Lookvision59 issu

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EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 59 • setembro 2017

Helder Oliveira

Ao volante dos desafios Alyson Magee

O renascer dos óculos

Alcon

Passos para um melhor uso das lentes de contacto

opti 2018

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

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12

22

26

VINyL FAcTORy

HELDER OLIVEIRA

OPTICA GALLERy

Propostas em sedução e poder

Ao volante dos desafios

Óculos com “cartão de cidadão”

36

40

48

MAUI SUNRISE

ALySON MAGEE

Cinco passos para aumentar o cumprimento na utilização de lentes de contacto

BREVES

ENTREVISTA DE CAPA

OUTROS OLHARES

O renascer dos óculos

Índice | 4 |

O sol quando nasce é para todos

OLHAR O MUNDO

Diretora: Editora: Redação: Design e Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision PortugalTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal. NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com

Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos, Fernando Gonçalves Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Isenta de registo na ERC ao abrigo do Decreto Regulamentar 8/99, de 9 de Junho, Artigo 12º, nº 1, a)

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EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 59 • SETEMBRO 2017

HELDER OLIVEIRA

Ao volante dos desafios ALYSON MAGEE

O renascer dos óculos

ALCON

Passos para um melhor uso das lentes de contacto

OPTI 2018

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

Mais e melhor opti já em janeiro

O número sobre o qual renascemos

Editorial | 8 |

Cinco anos demarcam o tempo passado sobre aquela primeira vez em que olhamos e tocamos na nossa LookVision Portugal pela primeira vez. A empatia de um poderoso Rui Motty e o verniz brilhante que fazia reluzir um logotipo sonhado durante tanto tempo invadiu um mercado com necessidade de uma comunicação primorosa sobre si mesmo. Porquê? Porque se temos excelentes profissionais e uma história marcante nas fileiras das nossas lojas devemos “comunicar-nos” com orgulho. Somos um setor magnânimo que hoje é retratado, em português, para fora das nossas fronteiras, aos nossos colegas estrangeiros, de forma nobre. Somos muito orgulhosos dos rostos que encantam estas 59 LookVision Portugal e da forma como o mercado mundial, através das feiras que palmilhamos, nos gabam imagens, manchas de texto num poderoso e incompreensível português para a maioria. Mas isso não impede que as histórias circulem, porque nos pedem os percursos destes sorrisos, de homens e mulheres que completam um mercado maduro e tão apelativo. Ser português é isto mesmo, surpreender pela capacidade de superação e nós enquanto meio de registo primordial desta característica também queremos superar expectativas. E ainda recordamos essa primeira vez que seguramos o número um, uma explosão na alma, a certeza de um trabalho que devia ser perpetuado. Hoje, meia década depois, deixamos cair o nosso logotipo, a nossa imagem e recuperamos aquela sensação de amor à primeira vista com uma reinvenção de nós mesmos. A sua LookVision Portugal entra na temporada forte da moda com imagem renovada, com mais dinamismo e com mais e melhor informação. Com o design no coração, os óculos na pele e a curiosidade na mente damos espaço em páginas redesenhadas aos nossos clientes, óticos, cientistas, docentes, estudantes, tecido empresarial e amantes de eyewear em geral com toda a elegância que já é nossa imagem de marca. E claro, inspirados pela novidade andamos a absorver o arrojo das mais recentes gerações de óticos, também eles assentes num passado rico mas de olho no futuro e nas mudanças. Helder Oliveira, o homem forte do Grupótico e herdeiro de óticos de grande visão, dividiu connosco esses exemplos de superação e ensinou-nos sobre o pragmatismo como arma ao serviço do instinto, enquanto nos conduziu, na imaginação, pelo Todo Terreno, um desporto automóvel fascinante. E como resposta quase primária, as nossas empresas desdobraram-se em iniciativas, produtos inéditos, atrevimentos e tanta energia! Está tudo a partir da próxima página e quando chegar ao derradeiro artigo estará entregue à ciência e à procura da excelência por parte dos nossos optometristas. Bem vindo à nova LookVision Portugal, a ótica está aqui…sempre! Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.



Making Off | 10 |

Um empresário todo terreno! Não é preciso sentar-se ao volante de um veículo todo-o-terreno (TT) para viver as emoções de ser piloto. Basta ter Helder Oliveira na cadeira em frente a descrever aventuras no deserto ou em pleno território alentejano. Graças ao líder do Grupótico, somos sem dúvida os próximos seguidores do campeonato nacional de TT. Reconhecido como um os melhores pilotos portugueses da especialidade, tem a seu favor um instinto inato para ler o terreno que o desafia nas provas e é esta característica que o faz hoje ser o diretor de um grupo sólido, estabelecido no mercado há 31 anos e que ultrapassou, com solidez a toda a prova, os grandes desafios impostos pelas mudanças do setor. Portanto, para tê-lo em pleno na capa quisemos retratá-lo como o imaginámos durante aquela hora de maravilhosa partilha e conversa: vitorioso!



Prémio António Champalimaud de Visão

Breves | 12 |

Essedue

Recortes perfeitos em acetato Esta casa italiana faz um trabalho de sonho no acetato. Recortando-o em figuras plenas de arestas, a Essedue faz nascer modelos intrincados e apaixonantes, “pintados” com padrões especiais que o acetato revela. Mas a originalidade desta marca vai mais longe ao acrescentar um apontamento transgressivo de cor que desponta sedutor numa das oculares. A base destes desenhos tem um toque vintage, no entanto as arestas que se atrevem em todas as direções são assinadas por uma contemporaneidade desarmante.

Apoio a quem cuida A fundação Champalimaud atribuiu, em 2017, o seu 11º prémio dedicado, em anos alternados, à investigação científica na área da visão e instituições que atuam na prevenção e combate à cegueira, às organizações não governamentais (ONG) Sightsavers e Christian Blind Mission. Um milhão de euros divide-se entre estas duas instituições focadas na prevenção, tratamento e cura da cegueira em países como o Nepal, Moçambique, Uganda, Etiópia e Bangladesh. As duas ONGs atuam ainda para que as pessoas afetadas permanentemente pela doença possam estar inseridas na sociedade e ter oportunidades de educação e emprego, garantindo a sua independência social e financeira. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidiu a cerimónia de entrega do prémio, considerado hoje o maior do mundo na área da visão. O júri foi composto por personalidades reconhecidas no panorama internacional da saúde e da política, como o secretário geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, o prémio Nobel da Medicina, Susumu Tonegawa, o ex-presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, e o oftalmologista José Cunha-Vaz.

Vinyl Factory

Propostas em sedução e poder Imbruglia e Barlow são as novidades que a marca devota à música propõe aos amantes do eyewear. No feminino, Imbruglia expressa a sedução em óculos. Coroada com materiais que parecem joias, a armação compromete-se com mulheres seguras e vanguardistas. Já os óculos de sol Barlow manifestam força através de linhas geométricas, lentes fumadas e uma dupla ponte em aço inoxidável. Os designers da Vinyl Factory inspiraram-se nas estrelas de rock homónimas capazes de por estádios em pé, com o seu carisma.


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Rigards

Breves | 14 |

Design inconformado Adaptada do francês regard ou olhar, a Rigards nasceu para os verdadeiros amantes dos óculos e do corno de búfalo. Tudo unido num design transgressor, os óculos Rigards trazem efeitos inéditos aos frontais com um uso incrível do volume e das curvas. Os artesãos desta marca apostam tudo em casa peça, replicada apenas em poucas unidades para privilegiar a individualidade dos espíritos. Todo este atrevimento consegue, ainda assim, desvendar uma simplicidade e até ingenuidade que conquista um espaço muito especial no mercado eyewear.

Maybach

“O melhor a partir do melhor” Esta declaração de Wilhelm Maybach, o alemão que lançou a Maybach há mais de um século, mantém-se atual ainda hoje, Tudo graças à cuidadosas mãos dos mestres que criam os produtos primorosos que compõem o portefólio da marca. No virar de mais uma temporada sazonal, a Maybach lança uma coleção que através da mescla de tradição e modernidade reafirma a sua mensagem de luxo. Os materiais são cuidadosamente selecionados e trabalhados à mão, passo a passo, usando as melhores técnicas artesanais. As lentes têm a garantia da Zeiss, para que todo este conjunto requintado se caraterize pela exclusividade e pela perfeição.

Lucas de Staël

O toque da pele Este designer demonstrou o seu caráter fraturante com o lançamento, em 2006, da marca Undostrial. Reforçou-o em 2012 ao lançar a sua marca epónima, num autêntico núcleo criativo e experimental montado no bairro 19 de Paris, numa antiga fábrica de impressões. Transformar matéria em arte é a mensagem que ainda hoje passa através de óculos originais e cuidados. A coleção Minotaure Couture representa a mais recente expressão de Lucas de Staël, celebrando e reinventando conhecimentos tradicionais em duas áreas célebres da criatividade francesa: a arte do eyewear e a arte do trabalho em pele. Fios cozidos à mão delineiam subtilmente os contornos de cada armação composto por uma “alma” em aço inoxidável cirúrgico que se reveste de couro da melhor qualidade. As plaquetas são em titânio para um conforto indubitável. O mais recente conjunto de Lucas de Staël está disponível nas versões de prescrição e solar, em formatos sinuosos e cores luminosas.


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Breves | 16 |

Vision Expo Las Vegas

Apoia vítimas dos furacões Harvey e Irma Enquanto a indústria da visão se preparava para reunir em Las Vegas, de 13 a 16 de setembro, para mais uma edição da feira norte-americana Vision Expo, a organização do certame deu conta da preocupação por parte dos apoiantes, visitantes e expositores para com as pessoas afetadas pelos furacões Harvey e Irma. Para dar resposta a esta comunidade de profissionais, a organização da Vision Expo anunciou o suporte ao Fundo de Optometria de Apoio a Desastres (OFDR na sigla em inglês), um programa da Optometry Cares - Fundação da Associação Americana de Optometria. Este fundo atua na assistência imediata no caso de desastres naturais e a forma como todos podem ajudar esteve disponível em toda a área de exposição da Vision Expo West e continua ativa em http://www.VisionExpoVegas.com/Relief.

Bolon

RES/REI

A magia das cores No seio da mãe natureza a equipa desta marca artesanal italiana descobriu a base para uma coleção sumptuosa. Flowers é o nome deste conjunto rico em cores e curvas suaves que nos remete para uma primavera florescente. A combinação e sobreposição de diferentes acetatos expressam a mais pura expressão de feminilidade e romance nos modelos Gardenia, Malva, Magnolia e Tulipano. E apesar de toda esta criatividade colorida, os artistas não dispensaram a geometria das linhas que unem as tonalidades, tal como a natureza define os limites das pétalas das flores.

Uma questão de estilo pessoal Esta marca desenvolvida sob alçada da Essilor embarca numa busca pela individualidade através de modelos eyewear radiantes e estruturalmente intrincados. O acetato italiano e o TR90 suíço garantem leveza e resistência em cada peça e o metal fino e hiper elástico é “talhado” a laser para resultados primorosos. Todos estes materiais entrelaçam-se numa dança elegante que se completa nas lentes de qualidade irrepreensível. Na representação deste conjunto elegante, a Bolon associou-se à super modelo Hailey Baldwin, ao seu requinte natural e à autenticidade que refletem os valores da Bolon.



