EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 69 • JULHO/AGOSTO 2018
João Gonçalves A ótica com energia alternativa André Brodheim
Uma nova mensagem chamada Optivisão
Maui Jim
A Europa com mais e melhor Maui Jim
Optometria
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50
Bases do treino visual desportivo
16
22
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Copenhagen Specs in Berlin
João Gonçalves
Ótica Pacense / Casa dos Óculos
BREVES
ENTREVISTA DE CAPA A ótica com energia alternativa
Já tem inscrições abertas
Celebrações ao serviço da ótica e das marcas
38
44
46
Carl Zeiss Vision
Henrique Nascimento
A noite de Tom Ford no olhar de uma mulher Céline
OUTROS OLHARES UVProtect invade o país
Índice | 4 |
OLHAR EM PORTUGUÊS
OPTOMETRIA Bases do treino visual desportivo
Tema de Capa: João Gonçalves fascinou-nos com a sua “veia” científica, um olhar diferenciado sobre a ótica e um modo de vida positivo, movido a “energia elétrica”.
Diretora: Editora: Redação: Design e Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision PortugalTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal. NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com
Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos, Mónica Menezes Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva e Hugo Macedo lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Isenta de registo na ERC ao abrigo do Decreto Regulamentar 8/99, de 9 de Junho, Artigo 12º, nº 1, a)
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EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 69 • JULHO/AGOSTO 2018
JOÃO GONÇALVES A ótica com energia alternativa ANDRÉ BRODHEIM
Uma nova mensagem chamada Optivisão
MAUI JIM
A Europa com mais e melhor Maui Jim
OPTOMETRIA
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50
Bases do treino visual desportivo
O abraço do verão Editorial | 10 |
Enquanto o país abranda já rumo a dias lentos e quentes, a nossa equipa corre atrás de atividades dinâmicas. Ou seja, dançamos no Rock in Rio Lisboa enquanto registámos o que move André Brodheim, o homem forte da Optivisão. Levantamos o copo em Paços de Ferreira com o nosso ótico da edição 66, Luís Gomes, porque é desta forma que mantém os seus clientes próximos e dá energia às novas coleções de que gosta particularmente. Observámos o périplo nacional da Carl Zeiss Vision, na sensibilização para a saúde visual, sonhámos com o Sunset que envolveu a Essilor e viajámos até à Alemanha para não perder um episódio de luxo na história do fabrico de lentes oftálmicas, com assinatura da Maui Jim. É verdade, para nós trabalhar é “verão”, porque nos apaixonamos por esta inquietude da ótica. Agora estamos quase a abrandar, também nós, a produção, e portanto, antes de assumirmos os dias quentes nada melhor do que destacar uma personagem que gosta da vida bem vivida. João Gonçalves é o ótico que conquista a nossa capa de julho/agosto, porque tem uma Óptica do Centro irresistível, porque opera com base em valores muito rigorosos, daqui também o nosso fascínio por ele e o porquê do respetivo sucesso, e porque é especial. Gémeo do irmão, descobriu outro gémeo para dividir as responsabilidades do seu negócio, e adora carros elétricos e tudo o que o faça viver mais pausadamente. Deu-nos uma visão fabulosa sobre o retalho da ótica e sobre a ótica em geral. Considerando que é cientista de formação e caráter, é uma honra para o setor conseguir conquistar uma personalidade tão completa. E por falar em ciência, não resistimos a quem nos pode dar conhecimentos informados e deixamos a secção de optometria a cargo do prestigiado docente e optometrista, Henrique Nascimento. A encerrar a temporada, abrimos de novo a última página à nossa especialista Mariana Teixeira Santos e ao seu dom pelas artes. Deixa-nos novos olhares criativos que embelezam a nossa alma durante as férias, para garantir um regresso pleno, já com novos olhares atentos sobre o futuro. Vire a página na loja, na praia ou no avião, para não se afastar demais do que se passa no setor. A ótica está aqui! Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.
Tirámos os sapatos em Leça da Palmeira só para sentir de antemão o prazer vivido pelo nosso entrevistado João Gonçalves, quando, ainda antes de abrir a ótica, corre de olhos no mar. Em tempos as corridas eram outras, plenas de stress em direção à sua carreira e aos seus compromissos. Hoje, liberta-se desse estilo de vida e abraça as coisas boas da vida, como ter um carro elétrico ou simplesmente correr com a brisa do Atlântico no rosto.
Making Off | 11 |
Passo certeiro em direção ao futuro
Breves | 12 |
Ultra Limited
Cores que se reinventam A marca transalpina lança novidades refrescantes com designs inusitados que se imiscuem com a sua famosa “assinatura” colorida. O crescimento desta casa nascida em 2014 tem sido incrível, graças em parte a uma maturação criativa genial e principalmente pelo complexo processo de produção que resulta num efeito único no material. A Ultra Limited recorre às mais avançadas tecnologias, combinadas com mãos zelosas de experientes artesãos para dar vida a um percurso de “nascimento” de 41 dias para cada armação. A justaposição de 12 placas de acetato de diferentes tonalidades permite obter esse efeito requintado de cor que torna a marca famosa e impossível de repetir. Para tornar as criações ainda mais originais, a Ultra Limited customiza cada peça com logos, palavras ou assinaturas à escolha do futuro utilizador destes óculos únicos.
ic! berlin
Coblens
Pontes irresistíveis A cidade francesa de Coblence serviu de inspiração ao nome, com a adição do trocadilho com a palavra lentes em inglês, lens. Esta marca orgulha-se das suas raízes profundas no mundo da ótica e considera-se suprema no fabrico de óculos em titânio de primeira classe. A caraterística mais distintiva dos modelos Coblens é a ponte que decora todas as armações e completa desenhos intemporais e robustos, assentes nos valores do minimalismo e da perfeição.
Look up! Olhar em direção ao céu é o conselho desta casa atrevida de Berlim, na Alemanha. Com a nova coleção ic! berlin urban celebra-se um verão citadino que se inspira na melódica organização dos edifícios, na dança dos arranha-céus e na música da arquitetura. Os óculos conjugam a textura única do material resultante da impressão 3D com o metal preferido dos designers da marca alemã e evocam as características mais basilares das cidades. Na conclusão de mais um conjunto artístico da ic! berlin estão os pormenores primorosos, como a interseção entre matérias, as linhas subtis que modelam os desenhos e, claro, a já célebre charneira de encaixe que inspirou tantas marcas do mercado.
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Breves | 14 |
Indo
Nova vida em Portugal A marca dedicada à comercialização de lentes oftálmicas e equipamentos para óticas e oftalmologistas inicia uma nova fase em Portugal com a inauguração, em julho, das novas instalações, no coração de Lisboa. O objetivo central é servir melhor os seus parceiros, através da otimização dos serviços e um acompanhamento técnico mais próximo. Adicionalmente a Indo lusa reúne, desta forma, as suas equipas de lentes oftálmicas e equipamentos óticos sob o mesmo teto, potenciando sinergias em prol dos seguidores da insígnia. O quadro humano da empresa também se renovou, contando com o novo diretor comercial, Tiago Ferreira e os mais recentes gestores comerciais, Tiago Melo e Sérgio Santos, lado a lado com os já experientes António Pinharandas e Nuno Santos. Ainda como reforço comercial, a key account manager Carmem Mendes traz a sua experiência na empresa e conhecimento dos clientes para elevar esta função. Diogo Rosa é também um novo reforço na equipa, encarregue do novo departamento de gestão personalizada de clientes, que alinha a comunicação entre a Indo e os seus parceiros. Em comunicado a empresa ressalva que “o mercado nacional continua a ser essencial na estratégia da Indo, sobretudo nesta nova etapa de crescimento na qual contará com os conhecimentos do seu novo acionista maioritário, o Grupo Ergon Capital.” Em junho, a marca de lentes e equipamentos anunciou a entrada deste gestor de investimentos na Indo Optical, através da compra da uma parte da principal acionária da casa, Sherpa Capital. A promessa é a de mais investimentos para solidificar o crescimento de vendas que a Indo tem registado.
FYSH
Um novo capítulo A marca canadiana lança-se num novo episódio do seu percurso e muda o seu branding. Um visual ambicioso e que fala de olhos nos olhos com a mulher moderna e independente desenvolve-se agora em torno do seu Y, que assumirá um papel cimeiro na comunicação da FYSH, numa mensagem minimalista mas poderosa. Do “outro lado” da marca estão as criações brilhantes que se desdobram em desenhos muito femininos, pontilhados com cores, padrões e efeitos cintilantes que se comprometem com uma imagem perfeita.
MultiOpticas
Projetos sociais ao lado de Jorge Pina O atleta paralímpico Jorge Pina viajou até Cabo Verde para uma formação internacional de boxe, levando consigo alguns jovens da Associação Jorge Pina para competirem e interagirem com pugilistas mais experientes de além fronteiras. No âmbito desta viagem, o atleta passou por diferentes aldeias cabo-verdianas e, com o apoio da MultiOpticas, distribuiu materiais lúdico-pedagógicos como livros e roupas e produtos de higiene pessoal para as crianças carenciadas que vivem nestes locais. Adicionalmente, o grupo de ótica está já a desenvolver um projeto no sentido de, brevemente, levar a estas populações um optometrista para realizar exames visuais e oferecer óculos graduados às crianças. A parceria entre a Associação Jorge Pina e a MultiOpticas, líder de ótica em Portugal, tem resultado em diferentes iniciativas e vai contar com a 3ª edição da Corrida Associação Jorge Pina powered by MultiOpticas e More Results, no dia 30 de setembro, no Parque de Jogos 1º de Maio, em Lisboa. As inscrições já estão abertas e a totalidade dos lucros reverte para a instituição. A Associação Jorge Pina conta neste momento com 200 crianças e jovens e quer incentivar os jovens com deficiência a praticar exercício físico, na promoção do bem-estar mental e social e na integração por via do desporto.
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Copenhagen Specs in Berlin
Breves | 16 |
Já tem inscrições abertas A primeiríssima edição da arrojada Copenhagen Specs in Berlin tem as suas linhas mestras preparadas para receber as mais incríveis marcas do mercado, de 20 a 21 de outubro de 2018. A missão de elevar e promover as marcas independentes terá como base um antigo terminal de autocarros no centro da capital alemã. A feira de coração dinamarquês une a simplicidade dos seus stands de madeira com a arquitetura crua do fabuloso edifício, tudo imbuído do som criado pelo DJ da “casa”. As inscrições para participar em mais este episódio da ótica mundial já estão abertas em http://copenhagenspecs.de/visitor/.
Alain Afflelou
Verão com Paris na alma A nova colecção Afflelou Sun capta, através de linhas sofisticadas e inusitadas o glamour e intensidade da cidade das luzes. Paris é refletida em cada aresta do surpreendente modelo cat eye Betty, no degradé incontornável de Carmen, no atrevimento do desenho de Olaria ou no formato misterioso e oversized de Asioca. O conforto e a qualidade são elementos centrais neste conluio entre design e moda, através de lentes protetoras e materiais suaves e leves.
