EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 68 • JUNHO 2018
MultiOpticas
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50
Três décadas de uma ótica diferente
DMDI
Uma aventura com 20 anos!
Alcon e Essilor Potenciar uma nova Visão de Negócio
Centro de Baixa Visão Uma nova luz para quem não vê
10
24
28
Mykita
Opticalia
Zeiss
Make a splash
Mais um ano de sucesso para a marca
40
44
CARVD
Centro de Baixa Visão
BREVES
OLHAR EM PORTUGUÊS
OPTOMETRIA
OFTALMOLOGIA
Índice | 4 |
Olhos aperfeiçoados, campeões garantidos
Uma nova luz para quem não vê
Tema de Capa: Numa ação inédita na empresa multinacional, a Zeiss apela diretamente aos consumidores através de uma figura pública, a encantadora Catarina Furtado.
Diretora: Editora: Redação: Design e Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision PortugalTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal. NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com
Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos, Mónica Menezes Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva, Adriano Branco Neves lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Isenta de registo na ERC ao abrigo do Decreto Regulamentar 8/99, de 9 de Junho, Artigo 12º, nº 1, a)
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EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 68 • JUNHO 2018
MULTIOPTICAS
DMDI
Uma aventura com 20 anos!
ALCON E ESSILOR Potenciar uma nova Visão de Negócio
CENTRO DE BAIXA VISÃO Uma nova luz para quem não vê
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50
Três décadas de uma ótica diferente
Editorial | 8 |
Mudámos! Somos pura informação! Depuramos, investigamos, questionamos e viajamos para fazer chegar ao leitor os temas mais completos possível. Todo este trabalho é moroso e de enorme valor e , graças aos nossos parceiros de negócios, chega ao profissionais ligados ao setor da saúde da visão gratuitamente. Aliás, são estas empresas especiais do setor da ótica, mais do que qualquer outra, que garantem que os meios de comunicação especializados possam trabalhar em prol dos seus clientes. E assim o fazemos. Usamos as ferramentas disponíveis para sermos leais aos leitores e ao setor. Em 2018 reunimos um precioso arquivo histórico, no formato de 68 revistas LookVision Portugal, plenas de informações sobre o estado do ramo que defendemos, de vozes que ensinam estratégias e apelam à inovação, de arte e artistas, de ciência e cientistas…de nós. Posto tudo isto, o número 68 abre um precedente histórico a favor de um dos nossos importantes clientes, que à luz de uma inovação em prol da saúde, arrebatou a nossa capa. E fizemo-lo porque a Zeiss conseguiu trazer para o setor da ótica a figura carismática e acérrima defensora da saúde Catarina Furtado. Esta personalidade maravilhosa, bonita e que exala valores nobres está oficialmente do lado da ótica, a falar de olhos nos olhos com os consumidores que invadem as lojas da especialidade em Portugal. A partir de agora, todas estas pessoas têm na sua posse mais um meio de comunicação que lhes fala da importância da proteção dos seus olhos, dos olhos dos seus filhos, dos olhos dos seus pais. Estamos realizados por fazer parte deste momento histórico em que a ótica ganhou um aliado de peso com dados preciosos e esmiuçados para que todos entendam a mensagem e com o selo de uma grande empresa. A prova deste dinamismo contagiante está também expresso nas nossas páginas com um grande número 30. É a quantidade de anos que a MultiOpticas reúne de trabalho em Portugal. Cantámos os parabéns a esta grande casa justamente com os óticos que a edificam todos os dias. O Institutoptico também avançou no seu percurso ao realizar o primeiro congresso do grupo. Ideias, debates e muita moda compuseram dois dias excepcionais. A Opticalia continua o seu investimento na expansão do conceito óculos como algo sedutor e apetecível e “pintou” a passadeira vermelha dos Globos de Ouro da SIC com a sua imponente imagem. A CECOP continua a crescer em ações para os seus óticos independentes, que impelem ao crescimento de toda a atividade, motivando e apoiando. Este número eterniza também os 20 anos de uma muito empreendedora DMDI, que se eleva agora também como Morel Portugal. E dá protagonismo à Visão de Negócio da Alcon e da Essilor, que juntos proporcionam uma formação de luxo aos profissionais, digna de fazer crescer o valor da ótica. A moda, a ciência e respetivos cientistas que querem muito mais que lucro pessoal, os eventos de optometria que fazem avançar os especialistas, o ensino e atividades relacionadas que nos garantem melhores estudantes e a arte de reinventar os óculos, está aqui tratada com muita paixão pelos profissionais da LookVision Portugal e, claro, com todo o rigor merecido. Vire a página e entre na visão mais ampla do setor, afinal a ótica está aqui!
Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.
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Komono
Breves | 10 |
Elementar A nova coleção junta as cores primárias com um design minimalista numa redefinição requintada do significado de leveza. As linhas subtis de cada formato ganham energia e dinamismo nas cores das lentes que declinam entre castanhos e laranjas intransponíveis ou ligeiríssimos amarelos que deixam escapar olhares quentes e observadores. E, desta forma, a Komono mantém-se fiel ao seu próprio significado em japonês, “pequenas coisas”, exaltando o melhor de cada cultura na sua reprodução mais simples.
Bon Vivant
Evoca uma França arquitetural A marca baseia o seu sucesso na associação de temas inspirados nas tendências da arquitetura europeia. Na sua mais recente aventura criativa, a Bon Vivant desvenda três novas armações que contam histórias únicas. O enredo inicia-se nos nomes franceses e desenrola-se na temporada quente através de cores vívidas e padrões bem delineados dos modelos. O design de Emeril, Rochelle e Vanessa evocam o estilo e a haute couture franceses de forma incontornável e comprometem-se com um olhar profundo e moderno.
Maui Jim
E a beleza das cores A havaiana Maui Jim proporciona aos amantes do sol dois novos desenhos originais. Cada vez mais em voga, a marca mostra a potencialidade da sua equipa de design através das arestas tridimensionais dos Heliconia e do formato redondo dos Dragon Fly. Não falta, claro, a qualidade exímia da tecnologia PolarizedPlus2®, que dota as lentes de proteção e qualidade visual difíceis de equiparar. E para garantir as melhores resoluções visuais e as mais vívidas cores, a Maui Jim aposta no seu revolucionário SuperThin Glass, um material nobre que diminuiu em 20 por cento a espessura do vidro normal, garantindo leveza e resistência.
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Breves | 12 |
Trussardi
Quatro talentos “contam” a nova coleção A fashion stylist Chiara Totire, o DJ e bailarino Marvely, a cool hunter Niki Wu e o diretor de arte e rapper Mecna interpretam a nova campanha Trussardi, #ContemporaryVision. Trata-se de um projeto digital da casa italiana que enfatiza a coleção solar da temporada quente de 2018. A história é contada no ambiente contemporâneo de Milão, cidade escolhida para reforçar a já intensa ligação entre a Trussardi e esta metrópole italiana. “Os mesmo talentos revelam, com imagens e videos emocionantes, a sua relação pessoal com os óculos de sol, mas também com a cidade de Milão. Tudo isto acontece nos lugares aos quais estão mais ligados ou onde se sentem mais inspirados”, explicam os organizadores da campanha em nome da De Rigo Vision. Sob esta premissa, surgem peças eyewear que exprimem vanguardismo, leveza e inovação, seja nos materiais, nas formas, como nas cores.
Blackfin
Conquista Adrien Brody A casa de óculos por excelência vai ganhando terreno entre as mais intensas personalidades das artes e do espetáculo. O mais recente adepto da italiana Blackfin é o ator galardoado com um Óscar pela sua espetacular performance no filme The Pianist, de Roman Polanski, Adrien Brody. Na sua conta do Instagram, o artista aparece divertido com o também ator norte-americano, Gary Busey, e com o impressionante aviador Brunswick BF761. Estes óculos construídos a partir do ultra fino e ultra flexível beta-titânio, tem as charneiras revolucionárias Atom Mini Twin sem parafusos e um estilo magnético.
Cutler and Gross
“Aceito!” Ainda no rescaldo do casamento real e em antecipação da época em que a maioria dos apaixonados dá o nó, a britânica Cutler and Gross coloca à disposição deste momento único óculos de sol customizados. Entre a gama de modelos da marca, os noivos podem escolher aquele com que se identificam mais e gravar para a eternidade um pensamento ou uma declaração, como por exemplo “aceito!”. E garantir a proteção dos olhos nesse dia inesquecível só mesmo com peças feitas à mão em Itália e desenhadas com a originalidade a que a Cutler and Gross já habituou os seus seguidores. A insígnia propõe-se ainda a acompanhar todo o processo de escolha e personalização, para que nada seja menos que perfeito no dia do “felizes para sempre”.
Götti
A estrutura das sombras A marca suíça apresenta óculos dedicados ao sol que através de estruturas geométricas e topográficas criam uma interação inédita entre luz e sombra. Isto acontece graças ao efeito na superfície dos modelos, obtido a partir da sinterização a laser. A impressão em 3D é suprema nas novas propostas e tem permitido novas experiências entusiasmantes aos criativos da Götti, que libertam linhas ao ritmo de geometrias incríveis e as preenchem com a originalidade da experiência tátil. O resultado está nestes óculos excepcionalmente flexíveis e leves de acabamento mate e de dimensão extravagante.
Breves | 14 |
Coopervision
Estudantes de Valladolid vencem FORCE O programa de 2018 Future Ocular Research Creativity Event (FORCE) Estudante do Ano da Coopervision premiou Pablo Arlanzón e Laura Valencia da Universidade de Valladolid. Os estudantes coordenados pela docente María Jesús González apresentaram uma investigação que avaliou a sintomatologia, função visual e sinais clínicos em pacientes após o uso de dois tipos de lentes descartáveis mensais com dois desenhos óticos distintos, sendo um deles especialmente dirigido para aliviar a fadiga visual digital. Esta pesquisa valeu-lhes um pack de assistência a um congresso internacional sobre lentes de contacto, incluindo inscrição, viagem e alojamento. A final decorreu em Budapeste, na Hungria, a 12 e 13 de maio. O júri foi composto pelos optometristas Pascale Dauthuile, presidente da Associação de Peritos em Lentes de Contacto, da França, Elena García Rubio, do Instituto Nacional de Optometria, em Madrid, Espanha), Eef van der Worp, da Universidade de Maastricht, na Holanda e presidido por James Wolffsohn, da Universidade de Aston, no Reino Unido. FORCE é uma competição anual no campo das lentes de contacto aberta aos melhores estudantes das faculdades de optometria de toda a Europa. Os trabalhos podem consistir em ensaios clínicos, revisão de publicações clínicas ou relatórios sobre casos reais. Todos são avaliados considerando as evidências e a importância do projeto apresentado. Em 2018, juntaram-se participantes da Bulgária, de Israel e da Índia, tornando o programa FORCE cada vez mais global e perfazendo assim um total de 11 países a competir nesta final do programa da CooperVision, celebrado em Budapeste.