Breves | 18 |

Andy Wolf

Novo “quartel general” O produtor austríaco de óculos celebrou no final de agosto o início da construção do espaço que amplia a atual sede localizada em Hartberg. São mais mil metros quadrados que proporcionam uma base para o crescimento que se afigura, depois de dez anos de permanência naquele local. Mais espaço aos escritórios e novas instalações para a produção de séries curtas, vitrificação de óculos de sol e um novo showroom totalizam os planos para a área em construção. Ao lado do arquiteto Christoph Kaspar, a Andy Wolf estabeleceu uma linha essencial para o design do edifício: a fachada decora-se com aço Corten, que se irá ainda aplicar aos elevadores do mostruário de óculos em madeira desenvolvido pela marca com bases muito mecânicas. “Para nós significa um grande passo em direção ao futuro. É a altura ideal para a expansão, porque estamos a rebentar pelas costuras. Se tudo correr conforme o planeado, em maio de 2018 já nos instalamos no novo edifício. Nesta fase é ainda importante destacar que usamos os meios mais ecológicos disponíveis pelas empresas na região para avançarmos para esta nova fase”, declarou em comunicado de imprensa, Andreas Pirkheim, diretor executivo da Andy Wolf.

Tonino Lamborghini

AVM 1959 assume produção de óculos da marca Um acordo de cinco anos e com arranque em janeiro de 2018 marca a ligação entre as italianas AVM 1959 e a Tonino Lamborghini. Ou seja, O know-how da produtora de eyewear está ao serviço dos valores luxuosos da casa de carros desportivos, exaltando o made in Italy, o design, o estilo, a inovação, os materiais de extrema qualidade e a atenção ao detalhe. A nova coleção Tonino Lamborghini Eyewear tem lançamento marcado para a primavera/verão 2018 e destaca a herança do mítico touro Miura no escudo vermelho, expressão pura do dinamismo e da personalidade eclética do fundador Tonino Lamborghini. Este homem manteve-se sempre fiel às tradições e história familiares através das quais interpretou o estilo italiano mais puro. “Ao trabalharmos com uma produtora italiana histórica temos a oportunidade de enaltecer ainda mais o paradigma estilístico da marca criada pelo meu pai, inspirada no design industrial italiano, e a herança mecânica da nossa família”, apontou Ferruccio Lamborghini, vice presidente da Tonino Lamborghini.



Götti

Poder em cada aresta A casa suíça encontrou o equilíbrio perfeito entre formas intensas e o material ligeiro e flexível para delinear a sua mais recente coleção. A poliamida na forma de um finíssimo pó branco alimenta a impressora 3D que através de um poderoso laser une as partículas camada a camada. Cores originais e a garantia de um design purista completam estas criações que vêm fazer história no percurso da Götti.

La Matta

Breves | 20 |

Instinto Animal A nova campanha da marca exala este mantra primitivo, colocando no centro a imagem feminina destacada por elementos naturais que serviram de inspiração à nova coleção. Os padrões exóticos das penas de pavão e de avestruz abrilhantam os protagonistas desta campanha: óculos de cores intensas com decorações finas influenciadas pela arte da ourivesaria e que assinalam o rosto da mulher La Matta com sofisticação.

Kering Eyewear

Junta-se à Bio-on em busca da sustentabilidade ecológica A parceria entre a gigante da moda e a empresa de produção de novos materiais ecológicos e sustentáveis nasce para que óculos criativos e amigos do ambiente possam inundar o mercado da ótica. Ou seja, Kering e Bio-on estão juntas com o compromisso de estudar novos materiais baseados no revolucionário bioplástico Minery PHAs, natural e totalmente biodegradável. “É a primeira vez no mundo que uma empresa que produz óculos decide fazer pesquisas com os nossos biopolímeros” explicou Marco Astorri, CEO da Bio-on. Todos os bioplásticos PHAs desenvolvidos pela Bio-on são obtidos de fontes vegetais renováveis, sem nenhuma competição com a produção de alimentos e garantem as mesmas propriedades termomecânicas dos plásticos tradicionais. “A parceria com a Bio-on representa um sinal claro da atenção que a Kering Eyewear dedica à sustentabilidade e ao desejo de levar a inovações a um setor consolidado. Acreditamos muito que uma empresa sustentável é uma empresa inteligente. Os materiais desenvolvidos pela Bio-on, totalmente naturais e biodegradáveis, representam, de facto, uma revolução completa no setor de óculos e correspondem, na totalidade, à nossa abordagem única do mercado, além do desejo de oferecer produtos de vanguarda e de maior qualidade. No setor de artigos de luxo, a sustentabilidade e a atenção ao ambiente não são uma opção, mas sim algo imprescindível”, acrescentou Roberto Vedovotto, CEO da Kering Eyewear.



Entrevista de Capa | 22 |

Helder Oliveira

Ao volante dos desafios Adoramos a nova geração da ótica, que herda o poder e experiência dos pais e vai mais longe. Helder Oliveira é isso mesmo! Um jovem de pensamento reto e acutilante que soube absorver o melhor da paixão pela ótica de Filipe e Beatriz Oliveira, seus pais, para ser hoje o diretor geral do grupo que o pai, juntamente com outros empresários experientes, fundaram. Números, objetivos traçados, um sentido muito prático e de adaptação camaleónica aos desafios do mercado desenham as linhas que este homem aplica diariamente no Grupótico. Fotos: @World e Aifa

Com a Póvoa de Varzim no fundo da conversa, descobrimos uma empresa saudável, assente numa estratégia cautelosa, pensada por Helder Oliveira, mas sonhada e lançada por cinco óticos históricos do norte. 1986 marcou o momento em que o Grupótico se lançou no mercado como central de compras e como chamariz a marcas estrangeiras que quisessem integrar as suas fileiras em exclusivo. Este objetivo cresceu e atingiu um momento de necessidade de mudança e foi assim que Filipe Oliveira conseguiu atrair o seu filho economista à equação. Mais do que coração era preciso cálculo e Helder Oliveira trouxe a sua visão dinâmica. Franquia,

aquisições astutas, crescimento a sul do país e um posicionamento seguro representam características que o Grupótico reflecte a partir desta geração. E porque parte do sucesso dos nossos óticos tem muito a ver com o que eles são quando “fogem” aos negócios, quisemos ir além do empresário perante nós. Quem é Helder Oliveira fora das fronteiras do Grupótico? Começou por responder seguro que se vê como muito mais do que o piloto famoso de Todo Terreno. Família, amigos e viagens preenchem-lhe o coração, no entanto, fugimos para o monte de jipe ao som das histórias das provas, das aventuras do Dakar, acelerando pelos

acidentes e vivendo um desporto intenso, que vai dominando Helder Oliveira na medida em que a sua vida permite. Nem mesmo entre travagens e acelerações consegue desligar a sua mente matemática e o sentido prático e talvez seja esse o segredo deste excelente desportista automóvel e do empresário astuto. Sonhos? Sim, mas sem utopias sempre com olhos numa meta palpável e atingível. Nós? Ficamos com vontade de assistir ao próximo campeonato nacional de Todo-o-Terreno e torcer pelo homem forte do Grupótico e ainda esperar pelas próximas conquistas de um grupo de alma nortenha mas de alcance nacional.


Portanto ser só piloto nunca foi um sonho? Se me pergunta se gostava, sim gostava, mas nunca chegou a ser um sonho, porque acho completamente irrealista e gosto de sonhos realistas e não daqueles que não se conseguem por em prática. É importante sonhar mas não cenários utópicos. Como surgiu então esta ligação ao desporto automóvel? Através do meu pai, que é um grande amante do TT. Eu comecei por fazer passeios de TT turístico com o meu pai, a minha irmã e a minha mãe e depois o meu

pai começou a fazer competição de mota e eu acompanhei-o. Tudo muito amador, em família, do género enquanto um segurava no funil o outro virava o depósito e outro ainda limpava os óculos. Mais tarde passamos para os carros e a minha primeira experiência na competição automóvel, já que ainda fiz uma de mota, foi como navegador do meu pai. Comecei a copiloto. Quando acabei o curso é que passei para o volante. Claro que, na fase inicial, tive a ajuda paterna, porque não se arranja patrocínios sem antes ter provas dadas. Felizmente as coisas correram bem e consegui chegar a um nível mais evoluído.

•• ”Com ecei a copiloto. Quando acabei o cu rs o é que passei para o volante. (. . . ) Feliz m e n t e as coisas cor reram b e m e consegui chegar a um nível m ais evoluí d o. Cr iei uma empresa p a ra a área da competiçã o e comecei a gerir pr oj e t os ” ••

Criei uma empresa para a área da competição e comecei a gerir projetos. Cheguei a campeão nacional de categoria T2, consegui fazer o Dakar. Depois, à medida que a conjuntura económica se tornou mais desfavorável, fui tendo mais dificuldades e naturalmente comecei a dedicar menos tempo à procura de conseguir os orçamentos e apoios. Aliás, já o ano passado e este ano inclusive não fiz uma época desportiva completa. Em 2015 fiz e fiquei em terceiro no campeonato nacional. Na entrada para a última prova ainda tinha possibilidades matemáticas de ser campeão.

Agora debruçando-nos sobre a ótica, o Helder viveu o setor desde cedo através dos seus pais e da sua Óptica 2. Sim, aliás a Óptica 2 nasceu um ano depois de mim, em 1976. Desde pequeno, pelos 11/12 anos, que nas férias ia para lá fazer recados e contactava já com esta realidade. Não dizia, no entanto, que era aquilo que queria fazer, isso foi algo que surgiu mais tarde. Sempre me interessei pela área dos negócios e da gestão e, por isso, o curso de Economia foi algo natural. Mesmo quando entrei na faculdade ainda não estava 100 por cento seguro que era aqui que ia acabar. Quando terminei os estudos comecei a trabalhar numa multinacional de auditoria e só dois anos e meio depois o meu pai me disse que mediante o crescimento do Grupótico precisavam de uma pessoa da minha área, e que seria eu ou que procurariam no mercado. Ou seja, não me obrigou a nada (risos). Desta forma, a 1 de março de 2001 integrei o Grupótico.

Entrevista de Capa | 23 |

É um piloto reconhecido entre quem segue o Todo-o-Terreno (TT) ao mesmo tempo que mantém na dianteira a sua atividade de empresário. Nunca quis ser só desportista automóvel? Em Portugal não é nada fácil ser piloto profissional a nível financeiro. Aliás, que eu conheça, no TT existe apenas um. Falamos de um desporto com orçamentos muito elevados e as empresa portuguesas nos últimos anos, essencialmente desde 2008, começaram a cortar nas despesas de marketing, tornando mais complicado viabilizar este tipo de projetos, ainda por cima num país de futebol. E eu, como empresário, reconheço que esta modalidade que pratico não tem um retorno tão mediático como outras. Nunca sequer cheguei a estar próximo de ser profissional, porque desde muito novo penso em trabalhar e a questão do TT surgiu como hobby. Depois as coisas tornaram-se mais sérias, porque fui conseguindo obter resultados e montar projetos ambiciosos. A determinada altura tive, efectivamente, de lidar com o TT de uma forma mais profissional, mas nunca dedicando-me por inteiro. Era mais em termos do rigor e do tempo dispendido, porém tive sempre que conciliar com a atividade profissional. Até tenho um exemplo engraçado que costumo dar. Depois de já estar a trabalhar, decidi fazer um MBA, na Católica do Porto. Nessa época desportiva ia fazer uma prova à Tunísia, mas marcaram-me um exame para quando estava em competição. Consegui convencer o professor a mudar a data do exame para o dia a seguir à minha chegada, mas fui fazer uma prova e levei livros (risos). Era uma prova no deserto que demorava uma semana. Como as etapas me corriam bem e acabava-as cedo, às vezes tinha ali uma horita em que estudava. Na altura, pilotos com quem hoje tenho mais confiança mas que ainda não conhecia, como o Stéphane Peterhansel, veio visitar a minha equipa que era italiana, e viu-me a estudar e ficou muito surpreendido (risos).

