LookVision Portugal 70

Page 1

EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 70 • SETEMBRO 2018

Rui Pinto

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

Artefacto deslumbra nos Champs-Élysées

Tendências

À conquista dos novos consumidores

Sandra Kaufmann e Monika Fink Quando as fantasias têm formato de óculos

Alberto Oculista Um verão sem pecados e sob os óculos




14

24

31

ColourVUE

Olhar de Prata

Vimax

40

45

48

À conquista dos novos consumidores

Sandra Kaufmann e Monika Fink

David P. Piñero

BREVES

OLHAR EM PORTUGUÊS

Um olhar à medida do espírito

Um luxo que se alarga ao Algarve

Índice | 4 |

TENDÊNCIAS

OLHAR O MUNDO

Sol Sol Ito ou quando as fantasias têm formato de óculos

Tema de Capa: Rui Pinto decidiu revelar os contornos da aventura que levou a Artefacto a remodelar a maior, mais luvcrativa e mais visitada ótica do mundo.

Diretora: Editora: Redação: Design e Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision PortugalTM é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal. NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com

Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores.

OUTROS OLHARES Mais visível que nunca

OPTOMETRIA Evidências científicas da terapia visual em doenças neurológicas


Eu protejo os meus olhos. Lentes ZEISS UVProtect

A M I X M Á o UV p ro t

ecçã

Consulte o seu Óptico

Lentes ZEISS com UVProtect Technology O novo padrão para as lentes oftálmicas incolores. • A radiação UV está sempre presente. Ao longo de todo o ano, durante todo o dia, mesmo nos dias nublados. • A radiação UV é um dos maiores desafios de longo prazo para a saúde ocular. • A protecção aos UV é recomendada até aos 400 nm. Mas quase 80 % das actuais lentes incolores não oferecem a máxima protecção UV. www.zeiss.pt/vision




EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 70 • SETEMBRO 2018

TENDÊNCIAS

OPTOMETRIA

Evidências científicas da terapia visual em doenças neurológicas

SANDRA KAUFMANN E MONIKA FINK Quando as fantasias têm formato de óculos

ALBERTO OCULISTA Um verão sem pecados e sob os óculos

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

À conquista dos novos consumidores

Editorial | 8 |

Quando o consumo nos desafia Há mudanças no panorama do consumo que nos exigem um novo rumo. O consumo como o conhecemos até agora já lá vai e surgem novas formas de estar e de encarar as compras. Os próximos compradores nas nossas óticas constituem-se por uma geração habituada a estar 24 horas online, carregados de informações, seguidores de canais no Youtube, seguros de si e sem medo de assumir posições fortes. Neste arranca de temporada pós-verão, trazemos um estudo cuidadoso sobre a Geração Z, os próximos “clientes” que vão mudar o paradigma do consumo. Só há uma estratégia que se impõe: conquistá-los! Temos aqui o guia ideal para se emancipar. Na revista de setembro também assumimos uma capa diferente, porque a conquista da Artefacto, na pessoa do líder Rui Pinto, exige que se conte a história. A equipa desta casa portuguesa deu o salto para a exportação e o ponto alto do percurso foi a renovação da maior ótica do mundo. Sim, a GrandOptical dos Champs-Elysées tem agora cunho português e este é só o início de um futuro incrível para a Artefacto. E como nos movemos a histórias incríveis e a dinamismo puro, registámos ainda as movimentações das óticas portuguesas que crescem sobre si mesmas e se reinventam a pensar num futuro que já chegou. A capacidade de crescer sobre um patamar de luxo em diferentes bens de consumo ou a ousadia de se associar a eventos exclusivos para catapultar a própria imagem são exemplos de grande inspiração. Já com o cheirinho de Paris no corpo e a preparar mais um SILMO, deixámo-nos levar pela criatividade de mais uma insígnia de além fronteiras, com quem nos encontrámos num desses périplos incríveis. Sol Sol Ito respira design e cor numa história apaixonante. A nossa veia curiosa impeliu-nos a envolver neste número o nosso cientistas residente, David Piñero, com um artigo que explora as doenças neurológicas e como o treino visual pode aligeirar sintomas de má visão que daí advêm. Há muito mais nas páginas que se seguem e também a garantia de que congregamos a imagem da ótica portuguesa para si, caro leitor. Venha connosco, porque a ótica está aqui! Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.