Mykita
Make a splash As três novidades Mykita & Bernhard Willhelm têm uma vibe enérgica aos estilo dos anos ’90, fazendo furor nas cores elétricas californianas. Silver é o modelo que aparenta um desenho oval, mas expressa-se num hexágono comprimido, que fica estupendo ao usar-se na ponta do nariz, numa atitude atrevida. Já a fiável Brenda é um círculo perfeito, com insinuações rebeldes e um lado foragido, graças à audácia das tonalidades e das respetivas combinações. Finalmente, os óculos de sol Walsh são a reinvenção moderna do formato octogonal, com uma ligeira diminuição do tamanho, perfeito para olhares provocadores. O material central destas refrescantes propostas é o aço inoxidável, moldado de forma primorosa ao longo de cores contrastantes, com destaque para a forma de diamante nas extremidades.
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Tidou Eyewear
Breves | 16 |
O titânio ao serviço da simplicidade A combinação astuciosa de tecnologia e design compõe a “alma” desta Tidou Eyewear. As armações e óculos de sol materializam-se na leveza e resistência do titânio, trabalhado integralmente no Japão e com base em desenhos fluídos e minimalistas vindos de Itália. Esta casa moderna destaca as suas criações num sistema patenteado de charneira, que integra os frontais dos óculos e dispensa parafusos. No fundo, os artistas da Tidou repescaram a sabedoria da arquitetura ancestral para apresentar um conceito ultra moderno e funcional. O mercado português e espanhol podem aceder a esta novidade através do distribuidor exclusivo Luz Violeta Eyewear.
Coco Song
GrandOptical
Dá imagem à excelência A campanha institucional mais recente da GrandOptical tem vindo a dar espaço a histórias de pessoas excepcionais, de diferentes áreas e perfis, com a dedicação e paixão pela sua atividade como elemento comum. Maurício Fernandes, líder da empresa de arte floral Em Nome da Rosa, é a atual personalidade a assumir a ribalta deste projeto. Considerado um artista com uma criatividade e uma estética ímpares, focado no pormenor, na minúcia, no detalhe e com uma ligação direta à natureza e ao Sol, o dono de Em Nome da Rosa vê a sua história a ser replicada através dos meios digitais e em diversos suportes de comunicação dos centros comerciais onde a GrandOptical tem lojas. “Sou um sortudo, porque o cliente confia em mim. Classifico-me como sendo uma pessoa perfeccionista. Estou sempre a inventar, a criar, a tentar fazer coisas novas. Cada trabalho tem uma história minha. O meu dia a dia é trabalhar para a excelência, para ser perfeito, para fazer o melhor”, sublinha Maurício Fernandes. Nesta iniciativa original da GrandOptical já se incluiu Inês Correia, bicampeã mundial de kitesurf, Luís Correia, fundador da Maria Riding Company e criador de motas únicas, Ayres Gonçalo, alfaiate e dois colaboradores da GrandOptical com 20 anos de casa foram os primeiros protagonistas a dar a cara para este interessante conceito da marca.
Jovem designer reinterpreta a alma da marca A casa transalpina lançou a primeira edição do Coco Song Award em colaboração com instituição dedicada à formação em áreas artísticas, Harim Accademia Euromediterranea, em busca de jovens talentos na área do design. Desta competição, nasceram diversas interpretações da coleção Coco Song pela mão dos estudantes participantes, dos quais se destacou Rosella Leanza. A vencedora apresentou o projeto Liè Féng in Colours, inspirado na arte cerâmica que durante a dinastia Song atingiu o seu pico de aperfeiçoamento, transformando-se numa das maiores expressões da cultura oriental da época. Os desenhos de Rossella evocam as rachaduras resultantes do cozimento da cerâmica, efeito este permitido pelo processamento especial do acetato. Os óculos espelham tons arrojados e uma textura única que combina com lentes solares em degradé, tudo num registo inédito que reforça a filosofia da Coco Song. A edição especial e limitada Liè Féng in Colours está disponível no mercado a partir de agosto de 2018.
Olhar em Português | 18 |
MultiOpticas
Três décadas de uma ótica diferente A 18 de maio de 1988 o mercado da ótica português conheceu o primeiro dia do que seria uma mudança radical na área de atividade. A MultiOpticas aportou em Portugal com um conceito de venda de óculos nunca vivido. Foi este grupo que lançou os óculos para a ribalta, publicitando-os ao consumidor final com dinamismo e intensidade. Esta democratização do produto veio acompanhada por pontos de venda inéditos e uma invasão de novas marcas impressionante. Mas a MultiOpticas não é só óculos, também representa saúde, tanto que já de há muitos anos para cá representa o maior empregador na área da optometria. Esta data mítica foi celebrada em todo país com várias iniciativas e culminou com um convívio de luxo entre amigos ligados à marca, em pleno Palácio de Xabregas, em Lisboa. Empatia, diversão, humor, história e muita música marcaram mais uma celebração inesquecível. A LookVision Portugal esteve na primeira linha da festa que consagrou 30 anos de MultiOpticas em Portugal. Com um maravilhoso Palácio de Xabregas como ingrediente principal de um grande evento, todas as pessoas ligadas à MultiOpticas brindaram a uma história intensa e com contornos de sucesso. Rui Borges, a figura de proa da MultiOpticas em Portugal, foi o anfitrião da noite, introduzindo as festividades e seguido de uns também históricos UHF e a sua música que contam já com 40 anos de carreira. Sorrisos, iguarias e um espetáculo que remeteu para uma época de ouro foram anúncio para uma paródia interpretada pela equipa que dirige e gere a Mul-
tiOpticas. Interpretando de forma divertida e única o Festival da Canção, Rui Borges e os seus diretores adaptaram letras de músicas ao percurso do grupo, elevando os ânimos dos convidados. E depois dos risos veio o momento mais melancólico, através das vozes que compõem o dia a dia da MultiOpticas há muitos anos. Agradecimentos e recordações ecoaram na fabulosa sala do Palácio de Xabregas, num regresso ao passado que tem como objetivo edificar o futuro ainda mais promissor e desafiante. A fechar as celebrações, subiu para o centro da festa um DJ da radio M80 que chamou os convidados para a dança, na noite que marcou o aniversário do primeiro dia da mudança da ótica portuguesa.
Um brinde nacional à MultiOpticas
•• Ag r ade c i m en t o s e rec o rd a ç õ es ecoar am na fabulosa sa l a do P al ác io d e X a b reg a s , n um regresso ao p as s ado q u e t em c o mo o b jet iv o edificar o futuro a i n da m ai s p ro mis s o r e d es a fia n te ••
Olhar em Português | 19 |
A 18 de maio de 2018, a MultiOpticas “acordou” para celebrar-se em todo o país. O ponto de partida desta festa foi na primeira pedra basilar da casa revolucionária. A loja que hoje alberga a sede da MultiOpticas, no Rossio, foi palco da transmissão em direto do programa Manhã da M80, com a voz especial de Vanda Miranda e Paulo Fernandes. O dois locutores receberam no estúdio improvisado na MultiOpticas um convidado muito especial, o embaixador da marca, José Diogo Quintela, que animou o tempo de antena. Ainda sob o som da M80, a cada 30 minutos foram anunciados passatempos para o público geral, com o apoio das redes sociais da MultiOpticas, para envolver todo o território nesta jornada histórica. E ao estilo da MultiOpticas, não faltaram os típicos descontos com personalidade. Desta vez em torno do número do momento, um redondo 30 por cento a menos em óculos graduados para os seguidores deste grande grupo. Num gesto comemorativo, pelas 10H30 da manhã, os cerca de 850 colaboradores que compõem esta equipa convidaram os respetivos clientes para juntos elevarem um brinde nacional aos 30 anos de trabalho do líder do mercado ótico.
Olhar em Português | 20 |
Um percurso feito de inovação e conquista A MultiOpticas quis estar na vanguarda desde que entrou em Portugal, em 1988. E de facto, mudou e continua a mudar o paradigma da ótica. A sua fundação representou a inclusão no mercado de uma elevada diversidade de marcas e armações a preços competitivos. Aqui assentou a democratização dos óculos. A inovação continua a ser um dos pilares estruturantes da marca que liberalizou a livre experimentação dos óculos nas lojas e que dispõe de um conceito de loja de futuro, mais uma viragem no mercado que recentemente protagonizou. É, desde há alguns anos, o maior empregador nacional na área de optometria, fruto das parcerias firmadas com a Universidade do Minho e Beira Interior. Em cima de tudo isto, a MultiOpticas tem 30 por cento de quota de mercado no setor e 98 por cento de notoriedade junto do consumidor. Desta forma, conquistou sucessivamente o título de Marca de Confiança, desde que o estudo passou a incluir a categoria de
ótica, em 2013, sempre com uma distância considerável da concorrência. A marca, que é também Escolha do Consumidor e Escolha do Consumidor Sénior, foi a primeira no setor a apostar na publicidade em televisão, responsável pelo lançamento de campanhas icónicas, como o mítico “desconto = idade” e o envolvimento de personalidades como Eusébio, Ana Bola, Paulo Futre, Diana Chaves, Vanda Miranda e Vasco Palmeirim, entre outros. Em 2018, a marca apostou no ex-Gato Fedorento José Diogo Quintela como seu embaixador. “Tem sido um percurso espantoso e é com muito orgulho que chegamos ao marco dos 30 anos, líderes no mercado de retalho ótico, com uma fábrica que produz atualmente cerca de 2,5 milhões de óculos por ano e uma das redes de franquia mais fortes de Portugal. Estamos prontos para mais 30 anos de sucesso”, sublinhou em comunicado Rui Borges, CEO do Grupo GrandVision Portugal, que detém as marcas MultiOpticas, GrandOptical e Solaris.
orgreenoptics.com
Institutoptico
Olhar em Português | 22 |
Sentimento positivo de pertença!