E ainda cumpriu um Dakar. Sim, mas estive inscrito em dois. Porém, o segundo, em 2008, foi anulado por questões de segurança e até se costuma dizer, na brincadeira, que foi o Dakar do Centro Cultural de Belém ao Mosteiro dos Jerónimos (risos), ou seja, das verificações ao parque fechado. Um grande balde de água fria.


Entrevista de Capa | 24 |

•• ”Já tínhamos um a r ed e com algum a dim ensã o, mas sempre m uito no norte e sabíam os que para ter dimensão nacional faltava estar em Lisboa” ••

Ainda assim, assistiu ao nascimento do Grupótico. Sim, o grupo foi fundado em 1986, formado por cinco colegas que integraram o primeiro curso de Optometria da UPOOP, ainda não havia licenciatura, e entre eles estavam o meu pai e a minha mãe que tiraram o curso em conjunto. Estes cinco amigos já tinham as suas óticas em nome individual: os meus pais em Barcelos, o senhor Cerqueira Gomes em Braga, o senhor Vieira em Viana do Castelo e o senhor Álvaro, meu tio, em Póvoa do Lanhoso. Surgiu a ideia de constituírem o Grupótico, numa fase inicial, com dois grandes objetivos: ganhar poder de negociação com os fornecedores e ter dimensão para importar marcas, nomeadamente de Itália, que existiam noutros mercados mas não estavam presentes em Portugal. Precisávamos de alguma dimensão para os convencer a virem para cá e ficarem connosco em exclusivo. Só em 87, e depois do Grupótico atingir alguma dimensão, é que se passou para o retalho, aliás a sede do grupo foi a casa dos meus pais. A loja pioneira abriu aqui na Póvoa de Varzim, na Rua da Alegria, que ainda hoje existe. Naturalmente, fomos depois crescendo com lojas próprias. Os associados mantiveram sempre a sua imagem própria, fator que consideraram essencial para manter a relação com os respetivos clientes. É caso para referir que a Óptica Cerqueira Gomes tem uma extensa história de mais de 125 anos no mercado.

E ainda hoje estão todos envolvidos. Sim, todos os fundadores fazem parte da realidade do grupo e ainda nos sentamos algumas vezes por ano nesta mesa a discutir o futuro do grupo. Estamos alinhados. E a sua juventude não chocou com os ideais destes veteranos na ótica? Numa fase inicial da história do Grupótico a administração do grupo rodava entre os sócios, o que significa que todos, ou quase todos, já foram presidentes do conselho de administração. Quando eu entrei já estavam numa fase em que o meu pai era o presidente, o senhor Cerqueira Gomes era o vice-presidente e eu vim ajudar. A partir daí deixou de haver tanta rotação. O meu pai ficou sempre e, entretanto, com a saída do Cerqueira Gomes entrou a filha, a Bárbara Cerqueira Gomes. Ou seja, hoje em dia a administração é composta por três pessoas: eu, o meu pai e a Bárbara, sendo que o meu pai tem hoje um papel de chairman. Claro que, tudo teve que ser paulatino. Quando entrei comecei com situações mais objetivas e menos estratégicas, mais operacionais. O meu pai também me deixou as áreas para as quais sentia não estar tão vocacionado. É normal nestas situações de passagem de testemunho haver algum choque de gerações, com discussões e divergências de opiniões, mas felizmente conseguimos lidar bem com todas elas.

Sente que trouxe uma grande mudança ao Grupótico? Numa fase inicial não, mas fui introduzindo conceitos e processos novos com o decorrer do tempo e há um conceito que não sei se teria começado se não tivesse cá estado que foi o franchising. Esse é o grande passo que demos fruto da minha entrada. E é verdade que os sócios sempre privilegiaram o negócio deles e nunca pensaram tanto neste alargamento. Também concluímos que, para ter uma cobertura geográfica mais alargada, seria difícil através de novos pontos de venda e o franchising permitia alavancar o crescimento e marcar o território de forma mais rápida. E como está hoje o grupo? Somamos agora 44 lojas, com uma grande concentração no norte. Um marco importante na nossa história aconteceu em 2011. Já tínhamos uma rede com alguma dimensão, mas sempre muito no norte e sabíamos que para ter dimensão nacional faltava estar em Lisboa. Considerámos que, apesar de termos essa capacidade, abrir uma loja em Lisboa e conseguir penetração no mercado seria complicado. Surgiu a ideia da aquisição. Comprámos, então, o Oculista Cristal D’Ouro em abril de 2011. Arrebatámos duas óticas na capital que ainda trabalham sob a marca original, perpetuando o estilo dos fundadores. Sabíamos que o Grupótico em Lisboa é uma marca desconhecida,


E que planos têm para o crescimento deste Grupótico? Já houve tempos em que todos os anos definia um número de abertura de pontos de venda, mas deixei de fazer isso há três/quatro anos. Pelo contrário, começámos a ser mais exigentes com os franquiados, os que já existiam e nos novos seleccionados. Agora a maior parte dos franquiados são pessoas que nos procuram e só nos unimos a profissionais da ótica. Não procuramos investidores, porque capacidade de investimento temos, queremos sim profissionais que se identifiquem com o nosso projeto e que queiram abraçá-lo.

E este percurso começado em 1986, considera-o em ascensão ou sentiram abalo pela forte concorrência que cresceu no mercado? Sem dúvida que abalou a nossa empresa, embora em termos de grupo e de número de lojas tenhamos sempre crescido. Ao progredirmos através da aquisição, que é aquilo que defendemos que devemos fazer, permite-nos algumas sinergias em termos de resultados operacionais. E o que fizemos em Lisboa em 2011, replicamos em Oliveira Azeméis em 2016, adquirindo um dos principais players daquele mercado E o sul está na vossa Mira? Sem dúvida, e a franquia continua nos nossos planos, mas os projetos têm que ser mais sustentados. É que o mais difícil não é abrir uma ótica, mas sim mantê-la. Que vantagens teriam os óticos em pertencer ao grupo que representa, como franquiados? Penso que duas das grandes vantagens são a flexibilidade e a proximidade. O Grupótico tem origem familiar e hoje cresceu para mais que isso. No entanto, as pessoas que estão na frente da empresa estão ligadas a esta origem e os valores que nortearam a fundação continuam a manter-se na administração atual. Quanto à flexibilidade, o ótico pode, por exemplo, definir campanhas locais, decidir as suas compras, o que noutros grupos é mais

•• ”Não pr ocuramos investidor es, por que capacidade de investim ento temos, quer em os si m profissionais que se identifiquem com o nosso projeto e que queiram abr açá- lo” ••

rigoroso. Claro que, não é só um título, quando se está ligado ao grupo tem que haver um alinhamento. No mesmo sentido, esta flexibilidade também se verifica por não admitirmos apenas franquiados que abram novos pontos de venda. Já temos experiência de óticas que estão implementadas individualmente e sentem necessidade de se juntar ao grupo e que nos contactam. Claro que, se for o caso, temos a honestidade de admitir que não somos o grupo indicado para determinada ótica. Outra vantagem é o facto de importarmos marcas que comercializamos em exclusivo. A Look, por exemplo, é uma marca italiana que tem muitos anos no mercado. Em muitos países tem sucursal e força de vendas própria mas em Portugal estão em exclusivo connosco.

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a não ser por quem esteja ligado à ótica ou que seja fã de TT (risos). Escolhemos aquela empresa porque tinha números interessantes e porque o posicionamento enquadrava-se no nosso. A prova disso é que na altura mantivemos todos os colaboradores. A loja era gerida muito na base da proximidade, que também representa uma valor importante para nós. O segredo do sucesso do Grupótico tem que passar muito pelos nossos recursos humanos. Damos importância à pouca rotatividade da equipa, para que haja identificação dos nossos colaboradores com a empresa e dos nossos clientes com os nossos colaboradores, mas sem nunca perder a visão no desempenho. Precisamos de pessoas com a “camisola direita e não ao contrário”, como diz o meu pai (risos).


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Opticalia

Regresso às Aulas e novas aberturas marcam temporada O grupo multinacional de óticas une mais-avalias com o Jornal de Notícias pelo segundo ano consecutivo e facilita a entrada nas aulas aos alunos mais dedicados de norte a sul do país. Por outro lado, o sucesso da marca Opticalia continua a conquistar as fronteiras regionais e, desta feita, desdobra-se em novas lojas de sotaques tão distintos como o de Águeda ou Angra do Heroísmo e muito mais. A Opticalia assina junto do Jornal de Notícias e da Staples a iniciativa nacional Regresso às Aulas. O grande foco está na distinção do excelente desempenho escolar de alunos do 1.º ao 6.º anos de escolaridade, ou seja, dos 7 aos 11 anos, e que pertençam a famílias em situação socioeconómica desfavorável. Os jovens premiados foram 15 alunos, garantindo assim um vale de 500 euros que pode ser utilizado tanto nas lojas Staples como em consulta e na aquisição de óculos graduados ou óculos de sol, mediante as necessidades dos vencedores. António Alves, diretor geral da Opticalia em Portugal, fez um balanço positivo desta parceria estabelecida com o Jornal de Notícias na edição anterior do Regresso às Aulas, justificando assim a sua continuidade neste ano letivo. O líder do grupo reforçou ainda a intenção da Opticalia se manter socialmente responsável e ativa. “Esta iniciativa é de louvar e serve de exemplo para todos os que passam por dificuldades ao evidenciar a entrega e superação de crianças carenciadas que são premiadas pelo mérito que tiveram, apesar de todo o contexto que as rodeia. Temos todo o interesse e gosto em poder ajudar e valorizar ainda mais estes êxitos”, rematou António Alves.

Rede Opticalia com novas lojas O crescimento continua a fazer parte do ADN desta marca presente em toda a Península Ibérica e na Colômbia. E agora integram a vasta rede da Opticalia novos pontos de venda em Águeda, Porto de Mós, Fátima, Oliveira do Bairro, Branca, Prado, Miraflores, Carcavelos Telheiras e Angra do Heroísmo, multiplicando-se a conquista geográfica e propagando-se os valores da marca azul. O futuro auspicia mais aberturas nos próximos tempos para o grupo que detém hoje 215 lojas em Portugal, 605 em Espanha e 180 na Colômbia.


