JANEIRO 2020

OPTI 2020

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

O primeiro grande evento da década!

Dominique Cuvillier

Futuro? Comunicação ininterrupta

MultiOpticas e Artefacto Tendências O consumidor 2021

Solidariedade sempre


Model MLULTS01 / MLULTS03


14

19

20

CCVO

Prooptica

Tendências

33

34

36

CECOP

Dominique CuvillieR

O primeiro grande evento da década!

BREVES

OUTROS OLHARES

Gianfranco Ferré regressa a Portugal

McLaren Vision abrilhanta portefólio

Olhar em Português

Futuro? Comunicação ininterrupta

Consumidor 2021

Opti 2020

Índice | 3 |

Crescimento em direção aos EUA

OLHAR O MUNDO

PONTO DE VISTA

Tema de Capa: A opti 2020 abriu a década, mas também encerra um capítulo da sua história. A partir de 2021, nos anos ímpares, Estugarda será a nova casa.

Diretora: Editora: Redação: Design e Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision é publicada em Portugal pela Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal NIF: 510195865 Gerente/Diretor - Cristóvão Jesus Detentor de 100 por cento do capital social Sede de Redação Rua Elísio de Melo, 28, S 38 4000-196 Porto Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com

Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva, Hugo Macedo lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Registo na ERC n.º 126933


EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 85 • JANEIRO 2020

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

DOmInIque CuvIllIer

Futuro? Comunicação ininterrupta

mulTIOPTICas e arTefaCTO Solidariedade sempre

TenDênCIas O consumidor 2021

A novidade desperta-nos sempre para a ação e, sob luz deste facto, quisemos comunicar aos nossos leitores profissionais para uma realidade que já se instalou entre os players do mercado. Embora ainda persista resistência na aceitação da mudança, o facto é que o consumo está a desenhar uma nova forma de fazer negócios, de vender produtos e até o tipo de produtos que se disponibiliza. Quem compra hoje e quem comprará amanhã vive em universos distintos, porque enquanto as gerações anteriores de pautavam pela simplicidade da transação, as próximas serão muito mais exigentes e pungentes, pelo menos para quem não estiver preparado. E nós queremos um setor inovador e conquistador. Reproduzimos um valioso estudo da WGSN, que através de um olhar fundamentado nos avisa e nos desperta para os valores dos próximos compradores. São eles que definem o sucesso das empresas e são eles que nos mostram um novo e excitante caminho em direção à nova década. Foi também nesta perspetiva que entrevistamos Dominique Cuvillier, jornalista, docente e especialista em marcas de luxo. Este profissional tem a melhor perspetiva sobre os mercados, inclusive o da ótica e durante a nossa conversa expôs as respetivas fragilidades, assim como as prováveis ferramentas para que haja êxito nos próximos anos. De olhos colocados no mundo, trazemos ainda a primeira grande feira de ótica da década, assinada pela marca opti. Prestes a ter uma mudança de sede parcial, forçada por razões externas, o certame alemão demonstrou pujança na organização, ao manter os níveis de 2019 e ao renovar-se nos conceitos e nos desafios. Deixamos-lhe uma visão privilegiado sobre a moda, o design e os valores que desfilaram em Munique. Claro que as nossas empresas, os nossos profissionais continuam a exercer fascínio sobre a sociedade com o seu dinamismo incessante e nós não deixamos escapar nenhuma novidade em Portugal. Vire a página, inteire-se sobre as novas ondas e tendências do consumo e de que forma o afeta, delicie-se com a melhor criatividade do mundo e entre em conversas edificantes. A ótica está aqui, na sua LookVision Portugal! “Designed by Freepik”

Editorial | 4 |

No virar da década está o recomeço

OPTI 2020

O primeiro grande evento da década!

Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.




2020 pode ser o seu ano Mais de 1100 ópticas associadas em Portugal, Espanha, Colômbia e no México tornam-nos, pelo segundo ano consecutivo, num dos grupos ópticos mais importantes do mundo. 2020 pode ser o ano ideal para nos escolher. Contamos consigo?

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Breves | 8 |

Blackfin

Inspirados na Gibellina Cretto A marca transalpina recupera a memória de uma das maiores obras de arte do mundo para eternizar a campanha Timeless Memories 2020. Conhecido como Great Cretto ou Gibellina Cretto, a criação de Alberto Burri, semiconstruída entre 1984 e 1989 e terminada em 2015 na celebração do que teria sido os 100 anos do autor, relembra a destruição da cidade de Gibellina, na Sicília, depois de um terramoto em 1968. No local o artista desenvolveu um labirinto em cimento branco, cobrindo as ruínas e reconstruindo a parte histórica da cidade em mais de 80 mil metros quadrados. O espaço tornou-se a narrativa para os óculos Blackfin, que absorvem a intensa carga histórica e simbólica deste palco primordial.

Kuboraum

Um twist punk As máscaras da coleção cápsula Sid Vicious celebram a figura imponente do baixista dos Sex Pistols. Considerado um dos pioneiros da primeira onda de punk, na década de ’70, o músico britânico inspira um trabalho artesanal privilegiado na aplicação dos diferentes acessórios de metal nos óculos. Pinos, espigões, piercings ou pregos remetem de imediato para as figuras enérgicas dos artistas da onda mais transgressiva da música, na época. Mais uma vez os criativos da Kuboraum saltam as fronteiras da inovação e do design para provocar o mercado eyewear com muita ousadia.


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Breves | 10 |

Morà Busoli

Komono

Rita Ora não resiste a Komono A atriz e cantora Rita Ora ficou registada nas filmagens do próximo filme, que recupera a obra de Charles Dickens, Oliver Twist, com um cateye magnético em preto da Komono. Esta armação muito feminina faz parte das propostas do verão de 2019 e combina ritmo e um design muito moderno. A parte inferior é sublinhada” com aço inoxidável mais espesso, enquanto na parte superior impera uma quase transparência que beneficia qualquer cor nas lentes.

A magia da transformação Esta marca transalpina inovadora transforma 35 tipos de mármores e pedras semipreciosas em óculos verdadeiramente ligeiros e inesquecíveis. E Morà representa, precisamente, Mármore Oximórico Resistente Atenuado, que é igual a uma armação esculpida de mármore e pedras preciosas sólidas e enriquecida com uma armadura de fibra de carbono. Cada par de óculos tem em si uma história tecnológica complexa que envolve 193 fases de fabrico industrial e etapas de acabamento manual, ao longo de intensos 18 dias, que levam ao resultado de um par de óculos único. Aquilo que começa por ser uma pedra de dois centímetros transforma-se num frontal de menos de um milímetro com apenas 38 gramas ou menos, dependendo da linha. A Morà dá ainda uma nuance única a cada modelo ao inserir peças micro-fundidas de titânio em ouro, paládio ou metal.



MultiOpticas

Breves | 12 |

Dolores Aveiro é nova embaixadora Mãe de Portugal é o mote que a MultiOpticas introduz para destacar a sua novíssima embaixadora: Dolores Aveiro, mãe de Cristiano Ronaldo. O grupo de óticas reforça assim a sua ligação aos consumidores portugueses, através da intensa história de vida desta matriarca, marcada pela tenacidade, autenticidade e amor à família, valores que a MultiOpticas cultiva no seu âmago. A primeira campanha é apresentada brevemente e aparece nos principais meios de comunicação, nomeadamente na televisão, no rádio e nos meios digitais.

CES

Materika

A quintessência da experimentação A casa italiana quer vingar no mercado pela expressão de purismo, pela mais inovadora pesquisa e pela essência verdadeira das matérias. As experiências que desenvolve com diferentes materiais arquitetam armações cujo minimalismo e detalhes avant-garde coincidem com um consumidor que exige novas formas de modernidade. Comum a todas as armações está o sistema da charneira MHS, desenvolvido nos laboratórios da marca, que assegura leveza, funcionalidade e uma excelente performance no perfil de cada peça eyewear.

Óculos inteligentes treinam e asseguram condução De 6 a 9 de janeiro expuseram-se os mais recentes desenvolvimentos em tecnologia na mítica CES (Consumer Electronic Show), em Las Vegas, EUA, a maior feira da especialidade do mundo. Entre as propostas futuristas não faltaram os gadget dedicados à visão, entre os quais os óculos de realidade virtual da Samsung, ainda em fase de protótipo. Este produto promete dar treino, permitir escalar uma montanha ou fazer imersões virtualmente. Para isso basta associar uns óculos de sol ao exo esqueleto Gems, apresentado em 2019 como instrumento para melhorar a postura e ajudar em problemas de mobilidade. Ainda a Cosmo Connected, start up especializada em produtos de segurança, lançou óculos para ciclistas dotados de um ecrã onde se pode consultar velocidade, distância, percurso e direção diretamente nas lentes. Adicionalmente, tem um modo de segurança que avisa o atleta de potenciais perigos. A Bosch, com a sua divisão Sensortec, apresentou o protótipo dos smartglasses Light Drive, a serem produzidos já em 2021. Esta tecnologia usável proporciona uma experiência visual nítida e ajuda a reduzir as distrações durante a condução, trazendo para a frente do olho informações e notificações do próprio telemóvel, por exemplo. O funcionamento é complexo e implica que pequenos sensores rastreiem elementos holográficos integrados nas lentes dos óculos e gerados a partir do processador central. Estes são depois projetados na retina criando uma imagem. É uma tecnologia compatível com todas as lentes e portanto mais à medida do utilizador. A Panasonic deu finalmente algumas informações preliminares sobre os óculos de realidade virtual que está a desenvolver. A empresa nipónica garante que são perfeitos para visualizar conteúdos de realidade virtual como eventos desportivos ao vivo, experiências de viagem, entre outros.