Os associados do grupo português Institutoptico reuniram para edificarem conhecimentos em família. O primeiro congresso assinado pela insígnia azul, decorrido sob o encantador hotel Palace Monte Real, em Leiria, de 2 a 3 de junho, ficou marcado por palestras de luxo, novidades em moda eyewear e uma mancha de profissionais mais ligados à sua cooperativa e que acreditam no rumo que a gerência tem abraçado. A LookVision Portugal foi convidada a confraternizar com os óticos do Institutoptico durante o jantar que quebrou os trabalhos de duas jornadas intensas. Aproveitámos para conversar com os líderes Vera Velosa, Luís Góis e Paulo Arromba sobre este sentimento que inunda o grupo e sobre a imagem visivelmente mais forte que fomentaram em quatro anos de “poder”. Não faltou o intenso e famoso embaixador do Institutoptico para animar o congresso. Ricardo Pereira encantou os óticos por quem dá a imagem. “É um encontro especial porque pela primeira vez estamos a fazer um congresso. Costumávamo-nos encontrar todos os anos, mas sob outro formato. Mudámos o encontro para uma altura mais quente do ano e com trabalho associado, para estarmos juntos, claro, mas também com o intuito de criar valor, trocar ideias. Tivemos apoio de dois fornecedores, nomeadamente a Essilor e a Alcon, para a realização da iniciativa e para trazer um grupo de palestrantes interessante”, explicou-nos Paula Arromba, enquanto fizemos um balanço deste momento histórico para o grupo. Ao lado de Vera Velosa e Luís Góis, com quem desenvolve a estratégia para o Institutoptico há quase meia década, percebemos que este grupo está sempre mais virado para o futuro e quer aportar
mais valias para todos os associados. Aliás, o mote deste congresso foi mesmo Criar Valor. À pergunta se este “novo” Institutoptico tinha sido moldado à imagem destes três empreendedores, Vera Velosa não tem dúvidas que sim, “pelo menos no dinamismo e na vontade que lhe queremos dar! Nós temos uma visão muito diferente dos nossos antecessores, e entre eles estão os nossos pais, tios… O nosso papel tem sido continuar o negócio com os novos desafios que se impõem. O setor está tão diferente e tudo aconteceu em poucos anos. Em todas as áreas do mercado da ótica, não só na tecnologia, mas também no próprio consumidor e na forma de fazer marketing tudo mudou profundamente, enfim, são novidades que nos impelem
Stefanel e Ricardo Pereira encheram a noite Já vestidos a rigor, as três personalidades que gerem os destinos do Institutoptico abriram as portas da festa de sábado à noite. Vera Velosa assumiu a voz da sala para apresentar as novidades da estação em óculos. As criações mais recentes das exclusivas Cierzo e INVU inundaram a sala de moda e energia num desfile pleno de elegância. Foi também o momento da apresentação de mais uma conquista do Institutoptico, sob a marca Stefanel. Elegante, feminina e de traços suaves, a nova coleção a ser defendida pelos óticos do grupo português assumiu a passarela comprometida com as novas tendências e com um público exigente.
Depois da moda veio a surpresa. Vera Velosa pausou e depois do silêncio estratégico, Ricardo Pereira juntou-se ao grupo. Com uma capacidade inata de comunicação, o ator justificou com a sua simpatia a escolha para ser o representante do Institutoptico, a quem se juntou este ano a respetiva família numerosa.
tecnologias e que sairá à luz do dia dentro de pouco tempo. À tarde foi tempo para a saúde visual, em que se tocaram vários temas ligados à optometria. Estiveram no palanque vários estudiosos que desenvolveram factos sobre a terapia visual, o controlo de miopia, o olhos seco e a visão binocular. Domingo abriu-se as sessões com as vendas e com palestrantes já conhecidos do setor, nomeadamente, António Paraíso e Paulo Vilhena. O primeiro congresso terminou com um mesa redonda onde estiveram presentes óticos e representantes da indústria para se abordar o mercado, o grupo, o que está a acontecer e o que acontecerá. Sobre tudo isto, ainda se pensou de que forma o Institutoptico consegue ajudar os óticos a ultrapassar todos estes desafios e a criar valor tanto para os profissionais como para o fornecedores num trabalho harmonioso.
Apresentações incontornáveis O congresso foi dividido em três blocos. Sábado de manhã foi focado no cliente, muito ligado ao marketing digital. Começou-se com um enquadramento do RGPD que nesta altura é fundamental e depois falou-se sobre plataformas digitais, a respetiva importância no mercado local de cada loja para apoiar a relação com os clientes. Os representantes da Alcon prosseguiram as palestras com uma apresentação em primeiríssima mão e que o mercado vai receber em breve. Os representantes do Institutoptico também falaram sobre uma novidade relacionada com as novas
Entrevista de Capa | 23 |
todos os dias a correr e adaptar.” E o primeiro congresso Institutoptico foi mesmo premissa desta ideia. Todos reunidos, os óticos fizeram networking, trocando ideias e aprendendo. “É também uma forma de nos afirmarmos, pois apesar de ser um primeiro congresso representa a continuidade do que temos vindo a fazer. O objetivo é afirmarmo-nos como os melhores óticos e o melhor grupo do país. Como temos a assinatura “o seu ótico de família” é mesmo em família que fazemos isto bem.”, reforçou Paulo Arromba. Claro que, apesar deste momento de crescimento e sucesso, os gerentes do Institutoptico estão atentos. Luís Góis realçou mesmo que o objetivo é a busca incessante da inovação. “uma das nossas funções é espicaçar os óticos. Acreditamos que o Institutoptico é uma plataforma que tem uma série de condições vantajosas para os óticos que o integram e para aqueles que querem vir ter connosco. Ainda temos espaço. Basta olhar para o mercado para perceber que há espaço para o desenvolvimento da ótica de valor, porque apesar de ser um negócio está intimamente ligado à saúde visual. Estamos atentos ao mercado e orgulhosos do que estamos a fazer. O futuro é uma incógnita, no entanto deixo uma mensagem que tenho passado: o Institutoptico é uma empresa diferente. É uma plataforma que funciona em cooperativa e cada um, individualmente, tem que dar um pouco de si.” E com os olhos no futuro quisemos saber se este grupo quer continuar a liderar o Institutoptico. Ainda em plenas funções garantem que estão já a investir no apelo aos jovens para as questões do grupo. “As coisas têm que se renovar. Esperamos atrair os mais novos para as questões associativas e que se motivem, participem e se preocupem com o destino do grupo, porque afinal a empresa é nossa e temos que a defender”, rematou Vera Velosa.
Olhar em Português | 24 |
Opticalia em festa
Mais um ano de sucesso para a marca No espaço de poucos meses, inauguraram três lojas em Portugal e foram patrocinadores da XXIII Gala dos Globos de Ouro. Só motivos para festejar! Texto: Mónica Menezes
A Opticalia não para de crescer e, por isso, também não param de aumentar os motivos para se celebrar. Em menos de dez anos já há mais de 1000 óticas distribuídas por três países. Foi em 2012 que a marca começou a expandir-se por Portugal, onde conta com mais de 215 espaços. E num ano que se quer de sucesso, a Opticalia inaugura mais três pontos de venda. As novas lojas situam-se em Anadia, Vila Pouca de Aguiar e São João da Madeira. Desta forma, é reforçada a rede de lojas da marca, que conta sempre com a experiência e o conhecimento de óticos reconhecidos nas localidades acima referidas. Esta é também uma continuação de aposta em espaços modernos, com uma imagem cuidada e arejada, que é, assim, o ambiente que a Opticalia aposta em todas as suas lojas.
Para além de Portugal, recorde-se que a Opticalia também está presente em Espanha, com mais de 600 pontos de venda, e na Colômbia, país para onde se expandiram em 2015 e onde ocupam um lugar cimeiro com mais de 180 óticas. As constantes inaugurações e a situação de destaque nos três países em que estão presentes são fruto da diferença que impõem nos seus pontos de venda. Sempre atenta às últimas tendências, a Opticalia tem um vasto catálogo de óculos tanto de sol como graduados e trabalha com marcas tão conceituadas como Mango, Pepe Jeans, Custo Barcelona, Antonio Banderas, Amichi, Pedro del Hierro, entre outras. Mas não foi só a abertura de novas lojas que trouxe um ambiente de festa para a Opticalia. A marca apostou na continuidade enquanto patrocinador principal dos
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•• “A form a diferente e positiva de comunicar que nos car acteriz a, que nos faz ter outr a form a de ver a vida e valor iz ar o r econhecim ento do m érito e ex celência do que se realiza no nosso país nas áreas em destaque nos Globos de Our o” ••
Globos de Ouro, evento promovido em parceria pela revista Caras e pela SIC, que se realizou este ano a 20 de Maio, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. E, como nas edições antigas, foi mais uma noite memorável. O glamour e a elegância foram ponto de honra na passadeira vermelha. Cá fora, eram muitos os fãs e curiosos ansiosos por verem os seus ídolos a percorrerem o caminho que dava acesso ao Coliseu dos Recreios. Já dentro do centenário edifício, a Opticalia manteve a tradição de oferecer brigadeiros a todos os convidados da Gala. Um patrocínio e uma ativação de marca que, segundo António Alves, diretor geral da Opticalia em Portugal, reforça “a forma diferente e positiva de comunicar que nos caracteriza, que nos faz ter outra forma de ver a vida e valorizar o reconhecimento do mérito e excelência do que se realiza no nosso país nas áreas em destaque nos Globos de Ouro”. Durante o evento foram não só entregues prémios referentes às áreas do Cinema, Teatro, Música e Desporto, como também foi atribuído pelo público o prémio revelação, este ano ganho pela cantora Bárbara Bandeira. E se durante toda a gala, divertidamente apresentada por César Mourão, a entrega dos prémios foi sendo intercalada por momentos musicais, em que atuaram nomes como os The Gift e os HMB, também o encerramento de mais uma noite mágica fez-se ao som de música. Tudo porque, o galardão que celebra uma Carreira de Sucesso e de enorme importância para o país, foi entregue a José Cid, nome incontornável do panorama musical português.
Razões para integrar o estilo CECOP O grupo multinacional continua muito ativo junto dos seus associados e para ser sempre mais apelativo anunciou os destinos do programa ExpoCECOP. Em 2019 os óticos podem escolher entre dois destinos de sonho. A juntar a esta ação, a CECOP também apoia as vendas dos seus profissionais através de uma campanha de sensibilização da luz azul.