Xavier Garcia
Clássicos reinventados A marca de Barcelona continuar a carregar no botão refresh nos estilos mais icónicos da herança do design eyewear. A Summer Collection dá assim as boas vindas a novas criações que exibem estruturas metálicas únicas, com reminiscências da cidade natal da Xavier Garcia e a contínua busca pela inovação. O mais recente conjunto reflete uma paleta de cores translúcidas nas hastes, que destacam os desenhos intemporais dos frontais. A mistura entre as linhas delicadas com as cores quentes é apaixonante e é também a estratégia que o artista Xavier Garcia encontra para garantir conforto e leveza aos seus seguidores.
Delirious
Encontros inevitáveis Foi o acaso que fez Marco Lanero encontrar o caminho para os óculos. O artista deparou-se com uma pequena oficina de óculos nas ruas de Cadore, Itália, em 2012, de onde saiu com um modelo sólido, sem marca à vista. Munido desta peça conseguiu surpreender amigos e estranhos que ficaram “agarrados” ao conceito de um produto de qualidade, mesmo não tendo gravado um qualquer nome reconhecível. Com esta informação lançou-se na aventura chamada Delirious, exigido-se uma tal inovação e primor no design, que os óculos falam sozinhos, sem recorrer a marcas. E no site esta máxima é explícita. No Brand Delirious abre imagens de produtos de um gosto apuradíssimo, com linhas intensas em toda a sua essência, completadas com cores díspares e arrojadas. “A única mensagem que temos nas armações é Handcrafted in Italy, por isso não é preciso sequer pensar na marca”, reforça Marco Lanero.
Breves | 18 |
Angel Eyes
À conquista do mercado ibérico A Vinyl Factory e a Freakshow chegam a Portugal e Espanha através do lançamento de um subsidiário próprio da empresa Angel Eyes e sob o comando de Jordi Ponce, antigo gestor da unidade de negócios da Oakley. “Mais do que simples marcas entre as demais, as duas insígnias são histórias que adoramos contar, nas quais a qualidade e inovação são elementos centrais. A aceleração no desenvolvimento do mercado internacional é um grande passo para a Angel Eyes. Confiamos a missão ao Jordi, um especialista nos mercados ibéricos e que introduzirá a Vinyl Factory e a Freakshow aos óticos portugueses e espanhóis”, declarou Gad Guigui, CEO e proprietário da Angel Eyes. Nos últimos dez anos, a companhia de origem francesa distinguiu-se no universo da ótica através das duas marcas que desenvolve, produtos criativos e uma comunicação eletrizante. Através da Vinyl Factory, a mensagem dos óculos assenta na música com detalhes como as guitarras esculpidas no final das hastes. A identidade artística da Freakshow, por sua vez, espelha artistas icónicos para sublimar o rosto dos amantes de óculos, recorrendo a materiais inovadores e a designs cinematográficos.
Vuarnet x Noah
Alianças que apetecem A produtora francesa de óculos uniu-se à marca de culto nova-iorquina, Noah, num impulso criativo fabuloso. A insígnia fundada por Brendon Babenzien e a Vuarnet partilham de referências dos anos ’80 assim como do compromisso com a experiência da autêntica produção manual. Daqui só podia nascer uma coleção desportiva retro transversal, ou seja, que veste os amantes deste estilo dos pés à cabeça, com remate de luxo nos óculos de sol. As peças, cuja cor combina maravilhosamente com as lentes em vidro mineral, são feitas em França sob assinatura atenta e cuidadosa da Vuarnet e completam os restantes artigos feitos nos EUA.
Luxottica
Breves | 20 |
Lusíadas / Iodel Ibérica
Ganha nova expressão na web Esta casa portuguesa impulsiona a sua imagem na internet com um novo site. Novas funcionalidades, um design moderno e navegação mais intuitiva servem para que o grupo Lusíadas / Iodel Ibérica cresça na comunicação com os seus clientes, parceiros e novos visitantes. Desta forma, torna-se fácil e rápido aceder aos produtos e campanhas promovidas pela empresa. Os utilizadores têm também disponível formulários de contacto para assistências, encomendas ou outras questões. A Lusíadas / Iodel Ibérica convida, a consultar a página renovada, astuciosamente apoiada pelas redes sociais, e a subscrever a newsletter para não se perder um momento do dinamismo da marca.
IACLE
Absorve Barberini nas suas fileiras O grande grupo multinacional faz mais uma demonstração do seu poderio ao comprar a empresa líder na produção de lentes em vidro ótico e, mais recentemente, em modelos eyewear. O grupo anuncia num comunicado que, com a aquisição da Barberini, tem o objetivo de “consolidar a sua estratégia de concentração nos polos produtivos de excelência e na excelência do made in Italy.” A transação no valor de 140 milhões de euros é finalizada no terceiro trimestre de 2018 e permite à Luxottica reforçar o know how no segmento das lentes de sol e prescrição de vidro, desde sempre considerado o material mais prestigiado no setor.
Mais e melhor educação em lentes de contacto A influência da Associação Internacional de Educadores em Lentes de Contacto (IACLE na sigla em inglês) alarga-se ano após ano e, em 2017, chega a quase 20 mil estudantes de 560 instituições académicas de todo o mundo. Durante o ano transato, a IACLE aumentou os seus recursos, programas e eventos para garantir uma melhor qualidade no ensino afeto às lentes de contacto e ampliar também o número de profissionais exímios na contactologia. E no balanço anual concluiu-se que, desde 1990, a IACLE forneceu recursos e treino a mais de 2200 membros de 91 países e que, no fecho de 2017, contava com 782 membros ativos de 71 países. Adicionalmente, um total de 154 candidatos participaram do exame Fellow, no passado ano, dos quais 84 foram bem sucedidos. Ou seja, em fevereiro de 2018 somavam-se 328 FIACLE, ou Fellows IACLE, em todo o mundo. Entre as atividades destacadas em 2017 estão o congresso da IACLE, que decorreu na Índia, em setembro, o Research Update que é uma ferramenta de consulta mensal e a IACLE in the World, o programa de radio semanal transmitido através da Franja Visual Radio, na América Latina. E para que tudo fosse possível, a associação contou com o patrocinador de platina, Alcon, de prata, Coopervision e Johnson & Johnson Vision, de bronze, Bausch + Lomb e ainda o doador Euclid Systems.
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Opticalweb
Marca o ritmo do setor há três anos A Ponto 25, empresa de desenvolvimento de software, alinhou a sua tecnologia com o setor da ótica em 2015, com o lançamento do software online de gestão de óticas, Opticalweb. Este que, segundo a Ponto 25, é a primeira e, ainda hoje, única solução online neste mercado arrecada, assim, três anos de crescimento junto dos profissionais. Consultório, CRM, contagem de stocks, análise de rotatividade de stock, RGPD com pedidos de consentimento por SMS ou formulários digitais, entre muitas outra mais-valias foram sendo adicionadas a esta importante ferramenta de trabalho, para responder às necessidades dos óticos. A Ponto 25 garante que o sucesso e diferenciação da aplicação Opticalweb está relacionado com a assistência sem limites de horas, ausência de custos iniciais e atualizações frequentes sem custos associados.
Breves | 22 |
TAVAT
Óculos que pertencem ao mundo Esta casa divide-se em duas partes distintas do globo. Tem os seus desenhos desenvolvidos na Califórnia, EUA, e materializados na potência mundial do eyewear, Itália. Mas não se fica pelo “exterior” dos óculos. A TAVAT também produz lentes e por isso se justifica o mote da marca: “Óculos tecnologicamente manufaturados como as nossas lentes.” E de facto, as linhas destas peças eyewear são minimalistas e subtis, num complexo jogo de formas sedutor potenciado por três diferentes tipos de charneiras futuristas. Tactile, Ex-Cam e Soupcam refletem a simplicidade da mais intrincada tecnologia de precisão e tornam estes óculos os únicos do seu género. A investigação da TAVAT também tem destaque nas lentes e assenta nos estudos de mais de 40 anos dos centros de excelência em cuidados visuais dos EUA. Daqui apurou-se a melanina como a proteção mais válida para introduzir nas lentes solares. Ou seja, a TAVAT consegue criar a combinação perfeita de desempenho, função e design.
Institutoptico
Associa-se a Go Top Model O Institutoptico associa-se à consagrada agência de modelos, L’Agence, no seu 30º aniversário, para potenciar o concurso anual de scouting de novos valores, Go Top Model. O grupo português de óticas é o principal patrocinador desta iniciativa que tem o sucesso comprovado na consagração das modelos Maria Miguel e Maria Clara com o prémio de Melhor Modelo Feminina dos Globos de Ouro da SIC, de 2018 e 2017, respetivamente. Para dinamizar a nova parceria estão previstas diferentes ações que têm início com os dois castings de 18 de julho e 18 de setembro, no hotel Dom Pedro, em Lisboa. A angariação de novos modelos percorre ainda vários festivais e pontos de interesse para os jovens de norte a sul do país. “Estamos extremamente contentes com esta parceria e com aquilo que vai trazer ao concurso. O Institutoptico partilha muitos dos nossos valores e ideias, já trabalhámos em conjunto em várias ocasiões e, por isso, esta vai ser uma colaboração perfeita para descobrirmos jovens talentos para o mundo da moda”, declarou em comunicado Elsa Gervásio, diretora da L’Agence. Do lado do Institutoptico, Paulo Arromba, responsável comercial e de marketing e gerente deixa a mensagem que “o Institutoptico e a L’Agence mantêm uma boa parceria há vários anos e quisemo-nos associar ao 30 º aniversário desta casa que, como nós, é uma empresa 100 por cento nacional, através do seu projeto Go Top Model. É uma honra partilharmos o dia a dia com uma equipa tão bem estruturada, com excelentes valores e princípios e é também para nós enriquecedor fazer parte do universo L’Agence. Esta será uma vez mais uma oportunidade de partilharmos experiências e sinergias e estamos convictos de que será uma edição pautada novamente pelo sucesso.”
Queremos que esteja connosco e que seja como nós Como acreditamos que é importante ser você mesmo, nós acompanhamos-o com as melhores ferramentas para que triunfe sem renunciar ao que é. Por isso queremos que esteja connosco e que seja você mesmo.
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João Gonçalves
A ótica com energia alternativa A Óptica do Centro tem um ritmo único. Localizada na parte mais desconhecida de Leça da Palmeira, ou seja, afastada do mar, destaca-se numa zona residencial pelo design especial, materializado em tons terrenos e linhas modernas que convidam a entrar. Esta Óptica do Centro não tem barreiras e desenrola-se num espaço maravilhoso de exposição de óculos e num local onde os clientes podem tranquilamente conviver com quem ali trabalha, captando a loja de uma ângulo original e apaziguador. E foi assim que nos sentimos à entrada desta casa nos arredores do Porto.
