LOOK VISION
EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 58 • Julho/agosto 2017
Karin Velosa
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50
O rosto na frente de uma família feita de ótica
PEDRO SILVA
Uma VAVA global de coração português
EAOO
Conferência anual aporta valor à optometria
TM
DE RIGO
Marca reúne óticos em torno da música
Julho/Agosto de 2017 • Nº 58
14 | BREVES
Índice PRODESIGN DENMARK Catarina Miranda “veste” a marca
18 | CAPA
KARIN VELOSA
O rosto na frente de uma família feita de ótica
25 | OLHAR EM PORTUGUÊS
OPTICALIA
Grupo solidário e vencedor
32 | OUTROS OLHARES
HUMANITY EYEs
Cresce gama de lentes para todos os segmentos
36 | OLHAR O MUNDO
STEFANO SCAUZILLO
Amar a vida, amar os óculos!
Tema de Capa: Karin Velosa assume a dianteira dos destinos do importante Oculista das Avenidas com a segurança de uma equipa fiel
Diretora: Editora: Redação: Consultor e Diretor Artístico : Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision PortugalTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal. NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com
Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos Emanuel Barbosa Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores.
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Editorial 8
LOOK VISION
EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 58 • JULHO/AGOSTO 2017
PEDRO SILVA
Uma VAVA global de coração português
EAOO
Conferência anual aporta valor à optometria
TM
DE RIGO
Marca reúne óticos em torno da música
De olho no verão
KARIN VELOSA
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: € 7,50
O rosto na frente de uma família feita de ótica
O setor começa já a abrandar ao ritmo do calor. Mas o que significa para o nosso mercado abrandar? Significa novos lançamentos dos grupos, reuniões aprazíveis entre colegas de profissão sob a iniciativa de marcas, novas insígnias que se acercam das lojas de ótica, designers que nunca param, mas que nos dão um pouco da sua luz, e optometristas portugueses com lugar nos postos mais altos da optometria europeia. Para encabeçar todo este dinamismo conseguimos as preciosas e elucidativas palavras de uma equipa que tem espaço privilegiado na ótica portuguesa. Karin Velosa, acompanhada pelo seu eterno companheiro José Câmara, abriram-nos caminho pelas suas ideias, as suas conquistas e lutas e pela sua vida dedicada à profissão. Para além de profissionais exímios, têm ainda um charme irresistível, que nos conquistou e que tomou o nosso número 58 com uma energia assertiva. Cobrimos tudo isto de forma intensiva, quase esquecendo que o verão já está aí para deixar que setor respire e que as problemáticas e vantagens ganhem novas perspetivas. O mercado agita-se em busca de soluções para apelar aos consumidores na escolha de lojas especializadas para a compra dos seus óculos de sol. O caminho ainda é longo, mas apraz-nos ver a Associação Nacional dos Ópticos tomar o tempo de antena na televisão e nas redes sociais para abordar este e outros temas junto dos telespectadores. E porque a saúde visual tem sempre mais valor, nunca abdicamos do nosso espaço dedicado à optometria, desta feita, sob os desígnios da Academia Europeia de Optometria e Ótica. O encontro anual destes especialistas focou a tecnologia e dotou os participantes de valiosos conhecimentos. Mais importante para nós foi exaltar uma presidência que fala português, sob liderança e mestria do nosso optometrista Eduardo Teixeira. E porque a beleza da ótica é o seu caráter multifacetado, para além da saúde damos também espaço à moda e ao mais fraturante design. Para isso, abrimos páginas à voz de quem adora construir, desconstruindo. O português Pedro Silva inventou uma VAVA tão única que foi um sucesso desde o primeiro momento de existência. Partilhou connosco uma história valiosa que enriquece o nosso arquivo internacional. Ainda de Itália, ouvimos o percurso de um jovem designer/ empresário que levou ao atrevimento chamado Essedue, em formato de óculos muito, muito originais. E agora já de olhos no sol, convidamos a uma leitura fresca e primorosa, para não perder o sentido das inovações e acontecimentos. Já sabe, a sua ótica está aqui!
Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.
MAKING OFF
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Feita de ótica Apesar de ser uma entrevista a dois, só um membro da dupla incrível de José Câmara e Karin Velosa, líderes dos destinos do Oculista das Avenidas, encarou a nossa objetiva. Porque é quem está na frente do negócio, porque é de uma perseverança e força incríveis e porque é mulher, a nossa máquina fotográfica rendeu-se a uma Karin que não aceita estar longe da empresa que ajuda a erigir. Entre os apetrechos que compõem o portfólio do Oculista das Avenidas, captámos Karin no seu mundo e sorrimos à luz de memórias construídas sob a sua marca.
VOCÊ ESCOLHE + NÓS DAMOS-LHE AS OPÇÕES Uma colaboração de sucesso apresenta mais possibilidades para as preferencias individuais. Isto é exatamente o que pode esperar de HOYA+YOU. Oferecer aos seus clientes uma grande variedade de lentes excepcionais desenhadas para cada necessidade e estilo de vida. Vamos tocar juntos as notas corretas.
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Breves 12
Massada Liberdade artística into the wild A insígnia com sede na Suíça lança uma campanha em pleno cenário selvagem onde se destacam os modelos mais eletrizantes da nova coleção. Pontes duplas inusitadas, formatos renascidos e lentes de cores atrevidas completam um conjunto que aumenta o espólio de eyewear original da Massada. Foi também o cenário “nevado” que inspirou os artistas da marca em mais uma criação. “Inspirado em contos intrigantes baseados em factos. Não podes fugir da tua vida, mas podes prevenir que a vida te fuja. Estar no cenário é a preservação da tua vitalidade. O mundo não é mais do que alimento para a tua imaginação. A vida selvagem é necessidade primordial do espírito humano.”
Safilo Coleção que emancipa a visão A fabricante e distribuidora italiana apresenta a sua novíssima coleção de óculos graduados para a temporada fria. A Safilo aposta num conceito que envolve técnica e estética de forma primorosa. Os detalhes anunciam a preocupação com o design, a busca pela inovação e a experiência superior do made in Italy. Os novos modelos da Safilo associam harmoniosamente acetato, titânio e metal, distinguindo-se na charneira diferenciadora, num garante de conforto, durabilidade e encaixe perfeito. Estas propostas situam-se num segmento de consumidores exigentes e cultos, que se revêm na dolce vita italiana.
Breves 14
ProDesign Denmark Catarina Miranda “veste” a marca Uma das vozes que anima a Rádio Comercial não resiste ao design da ProDesign e empresta a sua simpatia e originalidade à marca dinamarquesa. Catarina Miranda, que dinamiza também o site de moda e lifestyle, Cat Power, onde dá dicas e lança artigos que apelam a todas as mulheres, rendeu-se à ProDesign sob o profissionalismo da Optivisão Castilho. Nesta ótica, a radialista descobriu os encantos do novo e elegante modelo de sol com a tecnologia lente sobre lente e do modelo de prescrição da coleção Danish Heritage, que facilmente se transforma em óculos de sol graças ao prático clip solar.
Maui Jim X Vinylize A música que compõe os óculos Uma conspiração maravilhosa entre vinil e lentes revolucionárias fez nascer os óculos de sol Hula Blues. A Maui Jim concedeu as suas lentes patenteadas à arte da produtora Vinylize, que buscou inspiração na impressão vintage original do folheto musical do clássico havaiano de 1923, Hula Blues. Aliás, cada modelo desta colaboração é feito à mão a partir dos discos que contêm o cover de Hula Blues do artista Tolo, nas instalações da Vinylize em Budapeste. E pode conferir-se os sons de cada peça no site da marca. Esta edição limitada exprime-se em apenas seis mil peças.
Xavier Garcia Uma coleção escultural As propostas em metal desta casa de Barcelona foram concebidas como esculturas. Nesta nova linha, a colagem é entendida como uma sobreposição de elementos, usada para desenhar peças únicas com referências artísticas, através de formas e volumes harmoniosos. A Xavier Garcia trabalhou, blocos de aço e lâminas de metal sobrepostas que remetem para a pele e comprovam a mestria de técnicas, assim como, a grande sensibilidade artística do designer.