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Na frente da educação dos consumidores
A bordo das viagens CECOP O programa ViveCECOP celebra a sua 8ª edição em Portugal, brindando os óticos com a escolha entre dois destinos maravilhosos. Cabo Verde ou um cruzeiro no Mediterrâneo são as possibilidades paradisíacas proporcionadas são os destinos em 2019. A iniciativa assinada pela CECOP é um projeto de fidelização que, ano após ano, consegue atrair mais associados a participarem. As viagens permitem desfrutar intensamente de locais idílicos, potenciando e reforçando as relações profissionais entre associados e parceiros. No fundo, trata-se de uma forma positiva de premiar os associados CECOP pelas compras com os fornecedores protocolados. Este ano, o ExpoCECOP conta com o apoio da Hoya, Indo, Prats, Fibo e Zeiss além dos restantes parceiros de contactologia e armações ECP. Ainda em setembro deste ano, os inscritos que cumpriram o objetivo mínimo do programa ViveCECOP viajam a Punta Cana para desfrutar das magníficas praias do Caribe.
O grupo de óticas independentes procura estar sempre atento aos novos estilos de vida e às necessidades do mercado e, nesse seguimento, lança a campanha de sensibilização sobre a luz azul, nos próximos meses. A população está cada vez mais exposta às diversas luzes azuis nocivas, quer em ambientes internos, onde existem fortes radiações de luz artificial nociva, quer em ambientes externos provocados pelo próprio sol. A emissão de grandes quantidades de radiação azul é uma das principais causas de fadiga ocular digital e a CECOP quer alertar a sociedade para este “inimigo silencioso” que pode provocar graves lesões oculares. O uso desmedido dos tablets, smartphones e outros dispositivos digitais não estão a mudar somente o espetro de luz a que estamos expostos, também estão a mudar o nosso comportamento visual. É importante reconhecer que a população está a passar mais tempo a olhar para dispositivos eletrónicos. No caso das crianças é bastante alarmante, dado que cada vez aparecem mais casos de “miopia escolar”. Para prevenir problemas maiores devido ao excesso de luz azul, a CECOP desenvolveu uma campanha de forma a consciencializar a população a criar hábitos para cuidar a saúde visual. Isso pode fazer-se através dos exames visuais de rotina e através da proteção da visão com as lentes desenvolvidas para o efeito.
MAIS QUE
UM SALAO
DE 28 DE SETEMBRO A 1 DE OUTUBRO DE 2018 PA R I S N O R D V I L L E P I N T E
silmoparis.com
Zeiss
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Olhos nos olhos com o consumidor Numa ação pioneira para a Zeiss mundial, a sede portuguesa decidiu dar imagem e voz à idoneidade das suas lentes através da excepcional Catarina Furtado. Na frente desta estratégia pioneira da Zeiss Portugal está a mensagem de saúde visual, trazida pela proteção total contra a radiação UV. É que todas as lentes incolores da marca passam a incluir a inovadora tecnologia UVProtect. Desta forma, a Zeiss toma os meios de comunicação nacionais, as redes sociais e as ruas do país para falar “alto” pelos óticos sobre um flagelo ainda pouco divulgado. “A nossa preocupação com a saúde ocular passou a ser a preocupação da Catarina, pois apenas sete por cento da população associa a exposição solar com problemas oculares”, asseverou à LookVision Portugal Ana Afonso, diretora de trade marketing e comunicações da Zeiss Portugal. Para nos inteirarmos desta revolução operada pela equipa portuguesa da multinacional, estivemos no fabuloso complexo da Alfândega do Porto, que a 2 de junho se “vestiu” de azul e esteve ao serviço da ciência e da informação dos profissionais nortenhos da ótica. Fotos: Adriano Branco Neves
75 por cento do que se regista com céu limpo. Consequências? Segundo Miguel Raimundo, tumores perioculares, fotoqueratite, pterígio, degeneração esferoidal, catarata, degeneração macular da idade e melanoma da coróide. O pior é que os estudos apontam para uma maioria de pessoas que não usa óculos, mesmo passando mais de 30 por cento do tempo no exterior, e apenas três por cento das crianças usa regularmente óculos de sol. Da parte da Zeiss, foi Tiago Almeida, diretor de vendas e marketing, que introduziu o porquê da tecnologia UVProtect aplicada a todas as lentes incolores ser um fator central de prevenção. Dados apurados pela Zeiss indicam que 40 por cento das lentes vendidas não têm proteção UV e que apenas uma em cada cinco pessoas usa óculos de sol. A imagem célebre de Catarina Furtado, ligada desde sempre a causas em prol da saúde, é o mote perfeito para captar a atenção do consumidor para esta realidade ainda desconhecida pela maioria. Aqui o discurso vai muito além do desconto e do preço. Foca-se, sem dúvida, na proteção da RUV e dos respetivos benefícios. Ainda sobre as estatísticas, sabe-se que 95 por cento das pessoas associam a RUV a problemas de saúde graves e 85 por cento estão cientes do risco de cancro de pele. Apesar de tudo isto, poucos consideram a proteção do olho importante. Apenas sete por cento! Adicionalmente, os padrões oftálmicos atuais subestimam o papel da RUV com padrões de onda maiores. Ou seja, quase 70 por cento da radiações está nos comprimentos de onda que não são completamente bloqueados pelo material comum das lentes, entre os 385 e os 400 nanómetros. Urge uma revisão oficial nesta matéria. Na posse de todos estes estudos e evidências, a Zeiss decidiu antecipar o futuro introduzindo a tecnologia UVProtect, desafiando o padrão estabelecido pela ISO/ANSI da indústria oftálmica para o espectro de ação estabelecido para cada comprimento de onda, pois ignora os comprimentos de onda da RUV superiores a 380 nanómetros. Além disto, as matérias de lentes
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A Zeiss implementou assim um novo padrão para a saúde ocular entre alguns dos mais importantes óticos do país. Na Cidadela de Cascais, a 26 de maio, e no Porto já em junho, a famosa insígnia reuniu um painel forte de palestrantes que subiram aos respetivos palanques para comprovar, através de vidências científicas e estatísticas, a importância deste avanço da Zeiss. No Porto, foi o oftalmologista Miguel Raimundo e a investigadora que esteve entre os fundadores do Zeiss Vision Lab, Katharina Havermann, que trouxeram conhecimentos avançados sobre a Radiação Ultra Violeta (RUV) e respetivas consequências na saúde do olho humano. Segundo Havermann, se considerarmos que 40 por cento da exposição solar da RUV ao nível do mar está na faixa dos 380-400 nanómetros, percebemos a importância de uma solução permanente para a maioria da população nacional. A cientista acrescentou ainda que 50 por cento da exposição dos nossos olhos à RUV atinge-se aos 20 anos, podemos perceber o perigo potencial em que estão os habitantes portugueses. Além de que os efeitos nocivos potenciais na conjuntiva e nas pálpebras são considerais e incluem danos no ADN, imunopressão, stress oxidativo e respostas inflamatórias. De considerar ainda que mesmo com céu nublado os níveis de RUV podem ser muito elevados, até aos
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•• A Z eiss é o pr imeir o fabricante de lentes do mun d o a g ar antir a máx im a pr otecção completa contra a R UV em todas as suas lentes incolo re s . ••
oftálmicas mais populares não bloqueiam na totalidade a fonte mais abundante de RUV, entre os 350 e os 400 nanómetros. Neste upgrade dos produtos Zeiss ficou a certeza de que não existe aumentos de preços. Ou seja, o que aumenta é a oferta e os argumentos do ótico que trabalha com base na qualidade ao seu cliente, sem acréscimo de custos. A partir deste lançamento, quem comprar Zeiss terá sempre garantida uma proteção de 400 nanómetros. UVProtect ou a ciência em nome da proteção visual Os cientistas da ZEISS encontraram novas formas de mudar a matéria orgânica. Este trabalho permite um bloqueio eficaz dos nocivos raios ultravioleta até aos 400 nanómetros, sem efeito visivelmente significativo na transmissão de luz. A Zeiss é, assim, o primeiro fabricante de lentes do mundo a garantir a máxima protecção completa contra a RUV em todas as suas lentes incolores. Até ao momento, a tecnologia no processo de fabrico não conseguia bloquear a 100 por cento a passagem desta perigosa radiação que ocorre durante o dia, mesmo com nevoeiro ou com nuvens e que, como é do domínio público, pode causar graves patologias. Com esta solução, todos os utilizadores de óculos ficam protegidos, quer utilizem lentes de sol ou incolores. A novidade é especialmente importante para Portugal já que devido à sua localização geográfica tem um aumento de incidência de 40 por cento da RUV. “A marca ZEISS é reconhecida em todo mundo, mas esse reconhecimento nem sempre está associado às lentes oftálmicas, a inclusão de uma figura reconhecida e credível por parte do consumidor foi o “casamento” perfeito para esta campanha de sensibilização e alerta”, introduziu Ana Afonso a associação da Zeiss com Catarina Furtado. A apresentadora, atriz, embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e presidente da Associação Corações com Coroa,
foi a figura pública perfeita para chegar ao consumidor. Ainda por cima motivada pelo objetivo de salvaguardar a visão dos portugueses. “Eu protejo os meus olhos da luz que não se vê com lentes Zeiss UVProtect” é o mote da campanha multi-canal que inunda as lojas de ótica em todo o país, outdoors, rádio e nos meios digitais. “É a primeira vez, inclusive a nível mundial, que a Zeiss se associa a uma figura pública como endorser dos seus produtos. Mas tendo em conta, por um lado, a
CATARINA FURTADO
Em discurso direto exclusivo LookVision Portugal Como surge a parceria com a Zeiss? Se eu não precisasse de óculos não faria sentido, porque aquilo que me move enquanto figura pública é ser muito verdadeira com as pessoas. No fundo viram-me crescer. Comecei a fazer televisão aos 19 anos e viram-me progredir enquanto jovem, depois enquanto mulher, mãe, casada, enfim e depois o meu legado enquanto figura pública. A partir do momento que uso óculos para ver ao perto, passou a ser possível estar associada a uma marca de lentes, no entanto aquilo que me moveu mesmo é perceber que a Zeiss significa mais do que qualidade e prestígio. Claro que, esse prestígio, não posso negar, seduz-me, mas também o comportamento e o ADN da própria marca no que diz respeito à medicina com um comportamento de responsabilidade social que me toca. É assim que entendo o meu papel enquanto figura pública, a fazer algo e a deixar algo
de utilidade. Quando daqui é isto que deixo aos meus filhos, uma verdade e também um legado em prol dos outros. E se puder associar a esse meu trabalho, mesmo que seja uma campanha ou um projeto que esteja a fazer, uma mensagem que tenha impacto sobre a vida do consumidor ou do público, então é ouro sobre azul. Ou seja, a relação com a Zeiss vai além da imagem. Aquilo que acontece aqui é eu transmitir uma mensagem que tem a ver com prevenção. Se tem a ver com prevenção tem a ver com a saúde dos portugueses e eu puder dizer a quem me segue que existem estas novas lentes, que são incolores, que têm a proteção máxima e que podem, a partir deste momento, fazer essa prevenção também nos seus filhos. Eu sou uma aliada da saúde pública e isso seduz-me, obviamente. E eu não sabia que apenas
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importância da temática e do impacto que esta novidade pode ter na saúde ocular, a par do perfil com forte cariz humanitário que Catarina Furtado apresenta ao longo destes anos, acreditamos que é a pessoa certa para personalizar esta campanha” asseverou a diretora de trade marketing e comunicações. Para conquistar o apoio e atenção de Catarina Furtado, apelou-se ao seu sentido humanitário e também materno. Aliás “a Catarina é muito seletiva com as marcas às quais se associa. Só comunica os produtos com os quais se identifica e com os quais tem uma história. E a Zeiss, que obviamente era uma marca que já conhecia e que abrange imensas áreas e vertentes, desenvolve e comercializa produtos de litografia ótica, metrologia, microscopia, tecnologia médica, lentes oftálmicas, objetivas fotográficas e cinematográficas, binóculos e tecnologia para planetários, tem feito um trabalho notável. Porém, a Zeiss não trata somente de investigação e desenvolvimento, também tem uma particular atenção pelas pessoas que não têm acesso aos cuidados de saúde através da Fundação Carl Zeiss, há 129 anos. Portanto, ao associar-se a esta campanha a Catarina sentiu-se verdadeiramente responsável por alertar para a prevenção” acrescentou Ana Afonso. Durante a apresentação na Alfândega do Porto, sentiu-se a enorme recetividade desta tecnologia que quer ser incontornável no mercado da ótica. É também o caminho encontrado pela Zeiss para contribuir para o sucesso dos parceiros óticos.