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Breves | 14 |

Le Kevin

Eyewear que se “veste” O acessório pensado pela empreendedora Michele Quastel adequa-se a todos os utilizadores de eyewear que precisam de uma alternativa para o apoio dos seus óculos, mas com muito estilo. Os suportes unissexo Le Kevin são manufaturados com pele onde se imprimem relevos sugestivos, delineados numa variedade de tons que coordenam com o fio que os segura. O requinte deste acessório adequa-se a homens e mulheres que exigem um look primoroso em qualquer situação, permitindo ainda que os óculos sejam parte integrante do out fit. Os Le Kevin foram pensados para que, mesmo sem os óculos, garantam uma presença fashion. Usa-se naturalmente em torno do pescoço e facilitam a entrada da haste através do suporte amplo. Mesmo que se salte ou se incline, os Le Kevin não permitem que os óculos caiam. Para a fundadora Michele Quastel a integridade dos óculos representa uma prioridade e com este apoio central já não precisam de estar na cabeça, nos buracos dos botões da camisa, em carteiras e outros locais menos seguros. O design simplista e funcional tem já a aprovação dos óticos que conheceram a marca, que podem ainda personalizar as peças com as suas próprias marcas. Le Kevin tem repercussão em 14 países, sendo que em Portugal a tutela da insígnia está sob a responsabilidade da Luz Violeta. “É um caso de amor ótico”.

CCVO

Faz regressar Gianfranco Ferré a Portugal A marca eyewear assinada pelo icónico designer italiano Gianfraco Ferré dá brilho ao segmento do requinte, em Portugal. Os modelos GF Ferré Eyewear inspiram-se nos detalhes ímpares da primeira coleção de alta costura lançada pelo criador e espelham o charme e distinção característicos do seu ADN. Prêt-à-Ferré, Style Details e Ferré Icons integram a hodierna compilação. A CCVO - Central Compra e Venda a Ópticos, é responsável pela distribuição em exclusivo da GF Ferré no mercado português.



Ergovisão

Breves | 16 |

O requinte de Ana Viriato A marca eyewear Ascensão, criada pela equipa criativa da Ergovisão, cresceu com uma edição muito especial. Ascensão by Ana Viriato fez nascer um modelo cat eye de linhas generosas e de um preto intenso e “pintou” de feminino o mítico café A Brasileira, no Porto, a 13 de dezembro. O acento muito elegante desta novidade abrilhanta-se na prata banhada a ouro da pequena borboleta que distingue as criações desta comunicadora de excelência. Os óculos são produzidos pela Sociel e vendidos em exclusivo nas lojas do grupo português. “Sou fascinada por óculos de sol desde sempre, e coleciono-os, desde as peças mais atuais até às mais antigas. Portanto, havia a vontade de criar uma linha minha. Quando me deparei com o trabalho da Ergovisão, propus à Sofia desenvolver uma linha de óculos e ela achou interessante. Na altura tinha lançado as joias com o Bruno da Rocha, em que a borboleta surge no centro, como símbolo de beleza e liberdade. Achei que fazia sentido transportá-la para os óculos. Nesta edição muito exclusiva ela surge em relevo na haste e torna o modelo muito especial, perfeito para oferecer”, descreveu Ana Viriato à LookVision Portugal.

Cione MIC

Nascidos a partir das Dolomites Silhuetas, desenhos e tonalidades unem-se em torno da homenagem ao local de nascimento do eyewear italiano, Cadore. Cada escolha estilística da nova coleção desta Made in Cadore narra a energia e beleza da região nativa. A marca distintiva de todas as peças está no detalhe na haste que, tal como o logótipo da MIC, remete para o recorte imponente das montanhas Dolomite.

Apostada na formação O grupo ibérico renova e fortalece o seu conceito Cione University, acrescendo o espaço online dos seus associados com as novas Área de Conhecimento Provedor e uma Aula Virtual. Ao aceder a estas valências, o ótico tem acesso a cursos de especialidade e aos correspondentes créditos de formação, a cursos de gestão de negócios, com créditos ECTS, assim como formação na área da audiologia. “Como tudo o que fazemos na Cione, esta nova orientação da Cione University é fruto da auscultação ativa dos nossos sócios”, assinalou Felicidad Hernández, diretora de comunicação e responsabilidade social da cooperativa. A Cione University está integrada no espaço My Cione On Line, o canal que liga o grupo aos seus associados e onde o ótico gere a relação com a cooperativa de forma direta, fácil e cómoda, 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano.


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Zeiss

Breves | 18 |

Dez anos consecutivos de recordes As receitas da empresa de origem alemã cresceram em 11 por cento, atingindo mais de 6400 milhões de euros. A unidade comercial Vision Care, que integra o segmento de Mercados de Consumo da companhia, conquistou um crescimento superior ao do próprio setor, ultrapassando a concorrência, especialmente nos mercados emergentes. “Todas as divisões da Zeiss tiveram resultados extremamente positivos, o que é marcante considerando o clima económico incerto e a profunda mudança estrutural que sofrem as diferentes indústrias”, declarou o presidente e CEO da Zeiss, Michael Kaschke.

Coopervision

MiSight 1 Day aprovada pela FDA A empresa de lentes de contacto conquistou a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), a entidade norte-americana que regula medicamentos e alimentos, entre outros produtos, para as suas MiSight 1 Day. É a primeira vez que um produto deste género consegue esta autorização, sendo que na União Europeia já tem a designação CE. As lentes de contacto no centro da conquista representam uma pedra basilar de uma abordagem alargada do controlo da miopia, com a assinatura da CooperVision. As lentes descartáveis de substituição diária têm prova clínica de que atrasam a progressão da miopia, quando prescritas a crianças com idades compreendidas entre os oito e os 12 anos. “Não é exagero quando frisamos a importância e o potencial impacto desta decisão histórica para a visão das crianças, especialmente considerando o aumento da gravidade e prevalência da miopia nos EUA e em todo o mundo. Os profissionais da visão que optarem por prescrever este produto inovador vão melhorar a qualidade de vida e a saúde visual de muitas crianças”, declarou em comunicado o presidente da CooperVision, Daniel G. McBride. A MiSight 1 Day é lançada nos EUA em 2020, mas já se utiliza noutros países, incluindo Canadá, Reino Unido, Espanha, Portugal e Austrália.

Safilo

Novo plano industrial com 700 despedimentos O grupo multinacional anunciou que até ao final de 2020 vai dispensar 700 trabalhadores, de um total de 2600, das suas unidades de produção em Itália, uma das quais, em Udine, será encerrada na totalidade. Paralelamente a esta “nuvem escura” sobre a empresa, a Safilo também declarou no seu plano que vai investir num modelo de negócios moderno e de sucesso. O centro dos esforços da produtora eyewear será o cliente e estará orientado também ao consumidor final, graças ao uma nova estratégia de transformação digital.


McLaren Vision abrilhanta Prooptica em 2020

O grupo McLaren é reconhecido como uma das marcas de alta tecnologia mais ilustres do mundo. Desde a formação da McLaren Racing em 1963, que a McLaren tem sido pioneira e inovadora no mundo competitivo da Fórmula 1. O grupo criou uma reputação formidável, vencendo 20 campeonatos mundiais e mais de 180 corridas. Fiel à essência McLaren e defendendo a inovação em prol do melhor desempenho e performance, a coleção McLaren Vision é pura tecnologia e desenvolve-se, precisamente, em torno do conceito de luxo tecnológico. A coleção disponível em Portugal compõe-se de sete modelos, entre óculos de sol e armações de prescrição, com o selo de garantia do fabrico francês. O titânio assume o papel principal, impresso a 3D, o que torna possível a criação de desenhos complexos, impossíveis de alcançar com métodos de produção convencionais. Esta tecnologia garante ainda a singularidade e robustez de cada peça, pois não permite a fabricação em série. É que 50 por cento do trabalho garante-se com a tecnologia de ponta referida e os outros 50 com intervenção manual. Os frontais são metalizados com a técnica por deposição física a vapor (PVD na sigla em inglês) que resulta numa coloração profunda e resistente. Já as hastes materializam-se através da tecnologia MIM

Para 2020, a linha McLaren Vision vem fazer crescer a vertente luxuosa desta casa portuguesa, antecipando e ajustando-se às premências do mercado. Inquieta por natureza e com um perfil dinâmico e proativo, a equipa da Prooptica procura continuamente respostas às mudanças do panorama do consumo. Atualmente, diferencia-se por ser a única empresa a proporcionar um modelo de negócio totalmente integrado em quatro áreas estratégicas: Óculos, Lentes Oftálmicas, Acessórios e Arquitetura.

titânio, que é metal moldado por injeção. A haste patenteada funciona num sistema rotativo com estrutura interior em beta titânio e acabamento antiderrapante para um ajuste perfeito. Cada peça é polida, estruturada e finalizada à mão. E todos estes processos garantiram um SILMO D’Or em 2018, na categoria de Inovação e Tecnologia. Prooptica: uma equipa inquieta O principal objetivo da Prooptica assenta na garantia de uma oferta atrativa e competitiva aos seus clientes e parceiros.

