Lookvision50 issu

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LOOK VISION EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 50 • NOVEMBRO 2016

Philippe Vergez

Philipe V: Mais que uma marca, uma atitude!

Luisa Delgado Uma nova Safilo

TM

Paula Pinho e Arlindo Teixeira

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50

O sonho de crescer em sentimento

ExpoCECOP

20 anos celebrados entre associados e parceiros




Novembro de 2016 • Nº 50

16 | BREVES

Índice BLACKFIN

Elementos preciosos 4

22 | CAPA

Paula Pinho e Arlindo Teixeira O sonho de crescer em sentimento

30 | OLHAR EM PORTUGUÊS

INSTITUTOPTICO

Com Portugal nos olhos

40 | OUTROS OLHARES

LUISA DELGADO Uma nova Safilo

44 | OLHAR O MUNDO

PHILIPPE VERGEZ

Philipe V: Mais que uma marca, uma atitude!

47 | OPTOMETRIA

UPOOP

Reunida em prol da atualização científica

48 | ARTIGO CIENTÍFICO

DAVID P. PIÑERO

Validação de um novo aparelho multi-diagnóstico em olhos saudáveis

Tema de Capa: Paula Pinho e Arlindo Teixeira prosseguem o trabalho do fundador do Adão Oculista com base na ligação especial com os seus clientes.

Diretora: Editora: Redação: Consultor e Diretor Artístico : Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision PortugalTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal. NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com

Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos Emanuel Barbosa Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Isenta de registo na ERC ao abrigo do Decreto Regulamentar 8/99, de 9 de Junho, Artigo 12º, nº 1, a)


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Editorial 8

LOOK VISION EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 50 • NOVEMBRO 2016

PHILIPPE VERGEZ

Philipe V: Mais que uma marca, uma atitude!

LUISA DELGADO Uma nova Safilo

TM

EXPOCECOP

20 anos celebrados entre associados e parceiros

PAULA PINHO E ARLINDO TEIXEIRA

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50

O sonho de crescer em sentimento

Inspiração de quem quer fazer melhor A edição 50 marcou-nos pela oportunidade fantástica de ouvir quem foi atraído para a ótica para alterar paradigmas. Falamos com Luisa Delgado, uma super mulher, uma cidadã do mundo, que largou a sua posição forte na Procter & Gamble para se deixar envolver pela paixão de uma história de óculos e mãos. Aceitou a Safilo sob o seu comando para a salvar das necessidades céleres que a distorceram e buscar a essência que a tornou forte em tempos. Os seus plano são de uma estrutura simples mas ousada e dura e ao som do seu português límpido, entrecortado pelos seus inglês e italiano perfeitos, aprendemos que a dignidade, a história e os artesãos são o que distingue até as grandes multinacionais. Antes de travarmos com Luisa já tínhamos em nós o tom inebriante de um criador que desde que se envolveu com os óculos não consegue seguir outro caminho. Philippe Vergez foi o “pai” da inovadora Jee Vice e reapareceu agora no mercado com um projeto magnético: Philippe V. Desenhos meticulosos, frases inspiradoras e tanta originalidade compõem mais uma marca do mercado mundial da ótica. Como acontece em todas as nossas produções mensais, conseguimos dar voz ao dinamismo do setor português, entre óticos e produtores, dedicamos páginas à sua inquietude inspiradora. E, por falar em inquietude, a nossa entrevista de capa fala precisamente disso. Um homem que há 54 anos decidiu dar o nome pela sua causa. O Adão Pinho criou uma empresa exemplar, baseada da sua capacidade comunicativa e de trabalho, e passou essa preciosa herança a Paula Pinho, sua filha, e Arlindo Teixeira, seu genro. Paula, que “descansa” quando se envolve em projetos braçais, falou-nos de como mantém o Adão Oculista, com uma base de dados de verdadeiros amigos, que lhe compram óculos. Arlindo, lado a lado com a sua companheira de vida, dá assertividade aos negócios e força à equipa. Adorámos este encontro! E porque queremos mais e melhor saúde, desafiamos o professor e investigador David Piñero a partilhar conhecimento connosco e com os nossos profissionais, que estão na vanguarda daquilo que se faz na área da optometria. A UPOOP, aliás, dedicou esforços para juntar os seus especialistas em torno de novos conceitos. Fica aqui o registo. Já sabe, para ter acesso a todos estes valiosos conteúdos, vire a página e descubra a ótica, ela está sempre aqui!


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MAKING OFF

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Uma quinta encantada Num minuto estamos em plena Invicta, e, no seguinte, transpomos um portão e entrámos num recanto natural apaixonante, sem ruído dos carros, sem o burburinho da cidade. É o mundo de Paula Pinho e Arlindo Teixeira. Estes dois óticos, responsáveis pelos destinos do Adão Oculista, abriram-nos a oportunidade de os encontrar no seu espaço privilegiado e viver com eles a sua história, contada por cada momento e até cada animal da quinta familiar. Retê-los no pensamento e nas imagens foi uma tarefa inesquecível e uma aprendizagem sobre perseverança e energia.


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Referências: 1. Vision Needs Monitor 2015, Market Probe | 2. Dumbleton K, Woods C, Jones L, Fonn D. The impact of contemporary contact lenses on contact lens discontinuation. Eye Contact Lens. 2013;39:93-99 3. Dumbleton K, Richter D, Bergenske P, and Jones LW. Compliance with Lens Replacement and the Interval between Eye Examinations. Opt and Vis Sci. 2013; 90(4):351-358. | 4. Lally J, Ketelson H, Borazjani R, et al. A new lens care solution provides moisture and comfort with today’s contact lenses. Optician 4/1/2011, Vol 241 Issue 6296, 42-46. 5. Senchyna M, et al. Caracterização de uma Solução Polivalente para Lentes Concebida para Materiais em Hidrogel de Silicone. Cartaz apresentado em: ARVO; maio de 2010; Fort Lauderdale, FL. | 6. Davis J, Ketelson H.A, Mostra A, Meadows D.L. Uma solução para o cuidado das lentes concebida para materiais molháveis em hidrogel de silicone. Cartaz apresentado em: ARVO; May 2010; Fort Lauderdale, FL. 7. Huo Y, Perry SS, Rygalov A, Wang A, Ketelson HA., and Meadows DL. Chemical and Frictional Analysis of Silicone Hydrogel Lens Surfaces ARVO Meeting Abstracts April 11, 2010 51:3422 | 8. Campbell R, Kame G, et al. Clinical benefi ts of a new multipurpose disinfecting solution in silicone hydrogel and soft contact lens users. Eye & Contact Lens 2012:38(2); 93-101. | 9. Kern JR, et al. Experiência Clínica com Nova Solução para Desinfeção de Lentes de Contacto na Europa e Austrália. Apresentada na Academia Americana de Optometria. Outubro de 2011. Boston, MA. Informação importante sobre a Solução de Manutenção de Lentes de Contacto OPTI-FREE® PureMoist: A solução de manutenção de lentes de contacto OPTI-FREE® PureMoist é um dispositivo médico para limpeza, desinfeção e manutenção de lentes de contacto. A sua má utilização pode comprometer a saúde ocular. Ler cuidadosamente o folheto informativo. Existem outros fatores que podem influenciar a saúde ocular. Para mais informações acerca da utilização, cuidado e conselhos sobre o produto informe-se junto do seu profissional da visão ou do seu distribuidor em Portugal. OPTI-FREE, PureMoist, AIR OPTIX, HydraGlyde e o logótipo da Alcon são marcas da Novartis AG. ©2016 Novartis. Material revisto em setembro de 2016. I11609528841. Alcon Portugal-Produtos e Equipamentos Oftalmológicos, Lda. NIPC.501 251 685, Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E Taguspark 2740-255 Porto Salvo. Informação importante sobre as lentes de contacto AIR OPTIX® com HydraGlyde (lotrafilcon B): As lentes de contacto AIR OPTIX® com HydraGlyde são dispositivos médicos para correção de miopia e hipermetropia. Para uso diário, prolongado até 6 noites consecutivas, ou como determinado por um profissional da visão. O risco de problemas oculares graves (p. ex., úlceras na córnea) é maior no uso prolongado. Em casos raros, pode ter como resultado a perda da visão. Podem surgir efeitos secundários como desconforto, ardor ligeiro ou picadas. Existem outros fatores que podem influenciar a saúde ocular. Para mais informações acerca da utilização, cuidado e conselhos sobre o produto informe-se junto do seu profissional da visão ou do seu distribuidor em Portugal. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização disponíveis junto do seu profissional da visão.


Breves 12

Anna-Karin Karlsson O domínio do luxo A ousada criadora deixa-se levar pelos materiais mais preciosos e por linhas sensuais para encantar as amantes de óculos. Em destaque, o Empress desenhase no calor do acetato e na sumptuosidade do ouro para ser único. O remate está no elegante cristal Swarovski Champanhe que adiciona um toque musical neste conjunto de luxo, fiel à assinatura de Anna-Karin Karlsson.

Coopervision App avalia fadiga visual A empresa de lentes de contacto lançou uma aplicação para apoiar os profissionais na deteção de pacientes em risco de sofrer fadiga visual relacionada com o uso de dispositivos digitais. Trata-se de uma ferramenta de comunicação em forma de um breve questionário disponibilizado no site da CooperVision em Indicador Fadiga Visual Digital e também através da App gratuita para Android e IOS. Este lançamento acompanha a criação das lentes de contacto Biofinity Energys que integram o desenho Digital Zone Optics e dedicamse, principalmente, aos utilizadores de aparelhos digitais.

Volte Face Regresso às origens A designer francesa Fabienne Coudray-Meisel volta às memórias das suas inspirações primordiais, da mãe e das razões que a levaram a criar a Volte Face. A mais recente coleção expressa a sua forma especial de interpretar os volumes, de compor as texturas e escolher as cores. Combinando tradição e o desejo pela transgressão, as novas armações apelam a uma mulher segura e moderna que não dispensa a comodidade de materiais de qualidade. A mescla entre matérias e os desenhos intemporais encerram um conjunto de alto valor estético, que conta com a experiência e apoio da JF Rey desde que integrou as suas fileiras em 2010.



Breves 14

Mykita Uma expressão de elegância inédita A estrutura em camadas dos novos óculos de sol Siru é a expressão delicada de uma elegância outonal. A distintiva parte frontal da armação feita de uma só peça esculpiu-se cuidadosamente à mão para dar a ilusão de uma dualidade de modelos. A silhueta arquitetural da Siru traz um subtil jogo de sombras ao rosto de quem o usa, tornando-se misterioso e irresistível.

PaperStyle O tributo à cor As coleções Rock e Thin, com os seus formatos icónicos, personalidade assertiva e destaque às cores contam histórias e inspiram emoções, através de óculos que se assumem como um verdadeiro acessório de moda. Estão disponíveis em quatro padrões de papel, munidos de nomes sonantes e aventureiros como Asia, Amor, Bouquet e Jardin. “Vestidos” de cor e poesia tornam-se, para o ousado usuário, uma expressão de um espírito e temperamento distintivo.