Entrevista de Capa | 24 |
Fotos: Miguel Silva
fundadores da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos e na forma como gostam de fazer ótica. Esta forma de viver a vida reflete-se naquilo com que abrimos este texto. Entrar na Óptica do Centro é abrir portas a um local aprazível, em que nada distancia as pessoas e onde os óculos unem ideias, paixões e amizades. Tem um percurso académico intenso reunindo duas licenciaturas em Física Aplicada e depois em Optometria. De facto, frequentei a Faculdade de Ciências do Porto, sou físico, mas a física em Portugal é aquilo que sabemos, ou seja, nada sabemos (risos). Por acaso já se vai investindo na área, felizmente. Na altura em que estava a estudar havia uma empresa norte-americana que estava a apostar nesta área de formação. Quando terminei, a empresa tinha saído do nosso país fazia um ano e os projetos eram poucos, então decidi, tal como alguns colegas, tirar o curso de optometria. Ou seja, desviou-se do seu objectivo científico. Quando se decide alguma coisa na vida temos um objetivo, mas se existem entraves temos que olhar logo para o lado. Fui para Braga fazer Optometria. Posteriormente fiz estágio no Grupótico na Póvoa de Varzim e fiquei algum tempo por ali. Que é hoje seu concorrente aqui na rua. Eu não lhe chamo concorrência, mas sim colega, e até colaboramos. Se for preciso fazermos algum serviço fazemos. Sempre foi essa a minha filosofia.
E o resto do seu percurso? Quando terminei a segunda licenciatura, o primeiro anúncio que apareceu eu respondi e acabei a trabalhar três meses na General Óptica em Santa Catarina, no Porto. Entretanto um colega foi trabalhar para a Jonhson & Jonhson (J&J), em Lisboa, e disse-me que eles precisavam de alguém no Porto. Assumi o projeto a meio tempo, porque era aliciante. Mais uma curva na sua carreira. Realmente cheguei à J&J e pensei, “o que quer a empresa de mim?” É um laboratório, não produz nada em Portugal e vendas não é a minha vontade. Tinham, na altura, um programa a que eles chamavam open house, que consistia numa campanha em que, numa ótica aderente, estaria uma equipa com uma promotora na rua, canalizando potenciais clientes para a loja onde estaria um profissional da empresa a adaptar lentes de contacto. O programa servia para se experimentar a sensibilidade do que é usar o produto. Só isto. Disse que sim! E gostou mais dessa experiência do que estar no gabinete? Bem, posso dizer-lhe que, na primeira reunião trimestral com a chefe e o grupo de vendas disse “podem mandar-me embora que não estou a fazer nada aqui!” (risos). Não tinha feito um programa, porque não foi marcado nenhum. Em contrapartida, durante este período, vi literatura e desenvolvi os conhecimentos. E, por isso, pude apontar as lacunas que detetei e sugerir de que forma a J&J podia intervir.
Entrevista de Capa | 25 |
João Gonçalves acercou-nos inicialmente expectante, porque afinal “não é muito destas coisas de entrevistas”. No entanto, no decorrer da nossa conversa revelou-se um comunicador magnético e divertido. Cientista por natureza e formação, pautou a vida pelo pragmatismo e pelo trabalho. Com ele, não se fala de sonhos, mas sim de aspirações, obstáculos e novas aspirações. João Gonçalves licenciou-se em Física Aplicada e virou-se para a Optometria quando as perspetivas na ciência escassearam. Trouxe dos estudos científicos os métodos para organizar tudo o que faz na vida e quando assumiu o desafio de ser optometrista fê-lo pela curiosidade do trabalho de gabinete e da interação com os pacientes. Claro que, esse espírito indagador levou-o a desviar-se do gabinete sete anos em direção às lentes de contacto e ao desafio de apoiar o crescimento da Jonhson & Jonhson em Portugal. Conquistou as chefias desta importante casa multinacional com a sua frontalidade. É que João pôs o seu lugar ao dispor com apenas três meses de casa, porque achava que não estava a contribuir o suficiente para a empresa. Por outro lado, expôs as suas acutilantes observações do mercado. Da sugestão do próprio despedimento passou a responsável pela introdução de novos produtos nas óticas. Daqui até à Óptica do Centro bastou a decisão de que já tinha terminado o trabalho nas lentes de contacto. Conhecedor do mercado através das suas investigações, incursões e trabalho como optometrista free lancer, Leça da Palmeira foi o lugar destacado. Vindo de Guimarães, instalou-se na parte residencial da localidade para dar aos seus habitantes uma nova forma de optometria e de venda de óculos. Inquieto por natureza, correu muito nos primeiros tempos, entre as suas responsabilidades como optometrista “itinerante”, o seu novo desafio como empresário e a sua família. Felizmente encontrou paz no seu braço direito, o Filipe, técnico de ótica com quem estabeleceu uma empatia incrível e com quem fez crescer a Óptica do Centro. E se o destino uniu estes dois homens da ótica, também nos surpreendeu a nós durante o nosso ameno colóquio, porque ambos têm uma pessoa igualzinho ao seu lado! Sim, João e Filipe têm gémeos e o irmão de Filipe também é técnico de ótica! E não foi só nesta coincidência que se encontraram. Também nos treinos pela manhã antes de abrir a ótica (quando se mudaram para a ótica maior incluíram na casa de banho um chuveiro que serve este hábito saudável), numa vida mais pausada que inclui a adoção de alternativas aos hábitos poluidores da vida moderna, aliás, João Gonçalves é um dos
não teve sucesso, embora fizesse todo o sentido pela estrutura técnica da lente e foi preciso a Advanced para conseguirmos mais representatividade. E também porque em Portugal funciona melhor o low cost. A J&J ainda hoje não faz marca branca. O trabalho estava feito e vim para aqui. Quando terminei o curso de Optometria pensava que trabalhar numa ótica toda a vida não era algo com que me identificasse. Quatro paredes seria pequeno para mim. No entanto aqui estou e realizado(risos)! Passaram 11 anos sobre essa decisão. Que balanço faz? Nunca se sabe, porque é um processo em andamento! Eu tenho uma filha e a maior parte das pessoas pergunta-me porque não fui para um segundo e eu respondo “já está aqui!” (risos). E tenho que me dedicar a este e não há espaço para mais nenhum. Abri em 2007 e fiz a obra em quatro semanas. Na altura, não tinha muito tempo para a Óptica do Centro, pois ainda estava a cumprir as 20 horas semanais na J&J, que na realidade eram 40/50 (risos) e fazia consultas em nove óticas no país. Andava numa louca correria e não podia deixar mal as pessoas que confiavam em mim. Sempre com valores presentes. Tem que ser, para sermos respeitados.
Entrevista de Capa | 26 |
Entretanto chegou-lhe um reforço precioso. O Filipe Rualde integrou a empresa dois anos depois. Tirou o curso técnico-profissional na área da ótica e este foi o seu primeiro trabalho. A partir daqui as coisas começaram a correr melhor.
Entre as falhas estavam a falta de procura de oftalmologistas, o desconhecimento de certos produtos por parte dos óticos e mostrar as inovações que entretanto surgiram e que não tinham sido apresentadas. O conceito desta casa assentava na filosofia de que ou é líder ou não está sequer presente. E funciona! É um credo. E nós funcionários, para estarmos na J&J também assinávamos um credo. Tínhamos de proporcionar aos usuários o melhor produto J&J. E se houvesse algo melhor tínhamos que avisar a empresa, que se pudesse comprava a tecnologia ou então recuava. E esteve na linha da frente destes lançamentos como ligação ao consumidor. Sim, era eu que fazia a apresentação dos novos produtos na área técnica. Tínhamos uma equipa em Espanha, mas em Portugal era tudo feito através de mim. O que ditou a saída da J&J? A restruturação mudou tudo. Quando aquele trabalho acabou propus estudar novos clientes e perceber porque não usavam as nossa lentes. Foi um ano desafiante e já sabia que ia perdê-lo e então no norte era perdido mesmo, e durante esses seis anos percebi porque é que a J&J não conseguiu melhor penetração. Na ótica há a questão de se estar preso a um produto que funciona, que neste caso era a Acuvue. O lançamento da Acuvue 2
A questão que se impõe hoje em dia é: como trazer as pessoas para dentro da ótica, ainda por cima competindo com o poderoso marketing dos grandes grupos? Tem que assentar no boca a boca, o que é muito difícil. A nossa estratégia passou por escolher marcas diferenciadas. Bom, na realidade quando se começa um negócio não se conhece todas as marcas do mercado. Elas “vão-nos entrando” pela porta e nós é que fazemos o filtro da linha que queremos seguir. Na época do arranque, trabalhava com marcas comerciais, de grandes grupos, até perceber que não era o caminho. Tudo sempre com o cuidado de não ir atrás do que os colegas vendiam. É como quando nos propõem fazer uma montra que todos os outros colegas também farão, na mesma altura. Não me peçam isso! As pessoas gostam de ver coisas diferentes. Aos poucos aconselho os clientes, porque quando me entram na loja e me perguntam, “tem Ray Ban?”, eu respondo “sim aqui na gaveta…e outras coisas”. Aos poucos o leque de marcas começou a ser mais independente e menos comercial. E funciona! Aliás se virmos com cuidado, hoje os grandes grupos estão a tentar apoderar-se das marcas independentes e estas proliferam e destacam-se nas grandes óticas. E acha que o consumidor está mais propenso às novas marcas? Em Portugal é difícil, apesar de que as redes sociais e as novas tecnologias ajudam bastante. Ainda é mais fácil vender um Dior ou um Ray Ban do que um LGR. Mas faz-se e eu já o faço há uns anos. Paralelamente a isto, o espaço e a montra também são importantes como divulgação. E tento fazer sempre montras apelativas. Posso dizer que já tivemos motas de vizinhos e clientes como montra, íamos por um barco ainda na loja antiga mas não cabia. O cliente entretanto já passou aí e disse que agora já cabia (risos). Skates elétricos e outros materiais diferenciados já tiveram destaque na nossa vitrine. E que momentos o fizeram duvidar que tivesse feito a aposta certa? Não duvido, a sério. Continuo a aposta até porque não veem nada afixado a dizer leve dois pague um.
Falávamos sobre o setor da ótica em plena mutação e agora as empresas parecem estar a dirigir-se ao consumidor final com uma mensagem de saúde. É o momento certo? Tem que ser agora, porque há pouco tempo atrás o que se notou é que o low cost veio fazer descer a imagem de qualidade do setor. E o que constato é que algumas óticas tiveram a coragem de deixar que esse ramo andasse no sentido que quer para remar noutro sentido, em direção à qualidade, à saúde e aos cuidados prestados. E não tem receio que toda a inovação e design que se sente na sua Óptica do Centro possa ser assocaido ao estigma do “caro”? Não, porque quem nos procura sabe que aqui está o Filipe e o João. E depois os clientes trazem amigos porque “ali também fazem barato”. Adicionalmente, não nos podemos acomodar. Temos de ir às feiras e ver o que há no mercado que é
tão grande. Fomos das primeiras óticas a ter Seiko em Portugal, uma marca com muita qualidade. Também fomos convidados para representar a Leika quando quando esta vier para Portugal. São aquelas marcas que o consumidor questiona “também faz lentes?”. Sim faz, há mais de 130 anos! Claro que o cliente que quer produto de qualidade testa e reconhece e queremos ter isso mesmo: produto bom. E em todos estes anos de cientista, explorador, indagador (risos), viveu todos os altos e baixos do mercado. É mais fácil abrir hoje uma ótica do que há 11 anos? Tiro o chapéu àqueles que já têm uma loja e abrem mais uma. Será que conhecem algum meio ou cidade que não tenha ótica? Como se arrisca a abrir mais uma? Para quê? Eu não abro mais, porque quero fazer um bom trabalho aqui. Neste caso até podia dizer que o trabalho está feito e vou tentar noutro lado. Mas a questão é onde? Misturar-me mais? Para quê? Estou bem assim. Quero ver a Óptica do Centro crescer bem. Mas entretanto já abriram mais óticas também aqui. Não quero cliente de cartão. Voltamos ao início. Ou estamos a dar um produto de saúde ou vendemos batatas e arroz. Posso dizer que já vendi esses produtos. Sou filho de merceeiro. Nasci atrás de um balcão com uns pais que lutaram para criar quatro filhos e fazê-los vencer na vida.