Outros Olhares | 19 |

A busca pela contínua satisfação dos clientes e parceiros fundamenta a integração da avançada McLaren Vision no portefólio da Prooptica. A marca enriquece, o segmento premium da área de negócio. Óculos da empresa, a partir de janeiro de 2020.


O consumidor 2021

Ponto de Vista | 20 |

Texto: Andrea Bell, Diretora da WGSN Insight


2021 Pessoas e planeta sob pressão A polarização dos rendimentos, a confiança da China e o planeta num ponto de ruptura vão definir os consumidores do futuro. Apenas com a compreensão dos desafios as marcas poderão suplantar e sobreviver à nova realidade. A nossa combinação de análise demográfica (quem é o seu comprador) e pesquisa psicográfica (quais as razões da compra) é destilada em três grupos de consumidores que vão liderar as vendas e o compromisso em 2021. Alinhar como estas formas de estar, será a diferença entre crescimento e estagnação. Overview Os impulsores do futuro Antes de introduzir os grupos de consumidores chave para 2021 é necessário perceber o que dá forma às suas vidas quotidianas. Quais são os respetivos desafios e oportunidades e como podem as empresas criar produtos e serviços que reajam a estas necessidades distintas? As equipas de pesquisa global da WGSN segmentaram as motivações em Pessoas e Planeta. Assumindo uma abordagem ponderada sobre estas alterações abrangentes, informa os líderes dos negócios sobre os caminhos para a inovação de forma a manterem-se relevantes, num ambiente que seguramente será pleno de desafios em crescendo.

2021 Macro drivers

Ponto de Vista | 21 |

Com a cada vez maior proximidade de 2021, sabe-se que o caminho para a compra está em contínua mudança e torna-se híper fragmentado. Até os mercados dirigidos diretamente ao consumidor, que têm conhecido crescimentos anuais incríveis, estão à procura de oportunidades para se tornarem à prova das futuras mudanças nas prioridades dos consumidores. Mais do que nunca, esta é a alteração que mais importa – já não se trata do caminho para a compra, mas sim o caminho para as pessoas. O relatório anual Consumidor do Futuro da WGSN analisa as motivações macroeconómicas e sociais para entender como é que os desejos dos consumidores e capacidade de compra vão desenvolver-se. Esta pesquisa integra as emoções e sentimentos que podem causar maior impacto na mentalidade dos compradores.

2021 Impulsores MACRO

Climate gentrification Gentrificação do clima

Envelhecimento Ageing populationda população O The fim end da quantidade of more

Adaptação às mudanças climáticas

Climate change adaptability

Increasingda automation Aumento automação

Mudança do poder China shift parapower a China The great economic divide

A grande divisão económica

Resources dwindling Diminuição de recursos

Chinacontinua continuesa to lead na A China liderar in artificial intelligence (AI) área da inteligência artificial


Ponto de Vista | 22 |

Primeiro Impulsor:

O planeta no ponto de ruptura O Fim da Quantidade À medida que o consumismo de baixo impacto se torna sempre mais global e o interesse nos processos e nos produtos sustentáveis sobe, o foco vai passar a estar na redução da quantidade de matérias primas a introduzir-se nas redes de abastecimento. Com a previsão de se duplicar o uso global dos recursos materiais em 2050, e com os países mais ricos a consumir dez vezes mais por pessoa que os países em desenvolvimento, vamos precisar do equivalente a 1,7 planetas Terra para manter os atuais níveis de consumo. Isto representa uma oportunidade para as marcas, não só evoluírem esta relação crítica liderada pelo consumidor, mas também gerarem poupanças estimadas em 600 mil milhões de euros até 2030 só na Europa. A economia circular foi avaliada numa oportunidade de triliões de euros. As marcas que começarem a planear, pesquisar e inovar agora ganharão vantagem no mercado com uma nova geração de consumidores que tem maior capacidade de desafiar o quanto uma compra causa impacto no planeta. A Missão Economia Circular da União Europeia, numa observação feita em setembro de 2018 na Índia, descobriu que reduzir a depleção pode desbloquear cerca de 0,5 triliões de euros para o país em causa, até 2030.

Adaptação às mudanças climáticas Os negócios estão a adaptar-se a um consumidor mais consciencioso, mas também têm que assumir o impacto das mudanças climáticas na sua rede de abastecimento, disponibilidade de matérias, mercado imobiliário e alterações nos mercados demográficos devido às migrações. À medida que as fronteiras climáticas e os eventos climatéricos extremos reformulam as áreas urbanas e as comunidades, as oportunidades vão surgir para conquistar estes mercados com bons produtos e serviços, e para as marcas arrogarem a liderança na criação de soluções de design construtivas. Os setores com matérias primas que já sofrem pressões devido às alterações climáticas, tais como o café e a cerveja, estão já a agir para garantir que se conseguem adaptar. A Starbucks tem um fundo de investimento a dez anos de mais de 450 milhões de euros para pesquisas sobre grãos resistentes ao clima, divulgando os resultados para disseminar as melhores práticas o mais rápido possível e apoiando a formação de adaptação dos agricultores através de oito centros situados em três continentes. Respostas similares contra a seca e contra as ameaças às culturas de cevada podem constatar-se na indústria ligada à cerveja. A gentrificação climática é uma preocupação crescente. No mercado imobiliário, as inundações e calor intenso estão a começar a dar forma as cidades desafiadas pelo clima. Nos EUA, mais especificamente em Miami, os sinais de gentrificação, surgem nas áreas mais pobres e elevadas. As áreas localizadas quatro metros acima do nível da água do mar tiveram um subida de preços acima da média. Já em Flagstaff, no Arizona, há um influxo de refugiados devido ao clima de Phoenix e Tucson, confirmando o relatório de 2018 do Banco Mundial, que antecipou como as migrações pelo clima vão reformular o estado das nações. A um nível humano, as mudanças climáticas começam a ter um impacto mensurável no bem-estar do consumidor, ao nível da incerteza económica e política dos últimos anos. Os profissionais de saúde mental confirmam a ansiedade sobre o clima como um fator de stress crescente.

Segundo Propulsionador:

Mudança de poderes nas pessoas A grande divisão económica Vai impor-se uma polarização crescente em torno dos rendimentos, com o poder de compra da classe média das economias desenvolvidas a enfraquecer. A desigualdade dos rendimentos está a crescer e a diferença entre ricos e pobres a aprofundar-se. Nas regiões desenvolvidas tais como os EUA, a Europa Ocidental, o Japão e a China urbanizada, os grupos de rendimentos médios estão sob pressão. O envelhecimento das populações e a crescente automatização vão continuar a restringir o poder de compra e limitar a confiança. A resposta natural será eliminar o mercado mediano, com a reinvenção e disrupção no setor de valor. Mais proposições de valor, que são ágeis o suficiente para responder às específicas e voláteis prioridades de consumo, ganharão terreno neste cenário. Para lá das questões de justiça social, a disparidade de rendimentos importa porque restringe o crescimento económico para os países com uma classe média maior. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico estima que a desigualdade de rendimentos entre 1990 e 2000 arrebatou quase nove pontos do Produto Interno Bruto no Reino Unido e entre seis e sete pontos nos EUA, Itália e Suécia.


•• O número de licenciados em Ciências, Tecnologia, Engenhar ia e Matem ática a sair das universidades todos os anos na China é super ior ao dos EUA numa pr oporção de oito par a um . ••

Ponto de Vista | 23 |

Polarização Demográfica Em várias partes do mundo a população está a viver mais tempo, num período de queda no número de nascimentos. Estes cenários começam a causar fricção intergeracional, pois os jovens adultos pagam mais impostos para suportar o custo de cuidados de longo-prazo nos idosos. As seguradores estimam que os custos com a saúde durante a reforma custam a um casal norte-americano com 65 anos uma média de 250 mil euros. No Reino Unido, dois quintos do orçamento do serviço nacional de saúde é gasto nos cuidados de pessoas com mais 65. Na China, um estudo publicado em janeiro de 2018 estimava que os cuidados paliativos para os idosos iam duplicar em 2030. Uma vida saudável e ativa durante o maior tempo possível será o objetivo a longo prazo para os indivíduos e para os estados. Entretanto, a desigualdade geracional continua a aumentar. Seguindo a crise financeira global de 2008, a juventude europeia esteve em maior risco de cair na pobreza que os mais velhos. Na Europa, o rendimento médio das pessoas com idades entre os 16 e os 34 anos é agora apenas 10 por cento da que auferida por quem tem 65 anos. Em abril de 2018, o grupo de reflexão Resolution Foundation recomendou que cada cidadão que fizesse 25 anos deveria receber uma doação de 11 mil euros para diminuir esta diferença. Nos EUA, o património médio das famílias encabeçada por alguém de 35 anos era cerca de 10 mil euros, comparado com os 200 mil de uma família encabeçada por alguém entre os 65 e os 74 anos.