Flexsee Óculos sempre perto A Atitóptica traz para o mercado português uma solução elegante e vintage para se ter os óculos próximos. Os óculos Flexsee têm aros em silicone e podem ser graduados à medida do usuário, embora tenham incorporadas lentes certificadas entre +1.00/+3.00 de 0.50. O novo produto “pinta-se” ainda de cinco cores que dinamizam na perfeição o expositor de 12 peças. Adicionalmente, os Flexsee vêm com um robusto estojo e uma fita 3M, ideias para acoplar ao telemóvel, à carteira ou onde for mais conveniente.



Breves 16

Peter & May Walk Suavidade Invernal Agora que o frio se instala, nada melhor que olhar já para a próxima época quente através das “lentes” da Peter & May Walk. A coleção PinkBlues primavera/verão 2017 transmite brandura, clareza e muito romantismo, ousando, num clip solar e em desenhos intemporais. As linhas desenvolvem-se num aviador reinventado e cobrem-se com lentes amplas e transparentes, que revelam os detalhes de uma armação original.

Kuboraum Óculos que revelam mar A casa de Berlim apresenta um novo acabamento feito à mão que assinala detalhes fabulosos. A Coral Series busca no mar intensidade, infinito e inspiração, num resultado em óculos de sol espantoso. Os criadores confirmam, desta forma, a sua capacidade para reproduzir estruturas orgânicas complexas, transportando elementos do oceano para modelos inesquecíveis, na linguagem multifacetada da Kuboraum. Blackfin Elementos preciosos A casa italiana dedicada ao titânio encontra inspiração noutro material precioso, o o ouro. Nasce, assim, a linha Blackfin Elemento. Estas armações sublimes estão disponíveis em seis modelos de edição limitada, todas banhados a ouro de 24 quilates com espessura de dois mícron. Sem ostentações. o metal esculpe-se com elegantes detalhes que destacam a peça e enfatizam as cores que celebram a Blackfin. Ou seja, o verdadeiro luxo expressa-se aqui numa complexa simplicidade.


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Breves 18

Ana Hickmann Elegância renovada A insígnia da modelo brasileira propõe novas peças, baseando-se na combinação ousada de materiais, cores e formatos. As novidades brilham ainda sob a consagrada inovação que permite duas opções diversas num só modelo, o Duo-fashion. Os dias frios contam assim com rasgos de vermelhos, dourados, por um lado, e padrões florais enérgicos, por outro à medida do espirito das mulheres seguidoras da marca. Em destaque nesta coleção está o madrepérola, que com a sua elegância e sofisticação destaca o rosto no feminino.

Andy Wolf A crescer no mundo A marca independente austríaca está em modo de expansão. Abriu uma nova fábrica na famosa região francesa dos óculos, Jura, e lançou a Andy Wolf North America Inc. com base em Nova Iorque. Este crescimento deve-se à enorme demanda mundial pelos óculos da insígnia. Para satisfazer a procura, em particular do mercado americano, a nova empresa irá brindar os clientes com assertividade e proximidade. O austríaco Christoph Galler assume-se como CEO da faceta norte-americana da Andy Wolf, com o apoio dos proprietários originais Katharina Schlager e Andreas Pirkheim. É mais uma conquista há muito ansiada pelos líderes da casa austríaca. Todos os envolvidos neste feito celebraram o novo capítulo da empresa na nova sede em plena Manhattan. Moss Tonalidades quentes para dias amenos A nova coleção da marca italiana exclusiva das lojas do grupo Optivisão expressa-se numa multiplicidade de cores e em formatos intemporais. Dedicadas à mulher cosmopolita, a Moss elege o acetato para materializar linhas retas, definidas por tonalidades atrevidas e muito modernas, que se adequam ao estilo feminino contemporâneo.



Breves 20

Opti 2017 Blogbuster em Munique A 28 de janeiro de 2017 a primeira feira internacional de ótica do ano faz ligação entre expositores e bloggers, durante a rubrica Blogger Spectacle. Cerca de 20 bloggers de moda e eyewear da blogosfera europeia aportam em Munique, precedidos pelos milhares de seguidores que reúnem nas redes sociais todos os meses. As empresas com espaço na feira podem submeter os seus produtos ao escrutínio destes especialistas da web, ainda antes da feira. Os mais originais formam um top ten, que tem a oportunidade de reunir cara a cara com os bloggers. Finalmente, o vencedor do denominado prémio Blogbuster 2017 será anunciado no opti Forum, pelas 17:55 da tarde de sábado.

Oko by Oko Um vintage distinto As novas coleções da marca francesa delineam-se em torno de padrões de sempre de um design purista vintage. O metal deixa-se envolver pelo acetato numa combinação superior de robustez e qualidade entre o frontal e as hastes. Portanto, o modelo KAO9 é uma escolha segura para quem não dispensa força de caráter e muitos estilo nos seus óculos diários.

Ambliopia tratável com jogo de iPad O tratamento para o olho preguiçoso nas crianças, o termo mais usual para a ambliopia, tem nova esperança. Uma pesquisa publicada no JAMA Ophthalmology sugere que o uso de um jogo especial do iPad é uma tática eficaz para o tratamento desta condição do olho, até mais que a usual oclusão do olho. Submeteram-se 28 crianças amblíopes a dois tratamentos, sendo que num grupo se usou a terapia com o jogo de iPad e no outro a oclusão do olho. As idades desta amostra variaram entre os quatro e os dez anos. O jogo exigia o uso de óculos especiais com lentes vermelhas e verdes, tal como os 3D, que separavam elementos do jogo por cada olho, forçando o mais fraco, durante dez horas por semana e durante duas semanas. No final, estes pacientes melhoraram o dobro em relação ao grupo com tratamento tradicional e com menos tempo semanal de terapia. Os cientistas trocaram depois os grupos e o que tinha ficado “para trás” na primeira fase conseguiu melhorar até ao nível do primeiro. O desafio agora é verificar os resultados num período mais longo. A ambliopia atinge três em cada 100 crianças.


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Paula Pinho e Arlindo Teixeira

O sonho de crescer em sentimento Fotografia: Miguel Silva

Uma das marcas mais sonantes e bem estruturadas do país pertence ao Adão Oculista. Habituámo-nos a ouvir este nome nas rádios, a ver o simpático gato “míope”, que integrava a insígnia em cartazes, e até entre as ruas da região nos veículos devidamente “decorados”. Adão Oculista é um nome incontornável e vive para além do seu “pai”. A par do fundador, Paula Pinho, filha, e Arlindo Teixeira, genro, edificaram esta marca, prosseguindo a visão futurista de Adão Pinho. Este casal com uma incrível sinergia recebeu-nos tal como recebe os seus clientes/amigos e sentou-se connosco para recordar o homem que os ensinou a serem positivos e assertivos nos negócios, para rever alguns dos desafios do mercado e abrir algumas páginas da sua vida.


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Paula personifica uma verdadeira filha da ótica e a prova disso é a foto sua com poucos meses, mas já entre os colaboradores do Adão Oculista. Tem uma energia que aparenta ser inesgotável e um sentido tão pragmático que, quando a ouvimos recordar o pai, percebemos que é uma descendente verdadeira da personalidade do incrível Adão Pinho. Claro que, coloca logo os irmãos ao lado desta preciosa herança. Aliás, partilha as decisões da empresa com duas delas, Manuela e Ciza Pinho, responsáveis pela optometria do Adão Oculista. Arlindo é o equilíbrio que as decisões da empresa carregam, o pensador e o grande incentivo para o sucesso do atual Adão Oculista. Isto porque tem a coragem de seguir a visão do seu mentor Adão Pinho e porque encoraja o espírito de mudança entre a equipa e, especialmente, na sua companheira de vida e negócios. Para escaparem ao “tumulto” profissional, não precisam de ir longe. Adão Pinho edificou uma quinta familiar para ter os seus mais importantes membros da vida por perto. Paula e Arlindo mantêm-na viva todos os dias e partilham-na com a matriarca Pinho e uma sobrinha, nas devidas casas. A lavoura e os animais são atividades que os fazem brilhar, embora seja o patchwork e a cozinha as tarefas nas quais se destacam como verdadeiros artistas. Seguir o “futuro” das duas filhas e as viagens com intensas caminhadas completam uma dupla imbatível. É a geração que tem a responsabilidade de prosseguir o trabalho do Adão Pinho, seu pai. Como é ter esta função? Paula Pinho: Não é bem a geração seguinte, porque fiz dia 1 de setembro 30 anos de casa. O Arlindo ainda tem mais do que eu, oficialmente. Estive uma grande parte da minha vida com o meu pai. Ele só faleceu há cinco anos e, nos últimos anos da sua vida, nós já tínhamos assumido a gerência da loja. Claro que tínhamos aquele “pilar de apoio” confortável que tanta falta nos faz. A nova geração é na realidade a que está a entrar agora como a minha filha Marta. Já trabalha connosco e ela, sim, terá um grande desafio. Ou seja, tem a percepção de que quando o Adão Pinho começou era tudo mais fácil? PP: Por um lado sim. Exigia muito trabalho, mas era uma situação que estava completamente por explorar. Ou seja, desde que as pessoas se dedicassem afincadamente podiam crescer “infinitamente”. Hoje é ao contrário, existem milhares de óticas para o mesmo número de clientes de então. De facto, o Adão Oculista conseguiu uma posição poderosa no mercado. PP: Sim, porque o meu pai investia imenso em publicidade, tanto visual, como nas rádios. Aliás, ainda ninguém falava em frotas de empresa e o meu pai comprou uma carrinha e pintou-a com o logótipo da marca. Isto há 50 anos! E corria tudo que era sítio. Ou seja, a fatia de orçamento direcionada à publicidade era astronómica. Arlindo Teixeira: A história da Adão Oculista tem várias facetas. Analisando o percurso da empresa descobrimos uma similaridade impressionante com o caminho percorrido pelo setor

em geral. Desde o franchising ao low cost, estas foram etapas familiares ao Adão Oculista desde cedo. Chegámos a ter 15 filias e 25 agências. PP: Era algo incrível, porque ainda ninguém usava o termo franchising e nós já amealhávamos lojas que não eram óticas, que vendiam óculos com a nossa marca. Pagavam um determinado valor para terem lá os óculos e nós atribuíamos uma comissão pelas vendas. AT: Isto faz parte do nosso ADN e quando hoje se atribui esses nomes pomposos, nós reconhecemo-los como parte da nossa história inicial. E mesmo ao nível da internacionalização da empresa, estivemos com o pé em Angola e Moçambique. Os espaços estavam criados, mas com o 25 de abril tudo ficou pelo caminho. A venda em grandes superfícies também passou pelo Adão Oculista. O meu sogro teve uma proposta para abrir óticas no supermercado Pão de Açúcar. Portanto, tudo o que


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E como funciona a gestão da Adão Oculista efetivamente? PP: Somos quatro pessoas, eu e o Arlindo com a parte da gestão, vendas, compras e tudo o que é preciso fazer, e as minhas irmãs Manuela e a Ciza, ambas direcionadas para as consultas de contactologia e optometria.

está acontecer na ótica de há uns anos para cá já foi experimentado pelo Adão Oculista. É incontornável falar sobre ele. Quem era o Adão Pinho? PP: Era um homem que foi abandonado com apenas oito dias e teve a sorte de um casal o adotar e, no fundo, salvar-lhe a vida. Talvez por isso tenha tido sempre a capacidade e a vontade de levar os seus projetos para a frente com pensamento positivo.