Como prevê o futuro da ótica em Portugal? Acha que será por este caminho que o João já agarrou há tantos anos? Sim e cada vez mais. Acho que a experiência do low cost mostrou a fragilidade do setor, mas são as novas gerações que têm que melhorar tudo e exigir. E carece informar o consumidor que ainda está aquém. Cada vez mais a saúde será primordial. A tendência é a parte de bem-estar crescer e tornar-se central e não o conceito defendido pelo low cost. E a ciência que é a base da sua formação, poderá destronar a ótica da vida das pessoas? Eu vejo a cirurgia como colocar uns óculos, aliás, eu até fiz laser porque tinha 12 dioptrias, e achava que o laser vinha acabar com as miopias. Não aconteceu. O laser no fundo disfarça a miopia. Devasta-se a córnea, ninguém muda o DNA ou a estrutura do olho para deixar de ser míope. O nosso trabalho será o aconselhamento no uso das novas tecnologias e nos diferentes ambientes. Ver os perigos e aconselhar, arranjar fórmulas, nomeadamente as lentes com filtro azul e outras soluções. Estamos sempre mais dentro da área e sabemos sempre mais sobre o produto e sobre o olho. A ciência desenvolve sim, mas o ser humano vai ficando sempre defeituoso (risos). Surge sempre algo para a ciência evoluir. A ciência não para, não tem fim, por isso também não vejo a ótica a desaparecer.
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Então refazendo a pergunta, que momentos o fizeram ter a certeza de que estava certo. Quando alguém chega e diz “que loja bonita, que óculos bonitos!”. Até tenho uma história gira! Estava com uns amigos em Guimarães, onde vivo, e um comentava que tinha visto uma ótica linda em Leça da Palmeira e no fim percebi que era a minha. Isto faz-me ter a certeza que é o caminho certo. Quando passámos do antigo espaço para aqui, um antigo laboratório com paredes de escritório à moda antiga, e eu e o Filipe fomos fazendo tudo, nos momentos parados da ótica. Desmontamos e montamos praticamente tudo e o arquiteto serviu para tratar da burocracia na câmara. Só não montei o micro cimento, porque não percebo disso.
André Brodheim
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Uma nova mensagem chamada Optivisão
A Optivisão renasceu e com a assinatura de luxo de uma grande família empreendedora, os Brodheim. O grupo ligado à moda há 72 anos olhou para o grande grupo nacional como a oportunidade de contribuírem para um setor que tanto lhes diz. No momento chave, a mítica família, sob a figura do jovem André Brodheim, assinou um pacto de dinamismo com os associados da Optivisão e as mudanças já se veem e sentem. Fotos: Hugo Macedo
Qual a razão para se entregar a esta nova responsabilidade e como surgiu, à partida, a ideia de estar na frente de um grupo? O Grupo Brodheim está há mais de 60 anos ligado à ótica nacional com a distribuição de marcas de óculos. Em 2015, percebemos que o maior grupo de óticas em Portugal estava num processo de indefinição futura. Este facto alertou-nos, pela primeira vez na nossa história, para a oportunidade de alargarmos o nosso trabalho no setor. Percebemos que poderíamos ajudar este grupo a manter a sua génese e fazer mais 30 anos de sucesso, respeitando a orientação estratégica que esteve na sua origem. A partir das primeiras conversas nasceu uma vontade de defendermos o nome da Optivisão no mercado português. Assim foi e, em setembro de 2016 iniciámos este novo percurso na nossa história e na história da Optivisão.
É de conhecimento público que o grupo passava uma fase de desafios. Estes primeiros tempos de liderança devem ter sido difíceis, certo? Tinha um professor na universidade que assegurava sempre: “se dizem que é difícil é porque dá muito trabalho” e esta é a resposta a esta pergunta. Não se trata de ser difícil, pois todas as óticas associadas do grupo Optivisão querem que o mesmo seja forte, dinâmico e um verdadeiro parceiro e, isso sim, é a parte que dá mais trabalho. Fomos muito bem recebidos pela grande maioria dos profissionais, mesmo tendo a difícil tarefa de introduzir algumas alterações que visam a sustentabilidade do grupo e que são diferentes do passado. O que queremos é ter um grupo com pessoas que têm valores e princípios comuns e que percebem que tudo tem de ser equitativo para que prevaleça a harmonia
geral. Ou seja, todos alinhados com o mesmo propósito: o de alcançar a liderança no setor! Que grandes desafios empreendeu para garantir esta “nova vida” à Optivisão? O nosso ótico de abril, Luís Gomes, falou-nos da intenção de unir e uniformizar mais os associados. Esse é o grande objetivo da nova administração. Assumimo-nos como um clube ao invés de franquia, pois os clubes treinam, jogam, ganham e vivem sempre com fãs e sócios que só querem o seu melhor. É esse o espírito que procuramos incutir. Queremos reforçar valores como a proximidade, a transparência e o compromisso entre todos os sócios deste clube. Pretendemos criar um posicionamento mais seletivo e centrado na inovação do serviço em vez de nos posicionarmos pelo
Quais são os números e objetivos delineados para a Optivisão a curto e longo prazo? A Optivisão é sem dúvida o grupo de óticas nacional com maior potencial de crescimento futuro. Temos cerca de 240 óticas e intenção de alcançar as 300 óticas associadas. Segundo os dados da DBK, em 2016 a Optivisão faturou ao público cerca de 68 milhões de euros. O número um do mercado faturou 91 milhões de euros. A Optivisão estava no final de 2016 a 23 milhões de euros do número um, por isso, só podemos trabalhar nesse sentido. Considerando o atual momento do mercado, em que alguns dos grupos instalados em Portugal lutam pela “conquista” das melhores óticas “da praça”, e com mira nos associados da Optivisão, como mantêm a serenidade junto dos vossos óticos? Estamos a fazer o nosso trabalho e a trazer um novo espírito ao grupo e até ao momento fomos muito bem recebidos, não tendo qualquer pedido de saída. A adesão ao novo logótipo foi transversal e em pouco tempo acredito que teremos todas as óticas com a sua fachada alterada. Os nossos sócios sabem que estamos cá para vencer, pois somos um grupo que tem tido sucesso nos projetos que desenvolve e em que se envolve. Viemos para a ótica disputar um lugar de destaque e só mesmo com a Optivisão de hoje é que podemos almejar fazer um marco histórico no setor. Alguns dos principais países europeus, como Espanha ou França, têm no modelo da franquia a resposta para uma ótica mais forte e imune à crise. Em Portugal ainda são as óticas independentes a dominar os lucros totais, mas é por aqui que acredita que seguirá também o mercado português? O modelo da Optivisão é de parceria com óticos qualificados independentes e é assim que o vamos manter. Sempre foi designado de franchising, mas na verdade o âmago do grupo sempre se centrou na parceria. Na Optivisão acreditamos no trabalho de cada independente, que desenvolve o seu serviço para a qualidade, ao invés de estritamente no preço.
No futuro, penso que somente 25 por cento do mercado de óticas estará fora da guerra de preços permanente. E será com base na optometria profissional que conseguiremos continuar a fazer um trabalho de valorização na ótica. Como homem de negócios ligado à ótica há tanto tempo, que vantagens aponta, para o ótico independente, a adesão à Optivisão? A principal vantagem é que deixa de ser um “patrão” sozinho neste mercado. Por vezes é um trabalho solitário, que agrega custos acrescidos, muito trabalho de organização e nisso um grupo pode ajudar. Somos cada vez mais um prestador de serviços de gestão e marketing que facilita a vida dos óticos para que possam estar mais dedicados ao serviço ao cliente. Na Optivisão estimulamos os sócios a ativar o seu negócio, apoiando na operacionalidade e no desenvolvimento do seu negócio. Em paralelo, temos marcas próprias e exclusivas com margens interessantes, um cartão de crédito, um seguro, uma central de compras, acordos exclusivos com seguradoras e mais de 200 parcerias ativas. A tudo acresce-se ainda um departamento de marketing focado em gerar tráfego diário nas lojas Optivisão. Só assim conseguiremos ser o grupo líder em Portugal.
Como alinhar uma estratégia contra o poderio dos grupos de consumos nacionais e internacionais? Estamos no mercado da moda há 72 anos e sempre trabalhámos para consumidores muito exigentes. Quando apareceu o grupo Inditex já tínhamos 50 anos, depois a H&M, e muito recentemente a Primark ainda mais barata, mas nós continuámos sempre a servir os consumidores que preferiam a qualidade. Todas as ofertas são legítimas, mas nós acreditamos mais na qualidade do serviço ao cliente. Posto isto, que futuro auspicia para a ótica lusa? O setor da ótica está agora a reinventar-se e tem sido um processo muito interessante, tanto para os óticos como para os consumidores. Vamos assistir nos próximos três anos a uma transformação do mercado devido às parcerias mundiais que estão a acontecer e os óticos vão ter cada vez mais a necessidade de se aliarem e agruparem para se tornarem mais eficientes. Cada grupo terá o seu posicionamento e os óticos poderão escolher com qual se identificam mais para aderir. É nesse sentido que estamos a renovar o grupo Optivisão, para que seja uma alternativa diferente e de referência à oferta que existe atualmente no mercado. Olhar em Português | 29 |
preço. Queremos estar centrados e colocar o focus da ação comercial no prestígio das marcas dos nossos fornecedores preferenciais. O grupo Brodheim trabalha há mais de 70 anos com as grandes marcas mundiais no setor moda têxtil e tem o máximo respeito pelas mesmas.
do site da marca e com projeção no flip chart, numa interação fabulosa com os visitantes do stand. Durante todo o festival, um fotógrafo Optivisão percorreu a zona do recinto à procura dos festivaleiros com os visuais mais cool, a utilizar óculos de sol, para serem submetidos ao escrutínio dos internautas nas redes sociais. Como recompensa, o look eyewear mais cool selecionado em cada dia do festival, receberá uma armação de óculos de sol Moss Eyewear. Sofia Aires, diretora de marketing do grupo Optivisão enaltece que “a nossa presença no Rock in Rio Lisboa, onde se destacou a adesão ao desafio de cocriação do modelo de óculos exclusivo RiR 2020 com os fãs do festival, foi extremamente positiva e veio reforçar o nosso objetivo estratégico de criar uma maior proximidade com os portugueses, numa fase importante de reposicionamento e novo rebranding da marca.”