A mudança de poder para a China A confiança da China como líder na tecnologia e na criação de marcas vai continuar a crescer, resultando numa mudança no impacto da respetiva influência no mundo. Este sentimento de poder vai impulsionar as empresas chinesas a criar marcas nacionais mais bem direcionadas ao consumo local. À medida que o consumidor chinês se torna mais satisfeito com as escolhas locais, as marcas internacionais terão que repensar a sua abordagem ao mercado, investindo na ligeireza e na inovação a um nível local, no coração de todas as proposta de negócios de mercado. A China continua a liderar indiscutivelmente na inteligência artificial (IA). Em 2017, submeteu quatro vezes mais patentes relacionadas com IA e três vezes mais relacionadas com criptografia e blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”, é uma tecnologia de registo distribuído, que visa a

descentralização como medida de segurança) comparado com 2016. A China tem a maior cota global de supercomputadores, essenciais para analisar a gigantesca quantidade de dados que possibilita a IA. Os recursos humanos chineses nesta área são também os mais capacitados para a tornar superior em relação ao resto do mundo – o número de licenciados em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática a sair das universidades todos os anos na China é superior ao dos EUA numa proporção de oito para um, de acordo com o World Economic Forum.


COMPRESSIONALISTS Sob pressão Medo do insucesso Exaustos

Distraídos

Arrasados

Perfecionistas

Numa sociedade altamente dividida, a pressão é o grande fator comum entre todas as diferentes camadas socioeconómicas. Desde os abatidos Millennials até aos tempos de pobreza dos Boomers, o sofrimento é o denominador comum. Os Compressionalists estão exaustos e sob pressão. Este é o grupo que precisa que as marcas os ajudem a melhorar a vida.

Procrastinadores

Ansiosos Sempre on Síndrome de Super-homem

Pobres de tempo

Ponto de Vista | 24 |

Três formas de envolver Para ajudar esta categoria sob alta pressão e sem tempo, organize e simplifique a experiência digital deste comprador.

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Invista num comércio digital prático Um site sobrelotado prejudica a adesão, pois um comprador confuso e frustrado não compra. Investir numa experiência de consumidor organizada é tão importante quanto a otimização da pesquisa.

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Assistência IA Desde as patentes da Amazon para transformar transportes públicos em estações móveis de entrega até à parceria da Starbucks com a Uber Eats para entrega de bebidas quentes em menos de 30 minutos, a IA está a transformar o conceito de entrega expresso. Em 2021, a próxima fronteira focará a capacidade de tirar partido dos dados disponíveis para antecipar e responder com soluções de compra livres de stress – uma prioridade central para os compressionalists.

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Adotar uma mentalidade D2C A estratégia “mais produtos é igual a mais vendas” está a afastar os consumidores assoberbados pela escolha, tanto nas lojas como online. Existem simplesmente demasiados produtos o que significa que as pessoas acabam por abandonar o carrinho de compras. As marcas diretas ao consumidor (D2C) assumem uma mentalidade de “menos é mais”, libertando um número limitado de unidades de stock, que responde à procura, enquanto mantém exclusividade entre a sua comunidade.


Os guardiões da gentileza Gentil Ético

Empreendedores discretos

Inclusivo

Líderes

Numa era de guerras no Twitter e de trolls na internet, o ódio espalha-se à velocidade do scrolling no telemóvel. No entanto, uma onde crescente de gentileza está a impor-se. Os consumidores Guardiões da Gentileza almejam criar pontes através de atos de poder discretos, do desenvolvimento equitativo das comunidades e também da expressão das próprias angústias internas.

Confiável

Perdoar

Moral ambiental Empático

Ouvinte

Três formas de envolver

Ponto de Vista | 25 |

Como é que as empresas se preparam para um segmento que espera atos de bondade por parte das marcas? Medir a gentileza como um indicador-chave de desempenho(ICD) e colocar as pessoas à frente dos lucros.

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Implementar humildade intelectual As marcas que admitem as suas falhas conseguem aproximar-se dos Guardiões da Gentileza. Um estudo de 2018 pela Accenture, empresa multinacional de consultoria de gestão, apurou que 48 por cento dos consumidores norte-americanos desapontados com as ações ou palavras de uma marca, queixam-se disso. As pessoas são mais compreensivas com as companhias quando é providenciado um plano de transparência e justificação. Lembre-se que ignorar o problema já não é uma solução viável.

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Gentileza como ICD Na medida em que a preocupação de massas sobrepõe-se ao marketing de massas, as empresas têm que investir em compromissos de longo termo e não em doações pontuais. Isto significa comunicar com os consumidores sobre parcerias e sobre a transparência com fundos e recursos. Um estudo de 2018 sobre os Propósitos das Marcas demonstrou que 42 por cento dos consumidores se afastam de uma marca se estão desiludidos com as suas ações. Um em cinco nunca mais voltam.

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As pessoas acima dos lucros Uma estratégia controversa que está a ressoar entre os Guardiões da Gentileza é quando as companhias assumem uma posição, independentemente do impacto que possa ter na sua atividade. Tem os seus riscos, mas também tem potencial de motivar uma profunda lealdade para com a marca entre os consumidores que se reveem nos valores da insígnia.


Criadores De Mercado Autoconfiantes Enérgicos

Corajosos

Patriotas Jovens

Os consumidores ocidentais podem sentir-se frágeis, mas na Índia, África e Sudeste Asiático existe um sentimento Individuais de otimismo que resulta em mudanças políticas e sociais. Empreendedores e conquistadores, os Criadores de Mercado têm energia e estão a criar as suas próprias oportunidades.

Disruptivos Localistas

Empreendedores

Antissistema

Diligentes

Três formas de envolver

Ponto de Vista | 26 |

Como advogados do poder dos seus pares, os Criadores de Mercado são os maiores disruptores das empresas. As marcas devem olhar para espaços alternativos, os designados socialmente por Third-places (ou os terceiros lugares em português), ou os locais de encontro depois da casa (primeiro) e do trabalho (segundo) e procurar a venda de igual para igual (Peer to Peer ou P2P) na tentativa de os conquistar.

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D2C passa a P2P Desde a marca que “re-comercializa” moda, Depop, a abrir lojas em todos os EUA, até à Brandless, empresa americana de e-commerce que fabrica e vende uma variedade de produtos, a testar espaços físicos, as insígnias D2C trabalham com os compradores para criar mercados P2P.

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Mercados Third-space “Os adultos perguntam-me constantemente porquê que já não vamos (adolescentes) ao shopping. Nós vamos. Só não frequentamos os nossos shoppings”, explicou uma jovem de 16 anos participante de um grupo de estudo à WGSN. Os centros comerciais em questão são third-spaces – mundos digitais onde os adolescentes e crianças passam tempo entre a casa e o trabalho ou a escola. Para as gerações mais jovens a linha entre físico e virtual não existe e estes third-spaces são um motivo de envolvimento.

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Rede de aprovisionamento inversa cresce e simplifica Enquanto a revenda e re-commerce continua a conquistar cota de mercado aos retalhistas tradicionais, até a Amazon entra neste mix de re-commerce. A empresa vende mercadoria devolvida a liquidatários, tais como Liquidation.com, que leiloa paletes de artigos aos consumidores, que depois direcionam as peças nas plataformas de re-commerce.


SEIS FORMAS DE VENCER EM 2021

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Linguagem Visual Clara

Investir na estratégia Direto ao Consumidor

Foco nos Produtos Heróis

Prioridade à imagem positiva corporativa

Assuma o Re-Commerce

Inove nas transmissões ao vivo e venda a grupos específicos

Ponto de Vista | 27 |

MATRIZ DA PESQUISA

2016 UK Department of Education: Longitudinal Study of Young People in England and Cohort 2: Health and Wellbeing at Wave 2 2017 Gartner AI Job Creation by 2020 2017 Global Wellness Institute Wellness Tourism

2018 FMC Travel Solutions Digi Smart Indian Business Traveller Report

Evry The New Wave of Artificial Intelligence White Paper

2018 World Economic Forum: Internet of Things Guidelines for Sustainability White Paper

Gender Equality Index 2017: Measuring Gender Equality in the European Union 2005-2015 Report

Accenture 2016: Is Ownership Obsolete?

IBM Learning to Trust Artificial Intelligence Systems White Paper

APA Perfectionism Is Increasing Over Time: A Meta-Analysis of Birth Cohort Differences From 1989 to 2016

National Alliance on Mental Illness: Mental Health by the Numbers

2017 LinkedIn’s Emerging Jobs Report 2017 New Frontier Data: The Cannabis Industry Annual Report 2017 World Economic Forum: Collaboration in Cities From Sharing to ‘Sharing Economy’

Deloitte 2018 Banking Industry Outlook

OECD Brazil Economic Forecast Summary (November 2017)

European Commission: White Paper on the Future of Europe by 2025

UBS 2017 Cryptocurrencies: Beneath the Bubble White Paper


MultiOpticas e Artefacto

Solidariedade sempre

A Casa de Acolhimento da Obra do Frei Gil, no Porto, esteve no centro das atenções da MultiOpticas e da Artefacto na época do natal. As empresas dedicaram às crianças, jovens e colaboradores da instituição um final de dia 19 de dezembro pleno de carinho, prendas e sabores especiais. A nossa equipa foi envolvida na festa, inteirando-se das condições construídas para quem precisa de um espaço alternativo à família. Aproveitámos para assinalar a filantropia da GrandVision, envolvida em projetos solidários de norte a sul e de janeiro a dezembro, com todo o empenho.