Making Off | 12 |

Se as paredes falassem... Diriam que, nesta casa, onde a Artefacto reside, se trabalha incessantemente e com motivação. Não é de admirar, pois, dentro destas paredes construiu-se outras tantas paredes que mudaram o rosto da ótica em Portugal, através de requinte, bom gosto, perfecionismo e, claro, o magnetismo do seu líder, Rui Pinto. Vê-lo entre a equipa que o acompanha em pleno sentimento de vitória foi um prazer. A nossa objetivo trouxe assim o sentido da Artefacto na lente, no ano em que se celebram 25 anos de trabalho e após a conquista dos Champs-Elysées.



Fleye

Breves | 14 |

Flores da Dinamarca A original marca nórdica, literalmente, derreteu flores típicas da região em blocos de gelo para criar uma campanha maravilhosa que retrata os formatos e cores da coleção outono/inverno para 2018/2019. A fonte de inspiração foi Flora Danica, um conjunto icónico do século XVIII de todas as plantas do reino da Dinamarca. Refrescando esta perspetiva secular, a equipa de design da Fleye reinventou imagens e conceitos. “A nossa ideia foi enfatizar as plantas e ilustrar as suas qualidades intrínsecas, tal como nas ilustrações da Flora Danica, de 1700, mas com uma nova perspetiva. Nas imagens captadas pela fotógrafa Ida Emilie Risager encontrámos inspiraçãoo para as cores intensas e densas das armações, assim como as estruturas e camadas no nosso novo eyewear”, explicou Annette Estø, chefe de design da marca.

ColourVUE

Um olhar à medida do espírito No trabalho ou em ocasiões festivas, é possível mudar a cor, forma e brilho do olhar com toda a segurança, graças à tecnologia avançada das lentes de contacto ColourVUE. E de facto, entre a excentricidade das linhas Crazy Lens, Glow, ou Big Eyes, passando pelo requinte de Lumina, Glamour, Cheerful e Fizzy até à sobriedade de Basic e Fusion pode assumir-se um estilo magnético em qualquer momento do dia. O distribuidor da ColourVUE, a Quantum Vision, garante material de marketing muito apelativo para as óticas, entre os quais expositores elucidativos, posters, trípticos, catálogo completo, DVD de apresentação para projetar na loja e porta lentes variados. Desta forma, os clientes das óticas têm novos motivos para celebrar o próximo Halloween com toda a pompa.

Blackfin

A tecnologia ao serviço do estilo A nova coleção da casa transalpina enche-se de incríveis caraterísticas estilísticas, elementos essenciais que espelham a visão da Blackfin. Aqui o titânio responde a um novo conceito de tecnologia sofisticada, eloquentemente expresso nos designs da próxima temporada. Novos processos artesanais, combinações maravilhosas de matérias e a utilização de tonalidades sedutoras são todos elementos de uma evolução que está a decorrer no âmago da Blackfin.



Breves | 16 |

EBlock

Mad in Italy

Novidades com toque de loucura As mais belas cidades italianas dão nome aos novos óculos da atrevida Mad in Italy. Cor, linhas desalinhadas e contrastes intensos marcam esta coleção leve e divertida. A par do estilo incontornável, a casa transalpina melhorou ainda as caraterísticas estéticas e técnicas dos seus óculos. Destacam-se o verniz brilhante, aplicado à mão em várias posições dos modelos e que os torna irresistíveis, e ainda as plaquetas com um gancho, garantindo o toque no rosto cómodo, flexível e resistente.