Mais modelos e novas lojas na rentrée O Institutoptico apresenta novidades a dobrar no arranque pós-férias. Mais modelos Cierzo para colorir os rostos nacionais com elementos que homenageiam a nossa História e mais lojas e serviços agora em Penafiel. Texto: MarianaTeixeira Santos

De regresso ao trabalho, o grupo 100 por cento nacional e a Cierzo apresentam novidades que garantem iluminar o rosto dos portugueses. Estes modelos prestam tributo aos monumentos nacionais e emolduram o olhar dos dois protagonistas desta campanha, o ator, apresentador e embaixador do Institutoptico Ricardo Pereira e a Miss Portuguesa 2016 Cristiana Viana. Cristiana Viana destaca o modelo que homenageia o Palácio do Raio, uma peça mesclada em tons de azul que não deixa ninguém indiferente. Já Ricardo Pereira veste uma peça de estilo assumidamente casual emoldurado pelas Linhas de Torres Vedras. A coleção Cierzo Monumentos de Portugal celebra a portugalidade através de óculos para toda a família com diferentes materiais, cores e design que conquistam um público cada vez maior. Em destaque os modelos Torre dos Clérigos, que destila

arrojo na companhia de um jogo de cores inesperado, Convento dos Lóios, que se traduz numa peça clássica para um look casual, Aqueduto da Amoreira, um modelo feminino que dá nas vistas e, por fim, Castelo de Serpa, a peça cat eye para mulheres sofisticadas. Mais Institutoptico a norte! Mais novidades e mais pontos de venda. Agora Penafiel já pode contar com os produtos e com a excelência no serviço da chancela Institutoptico. O grupo nacional chega à cidade do Vale do Sousa pela mão da Santos Óptica Médica, que inaugura, assim, a sua sétima loja na região norte. “A Santos Óptica Médica é um ótico que muito nos orgulha pela forma como tem sabido crescer no mercado da ótica. O Institutoptico está focado no crescimento e expansão dos nossos profissionais e apoiamos internamente as suas iniciativas, para que consigam ir sempre mais longe”,

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Institutoptico

refere Vera Velosa, responsável pela área de óticos e recursos humanos e gerente do Institutoptico. No mercado há mais de 60 anos, a Santos Óptica Médica olha para a saúde visual dos seus clientes com o mesmo espírito de missão de sempre. Lado a lado com o Instititoptico, esta empresa que faz parte da história da ótica nacional encara o futuro com o otimismo redobrado. “Numa lógica de proximidade, a Santos Óptica Médica quis sempre ir mais longe, levando consigo a marca que há muito confiou a esta empresa a representação do seu nome: o Institutoptico”, reafirma Luís Santos responsável pela Santos Óptica Médica. Com um atendimento cuidado e personalizado por profissionais de excelência, a Santos Óptica Médica coloca à disposição dos seus clientes os serviços de optometria, contactologia, tonometria, topografia corneal, terapia visual, retinografia e rastreios visuais.


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Optica Gallery

óculos com “cartão de cidadão” Demarcar a personalidade de cada um passa a ser uma tarefa mais fácil com a entrada em campo da gama Mimic Eyewear. Trata-se de uma proposta avançada em óculos personalizados fabricados “na hora” com o selo de qualidade El Corte Inglés/ Optica2000 e, agora, também disponíveis no mercado português através da Optica Gallery do El Corte Inglés de Lisboa. Texto: Fernando Gonçalves

Depois do El Corte Inglés, através da sua marca Optica2000 ter lançado na “mãe” Espanha (El Corte Inglés de Sanchinarro em Madrid e posteriormente na Diagonal de Barcelona) a gama de óculos personalizados Mimic Eyewear, a cadeia decidiu meter os pés ao caminho e a inovação na mala e trazer a sua expertise até terras lusas. Este conluio luso-espanhol tomou forma oficialmente a 19 de Julho na loja Optica Gallery do El Corte Inglés de Lisboa e contou, entre outros, com a presença de ilustres convidados de áreas tão diversas como a representação, através do ator Jorge Corrula, o canto lírico, com Sofia Escobar ou o jornalismo por Beatriz Jalón. Fabricados

através de impressão aditiva 3D após scanner facial, estes óculos personalizados querem estabelecer-se no mercado como uma extensão da personalidade do comprador, dando-lhe, simultaneamente, um maior conforto na utilização. É um conceito inovador que se poderá denominar como óculos com “cartão de cidadão”. Dois meses após o lançamento, a resposta do público tem sido, de acordo com a marca, positiva, esperando o El Corte Inglés que o sucesso se estenda ao território português via Optica Gallery. Para além destes três pontos de venda, os novos Mimic Eyewear estão, brevemente, disponíveis em outros El Corte Inglés da Península Ibérica.


GrandVision pela conquista da inclusão e da felicidade A Associação Jorge Pina realizou entre 8 e 10 de setembro o 1º Campo de Férias Desportivo com o apoio da GrandVision Portugal e da More Results. A iniciativa aconteceu no Mira Lodge Park, na Praia de Mira e quis presentear atletas paralímpicos que participaram em competições europeias pelo seu exemplo de perseverança. pelo antigo pugilista é verdadeiramente essencial para a sobrevivência dos seus ideais. Este 1º Campo de Férias Desportivo da Associação Jorge Pina é a estreia em eventos de responsabilidade social da More Results, empresa de estudos de mercado, que aceitou de imediato apoiar a iniciativa. Jorge Pina, a estrela O impulsionador desta iniciativa, Jorge Pina, foi uma das referências do pugilismo nacional, arrebatando uma carreira de sucesso com rápida ascensão. A perda de 90 por cento da visão fez com que abraçasse o atletismo Paralímpico, em 2006. Quatro anos depois participou nos seus primeiros Jogos Paralímpicos de Pequim. A estes seguiram-se Londres, em 2012, e Rio de Janeiro, em 2016. Com este exemplo de determinação e força, o atleta continua diariamente a ajudar outros que também precisam de apoio.

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“Para mim este é um fim-de-semana muito importante pois mostra aos nossos desportistas que se trabalharem e se aplicarem, de uma maneira ou de outra, os resultados são reconhecidos e devem ser valorizados, mesmo que não se ganhem medalhas. O importante é o caminho e não o final. Estou muito feliz por poder proporcionar-lhes este miminho e agradeço à GrandVision que tem estado sempre connosco, precisamos de mais pessoas a acreditar em nós, como tem feito a GrandVision.” sublinhou em comunicado o atleta e impulsionador da prática desportiva Jorge Pina. E de facto, o grupo GrandVision, detentor das marcas MultiOpticas, GrandOptical e Solaris, tem sido um dos grandes patrocinadores da associação do campeão Jorge Pina, apoiando as várias iniciativas deste atleta exemplar. Os líderes da empresa multinacional reconhecem que estar próximo de instituições como a encabeçada

•• “Par a mim este é um fim- de- sem ana m ui t o impor tante pois mos t ra aos nossos despor t i s t a s que se trabalhar em e se aplicar em , de um a m aneira ou de outra , os r esultados são reconhecidos e deve m ser valor iz ados, me s m o que não se ganhem m edalhas. O impor t a n t e é o cam inho e não o final. ” ••


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OptiCenter faz história no Retail Park de Matosinhos O caminho faz-se caminhando e a OptiCenter não faz por menos. No passado dia 23 de Julho, a óptica escreveu mais um capítulo da sua história no Retail Park de Matosinhos com a inauguração da sua grande Fábrica de Óculos. Texto: Fernando Gonçalves

Com 500 metros quadrados de área comercial, onde se destacam os mais de 2000 modelos em exposição, quatro gabinetes de exame visual equipados com tecnologia topo de gama e um laboratório que permite fabricar as lentes e armações (em acetato de marca própria) no próprio dia, as instalações são, de acordo com um orgulhoso Rui Silva, CEO da OptiCenter, “o corolário de quinze anos de existência.” A nova Fábrica de Óculos, insere-se, continuando na companhia das palavras do seu diretor geral, numa estratégia que visa consolidar a presença da OptiCenter na zona Norte do país e “vincar” a evolução da empresa no ano em que celebra o seu 15º aniversário. “Temos óculos ao preço certo e isso só é possível por sermos fabricantes e termos eliminado o intermediário. As nossas armações são de qualidade reconhecida até porque oferecemos

uma garantia estendida de 5 anos contra defeitos de fabrico. Temos assim capacidade para produzir ainda mais e melhor”, sublinha Rui Silva. Voltando ao “salão de festas” é de assinalar a presença do grande, em todos os sentidos, embaixador da marca, o apresentador do concurso Preço Certo Fernando Mendes e do youtuber em ascensão D4rkFrame. De referir que, a Fábrica de Óculos, é o 31º capitulo da história desta marca que se encontra disseminada por todo o território nacional.



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•• O s u c e s s o da i n ic ia t iv a f o i de s t ac ado p o r Em í di o R odr i g ues e So f i a F i gu e i r e d o q ue a nte c i p am j á no v a s a ç õe s di n âm i ca s n a Er g o v i s ão. ••

Ergovisão abre temporada outono/inverNo em festa O grupo português promoveu uma calorosa sunset party para dar início à mais recente época de moda e apresentar as novas colecções que vão colorir as prateleiras da Ergovisão. A sempre apelativa loja da Avenida dos Aliados do Porto “vestiu-se” a preceito para a celebração e centrou em si atenções, com música, pessoas bonitas, dança contemporânea e sushi. Os tons de branco invadiram o espaço da Ergovisão portuense a 9 de setembro, onde os óculos abriram espaço a um avant premier de caráter exclusivo e intimista das novas coleções de luxo que dinamizam as vitrinas da loja. Enquanto o sol ainda teimava em iluminar os recantos da Avenida dos Aliados, os sons veraneantes inundaram a baixa do Porto com uma voz quente que acolheu os convidados da festa com toques bem havaianos. A criatividade da Dolce & Gabbana, da Prada, da Giorgio Armani, da Persol e da Miu Miu foi a perfeita anfitriã dos amantes da moda que responderam ao desafio da Ergovisão. E não só! Os organizadores da casa, encabeçados pelos líderes da empresa, Sofia Figueiredo e Emídio

Rodrigues, prepararam ainda momentos especiais. Um intenso sushiman preparou iguarias exóticas, a dança contemporânea tomou de assalto o centro das atenções e finalmente a festa saiu à rua com um desfile de óculos disruptivos, brilhantes e plenos de glamour. Não faltaram a este requintado sunset os rostos que têm “espalhado a voz” da Ergovisão” nas redes sociais, entre elas as bloggers As Invictas, Double Trouble, Cookies And Trends, My Kind of Joy, Modadadany, e outras figuras bem conhecidas do mundo da moda. O sucesso da iniciativa foi destacado por Emídio Rodrigues e Sofia Figueiredo que antecipam já novas ações dinâmicas na Ergovisão.



CECOP dinamiza a vida dos seus associados Entre a viagem anual integrada no programa ViveCECOP para os profissionais do grupo e uma iniciativa pioneira de compras agrupadas, a CECOP cumpre com o dinamismo anunciado. Os associados e respetivas famílias descobriram a encantadora Península de Yucatán, berço da cultura Maia no coração do México, enquanto que por terras lusas puderam alcançar descontos vantajosos num evento intimista e pleno de benefícios.

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por visitar o parque Xel Ha e o Snorkel Maya onde nadaram com tartarugas no seu habitat natural. Foram dias plenos de energia em que a boa disposição reinou e a união entre os associados e fornecedores fortaleceu para as próximas viagens ViveCECOP. Para 2018, o destino já está apontado ao Brasil.