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Numa visita completa ao edifício de Ramalde, absorvemos histórias, sorrisos e a alegria dos pequenos habitantes da Obra do Frei Gil. Entre danças, o lanche confecionado com carinho pela Padaria Ribeiro e os discursos de quem quer dar parte do que resulta do seu trabalho, o momento alto do dia foi a abertura das prendas. Cada uma das 21 crianças e jovens residentes foi chamada ao centro da festa para receber o seu presente, com um sorriso. Entre os aplausos naturais de quem foi assistir ao momento solidário, contaram-se franqueados da MultiOpticas, da região do Porto, os líderes da GrandVision, empresa detentora do grupo, os diretores da Artefacto, empresa especializada no desenho e construção de espaços, jornalistas, voluntários e representantes das empresas que também contribuíram para a festa.

Rui Pinto e Sílvia Freitas, fundadores da Artefacto, foram os timoneiros na escolha da instituição, e vindos diretamente do aeroporto para a Obra do Frei Gil, naquela tarde, abriram os discursos. “Quem nos sensibilizou para esta obra foi uma amiga voluntária aqui na instituição, que fez a ligação entre a nossa vontade de ajudar e estas crianças e jovens”, iniciou Rui Pinto, que “puxou” depois a Padaria Ribeiro para “adoçar” a iniciativa. Com a festa e as prendas, a GrandVision e a Artefacto também ofereceram dois computadores e uma impressora para melhorar as salas de estudo da instituição. E não faltou, claro, a figura pública, desta feita o simpático e divertido modelo Ricardo Guedes.

GrandVision sempre mais filantrópica “Não consigo dizer ao todo quantas ações empreendemos, mas são de facto muitas e muito próximo das duas dezenas. 2019 fica marcado por um passo muito importante, a nossa ação Olhar por Moçambique. Foi algo diferente e em parceria com uma instituição que também apoiamos, que é a Helpo em Portugal e agora, com esta iniciativa, também em Moçambique. No fundo, identificamos necessidades em conjunto com franqueados ou parceiros, como é o caso da Artefacto aqui no Porto, e empreendemos estas ações muito importantes”, declarou à LookVision Portugal Rui Borges, CEO da GrandVision no nosso país. A empresa tem sido peremptória na sua veia filantrópica, passando a mensagem à comunidade em geral e aos seus clientes em particular que se preocupam com o que os envolve. “No fim ficamos felizes, tanto a nível pessoal, porque ajudar os outros faz-nos ficar mais ricos emocionalmente, e também como organização”, reforçou o líder.


E não é só no natal! A ideia é mesmo agradecer e dar de volta a confiança que os portugueses têm depositado nas marcas que a GrandVision desenvolve e sempre no sentido crescente. Ana Portugal, a pessoa destacada para levar avante a vertente de responsabilidade social da GrandVision, sublinhou ainda que “vamos fazer uma ação muito especial em 2020, em que vamos envolver os nossos colaboradores e é exclusiva nossa e dos nossos colaboradores, que pedem para serem envolvidos na responsabilidade social da empresa. Será uma jornada inteira dedicada à Cáritas de Setúbal, que tem valências para crianças, jovens, adultos e seniores. Os colaboradores da GrandVision vão ter uma missão, divididos por equipas, de contribuir com formações de informática, aulas de ginástica, ouvir histórias ou oferecer um chá aos idosos e vai ser transversal a todas as idades e transversal a toda aquela mega unidade!”, descreveu Ana Portugal. Os representantes da empresa garantiram que este “olhar solidário” é perfeitamente descentralizado e percorre o país inteiro. Aliás, a Madeira está de novo na rota da responsabilidade social da GrandVision em 2020, como estiveram os Açores, o Porto, Lisboa, Tondela e Cova da Piedade, entre outros, em 2019. “É a nossa forma de

passarmos o nosso ADN para os franqueados, colaboradores, parceiros e envolver toda a realidade”, disse a responsável pela filantropia da GrandVision. Os planos da empresa de ótica alargam-se agora em 2020 à sustentabilidade também. “Posso já adiantar o lançamento de um programa que vai ser gradualmente estendido às nossas lojas, mas que está a arrancar na sede. Diz respeito à sustentabilidade, e aos respetivos investimentos na separação de resíduos e de eliminação do plástico dentro do possível. Estamos a congeminar ideias muito interessantes nesse âmbito”, avançou Rui Borges. E porque a sustentabilidade também tem ramificações para a responsabilidade social, mas de contornos mais latos, que envolvem todo o planeta, Ana Leal credita já a máxima: “Juntos na Visão de um Planeta com Futuro”.

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•• Posso já adiantar o lançamento de um programa que vai ser gradualmente estendido às nossas lojas, mas que está a arrancar na sede. Diz respeito à sustentabilidade, e os respetivos investimentos na separação de resíduos e de eliminação do plástico dentro do possível. Estamos a congeminar ideias muito interessantes nesse âmbito ••


Ergovisão

Convenção 2020 com ritmo de sucesso

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O grupo português de óticas lança-se na nova década com uma aposta forte na comunicação e na formação. De 11 a 12 de janeiro, na Expocenter de Viseu, profissionais da saúde de diferentes áreas, empreendedores de destaque, especialistas em áreas tecnológicas e figuras públicas de relevo imprimiram dinâmica ao evento Convenção 2020 da Ergovisão. A iniciativa de contornos organizacionais exemplares incluiu as Jornadas Ciências da Visão, sob a marca da clínica Dr. Ergo, e o encontro interno dos associados e profissionais do grupo. Acorreram a Viseu mais de 100 participantes. Desde o logótipo até à qualidade das apresentações, a Convenção 2020 da Ergovisão pautou-se pelo primor máximo. A empresa de ótica fez questão de apostar na qualidade na mudança estratégica de formato do seu encontro anual. É que foi a primeira vez que reuniu, no mesmo fim de semana, as jornadas científicas com o seu meeting anual com a equipa da casa. E para marcar a efeméride alargou as temáticas e a área de intervenção dos palestrantes, compondo um rol de apresentações muito interessante. À margem das palestras houve ainda uma exposição com alguns dos fornecedores da Ergovisão que dinamizaram a zona de convívio da Expocenter. Destacamos o discurso de Miguel Neiva, o designer portuense que inventou o consagrado código para daltónicos, Coloradd. Os participantes foram convidados a sentir a visão pelos olhos de um daltónico e a perceber a importância da ferramenta que Miguel e a sua equipa querem tornar transversal a todos que sofrem desta condição especial.

Assinalou-se também a exposição de João Ramos, licenciado em Ciências Informáticas e fundador e CEO da Retmarker, empresa por detrás do bio marcador com o mesmo nome, que através de uma imagem do fundo do olho tem apoiado os especialistas da visão a detetar a retinopatia diabética e a prevenir a cegueira evitável dos seus doentes. No palco das palestras passaram também temas prementes como radiação UV, síndrome postural, dislexia, controlo de miopia, contactologia avançada, competências de atendimento, entre outros. Fora da sala das palestras decorreram ainda workshops sob as áreas da retinografia e do código ColorADD. O segundo dia da Convenção Ergovisão 2020 iniciou-se com um debate sob o conceito Top Service. A moderação foi de Carla Carvalho Dias, autora e oradora sobre a arte de bem servir no contexto das empresas, e contou com a presença de três convidados destacados: Alberto Amaral, CEO da Flexdeal, a empresa que se autodenomina como a Personal Trainer das Pequenas e Médias Empresas, no sentido em que investe e apoia, a cantora Marisa Liz, vocalista da banda Amor Electro e Armindo Martins, comandante de avião da TAP. Após este debate, a cantora Marisa Liz subiu ao palco para fazer o que sabe melhor. Acompanhada ao piano e na guitarra por Tiago Pais Dias, presenteou os participantes da Convenção Ergovisão 2020 com um concerto intimista. Entre os temas que soaram na Expocenter de Viseu, ouviu-se a música Juntos somos mais fortes, que reflete a cultura do trabalho de equipa de todos os profissionais Ergovisão. A tarde seguiu-se com apresentações internas, onde os responsáveis de cada departamento expuseram as linhas estratégias que irão orientar o ano de 2020 no Grupo Ergovisão.