Seraphin

Nova temporada com estilo vintage Com a chegada dos dias mais amenos, chegam novidades quentes e plenas de estilo. A Seraphin propõe um desenho muito seguro e que atravessa tempos infindáveis, sempre com o máximo estilo. Fuller conquista os mais exigentes usuários de óculos e os trendsetters modernos pelo poder das linhas, que mesmo sendo subtis podem demarcar-se nos dourados, prateados ou num negro intenso. A dupla ponte é a assinatura de originalidade da Seraphin, seguindo os desejos mais originais dos amantes da moda.

Nova alma para a marca italiana A mais recente linha da EBlock marca a passagem para uma nova fase da insígnia, que acompanha a par e passo as atuais exigências dos consumidores. Reconhecidos no mercado pelo sistema patenteado de bloqueio fácil das lentes, Easy Block, os novos óculos denominam-se Evolution e são isso mesmo. A linha evolui para um sentido mais contemporâneo, de design refinado e minimalista. Para isso, tornou a sua patente sem parafusos ainda mais subtil e avançada numa verdadeira ode à criatividade. Adicionalmente, a Evolution didponibiliza alguns modelos com lentes fotocromáticas, enriquecendo o segmento solar da coleção.


Queremos que esteja connosco e que seja como nós Como acreditamos que é importante ser você mesmo, nós acompanhamos-o com as melhores ferramentas para que triunfe sem renunciar ao que é. Por isso queremos que esteja connosco e que seja você mesmo.

www.cecop.pt

T-214 136 937


Eyelander

Breves | 18 |

Jogar pela visão Um grupo britânico de neurocientistas, uma fundação dedicada a crianças com problemas da visão provocados por anomalias cerebrais e uma empresa de jogos uniram esforços para desenvolver uma ferramenta digital que apoia jovens com problemas nas funções visuais. Nasceu assim o Eyelander, um jogo de computador que otimiza a visão de crianças com deficiência visual cerebral através de uma técnica de terapia comportamental que treina os olhos a moverem-se com maior eficácia. A plataforma impele a procura do formato colorido numa gama competitiva de tons e formas, que aparecem em diferentes posições no ecrã. Tudo isto liderado por um avatar animado e palavras de incentivo para o jogador. O grupo de trabalho que realizou o Eyelander fê-lo motivado pela existência de cerca de 26 mil crianças cegas ou com baixa visão só no Reino Unido. Estes investigadores acreditam que, jogando o Eyelander dez vezes durante quatro semanas, a função visual apresenta melhorias que levam ao uso mais eficiente da visão.

opti 2019

Primeira feira do ano já ferve A opti, que se realiza em Munique, na Alemanha, de 25 a 27 de janeiro de 2019, expande as suas potencialidades a seis pavilhões, do C1 ao C6. É o reflexo de um certame que cresce anualmente em quantidade de visitantes e qualidade, tanto de expositores como de organização. A entrada nordeste representa uma adição para quem recorre à feira, representando um terceiro acesso fulcral. A organização garante mais paragens de autocarro e ainda mais conexões com o aeroporto. E como em 2019 tudo cresce, a opti assegura ainda mais oportunidades de troca de conhecimentos e a primeira atribuição de uma bolsa. Durante os três dias da feira acontecem painéis de discussão e apresentações de especialistas internacionais da ótica, traduzidos em alemão ou inglês. À semelhança do Future Shop de 2018, que deu uma visão do lado técnico das óticas especializadas do futuro, em 2019 nasce algo especial. “Estamos a planear um showroom no pavilhão C4 afeto ao tema da jornada do consumidor”, adianta Bettina REiter, a diretora de projeto da opti. A pré-venda dos bilhetes já está disponível online em www.opti.de/en/tickets e permite evitar esperas na entrada e poupar dinheiro.