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Breves 16
Ill.i Optics by Will.i.am Uma subtileza que marca O modelo WA548S da marca nascida entre a música busca na transparência do acetato o minimalismo para deixar o rosto afirmar-se. Claro que, o design denso inspirado nas tendências artísticas de Will.i.am revê-se na dupla ponte espessa, nas linhas seguras que se arredondam nas extremidades e na combinação de cores que se regula ao som de ritmos intensos e incontornáveis.
Mido Novo ano, novo presidente A feira internacional Mido tem um novo rosto na liderança. Giovanni Vitaloni assume a presidência do certame italiano em 2017, assim como os destinos da Associação Nacional de Fabricantes de Artigos Óticos (ANFAO na sigla em italiano), com a promessa de se inteirar sempre mais dos interesses de todos os envolvidos neste grande evento com palco em Milão. A seu lado nas novas responsabilidades estão os empresários Paolo Pettazzoni, Renato Sopracolle, Lorraine Berton, Nicola Del Din, como vice-presidentes, e Cirillo Marcolin, presidente anterior. Vitaloni era vice-presidente da associação e delegado da Mido e descende de uma família de industriais de Turim, contando no seu palmarés da fundação e direção da fabricante de eyewear Nico Design. Silmo Paris Xtrashow O Silmo promete uma feira diferente em 2017, sob o nome de XtraShow com a celebração de meio século de atividade. Para além de um evento pleno de novidades, a organização convida todos os participantes que celebram, nas mesmas datas, 50 anos de vida, a soprar as velas em pleno corrupio da ótica mundial. O Silmo tem sido ponto de encontro dos principais players do setor da ótica, onde se encontra a inovação, as empresas, as marcas e todos os que trabalham para edificar o mercado. Recorde-se que o Silmo nasceu em 1967 em Oyonnax por um grupo de empreendedores. Desde então renovou-se em mantém o apelo de profissionais de todo o mundo.
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Karin Velosa e José Câmara
Os rostos na frente de uma família feita de ótica Fotografia: Paula Bollinger
Ainda com a festa que celebrou 60 anos do Oculista das Avenidas na pele, sentamo-nos com Karin Velosa e José Câmara para um momento de partilha e descoberta. Estes são os prosseguidores da histórica ótica lisboeta, assumindo um percurso iniciado por António e Cecília Câmara, cuja palavra ainda está muito presente. Discretos nas suas comparências nos eventos do setor, revelam-se duas personagens irresistíveis, divertidas e estimulantes ao som de palavras soltas e risos descontraídos.
São impreterivelmente idóneos na forma como abordam a ótica e a respetiva atividade e isso comprova a confiança depositada por António e Cecília e o sucesso da marca que desenvolvem no coração de Lisboa. A sua visão clara e objetiva sobre o mercado e a maneira de atuar foi uma aprendizagem preciosa, porque mais do empresários, Karin e José adoram sentir a empatia de quem os procura e colmatar as necessidades visuais que os desafiam diariamente. Aliás, pelos seus balcões especializados já passaram e passam gerações inteiras de famílias para quem ótica é sinónimo de Oculista das Avenidas. Do outro lado do balcão também passaram inúmeros óticos e optometristas para quem esta casa foi uma escola de profissão e vida. E ele próprios têm os filhos, netos e tantos outros afetos impregnados em cada divisão e momento desta casa. Quando questionados sobre o que há nas suas vidas além destas paredes repletas de histórias e óculos, os olhos cruzam-se sempre numa grande cumplicidade e recordam viagens, episódios caricatos...mas sempre com a ótica algures. “O negócio é o projeto de vida da família e neste sentido não há separação possível.” “Tudo o que fazemos está sempre ligado à empresa”, concordam Karin e José. No fim, enquanto caminhámos entre as ruas coloridas de Lisboa, calmamente, sorvendo a noite que nos acompanhou, tivemos a certeza de que esperar ansiosamente pela oportunidade desta conversa valeu por cada lição, pela assertividade deliciosa de uma
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“O Oculista das Avenidas sempre fez parte da minha vida. O negócio era o projeto de vida da nossa família e foi sempre encarado dessa forma por todos”
poderosa Karin Velosa e pela sensibilidade e audácia de um observador José Câmara. Que venham mais 60! Em que ponto da vossa vida se juntaram a António Câmara para levarem avante o Oculista das Avenidas? José Câmara: O Oculista das Avenidas sempre fez parte da minha vida. O negócio era o projeto de vida da nossa família e foi sempre encarado dessa forma por todos. Comecei por aproveitar as férias da escola para acompanhar os meus pais, depois passei pela área da oficina até que, mais tarde, a optometria tornou-se numa área a explorar, já que permitia que evoluísse profissionalmente. Tornei-me num dos primeiros optometristas da loja familiar. Hoje, o Oculista das Avenidas faz parte do meu código genético. Karin Velosa: Mais do que um negócio, o Oculista das Avenidas é um projeto de vida e a partir do momento em que passei a fazer parte da família, também passei a fazer parte deste grande
KV: Começar a trabalhar no Oculista das Avenidas é ir das tarefas mais básicas às mais complexas, é aprender o que se faz em cada uma das áreas e, por isso, cada geração que quer fazer parte da empresa, e já vamos na terceira, tem que primeiro assumir a responsabilidade de apreender. Só depois de encontrar o seu espaço, pode assumir um papel na empresa.
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Em que ponto ficaram na frente do negócio? JC: O negócio continua a ser um projeto comum a todos, os objetivos são definidos em conjunto e as decisões tomadas da mesma forma. É a família que se adapta, que reinventa o negócio. Estar à frente do negócio é o percurso natural. KV: Apesar de neste momento sermos a cara da empresa, não deixamos de representar uma equipa coesa que decide tudo em família. O que se fez no passado está sempre ligado ao que fazemos no presente e ao que iremos fazer no futuro.
empreendimento. É este o segredo, acreditar que em família temos a capacidade de nos reinventarmos e fazer com que o negócio evolua. Pelo que percebemos o fundador é um líder nato. Como foi para vocês trabalhar com o António Câmara e que papel começaram por assumir. JC: O meu pai é um homem com visão, os seus objetivos foram sempre definidos com clareza e a forma como foi construindo este projeto de vida, com disciplina, paciência, compromisso, respeito
e humildade, fazem dele um líder nato. Claro que, não posso deixar de referir o papel da minha mãe que foi fundamental e fez sempre a diferença. Nós somos os sortudos, estas características fazem parte do nosso ADN, o que nos permite em conjunto e em família chegar muito mais longe.
Na realidade o José Câmara desenvolve paralelamente um negócio ligado à sua vocação, a informática. JC: Mais do que a informática, interesso-me pelas telecomunicações e pela possibilidade de comunicar à distância. As inovações nesta área são diversas e não param de nos surpreender. Estamos na era da informação e a comunicação e a troca de experiências passam a ter um lugar importante, passam a ser um diferencial nos negócios. É habitual aprendermos com os nossos erros, a informação que temos hoje ao nosso alcance faz com que seja
diferentes. Os tempos eram outros e face a cada realidade as exigências podem ser encaradas de forma mais ou menos exigente. Hoje temos ao nosso dispor uma série de tecnologias que não existiam na altura, também temos uma concorrência mais agressiva. No entanto, isso só faz com que tenhamos que ser mais rigorosos com a qualidade dos nossos serviços e produtos, o que é sempre bom para quem visita as nossas lojas e se torna nosso cliente. E esta celebração de 60 anos, serve como reflexão desta história longa e profícua? JC: O nosso passado está sempre presente, são 60 anos de história, de adaptação às mudanças do país e às exigências do mercado, mas também são 60 anos a inovar e arriscar novas direções.