Como encaram os desafios atuais do mercado? PP: Hoje temos que nos debater com fatores externos, que nos ultrapassam e que sozinhos não conseguimos resolver. Dou-lhe o exemplo dos seguros de saúde que inibe a venda aos óticos independentes e que devia ser discutida e explorada por quem de direito, para se apurar se é de facto legal. O seguro de saúde decide que os seus clientes devem recorrer a determinado serviço de ótica, normalmente grandes grupos ou superfícies. Isto é uma situação muito castradora e a autoridade da concorrência devia responder aos anseios dos independentes e esclarecer se é praticável. Nós, os independentes, não conseguimos fazer frente a este poder.

Como era trabalhar com um homem assim? PP: Era espetacular. Era um líder incondicional. Ou seja, nenhum de nós, e falo das 50 pessoas que aqui trabalham, na altura dele seguramente mais, questionava as suas decisões. Ele tinha uma mania engraçada. Tinha um metro e por vezes andava com ele na mão a subir e descer as escadas. Percebíamos logo que ia haver mudança. Era certinho! Para além deste espírito inconformista, tinha uma maneira de expor as suas ideias e conceitos que era complicado contestar. Fazia todo o sentido e sabíamos, pela experiência, que se viesse dele ia correr tudo bem. Por outro lado, quando lhe apresentávamos alguma ideia, eu, os meus irmãos ou até os funcionários, apoiavanos incondicionalmente. Por isso, nunca nos sentíamos “deixados para trás.”

vendem barato, nós vamos vender caro”. Entrou em contacto com as marcas, por intermédio do António Barros e outros colegas na Luxottica, e fez a maior compra que a empresa tinha visto na altura. Ou seja, equipou todas as lojas com as melhores marcas de óculos do mercado. Apostamos tudo nessa altura e o que é facto é que tivemos sucesso.

Como foi a transição para os “novos tempos” para esta empresa de 54 anos? PP: Quando começou o “advento” dos grupos internacionais em Portugal com a política agressiva de comprar “um e dar três”, o meu pai foi no sentido contrário. “Se eles

E quando se afastou Adão Pinho da frente do negócio? PP: Na realidade nunca. Ele faleceu a 14 de março, no dia imediatamente depois da loja fazer 49 anos, e só saiu daqui no dia dos anos dele que foi no dia 8 de janeiro. Foi o ultimo dia em que veio à loja. Até aí, era o primeiro a chegar e o último a sair, juntamente com o Arlindo, já com mais de 80 anos. Embora já não gerisse propriamente, era uma presença importante. Quando começou a adoecer e foi uma situação muito rápida, nós já sabíamos exatamente o que devíamos fazer.

Paula, como ex-membro da Associação Nacional dos Ópticos, acha que esta devia estar na frente deste assunto? PP: Estive na ANO durante dois anos e, sempre que queríamos fazer algo, no momento em que é necessário envolver a massa crítica, não havia disponibilidade humana. Eu sempre defendi o associativismo, assim como o meu pai, mas por vezes seria necessário uma atitude mais assertiva e rápida e os óticos precisam de apoiar.


“Dou-lhe o exemplo dos seguros de saúde que inibe a venda aos óticos independentes e que devia ser discutida e explorada por quem de direito, para se apurar se é de facto legal”

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Gostava de lhe perguntar como é ser mulher num setor que ainda é tão masculino, mas está na frente de uma empresa muito “feminina”. Por isso passo a pergunta para o Arlindo (risos). AT: De facto, temos muitas mulheres e já com o senhor Adão era assim. Claro que, admito que em algumas situações seria melhor trabalhar com homens do que com mulheres. Aliás ainda há pouco dizia, como brincadeira, que as mulheres deviam vir com livro de instruções (risos). Mas refiro-me a isso para carregar material pesado. Gosto da abordagem feminina às empresas e ao trabalho. PP: Esta pergunta sobre homens e mulheres, nos dias que correm, nem se devia colocar. Infelizmente ainda se coloca. Fui a segunda mulher, numa história de 50 anos, a integrar a direção da ANO. No entanto, para mim parece-me tudo tão natural. Nós, lá em casa, sempre vimos os meus pais trocarem os papéis ditos tradicionais e foram casados muitos anos e desde os seus 20 anos. Aliás, acho que numa equipa composta por homens e mulheres, porque raio tem que ser o homem a fazer as tarefas pesadas? Acho que as pessoas devem valer para além do género e que a igualdade devia ser um direito adquirido. AT: Eu também já tinha educação em casa, onde éramos quatro homens e a minha mãe era a única mulher. E nós tínhamos que fazer todas as tarefas. PP: Por isso é que o Arlindo passa bem a ferro e eu não consigo (risos). Guerra de sexos aqui não existe.

Paula a sua participação na ANO teve a ver com a sua personalidade inquieta? PP: Integrei a equipa por convite. Na altura achei que seria bom para a faceta mais nortenha do setor da ótica e durante o tempo que lá estive sinto que fiz algumas coisas para destacar a nossa região. Também acho que nós aqui pecamos por bairrismo, porque quando queremos que algo aconteça acabamos por ser chatos (risos). Eu queria que a associação fosse menos centralizada. Defendo o norte até “debaixo de água”. Saiu com o sentimento de trabalho feito? PP: O sentimento com o qual saí foi que fiz aquilo que me foi possível fazer. Podia ter feito muito mais, é verdade, mas nos dois anos que lá estive fizemos coisas boas. O congresso realizou-se com sucesso e fizemos o livro que celebrou meio século da ANO e que dignifica o setor e o seu trabalho. O lançamento foi dos momentos mais bonitos da história da associação. O filme apresentado com a voz do professor Carvalho Rodrigues levou quase todos os presentes às lágrimas. Sentimos pertença e orgulho de sermos óticos. Eu gostava que as pessoas do norte também tivessem este evento perto. Espero que a nova direção consiga trazer as atividades mais a norte. Que futuro sonha para a Adão Oculista? AT: O maior desafio nem sequer é crescer, mas sim consolidar. Já têm um grupo considerável com 12 lojas. PP: O que acontece é que nas nossas lojas, nomeadamente aqui na sede, onde ocupo a frente de loja, é que sei a vida

toda dos meus clientes e não sou coscuvilheira. Há um relacionamento próximo. Por vezes, telefono aos meus clientes dizendo que tenho aqui uns óculos para eles. Respondem-me: “mas não encomendei.” “Eu sei mas recebi agora uns que são perfeitos para si.” “Então vou aí para a semana.” Se tivermos uma empresa maior não conseguimos manter esta dinâmica. Portanto, queremos crescer em sentimento, as pessoas pensem em nós. Aliás, temos clientes que cresceram connosco e se for preciso telefonam à noite a perguntarem o que fazer porque deixaram cair as sapatilhas na água (risos). Portanto se pensarem em óticos, pensam em nós. Era esse futuro que queríamos. Ver em cada cliente um amigo e que nos vejam da mesma forma.


OLHAR EM PORTUGUÊS

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ExpoCECOP

20 anos celebrados entre associados e parceiros A equipa do grupo multinacional de óticas soprou 20 velas entre as pessoas que edificam diariamente a marca. Óticos associados e parceiros juntaram-se na Figueira da Foz para celebrar duas décadas de CECOP, rever estratégias, aprender novos conceitos e conviver com os colegas de longa data. A ocasião foi também perfeita para os associados conhecerem pessoalmente o novo country manager, David Carvalho. Outubro marcou a comemoração da CECOP, para o mercado português, dos seus 20 anos de trabalho. Como local de reunião de associados, parceiros de negócios e a equipa do grupo, o Eurostars Oasis Plaza, na Figueira da Foz, foi o digno palco de um encontro que misturou trabalho e prazer de forma primorosa. O fim de semana compôs-se de formações, consulta de novidades em produtos e momentos descontraídos que edificaram e prepararam os profissionais para uma nova época

de desafios empresariais. No arranque desta ExpoCECOP de 2016 esteve o magnético orador Miguel Gonçalves. O empresário bracarense apresentou aos atentos participantes as vantagens das novas tecnologias nas respetivas óticas. Estar atento às tendências que inundam os respetivos mercados locais e os recursos disponíveis para potenciar a ótica independente foram outras temáticas que Miguel Gonçalves destacou na sua enérgica exposição.


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Ainda com a voz do primeiro palestrante a ecoar na mente, os profissionais aliados à CECOP puderam contactar, de forma privilegiada, com os parceiros protocolados do grupo. A rubrica Shopping Time deu, precisamente, espaço à ligação humana entre fornecedores e óticos e a uma experiência diferenciada com os produtos disponíveis para o dia a dia das lojas. As mais recentes novidades do mercado, as últimas propostas em moda e ainda ofertas especiais para o evento tornam o Shopping Time sempre mais importante. A primeira jornada da ExpoCECOP de 2016 terminou com toda a pompa e circunstância num jantar temático, com os anos ’20 como inspiração. O Casino da Figueira da Foz foi o local do convívio e proporcionou ainda o espetáculo Living Las Vegas aos convidados, da companhia de espetáculos de Paulo Magalhães. Neste momento de diversão e cultura, a CECOP distinguiu os associados com mais de dez anos “de casa”, no âmbito do aniversário do grupo. A estes óticos, a CECOP agradeceu o empenho e compromisso “nesta viagem conjunta”.

O último dia do encontro anual esteve dedicado à formação. Especialistas subiram ao palanque de apresentações para acentuar a importância da gestão eficaz de recursos e de se ter sempre presente as diretrizes para melhorar, potenciar, organizar e diferenciar as óticas independentes. Por tudo isto, a ExpoCECOP é uma iniciativa sempre mais central no aperfeiçoamento de conhecimentos e um fator apelativo para integrar o grupo multinacional. A CECOP garante independência profissional, acesso a ações de marketing, boas condições de compras, apoio personalizado e a inclusão numa “família” com mais de 3200 associados em todo o mundo. CECOP reforça a equipa em Portugal A faceta lusa deste grupo com presença em oito mercados internacionais ganhou expressão reforçada ao introduzir um novo country manager. David Carvalho chegou à CECOP com o objetivo de reorganizar, fortalecer e desenvolver a

estratégia da rede de óticas no país. Estão previstas ações conjuntas com fornecedores, associados e outros atores de mercado, entre mais iniciativas que querem colocar a CECOP em destaque em Portugal. “Queremos, a curto prazo, reestruturar e aumentar os nossos associados. O primeiro passo é reforçar a equipa de marketing e comercial e o segundo acrescentar maior valor ao associado, proporcionando-lhe novos serviços que os tornem mais competitivos no mercado”, explicou o novo responsável. David Carvalho tem um International MBA na IE Business School, de Madrid, e conta com larga experiência como diretor geral, consultor e empreendedor. Especializou-se no desenvolvimento, expansão, gestão de negócios e e-commerce, com uma trajetória enriquecedora pelos desafios que foi encontrando em todos os mercados. O seu cargo mais recente foi na qualidade de fundador e CEO na empresa Brasil Direto LLC, no qual tinha o parceiro B2W Digital.