•• Em ter m os de r ede, o objetivo par a 2 0 2 0 é as 1 0 0 lojas. Já para o evento, acham os que pode ter outr a dim ensão e não ser isolado. Ou seja, é o nosso objetivo cr iar wor kshops e for m ações online, no decorrer de 2 0 2 0 , com as apr esentações que decor reram aqui, sob a m ar ca Dr . Ergo. ••

Sofia Figueiredo em discurso direto O que vos levou a escolher este painel de apresentação em específico? Nós queríamos apresentações de várias áreas, para que fosse realmente interessante tanto para o público da optometria, como para os profissionais de todas as áreas das ciências da visão e ainda para quem está na área técnico-comercial nas óticas. É verdade que as empresas e os projetos são as pessoas e a Carla Sequeira, que está à frente deste projeto, teve a capacidade de recolher bons profissionais que foi conhecendo ao longo dos 18 anos em que está connosco. Já o ano passado conseguiu um painel muito interessante e em 2020 superou todas as expectativas com os temas que apresentou. Quantos participantes contam? Em torno de uma centena. Abrimos o evento à população em geral, embora isso não tenha ficado logo claro numa primeira fase de promoção. E sendo a clínica Dr. Ergo uma empresa do grupo Ergovisão, quisemos abrir a possibilidade das pessoas participarem. No fundo, ganha a saúde visual em Portugal e ganham os cidadãos, porque quanto melhor informados os profissionais estiveram melhor desempenho há em todos os consultórios, sejam eles do nosso grupo ou não. Em que cresceram de 2019, a primeira edição, para 2020? O número de apresentações foi maior e com uma maior abrangência de especialistas, internos e externos à Ergovisão. Temos uma equipa multidisciplinar e isso faz com que tenhamos cada optometrista alocado a um projeto, nomeadamente pediatria,

A Ergovisão está a crescer estruturalmente num mercado altamente concorrencial, recorrendo à diversificação e especialização dos serviços. É este o sonho da Ergovisão? Este ano desenvolvemos e vamos iniciar o projeto de um departamento de comunicação. Dentro desse departamento vamos trabalhar muito a comunicação interna e a externa. Achamos que é esse o caminho. Primeiro porque a nossa rede cresceu muito a nível de franquia e isso faz com que a nossa responsabilidade aumente para conseguirmos uniformizar e garantir que dentro dos consultórios de todas as lojas Ergovisão tenhamos o mesmo procedimento e o mesmo nível de atendimento e de equipamentos. Por outro lado, a clínica Dr. Ergo, desde muito cedo aliou-se à área da tecnologia e, mesmo hoje, o consultório que temos aqui em exposição da Zeiss é de última geração. Nós achamos que as revoluções tecnológicas são o futuro, mas na realidade são já o presente e devemos estar preparados. Para 2021 que planos têm para a Ergovisão e para o evento, em particular? Em termos de rede, o objetivo para 2020 é as 100 lojas. Já para o evento, achamos que pode ter outra dimensão e não ser isolado. Ou seja, é o nosso objetivo criar workshops e formações online, no decorrer de 2020, com as apresentações que decorreram aqui, sob a marca Dr. Ergo. Aliás, já temos vídeos no Youtube com a Dra. Nadine, umas das atuais oradoras e profissional da nossa clínica, que introduzem esse conceito.

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geriatria, prevenção, ergonomia visual, entre outros. Desta forma, temos internamente um portefólio grande de especialidades para podermos divulgar. Também começamos no início do ano com o site Dr. Ergo e, portanto, queremo-nos apresentar como especialistas integrados da visão.


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Optivisão em alta na entrada de 2020 O grupo nacional entra na nova década com o crescimento em 13 óticas. São empresas importantes que reforçam a posição de liderança em pontos de venda do grupo nacional e confirmam a estratégia assertiva da nova direção. Foto: Hugo Macedo

A Optivisão “abre” 2020 em ambiente positivo ao conquistar para as suas fileiras cinco novas empresas, que reúnem no seu conjunto mais 13 pontos de venda para o grupo. Entre as novas aquisições contam-se a Modelovisual, em Castro verde, a Óptica do Bolhão, com duas lojas no Porto, as Ópticas Minho, em Amares, Guimarães e duas lojas em Braga e a Adão Oculista, com seis lojas na Invicta e arredores. Este passo em direção a uma Optivisão maior está integrado com o plano de consolidação da confiança da rede de óticas, alinhado ainda com a inovação, serviços de excelência e modernidade. Todos estes

fatores reúnem-se para garantir a diferenciação do grupo português. “Estas novas entradas tornam a oferta da marca mais abrangente, disponibilizando à população das diferentes regiões um conjunto de serviços de qualidade que lhes permitirá o cuidado e a prevenção da sua saúde visual, junto de optometristas credenciados”, declarou André Brodheim, administrador da Optivisão. As mais recentes integrações do grupo juntam-se à rede de aproximadamente 250 óticas, adensando a cobertura nacional da marca e a proximidade aos clientes Optivisão.


A equipa da CECOP está já a trabalhar numa série de acordos de parceria com players norte-americanos, com o objetivo de elevar as respetivas atividades a novos patamares de rendimento e expansão. A missão assenta em arrancar este novo desafio com grandes estímulos para os óticos americanos, a partir de 2020. Para o grupo multinacional, o mercado norte-americano proporciona oportunidades sólidas de negócios. Representa um mercado com forte potencial de crescimento, considerando a amplitude do mesmo. A presença nos EUA também garante visibilidade mundial, a possibilidade de fortes alianças e, além de tudo isto, um olhar mais próximo sobre outras tendências de mercado inovadoras, que podem adaptar-se aos outros países do grupo. Sob os valores de colaboração, excelência, flexibilidade, compromisso, inovação e ética desenha-se a filosofia central da CECOP, fazendo deste grupo a escolha perfeita para um ótico empreendedor. E estes princípios chave da CECOP estendem-se por todo o mundo, desde a Espanha à Itália, passando por Portugal, Reino Unido, Irlanda, Brasil, Colômbia até ao México, numa soma que supera os 3600 óticos. As excelentes condições de compra do mercado, serviços personalizados para cada prática individual e o máximo respeito pela independência dos óticos têm sido fatores determinantes para o sucesso internacional. “Na CECOP, trabalhamos para que os óticos/optometristas empreendedores alcancem os seus sonhos, estando ao lado deles e sendo um verdadeiro parceiro de confiança”, declarou Jorge Rubio, fundador e CEO da CECOP. Ele próprio também teve um sonho: construir uma associação líder que pudesse trazer as soluções mais eficazes e inovadoras para os negócios dos óticos. A CECOP realizou esse sonho!

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CECOP aporta nos EUA

A grande comunidade de óticos independentes expande a sua atividade ao mercado norte-americano. Com 3600 associados espalhados por sete países e com escritórios em Madrid, Lisboa, São Paulo, Bogotá e Cidade do México, a CECOP lança-se em 2020 no competitivo mercado dos EUA.

Hoje garante condições de compra excecionais, graças aos acordos com os principais fornecedores. O grupo multinacional dá ainda aos seus associados uma abordagem personalizada e uma ampla gama de serviços e programas, todos projetados especificamente para aumentar a rentabilidade dos respetivos negócios. Uma CECOP em crescendo A CECOP foi fundada em 1996 através de um grupo de óticas independentes que almejavam crescer e tornarem-se mais competitivas. Criou-se assim um novo conceito de negócios: um grupo ótico baseado numa associação profissional de confiança, bom trabalho e liberdade. Com o tempo, a CECOP ampliou a sua estratégia com a incorporação de um conjunto de serviços que fornece ao ótico ferramentas e habilidades para gerir melhor os respetivos negócios, alcançar o mercado com mais eficiência e assegurar a lealdade dos seus clientes.


Dominique Cuvillier Futuro? Comunicação ininterrupta Olhar o Mundo | 34 |

Foto: © Pierre Antony Allard

Jornalista, docente e especialista em marcas de luxo, Dominique Cuvillier concedeu-nos a sua visão acutilante sobre a década que se iniciou e que trará uma nova forma aos mercados do retalho. Desde a velocidade incutida pela tecnologia que evoluiu ferozmente, até às novas formas de atrair o consumidor aos ideais das marcas, este consultor internacional prevê que até 2030, o ato de compra e venda sofra uma verdadeira revolução. Dominique Cuvillier observa ainda atentamente os desenvolvimentos do mercado da ótica a convite da organização da feira SILMO, que o desafia todos os anos a analisar e expor tendências e desenvolvimentos do setor.


E será o mundo absorvido pela internet como já foi previsto em tantos filmes de Hollywood? Diversos estudos predizem que, em 2030, 85 por cento da humanidade estará ligada à internet. As tecnologias numéricas serão ainda mais inteligentes e ainda mais comunicantes, será um acontecimento esmagador que modificará o espaço temporal e o espaço físico. Nós já vivemos numa sociedade do imediato e vamos na direção de uma sociedade de urgência permanente com uma aceleração e uma pressão enorme sobre a realidade. Antevê-se uma tendência à desconexão voluntária, para acalmar essa impaciência, contudo não é o sentido final da história, pois as tecnologias virtuais continuam a infiltrar-se no nosso quotidiano. Elas tornar-se-ão uma continuidade de nós próprios. E como desenharia o futuro do retalho com a introdução da tecnologia 5G? Como já referi na resposta anterior, os fluxos virtuais vão acelerar com o passar do tempo e ainda mais com o 5G. Consequentemente, o comércio físico vai reinventar-se com o conceito omnicanal para responder à versatilidade dos clientes e à redução das fronteiras entre o real e o digital. Efetivamente, não devemos pensar nas lojas como um espaço de venda transacional, mas como um espaço de reencontros emocionais, um espaço vivo, considerando que as ferramentas digitais não são mais do que dispositivos de serviço que libertam os vendedores da transação trivial, em proveito da relação próxima com o cliente.