possível aprender também com os erros dos outros, o que para qualquer negócio é fundamental. E a Karin está mais no terreno do Oculista das Avenidas? KV: Eu faço parte deste projeto de vida diariamente, acredito que tudo o que fazemos é único e, como qualquer empreendimento, contamos com uma equipa de colaboradores por trás que o suporta. No nosso caso temos a sorte de ter uma equipa especial que todos os dias se esforça por fazer diferente e, o mais importante, que sabe que faz a diferença. A realidade do António Câmara era bem diferente da que se vive hoje na ótica. O Oculista das Avenidas sofreu com esta adaptação em termos de negócio? JC: Cada época tem os seus desafios, os contextos são diferentes, talvez os hábitos de consumo e o comportamento do consumidor hoje sejam um desafio maior. Porém, no Oculista das Avenidas continuamos a apostar na criação de valor através da preocupação que mantemos com a saúde visual e isso tem feito com que a nossa estratégia de negócio mantenha o foco na saúde, algo que nos dá o equilíbrio necessário para nos adaptarmos aos desafios que o mercado apresenta. Por termos 60 anos de existência, a nossa clientela é composta por três gerações: avós, pais e netos
e, por esta razão, os desafios continuam a estar intimamente ligados ao passado, ao presente e ao futuro. Foi a vossa geração a responsável por dar resposta a estas novas “provocações” do mercado. JC: No caso do Oculista das Avenidas há uma família e não propriamente uma geração. A geração mais nova tem sempre o suporte da mais velha, acho que é isso que nos diferencia e ajuda nos momentos de maior exigência. Portanto os desafios atuais não são maiores que os de há 60 anos? JC: Os desafios não são maiores nem menores, são
KV: Cada pessoa que se junta à nossa equipa assume como sua a história do Oculista das Avenidas, por isso essa reflexão é contínua e está sempre presente. Haverá mais 60? JC: A terceira geração já trabalha no Oculista das Avenidas, tudo indica que haverá mais 60 anos. De que forma avaliam este setor em plena mutação e que futuro lhe esperam? JC: Esperamos sempre o melhor, a família por trás do Oculista das Avenidas tem uma visão clara e consensual do que pretende realizar e a nossa própria história ajuda-nos a planear o futuro, a refletir, a questionar o que pode acontecer e o que pode ser feito de forma distinta e melhorada.
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SHOW silmoparis.com
A partir de 6 de outubro, todo o SILMO PARIS irá viver ao ritmo do seu 50º aniversário ! Mais próximo que nunca do seu espírito criativo e inovador, o SILMO PARIS convida-o a celebrar o Extrashow. Para um ano extraordinário, um programa fabuloso: esperam por si inúmeras surpresas e animações para celebrar um inesquecível aniversário.
Vamos todos celebrar os 50 anos do SILMO PARIS !
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OLHAR EM PORTUGUÊS
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Institutoptico
Novos rostos, novas lojas O ator Ricardo Pereira e a atual Miss Portuguesa Cristiana Viana sobem às luzes da ribalta em nome do Institutoptico e da nova coleção da Cierzo. A par deste movimento que dá sempre mais expressão ao grupo nacional, a rede de óticas expande-se, desta feita, com ponto assente no centro de Portugal. Com alguns dos mais icónicos monumentos portugueses como cenário, Cristiana Viana e Ricardo Pereira emprestam a sua notoriedade, primor e charme para a divulgação da coleção da Cierzo. Os novos modelos abrangem um vasto leque de gostos e segmentos, desde os mais extravagantes aos mais tradicionais, traduzindo-se ainda numa oferta para toda a família em diferentes materiais, cores e design. O património arquitetónico nacional é retratado nesta coleção através da beleza, estilo e simbolismo histórico de cada monumento localizado nas várias regiões do nosso país. A Cierzo mantém a parceria com a ColorADD e a nova coleção insere novamente o código de cores para daltónicos, em todos os modelos. O Institutoptico anuncia também que patrocina a edição de 2017 da Miss Portuguesa, que decorre por todo o país e com a final marcada a 29 de julho na Batalha, onde irá consagrar-se a Miss Portuguesa 2017. Retina Óptica Médica junta-se à “força azul” A presença do Institutoptico continua a disseminar-se e conta agora com a Retina Óptica Médica no centro do país. Esta loja especializada tem presença em Coimbra e Mealhada e uma vasta experiência, graças a 25 anos de trabalho no setor. “O nosso projeto de expansão continua a dar os seus frutos
e é com imensa satisfação que confirmamos que a estratégia apresentada aos óticos vai ao encontro às suas necessidades. O Institutoptico por definição trabalha para os óticos, mas é muito gratificante constatar a confiança contínua que várias óticas independentes depositam em nós com a sua entrada para o grupo”, refere Vera Velosa, gerente e responsável pela área de sócios e recursos humanos do Institutoptico. A Retina Óptica Médica nasceu no centro da Mealhada e há cerca de seis anos ampliaram para Santa Clara, em Coimbra. É uma empresa de tradição familiar com reputação comprovada no mercado. Desde a sua abertura na Mealhada e, posteriormente, em Coimbra, a Retina Óptica Médica tem como função apoiar todos os seus clientes e comunidade local em diversas áreas da ótica. Para isso, conta com uma equipa formada e experiente nas diversas valências relacionadas com a saúde ocular. “O Institutoptico representa um grupo forte de óticas em Portugal, com provas dadas através das suas competências e solidez. E estes foram alguns dos fatores que nos levaram a decidir integrar esta família. O Institutoptico tem também demonstrado grande capacidade de se adaptar aos desafios que o mercado da ótica apresenta e isso deixa-nos bastante seguros da nossa decisão”, refere Ana Catarina Simões, sócia gerente da Retina Óptica Médica.
O grupo estuda atualmente os passos na sua estratégia de crescimento nos três países para alcançar as 1200 ópticas em 2019. A Opticalia aspira converter-se no grupo ótico mais importante do mundo e, brevemente, apresentará o seu plano estratégico de crescimento em novos países para os próximos cinco anos.
Opticalia solidária e vencedora A dinâmica do grupo multinacional tem ritmo crescente e enquanto conquista mais associados nos países onde opera, também contribui para causas solidárias, unindo-se à UNICEF. E claro, inerente a todo este empreendedorismo ganha ainda o reconhecimento pelo seu trabalho além fronteiras com o 1º Prémio Internacionalização de Marca, pela Associação de Marketing de Espanha. 1000 óticas A Opticalia declara a conquista de 1000 óticas nos seus três países de eleição. O modelo de negócio baseado na associação de óticos independentes tem sido um êxito em Espanha, onde reúne 605 pontos de venda. Em Portugal, o grupo instalou-se em 2013 e já aliou 215 óticas. 2015 marcou o salto da Opticalia para a Colômbia e em dois anos alcançou 180 associados. A trajetória da Opticalia tem sido pautada pelo forte investimento em meios de comunicação, ao nível dos 35 milhões de euros anuais, e que demonstrou ser determinante para a criação da marca Opticalia com um posicionamento em moda. Com o objetivo de criar uma insígnia global tem-se apostado em embaixadores de dimensão mundial, como Alejandro Sanz, Ricky Martin ou Antonio Banderas. Outro dos factores determinantes no crescimento da Opticalia é a captação de licenças em exclusivo para construir uma vantagem competitiva. Destacam-se marcas reconhecidas internacionalmente como Mango, Pepe Jeans, Hackett, Pull and Bear, Custo Barcelona, Victorio & Lucchino, Pedro el Hierro, Davidelfin ou Amichi.
Reconhecimento em Espanha A Opticalia ganhou o primeiro Prémio Nacional de Marketing 2017 na categoria Internacionalização de Marca (LATAM), durante a IX Edição da Entrega dos Prémios Nacionais de Marketing em Espanha. A entrega do galardão aconteceu no passado dia 8 de Junho, no Hipódromo da Zarzuela de Madrid, pela mão dos representantes da Associação de Marketing de Espanha.
Estes prémios distinguem todo um percurso e o know-how de profissionais da área. No caso da Opticalia, premeia-se a qualidade comunicativa, a estratégia, a diferenciação e o posicionamento dentro de um setor muito competitivo do grande consumo. O prémio foi recebido por Victor Gonzalo, diretor de marketing da Opticalia, orgulhosamente apoiado e aplaudido pelas equipas de Espanha, Portugal e Colômbia. Associação à UNICEF em prol da visão infantil O grupo multinacional uniu esforços à UNICEF Portugal com o objetivo de angariar fundos para ajudar as crianças mais vulneráveis de todo o mundo. Entre Julho e Setembro, com base na rede de lojas Opticalia, a UNICEF obterá um precioso apoio para a sua campanha de venda de porta-chaves e assim recolher as verbas necessárias para cumprir com a sua ação humanitária junto das crianças necessitadas. “É um orgulho poder ser o parceiro de uma organização como a UNICEF, reconhecida internacionalmente e com provas dadas em ações concretas realizadas em prol da luta pelos direitos das crianças. Estamos muito empenhados e com a ajuda de todos os lojistas esta campanha vai ser um êxito!”, declarou António Alves, diretor geral da Opticalia Portugal.