Todas as lojas da rede, de norte a sul, têm as portas abertas a quem quiser verificar a sua saúde visual

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MultiOpticas

Ílhavo e RTP na mira do grupo A dinâmica da MultiOpticas continua em alta e neste período tem expressão na primeira abertura de loja em Ílhavo e nos rastreios de optometria gratuitos à redação da RTP Madeira. A primeira loja da MultiOpticas em Ílhavo arrancou com a sua atividade no fim de outubro, em plena avenida 25 de abril. O novo espaço “veste” o inovador conceito de Top Store do grupo, incluindo a moderna identidade gráfica em que se insere hoje a MultiOpticas. Ílhavo usufrui agora das muitas vantagens proporcionadas pela rede de óticas e dos respetivos cuidados visuais. A variedade de armações e óculos de sol das coleções mais proeminentes da moda estão disponíveis a uma relação qualidade/preço competitiva. A população de Ílhavo tem ainda consultas de optometria gratuitas, o que representa uma mais valia para o concelho. Este novo estabelecimento junta-se aos já existentes da MultiOpticas no distrito de Aveiro, nomeadamente Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Espinho, Estarreja, Oliveira de Azeméis, Ovar, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Vale de Cambra.

Colaboradores da RTP Madeira com visão controlada A MultiOpticas ofereceu rastreios de optometria aos colaboradores da RTP Madeira, a 8 de novembro. Esta ação foi importante para o grupo, pois representou a primeira vez que o grupo realizou estes exames fora de Portugal continental, embora constitua já uma prática comum nas redações dos principais polos demográficos do país, nomeadamente Lisboa e Porto. Iniciativas como esta são a forma da MultiOpticas passar a mensagem de quanto é importante a população submeter-se a exames anuais da visão. Todas as lojas da rede, de norte a sul, têm as portas abertas a quem quiser verificar a sua saúde visual.



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Cierzo

Com Portugal nos olhos O Institutoptico homenageia as suas raízes portuguesas com uma edição especial da coleção exclusiva Cierzo. Os novos modelos denominam-se, precisamente, Mosteiro de Alcobaça, Palácio da Ajuda e Tunnel – Castelo de Santa Maria. Estas peças vêm fazer crescer a coleção Lugares de Portugal. O estudo atento das tendências do mercado convergiu em três novas peças Cierzo, numa edição especial que eleva as melhores caraterísticas lusas. Ligeiros, muito confortáveis e transgressores, os modelos Mosteiro de Alcobaça, Palácio da Ajuda e Tunnel – Castelo de Santa Maria evidenciam-se nos tons mate e mesclados, contrastantes com as cores das hastes. Ou seja, as personalidades irreverentes e seguras têm aqui uma forma superior de expressão.

De assinalar que a coleção Lugares de Portugal é uma homenagem ao país e ao seu património cultural, onde cada modelo ganha o nome de um lugar icónico nacional. Adicionalmente, com este conjunto especial a Cierzo tornou-se na primeira marca de óculos no mundo a incluir o inovador ColorADD nas suas armações. Este código de cores elaborado para daltónicos foi criado pelo designer português Miguel Neiva e permite a inclusão deste grupo de pessoas na sociedade.

E para a época que se aproxima...vermelho! O frio instalou-se e pede tonalidades fogosas. A Cierzo adianta, por isso, o Natal e sugere o vermelho em armações e óculos de sol ousados e apaixonantes. Desenhos arrojados que apostam no formato redondo ou na reinvenção de estilos clássicos, todos comungam das diferentes variações do vermelho. Esta cor tipicamente associada à paixão, está também relacionada com a renovação, estimulando o espírito e a autoestima. Com um posicionamento acessível, a Cierzo disponibiliza modelos com design adaptado a diferentes segmentos. Confortáveis e leves permitem uma maior adaptação ao rosto, acentuando a marca pessoal de quem os usa. Todas estas peças fazem parte da coleção Lugares de Portugal, desta feita relembrando cada ícone nacional sob o calor do vermelho.


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Ergovisão

Sentir Nápoles em plena baixa portuense Uma mesa de café, um casal que convida quem passa a juntar-se na fotografia, glamour e os novíssimos óculos da Dolce & Gabbana deram um sentido de sul de Itália à Ergovisão da Avenida dos Aliados. A equipa do grupo português abriu portas a um evento de luxo, apresentando as propostas da insígnia transalpina para a época fria que invade o país. A 20 de outubro a luz intensa da grande ótica da Invicta brilhou até mais tarde sob pretexto de pura moda e convívio. Ao ritmo das novas armações Dolce & Gabbana, os líderes da Ergovisão, Sofia Figueiredo e Emídio Rodrigues, ladeados pela sua simpática equipa, propuseram um momento especial a quem quis conhecer os desenhos vanguardistas da dupla de criadores italiana. A montra viva à entrada da loja atraiu olhares, aumentando o alcance da iniciativa. Responderam ao desafio bloggers de moda, personalidades reconhecidas dos meandros do mundo fashion português, amigos e muito curiosos. Entre conversas animadas e peças irresistíveis houve ainda espaço para um workshop edificante sobre as tendências em maquilhagem para os dias frios...com óculos. Foi a maquilhadora profissional Mafalda Vieira que deslindou os esfumados coloridos da época, os batons metálicos e reforçou a importância do iluminador, entre tantas dicas essenciais a um look sempre impecável. Clássicos renovados D&G A Dolce & Gabanna assume a sua energia latina em desenhos ousados e que se valorizam em deliciosos detalhes florais e

recortes dourados. No feminino, a marca destaca formatos sensuais com cores exclusivas e acetatos quentes. As lentes jogam com cores em degradé e espelhados. Para homens, a Dolce & Gabanna torna-se atrevida com o uso de materiais especiais e os detalhes estilísticos reconhecíveis que afincam ainda mais o vigor latino destas propostas.


OUTROS OLHARES

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MIDO 2017

A melhor loja do mundo A Mido já abriu as candidaturas à melhor loja de 2017 na rubrica Bestore. E para merecer este destaque é necessário enviar fotos e a história que edifica a ótica. Um júri internacional premeia o projeto através da avaliação do design de interior, o conceito de exposição do produto, a interação com os clientes e o marketing. Este painel de especialistas compõe-se de líderes do setor, trendsetters e de profissionais avançados do marketing e da publicidade que têm a complexa tarefa de avaliar as imagens que chegam para concurso de todo o mundo. Na sua terceira edição, a competição Bestore acompanha o fenómeno crescente das concept stores, promovendo a circulação de novas ideias sobre os elementos fundamentais para uma estratégia visual eficaz. De facto, é cada vez mais importante o design de interiores, a exposição do produto e a interação com o cliente num ambiente agradável e criativo, o que, tudo reunido, melhora a experiência de compra. O anúncio e entrega do galardão decorre durante o corrupio da MIDO 2017. Em 2016, o vencedor teve sotaque alemão. Diretamente de

Heidelberg, Alemanha, a ótica Steingasse 14 destacou-se na simplicidade do seu conceito, que, no entanto, tem uma complexidade agradável na exposição dos seus produtos. A madeira, os detalhes intimistas completam um espaço acolhedor e profissional. Thomas Hobmaier, um dos proprietários desta loja primorosa, subiu ao palco da MIDO e recebeu das mãos do presidente da feira, Cirillo Marcolin, o digno reconhecimento. De destacar que, na edição de 2015, uma das lojas vencedoras no Bestore foi a Nova Óptica de Guimarães de André Queirós, Clara Monteiro e Filomena Barbosa, com um fabuloso segundo lugar. As linhas clean e ondulantes que dominam o estabelecimento harmonizam óculos e equipamentos de forma astuciosa e isso não escapou ao júri.


entre os clientes e o produto durante o decurso da venda. Também estão disponíveis demonstradores, ferramentas e material para o ponto de venda, que ajudam em todos os passos da transação. Foi também criada uma formação específica para utilização de todos os elementos da Hoya Star e prevê-se um seguimento periódico das suas vendas e do mix de produto. Resumindo, é um apoio total ao ótico no negócio com os seus clientes.

Hoya

Novo catálogo de lentes já está disponível Todas as novidades lançadas no último ano pela fabricante de lentes oftálmicas, conselhos úteis para a vida diária dos profissionais e muito mais vigoram no mais recente catálogo de lentes Hoya, válido a partir do mês de novembro. A nova ferramenta inclui a tabela personalizada, Hoya Star, uma proposta integral de ajuda para o negócio das óticas, focada no processo de venda. O objetivo desta Hoya Star é comercializar o produto mais adequado, tendo em conta o perfil do usuário assim como o seu problema visual. A Hoya Star dá um apoio essencial desde a elaboração de uma triagem de lentes ótima, até à comercialização através de uma tabela personalizada baseada em diferentes tipologias e perfis de usuários. O processo permite uma clara interação

Novidades fulcrais Este novo catálogo de lentes da Hoya inclui todas as novidades lançadas durante o último ano, desde a Família V+, o tratamento UV Control e o desenho Amplitude TrueForm, e ainda produtos muito úteis para a vida diária dos profissionais. Destacam-se os Óculos de Segurança, uma introdução recente da Hoya na sua gama de produtos, num total de oito armações com quatro desenhos e com os materiais orgânicos CR39 e PNX 1.53, nas opções Hard e Hi-Vision. Outra das introduções são as lentes Sportive, desenhadas para um melhor rendimento nas atividades desportivas. Contam-se as lentes espelhadas e as TrueForm, otimizadas para

A Hoya Star dá um apoio essencial desde a elaboração de uma triagem de lentes ótima, até à comercialização através de uma tabela personalizada baseada em diferentes tipologias e perfis de usuários

armações com elevadas bases de curvatura, incluindo a exclusiva tecnologia de prisma de compensação. Esta linha inclui desenho unifocal e progressivo e uma ampla gama de cores. A terceira mais valia do novo catálogo são as lentes Sensity fotocromáticas com a nova cor verde-esmeralda. Finalmente, o tratamento espelhado Hoya Mirror encerra as novas valências, com as suas caraterísticas únicas e três cores da moda, dourado, prateado e azul nos desenhos Hoyalux iD LifeStyle V+ X-Act e Nulux iDentity V+.

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As quatro combinações intensas de cores dos óculos de sol são o resultado de um processo de fabrico especial: duas lentes de cores diferentes são inseridas uma na outra e perfeitamente ligadas. “Óculos sem aro com duas cores de lentes combinadas numa são certamente algo original”, declarou com orgulho, o ousado criador. Esta tecnologia especial também permite que os óculos de sol sejam graduados: a parte externa permanece inalterada, colocando uma lente graduada colorida na parte interna. Para todos os quatro modelos da edição especial Arthur Arbesser for Silhouette, o designer também criou um pano de limpeza. A partir de sua paleta de tecidos, ele escolheu os seus padrões gráficos típicos em cores contrastantes.

“Óculos sem aro com duas cores de lentes combinadas numa são certamente algo original”

Arthur Arbesser for Silhouette Um dos mais promissores jovens designers de moda, que se atreveu a fundar a sua própria marca depois de sete anos frutuosos na Armani, lança-se no eyewear de “mão dada” com a austríaca Silhouette. Apenas 1000 peças celebram esta união de luxo. Na criação da sua primeira coleção de óculos, Arthur Arbesser inspira-se no estilo de vida de Arthur Miller, dramaturgo norte-americano, e no tempo em que este se relacionou com Marilyn Monroe. Arthur Arbesser for Silhouette é uma coleção de contrastes emocionantes tanto em cor como em forma. Combina elegantemente elementos redondos e angulares com cores quentes e frias.