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Optivisão Inspiração ao ritmo do Rock in Rio A oitava edição do famoso festival Rock in Rio Lisboa, decorrido entre 23 e 24 e 29 e 30 de junho no Parque da Bela Vista, teve a presença de luxo do grupo Optivisão, o representante exclusivo do setor da ótica do evento. Entre muita música, divertimento e até a visita de caras famosas, entre elas a fadista Cuca Roseta, embaixadora da marca, nasceram as linhas que compõem os óculos assinados pela Optivisão para o Rock in Rio de 2020. Tudo a partir da criatividade dos festivaleiros. A adesão ao desafio de ver eternizada uma ideia em óculos especiais foi impressionante. Os fãs do Rock in Rio Lisboa deram largas à imaginação e deixaram no flip chart electrónico, disponibilizado para o efeito, muita criatividade e originalidade. No fim da contagem, apuraram-se 200 propostas a serem consideradas elegíveis para votação. O grande vencedor ganha uma armação Moss Eyewear e ainda a possibilidade de assistir à edição do Rock in Rio Lisboa de 2020. E esta competição saudável não foi o único fator apelativo lançado pela Optivisão no festival. Na loja pop-up instalada no
número cinco da EDP Rock Street, envolta de ambiências que remeteram para a região africana do Gana, a encantadora Cuca Roseta distribuiu boas energias. A artista que assumiu a imagem do grupo tem a responsabilidade de abrilhantar a coleção de originais Optivisão Moss Eyewear, em 2018. A esta cara conhecida juntaram-se ainda a modelo Diana Pereira e a apresentadora da SIC, Inês Folque. A fechar este enredo famoso, o piloto de rally, Renato Pita, com quem a Optivisão tem uma parceria na sensibilização para a saúde visual nas escolas nacionais, não faltou à chamada da música e dos óculos. O grupo nacional apresentou também, no âmbito da ligação ao festival, o Moss Eyewear Festival Look. Trata-se de um modelo muito especial dedicado ao sol, unissexo e com o metal como matéria primordial. A preceder o charme que emana estão as lentes que podem vir em cinco cores com a opção de espelhado, para um estilo trendy pop dos anos ’90. Outro momento especial foi a estreia da coleção Moss para prova no espelho virtual online
O festival do Parque da Bela Vista serviu ainda para uma ativação com a App Optivisão, serviço móbil de apoio à avaliação da performance da visão, que possibilita identificar lentes customizadas e morfologicamente adequadas ao estilo de vida de cada utilizador. É um serviço gratuito e absolutamente pioneiro em Portugal e na Europa, que possibilita aos utilizadores descobrir as lentes adequadas às diversas exposições à luz a que estão sujeitos. Na conclusão fica a certeza de se ter criado uma legião de seguidores desta “nova” Optivisão, que estarão atentos aos resultados desta partilha intensa em pleno Rock in Rio. O encontro ficou marcado nas óticas de norte a sul e, claro, para 2020 na próxima celebração à música desta organização.
•• “ O I n s t i t ut o p t ic o n ão p odi a es t a r ma is m ot i v ado c o m es t a p ar c e r i a. A St efa n el é u m a m a rc a ímp a r q u e p r e meia v a l o res m u i t o e q u i v a l en t es a o s n os s os , c omo s eja m a q u al i dade e a fa míl ia . A s u a e x p e r t is e em mo d a f oi e s s e n c ia l p a ra c ria r u m a c ol e ç ã o d e ó c ul o s i n ov ador a e el eg a n t e” ••
A conquista foi anunciada durante o primeiro Congresso Institutoptico, em junho, e aumenta as vantagens para os óticos que pertencem a este grupo 100 por cento nacional. As armações e óculos de sol Stefanel passam a integrar os escaparates das óticas associadas, em exclusivo. Com um posicionamento premium, a italiana Stefanel reúne 50 anos de experiência no mercado e mais de 1200 colaboradores por todo o mundo. O segredo do seu sucesso ao longo deste período esteve na contínua reinvenção e na conquista de um público especial e muito fiel. “O Institutoptico não podia estar mais motivado com esta parceria. A Stefanel é uma marca ímpar que premeia valores muito equivalentes aos nossos, como sejam a qualidade e a família. A sua expertise em moda foi essencial para criar uma coleção de óculos inovadora e elegante. Estamos convictos que será uma marca com muito sucesso junto dos nossos clientes.”, declarou Paulo Arromba, responsável pelo departamento de marketing e gerente do Institutoptico. E a aposta da Stefanel espelha o caminho que a empresa quer continuar a traçar, nomeadamente, na criação de padrões elegantes assentes no conceito de moda italiana, intemporal e de qualidade. “Estou extremamente orgulhoso pela oportunidade e parceria que criámos com o Institutoptico, uma vez que a forma de estar e a mentalidade da empresa são muito semelhantes à da Rédélé e esta é, sem dúvida, uma excelente forma de expandir a presença da empresa na Europa.”, reforçou Alessandro De Vecchi, CEO da Rédélé, a experiente produtora italiana autorizada pela Stefanel a desenvolver e produzir a sua linha eyewear. Tal como acontece com a coleção de roupa, a versatilidade é a palavra de ordem tanto para os desenhos, como para a variedade de cores. A coleção está pontilhada de designs atrevidos, que se desalinham dos padrões instituídos para criar óculos únicos de uma elegância fabulosa. As tonalidades aplicam-se como remate de todo um conjunto de qualidade superior, que se compromete com as mulheres portuguesas mais exigentes.
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Luxo Stefanel em exclusivo no Institutoptico
Ótica Pacense / Casa dos Óculos
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Celebrações ao serviço da ótica e das marcas A pensar na dinâmica das vendas, nos seus clientes e parceiros, nos colaboradores e, claro, numa boa festa, a Ótica Pacense e a Casa dos Óculos abriram portas a dois eventos tipo cocktail à luz da lua, para celebrar a atividade das suas óticas e lançar as novidades sedutoras de Gucci e Massada. Em nome da Ótica Pacense, a 15 de junho, na Casa da Eira, em Paços de Ferreira, e sob a marca Casa dos Óculos, na própria loja, a 22 de junho, em Lousada, brindou-se à arte, à música, à cumplicidade e aos óculos. O ambiente festivo consagrou dois palcos principais na noite de 15 de junho. Gucci e Massada tiveram honras de destaque com o resultado de mais uma época criativa em exposição na Casa da Eira, sob a organização da Ótica Pacense. Luís Gomes e Rui Gomes envolveram a LookVision Portugal neste momento vital da empresa, que é, aliás, um dos elementos que os distingue dos demais: a simpatia irresistível e uma faceta humana enorme. O sorriso do artista ligado à música e do seu irmão na vida e nos negócios receberam amigos, imprensa e parceiros para uma festa descontraída ao som da banda portuense Cover Van. Pela noite dentro saboreou-se cocktails, experimentou-se modelos eyewear maravilhosos e conviveu-se com genuína felicidade.
Lousada festeja o design Na Casa dos Óculos repetiu-se a celebração da moda e da criatividade, desta feita a 22 de junho. Dentro das quatro paredes da ótica juntou-se um grupo divertido que ao som dos artistas da Invicta, Fulano-X, “vestiram-se” de desenhos arrojados e vanguardistas da independente Massada e da famosa Gucci. E porque a família da Casa dos Óculos e da Ótica Pacense adoram a arte, chamaram a colaborar na festas artistas de todos
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•• Luís Gomes e R ui G om e s envolver am a Look V i s i on Por tugal neste m ome n t o vital da empresa, q ue é , aliás, um dos eleme n t os que os distingue dos dem ais: a sim patia ir resistível e uma f a ce t a humana enor m e ••
os quadrantes. Na área das sonoridades envolveram duas bandas jovens já referidas. Na decoração e harmonização dos óculos com os espaços esteve na frente das decisões a empresa O Filho da Rosa. Para adoçar os convidados não falharam os criativos da Bakewell. A eternização de rostos, sorrisos e de combinações perfeitas entre pessoas e óculos esteve a cargo da empresa O Ninho. Gucci e Massada: novas aventuras A Massada mantém-se fiel ao seu percurso, contando histórias tão diversificadas quanto as pessoas que integram esta equipa com sede assente na Suíça. A subtileza dos desenhos, por vezes aprofundada pela combinação com o acetato, não desvia as atenções para os desenhos completamente contra-corrente. Dourados e prateados metálicos são perfeitos para acrescentar uma dupla ponte estratégica, ou para combinar com lentes de cores corajosas e tudo apontando às personalidades mas fraturantes entre os amantes do verdadeiro eyewear independente. A Gucci continua a surpreender os seus imensos seguidores, em todo o mundo. Para 2018, preparou um cenário quente em torno das novidades, com a a ampla calçada da Venice Beach, em Los Angeles, EUA, como fundo. Monocolor Collection é o grande destaque e vibra nas cores fluorescentes e nos tamanhos oversize, recuperando a loucura brilhante da cultura urbana dos anos ’80.
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A Europa com mais e melhor Maui Jim A marca de óculos de sol premium criou uma ponte robusta para a Europa ao investir nas suas primeiras instalações de produção high-tech no velho continente, mais precisamente em Braunschweig, na Alemanha. A abertura oficial fez-se sob o olhar atento da imprensa especializada internacional do setor da ótica, a 25 de junho. A LookVision Portugal esteve na linha da frente deste acontecimento, para eternizar o passo gigante para a história da Maui Jim e da própria indústria europeia, que ganha uma nova linha de horizonte, delineada pela avançada tecnologia em fabrico de lentes. A equipa da LookVision Portugal partiu ansiosa por ver esta conquista da Maui Jim. É que nos últimos anos a empresa faz sempre questão de partilhar com os seus parceiros de imprensa os seus feitos e as razões que a fazem ser uma das mais imponentes empresas do setor da ótica. A primeira etapa desta viagem foi o mais recente laboratório. Um impressionante edifício com a maquinaria mais avançada da área, num registo futurista que ainda está em crescimento, embora a fábrica já
funcione com toda a capacidade. Acontece que está preparada para muito mais, caso as circunstâncias o exijam. Quem conduziu a comitiva durante o percurso que descreveu uma a uma as máquinas e respetivas funções foi Paul Ponder, diretor do fabrico de lentes de prescrição e Martijn van Eerde, diretor internacional de marketing. Quando questionados sobre as dificuldades que acarreta um desafio destes, Martijn não tem dúvidas. “É mais difícil gerir algo tão grande, claro.