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Exato, mas acaba por ser uma prova da desinformação sobre a área da visão em geral. Temos que passar mensagens informativas, num período em que há muita contra informação. E o Tiago Almeida também referiu na apresentação o Dr. Google, que pode ser o maior inimigo da saúde. Se eu puder ser o veículo de uma mensagem que é verdadeira e é científica, dá-me um acréscimo como figura pública, porque estou a ajudar a informar. Eu faço isso noutras áreas, nas quais trabalho há muito anos, nomeadamente na da saúde sexual e reprodutiva e na área da saúde materna e infantil que é uma vertente que promovo e desenvolvo através da minha associação. Portanto, envolvo-me em todas estas vertentes da saúde voluntariamente para ajudar a população a estar mais informada. Com a Zeiss é mais um caminho e é uma vertente sobre a qual Portugal está pouco ciente. Mas eu assumo que não sabia e fazia parte dos tais 93 por cento. Põe-se creme em toda a cara e deixa-se os olhos desprotegidos, não faz sentido! A partir do momento que passa para o público esta informação, acredito que as pessoas vão fazer opções que têm a ver com investimento na saúde e na prevenção. Afinal, já fazem esforços financeiros noutras áreas de prevenção, nomeadamente na dermatologia, da qual já se fala mais porque temos informações muito visuais do cancro da pele, que somos permanentemente informados sobre isso. Sobre os olhos ainda não.
•• “ O s ót i c o s es t ã o n a l in h a d a fr ente da confiança do c o n s umid o r e s e es tiver em segur os da i n f or ma ç ã o q ue p a s s a m, o consum idor passa a ter a o p ç ã o in fo rma d a de quer er ou não pr evenir- se” •• sete por cento da população tinha a noção clara que, mesmo num dia sem sol, as pessoas que usam óculos sofrem o risco da exposição aos raios UV de forma muito nociva. E nós portugueses ainda somos mais prejudicados por vivermos num país onde estamos constantemente expostos. Tudo isto faz de mim uma mensageira muito mais convicta e com imenso orgulho de estar associada à Zeiss. A Catarina referiu na apresentação aos óticos que, embora conhecesse a marca Zeiss associada ao prestígio de que goza pelos feitos alcançados em várias áreas, não estava ciente da faceta das lentes oftálmicas. Sim, e essencialmente porque nunca precisei.
Para além desta campanha sobre as lentes protetoras, com a qual acabou por aprender algo que não sabia, o que acha passível de ser feito para informar a população? Acho fundamental o que se passou aqui, que foi informar quem vende. Os óticos estão na linha da frente da confiança do consumidor e se estiverem seguros da informação que passam, o consumidor passa a ter a opção informada de querer ou não prevenir-se. De facto, percebi que na apresentação, tanto no Porto como em Cascais, porque fico muito atenta às pessoas que estão a ouvir os oradores para perceber reações, havia muitas pessoas em que se notava que era a primeira vez que ouviam estas informações. Tudo isto tem que ser descortinado em linguagem acessível para que o consumidor perceba e saiba o que pode fazer. Mesmo o consumidor com grande capacidade de aquisição e que pode comprar as melhores lentes do mundo, que neste caso são Zeiss, não sabe que não está protegido.
VAVA e Álvaro Siza Vieira
A 16ª edição da Exposição Internacional de Arquivara, a Bienal de Veneza, foi o a altura perfeita para lançamento de uma coleção inédita de alma portuguesa, mas com coração no mundo. A Eyewear Capsule Collection reune os génios do famoso arquiteto Siza Vieira e do prestigiado designer Pedro Silva. A incrível igreja de Santa Maria do Socorro, em Veneza, abriu portas aos amantes da arquitetura e dos óculos, para este conluio atrevido a 24 de maio.
“A nossa colaboração com Álvaro Siza Vieira, um nome pivot na arquitetura contemporânea, é o resultado de uma indisputável ligação entre a VAVA e as maravilhosamente desenhadas estruturas físicas. O renomado mundialmente Siza Vieira desenhou muitos edifícios icónicos nos últimos 50 anos”, explica assim o líder da VAVA esta união natural. E através deste compromisso, nasceram dois modelos de edição limitada em duas cores de apenas 300 peças consecutivas de óculos. Para esta ocasião, as qualidades essenciais dos modelos estão em sintonia com o ethos experimental do laureado com o prémio Pritzker.
A celebração desta colaboração refletiu-se no convite a André Brito, fotógrafo de moda e nudez artística baseado no Porto, para criar uma série de fotografias sob a máxima, Quando a Arquitetura se Cruza com a Moda. As imagens foram captadas na importante obra-prima de Álvaro Siza Vieira, a Igreja de Santa Maria. Neste espaço o arquiteto atribui uma dimensão sagrada à luz. A igreja situada em Marco de Canaveses foi construída entre 1994 e 1997 e é considerada um paradigma da arquitetura contemporânea.
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Quando a arquitetura se cruza com a moda
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Alcon e Essilor
Potenciar uma nova Visão de Negócio
As gigantes das lentes de contacto e das lentes oftálmicas lançaram de novo o desafio do conhecimento aos seus clientes. Sob a máxima Visão de Negócio, Alcon e Essilor uniram mais-valias para atraírem oradores de luxo que se dirigiram aos óticos de norte a sul com ferramentas de futuro. A 16 e 23 de maio, os museus da Eletricidade, em Lisboa, e Soares dos Reis, no Porto, respetivamente, ecoaram ideias e estratégias que emancipam o setor, numa terceira edição de sucesso. Quase 200 óticos, entre a capital e a Invicta, assistiram a esta iniciativa em prol de um mercado sempre mais preparado para os atuais desafios. Desde a primeira edição em 2016, a Visão de Negócio tornou-se numa iniciativa de topo no panorama nacional da ótica. Os formadores que sobem ao palanque das apresentações são escolhidos cuidadosamente pelas visões acutilantes sobre os negócios, o consumo, o serviço e até mesmo as motivações humanas. Os locais de cada edição são perfeitos para um retiro de conhecimento e o acesso à formação é adstrito a um número estanque de profissionais que se inscrevem na esperança de assistirem a este conluio estratégico. Em 2018, a receita de sucesso repetiu-se. As duas jornadas dedicadas à Visão de Negócio aconteceram, em Lisboa e Porto, em espaços edificantes. A LookVision Portugal esteve presente no Museu Soares dos Reis. Para chegar ao auditório onde decorreram as apresentações foi necessário percorrer galerias plenas de pinturas, esculturas de épocas cheias de ideais. “Tem que se percorrer o passado para chegar aqui ao auditório e olhar o futuro”, explicou à nossa equipa de forma idílica o diretor geral da Essilor Portugal, Gonçalo Barral. No centro do auditório esteve, na abertura, o business coach Paulo Vilhena, figura que acompanha o crescimento desta Visão de Negócio desde a primeira iniciativa.
Aos óticos presentes falou sobre caminhos assertivos para potenciar a venda de lentes de contacto e lentes oftálmicas, numa abordagem fundamentada em mais de 20 anos de pesquisas sobre o desempenho comercial das empresas. E ainda nesta linha, Carla Carvalho Dias, consultora especialista em reorganização empresarial, focou a arte de servir o cliente. Aliás, a formadora defende que se há algo que pode garantir o sucesso de uma ótica é mesmo o serviço e a respetiva ligação ao consumidor. Carles Torrecillas, professor e diretor da escola de gestão espanhola ESADE, repetiu o sucesso da sua palestra de 2017, apontando a direção de êxito de algumas das empresas mais bem sucedidas do mundo. Através de exemplos vívidos, o docente sugeriu projetos atrevidos que podem apoiar o crescimento e diferenciação das óticas. A encerrar a Visão de Negócio de 2018, e como tem vindo a ser habitual, subiu ao palco uma personalidade famosa e que conquistou um lugar de fama na sociedade portuguesa pelo desempenho de excepção na respetiva área. José Alberto de Carvalho, jornalista e cara familiar do Jornal das 8 do canal televisivo TVI, foi o homem forte a subir ao palanque para relacionar informação e inovação. O famoso
Um sucesso que se renova Com a formação no ADN, Alcon e Essilor garantiram dois dias férteis em experiências e estratégias. Tiago Semelhe, key account manager da Alcon, falou à LookVision Portugal em representação da sua empresa, assinalando que “o facto da união ser feita por estas duas companhias está relacionado com a forte aposta de ambas na formação e na valorização do cliente. E claro que, termos clientes sempre melhor informados permite-nos a nós também trabalhar de forma mais eficiente. A escolha dos oradores recaiu em figuras carismáticas, entre as quais algumas caras conhecidas das outras edições, como Carles Torrecillas e o Paulo Vilhena que, pelo sucesso dos anos anteriores, por aquilo que acrescentam e pela forma como expõe os temas elegemos como pessoas perfeitas para o papel de fazer crescer o conhecimento.”