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Shamir na Primeira Liga de futebol A Shamir Portugal arrebatou a confiança dos três maiores clubes portugueses de futebol para desenvolver as suas lentes oficiais sob prescrição. O novo produto oficial do Futebol Clube do Porto, do Sport Lisboa e Benfica e do Sporting Clube de Portugal usufrui da qualidade exímia da fabricante portuguesa e ainda de uma subtil gravação a laser do logótipo. Esta eleição por parte dos grandes do futebol português põe em destaque a dimensão e notoriedade do departamento de investigação e desenvolvimento da Shamir. O trabalho especializado no campo das lentes progressivas e no design de lentes desportivas também chamou a atenção dos clubes que colocaram nas “mãos” da Shamir Portugal toda a sua confiança na criação deste novo produto oficial. As lentes oftálmicas sob prescrição com a gravação a laser do logótipo do respetivo clube abrangem todas as gamas de lentes orgânicas da Shamir. Este produto primoroso é ainda entregue aos clientes com um certificado de origem que, em conjunto com o símbolo do clube numa das lentes, comprovam a sua autenticidade. “No desporto vencer é uma questão de segundos, de milímetros, de pequenos instantes. É fundamental, por isso, ter uma excelente acuidade visual para se ser um vencedor, uma vez que 80 por cento da informação do mundo que nos rodeia chega ao cérebro através da visão”, destaca a Shamir. Uma marca sólida A Shamir tem uma forte presença em Portugal com dois laboratórios de produção de lentes oftálmicas. A sede, em Vila do Conde, constitui-se como uma grande referência na indústria ótica na Europa. Robotizado e com uma equipa de mais de

300 colaboradores, a Shamir Portugal labora 24 horas por dia, sete dias por semana e produz para o mercado português e europeu mais de dois milhões de lentes através de receita por ano. O segundo e mais recente laboratório da Shamir Optical em Portugal foi inaugurado em Lisboa, em 2015, e constitui o primeiro laboratório do velho continente de tecnologia de ótica acelerada - Inotime™ - Optics Acelerated Technology. A Shamir é detentora de um dos maiores departamentos de Investigação & Desenvolvimento de lentes oftálmicas do mundo.


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Maui Jim

Blue Hawaii para todos A empresa de alma havaiana expande as vantagens das suas lentes Blue Hawaii a quem tem necessidades visuais. Ou seja, a partir de agora é possível graduar óculos de sol Maui Jim, usufruindo em pleno das cores proporcionadas pelo tratamento especial destas lentes avançadas. A empresa dedicada à melhor visão ao sol alarga as possibilidades do seu Blue Hawaii, antes só disponível para lentes normais de sol, à prescrição. Os clientes das óticas com necessidades visuais, passam a aproveitar a vida no exterior através destas lentes azuis fashion, com qualquer modelo Maui Jim. As inovadores lentes Blue Hawaii têm um tratamento espelhado azul que garante um estilo novo e uma imagem atual, acrescida do extraordinário realce da cor e nitidez a que a Maui Jim já habitou os amantes do sol e do outdoor. Desenvolvidas como uma opção

fashion entre as cores propostas pela casa dos óculos de sol, as Blue Hawaii seguem as tendências da moda atuais e colocam a Maui Jim entre as peças mais arrojadas do mercado. A Maui Jim aplicou um tratamento azul espelhado na parte exterior da superfície da lente cinzenta natural PolarizedPlus2®, reduzindo a quantidade de luz que passa para a retina e eliminando o brilho excessivo, numa emancipação de cores única. “Os nossos óculos não mudam o mundo – mudam a forma como o vê.”


Esta é a quarta biseladora do nosso portefólio atual. É mais compacta e mais simples de usar. Vem como solução perfeita para os profissionais que têm pouco espaço na ótica ou que têm mais do que uma loja.

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Essilor Portugal

Portfólio preenche-se de novas valências O Hotel D. Inês, em Coimbra, organizada pela Essilor Portugal, em outubro. A empresa convidou os profissionais a consultar o portfólio alargado de armações e de instrumentos, pela mão da equipa experiente da Essilor, com Ricardo Cadete na liderança.

O evento que a Essilor Portugal realiza duas vezes por ano aproxima as óticas dos produtos de forma privilegiada. O atrevimento e o design de novas coleções de armações e a eficácia e energia dos mais recentes instrumentos, colocam-se ao serviço dos profissionais. Em 2016, Ricardo Cadete destacou à LookVision Portugal a biseladora Delta 2 na área dos instrumentos e ainda dois equipamentos que se comprometem com a diferenciação no ponto de venda, o Visioffice e o Nautilus. Delta 2 Este equipamento completo, compacto e intuitivo é a solução em biseladoras para trabalhos eficazes. O Delta 2 concentra as funções para realizar todas as montagens de A a Z. A ferramenta deteta automaticamente todo o tipo de lentes ou moldes, quaisquer que seja a sua forma, a sua coloração ou a sua potência. Tem a capacidade de desbastar todos os materiais e todos os tratamentos até à base seis. O Delta 2 vem disponível em três configurações para se adaptar a todas as necessidades diárias.

“Esta é a quarta biseladora do nosso portefólio atual. É mais compacta e mais simples de usar. Vem como solução perfeita para os profissionais que têm pouco espaço na ótica ou que têm mais do que uma loja. É também indicada para quem não quer gastar muito dinheiro, mas quer um equipamento de grande qualidade. Isto permite-nos dar uma ferramenta de valor acrescentado aos óticos, para serem eles a controlar todo processo. O profissional consegue, desta forma, prestar o melhor serviço aos clientes”, acrescentou Ricardo Cadete. Adicionalmente, A Essilor Portugal tem um serviço pós-venda composto por seis técnicos para proporcionar um serviço de excelência e qualidade ao óptico. Tem como objetivo garantir uma resposta em 24h para situações urgentes.

Visioffice Este é é um sistema de medição rápido e preciso. Através de uma única imagem obtém todos os parâmetros necessários para responder às exigências crescentes de personalização das lentes oftálmicas. Todos os ângulos e distâncias são analisados em tempo real, o que possibilita identificar a posição natural da cabeça, a posição dos olhos, as informações sobre a armação e os parâmetros relativos ao comportamento visual. Nautilus É uma tecnologia de realidade virtual aumentada que integra uma nova geração de ferramentas de demonstração de lentes e funciona através de um smartphone ou tablet. Estes óculos 3D permitem ao cliente ver e testar virtualmente as várias soluções das lentes prescritas, quer sejam progressivas, monofocais ou polarizadas.


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1ª Vista

Escolher o agora à 1ª Vista Texto: Mariana Teixeira Santos

“1ª Vista” define o arrebatamento, o impulso, o desejo. Tudo atributos que a Bombarda Porto Design quer explorar com este conceito absolutamente novo que apresenta ao setor da ótica em Portugal. Coleções únicas e irrepetíveis que satisfazem as necessidades dos consumidores, pensadas ao milímetro para viver o agora.

A ótica recomenda-se e o mercado em Portugal não para de nos surpreender com conceitos inovadores. Numa altura em que a exigência dos consumidores se eleva de dia para dia, compete ao setor responder na mesma medida, com eficácia e qualidade superior. Eduardo Marques, responsável pela Bombarda Porto Design, não hesita e apresenta ao mercado o seu novo projeto, “1ª Vista”. “Porque a maior parte dos consumidores compra por impulso, à primeira vista. E as nossas edições especiais foram feitas para seduzir o consumidor à primeira vista, ao primeiro olhar”. Este novo conceito foca-se em edições especiais que acompanham as grandes tendências de moda, procurando conjugar a originalidade de cada coleção criteriosamente selecionada com o estilo que os consumidores procuram a cada instante. Competência e competitividade são as referências destas coleções que se adaptam às tendências e aos consumidores. Eduardo Marques concretiza esta “1ª Vista” em “pequenas coleções que satisfazem à primeira vista”. “Porque são especiais, são únicas e irrepetíveis. Acontecem uma vez, e estão na vanguarda do mercado”, acrescenta. Cada edição especial

selecionada pela Bombarda Porto Design distingue-se pela qualidade do seu design e pelos inovadores materiais utilizados. E cada edição especial tem objetivos diferentes, permitindo ir ao encontro de utilizadores diferenciados. Wilson Magneto em modo clip No arranque deste projeto, a Bombarda Porto Design apresenta ao mercado português a prodigiosa coleção Wilson Magneto. Esta insígnia norte-americana introduz uma nova tendência na ótica, disponibilizando óculos com clips de sol profundamente fashion. “Este é um segmento cuja procura aumenta de dia para dia. Satisfazer esta necessidade de mercado vai trazer grande competitividade às óticas aderentes”, afiança Eduardo Marques. A Wilson Magneto é uma coleção de óculos oftálmicos com clips de sol. Cada conjunto integra um par de óculos e dois clips com lentes polarizadas e espelhadas. O sistema de clip é totalmente inovador porque fixa as lentes solares através de um íman especial, tornando o clip totalmente impercetível. “É uma coleção extremamente urbana com grandes preocupações estéticas e de qualidade totalmente produzida em TR90”, sintetiza.


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Luisa Delgado

Uma nova Safilo O rosto que assumiu a Safilo em 2013 veio a Portugal para explicar as grandes mudanças da casa italiana. À LookVision Portugal, Luisa Delgado, falou de si enquanto mulher empreendedora com 26 anos de experiência no grande consumo, da paixão que desenvolveu pela história da empresa transalpina e pelos óculos e das decisões que mudaram a vida das pessoas envolvidas pela Safilo. Quando chegou à Safilo em 2013 encontrou uma empresa a debater-se com desafios sérios. Entrei na Safilo como CEO um ano depois de ter sido diretora não executiva no conselho administrativo, portanto tinha uma noção do que era a empresa. A razão pela qual aceitei ser CEO foi porque tinha o desafio de transformar esta empresa com uma visão de sustentabilidade a longo prazo. E porquê? A Safilo, como sabe, é a empresa mais antiga a fazer e criar óculos em Itália, ou talvez no mundo, não temos a certeza. É uma história incrível com um savoirfaire de produto, paixão e pessoas. É também a empresa que inventou a indústria moderna do eyewear, sem banalizar os óculos, ou seja, a criação da manufatura dos óculos em escala fomos nós que inventámos na década de 1930. Esta história perdeu-se ao longo dos anos por variadíssimas razões, todas elas com algo em comum: o curto prazo. Sobrepôs-se o interesse e a ganância

imediata, seja pelos investidores, seja pelo mercado e por vezes também pela própria família. Portanto, a beleza deste desafio era recuperar uma das indústrias mais antigas da Europa, com uma história extraordinária e com um ecossistema de profissionais, de meios de produção e de conhecimentos muito grande e que durante os últimos 15 a 20 anos tinha andado a “esticar a corda”. Que problemas detetou logo à partida? Quando cheguei comprávamos 70 por cento dos produtos que vendíamos sem razão nenhuma e, ainda por cima, sendo uma potência industrial. A pergunta que se impunha, na altura que assumi o cargo, era quantas fábricas ia ter que fechar em Itália, duas ou três das quatro em atividade. A nível comercial tínhamonos tornado muito expedientes, sobretudo na Ásia e em certos países, onde a qualidade não era aquilo que se premiava, mas


sim a quantidade e a rapidez. Ao nível empresarial e de gestão não tínhamos dado um salto qualitativo. O mais interessante é que quando fui visitar os nossos concorrentes nas feiras, eles diziam-me que nós é que éramos a indústria. Tudo isto significava uma grandíssima responsabilidade de modernização. Repito que se não fosse para operar uma transformação não teria vindo para a Safilo, porque estava bem onde estava, mas construir algo tão interessante numa indústria que conheci bem durante aquele ano interessou-me imenso. Conseguiu, então, ver para além do que encontrou no imediato. O que encontrei não foi melhor do que esperava, ou seja, foi pior (risos), na medida em que havia muito para fazer. A parte positiva nisto tudo foram as pessoas extraordinárias que conheci na parte média e baixa dos quadros da Safilo. Deparei-me com um capital humano extraordinário e que estava em risco nas fábricas. Por exemplo, temos um senhor que se chama Ampélio e que há 40 anos só se concentra nas charneiras. É uma atenção ao detalhe incrível e um património incontornável. E como ele muitos outros. Pessoas que vestem a camisola da empresa de forma como nunca tinha visto e trabalhei em muito boas empresas. Eles, inclusive, ultrapassavam as falhas da gestão e de meios de gestão através do seu trabalho fabuloso. Este espírito é transversal a clientes da Safilo que encontrei, pessoalmente, nos 39 países onde estamos presentes, que se mantêm leais e respeitam a marca, mesmo nos momentos em que a empresa andava “perdida”.