Em relação ao mercado da ótica, em particular, acredita que haverá alguma diferença dos outros segmentos de retalho? Não há nenhuma razão para que seja diferente. A distribuição ótica tem um atraso no seu processo de inovação e ainda prevalece uma visão muito tradicional do ofício do ótico. Este profissional define-se como um agente do comércio de proximidade, o que só por si é um ponto positivo, e continuará a sê-lo, na condição de enriquecer também a respetiva relação com as ferramentas digitais. Muitos óticos ainda lutam contra a ideia do retalho online. É mesmo inevitável? Honestamente é uma guerra inútil. Os clientes estão cada vez mais habituados às soluções móveis, aos meios digitais, às interações digitais e físicas, por isso, não integrar todas estas dimensões parece-me uma auto-condenação. Tanto que não podemos ignorar que, em 2030, haverá ainda menos lojas físicas. Aquelas que desaparecerão são as que não agarraram a evolução em marcha. Agora sobre a sua área de especialidade, está o luxo imune a este fenómeno de mudança ou já deu o “salto para o futuro”? O luxo não está imune, mas compreendeu bem a utilidade do digital para reforçar a sua atratividade. As marcas de luxo estão a experimentar as ferramentas, ora transacionais ora relacionais, para manterem contacto com os clientes que compram os seus produtos supérfluos. Estes contactos são especialmente sensíveis no que diz respeito às gerações mais jovens, os nativos digitais, que esperam fortes experiências narrativas que os imerjam no universo das marcas. As grandes insígnias tradicionais de luxo não têm outra escolha senão reagir a estes movimentos históricos inevitáveis, especialmente desde que foram perturbados por novos players, as Instabrands e os Digitally Native Vertical Brands, que não temem as convenções. E poderia o luxo ser a resposta, por exemplo, para manter o comércio tradicional? Hoje, 90 por cento dos produtos de luxo são comprados em loja. Porém, esta percentagem deverá diminuir no futuro em cerca de 20 a 25 por cento, que passará a realizar-se online, até 2030. Claro que, os agentes de luxo aproveitaram bem a oportunidade da revolução digital para se reorganizarem, modernizarem e implementarem estratégias de marketing que reforçam as sua imagem, o seu poder de atracão e a sua capacidade de vender

•• “(...)em 2 0 3 0 haver á ainda menos lojas físicas. Aquelas que desaparecerão são as que não agarraram a evolução em march a” ••

de forma diferenciada os produtos. Tudo com menos protocolo e mais personalização. Eles compreenderam que a digitalização do comércio permite valorizar a singularidade dos clientes na diversidade das redes. Considera que o conceito de luxo no eyewear é diferente, tendo em conta que a maioria das marcas de alta costura apresentam-se como insígnias de massas, neste mercado? Os grandes grupos de luxo decidiram retomar as suas licenças de eyewear, porque compreenderam a atração deste acessório para os clientes. Porém impõem-se algumas exceções. Os óticos, na generalidade do globo, não estão formados para vender marcas de luxo, os pontos de venda não têm o merchandising exigido, nem níveis de serviço e de qualidade elevados. Vamos assistir, portanto, ao desenvolvimento de imposições na área da ótica dedicada às marcas de luxo, com lojas e e-commerce adaptados ao desafio dos omnicanais para serem mais visíveis em varias frentes e em simultâneo. Pode desenhar-nos um cenário do que vai ser a década de 2020 para o retalho, tanto no caso do luxo como do retalho ótico? As lojas continuam a ser um pilar para os clientes, é o local da relação com as marcas, das descobertas, das compras, do serviço antes e pós venda, entre outros fatores. Dito isto, gerir uma grande rede sobrecarregada de lojas implica custos fixos que não serão facilmente absorvidos senão em zonas de grande fluxo de clientela. O futuro esta na multiplicação de pontos de contacto ágeis, físicos e digitais, para manter a ligação com os clientes principais mais versáteis.

Olhar o Mundo | 35 |

Ao entrar na década de 2020 que perspetiva se pode ter da economia global? Estamos no século XXI há 20 anos e, contudo, continuamos a funcionar com uma lógica mental do século XX. É por esta razão que vivemos num contexto de tensões económicas, sociais e geopolíticas inflamáveis à mais pequena faísca. Isto, sem falar da “urgência climática” que criou um stress suplementar a este contexto. Os riscos da deterioração de uma economia estagnada predominarão enquanto não decidirmos um outro modelo de sociedade que privilegie o “menos e o melhor”. Porém, a verdadeira problemática reside na escalada nacionalista que leva ao isolamento das populações quando na realidade urge uma visão global para resolver os conflitos do mundo. Dito isto, não devemos desesperar, mas sim confiar na energia das individualidades que acreditam no progresso e no futuro.


opti 2020 O primeiro grande evento da década! Opti 2020 | 36 |

Fotos: © Photos: GHM

60 mil metros quadrados encheram-se de optometria, oftalmologia e de muitos óculos, de 10 a 12 de janeiro de 2020, na primeira feira internacional do ano e da década. Foram 605 expositores de 39 países que propuseram produtos e ideias a 28 mil visitantes de 93 países, ditando o sucesso declarado pela organização da opti 2020. O prémio Blogger Spectacle Award e a formação proporcionada pela opti Forum foram alguns dos atrativos que o certame foi divulgando ao longo de 2019 e aos quais muitos visitantes responderam. De facto, o universo da ótica reagiu positivamente à opti 2020, que ultrapassa hoje o seu caráter quase regional das primeiras edições, para se afirmar no panorama global. No rescaldo da primeira feira de 2020 ficou apenas a incógnita quanto ao futuro da opti. É que a partir de 2021, em todos os anos ímpares, a feira muda de casa para Estugarda. A nova sede justifica-se para que se possa manter a posição de “primeira do ano”, mas para já desconhecem-se as potencialidades do espaço. Fica a expectativa em relação ao futuro, porque 2020 já fechou em grande.


Outro destaque deste opti Forum, e provavelmente o mais famoso atrativo da edição 2020, assentou no Prémio 2020 Blogger Spectacle, para os iniciantes no espaço de exposição opti Boxes. 25 marcas internacionais de eyewear e bloggers de 11 países interagiram para se decidir qual a insígnia mais original. E em 2020 foi a jovem Covrt Project de Londres, fundada pelo designer Marcello Martino. Ainda a opti Showcase, dominada pelo assunto Posicionamento Empresarial, também atraiu interesse dos participantes da feira, através de uma experiência com óculos de realidade virtual e ainda uma consulta personalizada.

Opti 2020 | 37 |

Este ano, as novas entradas de Nordeste e de Noroeste encaminharam os visitantes para os corredores movimentados, em busca das mais recentes tendências e desenvolvimentos, logo no arranque do ano. Registou-se um sentimento positivo desde a primeira jornada, confirmando a importância desta reunião familiar do setor da ótica e também da própria Alemanha, pela sua localização, para a indústria. A prova disso está no ligeiro aumento de participantes de fora da Alemanha. Ou seja, a opti foi o sítio ideal para as empresas darem um “pontapé de saída” da nova década, pois a própria atmosfera do país hospitaleiro está em alta. De acordo com a associação da indústria alemã, Spectaris, os resultados de 2019 foram os mais bem sucedidos da última década, com crescimento das receitas em 5,4 por cento. Este incremento sente-se desde 2011. E o clima favorável de negócios refletiu-se em ambos exibidores e visitantes. A organização apurou que quase dois terços dos expositores realizou vendas, reservas ou encomendas na opti 2020. Já 92 por cento dos participantes profissionais atribuíram pontuações máximas à edição deste ano. A importância do evento para estes intervenientes é indiscutível.

“A opti Munique 2020 foi uma grande feira. A maioria de nós, à semelhança de anos anteriores, conseguimos contactos valiosos. Para as empresas para quem este representa um ponto de vendas e encomendas, é a melhor forma de entrar na nova década. Agora enfrentamos o desafio de transmitir a nova localização em Estugarda do ponto de vista comunicativo e emocional, porque a mudança nos anos ímpares é inevitável, devido à futura situação no espaço de Munique, que será ocupado por outra indústria. No entanto, temos confiança na marca, na equipa da opti e na importância da feira para a região DACH (Alemanha, Áustria e Suíça na sigla em inglês) assim como para o resto do mundo” explicou Josef May, presidente da Spectaris. Para além dos negócios, manutenção de contactos e expansão da rede de trabalho de cada empresa, a formação também esteve em destaque na agenda da feira. O opti Forum proporcionou a partilha de conhecimentos em todas as áreas da indústria da ótica e, por isso, conquistou um número sólido de seguidores em 2020. No total, 2900 visitantes assistiram a uma das 33 palestras durante os três dias de certame. Os tópicos mestres e de extrema popularidade foram Ótica 4.0 – As Oportunidades e Riscos da Tele-optometria, Marketing de Referência, Enfrentar o Desafio da Regulação dos Dispositivos Médicos na UE – O que Fazer Antes que Entre em Vigor?