Mas, por isso, encaramos um passo de cada vez, não abrimos montes de filiais, não nos descontrolamos e o laboratório de Braunschweig também vem dentro desta estratégia. E isto leva-nos à questão da capacidade produtiva desta fábrica, porque os números são sempre importantes. Posso dizer que produzimos muito, porém podemos fazer muito mais. Somos nós que tomamos a iniciativa de “travar” a velocidade da produção, porque valorizamos a qualidade. Queremos tudo perfeito. Aliás esta equipa nunca será avaliada pelo número de peças produzidas, mas sim pelas queixas que possamos receber dos consumidores.” Foi Paul Ponder que nos levou pelo novo caminho das lentes e dos óculos da Maui Jim. Este homem tem a responsabilidade do super funcionamento do laboratório central da empresa em Peoria, Illinois e também por mais sete que construiu entretanto nos EUA. E o que também surpreende neste super complexo, é a vocação ecológica que inclui. Ou seja, a água usada nos processos de fabrico é limpa e reutilizada e todos os detritos sólidos são comprimidos para se reciclarem. Ponder indicou-nos que são produzidos 15 mil óculos por semana, executados por três turnos de trabalho em cinco dias, com possibilidade de aumentar abruptamente se necessário. Aliás, este será o laboratório de reserva, porque embora o laboratório central em Peoria, no Illinois, cubra toda a demanda pela Maui Jim, os tornados são uma realidade nos EUA. “Há dois anos tivemos um que passou a apenas uma milha das nossas instalações e isso podia colocar-nos em maus lençóis. Ficaríamos seis meses sem produção. Assim ,estamos assegurados nesse caso e no caso de Donald Trump impor taxas que prejudiquem o nosso negócio além fronteiras”, adicionou o diretor internacional de marketing.
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•• “Som os nós que tomamos a iniciativa de “tr avar ” a velocidade da produção por que valoriz amos a qualidade. Querem os tudo perfeito. Aliás esta equipa nunca será avaliada pelos números de peças pr oduzidas, mas sim pelas queix as que possamos r eceber dos consum idores. ” ••
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•• “ Mui t as m ar c as d e ó c ul o s d e s ol au t o- d efin em-s e pr ed om i n an t emen t e p el o de s i g n das a rma ç õ es , m as n ós n a Ma ui J im s e m p r e n os vimo s c o mo u m a e m p r e s a t ec n o l o g ia e m p r ol da b o a v is ã o ” ••
No fim da impressionante visita foi tempo para um convívio entre colegas de setor de longa data imersos no espírito positivo da nova fábrica. E já que a tecnologia foi o tema desta viagem de imprensa, a Maui Jim convidou os jornalistas para seguir de Braunschweig até Berlim. No caminho, fez-se um desvio estratégico para consultar um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo. A muito alemã Volkswagen. Seguindo a filosofia aloha, os convidados desta Media Trip relaxaram depois perante a mestria dos artistas do som, da tecnologia e do teatro, os Blue Man Group, em plena sala de espetáculos Bluemax, na capital alemã.
Investimento avultado na Alemanha O espírito aloha e o made in Germany unem-se de forma avançada em Braunschweig, graças a implementação de uma fábrica completamente digitalizada. É a primeira do seu género fora dos EUA, segundo a Maui Jim. O produtor de “coração” havaiano dedicado ao eyewear de alta qualidade e de lentes de prescrição e nascido em 1980 investiu mais de dez milhões de euros nestas novas instalações futuristas. Ao fazê-lo, a Maui Jim vai potenciar, nos próximos anos, 85 novos postos de trabalho, formando a equipa que vai fornecer todo o continente europeu a partir de Braunschweig. Esta casa do Havai está na frente da lista dos principais fabricantes de óculos de sol e lentes de topo. O considerável investimento na Alemanha é o primeiro grande atrevimento da equipa dirigente da Maui Jim fora o território norte-americano. São aproximadamente 2300 metros quadrados onde se produzem as lentes para a gama de óculos de prescrição lançados no início de 2018 e para os óculos de sol. Estes produtos caraterizam-se pelos vários tratamentos inovadores, onde se inclui a tecnologia patenteada PolarizedPlus2. Walter Hester, fundador e CEO da casa do Havai, proclamou que esta foi a localização escolhida pela qualidade adjacente à marca made in Germany. “Muitas marcas de óculos de sol auto-definem-se predominantemente pelo design das armações, mas nós na Maui Jim sempre nos vimos como uma empresa tecnologia em prol da boa visão. O nosso propósito para o espaço construído em Braunschweig é providenciar ao mercado europeu material de qualidade irrepreensível no segmento das lentes oftálmicas e garantir aos nossos clientes um serviço espetacular.”
Braunschweig, a porta de entrada para a Europa A Maui Jim inteirou-se de Braunschweig pela primeira vez em 2004, onde estabeleceu um centro de distribuição. Sete anos mais tarde, a companhia expandiu e, pela primeira vez, comprou um lote de terra fora dos EUA. Desde 2012, a área de cerca de 3000 metros quadrados alojou o armazém central para a Europa, assim como o centro de distribuição. Com o espaço produtivo de corte de vidro, mais 2300 metros quadrados foram adiciona-
dos ao espaço existente. Tudo somado, é o tamanho aproximado equivalente à sede global localizada em Peoria. “A fábrica é estado da arte!”, asseverou Walter Hester, porque a Maui Jim quer mesmo elevar o serviço aos seus clientes da Europa para um outro nível com a expansão. “Para nós, aloha não é apenas uma expressão, mas um verdadeiro pilar da nossa filosofia. Queremos ser primeira classe, afáveis e rápidos”, conclui o CEO da Maui Jim. Com as novas instalações de produção, a marca havaiana lança uma importante fundação para atingir este objetivo. Maui Jim: uma nova forma de viver a luz A marca de óculos de sol nasce nas praias do Maui. A razão fundadora da Maui Jim foi mesma a da proteção visual dos raios nocivos que assolam a ilha e que hoje se alarga a utilizadores de todo o mundo. Hoje, a insígnia do exótico papagaio é reconhecida pelo seu incomparável espírito aloha e um serviço ao cliente primoroso. Como razões de sucesso existe ainda a tecnologia patenteada PolarizedPlus2 em lentes, que bloqueia a 100 por cento os raios UV e elimina o brilho, emancipando cores, definição e a perceção de profundidade. Os óculos de sol Maui Jim conquistaram o selo de recomendação da Fundação do Cancro da Pele, precisamente por este trabalho bem conseguido e por ser um filtro dos raios UV efetivo para os olhos e da pele circundante.
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O fator decisivo na escolha da área para a construção da fábrica foi a competência alemã na alta tecnologia e engenharia. “Reunimos colaboradores qualificados e um ecossistema comercial excelente in Braunschweig.” destacou Walter Hester. As novas instalações vão diminuir significativamente os tempos de fabrico e entrega das lentes de prescrição para o mercado europeu, embora a Maui Jim seja já conhecida no setor pelos tempos curtos de entrega. Antes, os distribuidores de fora dos EUA esperavam cerca de cinco a seis dias úteis, quando a médica de espera na indústria é de 15. Agora os pedidos podem ser produzidos em apenas 24 horas. Ou seja, as novas valências da Maui Jim na Europa permitem eliminar a autorização da alfândega. Com a nova fábrica de corte de vidro, a gama inteira de lentes de prescrição pode fabricar-se na Alemanha.
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Zeiss leva UVProtect pelo país A proteção da visão está na ordem do dia e a Zeiss tem contribuído para que se incida luz sobre o tema. Com Catarina Furtado como rosto desta mensagem e do seu produto inovador UVProtect, a equipa desta fabricante de lentes oftálmicas rumou de norte a sul do país para sensibilizar os portugueses para a importância de manter os olhos salvaguardados dos raios UV. A 21 de junho, as cidades de Lisboa, Leiria, Torres Vedras, Setúbal, Espinho, Porto, Viseu e Braga receberam a ativação de marca da Carl Zeiss Vision Portugal, nesse que foi o dia mais longo do ano. Espaços decorados com a identidade da fabricante e equipas de duas promotoras vestidas a rigor, com t-shirt e boné Zeiss e uma pulseira fotossensível Zeiss UVProtect, atraíram interessados e curiosos para o conceito premente da proteção UV, incentivando bons hábitos e testando quanto, de facto, protegiam os óculos que usam habitualmente, através do equipamento Demo Tool. Para manejar esta ferramenta esteve ainda um experiente delegado comercial da Zeiss. Depois de bem explicada a problemática da proteção UV, era altura de expor a solução assinada pela Zeiss, com a tecnologia UVPRotect. Dentro desta dinâmica, distribuíram-se as pulseiras alusivas à novíssima tecnologia entre os visitantes dos diferentes stands, que em exposição ao sol mudam a cor mediante o grau de intensidade dos raios UV, num espetro de cores entre o branco e o violeta. Adicionalmente, os visitantes
puderam tirar uma fotografia com uma photo frame personalizada, para publicar nas redes sociais da Zeiss. UVProtect ao serviço da saúde O sol é a principal fonte de radiação UV (RUV). Mesmo em dias nublados, ou parcialmente nublados, há a possibilidade de exposição intensa a esta radiação. Os raios UV podem resultar em consequências muito nocivas para os olhos, desde a conjuntiva até às pálpebras, estando na origem de cataratas, queimadura da córnea e fotoenvelhecimento e alterações da pele. Segundo os dados preocupantes apurados pela Zeiss, 80 por cento das lentes vendidas actualmente no mercado não têm proteção máxima contra os raios UV. Perante tais riscos para a saúde ocular, a Zeiss passou a integrar a tecnologia UVProtect em todas as suas lentes incolores. Esta inovação bloqueia totalmente a radiação UV - até aos 400 nanómetros. O mais importante de tudo é que esta benesse proporcionada aos clientes não tem custo extra. É agora parte integrante das lentes Zeiss.