Associados retemperam energias no México A CECOP moveu mais de 50 pessoas nesta iniciativa, reforçando o êxito do programa de fidelização que tem vindo a desenvolver juntos dos óticos. Aliás o programa exclusivo dos membros do grupo, ViveCECOP, conta com um destaque internacional intenso pela forma como motiva e envolve os profissionais. A prova disso é o aumento, ano após ano, de cada vez mais participantes. A viagem de 2017 ao México representou a compensação justa do trabalho anual desenvolvido através da acumulação de CECOPontos dos parceiros protocolados. Entre eles estão os ligados às lentes oftálmicas, nomeadamente a Zeiss, a Hoya, a Prats, a Fibo e a Indo, e ainda fornecedores de armações e contactologia que também apoiam esta iniciativa, como a Safilo, a De Rigo, a Maui Jim e a Bausch + Lomb. Todos os associados que cumpriram o objetivo estabelecido através do programa de fidelização conquistaram a possibilidade de “subir a bordo” da viagem de sonho até à Riviera Maya, onde o convívio com colegas de longa data, o retiro familiar e o contacto com uma cultura mágica deixaram recordações eternas. A experiência decorreu entre 3 e 10 de setembro e reuniu óticos do norte e sul do país. O alojamento foi no hotel Bahia Príncipe Coba, a partir de onde desfrutaram

Primeiro evento de compras agrupadas envolto em sucesso A CECOP convidou os profissionais do grupo para o primeiro evento de compras agrupadas a 16 e 17 de setembro, simultaneamente no hotel HF Fenix em Lisboa e no Hotel Tulip Inn em Estarreja. O objectivo foi proporcionar uma maior rentabilidade de compras para as óticas independentes, criando valor a ambos fornecedores e associados. A iniciativa teve a assinatura dos parceiros Safilo, De Rigo, Marcolin, Essilor e Indo, onde apresentaram uma seleção de marcas e campanhas que permitiu um maior desconto de acordo com o volume de peças adquiridas. A afluência foi grande e todos os participantes desfrutaram das condições especiais e exclusivas num ambiente acolhedor e descontraído. O evento de compras agrupadas representa uma oportunidade de compra e experiência única que a CECOP oferece aos associados através de eventos locais. A segunda edição já está prevista para o início de 2018. das praias do Caribe e exploraram a região. Começaram por visitar as ruínas de Coba e Tulum e viver as praias de areia fina e água turquesa, participando numa cerimónia Maia seguida de um almoço típico feito por habitantes da comunidade. Os viajantes ao abrigo do programa ViveCECOP visitaram ainda Chichen Itzá, eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. O monumento é considerado o mais visitado da cidade arqueológica da civilização Maia. Os óticos exploraram e admiraram os majestosos edifícios pirâmide de Kukulcam, o templo sagrado dos guerreiros, o observatório e o cenote sagrado onde outrora eram praticados sacrifícios humanos como forma de adoração ao deus Chaac. Alguns associados optaram ainda


SHOW silmoparis.com


Safilo

A Vision Beyond Frames

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A fabricante italiana propõe, para a temporada outono/inverno, óculos de prescrição baseados num conceito excepcional de técnica, estética e, claro, o mais puro made in Italy. A Safilo quer renovar a sua herança mais preciosa, nascida no coração do país transalpino e que a tornou famosa em todo o mundo. Apontando a um consumidor exigente e culto, o novo conjunto da Safilo dedicado à prescrição inclui uma harmoniosa mistura de estilos através de matérias distintas, desde o acetato, passando pelo titânio até ao metal. A novidade mais quente da coleção é a nova charneira, desenhada pelos criativos da casa italiana para garantir um encaixe no rosto primoroso e, consequentemente, proporcionar o máximo conforto e durabilidade. Todas estas características reavivam a sensação que o made in Italy sempre cultivou. Cada peça é uma expressão estética única muito funcional, possível através de uma produção artesanal que se entrelaça com as mais avançadas tecnologias ao serviço da indústria da ótica. O melhor de toda esta união é que cada modelo tem na sua

génese um coração intemporal, que sobrevive a modas e tendências. Os novos óculos de prescrição Safilo conseguem proporcionar bem-estar até ao usuário mais enérgico, graças aos detalhes bem estudados pela equipa da marca. Extremidades antiderrapantes que suavemente garantem fixação dos óculos, assim como as plaquetas minimalistas são alguns dos pormenores de sucesso da nova coleção. Ainda a interação de elementos redondos e pontas quadradas demarcam um design icónico que define a linguagem da Safilo. E para tudo isto resultar, a empresa aposta na ligação de designers, artesãos, engenheiros e técnicos que aplicam conhecimentos superiores em prol da perfeição de cada armação. Ou seja, tecnologia e toque humano são testados até ao limite.

Uma nova charneira que desafia o mercado Este elemento exclusivo da Safilo representa a soma das conquistas em mais de 40 anos, desde o lançamento da primeira Elasta, uma marca registada da Safilo. O sistema inovador de molas duplas consegue um desempenho flexível das charneiras e envolve seis componentes: um corpo cilíndrico em titânio, uma haste, duas molas harmónicas miniaturas em aço e dois parafusos revestidos em teflon anti-cam out. A adaptação única ao rosto e um apelativo design funcional completam esta invenção. Contando com uma rede de óticos de qualidade para oferecer uma orientação estilística personalizada e um eficiente serviço pós-venda, a nova coleção é concebida como um sistema de design modular com uma variada escolha de materiais, formatos e tamanhos. Ainda assim, as peças de reposição podem ser facilmente encomendadas e substituídas. Todos os elementos são criados para serem montados e desmontados com facilidade, permitindo ao ótico reparar ou trocar as peças de forma rápida e localmente.

Uma coleção de desejos Aos novas armações de prescrição da Safilo celebram a manufatura italiana através dos seus nomes, tais como Calibro, Canalino, Buratto, Bussola, Lastra e muito mais. Calibro entrelaça titânio e acetato, numa mistura entre quente e frio que garante resistência, estilo e conforto. Lastra e Buratto interpretam a alma da coleção materializarem-se no acetato, elemento primordial das colecções Safilo e que se revê no conceito vintage dos segmentos. Finalmente, Bússola, Canalizo, Forgia e Filo “vestem-se” de metal flexível e ligeiro com peças de apenas 0,7 milímetros de espessura e um peso total de 20 gramas.


Hickmann Eyewear A mas recente campanha da marca que integra o intenso portofólio da Go Eyewear vai aquecer o próximo outono/inverno. Fotografada em julho, pela lente do fotógrafo italiano de moda e publicidade, David Prando, a nova imagem remete para uma natureza que integra, na perfeição, a geometria urbana. A Glasshouse do parque Europa, em plena cidade de Pádua, no noroeste de Itália, serviu de fundo ao cenário escolhido pela Hickmann Eyewear. Elementos naturais, entre os quais plantas exóticas de todo o mundo, encaixam de forma soberba nos constituintes que refletem as grandes cidades. Esta dicotomia dá origem a uma campanha inspirada no tema Two Souls. David Prando aplica várias técnicas para

um resultado luminoso e vibrante, alternando a luz diurna com uma miscelânea de tonalidades na sessão noturna. O objetivo primordial passa por transmitir a liberdade e a complexidade das emoções da mulher moderna. Dark side/bright side são os lemas que alternam nos diferentes estilos das imagens para passar esta necessidade feminina de evidenciar o seu espírito.

E a nova colecção HIckmann Eyewear responde de forma assertiva a esta premência, ao propor uma variedade de cores e matérias que se repartem por formatos geométricos muito em voga na estação e pela reinvenção do formato sobrancelha, famoso nos anos ’50/’60 nos visuais geek chic. Esta nova campanha que se anuncia aos profissionais manifesta um apelo irresistível aos clientes das óticas, reafirmando o posicionamento da marca no mercado para a mulher disruptiva, independente, que busca um design especial para criar as próprias tendências.

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Nova imagem que apetece


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Um olhar novo, by neubau eyewear A Silhouette renova-se para apresentar ao mercado a surpreendente neubau eyewear. Feita para rostos jovens e audazes, a neubau une design e urbanidade em modelos que dão nas vistas e que querem conquistar tudo e todos. Texto: MarianaTeixeira Santos

Neubau é a mais recente chancela da reconhecida Silhouette. Pensada para o público urbano, inconformado e atento ao mundo que nos rodeia, esta marca promete conquistar os rostos nacionais. E nada foi deixado ao acaso. Neubau denomina o bairro mais trendy da capital austríaca, Viena, e berço das tendências inovadoras na música, na arte ou no design. Neubau surge ainda da associação de neu (novo) e bau (construir). Um novo mundo que transforma olhares, seduz pelas formas impactantes, define identidades pelas suas linhas arrojadas. A austríaca Silhoutte rende-se à efervescência cosmopolita para dar forma a uma marca que rompe com a tradição minimalista que caracteriza a marca e impõe novas fronteiras, alarga horizontes, envolve o olhar de recortes assumidamente marcantes, sem falsos pudores. Uma marca feita a pensar nos millenials Todos os modelos da neubau eyewear, em versão solar ou de prescrição, são totalmente austríacos, combinando um estilo de vida urbano com um design inovador e uma produção ecologicamente sustentável. Um conceito que se concretiza em peças confortáveis, leves e da mais alta qualidade, com um acabamento irrepreensível. Pensada para a Geração Y, ou millenials nascidos entre 1980 e 1990, a neubau eyewear faz de cada par de óculos uma homenagem. Cada modelo tem o nome de uma pessoa. Não um nome qualquer, mas sim o nome de pessoas reais, das pessoas que, todos os dias, fazem com que a neubau seja uma realidade. Porque as pessoas são a génese de todas as ideias, de todos os objetos. E são elas que, seja na produção, no desenvolvimento

ou na comunicação dos modelos, fazem da neubau uma referência rumo ao futuro. Cada modelo está impregnado de uma identidade, cada peça tem um toque real. Atualmente presente em 21 países, a neubau chega este mês a Portugal e, uma coisa é certa, nada irá ser como dantes!


o Sol quando nasce é para todos A aurora de uma nova linha de óculos de sol com a chancela Maui Jim está aí para comprovar a proverbial expressão. Maui Sunrise, a mais recente linha de óculos de sol da marca havaina, encontra inspiração nas linhas de cor do majestoso nascer do sol que pode ser observado do topo do monte Haleakala, ponto mais alto da ilha de Maui. Texto: Fernando Gonçalves

De âmago jovem e plena de glamour, a nova linha de óculos de sol dos criadores da Maui Jim divide-se entre os modelos Mavericks e Baby Beach. Duas peças distintas que proporcionam diferentes formas de experienciar o sunrise que lhes dá nome. Se aos primeiros as lentes polarizadas com armações em titânio e as cores vívidas e quentes são, por excelência, o seu cartão de apresentação, os segundos procuram, através das suas lentes polarizadas de 56 milímetros e corpo leve e resistente, transportar o utilizador, onde quer que se encontre, para um belo nascer do sol algures numa praia da costa da ilha de Maui. As lentes da nova gama Maui Sunrise produzidas pelos laboratórios da Maui Jim através da tecnologia patenteada PolarizedPlus2 garantem viagens emocionantes com toda a claridade a todos quantos ousarem ver o sol nascer. Fundada em 1980 em pleno Maui, no estado norte-americano do Hawai, a Maui Jim encontra-se presente na Península Ibérica com uma representação oficial em Espanha. Em Portugal tem conhecido grande expansão, conquistando óticos de norte a sul graças às características avançadas das suas lentes solares, únicas no mercado eyewear.