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XII Simpósio Conselheiros da Visão
Mais inovação e reforço tecnológico rumo ao futuro Texto: Mariana Teixeira Santos
O mais recente simpósio dos Conselheiros da Visão, que decorreu de 22 a 25 de abril na típica Vila da Praia da Vieira, voltou a reunir um elevado número de cooperadores em torno da evolução tecnológica do setor e do seu impacto nos modelos de negócio da ótica tradicional. O objetivo do encontro passou por colocar o acento tónico no atendimento ao cliente, promovendo um serviço de excelência focado nas necessidades dos usuários.
As jornadas científico-tecnológicas abriram com o presidente dos Conselheiros da Visão, Rafael Silva. “É um orgulho para o grupo Conselheiros da Visão ir já no seu 12º simpósio, colocando sempre em destaque temas extremamente pertinentes para os cooperantes e que permitem adaptarmo-nos à evolução no setor”, salienta o responsável. Rafael Silva agradeceu ainda aos patrocinadores que continuam a associar-se a estas jornadas com todo o seu know-how, a Essilor Portugal e a Baush+Lomb. A presidente do simpósio, Rita Novo, uma jovem optometrista dos Conselheiros da Visão, reforçou o “privilégio” de assumir os comandos deste evento que marca o calendário da ótica nacional. A Bausch+Lomb, na voz de Vilma Baptista, apresentou a primeira lente de contacto desenhada para dispositivos eletrónicos – a Ultra – e, juntamente com Rui Amaral, frisou “as vantagens competitivas e conforto da lente diária de hypergel”.
João Oliveira apresentou as novas ferramentas desenvolvidas pela F3M no apoio ao ótico para uma mais eficaz gestão de clientes e negócio, atendendo às necessidades do mercado atual. O televisivo Nuno Eiró assumiu a moderação do debate, sem deixar de animar a plateia. Todos os presentes manifestaram a sua satisfação com mais uma edição. “O debate foi muito dinâmico. Tento aplicar estes novos conhecimentos na minha vida profissional e o resultado é sempre muito positivo”, reforçou Joaquim Almeida, da ótica Conselheiros da Visão de Caxinas, fazendo assim eco da opinião de todos os colegas presentes. Os showrooms proporcionados pela Marchon e pela De Rigo serviram para colocar em destaque as tendências mais recentes em armações e óculos de sol que prometem animar os escaparates das lojas Conselheiros da Visão na próxima estação.
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CECOP atualiza programa de fidelização anual
Texto: Mariana Teixeira Santos
Mais e melhores vantagens para os associados CECOP e uma campanha de “regresso às aulas” que coloca em destaque a importância da deteção precoce. Saúde visual e vantagens únicas que continuam a demarcar este grupo internacional no mercado ótico. A CECOP apresenta aos seus associados a ampliação dos novos escalões da Fórmula Remunerada CECOP (FRC). Esta iniciativa do grupo é um programa de fidelização anual que premeia o consumo nos fornecedores protocolados e retribui ao associado uma percentagem desse mesmo consumo. De acordo com as necessidades das diferentes óticas, a CECOP implementou os novos escalões para os diferentes segmentos, conseguindo assim ampliar o número de participantes. David Carvalho, country manager da CECOP Portugal, destaca que “estas alterações demonstram a enorme capacidade de adaptação que a CECOP tem para criar programas e soluções de acordo com as necessidades dos diferentes perfis das óticas associadas. Isto sem esquecer o apoio e colaboração dos fornecedores protocolados do grupo”. Este modelo, implementado desde 2003, conta com um número crescente de adeptos, focado na rentabilidade das suas óticas e modelos de negócio.
“Estas alterações demonstram a enorme capacidade de adaptação que a CECOP tem para criar programas e soluções de acordo com as necessidades dos diferentes perfis das óticas associadas”
Regresso às aulas atento ao “olho preguiçoso” E porque o “regresso às aulas” está cada vez mais perto, a CECOP não desarma e coloca em destaque a sua nova campanha de sensibilização do “olho preguiçoso”. Comprometida com a saúde visual dos mais pequenos, a CECOP destaca a importância da deteção precoce com o objetivo de combater o insucesso escolar relacionado com os problemas da visão. A campanha está dirigida aos pais e encarregados de educação e coloca em destaque a necessidade de detetar os problemas de visão na infância, tais como a ambliopia, o chamado “olho preguiçoso”. Esta assume-se como uma das patologias mais comuns nas crianças em idade escolar e de fácil tratamento.
OUTROS OLHARES
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Hoya
Respostas especializadas para uma melhor visão A Hoya continua a sua demanda pela boa visão e proporciona duas novas soluções premium. BlueControl com Nulux Active TrueForm apresenta-se como a melhor combinação para um mundo digital sem problemas e as lentes EnRoute comprometem-se com uma condução segura e sem reflexos. Ambiente digital em segurança BlueControl com Nulux Active TrueForm são as lentes que protegem e previnem a fadiga visual provocada pelos dispositivos digitais. O produto está vocacionado a usuários dinâmicos que necessitam de um reforço funcional num ambiente digital e que não é proporcionado pelas lentes unifocais convencionais. O desenho unifocal Nulux Active TrueForm garante uma visão binocular, um excelente reforço acomodativo para uma focagem digital (+0,53 dioptrias), elimina efeitos prismáticos laterais e assegura uma visão lateral similar às lentes para perto e uma rápida adaptação. Tudo isto, em combinação com o tratamento BlueControl que afiança a neutralização da luz azul emitida pelos ecrãs digitais, numa prevenção superior da fadiga e do desconforto visual. Mas não só! Reduzem o brilho para uma visão
mais cómoda e relaxada, ao mesmo tempo que aumentam a percepção de contraste para um visão mais natural da cor. Segurança e comodidade EnRoute A Hoya propõe aos condutores lentes equipadas com um filtro desenvolvido para proteger dos reflexos. As EnRoute reduzem, significativamente, o deslumbramento dos reflexos, melhorando o contraste e a percepção do brilho. Ou seja,
as novas lentes minimizam a tensão e proporcionam uma experiência de condução confortável. Com o aumento do tráfego automóvel e do tempo que se passa na estrada a agressão visual aumenta exponencialmente. A tudo isto acrescentam-se desafios como as condições climáticas, a luz solar e a luminosidade dos faróis modernos. É importante também manter presente que 90 por cento do tempo de reação do condutor depende da visão e quando existem limites aumenta o perigo na estrada. As lentes EnRoute estão desenhadas especificamente para os condutores atuais, combinando um desenho de lente unifocal ou progressiva premium com um especialmente desenvolvido para os reflexos e um filtro opcional para melhorar o contraste. Desta forma, as EnRoute facultam melhoria do contraste e da percepção de brilho em condições de pouca luz, nevoeiro e chuva e uma visão incrível de longe, do painel de instrumentos e dos espelhos. A Hoya tem ainda a solução EnRoute Pro dedicada a condutores profissionais, com um filtro que realça o contraste e a percepção das cores com redução ainda maior dos reflexos.
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stock, como de fabricação tradicional ou em Freefrom a nova faceta da Humanity Eyes está disponível em diferentes matérias, desde o habitual 1.5 até às mais reduzidas 1.74. Em todas as opções aplicam-se os mais modernos tratamentos, filtros e colorações.