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•• “ A eq uip a exp erien te da o p t i c o n h ec e a in d ústria, c o n h ec e a feira e tem o rg a n iza d o es t e evento d e a l t o n ív el h á muito a n o s . A o p t i c o n t in uará a s er o p t i em Es t ug a r da! ” ••

Thomas Truckenbrod, o presidente da associação de óticos e optometristas da Alemanha, reconhecida pela sigla ZVA, disse que “do ponto de vista da ZVA, a opti 2020 foi o começo perfeito da década e garantiu uma consulta sobre o futuro. Mais uma vez, os visitantes profissionais puderam encontrar tudo o que precisam para serem bem sucedidos no mercado. Sejam quais forem as razões que levaram a feira a assumir uma nova localização para 2021, para mim, a parte mais importante é que toda a indústria pode encontrar-se num local. Estou ansioso por Estugarda 2021!”. O futuro da opti dividido entre Estugarda e Munique A partir de 2021, a opti vai alternar-se entre duas localizações. Nos anos ímpares vai passar a realizar-se em Estugarda, a começar já em 2021, de 8 a 10 de janeiro. A razão prende-se com o facto do espaço em Munique não estar disponível na altura do ano em que a opti se realiza, devido à ocupação da feira global líder de arquitetura, materiais e sistemas, BAU, assim como a mudança estratégica no portefólio de eventos da Fairground Munich em anos ímpares. “Estamos profundamente desapontados em saber que o espaço em Munique já não está disponível, segundo os nossos desejos temporais, pois a indústria já se sente em casa em Munique. Mas, na realidade, uma feira não precisa de estar fixa numa localização específica. No entanto, certos critérios continuam a ser indispensáveis para o sucesso da nossa indústria e isso conduziu o nosso foco na pesquisa por uma nova área para a opti: a data logo em janeiro, a sequência de dias de sexta a domingo, tempos de montagem e desmontagem razoáveis para os expositores, excelente oferta logística e a habilidade de estar a par das mais altas expectativas a que a opti já habituou os visitantes e exibidores. Para além de Munique, o único espaço que responde a todas estas premências é Estugarda”, garantiu Dieter Dohr, presidente da comissão da Gesellschaft für Handwerksmessen mbH, responsável pela organização da opti. A diretora de projetos da feira e já parte da equipa há mais de 20 anos, Bettina Reiter, acrescentou ainda que “a equipa experiente da opti conhece a indústria, conhece a feira e tem organizado este evento de alto nível há muito anos. A opti continuará a ser opti em Estugarda!” E já diretamente de Estugarda, Stefan Lohnert, o diretor de eventos deste espaço alemão reforçou a felicidade e honra de “termos sido escolhidos pela opti. Estamos ansiosos por receber a indústria da ótica em janeiro de 2021!” O encontro mais esperado do ano fica assim bloqueado nas datas de 8 a 10 de janeiro, em Estugarda, onde uma nova opti vai desenhar-se para o setor.


Covrt Project Esta marca com base em Londres nasceu para o público no SILMO 2019 e tem conquistado lugar entre os seguidores da moda eyewear, pelo dinamismo e pelo atrevimento. Na opti confirmou a sua estratégia certeira, ao ser a marca preferida pelos bloggers internacionais, convidados a conviver com as marcas “jovens” das opti Boxes. Com o Prémio Blogger Spectacle Award, a Covrt Project tem argumentos para se posicionar na frente das preferências dos óticos, visto que será mencionada e divulgada pelos principais bloggers especializados em eyewear de toda a Europa. “Covrt Project é um conceito de eyewear urbano com estilo tecnológico que tem provocado a curiosidade no retalho de moda e da ótica”, define Marcello Martino, o designer da marca. Para além dos óculos, a insígnia de Londres também propõe acessórios multifuncionais, como o estojo de óculos versátil e moderno.

Frank and Lucie A marca de origem holandesa recupera aventuras de verão e a sensação da brisa do mar com a nova coleção Ocean Odyssey. Desenhos redondos, transparências e tonalidades leves perfazem a nova coleção de óculos de leitura Frank and Lucie, materializados em acetato de alta qualidade e com garantia de conforto e ajuste perfeitos. Apesar dos recortes clássicos dos formatos, as peças são à prova de futuro e ainda equipadas com charneiras flexíveis e lentes com filtro de luz azul. Os óculos Frank and Lucie fazem-se acompanhar de bolsas irresistíveis e correntes plenas de estilo.

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EOE Estes criativos suecos criaram amplos e apaixonantes modelos em titânio para surpreender na opti. Para além da elegância das linhas, os designers da EOE criaram as hastes para que se pudesse acoplar joias aos óculos. As peças em questão são produzidas em Estocolmo pela própria marca a partir de prata reciclada com o acréscimo de uma delicada pedra preciosa da Lapónia sueca.


Komono A primavera/verão 2020 da Komono vai ser arrojado ao máximo! A manifestação disso está nos três novos modelos em acetato italiano, intensos, feitos à mão e muito distintivos. As peças Mario, Uma e Jeff fazem-se ao mercado assim, com muita qualidade e um sentido luxuoso. Outros cenários de experimentação em óculos são os Judy, com os seus frontais em hexágono gigantes, os Stanley, muito bem definidos na sua subtileza e com uma dupla ponte e ainda os Piper, mais redondos e discretos. E estes e outros modelos aparecem irresistíveis na campanha mais recente da Komono, captada pelo colaborador interno Pierre Debusschere e baseada num minimalismo óbvio e uma linguagem visual bem estabelecida.

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neubau A marca austríaca lançou na opti uma série de novos modelos com a mais recente campanha, feita no Reino Unido, em destaque. Marianne Schrøder, lendária modelo norueguesa, dá cor e elegância intemporal às novidades de desenhos irresistíveis. As linhas subtis dos óculos em metal entrecruzam-se na perfeição com a energia de Marianne, que contrasta com o minimalismo do ambiente em que as fotografias foram captadas.

Monoqool A progressista Monoqool da Dinamarca continua a busca da mais complexa simplicidade com as suas criações avançadas. Para a primeira feira do ano, a marca aumentou a sua linha Wire Series com desenhos plenos de personalidade. Esta coleção muito especial tem recebido grande receptividade por parte do mercado, graças ao facto de basear toda a sua solidez e estilo num fio metálico transversal, que “abraça” os frontais impressos a 3D e hastes com segurança. Sem parafusos nem complicações, esta proposta inovadora garante ainda facilitar o trabalho dos óticos e, claro, aumentar o estilo dos utilizadores mais exigentes.


Go Eyewear A presença deste grupo multinacional na opti já conta seis anos consecutivos e em modo crescente. Em 2020, ocuparam 54 metros quadrados plenos de moda eyewear, representada por dez agentes e o country manager da Alemanha e Benelux, Paul Van Der Beek. O interesse dos visitantes foi transversal, com uma maioria de alemães, mas também holandeses e portugueses que não quiseram perder as novidades das marcas desenvolvidas pela Go Eyewear. Entre elas a sempre concorrida Ana Hickmann Eyewear, que garante conquistar os consumidores em 2020 com modelos sempre atuais. Ou seja, o balanço é positivo, tanto ao nível das vendas como na conquista de novos clientes.

Um ano após o lançamento da marca, o epónimo designer Nirvan Javan “fala” de uma dimensão mais corajosa, mantendo a elegância que sempre defende e acentuando a expressão humana por detrás das peças. A mais recente coleção reinventa-se num novo purismo e num novo caráter, na busca pela perfeição e requinte que torna a Nirvan Javan única. “Quis conquistar novos terrenos e fiz experiências com acetatos em cores brilhantes durante mais de um ano. A minha primeira tentativa foi com a coleção de óculos de sol, no último verão. Esgotarem em apenas algumas semanas. Por isso pensei, porque não tentar nas armações de prescrição?”, contou o criador de origem persa.

Ørgreen A casa dinamarquesa reinventa-se ao ritmo de um consumidor sempre mais ávido de novidades e tecnologia. A linha futurista Quantum by Ørgreen é a resposta precisa às novas tendências de design e na opti cresceu em propostas, sob o legado lançado há precisamente um ano. A charneira inova ao compor-se por uma esfera que liga os frontais em poliamida, desenhados a 3D, e hastes em titânio. Na surpreendente linha em acetato também há novidades intensas na forma mas subtis no uso. A cor ocupa o espaço central da criatividade Ørgreen e ganha sempre novos contornos de coleção para coleção.

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Nirvan Javan


Waylife A marca de cunho nacional e liderada por Hugo Oliveira apresentou-se em força na primeira feira de ótica do ano. Acompanhado pelos artistas urbanos que assinam duas das linhas que desenvolve, nomeadamente Parizone e MrDheo, o empresário deixou as paredes do espaço aberto à criatividade e aos respetivos grafites. Entre as novidades em Munique, destaque para a primeira linha em titânio de prescrição Waylife, que espelha subtileza nas linhas, mas intensidade nos desenhos.

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Xavier Garcia A marca nascida e desenvolvida em Barcelona prossegue o seu compromisso com a cor e com os desenhos graciosos. A opti foi o palco ideal para atrair os profissionais para as propostas dos dias quentes de 2020, em que a mescla entre acetato e titânio e a contraposição de tons díspares funcionaram a favor de um estilo original e fresco. Xavier Garcia prossegue desta forma a sua conquista impetuosa do mercado mundial de venda de óculos, conquistando sempre mais seguidores para o seu estilo assertivo e claro.

Fleye A Signature Collection cresceu em 40 novas criações, entre prescrição e sol, sob o desígnio da opti 2020. Nesta edição muito especial, os designers da Fleye voltam a debruçar-se sobre os mesmos conceitos da linha Nordic Lights, inspirada na icónica colónia de pintores Skagen do século XIX, que buscava fantasias nas luzes e nos cenários daquela localidade dinamarquesa. De realçar que as novidades vêm aos pares, ou seja, cada armação tem um correspondente em óculos de sol, pela forma material e atitude. São, no entanto, únicas pela intemporalidade dos designs e pela riqueza criativa.




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