SILMO Banguecoque
As “viagens” do SILMO além fronteiras provam ser a melhor estratégia de crescimento desta marca de referência entre as feiras de ótica mundiais. O primeiro evento decorrido em Banguecoque, na Tailândia, entre 20 e 22 de junho fechou portas com contas positivas, com mais de 3750 visitantes profissionais de 42 países a responderem ao desafio. A organização da feira já declara que o SILMO Banguecoque é o certame de destaque para a indústria da ótica da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ANSEA), ditando um novo episódio na respetiva história. “O tema Negócio Encontra Moda refletiu-se através da exposição das mais recentes tendências e das colecções eyewear de mais de 250 marcas de todo o mundo, incluíndo Alexander McQueen, Christopher Kane, ic! berlin, Linda Farrow, Miu Miu, Muzik, Paul Hueman, Stealer, Stella McCartney, Sunday Somewhere, TAVAT e Von Arkel. O Silmo Banguecoque revelou ainda a Pop-Up Store, uma área que exibiu dezenas de marcas e coleções icónicas, criando uma novíssima experiência para o visitante”, declarou Loy Joon How, diretor geral da empresa responsável pela área de exposição, IMPACT. As empresas europeias acercaram-se desta feira com interesse. Foi o exemplo da francesa Jeyes, representada pelo seu agente de vendas e consultor, Jessy Tissot. “Proporcionamos armações em pele e estamos a apostar nos clientes da Tailândia e região adjacente. Contudo é difícil chegar aos consumidores aqui e, por isso mesmo, o SILMO Banguecoque é uma boa plataforma para encontramos clientes da zona”, explicou o representante. A explicar o largo número de visitantes desta edição de 2018 esteve também a Conferência Internacional
de Optometria da Tailândia de 2018, organizada pela Associação dos Optometristas de Thai. Este encontro científico foi responsável por atrair mais de 550 profissionais. O programa de dois dias de apresentações teve a contribuição de 20 palestrantes de renome, que exploraram o tema: Visão, Aprendizagem, Vida e Entretenimento. O desenvolvimento visual, a tecnologia no apoio à vigilância visual para uma visão melhorada, a ciência por trás dos designs das lentes para ajudar pacientes e muitos outros tópicos tiveram voz no palanque de apresentações. Adicionalmente, expôs-se conhecimentos que apoiam um melhor desempenho nos negócios de ótica como casos de sucesso de lojas online ou soluções de marketing digital para as lojas e grupos. Em jeito de conclusão, Loy Joon How afirmou que “o SILMO Banguecoque quer criar pontes entre os fornecedores e fabricantes de eyewear, desde lentes, instrumentos óticos, equipamentos e e maquinaria e serviços e quer ainda facilitar os negócios e garantir oportunidades de aprendizagem. Estamos ansiosos por uma edição mais abrangente e vibrante no próximo ano e estamos felizes por poder facilitar a jornada destas empresas para se estabelecerem e expandirem na ANSEA.” A segunda edição já tem data marcada para 2019, de 19 a 21 de junho, no Centro de Convenções e Exposições IMPACT.
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Um 2018 de afirmação
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Hoya
Garantia de mais negócios com os Duos K Cor A fabricante de lentes oftálmicas lança uma campanha apelativa para atrair pessoas às óticas portuguesas. Na compra de qualquer tipo de lentes de prescrição, pode adicionar-se lentes de cor. Mais ainda! Na compra do primeiro par de lentes progressivas, a Hoya propõe acoplar à venda umas lentes coloridas, para se usufruir do verão com todo o prazer. O plano Duo K Cor da Hoya é a forma da empresa de origem japonesa fazer valer a sua tecnologia em todas as frentes. Por um lado, as suas progressivas avançadas e adaptadas aos diferentes estilos de vida dos consumidores e por outro, o apelo à proteção visual perante os raios UV com as suas soluções de cor. E agora que o sol brilha e a vida outdoor se torna intensa é o momento de juntar saúde, acuidade visual, proteção e muito estilo. As opções em lentes assinadas pela Hoya consideram as diferenças individuais de cada pessoa e a forma como isso influencia a sua forma de ver o mundo. Como nem todos os óculos são iguais, a fabricante põe ao dispor dos clientes das óticas combinações solares que protegem a saúde dos olhos e encaixam em todas as atividades ou estilos. Os melhores progressivos e as melhores tonalidades Nesta campanha estão disponíveis os mais avançados desenhos progressivos da Hoya, lentes unifocais
e os melhores tratamentos, nomeadamente, Hi-Vision LongLife, BlueControl e UV Control. E não é tudo! Cada uma destas opções pode combinar-se com toda a gama de cor da Hoya: Unitint, Degradé, Mirror e Polarizados. Desta forma, resta uma questão. Qual a cor do seu cliente? As possibilidades são abrangentes. As Sensity têm o “poder” dinâmico de mudar de cor. Esta fotocromática é perfeita para quem se movimenta frequentemente entre ambientes interiores e exteriores e quer proteger os olhos com rigor dos raios UV. As polarizadas Dynamic apontam às pessoas mais sensíveis à luz e que valorizam a máxima proteção. Num segmento mais desportivo, as Special Sphere têm seis cores com contraste, perfeitas para a combinação clima/desporto. A moda também é fulcral no setor da ótica e a Hoya para estar na frente das tendências sugere as Mirror, com cores únicas e um estilo moderno, com toda a funcionalidade.
Parafina
Os óculos defensores da natureza
Voz à Parafina “Sim, temos vontade de descobrir novos materiais. Este ano introduzimos a cortiça na nossa oferta. É um material leve, muito estável e com muitas possibilidades. Reciclamos mais de 250 mil garrafas de plástico reciclado (PET) por ano. Convertemos este material em óculos flexíveis, leves e extremamente resistentes. Onde os outros veem desperdício, nós vemos oportunidade. See Beyond Trash é a primeira colecção de óculos da história que se fabrica a partir de latas de conserva e de bebidas, que são recicladas. E da fusão dos nossos materiais mais populares: o bambu ecológico e o PET resultam peças únicas, que não são somente eco friendly, leves, confortáveis e anti-alérgicas. São também o acessório perfeito para o dia a dia.”
Mesmo a tempo da temporada quente, a Parafina vem animar o verão em Portugal, depois de já ter presença bem cimentada na Europa, na América e na Ásia. E qual a causa desta disseminação tão ampla? O facto de cada peça ser fabricada com materiais ecológicos e/ou biodegradáveis, com o bambu no centro das escolhas, de plantações próprias da marca. Os óculos passam por mãos experientes de artesãos, que um a um, tornam os modelos únicos. A conceção da armações está apoiada em normas do comércio justo e parte das vendas é destinada a um projecto social denomidado Llévale Al Cole (#LlévaleAlcole) que luta pela escolaridade infantil em várias regiões no Paraguai. Óculos que se integram na natureza O mar foi a base da inspiração dos criativos da Parafina, tanto pela sua liberdade e frescura, como na grandeza e importância que ocupa no mundo. A marca amiga do planeta também quer deixar a sua herança no mundo, não deixando vestígios da sua existência. Isto é possível com recur-
so à mais alta tecnologia de produção, combinada com uma grande tradição artesanal. Assim nascem peças plenas de significado e estilo, ditado pelos detalhes primorosos. E mais importante de tudo, ecológicos, anti-alérgicos, leves e muito flexíveis.
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Com a consciência ambiental da população mundial em crescimento, Parafina surge para entrar na lista privilegiada das marcas defensoras do planeta. Ecológica, biodegradável, baseada no comércio justo das matérias e ainda solidária, esta marca de origem espanhola entra agora em Portugal pela mão de Manuela Campos.
Ørgreen
Óculos que nascem do mar
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A Ørgreen tem o prazer de apresentar a sua Surf’s Up. A coleção veraneante de prescrição da produtora dinamarquesa é ambiciosa e dedica-se a homens e mulheres especiais. Os modelos buscam inspiração ao universo que rodeia a cultura do surf, um hedonismo tranquilo em pleno mar.
Entre a linha azul do céu e o brilho do mar, há uma figura que se destaca: o surfista. E surfar é muito mais que um desporto, encara-se como uma forma de vida, estruturada em torno das marés e o eterno enrolar das ondas. É meditativo por um lado e de uma adrenalina extrema por outro, num contacto primordial com a natureza, o que justifica os imensos seguidores que reúne em todo o mundo. “Surfar é uma dança com atitude”, segundo a definição do famoso surfista havaiano, Gerry Lopez. Imbuída deste espírito, a Ørgreen criou três desenhos femininos e dois masculinos, batizados a partir de localizações icónicas para a prática do surf, em todo o mundo, desde a escondida Manu Bay, na Nova Zelândia, até à tropical Sunzal, de El Salvador.
Intersectando com o universo criativo da Ørgreen, Surf’s Up é uma coleção intemporal, tal como o próprio surf. Um conjunto essencial de histórias monocromáticas envolve o minimalista clássico da marca nórdica, enquanto eletrizantes novidades em cores arrebatam olhares, tal como as tonalidades em torno dos “cavaleiros do mar”. São matizes engenhosas com um toque metálico que permitem que as cores se transforma sob a luz do sol. As novas armações encapsulam uma multiplicidade de espíritos e expressões individuais, prontos para uma vida em frente ao mar. A longa tradição da Ørgreen impõe qualidade exímia, garantida pelo titânio 100 por cento japonês, trabalhado à mão, numa certeza de durabilidade e primor.
Ao ritmo dos dias mais quentes e com a música no fundo, a Essilor juntou-se à FOX Media para ter lugar de destaque nos concorridos Fox Sunset Stories de 2018. O objetivo é dar uma nova vida às lentes avançadas Transitions, perfeitas para momentos como os dos intensos pores do sol de verão. Em Braga, Porto, Lisboa e Algarve a 6, 13 e 21 de julho e 4 de agosto, respetivamente, vive-se la dolce vita, com ritmo e de olhos no sol. A equipa da Essilor está nos diferentes eventos para promover as lentes especiais Transitions nas declinações de cor modernas e plenas de estilo Style Colors, Amethyst e Sapphire. Aliás, a estratégia da marca assenta, precisamente, no alargamento deste conceito de lente dinâmica a um segmento mais jovem. E nada melhor do que entrar no ambiente de festa, com provas mais que seguras de que as Transitions são as lentes certas para momentos de diversão com muita luz, como estes Fox Sunset Stories. Ao som dos artistas Deejay Kamala, Expensive Soul, HMB e Diogo Piçarra, estes momentos inesquecíveis desenrolam-se
na entrada da noite e a Essilor aproveita para expandir o conceito Transitions através de ativações da marca. Em Braga, por exemplo, promoveu-se um passatempo em que se convidou os participantes do Sunset a partilhar uma fotografia nas redes sociais com o hashtag #viveromelhordaluz. As três melhores imagens arrebataram prémios incríveis com destaque para o smartphone Huawei P20 e, claro, as mais conhecidas lentes dinâmicas do mercado, Essilor Transitions. Para Vila Nova de Gaia, a Essilor também envolveu os internautas das redes sociais, num convite para dar largas à criatividade escrita, com um bilhete de entrada como recompensa.
Transitions: equilíbrio perfeito Com a tendência da vida outdoor em crescimento, manter os olhos protegidos sem ter que procurar diferentes óculos faz todo o sentido. As lentes fotocromáticas Transitions comprometem-se com a qualidade de vida de pessoas intensas ao garantir uma adaptação rápida às mudanças de luz, seja no interior onde se impõe clareza, como para o exterior em que a lente escura é essencial. A Transitions adapta-se ainda ao estilo de vida de cada usuário com soluções desenhadas para servir as diferentes necessidades. As Transitions Signature proporcionam a máxima clareza em espaços interiores e garantem conforto constante em todas as condições de luz exterior. São ideiais para quem usa óculos permanentemente. Já para quem passa muito tempo ao ar livre ou atrás de um volante, as Transitions Xtractive são a resposta ideal e são também a melhor opção para grandes sensibilidades à luz. Ainda as Flash-to-mirror, ativadas em Transitions apontam a quem gosta das suas lentes com um tratamento espelhado e são a mensagem mais fiel da juventude e estilo deste produto tecnologicamente avançado. No topo de tudo isto, pode ainda escolher-se a cor da lente entre as cores icónicas Transitions, Gris, Brun e Graphite Green e ainda as novas Style Colours: Sapphire e Amethyst.