Humanity Eyes
Maior gama de lentes para todos os segmentos As lentes oftálmicas fabricadas pela Signet do grupo Essilor, em Madrid, ganham nova expressão com o aumento da sua oferta em lentes progressivas também para unifocais. Humanity Eyes proporciona assim valências acrescidas aos profissionais portugueses através da distribuição exclusiva da Portal Visual, plataforma multiproduto com uma ferramenta online de consulta e pedidos que facilita e agiliza a atividade dos óticos. Humanity Eyes é a gama completa de progressivos que responde às várias tendências e novas necessidades do consumidor. O grande objetivo é assegurar a melhor visão possível através de desenhos adaptados aos usuários. Este conjunto cresce agora com uma gama completa de lentes unifocais. Tanto de
Garantia Signet do grupo Essilor As lentes Humanity Eyes apresentam-se com uma tecnologia ajustável à anatomia dos pacientes, com um desenho específico para as atividades que dominam o seu quotidiano e ainda com a capacidade de se adaptarem às premências da moda, tanto em tamanho como em formato. As garantias da Portal Visual para as Humanity Eyes de alta gama estão na sua inovação, com a mais recente tecnologia digital, nas prestações elevadas, na cobertura de todos os segmentos tanto na gama como no preço e ainda à assinatura Signet do grupo Essilor e dos melhores fabricantes. É que o novo produto foi sujeito aos mais exigentes testes no mercado, com um extenso grupo de milhares de usuários a declararem-se satisfeitos. Humanity Eyes e as diferentes facetas progressivas As Humanity Eyes progressivas dividem-se em diferentes linhas para abarcar o maior número de consumidores. A ELEMENT representa uma lente progressiva universal com visão nítida a todas as distâncias e é também a lente de acesso aos progressivos digitais. As SMART são vocacionadas aos usuários com necessidades específicas como o uso de ecrãs. Dividem-se em diferentes recursos. As SMART WORK
RELAX são lentes monofocais avançadas que facilitam e relaxam a acomodação visual através do reforço da potência de visão de perto, primordial no uso de dispositivos digitais. As SMART WORK INTERMEDIO interpretam as regressivas ocupacionais com otimização da visão de perto e intermédia, permitindo manter a postura natural de trabalho com elevado conforto na visão de perto. SMART WORK PROGRESSIVO assumem-se na área das lentes progressivas ocupacionais, com a garantia de amplos campos de visão intermédia e de perto e com a visão ao longe otimizada, fomentando a melhor ergonomia no trabalho. O segmento ATMOS4Kfit dedica-se às progressivos personalizadas segundo os hábitos e necessidade de cada paciente, apurando-se os parâmetros individuais do usuário para calcular o desenho de cada lente. Está garantido o conforto superior. As QUANTIC+ são lentes progressivas de alta definição, com um desenho múltiplo otimizado para cada ametropia, adição e controlo do nível de aberrações periféricas. Este segmento proporciona maior grau de suavidade e visão nítida com o mínimo efeito de balanceamento. As EVOLUTION estão no segmento das progressivas com elevado conforto visual. O desenho tem otimização das aberrações para uma visão binocular melhorada e os campos visuais garantem-se amplos e nítidos. Para além de todas estas soluções diversificas, a Portal Visual assegura ainda a máxima qualidade, tempos de entrega rápidos, serviços online em tempo real e apoio técnico primoroso.
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Prooptica
Portfólio reforçado com novas coleções A empresa com oferta transversal aos óticos lança as novidades que aquecem as montras das lojas na temporada quente. Vespa, Jaguar e Progear Eyeguard comprometem-se com o apelo e os olhares mais exigentes entre os consumidores. Jaguar Eyewear A mais recente tecnologia e a elegância máxima são os fatores que desenham os óculos da Jaguar. Cada peça reflete o vanguardismo automóvel desta casa britânica, num resultado desportivo e futurista. O modelo Jaguar 6800 descreve-se na leveza e translucidez, a nova tendência da linha Performance. Materializa-se no Ultem, que concede aos óculos uma resistência e flexibilidade ímpares. No caso dos óculos 3586 da linha Spirit, a Jaguar proporciona um look mais desportivo aos amantes de eyewear, criando a perfeita sintonia entre as proporções de cor e um design especial. Destaca-se a decoração das hastes e o destalhe em azul, bem como os pormenores no interior da armação que remetem para os estofos dos carros Jaguar.
Vespa Eyewear A marca inspirada na scooter mais famosa do mundo propõe uma nova coleção em tons vivos, enérgicos e muito em voga com as tendências. Os óculos espelham a relação perfeita em desenhos clássicos e tonalidades e detalhes contemporâneos, ilustrando também a história desta pequena mota que se tornou um exemplar de design e da mais refinada elegância italiana. Entre peças dedicadas ao sol e à prescrição, desfilam jogos modernos de glamour e atrevimento. Pontes metálicas em oculares redondas e cores vibrantes no acetato são alguns dos pretextos para olhar para esta Vespa.
Progear Eyeguard Esta é uma marca dedicada à proteção dos olhos dos mais intensos desportistas. Concebidos com um design moderno e atual, a preocupação foca-se na segurança do utilizador. Aliás, todo o portefólio Progear Eyeguard é certificado por normas de segurança internacionais no desporto, que garantem um melhor desempenho e destaca a marca com um distinto selo de qualidade. As características destes modelos assinalam proteção adicional, graças ao interior da armação, um bisel específico para melhor segurança das lentes, nasal anatómico em elastómero, fita em neopreno com velcro e matérias da armação super resistentes.
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De Rigo Portugal convida à música A 30 de junho, e em jeito de convívio de verão, a equipa da De Rigo Portugal reuniu alguns dos melhores óticos do norte do país para um serão especial na Casa da Música, no Porto. Cultura, música, reencontro e cumplicidade envolveram os convidados e os representantes da marca num conluio inesquecível.
O encontro ficou marcado às 18 horas, no fundo da imensa escadaria que levou os visitantes a uma experiência cultural única, em plena Casa da Música. Colegas de longa data juntaram-se sob o convite da De Rigo Portugal para viveram o monumento portuense de forma única. A LookVision Portugal esteve no
epicentro desta iniciativa, retemperando energias para mais uma edição e vivendo em primeira mão um momento central do setor. O arranque do serão foi com uma visita especializada pelos quatro cantos da Casa da Música, na descoberta das caraterísticas que tornam este edifício único. Salas díspares em cores e caraterísticas, recantos intensos dedicados a atividades especiais, um bar engenhosamente suspenso pleno de luz e a sala central, dedicada à violoncelista portuense Guilhermina Suggia, que nos enche de energia e espanto, compõem um espaço dedicado, com minúcia, à acústica. A Casa da Música foi uma conquista que a cidade do Porto queria atribuir à ocasião da Capital Europeia da Cultura, em 2001. Um atraso significativo na obra, só permitiu à Invicta vivê-la a partir de 2005. Em plena praça Mouzinho de Albuquerque, mais conhecida como rotunda da Boavista, impõe-se como um desafio de engenharia, projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas. Com todos os convidados imbuídos dos “segredos” dos recantos da Casa da Música e depois de um jantar sob a luz do final de tarde do Porto, o programa dedicado aos clientes da De Rigo encaminhou a comitiva para um pôr do sol ao som da Orquestra Sinfónica do Porto. Sentados na zona que é normalmente espaço
racionalização de importantes mercados para o grupo e pela abertura de duas novas sucursais, a De Rigo Vision Middle East, no Dubai, e a De Rigo Vision DACH, em Frankfurt. “São tempos complexos para a indústria do eyewear, que está a viver significativas alterações estruturais por todo o mundo, mas o nosso grupo conseguiu manter a sua boa performance, respondendo rapidamente às mudanças do mercado e focandose na sua política de investimento. Estes resultados são possíveis devido à nossa sólida estrutura financeira, que nos permite tomar decisões estratégicas a nível do mercado internacional, de forma rápida e dinâmica”, declarou Ennio De Rigo, chairman da De Rigo. O ano de 2017 revela, para já, sinais positivos. Renovaram-se precocemente duas licenças, uma junto da marca suíça Chopard, segmento de luxo, e outra com a marca de moda alemã, Escada.