Mais Opticalia em todo o país A rede óticas multinacional expande a marca em Portugal, garantindo a sua presença e oferta em mais localidades e centros comerciais de norte a sul. Durante os meses de verão incorporaram-se na Opticalia os pontos de venda de Mem Martins, Várzea de Sintra, Dolce Vita de Ovar, Alameda Shop &Spot no Porto, Retail Park Abrantes, Santarém, Torres Shopping, Parque das Nações, Continente Loures, Bobadela, Tavira Gran Plaza e Arena Shopping. A força do grupo que também tem presença em Espanha, Colômbia e México está sempre mais reforçada, com garantias de uma entrada na nova temporada com mais visibilidade.



Breves | 20 |

Cutler and Gross

Moss

Originalidade ao sol Alessandra, Isabella e Roma são os óculos de sol que decoram as cidades com estilo, requinte e proteção. A assinatura destas peças pertença à Moss, marca exclusiva da Optivisão, que conta nas suas fileiras com a representação da encantadora fadista Cuca Roseta, cuja imagem se entrecruza na perfeição com o design dos modelos. Redondos, de tonalidades combinadas ou de corte vintage, as novidades Moss encantam pela originalidade e acrescem-se de uma relação qualidade preço tentadora.

Kuboraum

Expressa-se com rebeldia Para os dias frios que se antecipam, a Cutler and Gross atreve-se em novos modelos que celebram um passado glorioso do design de óculos e que são arte em toda a sua essência. Linhas que remetem para o vintage e outras que renovam a forma de ver o eyewear garantem uma coleção plena de impacto. “À medida que a marca se aproxima dos seus 50 anos, estamos a refinar constantemente o conceito sobre a ampla experiência que angariámos e incorporando novas técnicas e materiais. Nesta temporada, isto sente-se de forma particularmente intensa enquanto inserimos detalhes, esculpimos e adicionamos camadas. Do uso atrevido do titânio à redefinição de silhuetas clássicas até a uma subtileza excecional, a nossa nova coleção é a mais ousada de sempre e, distintivamente, Cutler and Gross”, declarou Marie Wilkinson, diretora de moda da marca.

Quando os óculos celebram a música A marca alemã brindou aos 25 anos da mítica gravadora britânica, Downwards, fundada em 1993 pelos artistas Regis and Female. A Kuboraum marcou a efeméride com uma performance especial de Regis, Layne, Jim acompanhados por Layne, Jim Ningues e Justin Anastasi, no estúdio da casa de óculos, em Berlim. A homenagem à gravadora que “desenhou” o panorama do techno como o conhecemos hoje não se ficou pelas sonoridades. A Kuboraum dedicou ainda uma edição muito especial de óculos em apenas dez peças numeradas, cada uma acompanhada de uma pen que armazena 20 sequências musicais selecionadas pelo Regis e que lhe serviram de inspiração no desenvolvimento da sua Downwards.



Breves | 22 |

Okia

Mundo mágico dos óculos A nova coleção Wonderland apresenta ao mercado uma mistura surpreendente da mais alta tecnologia com moda, destacando o compromisso da Okia perante o design desconcertante e a inovação. Como sugere o nome, as mais recentes propostas inspiram-se no mundo mágico das mais criativas fantasias e ganham um twist moderno graças à aplicação da impressão UV. As sombras suaves de rosa, azul e verde evocam uma atmosfera etérea, que se entrecruza com a técnica especial que, através de luzes ultravioleta para secar a tinta à medida que é aplicada, adiciona texturas primorosas. Todas as armações da mais recente coleção Wonderland têm lentes de uma só peça e pontes duplas em metal, refletindo algumas das tendências mais quentes da temporada.

Montblanc

Mykita

O primeiro amor O material mais importante neste regresso às aulas é uma boa visão e as peças da Mykita, inspiradas no mundo animal, garantem a estética da marca em aço inox para crianças e adolescentes. Interpretando desenhos clássicos, incluindo o redondo, panto e retangular, a Mykita foge do convencional nos produtos para os mais jovens numa coleção simples, chique e dinamizada por cores vibrantes.