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Vive o Melhor da Luz com Transitions
Bases do treino visual desportivo O treino visual generalizado pode melhorar e melhora, as capacidades visuais de qualquer indivíduo, no entanto, e no que se refere ao desporto, algumas destas capacidades podem não interferir nas rotinas de jogo e, por isso, não se notarem diferenças no desempenho do desportista.
Figura 1: Capacidades condicionais
reacção
equilibrio
Figura 2: Capacidades coordenativas
Futebol americano
AV Estática
Para conhecer e estar a par do que se faz em termos de treino, o optometrista desportivo deve fazer parte da equipa técnica, a um nível idêntico ao que se passa com o fisioterapeuta, para citar um exemplo. Um desporto e uma equipa que efetue estatística será, sem sombra de dúvida, uma mais valia para verificarmos a evolução do atleta em todas as suas vertentes. De estudos efetuados e de uma forma generalizada, as necessidades dos desportistas em termos visuais situam-se ao nível da: Função visuo-motora fina, Função visuo-motora básica, Perceção visual, Binocularidade, Movimentos oculares, Acomodação, AV estática, AV dinâmica. Para cada desporto devemos classificar estas vertentes, consoante a especificidade do jogador dentro da equipa. (Fig.3)
AV Dinâmica
velocidade
diferenciação cinestética
ritmo
Acomodação
força
aprendizagem motora
Movimentos oculares
resistência
orientação espacial
adaptação e readaptação motora
Binoculariedade
flexibilidade
contrlo motor
Perceção visual
condicionais
coordenativas
F. Visuo-Motora básica
O treino visual desportivo é uma das vertentes da Optometria nos Estado Unidos da América, desde há muitos anos. Com o treino visual desportivo, pretende-se melhorar as capacidades visuais dos atletas e consequentemente o seu rendimento desportivo. Em termos gerais, “uma visão melhorada”, pode elevar os níveis de rendimento durante o processo desportivo. Em todo o caso é necessário ter presente o que é essa visão, uma vez que consoante o desporto, assim se define as aptidões necessárias para o seu desempenho ao mais alto nível. Ditas estas verdades escritas em todos os manuais da especialidade, o optometrista que quer enveredar por esta área pode escolher dois caminhos; um deles é o que transforma a terapia visual e lha dá um cunho, não de reabilitação mas de desenvolvimento das capacidades; outro é o de perceber a fundo, em colaboração com o treinador, as necessidades dos seus atletas e desenvolver em conjunto treinos e terapias que melhorem as aptidões visuais relacionadas com esse desporto. Para qualquer modalidade existe a necessidade de treinar as capacidades físicas. As capacidades físicas dividem-se em condicionais e coordenativas. (fig.1 e 2) No treino moderno, estas capacidades, muitas vezes, treinam-se em contexto de jogo e assim sendo, fará sentido que o treino previsto pelo optometrista tenha este facto em conta, uma vez que vai ter que apelar a muita criatividade para o fazer integradamente.
F. Visuo-Motora Fina
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Texto: Henrique Nascimento – Prof. de Optometria do ISEC
Quarterback
3
3
2
3
3
3
3
3
Running Bak
3
3
3
3
3
3
3
3
Receiver
3
3
3
3
3
3
3
3
Off. Line
3
2
2
3
2
3
3
2
Def. Line
3
2
2
3
2
3
3
3
Linebackers
3
3
3
3
3
3
3
3
Kickers
3
1
2
3
3
3
3
3
Punters
3
3
3
3
3
3
3
3
Punt ret’s
3
3
3
3
3
3
3
3
Kick Ret’s
3
3
3
3
3
3
3
3
Coaches
3
3
2*
3
3
3
2
2
Figura 3: Classificação das capacidades visuais
Capacidades
Treino integrado
Treino tecnológico
Treino visual
Treino visual aplicado
Para treinar estas capacidades podemos fazê-lo de diferentes maneiras e até mesmo integrá-las todas: (Fig. 4) através de treino visual em gabinete de optometria adaptado, treino visual aplicado, usando as vertentes do desporto em questão, treino visual, integrando novas tecnologias, como sistemas de Eye Tracking por ex. e treino integrado, usando técnicas optométricas em contexto de treino específico. Exemplo de treino visual integrado em unidade de treino de futebol americano: Exercício 1: tapar um dos olhos do atleta com um adesivo cirúrgico e usar em treino que exija o passe e a receção. Este simples oclusor faz com que os atletas sejam obrigados a rodar a cabeça e os ombros em direção ao alvo, uma habilidade básica de posicionamento corporal que é responsável por muitos dos erros de desportos como; rugby, futebol americano ou basquetebol. Exercício 2: Usar tamanhos de bolas diferentes marcadas com números e símbolos diferentes, pedimos ao atleta que vai receber a bola que a identifique, pela sua letra ou símbolo, o mais rapidamente possível antes de lhe chegar às mãos.
Figura 5: Bolas com letras para identificação
Exercício 3: Usar o exercício anterior com a ajuda de prismas emparelhados, mudando a perceção espacial do atleta. Nunca devemos esquecer que antes de treinar a visão ele deverá ter as capacidades básicas normalizadas.
•• “Em ter m os ger ais, “um a visão melhor ada”, pode elevar os níveis de r endimento dur ante o pr ocesso despor tivo” ••
Referências: 1. Press LJ. Parallels between auditory & visual processing. Optometric Extension Programe Foundation; 2012. 2. Bleything WB. Developing the dynamic vision therapy pratce. Optometric extension Program Foundation; 1998. 3. Kirshner AJ. Training that makes sense. 4. Michael F. Zupan PhD, Alan W. Arata PhD, Alfred Wile MS and Ryan Parker OD. Visual adaptations to sports vision enhancement training CLINICAL. 2006. 5. Bruce Abernethy a & Joanne M. Wood b. Do generalized visual training programmes for sport really work? an experimental investigation Journal of Sports Sciences. 2010(10.1080/026404101750095376).
Optometria | 45 |
Figura 4: Diferentes metodologias de treino visual
Os óculos de massa da Céline são uma espécie de armadura, que separa a verdadeira Susan da outra que se vê refletida e questionada em cada parágrafo do romance que tem em mãos. São a sua máscara ou serão, tão-somente, um artifício? “Animais Noturnos”, que esteve em competição pelo Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, onde recebeu o Grande Prémio do Júri, é, nas palavras do próprio realizador, um regresso às suas origens texanas e uma espécie de reflexão sobre a masculinidade.
A noite de Tom Ford no olhar de uma mulher Céline Susan Morrow deita-se na cama, coloca os seus óculos oversized Celine CL 41367 e começa a folhear a cópia de “Nocturnal Animals”, o romance enviado por Edward, o seu primeiro marido. E ali, naquele momento, estampado no olhar da protagonista, começa o filme de Tom Ford em forma de tríptico, unindo as três narrativas que estão na origem desta longa-metragem.
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Texto: MarianaTeixeira Santos
O designer de moda Tom Ford realizou “Animais Noturnos” em 2016, mas esta não foi a sua primeira aventura no cinema. Estreou-se como realizador em 2009 com “Um Homem Singular”. O filme baseia-se no romance de 1993 de Austin Wright intitulado “Tony and Susan”, mas a professora do texto original foi substituída por uma sofisticada negociadora de arte de Los Angeles, aproximando o filme da elite que Tom Ford pretende despir através da sua lente. O cuidado jogo de luz e sombra, a atenção quase que obsessiva nos detalhes, o estilo que alinha toda a película, o foco nas roupas de Susan, na estética e enquadramento encaminham-nos neste universo de
Tom Ford, que junta, despudoradamente, glamour, blazers, botas de cowboy e antidepressivos. “Animais Noturnos”, de Los Angeles ao Texas O enredo foca-se em Susan Morrow (Amy Adams), a proprietária de uma galeria de arte em Los Angeles, que vive com o seu marido Hutton (um deslumbrante Armie Hammer) numa mansão perfeitamente minimal e luxuosa com uma vista deslumbrante sobre as luzes da cidade dos anjos. Susan está descontente por vários motivos (um marido infiel, um negócio falido e uma filha ausente) mas entre a frota de carros da sua garagem, a sua casa impecavelmente decorada e o seu invejável guarda-roupa, Susan sabe que a sua tristeza é trivial. “Que direito tenho eu de ser infeliz?”, pergunta ela a uma amiga nos minutos iniciais do filme. E o manuscrito que acabara de receber do seu ex-marido Edward Sheffield (Jake Gyllenhaal), um aspirante a escritor há 20 anos atrás, começa a assumir-se como a porta de entrada para muitas das respostas em suspenso.
Céline, o feminino intemporal E, depois de apresentarmos o filme, resta uma questão. Porquê o destaque a uns óculos Céline num filme de Tom Ford? Porque ninguém usa Tom Ford na película? E apesar de tudo na protagonista clamar por um guarda-roupa by Tom Ford, o realizador tomou uma opção clara ao separar a sua carreira na moda do cinema. E o guarda-roupa tem, durante todo o filme, o papel de barómetro. Quando Amy Adams surge pela primeira vez na película, ela usa um vestido preto de mangas compridas e decotado, dando o tom para a sua estética severa e praticamente blindada, completa com olhos e lábios sombrios, para enfrentar o mundo exterior. Quando ela chega a casa, deita-se na cama e folheia o romance de Edward, vemos a Susan emocionalmente vulnerável, sem maquilhagem, sozinha e envolvida em malhas e cashmere suaves e reconfortantes. A marca francesa Céline foi fundada em 1945 por Céline Vipiana e é, desde 1996, parte integrante do grupo Louis Vuitton. Esta marca de luxo caracteriza-se pela sofisticação, pela inspiração e pelo travo visionário na recriação de uma mulher que não nega a sua feminilidade em pleno século XXI. A sua visão de eyewear é marcadamente vintage, assumindo a elegância como mote intemporal. As suas armações sobredimensionadas, a suavização das arestas em cada pormenor, as linhas bem definidas e os logos minimais demonstram a força de caráter da marca e demarcam a individualidade das mulheres que usam Céline. O olhar de Susan não seria o mesmo. E seria certamente outra Susan aquela que vemos em Animais Noturnos sem os seus Céline CL 41367/F Catherine Small Asian Fit AEA.
SABE O QUE VEMOS NOS OLHOS DOS NOSSOS CLIENTES? CONFIANÇA.
MultiOpticas - eleita Marca de Confiança dos portugueses pelo 6º ano consecutivo Conhecemos como ninguém a delicadeza e a complexidade envolvidas nos cuidados da visão. Investimos na formação técnica constante dos nossos quadros a fim de prestar um serviço de excelência. Com 30 anos de experiência em Portugal e mais de 200 lojas temos hoje a única fábrica no país capaz de assegurar a montagem de óculos para os mercados nacional e internacional. Somos uma das cadeias de franchising mais antiga de Portugal, acompanhando o desenvolvimento e gestão do negócio num verdadeiro espírito de parceria. Tudo isto, ano após ano. Porque a confiança não se ganha. Conquista-se.