do coro, os óticos usufruíram da música de frente para o maestro e da restante audiência e sobre os artistas. Para findar uma noite perfeita e ainda com as notas primorosas da orquestra, os convidados reuniram-se com a hospitaleira equipa da De Rigo Portugal. Numa área intimista do grande monumento portuense, bebeu-se um porto de honra, distribuíram-se conversas cúmplices e cumpriu-se uma despedida aprazível. De Rigo em alta no mercado O encontro patrocinado pela De Rigo aconteceu numa fase próspera da empresa multinacional. As contas de
2016 fecharam em alta, com vendas consolidadas na ordem dos 414 milhões de euros, numa subida em relação ao ano transato de 2,6 por cento. Um dos fatores que favoreceu a De Rigo centrou-se na compra da REM Eyewear, uma das mais promissoras distribuidoras de óculos em território americano, e do estabelecimento da sucursal na Austrália, após compra do distribuidor naquele território. O resultado positivo, em termos de vendas foi também influenciado pela inclusão de novas marcas no portefólio, como a Zadig & Voltaire, a Trussardi e a Nina Ricci. 2016 assinalou-se ainda pela
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OLHAR O MUNDO
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Stefano Scauzillo
Amar a vida, amar os óculos! A ótica continua a apaixonar as mais fraturantes mentes do design. Stefano Scauzillo é exemplo disso mesmo. Nascido e criado entre óculos, decidiu dedicar a sua vida a tornar o setor mais apaixonante através da sua Essedue. A marca tem produção, design e paixões próprias que a tornam inseparável dos amantes de óculos. Ou seja, o made in Italy ganha novos contornos e novo dinamismo graças a esta insígnia que já corre o mundo ao sabor de desenhos únicos, da leveza do seu âmago e da paixão da equipa que a faz viver. A Essedue nasce já sobre uma vasta história e experiência na ótica. Conte-nos este percurso até aos dias de hoje. De facto, em 2012 nasce, a partir de uma família de óticos com mais de 50 anos de trabalho, a Essequadro, fábrica de óculos em acetato e metal, da qual hoje fazem parte mais de 30 jovens, apaixonados de moda, arte, cultura, tendências italianas e internacionais. Nos primeiros anos a Essequadro produzia para terceiros, no entanto, motivados pelo desejo de personalizar o nosso ideal e a nossa filosofia comercial, demos vida a uma nova marca, a Essedue. Este nome deu eco e forma a uma linha de óculos inovadora, independente, dinâmica e capaz de exaltar um produto que é, para nós, um elemento identificativo, mais do que um acessório versátil. Concedemos, assim, estrutura a um artigo destinado ao mercado e, antes de tudo, funcional e que exprime a nossa ideia de óculos como elemento dominante e instrumental, em vez de um simples acessório integrado num look total.
A originalidade da Essedue é desarmante. De onde vêm as ideias e a inspiração? Os óculos Essedue são fruto de inspirações naturais que se fundem com os estudo de tendências dos mercados e da moda. É isto que dá alma a um acessório cuidado minuciosamente também nas técnicas de elaboração onde as nossas ideias ganham forma. A originalidade dos modelos Essedue resulta da sinergia entre ideias, organização do trabalho, estudos de mercado e colaboração entre vários setores da nossa empresa, todos ligados pelo mesmo leitmotiv. E o que distingue esta Essedue entre tantas marcas que inundam o mercado global da ótica? A Essedue distingue-se pelo ímpeto e pela mensagem com que imbui um produto original, cómodo, elegante e versátil. Funciona tal e qual a moda e as tendências mas, ao mesmo tempo, mantém uma identidade, que é aquela em que simbolicamente
School de Roma, decidi dar forma ao meu sonho através da Essequadro e comprar as primeiras máquinas para completar nos anos seguintes a fileira inteira de produção. Hoje a Essequadro é uma das poucas empresas em Itália com integração vertical, o que significa que os óculos são produto final de fases de elaboração totalmente internas.
se revê quem usa óculos Essedue. E é este o motivo pelo qual a Essedue produz modelos policromáticos que se caraterizam pela excelente qualidade, pela inovação a nível tecnológico nos materiais e nos métodos que melhoram a ergonomia das armações e também pelo estilo único e design avançado que revelam. O objetivo final passa por consentir a um target diversificado encontrar nos óculos Essedue uma dissonância com a própria idade, com os próprios gostos, com a própria personalidade e, contemporaneamente, a segurança de escolher um produto original, estudado ao mínimo detalhe e qualitativamente seguro. Quem é Stefano Scauzillo e como se envolve na ótica? Sou o fundador e proprietário da Essequadro, para além de responsável da divisão de design. Nasci e cresci numa família de óticos arrebatados por óculos e que desde sempre cultivaram a minha paixão pelo mester, cimentada através da universidade. Durante os anos de estudos superiores na LUISS Business
Sob a insígnia Essequadro produzem para outras marcas. O crescimento da Essedue mudou alguma coisa neste processo? Hoje, à diferença do passado, podemos selecionar as marcas com quem trabalhar de maneira a dar um seguimento mais próximo ao nível da qualidade e no cuidado nos detalhes. Claro que, tudo com base em desenhos que nos são fornecidos. Esta atividade, inevitavelmente, implica dedicação e tempo que podíamos consagrar à Essedue. É nossa intenção, nos próximos anos, produzir exclusivamente para nós e para as licenças de novas marcas de moda que estamos, paulatinamente, a adquirir. Qual é o futuro da Essedue e quais os sonhos? A Essedue está presente em muitas áreas geográficas, no entanto temos o objetivo de chegar a mercados novos e fazer crescer o peso na balança das exportações. Para fazê-lo, ambicionamos criar um produto que também representa os gostos e as tendências dos mercados onde queremos que os óculos Essedue sejam vendidos. Este é o motivo da nossa pesquisa contínua e a razão da originalidade dos nossos óculos.
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E qual é a estratégia para manter esta dinâmica de criação? Através de uma equipa de pessoas que partilham a filosofia e os valores da nossa marca, jovens apaixonados que tenham ímpeto e determinação para pertencer a um desígnio e com quem dividem os objetivos através de profissionalismo, persistência e amor pelo trabalho. Como será o futuro do mercado eyewear? O mercado da ótica é caraterizado por uma forte internacionalização comercial e produtiva. No setor prevalecem poucas grandes empresas e grupos internacionais unidos de uma multiplicidade de pequenos operadores especializados na produção de armações ou nos seus componentes. A realidade da distribuição também é muito fragmentada. No entanto, este tecido permite-nos ter um maior impacto, graças à qualidade e originalidade dos óculos Essedue que continuam a ser um made in Italy de valor indiscutível.
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Pedro Silva
Uma VAVA global de coração português Pedro Silva largou uma carreira de sucesso na área do design têxtil para se “desenhar” e descobrir-se nos óculos. Hoje a VAVA tem vida própria em todo o mundo, num registo único e que clama sobre si um olhar de futuro. “Fala” alemão, italiano e português, numa tríade que garante o seu crescimento e sucesso. Pedro Silva “abriu-nos” este livro chamado VAVA e que faz virar os olhos nas principais metrópoles mundiais. A VAVA surge da essência do Pedro Silva e da vontade de preencher uma lacuna do mercado eyewear. Três anos volvidos sente que a marca mudou algo no design de óculos? A VAVA nasce com o intuito de dar resposta a um público que procura um produto diferenciado e de alta qualidade. O leitmotiv da VAVA é a obtenção de um produto exímio que recorre à experiência e arte dos grandes mestres italianos do fabrico artesanal de óculos. Este know-how perde-se à medida que os óculos passam a ser, maioritariamente, produzidos de forma automática e com materiais de menor qualidade para obter baixos custos de produção. A VAVA, pelo contrário, carateriza-se pela atenção ao detalhe no design e pela escolha de materiais nobres e ecológicos, uma marca haute-gamme pertencente ao segmento exclusivo, mas também avant-garde. O nosso design é contemporâneo e subtilmente futurista. Nós sempre acreditamos que o desenho dos óculos deve refletir a época em que vivemos e, neste momento, vivemos numa sociedade moderna. As casas, os edifícios, os carros, os telemóveis, os sneakers, as bicicletas refletem hoje essa modernidade com os seus designs futuristas. Estranhamente, as marcas de óculos continuam agarradas a um estilo clássico (e muito visto), romântico ou vintage. Quando lancei o conceito há cerca de três anos quis romper com este classicismo. Na altura foi qualquer coisa de absolutamente novo. Hoje vemos que a VAVA é uma trendsetter. Sentimos claramente que as formas retilíneas e futuristas da VAVA representam uma das novas tendências. E, em 2017, já se verifica que as marcas estão a deixar para trás o look vintage, romântico e clássico, não sendo por acaso que este ano o Silmo vai dar especial foco ao futuro, antevendo o que já é a nova tendência. Sem falsas modéstias, julgo que a VAVA teve um papel premonitório.