Teve que tomar medidas fraturantes. Analisámos tudo e uma das primeiras intervenções foi no leadership. A primeira questão foi se tínhamos os líderes para levar avante uma mudança. Não valia a pena estabelecer objetivos, valores e estratégias para depois, no dia a dia, ter líderes que fazem o contrário. E foi doloroso mas rápido, mudei os top 125 da empresa. Metade são novos hoje. 25/30 por cento foram promovidos internamente e só os outros 20/25 passaram para lugares semelhantes. Isto em apenas 18/24 meses. Esta operação foi positiva, porque ajudou à mudança. Claramente eu queria ter todo o know how do eyewear, mas não só. Na nossa indústria temos muito mais a preservar, a ciência e o background de serviço ao consumidor, que é muito importante e que nos diferencia. Não somos fashion, como me diziam todos quando cheguei, nós fazemos óculos, quem quisesse fazer fashion, teria que ir para outro lado. A segunda coisa que tivemos ainda que clarificar foi como fazemos negócios. Fui aos arquivos da empresa, que são ricos, não só de modelos (temos 255 mil pares de óculos, nas montanhas), mas também em documentação, incluindo a revista Occhio per Occhio que a Safilo desenvolvia muito antes das empresas modernas pensarem em CRM. Era um serviço ao ótico com novidades em montagens, em lentes e dúvidas várias e representava uma relação com o cliente ao mais alto nível. Tudo se perdeu porque crescemos muito rápido, através das licenças. O facto de a Safilo estar na bolsa obrigou a objetivos a curto prazo. Os meus rapazes, quando cheguei, sabiam em

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quanto estava a ação a cada minuto do dia. “Meus senhores a ação é uma consequência e não um fim”. Em seis meses comprometi-me a apresentar um programa e surgiu assim o 20/20. Precisava deste tempo. A estruturação que estabelecida inclui também uma mudança de mentalidades? De facto, tivemos uma conversa sobre os nossos valores, alguns um pouco machistas porque estamos a falar de uma empresa de homens italianos. Qualquer espécie, por muito boa que seja, precisa de variedade senão não é robusta. Rio-me sempre disto, porque quando cheguei perguntei porque não havia mulheres e olharam para mim como se tivesse feito uma pergunta totalmente irrelevante. Hoje em dia temos 30 por cento de mulheres de 25 nacionalidades, não porque forçamos a sua entrada, mas porque por cada lugar que temos ouvimos os candidatos de ambos os géneros. O melhor fica. Outro valor importante para mim, que tinha acabo de chegar da Suécia, onde trabalhei uns anos, era o win win. A única maneira de fazer negócios duradouros com parceiros é fazer com que ambos ganhem e os óticos de todo o mundo estão no meio de uma grande mudança, porque assistem à chegada das grandes cadeias e precisam de apoio. E é normal que isto aconteça, faz parte da globalização. É bom para a reinvenção da indústria, para que se fortaleça. Depois, o acesso do consumidor ao produto e ao conselho dos profissionais também é fulcral, porque não somos fashion, somos muito mais. A perda da Gucci é um dos exemplos dos problemas da Safilo. Sim, apenas um exemplo. Nós somos especialistas em licenças e não há razão em não fazê-las, mas temos que seguir este caminho com inteligência. De um lado temos que ter mais equilíbrio, no sentido em que não se pode ter as licenças sexy e o resto não. Agora misturamos e organizamos todas as marcas sob alçada da Safilo por segmentos e mudámos a forma como os clientes sentem as nossas marcas. Polaroid é um exemplo. Trouxemos todo o trabalho desta marca para “casa”, incluindo o design. Finalmente, decidi ir atrás das Havainas para criar um leque de marcas mais


“A negociação da saída da Gucci não foi o melhor momento da nossa empresa, mas veio reforçar a estratégia que já tinha anunciado: equilíbrio das marcas e dos segmentos”

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forte no fast fashion. Essencialmente eu, como CEO, tenho que gerir a empresa de forma a que esta esteja protegida se uma licença não renovar. Não vale a pena viver como se fosse algo que não vai acontecer. Recordo a saída da Armani que deixou as nossas fábricas a trabalhar a metade do tempo, sendo que o resto era pago pelo governo italiano. De facto, a Gucci é importante e fomos nós que a desenvolvemos durante 20 anos e a tornamos o que ela é hoje. A negociação da saída da Gucci não foi o melhor momento da nossa empresa, mas veio reforçar a estratégia que já tinha anunciado: equilíbrio das marcas e dos segmentos. E sobre a Safilo em si, o que mudou? A pergunta que fiz quando aceitei transformar a Safilo foi: quem somos? Uns diziam Gucci, outros Dior, entre tantas outras definições. Mas não somos nada disso. Somos Safilo e colocamos ao serviço de marcas o nosso savoir-faire. Por outro lado, temos as nossa marcas de propriedade que queríamos dar mais visibilidade. Eram vistas como um gueto e ninguém queria trabalhar com elas. E depois havia algo de estranho nesta área. E uso a Carrera, muito conhecida no setor, como exemplo. As coleções não tinham um seguimento ao longo dos anos. Mudavam de acordo com o diretor de marketing na altura. Ou seja, pensei no meu mundo da Procter & Gamble e no que aconteceria se cada diretor decidisse mudar a imagem da Dodot, por exemplo. O diretor é um capitão e não o dono. Hoje conseguimos regressar à personalidade base da Carrera. E usando essa experiência valiosa que traz do grande consumo, que análise faz do setor da ótica? Observo que esta indústria tem grande potencial de crescimento, já que nos países desenvolvidos os óculos são mais que uma peça que se compra a cada dois anos. As pessoas querem ter mais modelos, há novas necessidades, como a que foi criada pelo excesso de luz azul, o segmento das crianças, que é pouco explorado, entre outros. Neste caso, fiquei surpreendida, porque vinha do mundo dos Pampers e dos Dodots onde há crescimento infinito e na ótica diziam que não valia a pena. Foi através de algumas operárias das fábricas que surgiu esta ideia de apostar nas crianças. Sabe que em Itália há precisamente metade de pais que conhecem e fazem algo para proteger os olhos dos seus filhos dos raios UV que na França? A necessidade é a mesma! Persiste a falta de conhecimento e interesse. Há necessidade de levar estas informações aos profissionais e são revistas como a vossa que têm o lugar dianteiro neste desafio. Trabalhei em detergentes e tantos outros produtos de grande consumo e todas as empresas tinham o “sonho” de salvar o mundo. Eu pensava: com detergentes, baterias e tampões? Achava que era demais (risos). Neste caso, nós melhoramos a visão, já temos a nossa missão assegurada. De que forma vai a Safilo melhorar o mundo? Uma das apostas já existia, que é a Special Olympics, mas escolhi globalizar o apoio. Doamos, durante estes anos, mais de um milhão de óculos de vista e sol para os jovens atletas que, por alguma razão, têm menos acesso a rastreios. Fiquei tocada por isto e agora terei muito orgulho em estar na Áustria, em Linz, para a Special Olympics e ver a diferença que se pode fazer com algo que não

parece tão difícil. Outra área em que investimos, que nos traz também benefícios, porque não pode ser só filantropia, é a parte da aprendizagem. Notámos que muitos dos nossos artistas das fábricas, pouco a pouco, se reformavam e não havia substitutos. Fundámos então uma escola de produto, a única no nosso setor, mas também das poucas em Itália vinculadas pela indústria, onde se faz uma aprendizagem de três anos com exames, prática e acompanhamento como acontece na Alemanha ou na Suíça. Para o primeiro curso, em que decidimos começar com dez alunos, candidataram--se mais de 200 pessoas. Estamos já no segundo ano e, embora não consigamos resolver todos os problemas de desemprego aos jovens italianos, proporcionamoslhe uma via profissional além dos estudos superiores, com dignidade. Nós precisamos que na nossa indústria o mestre do produto seja reconhecido. Sem ele não seria possível fazer óculos. A escola está aberta a todos, dentro e fora de Itália, e queremos abrir mais. A igualdade é outra das nossas lutas e, finalmente, as crianças, porque queremos dar visão a todos, através de um programa com credibilidade e com os melhores profissionais envolvidos. Regressando ao desafio inicial que lhe colocaram, afinal quantas fábricas fechou? Bem devo dizer-lhe que nunca chorei no emprego, só uma vez quando tinha 26 anos e alguém me disse que me devia dedicar mais à minha família. Chorei de raiva e tornei-me muito feminista naquele dia! (risos) De qualquer forma, há quatro meses tive que conter as lágrimas perante a

emoção dos operários que viram a sua fábrica, localizada no Friuli, ser renovada com as melhores máquinas e estruturas, quando meses antes era quase certo que fechava. Isto para dizer que, não só não fechamos nenhuma fábrica, como modernizámos esta, recrutámos para Santa Maria e para Longarone mais de 650 pessoas. As fábricas na China, Eslovénia e EUA foram potenciadas nas suas tarefas. Comprámos ainda a parte que nos faltava da fábrica Lenti e que hoje já produz as fabulosas lentes com efeitos gráficos que temos na Dior. Há mais oportunidades para conquistar, porque hoje já nos falta capacidade numérica e vamos continuar. Quanto ao futuro da da Safilo, quais as suas aspirações? Tem que se prosseguir com o plano 20/20, porque ainda não está concluído, claro. Estamos a acompanhar as novas necessidades visuais, nomeadamente as de proteção da luz azul, e vamos estar lá. A parte digital também vai evoluir para servir o mercado e destacar o restante trabalho que fazemos. De resto temos que ter persistência, coerência e coragem.



OLHAR O MUNDO

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Philipe V: Mais que uma marca, uma atitude! A LookVision Portugal esteve “na fila da frente” no lançamento de uma marca em tudo especial. Philippe Vergez, designer de profissão e inconformado de alma, apresentou-nos o seu novíssimo projeto eyewear, sonhado ainda enquanto criador dos acessórios da Evita Peroni, e trazido à luz agora. Philippe V promete excentricidade e detalhes encantadores em cada peça, no feminino e no masculino, com curvas desenhadas em segredo, perfeitas e adaptáveis a todos os rostos de forma confortável e glamorosa.