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Maui Sunrise:


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Ørgreen

Novos paradigmas! A marca nascida na Dinamarca continua empenhada em mudar conceitos no mundo dos óculos e enquanto a sua nova campanha para a temporada fria já “pinta” as cidades com cores prodigiosas, uma nova coleção apimenta a fantasia. Denomina-se Quantum e leva o lema da simplicidade um passo à frente. Tudo isto à chegada dos 20 anos da Ørgreen e de um trabalho que mudou a face do setor da ótica. Um salto quântico A criatividade da equipa da Ørgreen leva a marca a apresentar uma inovação na indústria da ótica, no momento em que chegam os 20 anos de atividade ao serviço dos óculos. Uma funcionalidade radicalmente nova e a aplicação de um material avançado antecipa a coleção Quantum. Esta palavra em latim para quantidade tem a sua origem na Física e refere-se à mais discreta e pequena partícula de qualquer

propriedade física. Com isto em mente, os criativos da Ørgreen perseguiram a sua própria versão da mais pequena partícula. Determinados a eliminar o excesso e na procura da essência, conseguiram criar um componente esférico “invisível” para a charneira, em linha com estilo clean defendido pela casa dinamarquesa. “Com os óculos, quanto menos peças melhor. No entanto, quanto mais se quer simplificar uma armação, mais complexo


Nova campanha sob um azul sonhador Centrado na inocência, o fotógrafo de Copenhaga, Philip Messman, criou um universo minimalista e sofisticado para a sua segunda campanha ao serviço da Ørgreen Optics. O foco incidiu sobre um fundo pleno de tonalidades azuis e sobre uma luz sonhadora, tudo para que a elegância subliminar da nova coleção de prescrição saltasse aos olhos de todos os amantes de óculos. O resultado está num retrato refinado de peças eyewear que prevalecem para lá da moda e do tempo, num registo de desejo e contemporaneidade. As novidades desdobram-se em sete arrojados, porém elegantes, estilos em titânio para homens e mulheres. Os formatos desenham-se em torno dos inevitáveis redondos vintage, até às mais modernas geometrias inspiradas nas silhuetas quadradas. As cores, essas, são sempre o toque final com que a Ørgreen “apimenta” as suas colecções de sucesso. Variam entre o preto intemporal, várias tonalidades de castanho e ainda sensuais azuis e apelativos vermelhos.

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se torna. No processo de repensar o mecanismo da charneira, surgiu a ideia de produzir a esfera, que se esconde estrategicamente no interior do frontal e tem a mesma cor da haste. Ou seja, chega a revelar-se aos olhos mais atentos, mas não na totalidade. Com este mecanismo conseguimos uma armação leve e mais fácil de ajustar ao nível da inclinação, para uma adaptação ao rosto perfeita. Além de tudo, mantém-se fiel à marca: formas simples, detalhes subtis e funcionalidade discreta”, descreveu Tobias Wandrup, o diretor do departamento de design da Ørgreen. E existe ainda uma peça extra neste puzzle, que é o segredo que mantém a esfera no seu sítio. Como clarifica o fundador, Henrik Ørgreen, “com a Quantum não só inventamos uma nova charneira como também a montámos de forma pouco usual. Customizámos uma peça única, localizada onde a lente se encaixa. Ao posicionar a lente, estabilizamos simultaneamente a esfera e a peça do puzzle. Algo tão complexo resulta de uma maneira tão simples.” Quantum é também sinónimo de novidade em materiais. A Ørgreen consagrou-se pelo uso do titânio e do beta titânio, porém com a necessidade de um encaixe perfeito para a peça do puzzle, a solução foi recorrer à poliamida. Esta matéria é ultra leve e confortável, ao mesmo tempo que assegura flexibilidade e memória de forma. “Para as armações Quantum, a poliamida tem a vantagem de ser tolerante ao nosso novo mecanismo de charneira. Trabalhamos com a fábrica líder no mundo neste material e, até onde sabemos, somos os primeiros na indústria a usar a versão mais avançada, a poliamida 2.0. Ou seja, estamos na égide de um novo movimento”, acrescentou Tobias. A todo este dinamismo, a Ørgreen acresce a habitual criatividade colorida e desenhos muito em voga. Henrik concluiu a notícia, exaltando o trabalho de investigação da sua equipa. “Reflete o nosso pioneirismo e contínua busca por novas ideias. Quantum é radical, inovador e abre caminho a mais criações no futuro.”


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Emiliana De Rigo

Uma ambição que conquistou o mundo Viver o nascimento de uma das mais proeminentes casa de óculos do mundo é marcante e Emiliana De Rigo tem esta história na pele. A professora primária que arrebatou o coração de Ennio De Rigo, um dos irmãos da dupla familiar que lançou a empresa italiana, ajudou a erigir uma marca que fez os consumidores voltarem os seus olhos para os óculos de sol como nunca se tinha visto. Com mais de 70 anos ainda está com os pés bem assentes na De Rigo, que os seus dois filhos, Barbara e Massimo, já estabelecem o seu cunho pessoal. A matriarca encaminhou a LookVision Portugal numa visita privilegiada pelos dias que edificaram a empresa de Belluno, pelas dificuldades de uma mãe determinada e lutadora e pelos ingredientes de sucesso desta companhia transalpina. Conte-nos a história fantástica desta empresa multinacional que nasceu num celeiro. De facto, pode mesmo dizer-se que nascemos num celeiro: uma pequena casa em Pozzale, Cadore, Itália, com quatro divisões e um celeiro nas traseiras. O meu marido Ennio De Rigo aventurou-se no negócio do eyewear como parceiro financiado de uma pequena companhia. A partir daqui construiu o seu primeiro “quartel-general”, que ainda hoje existe: a lendária villa Pozzale di Cadore que, embora fosse pouco prática, arquitetonicamente resultou maravilhosa. Na altura éramos 15 e trabalhávamos sob

contrato para três grandes clientes, um na Alemanha, outro nos EUA e um terceiro em Itália. Fabricávamos óculos referenciados como “leves como um pena”, porque eram tão ligeiros que se tornaram um sucesso e fizeram-nos levantar voo. Desta forma, Ennio e o seu irmão Walter decidiram lançar a sua própria companhia, em 1978, produzindo a marca própria e distribuindo através da própria rede de vendas. Construiu-se uma nova fábrica em Limana, província de Belluno, Itália, e fundou-se a Charme Lunettes, com 30 trabalhadores a produzir óculos de sol, óculos e componentes de armações.


E o sucesso foi um fenómeno imediato para a De Rigo? O sucesso nunca é imediato. Implica anos e anos de duro trabalho, de investimentos e de escolhas por vezes nada fáceis. No início a De Rigo produzia para terceiros. O que vos impeliu a desenvolver os produtos próprios? Produzir para terceiros era uma espécie de escravatura e ainda um risco enorme para a sobrevivência da empresa, porque basta perder um dos clientes fundamentais (eram apenas três) para entrar em crise. Chegámos, por isso, à conclusão de produzir e vender diretamente e começámos com a Itália. Foi assim que nasceram as icónicas Police, Sting e Lozza? Usámos as novas instalações para fazer os óculos Police a partir de 1983, lançando a Sting em 1985. Não foi fácil inicialmente, porque a De Rigo estava a competir com indústrias bem estabelecidas como a Luxottica, Safilo ou Lozza. Mas em 1983, a De Rigo comprou a Lozza, a mais antiga marca italiana, fundada em 1878. Era um gigante e um sonho tornado realidade para nós. Na época, óticos de toda a Itália vinham à Lozza comprar componentes e a marca estava no auge. A produção continuou a crescer e a equipa também. A família De Rigo foi a primeira a investir em publicidade num período em que poucos acreditavam nisso e fomos precursores da popularidade dos óculos de sol em Itália, criando efetivamente um novo mercado. Podemos, aliás, assumir os créditos por levar os óculos de sol aos óticos. Antes eram só vendidos nos mercados e tabacarias. O boom deu-se entre 1980 e 1985. Foi um período de crescimento exponencial até surgirem outros competidores. A Lozza juntou-se à Police a à Sting, três marcas nas quais ainda acreditamos e continuamos a investir e que representam o nosso ponto forte. Este investimento também é colocado, claro, nas nossas marcas em licença, igualmente importantes para nós. A De Rigo cresceu rapidamente, desde a abertura da sua primeira fábrica em 1993, expandindo-a e abrindo numerosas filiais internacionais. Os produtos do grupo são vendidos em 80 países através de 16 filiais comerciais, cinco divisões de retalho e 100 distribuidores independentes. E porquê escolher os óculos como forma de vida? Escolhemos os óculos mais como negócio do que como forma de vida. Eram os

A Police e a Sting são as duas marcas próprias da De Rigo que causaram furor no mercado eyewear. O que caraterizou e distinguiu estas duas insígnias neste mercado competitivo? Police e Sting, num mercado já muito concorrido, representaram uma novidade incrível, (apontámos muito ao segmento solar e soubemos inseri-lo no mercado ótico). Outros aspetos fundamentais foram a publicidade e o marketing, novidades absolutas naqueles tempos. Quais foram os momentos mais desafiantes para a De Rigo ao longo do seu percurso? Existem, de facto, momentos difíceis na história de uma empresa, mas a persistência, a constância, a convicção de ultrapassar os desafios a todo o custo motiva-nos a prosseguir. Para mim, pessoalmente, foi muito difícil conjugar as exigências da minha família, sobretudo dos meus filhos que eram na altura da fundação muito pequenos, com as da empresa. E das recordações gloriosas, quais recorda com maior afeto? Os momentos mais gloriosos, para além da entrada na Bolsa de Nova Iorque, era caminhar na rua e ver no rosto das pessoas, e sobretudo dos jovens, os nossos óculos. Que satisfação! Sabemos que, desde sempre, a De Rigo privilegia os valores e as pessoas. Ainda hoje mantêm esta máxima numa empresa que é agora de caráter internacional? Para nós, a empresa, é feita de pessoas e estas pessoas que a compõem, desde os papéis mais importantes àqueles mais humildes, são responsáveis pelo avanço da atividade e merecem o nosso respeito

e consideração. Ainda agora, entre nós, se respira um ambiente muito familiar. Quem era Emiliana De Rigo antes de se tornar o rosto desta casa italiana de eyewear? Emiliana De Rigo, eu, era uma mãe e uma professora primária que se viu catapultada para uma atividade sobre a qual conhecia pouco, mas que tinha muito vontade e curiosidade de me envolver. E como foi este intenso percurso entre “os corredores” da De Rigo desde aquele primeiro dia? Foi um percurso difícil, mas rico em satisfação. Comecei por aprofundar os meus conhecimentos sobre os óculos, desde as várias fases de produção, passando pelas matérias e pelas componentes técnicas até à venda e tantas outras áreas. Trabalhei na administração (as contas tinham que dar certo!), no armazém, na realização dos modelos e em tantas outras secções. É importante fazer um pouco de tudo, pois não havia gestores nem professores! Depois, quando a empresa cresceu exponencialmente, ainda que mantendo uma visão global, ocupei-me mais da área das vendas em Itália. Criei ótimas relações com os clientes e representantes e muitos tornaram-se amigos. Ainda hoje vivo a De Rigo desta forma, porque não encontrei ainda um lugar que me dê mais estímulo e satisfação. Que futuro prevê para esta De Rigo que viu nascer? Como otimista que sou poderia dizer que prevejo um futuro cor de rosa, mas porém não corresponde à realidade. Aconteceram mudanças de tal forma repentinas a todos os níveis e em todo o mundo que torna difícil fazer previsões. A única certeza que tenho é a confiança, a estima e a gratidão em relação a todas as pessoas que contribuíram para a grandeza da De Rigo. Obrigada a todos!!!

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anos de grande crescimento do setor e estava a desenvolver-se em particular na zona onde estávamos sediados.