E desde esse primeiro ímpeto de criar algo à sua imagem o que mudou no próprio Pedro? A VAVA foi criada com base na minha visão do mundo e também com base no meu sentido estético. Eu sempre me senti fascinado pela arquitetura e em especial pelos movimentos artísticos do Bauhaus e pelo minimalismo, inspirando-me nestes dois movimentos estéticos. Gosto muito de artistas como Sol Lewitt, Malevich ou Josef Albers. Os projetos VAVA compartilham a mesma abordagem minimalista e arquitectónica. O grande desafio, para mim, assenta o exercício de redução de elementos de composição supérfluos, decoração e romantismo para construir um género neutro. Mas a ideia ou conceito representa o aspeto mais importante dos meus desenhos, o estilo é o resultado disso. A maioria da moda de hoje assenta sobre tendências. Uma tendência é
sempre uma armadilha, uma busca de algo “seguro”. No início de cada nova temporada, a indústria da moda explora o horizonte para as novas “tendências” inspiradas no passado. Assim, é mais sobre ser criativo do que realmente ser um criador. Eu gosto de criar e por isso escolho não seguir tendências e moda. Eu acredito num conceito que evolui. Na verdade, eu gosto de pensar mais sobre evolução,
Ottico (considerada o melhor grupo ótico de Itália) e a Dantone (considerada a melhor loja multimarca de luxo de Milão). O target era altíssimo, mas eu estava consciente da qualidade do produto, pois o nosso fabricante é considerado um dos melhor produtores de óculos de nicho em Itália. Também estava consciente que os nossos materiais são de altíssima qualidade (lentes Barberini, acetato M49 da Mazzuchelli, dobradiças de alumínio, entre outros). Mas nada disso me garantia que a aproximação teria sucesso.
questionamento, reflexão e aprofundamento. Penso que é essa busca incessante através de trabalhos representativos de algo maior que me permite crescer um pouco todos os dias. VAVA é muito mais do que um produto de moda, é um objecto de design pensado até ao mais ínfimo pormenor. Os meus clientes/lojas não vendem só o produto, vendem também o conceito e a história da marca. A VAVA é hoje uma marca icónica em muitos países porque existe essa percepção criativa. Descreva-nos a história da Vava, com os momentos mais marcantes, e as pessoas que edificaram o projeto. Em 2011, trabalhava na Alemanha, na Hugo Boss, como gestor de moda, e foi nessa altura que me surgiu o conceito da marca, mas para vestuário. No entanto, o projeto não progrediu. Entretanto, mudei-me para Milão, para trabalhar como diretor retail da marca Seven for all Mankind e foi onde amadureci ainda mais o conceito da marca, em grande parte influenciado pelo futurismo italiano. Até
então, eu era um grande fã de óculos e, em 2012, conheci imensas pessoas em Milão ligadas a esta indústria. Foi em 2013 que decidi deixar o meu emprego para criar a minha própria marca de óculos e voltar para a Alemanha, desta vez para Berlim. Estive um ano a trabalhar como consultor freelancer para duas empresas alemãs de calçado, aproveitando ao mesmo tempo para desenvolver o conceito. Em inícios de 2014, lancei a marca com sede em Portugal. A base operacional foi montada em Viana do Castelo, a minha cidade, tendo um escritório em Berlim, onde desenvolvíamos as coleções e tínhamos a equipa de vendas. A primeira coleção ficou pronta em Junho de 2014. Lembro-me de aterrar em Milão, vindo de Berlim, muito cansado, pois o esforço para ter a coleção pronta tinha sido enorme. O intuito era alugar um carro e ir a Treviso visitar o meu fabricante. Como tinha umas horas livres em Milão, pois só partia para a fábrica no dia seguinte, decidi de forma espontânea visitar duas lojas icónicas para apresentar a coleção, o Punto
Portanto, uma prova de fogo... Exato! Comigo tinha apenas o mostruário e não sabia qual seria a reação destas lojas ao meu design, tratava-se simplesmente das duas melhores lojas de uma das capitais da moda mais importantes do mundo. Quando viram a coleção ficaram encantados com a marca e fizeram nesse mesmo dia uma encomenda importante. Esta reação ultrapassou todas as minhas expectativas. A marca era absolutamente desconhecida, e a excelente aceitação fez-me perceber que os italianos são sem sombra de dúvida os grandes senhores da moda. A Itália continua a ser o primeiro mercado da VAVA e sem eles a marca, definitivamente, não seria o que é hoje. Porém, foi em Setembro no nosso primeiro Silmo que se deu a grande explosão. Os clientes vinham de todos os cantos do mundo, clientes especiais que procuravam um produto muito especial. Nessa feira, com poucos meses, entrámos em mais de 15 países. Três anos passados, estamos muito próximos dos 50. Claro que, este projeto, cujo diretor criativo sou eu, não seria o que é sem o contributo altamente qualificado da minha equipa de design, constituída pela alemã Beate, que durante 17 anos trabalhou para a Prada, e a italiana Laura, que trabalhou mais de 20 anos para os principais grupos de eyewear italianos, nomeadamente a Marcolin. E o que faz um engenheiro têxtil “desistir” da sua área central para se dedicar aos óculos? Um sonho ... Eu trabalhei vários anos na indústria de moda em grandes multinacionais, tais como grupo Inditex, Hugo Boss, VF Corporation, entre outros, e vivi em vários países (França, Alemanha, Itália, Suíça, Espanha e China). A determinada altura percebi que apesar de uma carreira bem sucedida não me sentia totalmente realizado. Foi a necessidade, por um lado, de me exprimir e, por outro lado, de criar um modelo de negócio mais familiar e com o qual me identificasse que levaram a criação da VAVA. Em Milão, tive a oportunidade de descobrir todo um mercado em volta dos óculos. Senti, nessa altura, que os óculos estariam menos sujeitos aos calendários agressivos da indústria da roupa, dando-me talvez a oportunidade de criar um objeto de design, mais do que um produto de moda. Eu tenho um lema na vida que é be yourself e a VAVA foi uma das formas que encontrei para ser eu mesmo. Na altura em que decidiu criar a VAVA estava já fora de Portugal, mas em Itália. Porquê levar esta VAVA de coração luso para Berlim? Eu tinha vivido quatro anos em Estugarda e, durante esse período, ia muitíssimo a Berlim onde senti uma ótima conexão com a cidade e com as suas pessoas. O ambiente da cidade, a atitude layback,
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forte identidade cultural e tão perto do Porto quanto da fronteira com a Espanha, mais especificamente a Galiza. Cresci com o mar num ambiente tão especial que teve um forte impacto no meu pendor criativo que já faz parte do meu carácter. Depois, os portugueses têm um sentido estético muitíssimo apurado, mesmo que isso nem sempre seja visível, pois ainda continua a ser um país de grandes contrastes. Definitivamente, a sobriedade e pureza da arquitetura e literatura portuguesas influenciam os meus desenhos. Os arquitetos Siza Vieira e Souto Moura são duas importantes referências para os meus trabalhos. Em 2015, fui convidado pela Vogue Itália para fotografar uma cidade à minha escolha que tivesse influenciado os meus trabalhos. Apesar de me encontrar nesse momento em Berlim, voei para o Porto por sentir que esta cidade teve grande influência no desenvolvimento do meu sentido estético. Fotografei, por exemplo, o Coliseu do Porto que tanto me recorda o futurismo italiano dos anos ’30 e a fabulosa ponte da Arrábida pelo modernismo que representou nos anos ’60. O Porto está repleto de excelentes exemplos de arquitetura moderna.