Num showroom intimista em plena Paris, Philippe e o seu companheiro de equipa, Jean. D Lahirle, explicaram os recortes dourados das criações, os símbolos plenos de história e a paixão cravada em cada aresta. “Feitos com orgulho e paixão” é a mensagem fiel desta marca e que vigora em cada par de óculos, sejam de sol como de prescrição. A completar esta insígnia intensa, Philippe assina ainda um conjunto muito próprio de joias, que partilham a mesma personalidade dos óculos e a mesma entrega. Desde Los Angeles até Hong Kong, a Philippe V está dedicada a conquistar as personalidades mais dissonantes e especiais de todo o mundo.

Como nasce esta Philippe V? Philippe Vergez: Já nos tempos em que desenvolvia a marca Jee Vice conjecturava criar uma linha masculina, mas tive que me focar nos problemas com os meus investidores e essa ideia ficou no meu arquivo pessoal. Fui sonhando, até que há três anos reencontrei um amigo, o reputado publicitário Thierry Halbroth, que acabaria por tornar-se o terceiro elemento desta equipa. Crescemos juntos, na mesma cidade, perto de Biarritz, e na altura em que estava a mudar-me para Hong Kong ele vivia lá .Trabalhámos juntos e depois, já no ano passado, decidimos lançar a Philippe V. Depois, ao grupo juntou-se o Jean, que conhece o Thierry há 20 anos, e está na indústria da moda há muito, muito tempo. Jean. D Lahirle: Não é preciso precisar (risos). PV: Foi diretor executivo para a Chanel e CEO da Cèline. Juntámos ainda um outro amigo à equipa, que me apoia na área das joias e com alguns investidores estamos a lançar a primeira coleção Philippe V. Abrimos escritório em território norte-americano e asiático, mas o âmago é mundial. Na realidade, vamos desde Hong Kong até Los Angeles, locais onde temos as sedes da empresa e a Europa fica no meio onde fazemos uma paragem obrigatória. No velho continente iremos basear o trabalho em distribuidores e daí estarmos em Paris para reunirmos com potenciais agentes. JDL: Aliás, estamos na estrada há três semanas, por toda a Europa. A experiência que o Philippe traz da Jee Vice é vantajosa? PV: Com a Jee Vice ganhei uma reputação sólida nos EUA

e, por isso, a receptividade à introdução da Philippe V foi incrível, principalmente por estarem perante um produto de caraterísticas muito especiais. É feito na China e, embora ainda seja difícil de aceitar para muitos, pode fazer-se um trabalho melhor ali que na Europa, em alguns aspetos. E, na realidade, 99 por cento das marcas de topo são feitas lá e até algumas marcas japonesas apostadas no titânio. JDL: O made in China nos óculos é equivalente ao made in Spain nas peles de há 20 anos. Ou seja, na área do luxo está envolto numa imagem menos positiva, mas isso hoje já foi ultrapassado nas peles e também acontecerá no eyewear. A China em termos de luxo tem grandes capacidades de produção que, inclusive, é difícil encontrar na Europa. E os óculos que são feitos pelo Philippe vistos pelos olhos mais exigentes têm sempre a mesma resposta: uau!

Portanto, produzir na China é uma escolha. PV: Sim, teve mesmo que ser, porque na Europa não encontrei quem fizesse da forma e com a qualidade que eu exigia. No topo disso, para produtos feitos à mão demorariam seis a nove meses para ter a coleção pronta, na China demora três meses. Os chineses são imensos e os impostos sociais não são tão altos, embora as coisas se estejam a equilibrar, com o aumento progressivo do salário mínimo. Tanto que algumas empresas já escolhem outros países, como o Paquistão para produzir barato. Na China, as fábricas têm máquinas que não se encontram na Europa e conseguem executar trabalhos muito complexos. Por exemplo, no caso dos acetatos, são cozinhados antes de os transformarmos em óculos de sol, porque este material absorve muita água, tornandose pesado. Depois de se cozinhar e tirar-se a água, o produto fica 40 por cento mais leve. Ninguém faz isto em França, pois é necessário um grande forno para executar a cozedura que faz a água subir. Embora compremos o acetato em Itália, cozinhamo-lo lá. Outra razão para a escolha da China tem a ver com a maquinaria

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de corte. Pode ir até ao quarto de milésimo de precisão. Portanto, conseguimos um produto de grande qualidade e caraterísticas únicas por um preço competitivo. Falou-nos no início da conversa de uma linha masculina, no entanto também tem alguns recortes femininos. PV: A coleção é mais masculina que feminina, mas temos algumas propostas poderosas para mulheres muito especiais. Adicionalmente completamos as peças com lentes Essilor, com quem temos um acordo para a produção de lentes com cores exclusivas e feitas à medida das armações. Queria mesmo garantir o conforto visual e, por isso mesmo, alguns designs levaram muitos meses para serem desenhados. JDL: Quando se fala de luxo, detail is retail, é a base, e nas criações do Philippe a linguagem é mesmo essa. Portanto a influência da Jee Vice não mora aqui. Tento sempre reinventar-me em todos os momentos. Quando acabo um trabalho já não gosto dele (risos). Gosto quando o faço, mas à medida que crio, novas ideias surgem para o próximo. O logo da Philippe V é muito próprio. PV: Desenhei-o em maio 2015. O lírio, que identifica a marca, está na minha família desde o século XIII e faz parte da nossa história. No nosso local de origem, nos Pirenéus, existiam várias famílias com o mesmo nome e, portanto, era o brasão que nos distinguia. Nós éramos os Vergez de França, porque estávamos virados

para as montanhas francesas e daí também o lírio, símbolo do reino francês, na época. E deixou de desenhar óculos durante o período que esteve afastado do setor? PV: Integrei a equipa da Evita Peroni na área de design de acessórios. No entanto, já congeminava e sonhava a Philippe V. Aliás, quando saí no passado dezembro já tinha as amostras. Como se sentiu ao regressar ao rebuliço do mercado eyewear? PV: No início foi um pouco desconfortável observar o trabalho das grandes empresas, o marketing e fabrico de massa, a produção de pouca qualidade, as lentes más... Acredito que estas são estratégias que, a longo prazo, se transformam numa espécie de “tiro no próprio pé”. Mas, por outro lado, existe um lugar para nós, para quem trabalha qualidade e isto é positivo. Para o consumidor ainda é um campo dúbio, pois têm em mente que algumas marcas conhecidas são sinónimo de qualidade mas não é verdade. Acabam por não compreender porque outras insígnias menos conhecidas são mais caras. E como passar esta verdade ao consumidor? PV: É difícil e é aí que o mal é feito. E a Philippe V como o fará? PV: Perdemos muito tempo a mostrar os detalhes aos óticos e trata-se de um processo longo de formação e, muitas vezes, o ótico não transmite isto ao consumidor. Por isso, acho que talvez o trabalho esteja do lado da imprensa profissional.

Portanto joias e óculos são uma paixão? PV: Sim, não sei bem porquê. Os meus eram pais ambos professores e pintores e sempre gostámos de criar coisas. A minha mãe fazia a sua própria roupa e eu também (risos). Na realidade, o meu pai queria que eu fosse um engenheiro electrónico. A minha irmã, de facto, seguiu essa área, mas eu não. Percorri o meu caminho. Aliás, desisti dos estudos e o meu pai zangou-se comigo. Encarei a minha carreira no design, porque sempre gostei disso e quando pude estudei e comecei a criar as minhas ideias e dar eco ao meu cérebro. Por exemplo, descobri uma forma de fazer os óculos caberem em qualquer rosto. É mais complexo do que parece e muitas pessoas fazem-no de forma errada. Existe um elemento que descobri e que é uma “receita secreta” sobre como fazê-lo de forma assertiva e universal. Ou o caso dos óculos redondos com charneira no meio da ocular, quando existe proteção lateral. Todos os óculos Philippe V são feitos com “orgulho e paixão”, como denuncia a inscrição nas hastes? PV: Já na Jee Vice escrevia “feito à mão com amor e paixão”. Decidi levar isto a um novo nível (risos). E que futuro congemina para a nova Philippe V? PV: Vou lançar uma coleção cápsula que será lançada em fevereiro, reinventando o conceito de Lunettes Noir com materiais como o ródio e lentes muito especiais de tonalidades inéditas, criadas em conluio com a Essilor. Serão poucos modelos muito exclusivos e luxuosos.


oPTOMETRIA

XI Jornadas Científicas de Optometria

UPOOP reunida em prol da atualização científica Texto: Mariana Teixeira Santos

A União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses reuniu-se para as XI Jornadas Científicas de Optometria em Lisboa, no Hotel Palácio do Governador, a 8 de outubro. Em destaque esteve a atualização científica, uma referência para a prática da optometria em Portugal, e o reconhecimento do papel desempenhado por Diamantino Valente ao longo dos 23 anos ao serviço da associação. O programa científico contou com uma ampla diversidade de temáticas, que incidiram sobre alguns dos problemas mais prementes do exercício profissional, e trouxe oradores que vierem esclarecer e debater muitas questões que emergem do dia a dia profissional dos optometristas. Para além das palestras, estas jornadas científicas foram, como não podiam deixar de ser, um momento de convívio e união entre os profissionais que

culminou com a homenagem a Diamantino Valente num ambiente de festa e emoção. O dia iniciou na companhia de André Gené Sampedro, professor de optometria no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) e na Escola Portuguesa de Óptica Ocular (EPOO). O docente abordou a avaliação das funções visuais para a condução, alertando para a necessidade de se adaptarem novas provas visuais, respondendo aos desafios impostos à visão durante a condução. Ana Roque, igualmente docente de optometria no ISEC e na EPOO, abordou a metodologia e planificação da terapia visual. De Espanha, Juan Carlos Ondategui Parra e Rosa Borràs García abordaram a motilidade ocular. Ricardo Cuiña Sardiña, oftalmologista e professor de optometria na Universidade Complutense de Madrid (UCM) e na EPOO, falou sobre os avanços no cross-linking corneal. José Vasquez, professor de optometria na UCM e na EPOO, concretizou uma apresentação focada na atuação perante a baixa visão pediátrica, uma temática cada vez mais relevante na prática profissional. Depois de almoço, Carlos Lourenço, professor de optometria no ISEC, abordou a prevenção e o controlo da miopia. Nuria Garzon, professora de optometria na clínica da UCM e da EPOO, explicou quais as formas de intervenção do optometrista no âmbito dos vários tipos de cirurgia refrativa. De seguida, Isabel Sanchez, professora de optometria e decana da Faculdade de Óptica e Optometria da UCM e da EPOO, dissertou sobre o diagnóstico diferencial das

anomalias binoculares não estrábicas. Enrique Gonzalez Diaz-Obrégon, professor de optometria da UCM e da EPOO, abordou a adaptação de lentes oftálmicas no estrabismo. No final do dia, Mari Carmen Morales, da Direção Territorial de Saúde de Valência, apresentou um estudo pormenorizado comparando as realidades portuguesa e espanhola no que toca à prática da optometria. Numa análise SWOT pormenorizada, avaliaram-se os pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades de dois modelos que se desenvolvem de formas totalmente distintas. O dia encerrou ainda com os desafios que se impõem à visão para o milénio pelo professor do ISEC e da EPOO Henrique Nascimento. Helder Bértolo, coordenador da licenciatura de ÓpticaOptometria do ISEC e da EPOO, encerrou os trabalhos com a exposição sobre a importância do diploma europeu enquanto instrumento para o reconhecimento e valorização da optometria. Homenagem e reconhecimento Estas XI Jornadas Científicas de Optometria marcaram ainda a homenagem sentida da comunidade da optometria a Diamantino Valente, eleito presidente emérito por aclamação. O presidente da UPOOP, Henrique Nascimento, mencionou os 23 anos de dedicação e empenho ao serviço da UPOOP e da optometria nacional, salientando os vários projetos em que o homenageado esteve envolvido e que concorreram para a elevação do exercício profissional e para o crescente reconhecimento da carreira de optometrista.