O optometrista da Alcon referiu ainda que as inscrições corresponderam ao limite que consideram positivo para o desenrolar destas apresentações valiosas. Gonçalo Barral defendeu a importância da iniciativa para ambas Essilor e Alcon, uma parceria que “tem funcionado para que haja um conjunto de oradores e um conjunto de situações que leve os óticos a serem cada vez mais profissionais e orientados para um mercado em constante mudança. É preciso chamar a atenção e distribuir algumas ferramentas e ideias que estes oradores trazem de diversas áreas e que os profissionais podem recolher e podem na prática implementar nas respetivas empresas. Porque o mais importante disto não é o dia de hoje, mas sim o de amanhã e que nos próximos 364 dias possam introduzir no seu quotidiano novas maneiras, novos modelos, enfim novas técnicas que lhes permitam abordar cada vez melhor o mercado.” No balanço de uma edição aguerrida e com êxito, os representantes da Alcon e da Essilor decidem as condições para a possibilidade de repetir a proeza em 2019, desde que o objetivo seja a superação.
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comunicador partilhou a sua experiência no mundo dos média e a respetiva evolução e o desafio que representam os novos suportes de informação para a comunicação.
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DMDI
Uma aventura com 20 anos! O hotel Palace Monte Real, em Leiria, serviu de local privilegiado para um momento privilegiado. A DMDI convidou parceiros, amigos e imprensa para festejar aquele momento de 1998 em que Elísio Marques, com mais três sócios, decidiram dar vida à empresa de distribuição de produtos óticos. Entre a emoção de recordar este longo percurso de trabalho e sucesso, impôs-se mais uma ocasião chave para a DMDI. A partir de 2018, a sua longa relação com a fabricante francesa Morel evolui para a Morel Portugal! “A DMDI nasceu, essencialmente, de uma paixão e de uma ambição”, lançou Matilde Marques responsável pelo marketing e comunicação, durante a apresentação que a 17 de maio abriu as páginas da vida da empresa nacional. Em 1998, foi Elísio Marques, formado em ótica em Paris, que deu cara a este desafio, contagiando todos à sua volta. A mala que usou nos primeiros périplos pelo país com modelos da marca Demetz esteve na apresentação, como significado de dias de luta, que lhe valeram a alcunha de Francês, pelo sotaque, e lhe garantiram espaço no mercado, pela perseverança e garra. Aliás, no hotel Palace Monte Real não faltou o primeiro cliente da DMDI, a Óptica Central de Leira, na figura do senhor Pedro. Mas este regresso a Portugal sucedeu um percurso já trilhado em França com êxito. As ligações que criou facilitaram-lhe a abertura de negociações e,
consequentemente,o lançamento da primeira marca de criador no mercado luso, sob a insígnia de Fredéric Beausoleil. Desta forma, iniciou-se a importação de produtos diferenciados, que ajudaram a moldar o “rosto” da ótica portuguesa. O grupo Morel, em específico, entrou nas fileiras da DMDI em 2003 e, em 2005, os óculos atrevidos defendidos pela empresa já apareciam nos intérpretes da ficção nacional televisiva. E o que começou num espaço de 30 metros quadrados tem hoje 700, com Elísio Marques a comandar os destinos da DMDI, como único proprietário desde 2017, juntamente com 25 colaboradores. “20 anos! Já somos uma empresa na maioridade, mas para chegar até aqui foi necessário travar muitas lutas, uma conquista árdua, por termos escolhido a via menos fácil: a da qualidade, inovação e notoriedade, mas
A história de uma Morel que aporta em Portugal A fabricante francesa nascida na região de Jura, mais especificamente na capital da indústria, Morez, em 1880, é das poucas empresas que ainda hoje se mantém nas
mãos da família fundadora. Francis, Jérôme e Amélie Morel representam a quarta geração desta casa centenária, mantendo vivos a criatividade, a qualidade, o serviço e a proximidade que celebrizaram a fabricante. A Morel exprime-se em seis marcas próprias: Marius Morel 1880, Oga, Nomad, Lightec, Kali e Rebel. O savoir-faire da insígnia francesa já lhe valeu vários prémios, tanto nas diferentes feiras da especialidade, como pelos profissionais internacionais do setor. A Morel compõe-se por uma equipa de 250 colaboradores em todo o mundo e fabrica e distribui 1,5 milhões de armações por ano para mais de 94 países. O volume de negócios da empresa reparte-se equitativamente entre a França, o resto da Europa, a América do norte e o bloco de exportação composto pela Ásia, América do Sul e Médio Oriente. A Morel tem ainda uma filial nos EUA, que aponta também objetivos ao mercado brasileiro e de Hong Kong. O mais recente passo em direção ao mundo da Morel é mesmo em Portugal, dando
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bem mais enriquecedora. Uma experiência que as palavras não traduzem, mas que tem sido uma grande escola para todos os que já fizeram parte desta empresa e para os que cá permanecem”, declarou Elísio Marques à plateia. O líder da DMDI assegurou ainda que hoje a DMDI defende uma única filosofia, focando-se no valor inicial e impulsionador da empresa, com olhos em projetos inovadores e que sejam um valor seguro para os óticos. Ou seja, urge prosseguir o caminho de estreitamente das relações com os parceiros internacionais, encarar os clientes como uma extensão natural da empresa e ter a humildade de saber que ainda há um longo desafio a percorrer para conquistar um futuro sólido. “Que venham mais 20 anos!”
mãos à DMDI. “Desde há 15 anos que as empresas DMDI e Morel partilham os mesmos valores: família, independência e dinamismo e souberam ao longo dos anos ultrapassar os caprichos da nossa profissão. Unidos pela mesma paixão por produtos únicos, motivados pela qualidade da distribuição e serviço a aproximação era natural e evidente. Mas nada funciona sem a vertente humana. é por isso que quero calorosamente agradecer à Matilde e ao Elísio pela sua implicação sem falha ao longo do caminho percorrido, mas também pela sua confiança no nosso futuro comum”, celebrou assim o presidente da empresa francesa, Jérôme Morel. Desta forma, a Morel Portugal será mais um desafio para a equipa da DMDI e que defende junto dos profissionais as originais insígnias francesas.
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Ørgreen celebra o sol Na apresentação das criações da temporada quente, a Ørgreen celebra a sua nacionalidade com uma campanha muito dinamarquesa. As imagens abraçam o espírito veraneante através de cores intensas e, claro, óculos muito especiais. A nova campanha da primavera/verão 2018 é protagonizada pelos modelos dinamarqueses Caroline Corinth e Malthe Madsen, fotografados num estúdio de Copenhaga. A segurar a preciosa objetiva esteve o fotógrafo baseada na capital da Dinamarca, Philip Messmann, que soma já três colaborações com a Ørgreen. O artista captou rostos e peças eyewear, unidas em harmonia pelo fundo de cores vibrantes, numa ode ao verão, à vida e à luz. A campanha ecoa a exploração intensa da cor no novo conjunto da marca nórdica, aliada a um design divertido que reflete
a mais recente criatividade da Ørgreen. Aliás, os novos desenhos enfatizam e reinventam os formatos clássicos da insígnia, no entanto revelam também novas e surpreendentes geometrias. O conjunto fresco e de forte impacto de fotografias exibem uma Caroline e um Malthe embelezados com propostas que se adequam a rostos variados e personalidades vincadas. De destacar o estilo da armação Eero, um distintivo redondo unissexo que pode ser monocromático ou, numa versão incrivelmente original, colorido assimetricamente.
Prooptica O portefólio de marcas dinamizado pela portuguesa Prooptica ganha nova vida com as novas coleções das marcas de sempre. Jaguar, Davidoff e ainda a Kodak Lenses justificam a escolha da empresa lusa através de desenhos plenos de originalidade e a mais apurada tecnologia.
Jaguar
Davidoff
Na essência dos óculos desta marca está a elevada qualidade e singularidade que a Davidoff já implementou no mercado através das suas fragrâncias. Cada peça eyewear reflete uma elegância discreta, com linhas contemporâneas e os melhores materiais. Aliás, os modelos Davidoff querem definir tendências através da reinterpretação de clássicos masculinos intemporais e designs autênticos, pintados a tonalidades urbanas. Os óculos são garantidamente leves e delicados, assegurando um nível de elevado conforto, bem como, um estilo soberano e elegante.
A reconhecida marca de lentes disponibiliza, entre as usas gamas, a lente oftálmica Solartec. Esta é a solução ideal para quem quer a melhor performance ótica, sem abdicar da liberdade de escolher os óculos de sol que mais gosta. Desenvolvidas e produzidas recorrendo à mais avançada tecnologia digital freeform e pelo maior produtor mundial de lentes oftálmicas, a lente Solartec está disponível em versão monofocal e progressiva e em índice 1.60 com base 6, 7 e 8 e com diâmetros de 95/98. A respetiva tecnologia de produção permite corrigir a potência e prisma induzido pela acentuada curvatura de alguns designs mais arrojados. Desta forma, assegura-se uma ampla latitude de escolha dos óculos de sol, sem perder o necessário desempenho ótico e o conforto ao usuário. A Solartec tem ainda um conjunto de colorações uniformes e em degradé, bem como múltiplas opções de espelhados e uma versão polarizada.
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A prestigiada marca automóvel empresta detalhes vintage e linhas aceleradas às novidades da estação quente. A coleção foca as formas redondas e combina audaciosamente hastes de metal com charneiras de mola integrada, numa afirmação de sofisticação e qualidade. A paleta de cores multiplica-se e expressa-se em mate ou brilho, destacando as superfícies de tato escovado ou polido.