a qualidade musical, a abertura das pessoas, a cena cultural, o seu look pós-industrial, as áreas verdes, tudo isto me fascinou. Assim, em 2013, quando decidi deixar Milão para criar a minha própria marca, Berlim acabou por ser uma escolha mais ou menos óbvia, tal como Detroit (outra grande influência para a VAVA), uma cidade pós-industrial com uma cena artística emergente e que, por isso, foi o local perfeito para o arranque do projeto. No entanto, eu sabia que a VAVA iria ser uma marca portuguesa e, apesar de viver em Berlim, registei a empresa em Portugal, montando os escritórios centrais em Viana do Castelo. Em 2017, decidi mudarme definitivamente para Portugal, mantendo uma pequena base de operações em Berlim, por ser uma cidade muito inspiradora no campo artístico e também porque uma das minhas desenhadoras reside em Berlim. Que sentimento de Portugal aplicou nesta criação? A VAVA é uma marca portuguesa. Eu nasci em Viana do Castelo, uma pequena cidade marítima no norte de Portugal, com uma
A juntar à Alemanha e a Portugal, a produção está em Itália. Porquê esta tríade? Essa tríade é a força da VAVA. Eu tive a privilégio de fazer o meu estágio universitário em França ao abrigo do programa Leonardo Da Vinci e muito cedo me tornei um europeísta, apesar de tecer grandes críticas ao atual centralismo Europeu. Pelo que, a VAVA antes de tudo é uma marca europeia. As influências do Bauhaus germânico, do futurismo italiano, da arquitetura moderna portuguesa, da visão futurista da Europa estão todos plasmados na VAVA. O multiculturalismo beneficia as empresas, porque cada povo tem aspetos diferenciadores e é combinação dessas mesmas diferenças que potencia as empresas. Nós, os portugueses, adaptamo-nos facilmente e somos muito inventivos. Também conseguimos trabalhar bem sob pressão e em estruturas menos organizadas (o que acontece no momento de arranque de uma empresa). Os italianos são os mestres do design e também os mestres dos óculos feitos à mão. Os alemães são os mestres dos processos rigorosos e da disciplina, o seu design é sóbrio e funcional. Por outro lado, a Alemanha está no centro da Europa, o tráfego de pessoas e mercadorias é enorme e fundamental a qualquer empresa. Berlim é neste momento a cidade mais jovem e multicultural da Europa, o epicentro do design e da arte. Portanto, esta diversidade geográfica é fundamental para o ADN da minha marca, que se quer inserir no mercado global. E o que desenha agora como futuro para a VAVA e que sonhos lhe reserva? A VAVA é uma marca do futuro. No Silmo vamos lançar novos projetos altamente tecnológicos. Novos conceitos, novos materiais e novos processos produtivos. A linha ótica vai crescer bastante, e estamos também muito entusiasmados com isso. Na feira de Paris vamos ter uma localização fantástica, mesmo no coração das grandes marcas independentes de design. Estamos a desenvolver um stand vanguardista que queremos que seja uma referência nesta edição.
oPTOMETRIA
sido já costume nos encontros da EAOO. Em relação à assistência, tendo em consideração os últimos anos, tivemos valores aceitáveis, apesar de que a proximidade com Barcelona não fez ainda aumentar significativamente os participantes lusos, que eu tinha esperança que acontecesse. No entanto, tivemos um bom número de profissionais representado e a qualidade é essencial, assim como as informações que levaram do encontro para o nosso país.
European Academy of Optometry and Optics
Conferência anual aporta valor à ótica e à optometria De 12 a 14 de maio, a Academia Europeia de Optometria e Ótica em conluio com o Conselho Geral de Optometria Espanhol reuniu um painel forte de especialistas em Barcelona, para ressaltar temas prementes da atividade aos profissionais de todo o mundo. Com presidência de cor portuguesa, esta academia destacou o sucesso do encontro sob as palavras do líder Eduardo Teixeira. 750 cientistas, estudantes e profissionais responderam ao desafio da Academia Europeia de Optometria e Ótica (EAOO na sigla em inglês) para a sua conferência anual, desta feita em território espanhol, mais especificamente Barcelona, e com o apoio do Conselho Geral de Optometria Espanhol. Desde o Médio Oriente e dos principais países do continente americano, passando por Israel ou pelo Líbano, até uma representação bastante completa da Europa, a participação na iniciativa de 2017 foi um recorde. O optometrista português e atual presidente da EAOO, Eduardo Teixeira, destacou ainda
uma participação nacional interessante que demonstrou o desenvolvimento crescente da atividade no nosso país. “As duas universidades portuguesas, da Beira Interior e do Minho, estiveram presentes com os seus investigadores e alunos e, nesta área, estivemos em alta, como tem
Novo modelo de conferência Pela primeira vez, a conferência anual da EAOO teve um aliado. Unindo-se ao Conselho Geral de Optometria Espanhol, a iniciativa aconteceu vinculada à OPTOM, conferências internacionais que se realizam também por altura da feira de Madrid, Expoóptica. “É a primeira vez que aplicamos este modelo de conferências. Faz parte de um conjunto de mudanças que estão a ser implementadas e, portanto, deixou-nos contentes o resultado. Aliás, classifico esta parceria como um grande sucesso. Ambas as partes ficaram satisfeitas. Vamos repetir este modelo em 2018”, explicou o presidente da EAOO. Especialistas internacionais de renome subiram ao palanque montado no hotel Barceló Sants para partilhar os mais recentes avanços clínicos e científicos em forma de palestras, apresentações, workshops, grupos de interesse especial e mais de uma centena de posters. No centro deste encontro anual esteve a Visão e as Novas Tecnologias, ou seja, de que forma os aparelhos
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“A conferência de 2018 ruma agora para a Croácia, em Pula, um sítio paradisíaco e maravilhoso. Vamos organizar o meeting de 11 a 13 de maio, com a nossa associada da Universidade de Ciências Aplicadas de Velika, juntamente com a conferência de primavera do Conselho Europeu de Optometria e Ótica” electrónicas influenciam a nossa capacidade de ver. “As novas tecnologias são uma realidade e têm impacto quer do ponto de vista da saúde dos nossos pacientes, quer da forma como nós fazemos a própria prestação dos cuidados de saúde visual. Estes dois parâmetros das novas tecnologias estiveram em análise e estiveram em discussão na maior parte das conferências”, assinalou Eduardo Teixeira. A preocupação pela evolução da miopia também esteve sob discussão ao nível dos sinais que os profissionais devem observar e na forma como podem intervir. Neste sentido, destacaram-se atualizações à prática clínica diária e as soluções que a evidência científica demonstra que podem apoiar o controlo da miopia. Claro que, para além destes dois temas prementes, em “cima da mesa” colocaram-se imensos assuntos, nomeadamente, a posição dos optometristas nos diversos sistemas de organização dos serviços de saúde e a importância cada vez maior do papel do optometrista na prestação dos cuidados primários de saúde visual em toda a Europa, o seu papel na prevenção dos problemas e a sua capacidade de resolver outros. Assinalou-se também a atribuição de 12 Fellowship em 2017, pela EAOO. Um balanço positivo em discurso direto por Eduardo Teixeira “Os objetivos a que nos tínhamos proposto em 2016, aquando da decisão da realização da iniciativa em Barcelona, foram plenamente atingidos, a participação bateu recordes. Do que analisámos, os inquéritos de satisfação são bastante favoráveis e deixam-nos bastante esperançados no futuro. Logo que terminou a conferência, o nosso comité de educação reuniu e fez um
balanço muito positivo, quer do ponto de vista dos conteúdos científicos, técnicos e clínicos que foram expostos, quer da forma como as pessoas participaram, discutiram e deram os seus contributos. Temos, portanto, um sentimento, em primeiro lugar de alívio, no encerramento de mais uma conferência, e de muito agrado e felicidade de termos conseguido desenvolver mais um encontro de sucesso, neste caso em moldes bastante diferentes do que era habitual. A conferência de 2018 ruma agora para a Croácia, em Pula, um sítio paradisíaco e maravilhoso. Vamos organizar o meeting de 11 a 13 de maio, com a nossa associada da Universidade de Ciências Aplicadas de Velika, juntamente com a conferência de primavera do Conselho Europeu de Optometria e Ótica. Uma grande iniciativa está preparada para 2018. As linhas gerais estão já bastantes desenvolvidas e é uma questão de acompanhar estes progressos no nosso site e respetivas redes sociais. Claro que, em cada país tentamos adequar-nos à realidade da prática profissional nesse país e do ensino, entre outros. Portanto, se mudamos de sítio para sítio é porque também temos um objetivo específico, tendo como propósito final a harmonização da prática clínica da profissão em toda a Europa. Vamos anunciar por volta de 20 de outubro o programa provisório de 2018.”
O profissionalismo em primeiro lugar
A MultiOpticas é a marca Nº 1 do sector ótico em Portugal. E não é por acaso. Fazemos parte da GrandVision, o grupo líder mundial em ótica de retalho, com mais de 6500 lojas em mais de 40 países. Há 28 anos a operar em Portugal, temos mais de 200 lojas espalhadas de norte a sul. Esta dimensão internacional, aliada à qualidade de serviço dos profissionais da MultiOpticas, permite-nos dar a melhor resposta às necessidades dos nossos Clientes. Talvez por isso, em 2017 fomos mais uma vez distinguidos como Marca de Confiança e Escolha do Consumidor. Porque os Clientes também colocam o profissionalismo em primeiro lugar.