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Alyson Magee

O renascer dos óculos Esta artista de origem irlandesa começou o seu “namoro” com o desenho de óculos há mais de trinta anos. Alyson Magee deixou-se apaixonar pelo intricado desafio do design de óculos, envolvendo a sua queda pela arquitetura na criação de modelos distintivos e, claro, acrescendo-os com detalhes de uma verdadeira conhecedora de joias. Alain Mikli reconheceu-lhe o talento e apoiou a sua primeira coleção própria. Daqui passou pela fundação da mítica Face à Face e desembocou num projeto com a exigente produtora japonesa Brando, que se espelha nas letras do seu nome. Irlanda, Inglaterra e França foram os seus palcos primordiais de vida e cada par de óculos conta precisamente uma história construída na inquietude e no amor. A sua vocação assenta na joalharia, por isso estamos curiosos por saber como é que a ótica lhe captou a atenção. O interesse no design de óculos começou durante o meu ano de finalista dos estudos pós-graduados em joalharia no Royal

College of Art in London (RCA). Tive a oportunidade de trabalhar num pequeno projeto de produção e quis desafiar-me, por isso escolhi o eyewear. É uma área complexa, muito técnica, encorajando-me a procurar a sabedoria dos especialistas da indústria. “Bati à porta” da Anglo American


Eyewear e tive a sorte de conhecer o CEO Lawrence Jenkin. Ele passou-me conhecimentos valiosos sobre as técnicas de fabrico e introduziu-me verdadeiramente na indústria da ótica.

E porque abandonou o projeto da Face à Face? Decidi que era a altura certa na minha carreira para trabalhar na minha própria coleção. Esta decisão de deixar a Face à Face, empresa que vi nascer e à qual me dediquei de corpo e alma durante mais de nove anos, foi dura mas necessária e tive imensa sorte em contar com o apoio do Alain Mikli no lançamento do meu primeiro trabalho epónimo.

A colaboração com casas fortes como a Mikli e a La Font demonstraram ser desafios intensos? Havia liberdade criativa? Desafiante, claro, porque de outra forma não teria interesse! Ambas as companhias nutrem de forte personalidade e de uma intensa liderança artística e, como designer, tem que se respeitar e sofrer uma adaptação de maneira a trabalhar-se em consonância e existir envolvimento com a marca. Eu usufruí de grande liberdade criativa, mas, claro, estava a desenhar para marcas alheias e, por isso, trabalhei sempre respeitando o estilo e estética da respetiva companhia. E desde os primórdios da sua relação com os óculos até hoje como se resume o seu percurso artístico? Desenho óculos há mais de três décadas e, neste período, trabalhei com a Alain Mikli, Anglo American Eyewear, Lafont, Face à Face, assim como na minha própria colecção em colaborações com casas de referência do mundo da moda. Também tenho dirigido uma formação de eyewear com estudantes de moda no Instituto Francês de Moda de Paris. Como chegou ao contacto com a incubadora de produção eyewear Brando e relançou o desenho de óculos? Inicialmente conheci o fundador da Brando Eyewear, Michael Jardine, há alguns anos. Fiquei muito impressionada com a sua abordagem ao mercado de luxo do mercado eyewear e as nossas “negociações” sobre a colaboração começaram a partir daí. Juntos introduzimos a coleção Alyson Magee no Silmo de 2016, com dez armações de prescrição e oito óculos de sol. Fizemos este conjunto crescer com o acréscimo de dez novos estilos na Mido de 2017. Prevalecem três construções principais nesta coleção: a série laminada, a série em metal 4D e os modelos combinados. As próximas criações estão já prontas para surpreender no Silmo deste ano. Originária da Irlanda, a mudança para a França foi essencial para o seu processo criativo? Comecei por mudar-me para Inglaterra por um período de sete anos para completar a minha formação em design, mas nesta

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E desde esse “encontro” com os óculos até chegar às grandes casas de ótica, como se desenhou o percurso? Ser co-fundadora da Face à Face teve alguma coisa a ver com o emergir do estilo e marca Alyson Magee? Depois de terminar os estudos no RCA estava curiosa sobre o mundo dos óculos e queria aprender mais. Decidida a perseguir este interesse, tive muita sorte em conquistar o meu primeiro emprego com o Alain Mikli. Esta experiência foi muito enriquecedora e lançou importantes fundações para a minha carreira. Fui afortunada ao ponto de trabalhar em algumas bem reconhecidas empresas de eyewear, em casas de moda de topo e em algumas das melhores fábricas do mundo. Como co-fundadora da Face à Face conferi conhecimentos de design e trabalhei como diretora criativa durante nove anos.


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fase eu achava que era essencial para mim mudar-me para Paris, se, de facto, queria prosseguir uma carreira no design de óculos, pois é ali que estão as grandes oportunidades. E mesmo que não fosse estritamente essencial, era certamente excitante! O que inspira os desenhos Alyson Magee? A experiência de vida, a arquitetura, as viagens, o tempo, é daqui que retiro a minha criatividade. Aliás, todas as experiências ajudam a desenvolver uma intuição inata, que é de onde busco ideias. O processo criativo não tem fim, está sempre em desenvolvimento. Quando se cria uma coleção abre-se caminho para a próxima e assim sucessivamente. Eu adoro manipular as cores e os materiais que, por vezes parecem não emparelhar, mas que de alguma forma encaixam, como as combinações de acetatos com aço inoxidável que se constatam em toda a coleção. O aço inoxidável é complexo, forte, versátil e estrutural e, portanto, apresenta-se como um desafio, o que para mim é importante. Na realidade, sempre quis ser arquiteta, muito antes de me ter envolvido com a joalharia ou com o eyewear, e apesar de não ter seguido esse caminho, muitas vezes procuro em referências arquiteturais inspiração - partilho alguns dos trabalhos que acho interessantes no meu Instagram @AlysonMagee. O uso de espaço negativo no aço inoxidável é uma ode a estas influências e esta criação de profundidade numa armação pode ser reminiscências de contemporaneidade. O que se pode esperar da Alyson Magee no futuro? Regressou ao eyewear para ficar? Vou revelar a minha próxima coleção com a Brando no Silmo ’17, portanto estou ansiosa por partilhar as novidades com a comunidade eyewear. É refrescante conhecer a equipa da Brando, com quem partilho a mesma visão no que diz respeito ao que queremos atingir, o que me dá grande confiança na construção de uma marca forte e no desenvolvimento das minhas ideias sob a “proteção” da Brando.


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Mais e melhor opti já em janeiro Já começou a contagem decrescente para a primeira feira do setor de 2018 e a opti já agita o mercado. Agendada para 12 a 14 de janeiro, a feira de Munique é já uma referência no calendário do setor e, para a próxima edição, há mais espaço e novidades que ninguém vai querer perder. Texto: MarianaTeixeira Santos

A feira internacional de ótica e design de Munique – opti - redimensiona-se, integrando uma quinta secção. Às secções C1, C2, C3 e C4 une-se, agora, a secção B4, num total de 45 mil metros quadrados de espaço expositivo. Aumenta o espaço e, claro está, o leque de produtos. Mais e melhores novidades estão prometidas numa feira que se renova de ano para ano e adquire uma relevância crescente no panorama do setor. “A localização dos expositores e a divisão por categorias manter-se-á inalterada”, explica a responsável Bettina Reiter. “Mas para integrar devidamente a nova secção na feira haverá uma reorganização necessária”, acrescenta. Tudo devidamente pensado para acomodar, de forma intuitiva e atrativa, um vasto lote de produtos, que vão desde óculos de prescrição e solares, lentes de contacto, baixa visão, acessórios e maquinaria. Nova organização e oportunidades reforçadas O corredor C1 continuará a atrair as atenções logo à chegada. A famosa área !HOT

assume-se como o grande foco desta secção, casa-mãe das marcas independentes, assim como os stands das inevitáveis Safilo, Marchon e Kering. A área YES! passa a ocupar o corredor C2, onde estão disponíveis as tendências mais recentes e as propostas mais inovadoras, lado a lado com as conceituadas casas Luxottica, Marcolin e Charmant. No C3, os visitantes podem contar com um vasto lote de armações, propostas para a decoração das lojas e uma vasta área dedicada ao marketing e vendas. As lentes de contacto, lentes de prescrição, instrumentos e ferramentas estão presentes na secção C4. A nova conquista, o corredor B4, integra uma variedade crescente de lentes de prescrição, incluindo um espaço que une as propostas da Novacel e da Leica, cuja parceria estará em destaque nesta edição da opti. Os grandes fabricantes de máquinas e aparelhos médicos terão também atenção renovada neste novo espaço. “Este alargamento permitirá integrar esta

excitante área e proporcionará aos visitantes uma mostra mais abrangente e integradora. Em 2018, contamos com a opti mais completa de sempre”, reforça Bettina Reiter. No corredor B4 estarão ainda assinalados os pavilhões internacionais, onde a França, a China, o Japão e a Coreia do Sul abrem portas às suas oportunidades e experiência comprovada na ótica e design. O corredor B4 acolherá, adicionalmente, o opti fórum, que se assume como uma plataforma de conhecimento e partilha científica que une um número crescente de especialistas e profissionais dos mais variados países do mundo. Salienta-se também a “Future Shop”, uma montra para o futuro – OPTIC 4.0 – que reúne todas as informações sobre a tendência da digitalização em optometria. E a opti promete não ficar por aqui. Em construção já estão dois novos pavilhões, o C5 e o C6, que fazem adivinhar uma opti renovada já em 2019. Razões para garantir que o futuro da ótica passa por Munique.


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CINCO Passos para aumentar o cumprimento na utilização de lentes de contacto Apesar do notável avanço na tecnologia das lentes de contacto, o incumprimento com os períodos de substituição, cuidados de manutenção e horários de utilização constituem um problema significativo num amplo espetro de utilizadores de lentes de contacto. [1] Segundo Efron, cumprimento é a medida em que o comportamento de um paciente coincide com a prescrição clínica. [2] No campo das lentes de contacto (LC), o cumprimento pode ser interpretado pela forma como um usuário adota, de forma correta, as diretrizes fornecidas pelo profissional da visão, com a finalidade de conseguir uma utilização adequada das suas lentes. Portanto, o cumprimento de instruções e diretrizes apropriadas desempenha um papel significativo para minimizar o risco de complicações oculares.[3] Neste domínio, os estudos apontam para taxas de incumprimento que variam entre 40 a 91 por cento.[3-9] Inúmeras vezes, o profissional da visão associa o incumprimento exclusivamente a fatores culturais, descurando elementos

como a educação, o treino, a prevenção, a reeducação e a monitorização do paciente. Os utilizadores podem também ser encorajados a alterar os procedimentos recomendados pelo profissional da visão, sob influência de familiares, amigos ou outros profissionais. A indisponibilidade dos produtos recomendados, poupança de tempo e/ou dinheiro podem constituir argumentos para realizarem tais alterações. [10] Os principais focos de incumprimento citados na literatura são: a inadequada ou a ausência de lavagem das mãos antes de manusear as LC; utilização de água nas lentes ou nos estojos; ausência de massagem e enxaguamento das lentes com solução de manutenção após cada utilização; não fechar a tampa da solu-

ção de manutenção; acrescentar solução de manutenção sem esvaziar o estojo depois de cada utilização; não esfregar nem enxaguar o estojo com solução; não respeitar a periodicidade de substituição indicada para as LC e para o estojo; continuar a usar as lentes quando os olhos não estão saudáveis; dormir com LC quando não foi prescrito pelo profissional da visão bem como trocar a solução ou o sistema de manutenção recomendado sem aconselhamento e supervisão do profissional. [11] Os sinais mais comuns de incumprimento com o período de substituição das LC são a conjuntivite papilar gigante (GPC), hiperemia límbica e conjuntival, neo-vascularização corneana e deposição de proteínas na superfície da lente.