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Validação de um novo aparelho multi-diagnóstico em olhos saudáveis Texto: David P. Piñero, Alberto López-Navarro, Inmaculada Cabezos, Dolores de Fez, María T Caballero, Vicent J Camps De: 1Group of Optics and Visual Perception. Department of Optics, Pharmacology and Anatomy, University of Alicante, Spain – 2Optometry Clinic. Prevention Service of the University of Alicante, Alicante, Spain Autor Correspondente: David P. Piñero – Departamento de Ótica, Farmacologia e Anatomia, Universidade de Alicante.– Crta San Vicente del Raspeig s/n 03016 – San Vicente del Raspeig, Alicante, Spain – Tel: +34-965903500, Fax: +34-965903464 – e-mail: david.pinyero@ua.es

Sinopse Objetivo do estudo: Avaliar a repetibilidade das aberrometrias refrativas e oculares em diferentes sessões, obtidas com um novo aparelho multi-diagnóstico em olhos saudáveis. Material e métodos: Um total de 107 olhos de 107 pacientes, com idades entre os 23 e os 65 anos foram envolvidos no estudo. Todos os olhos foram submetidos a um exame completo, incluindo um exame ocular com o sistema VX120 ((VisionixLuneau Technologies, Chartres, França). Obtiveram-se três medições consecutivas com o aparelho, para se entender a repetibilidade nas diferentes sessões dos parâmetros das aberrometrias refrativas e oculares. O desvio padrão intrínseco ao sujeito (Sw) a precisão intra-sujeito (1.96 x Sw) e o coeficiente da correlação entre-classes (CCE) foram calculados. Resultados: A precisão Sw e intra-sujeito para os dados refrativos foram abaixo de 0,12 D e 0,20 D em todos os casos. O CCE alcançado entre 0,947 para o componente vetor de poder J45 até 0,997 para a esfera. No que diz respeito às medidas da aberrometria, Sw e a precisão dos valores do intra-sujeito estiveram abaixo de 0,05 µm e 0,10 µm, respetivamente. Da mesma forma, o CCE variou entre 0,805 para a média da raiz

quadrada até 0,954 para a aberração esférica primária. Poucas correlações foram encontradas entre a maioria dos parâmetros refrativos e o seu Sw (-0.033≤r≤0.053, p≥0.064). Correlações moderadas e significativamente positivas foram detetadas entre a magnitude dos parâmetros da aberrometria avaliados e o seu Sw (r≥0.446, p<0.001). Conclusões: O novo aparelho multi-diagnóstico avaliado é capaz de providenciar medidas consistentes de aberrações refrativas e oculares em olhos saudáveis. Estudos futuros devem confirmar se esta consistência também se constata em altas aberrações. Palavras-chave: aberrações oculares, refração, imagiologia Scheimpflug, sistema VX120, repetibilidade entre sessões. Introdução Os avanços tecnológicos no campo da visão levaram ao desenvolvimento de plataformas multi-diagnóstico que integram no mesmo aparelho diferentes tecnologias para medir vários parâmetros óticos e anatómicos do olho.1 Este tipo de plataforma de diagnóstico permite uma caraterização completa da estrutura da córnea, incluindo a análise da forma e das aberrações óticas das duas superfícies corneais, a distribuição da espessura e


até a análise volumétrica da córnea.1 Uma das principais caraterísticas destas ferramentas é a caracterização clínica da ótica ocular, providenciando dados da refração objetiva e aberrações oculares 2,3. Da mesma forma, estes instrumentos fornecem uma análise geométrica completa da córnea. A combinação da imagiologia Scheimpflug e as tecnologias dos discos de Plácido demonstrou ser uma boa opção para obter a curvatura consistente e os dados de elevação em olhos saudáveis e até com queratocone 4-8. Finalmente, as plataformas multi-diagnóstico permitem ao clínico obter diferentes dimensões anatómicas das estruturas do segmento anterior, que são cruciais para o seguimento de patologias oculares e para monitorizar de forma abrangente as doenças oculares. Recentemente, uma nova plataforma multi-diagnóstico (figura 1) foi desenvolvida e fornece medições automáticas da topografia corneana, aberrações corneais, internas, e oculares, paquimetria, profundidade da câmara anterior, ângulo iridocorneano, diâmetro da pupila sob condições de luz distintas e a pressão intraocular (PIO). Esta novidade é o sistema VX120 (Visionix-Luneau Technologies, Chartres, France) (figura 2). Este sistema em específico combina um aberrómetro Hartmann-Shack, um topógrafo corneano disco de Plácido, um sistema baseado em imagiologia Scheimpflug e um tonómetro de sopro. O aberrómetro Hartmann-Shack do sistema VX120 mede 1500 pontos em 0,2 segundos, numa área entre 2,0 até 7,0 milímetros de diâmetro.

O sistema baseado em imagiologia Scheimpflug usa luz azul monocromática de 455 nm para obter medições paquimétricas com a resolução de ± 1 µm e medições do ângulo iridocorneano com uma resolução de ± 1º. O sistam de disco de Plácido projeta 24 anéis na superfície da córnea, medindo mais de 100 mil pontos. A combinação num mesmo dispositivo de todas estas tecnologias permite obter dados de curvatura tangencial e axial da superfície anterior da córnea, uma estimativa biométrica das várias estruturas do segmento anterior, medição das aberrações de frente de onda internas e oculares, simulaçãoo da qualidade visual, mapas da paquimetria corneana, e medições da PIO. Até à data, não existem estudos científicos que avaliem a consistência de nenhum tipo de medições providenciadas por este aparelho. Por esta razão, o nosso grupo de pesquisa conduziu um estudo para avaliar a repetibilidade entre sessões das medidas obtidas por este aparelho multi-diagnótico numa amostra de olhos normais saudáveis.

Figura 1: Plataforma multi-dignóstico VX120 da Visionix

Figura 2: Ecrã principal do sistema VX120 da Visionix, exibindo uma visão geral das medidas obtidas

O nosso estudo Avaliamos um total de 107 olhos saudáveis de 107 pacientes com idades compreendidas entre os 23 e os 65 anos na Clínica de Optometria da Universidade de Alicante. Nos critérios de inclusão estavam a idade superior a 18 anos, erro refrativo entre +5,00 e 10,00 D e olhos sem patologia. Nos critérios de exclusão previa-se cirurgia ocular, glaucoma, menos de 18 anéis Plácido consecutivos projetados na córnea e, por isso, considerados para a análise da córnea, pseudofaquia, doenças ectásicas da córnea e qualquer outra condição patológica do olho. Um exame completo ao olho foi executado em todos os casos que incluiu o apuramento da acuidade visual sem correção e refração objetiva, tonometria por sopro e topografia corneana e análise ao segmento anterior com o aparelho multi-diagnóstico VX120. Em todos os casos, três medições consecutivas da refração objetiva e aberrações oculares foram obtidas com o sistema multi-diagnóstico, de maneira a apurar-se a respetiva consistência entre sessões. Os nossos resultados O desvio padrão intrínseco ao sujeito (Sw) a precisão intra-sujeito (1.96 x Sw) para os dados refrativos foram abaixo de 0,12 D e 0,20 D em todos os casos, respetivamente. No que diz respeito às aberrometrias, os valores de Sw e da precisão intra-sujeito estiveram abaixo de 0,05 µm e 0,10 µm, respetivamente. Não se encontraram correlações estatisticamente relevantes nas medições refrativas associadas com os seus Sw (-0.033≤r≤0.053, p≥0.064). No que diz respeito aos parâmetros topográficos da

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superfícies corneana anterior, todos os Sw para as medições da curvatura foram abaixo de 0,05 milímetros. O Sw calculado para a magnitude do astigmatismo corneano de diferentes áreas de análise foi abaixo de 0,21 D. Em relação ao eixo do astigmatismo da córnea, o seu Sw esteve abaixo de 11,27 graus. A excentricidade da córnea demonstrou um Sw de 0,067. A análise da consistência da aberrometria da córnea mostrou um Sw de 0,048 µm para a média da raíz quadrada (MRQ) associada a aberrações de alta ordem (AAO). Para os parâmetros da aberrometria de terceira e quarta ordem, todos os Sw estiveram abaixo de 0,037 µm. No que respeita os parâmetros topográficos da superfície anterior da córnea, os resultados foram excelentes, com o Sw dentro de um raio aceitável. O Sw da profundidade da câmara anterior (PCA) foi de 0,03 milímetros e permaneceu abaixo dos nove µm para a paquimetria central e periférica (figura 3). Para as medições do ângulo iridocorneano (AI), apuraram-se valores Sw de 0,84, ou abaixo. O Sw do diâmetro corneano de “branco a branco” foi de 0,24 milímetros. Não se encontraram correlações estatisticamente significativas entre nenhum parâmetro anatómico avaliado e os valores associados de Sw (-0.220 ≤ r ≤ 0.204, p ≥ 0.125).

Figura 3: As paquimetrias centrais e periféricas obtidas com o sistema VX120.

Conclusão Em conclusão, o novo aparelho multi-diagnóstico avaliado consegue dar medições de refração e aberrações oculares consistentes em olhos saudáveis. A consistência das medidas refrativas não depende da magnitude do erro refrativo e tem a mesma habilidade de precisão para miopias desde moderadas a altas e para hipermétropes. Da mesma forma, o sistema VX120 consegue providenciar medições consistentes da curvatura corneana em diferentes áreas, excentricidades e aberrações em olhos saudáveis. A curvatura corneana e respetiva excentricidade medidas com o sistema VX120 demonstraram

(...) o sistema VX120 consegue providenciar medições consistentes da curvatura corneana em diferentes áreas, excentricidades e aberrações em olhos saudáveis

não ser dependentes da magnitude das medições, com a mesma habilidade de precisão para córneas planas ou curvas, dentro de critérios normais. Finalmente, o nosso estudo também confirmou que o sistema multi-diagnóstico VX120 é capaz de fornecer medições consistentes para a PCA, a paquimetria central e periférica, a WTW e o ângulo iridocorneano em olhos saudáveis. A consistência das medições destes parâmetros anatómicos também não foram dependentes da magnitude destes mesmos parâmetros, com a mesma capacidade de precisão para olhos longos e curtos, pequenas ou grandes córneas e olhos com câmaras anteriores profundas ou rasas, dentro dos critérios normais.

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