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Olhos aperfeiçoados, campeões garantidos A optometria portuguesa continua a ganhar mais-valias que a valorizam e a mais recente aquisição em Portugal é um Centro de Alto Rendimento em Visão Desportiva. Este projeto nasceu com o aval da União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses e do Instituto de Educação e Ciência de Lisboa e teve a sua inauguração oficial a 25 de maio, em Lisboa, integrado nas XII Jornadas Científicas de Optometria da associação. Representa o primeiro centro de reeducação visual especificamente concebido para o desenvolvimento das capacidades visuais dos desportistas, consoante a especificidade da modalidade praticada. O líder do novíssimo centro e professor da licenciatura em Ótica e Optometria no instituto superior lisboeta, Henrique Nascimento, revelou os contornos deste empreendimento de peso, que tem muito de si e das suas paixões.
O Centro de Alto Rendimento em Visão Desportiva (CARVD) nasce no seio do trabalho crescente de investigação que se desenrola no Instituto de Educação e Ciência (ISEC) de Lisboa? Sim, como sabe, a nossa licenciatura em optometria é muito jovem mas também muito ambiciosa. A criação desta unidade visa apoiar a investigação e fornecer ferramentas de desenvolvimento das aptidões desportivas através da visão aos praticantes das diferentes modalidades. O trabalho na área da visão no desporto já vinha sendo trabalhado. Esta inauguração lança a primeira pedra do espaço físico? O trabalho nesta área vem sendo efetuado desde o início da licenciatura, uma vez que quando fui convidado para fazer parte deste projeto já trabalhava neste campo da visão e desporto, desde 2003, sendo algo que sempre tive em mente implementar. Este espaço, inaugurado agora, é o consolidar de uma estratégia investigacional da licenciatura, a par de outras.
Quem está envolvido no treino visual aos desportistas e, claro, na vida e desenvolvimento do CARV? Toda a licenciatura está envolvida. Desde professores a alunos finalistas, todos são de alguma forma incluídos no processo. Aqui no ISEC prezamos muito a partilha de informação e, por isso, tento, como líder, neste caso particular da visão desportiva, envolver o máximo de pessoas. Porquê a dedicação ao desporto em particular? Toda a minha vida gostei de desporto, em especial desportos coletivos. Como sou optometrista desde 1983, desenvolvi a curiosidade sobre estas questões entre a visão e o desporto. No princípio de 2000 dediquei-me, paralelamente à optometria, ao treino desportivo, tendo neste momento o curso de treinador de futsal de 3º nível. Fui treinador de várias equipas e, em simultâneo, fui estudando as formas de integração do treino visual com o treino desportivo.
•• “ A c r i aç ão d es t a un id a d e v is a a p oi ar a i n ves t ig a ç ã o e fo rn ec er f e r r am e n t as d e d es en v o l v imen t o das ap t i dõe s d es p o rt iv a s a t ra v és da vi s ão aos p r a t ic a n t es d a s d iferentes m odal i dade s ” ••
São os atletas os únicos possíveis utilizadores do serviço proporcionado pelo CARVD? O centro está aberto a qualquer pessoa que queira melhorar as suas aptidões desportivas, através da ajuda do desenvolvimento das capacidades visuais, se bem que está mais vocacionado para desportistas e equipas de alta competição. De qualquer modo, pessoas com problemas motores podem também beneficiar das nossas atividades no centro, até porque é um espaço que se quer multidisciplinar. Qualquer desporto ou atividade podem ser visados pelo programa de treino, ou existem alguns exclusivos? Qualquer desporto pode ser visado, sendo que existem modalidades mais preponderantes que outras. Inclusivamente, dentro de alguns desportos coletivos existem posições em que o treino visual desportivo é mais importante. Agora que a inauguração oficial foi lançada que projetos reservam para este centro tão especial? Existem muitos projetos em fase de implementação e existem outros já a decorrer, um deles é multidisciplinar e está relacionado com a manipulação maxilar. Que sonhos tem um académico como o professor Henrique Nascimento para este CARVD? Acha que potenciará a investigação na área da optometria? O que quero é exactamente isso, proporcionar ferramentas para os optometristas desenvolverem os seus projetos e teses de mestrado e doutoramento. Devo dizer que, temos alguns alunos que escolheram a nossa licenciatura, precisamente, pelo facto de termos muito implementado nela a componente de terapia e treino visual. Não planeia outros centros noutras áreas de atuação? Claro, depois da implementação da clínica universitária de optometria e do centro de visão desportiva pretendemos criar um centro de estudos em prevenção visual que é, ou deveria ser, a principal arma da optometria.
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Que apoios angariaram para a edificação deste projeto? Neste momento é um projecto financiado exclusivamente pelo ISEC e pela União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses (UPOOP).
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PULA 2018
Por um mundo a ver melhor Com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento da saúde visual de todos, aconteceu na Croácia mais uma Conferência de Optometria da Europa Central e do Sudeste que juntou óticos e optometristas. Durante três dias foram vários os assuntos em cima da mesa, mas sempre com o bem-estar da população e a credibilidade e regulamentação da optometria em cima da mesa. Texto: Mónica Menezes
Foi sob o slogan “optometria e ótica para uma melhor visão” que decorreu mais uma Conferência de Optometria da Europa Central e do Sudeste em associação com a Academia Europeia de Optometria e Ótica e que contou, desta vez, com a parceria da Universidade de Ciências Aplicadas Velika Gorica. De 10 a 13 de maio, na Croácia, participantes de 35 países de todo o mundo juntaram-se para discutir e promover a melhor saúde visual para todos. Eduardo Teixeira, licenciado em Optometria e Optotecnia pela Universidade da Beira Interior, mestrando em Optometria Avançada na Escola de Ciências da Universidade do Minho e presidente da academia [EAOO] que organiza esta conferência, não podia estar mais satisfeito com o que se viveu durante três dias na Croácia. “Em traços gerais, os objetivos propostos foram atingidos. Conseguimos reunir participantes de 35 países de todo o mundo, mais de 80
oradores e 100 posters que refletem a afirmação do congresso anual da EAOO como um evento cada vez mais importante no panorama da optometria e ótica europeia”, explica, entusiasmado. Segundo o líder, o trabalho de parceria com a Universidade de Ciências Aplicadas de Velika Glorica “foi excelente e insere-se na estratégia de promoção da ciência e das profissões naquela região da Europa.” Depois de vários meses de trabalho, é extremamente gratificante para Eduardo Teixeira e a sua equipa ver como uma conferência deste nível alarga o contacto entre profissionais, alunos, professores e investigadores que nela participam. E Eduardo não esconde que, apesar de já ser a 10ª conferência da EAOO em que participa, esta foi a primeira em que esteve presente como presidente e isso acabou por provocar algumas “borboletas na barriga”! “Mas, como nas outras edições, foi uma incrível experiência poder trabalhar
com um conjunto extraordinário de colegas que partilha o sonho de melhorar e fazer crescer as nossas profissões, tal como melhorar a qualidade dos serviços de saúde visual que são prestados às populações”, assume. Para esta melhoria de serviços da saúde visual, durante a conferência debateram-se temas como os da visão binocular e pediatria, olhos cansados, um estilo de vida sem cuidar dos olhos, lentes de contacto e superfície ocular, tecnologia clínica, liderança a pensar no futuro e educação. Para Eduardo Teixeira o pensamento já está em Roma onde, no próximo ano vai decorrer mais uma conferência. Por isso, agora, o presidente da EAOO está focado em “começar a construir uma equipa que consiga superar a PULA 2018”. Apesar de não terem aumentado o número de inscritos em relação à última edição, Eduardo Teixeira não vê isso como uma derrota, bem pelo contrário. “Não tínhamos a expectativa de aumentar os visitantes, considerando o local que escolhemos. Este ano tivemos mais de 500 participantes, um número que superou o que estávamos à espera”, afirma. No primeiro ano em que se organizou esta conferência, em 2012, foram contabilizados 424 participantes de 19 países. A optometria é uma área em grande expansão. De referir o caso de Portugal que
tem contribuído para esse desenvolvimento através de três universidades: a do Minho, a da Beira Interior e, mais recentemente, o ISEC, em Lisboa. A optometria em Portugal é uma atividade ainda não regulada, assunto que tem estado em constante debate por parte de todos os profissionais da área e, naturalmente, por Eduardo Teixeira. “A optometria e a ótica têm diferentes níveis de desenvolvimento na Europa, e este é um dos principais desafios e objetivos da existência da EAOO”, diz o presidente. E vai mais longe: “Queremos elevar os standards das profissões nas diferentes regiões da Europa e, claramente, o desenvolvimento da profissão da área geográfica onde estivemos este ano é bem distinta do que aquela que existe em Espanha e Portugal, tal como o número de profissionais. A decisão de irmos para a Croácia foi com o objetivo de ajudar a crescer a profissão e a sua implementação social.” Roma já está à espera de receber este evento, que irá decorrer entre 17 a 20 de maio do próximo ano. Nessa altura, mais novidades serão apresentadas, novos oradores falarão sobre a sua experiência e sobre as suas descobertas, novos workshops ensinarão novas formas de olhar para a optometria. Um mundo em constante mudança mas, também, em constante e proeminente crescimento.