Os utilizadores de peróxido de hidrogénio (H2O2) são os mais cumpridores, 79 por cento seguem as recomendações dadas pelo profissional da visão, enquanto que dos utilizadores de Multi-Purpose Solution (MPS), apenas 34 por cento cumpre o prescrito. Os utilizadores de H2O2 realizam exames visuais com maior regularidade e têm melhores hábitos de manutenção, revelam-se 4x menos propensos à reutilização da solução de manutenção e 7x mais predispostos a substituir os estojos. [18] A contaminação dos estojos verifica-se em cerca de 80 por cento dos utilizadores de LC com a presença de um biofilme que aumenta a resistência à desinfeção [19]. O peróxido tem a menor taxa de incidência de coloração corneal induzida pelas soluções de manutenção e alterações corneais infiltrativas, sendo altamente eficaz contra o biofilme (Szczotka-Flynn, Cornea, 2009). [20]

Quando questionados sobre a escolha dos produtos de manutenção 93 por cento dos pacientes refere estar a usar a solução de manutenção que foi recomendada pelo seu profissional da visão, no entanto, apenas uma pequena percentagem dos pacientes refere que o profissional fez uma recomendação específica sobre o sistema de manutenção a utilizar. [21]

100% 80% 60%

não compatível

40%

compatível

20% 0%

1 mês

2 semanas

DD

Figura 1: Conformidade com a frequência de substituição recomendada pelo fabricante Guthrie S., Dumbleton K., Jones L. Financial Implications of Patient Compliance: The association between eye examination frequency and contact lens purchase patterns. Contact Lens Spectrum, Dec 2014; 29: 42-45[23]

Estudos sobre a relação entre a conformidade dos pacientes com as recomendações de substituição de LC e o intervalo de tempo entre exames visuais evidenciam que a concordância geral da substituição das LC de acordo com a periodicidade recomendada pelo fabricante é de 52 por cento e que os utilizadores de lentes diárias são mais cumpridores (79 por cento) que os utilizadores de lentes mensais (65 por cento) e quinzenais (30 por cento). [22] Os motivos para a não substituição das lentes de acordo com a recomendação do fabricante variaram consoante o tipo de lente utilizada. A principal razão apontada pelos utilizadores de lentes quinzenais e mensais é o esquecimento da data de substituição, enquanto que os utilizadores de lentes descartáveis diárias referem como motivo principal, o económico. [23] Os pacientes que não substituem as lentes de acordo com as recomendações são, igualmente, pouco cumpridores com a manutenção das mesmas. [10] Os pacientes que substituem as suas lentes de acordo com a frequência de substituição recomendada apresentam maior predisposição para realizar exames visuais regulares e comprar lentes para o período de um ano. Estes resultados apoiam a crença de que ter mais lentes disponíveis pode melhorar a conformidade com as recomendações para a substituição das mesmas. [23] Mais de metade dos usuários de LC refere não se recordar, ou não ter recebido nenhuma recomendação sobre a periodicidade mais adequada para a realização de consultas de acompanhamento. [11] O principal arsenal do profissional da visão para combater o incumprimento é a disponibilização de um serviço de acompanhamento de alta qualidade. Este

fator é crucial para a deteção precoce de alterações oculares, proporcionando oportunidade para monitorização dos hábitos dos pacientes e reeducação quando necessário. As estratégias encaminhadas a comprometer, educar e capacitar os utilizadores de LC, mantendo-os com adequados níveis de cumprimento são fulcrais para o sucesso. [24]

Cinco Passos para aumentar o cumprimento na utilização de LC: 1. Não assumir que os pacientes compreendem e vão recordar tudo o que lhes é transmitido. Uma sessão inicial para aprender a realizar várias tarefas complexas não é suficiente, como tal a informação transmitida em cada visita deve seguir um protocolo. Numa primeira consulta devem ser abordadas as normas de higiene necessárias para manusear as LC e as habilidades motoras para a inserção e remoção das lentes. Temas como massagem e enxaguamento da LC e estojo, periodicidade de substituição da LC e do estojo e como agir em caso de complicações devem ser abordados numa avaliação posterior. [1,7]. 2. Fornecer todas as instruções verbais apoiadas com instruções escritas. É importante disponibilizar toda a informação que foi dada de forma verbal, por escrito. Os níveis de excitação e ansiedade durante a aprendizagem da inserção e remoção das LC, são elevados. A ansiedade está relacionada com a falta de atenção e este pode ser um fator significativo para o incumprimento. [25].

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Estas complicações são frequentemente assintomáticas em estados iniciais. [12,13,14] A secura ocular, especialmente no final do dia, é dos sintomas mais comuns associados ao incumprimento com LC. Perante esta sintomatologia pode fazer sentido uma análise rigorosa dos níveis de cumprimento por parte do utilizador. [15,16]. O incumprimento pode condicionar a seleção da solução de manutenção que se prescreve, sendo que o mais recomendado será prescrever soluções de manutenção com elevado nível de desinfeção e a que se considere ser a mais adequada para cada utilizador. Tem sido bem documentado que os utilizadores que esfregaram as suas lentes reduzem a adsorção de depósitos à superfície, comparativamente com pacientes que simplesmente as enxaguam e armazenam. 38 por cento dos utilizadores de LC nunca esfregam nem enxaguam as suas lentes.[17]


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3. Prescrever as soluções de manutenção e fundamentar o motivo da recomendação. A probabilidade de um utilizador de LC alterar a solução de manutenção pode diminuir se o paciente compreender que as soluções de manutenção não são todas iguais, e que o seu profissional da visão prescreveu a que mais se adequa ao seu caso em particular. Em cada consulta o paciente deve apresentar as LC, estojo e solução de manutenção que está a utilizar e deverá ser questionado sobre a forma como faz a substituição e manutenção das suas lentes. [21, 24] 4. Agendar consultas de seguimento. O acompanhamento regular tem-se demonstrado necessário para manter o cumprimento. Embora numa fase inicial os utilizadores de LC sejam cumpridores com as normas de utilização e manutenção, com o passar dos anos uma grande percentagem converte-se em utilizadores incumpridores.[10] Os profissionais devem relembrar constantemente os pacientes sobre a importância de substituir as suas lentes e estojos numa base regular. Isto pode resultar em intervalos mais curtos entre exames visuais e ajudar os pacientes a ter uma melhor experiência de uso de lentes de contacto mantendo-os saudáveis e satisfeitos na categoria.[2] 5. Comprometer o utilizador com o cumprimento na utilização de LC. Além do comprometimento verbal, poderá entregar um documento, onde deve especificar o tipo e nome das lentes adaptadas, periodicidade de substituição das LC e estojo, nome da solução de manutenção, periodicidade de consultas de acompanhamento, bem como a data da próxima consulta. O documento deve ser assinado pelo paciente e pelo profissional em duas cópias (uma para o paciente e outra para o profissional). [26]

Está demonstrado que 85 por cento dos utilizadores de LC pensam ser cumpridores mas na realidade, apenas 2 por cento demonstram bons níveis de cumprimento. [17] O cumprimento dita o nível de sucesso, como tal, mantenha-se vigilante.

Ana Oliveira, (Advanced Technology Manager Alcon) Vânia Figueiredo, (Professional Customer Developer Alcon)

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[8] Efron N. The truth about compliance. Cont Lens Anterior Eye 1997; 20:79–86. [9] Sokol JL, Mier MG, Bloom S, et al. A study of patient compliance in a contact lens wearing population. CLAO J 1990; 16:209–213. [10] McMonnies C. Improving patient education and attitudes toward compliance with instructions for contact lens use. Contact Lens Ant Eye. 34 (2011) 241-248 [11] McMonnies C. Improving patient education and attitudes toward compliance with instructions for contact lens use. Contact Lens Ant Eye. 2005; 34(5):41-8. [12] Forister JFY, Forister EF, Yeung KK, Ping Y, Chung MY, Tsui ABS, et al. Prevalence of contact lens-related complications: UCLA contact lens study. Eye Cont Lens 2009; 35(4):176–80. [13] Yeung KK, Forister JFY, Forister EF, Chung MY, Han S, Weissman BA. Compliance with soft contact lens replacement schedules and associated contact lens-related ocular complications: the UCLA contact lens study. Optometry 2010; 81: 598-607. [14] Michaud L, Giasson CJ. Overwear of contact lenses: increased severity of clinical signs as a function of protein adsorption. Optom Vis Sci 2002; 79(3):184– 92. [15] Vajdic C, Holden BA, Sweeney DF, Cornish RM. The frequency of ocular symptoms during spectacle and daily soft and rigid CL wear. Optom Vis Sci 1999; 76:705–11. [16] Pritchard N. How can I avoid CL drop-outs? Optician 2001; 222(5825):14–8. [17] Dumbleton K. Compliance With Lens Replacement and the Interval Between Eye Examinations, Optometry and Vision Science, vol. 90, No 4, April 2013. [18] Guthrie S, Dumbleton K & Jones L. Is there a relationship between care system and compliance? Poster presented at the Annual Meeting of The British Contact Lens Association, May 29-31, 2015 in Liverpool, UK. [19] Wu Y, Carnt N, Wilcox M, Stapleton F. Contact lens and lens storage case cleaning instructions: whose advice should we follow? Eye Cont Lens 2010; 36: 68–72. [20] Carnt NA, Evans VE, Naduvilath TJ, Willcox MDP, Papas EB, Frick KD, et al. Contact lens-related adverse events and the silicone hydrogel lenses and daily wear care system used. Arch Ophthalmol 2009; 127 (12):1616–23. [21] Thai H. Bui, B.S., H. Dwight Cavanagh, et al. Patient Compliance During Contact Lens Wear: Perceptions, Awareness, and Behavior. Eye Contact Lens 2010; (36(6): 334-339. [22] Dumbleton K, Richter D, Bergenske P, and Jones LW. Compliance with Lens Replacement and the Interval between Eye Examinations. Opt and Vis Sci. 2013; 90(4):351-358. [23] Guthrie S., Dumbleton K., Jones L. Financial Implications of Patient Compliance: The association between eye examination frequency and contact lens purchase patterns. Contact Lens Spectrum, Dec 2014; 29: 42-45 [24] Wu Y, Carnt. N et al. Contact Lens user profile, attitudes and level of compliance to lens care. Contact Lens & Anterior Eye 33 (2010) 183-188. [25] Court H, Greenland K, Margrain T. Evaluating patient anxiety levels during contact lens fitting. Optom Vis Sci. 2008; 85: 574-80. [26] Guthrie S, Dumbleton K & Jones L. Is there a relationship between care system and compliance? Poster presented at the Annual Meeting of The British Contact Lens Association, May 29-31, 2015 in Liverpool, UK.

Material revisto em julho de 2017. Alcon Portugal-Produtos e Equipamentos Oftalmológicos, Lda. NIPC.501 251 685, Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E Taguspark 2740-255 Porto Salvo. I11707674033



Na MultiOpticas não temos um dia da visão. Temos um mês.

Na MultiOpticas, outubro é o Mês da Visão. Como marca líder do sector em Portugal, a MultiOpticas dedica um mês inteiro à visão. Assim, outubro é um mês em que redobramos esforços para sensibilizar os nossos Clientes - e não só - para os cuidados a ter com a visão. Há 29 anos a operar em Portugal, a Marca de Confiança dos portugueses conhece como ninguém a delicadeza e a complexidade envolvidas nos cuidados da visão. Investimos na formação técnica constante dos nossos quadros a fim de prestar um serviço de excelência. Dia após dia, mês após mês, ano após ano.


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