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•• “Conseguimos r euni r participantes de 3 5 países de todo o mun d o, mais de 8 0 or adore s e 1 0 0 posters que r efletem a afir m ação d o congresso anual da E AO O com o um evento cad a vez m ais impor tant e n o panor ama da optome t ri a e ótica europeia” ••
Centro de Baixa Visão Oftalmologia | 44 |
Uma nova luz para quem não vê
O oftalmologista José Salgado Borges lança-se em mais um projeto altruísta, com incidência na baixa visão. A 6 de junho, na sua ClinsBorges, na avenida Rodrigues de Freitas, no Porto, o médico inaugurou oficialmente o Centro de Baixa Visão, num momento intimista que marca o arranque de um projeto que quer apoiar quem tem graves limitações visuais. Lado a lado com a sua preciosa equipa multidisciplinar, composta pela psicóloga especialista em baixa visão, Margarida Gomes, e Lara Pimenta, a técnica responsável nacional da Hemicare pela divulgação, instalação e apoio aos pacientes, o ambiente é de esperança e de determinação. O apoio incondicional da Hemicare, no que diz respeito à tecnologia também é central e garante a idoneidade deste novo centro. Estivemos no lançamento “da primeira pedra” da iniciativa e ouvimos a problemática deste quadro clínico devido a várias doenças oculares que é incapacitante, tanto ao nível da saúde como ao nível social. José Salgado Borges, Margarida Gomes e Lara Pimenta esmiuçaram as estratégias que podem melhorar substancialmente vidas e deram-nos uma visão privilegiada sobre este tema. 2018 está a ser um ano de muitas concretizações para a ClinsBorges. José Salgado Borges: De facto, a clínica celebra 25 anos e resolvemos implementar três patamares que servem para inovar e fazer algo distinto na área da saúde visual. Um dos objetivos passou por abrir o Centro Integrado de Olho Seco, logo no início do ano. O outro desafio foi pensar no que é que faltava na região e que nós podíamos colmatar. A partir daqui chegamos ao Centro de Baixa Visão. Engloba não só a parte psicológica, que é fundamental nestes doentes, como também uma área tecnológica. Temos tido muito boas relações com a Hemicare, uma empresa que se dedica à alta tecnologia no campo da baixa visão e, conjuntamente, integramos a intervenção psicológica com
a Dra. Margarida Gomes que está ligada à baixa visão no norte há 15 anos. Pela nossa experiência, sabemos que um atendimento individualizado e de excelência necessita combinar a intervenção médica com o apoio psicológico e a adaptação funcional. Quanto ao terceiro objetivo ainda não posso revelar, mas está em andamento. E da parte da Hemicare, para além da alta tecnologia, existe ainda o elemento humano interpretado por Lara Pimenta. JSB: A Lara antes de integrar este centro estabelecia uma ou duas vezes por mês uma viagem de Lisboa ao norte de Portugal, trazendo na mala alguns destes equipamentos. Estava responsável por ensinar às pes-
executar determinadas tarefas que sempre fizeram. É dramático. E por muito que nós oftalmologistas tentemos, por vezes somos impotentes em travar o avanço de algumas patologias. Ou seja, a ideia de fazer este investimento na melhoria de vida das pessoas faz todo o sentido.
soas formas de melhorarem a sua visão. Nós vamos tentar ajudá-la nessa missão. Tínhamos aqui este espaço e desenhámo-lo para conseguirmos dar alguma dignidade a esta ação da Lara e que agora é de toda a equipe. Este centro vai ser uma mais-valia e um marco no norte. Não se pode pensar só numa reconpensa económica, porque não é isso que está em causa aqui, mesmo porque lidamos com pessoas que, na sua maioria, têm dificuldades financeiras. Estamos a celebrar um protocolo de colaboração com a ACAPO, porque queremos que também usufruam dos benefícios deste centro. As portas estão abertas a todos, incluindo outras instituições ligadas à saúde visual. Lara Pimenta: Existe muita falta de informação e depois eu sozinha não consigo chegar a todo o lado. Com a centralização de recursos no Centro de Baixa Visão posso concentrar o tempo que perdia em viagens nas pessoas que precisam de mim. Há poucos recursos e investimento dedicados à baixa visão em Portugal? LP: Sim, muito poucos e num panorama em que existem cada vez mais pessoas com esta deficiência visual. Existe uma falta de informação que queremos combater através da inclusão. E não se pode tratar um indivíduo da mesma forma que outro, porque cada um tem as suas próprias especificidades. Ajudamos no sentido de garantir que tenham pelo menos uma vida normal. Apoiamos momentos simples da vida mas tão importantes, como ver os preços no supermercado, cortar as unhas entre outros. Os equipamentos dedicados à baixa visão são extremamente dispendiosos. Só estão disponíveis a algumas pessoas? LP: Existem apoios em muitas linhas e para todas as pessoas, nomeadamente da Segurança Social, Instituto de Emprego e Formação Profissional, entidades prescritoras, ou hospitais prescritores. Porém quando se fala de um orçamento de Estado para ajudas técnicas, este refere-se a tudo, desde fraldas, bengalas, rodas, baixa visão e muito mais. Significa que as pessoas que requerem estes apoios conseguem aceder-lhes,
o problema é que depois esperam dois anos ou mais. E enquanto esperam têm a vida em suspenso. JSB: A ideia passa por, mesmo do ponto de vista técnico, dar uma informação correta e precisa para não haver hesitações para quem vai analisar o pedido de apoio para aquisição de tecnologia para a baixa visão. Desta forma, porventura, consegue-se diminuir o tempo de espera. E como vai funcionar na prática este trabalho de equipa? JSB: Ainda estamos a estudar todos os cenários, mas a ideia central é dividir o trabalho em duas áreas diferentes. Uma que incide sobre os pacientes da clínica, pois esta é uma mais-valia que lhes proporcionamos. A outra assenta numa divulgação que vamos realizar a pessoas que venham de fora e em cujo diagnóstico a clínica não esteve envolvida. Os doentes podem vir de outros colegas ou de quem fizer a orientação do doente de baixa visão; irão ter o acompanhamento psicológico, se necessário, e no aspeto técnico através da Lara que irá indicar qual o melhor procedimento a seguir. E porquê este seu investimento pessoal? JSB: Acredito que é um direito de todas as pessoas tratarem da sua visão e preocuparem-se com assuntos dos quais pouco se fala como o caso do olho seco. A baixa visão é vista muitas vezes como a área pobre da oftalmologia porque muitas vezes acredita-se que não se está a dar visão muito útil às pessoas. Porém, para quem vê menos de um décimo, e com a possibilidade de aumentarem a sua visão, faz muita diferença. São pessoas que se veem impedidas de
Margarida Gomes: E quanto mais cedo forem detetados melhor. Depois o sucesso da intervenção depende dos recursos utilizados. A situação fica diagnosticada, mas como é que depois ela é trabalhada no sentido de estimular e promover o melhor desenvolvimento da visão? E é ai que muitas vezes quer pais quer professores precisam de orientações mais específicas adaptadas ao diagnóstico das crianças para melhorarem a sua vida. A maior parte da informação que recebemos é visual e não é só para executar tarefas, mas também se aplica nos relacionamentos e na integração social. Há muita coisa que não dizemos, inferimos das nossas expressões e posturas e quando essa informação é reduzida ou distorcida, a aprendizagem e a interação social são afectadas.. JSB: E a Dra. Margarida intervém não só com o paciente, mas também com quem este se relaciona, que nem sempre se trata de uma relação de conflito, mas de super proteção. MG: As pessoas com baixa visão apresentam necessidades muito variáveis entre si; conforme os casos, a adaptação funcional pode ser mais ou menos complexa em termos dos equipamentos necessários, mas a autonomia dependerá muito da forma como a pessoa está a lidar com a sua situação. Que sonho têm para este projeto? A ideia é fazer com que um centro de baixa visão seja adaptado às circunstâncias atuais mas se calhar também, no futuro quem sabe, ser um centro de super visão e conseguir dar uma visão fora do normal a quem precisa, em determinadas áreas e profissões como desportistas, condutores de automóvel, entre outros. Pode potenciar-se toda a capacidade que se tem, usando toda a tecnologia disponível.
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Este centro vai focar mais os idosos? JSB: Isto é tão importante para as pessoas de idade como para as crianças. Porque se as crianças não tiverem acompanhamento da visão na altura em que está a desenvolver-se, que acontece até aos cinco/seis anos, se não forem tratadas convenientemente, não só com óculos, mas com estimulação da visão para se desenvolver a interpretação ao nível do cérebro, as crianças ficam para toda a vida amblíopes.
Optibest – Uma visão para todos
Vender para ajudar A Optibest foi o grande vencedor do concurso Acredita Portugal, na área do Empreendedorismo Social. Este projeto, que ganhou forma no INETE, promete ajudar os mais necessitados com problemas no campo da visão.
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Texto: Mónica Menezes
Com início a 2016, a Optibest nasceu com o objetivo de criar um espaço pedagógico e solidário, no qual os alunos do Curso Técnico de Ótica Ocular, do INETE, pudessem praticar e, em simultâneo, responder a um problema social de saúde visual. João Firmo, líder do projeto, está extremamente satisfeito com o caminho que esta ideia, já posta em prática, tem decorrido. “A Optibest nasce no âmago do curso de Ótica Ocular do INETE devido à consciência que temos de que é necessário valorizar a profissão e melhorar as competências e capacidades técnicas dos nossos alunos à saída para estágio e, por inerência, o mercado de trabalho. Através de práticas em ambiente real, ministrando e treinando as competências técnicas perante a realidade prática, não só preparamos os nossos alunos como prestamos um serviço social para todas as pessoas carenciadas”, conta. Para que não haja equívocos, João explica que a Optibest “não é uma instituição”, mas sim um conceito que ganhou espaço no INETE. “Foi tudo transformado e decorado como um espaço de treino de atendimento técnico-comercial”, revela. Assim, é nesse local que os alunos põem em prática o que aprendem a nível de acolhimento técnico, de optometria e contactologia. Mas como está associado o lado solidário a este projeto? Sempre que alguém for à Optibest comprar um par de óculos, estará a contribuir para a entrega gratuita de outro par de óculos a pessoas carenciadas.
Este é o grande objetivo do projeto: vender para ajudar, para que haja uma melhor visão para todos, através de um serviço de saúde visual com competência e qualidade. No espaço de um ano, já conseguiram ajudar 16 pessoas, mas claro que querem conseguir ajudar muitas mais. “A nossa Missão é servir pessoas carenciadas, referenciadas pelos parceiros sociais – IPSS e outras associações de cariz social, que tenham forma de referenciar efetivamente o nível de carência – classificado como público carenciado”, assume João Firmo. O sonho passa, assim, por a ajuda chegar além-fronteiras: “A Opitibest tem como objetivo alargar a sua intervenção social aos países de origem lusófona.” Mas não só. João Firmo também quer, com este programa, “colaborar no desenvolvimento de competências técnico-práticas dos nossos alunos, mas principalmente nas atitudes de cidadania no setor da ótica; proporcionar um espaço onde as pessoas carenciadas possam ter acesso a um bem essencial ao seu desenvolvimento pessoal, estimular os jovens para a sua entrada num setor de elevada responsabilidade técnica e humana e alertar o setor para a necessidade de dar continuidade a esta profissão de elevado rigor técnico; aumentar o número de jovens interessados na profissão de técnico de ótica e entusiasmá-los a continuar a sua formação académica para Optometria.” E já o poeta diz que “sempre que o Homem sonha, o mundo pula e avança”…
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