Da Marcolin para a Kering Eyewear Depois de 10 anos com o grupo italiano Marcolin, o grupo reconhecido pelos materiais de escrita passou a sua divisão eyewear para o colosso do luxo francês. A Kering assume assim o desenvolvimento, a produção e a distribuição mundial dos óculos de sol e de prescrição da Montblanc. A apresentação da primeira coleção primavera/ verão de 2019 faz-se no SILMO, em Paris, de 28 de setembro a 1 de outubro de 2018. Esta aliança nasce no seguimento de um acordo assinado em 2017, no qual a Kering Eyewear fez regressar à sua casa a Manufacture Cartier Lunettes, a unidade produtiva especializada na ótica de alta gama da maison, e que é controlada pelo grupo Richemont, detentor a Montblanc que entrou na sociedade guiada pelo diretor da Kering, Roberto Vedovotto, com uma cota de minoria. .


Preparado para graduação. MODELO APRESENTADO: MAVERICKS

A vista é melhor desde aquí. A nossa leve lente PolarizedPlus2® são tão flexíveis como tu, adaptam-se às diferentes condições de luz, enquanto eliminam o brilho e realçam as cores. Experimenta um par e comprova por ti mesmo. Cor. Claridade. Detalhe.


Olhar em Português | 24 |

Olhar de Prata alarga luxo ao Algarve A ótica lisboeta vocacionada para o luxo expandiu o seu conceito até ao Vila Vita Parc, um sumptuoso complexo turístico em pleno Algarve. Alguns dos modelos eyewear mais provocadores fazem-se acompanhar de outros acessórios de luxo para compor o primeiro projeto do género mais a sul do país, da equipa Olhar de Prata.

O Vila Vita Parc Resort & Spa é o refúgio perfeito para o espaço sonhado e concretizado pela equipa de Tiago Alves, o fundador do Olhar de Prata – Icons of Luxury. A ótica pioneira que “ilumina” a avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, alarga-se assim à quinta loja, desta feita num complexo turístico de cinco estrelas, que conquistou recentemente o prémio Europe´s Leading Luxury Hotels & Villas. Os 30 metros quadrados dedicados ao luxo e sob a marca Olhar de Prata arrebatam pelo design minimalista, que destaca a criteriosa seleção de algumas das melhoras marcas e mais exclusivas de todo o mundo. Entre as dos óculos ressaltam as maravilhosas insígnias Shamballa, MAYBACH, Projekt Produkt, Karen Walker, Paradis Collection, La Petite Lunette Rouge, Gucci, Dior, Chanel, Prada, Anna-Karin

Karlsson, Mykita, Thom Browne, Christian Roth, Celine, Fendi, Miu Miu, Tom Ford, entre tantas outras. A enaltecer este trabalho incrível dos criativos eyewear, a nova loja integra nos seus escaparates outras insígnias igualmente originais da moda e do lifestyle, como os sistemas de som da Jarre Technologies, relógios suíços da Klokers e Zinvo e as malas da ANY DI, que com os seus originais porta-óculos, são a mais recente criação de Anne Dickhardt. Porque o Algarve é mais do que praia No coração da pequena vila piscatória de Alporchinhos e com vista alargada sobre a praia de Armação de Pêra, o luxuoso Vila Vita Park tem conquistado um lugar privilegiado nos anais do turismo de luxo algarvio. Na serenidade de um espaço exclusivo


Um olhar privilegiado sobre o luxo A ótica Olhar de Prata foi fundada em 2010 por Tiago Alves e quis demarcar-se pela comercialização de marcas vanguardistas e luxuosas. Paralelamente à vertente da moda, a Olhar de Prata não prescindiu da mais alta tecnologia ao serviço da saúde visual. Hoje é uma referência para amantes de decoração, óculos e design em toda a Europa e, inclusive, representa marcas luxuosas em exclusivo. Paraíso na medida dos mais exigentes turistas Com uma localização privilegiada no topo de uma falésia e inserido em 23 hectares de luxuriantes jardins tropicais, o Vila Vita Parc proporciona uma larga escolha de opções de alojamento, incluindo villas privadas com vistas espetaculares sobre o oceano. Com 11 restaurantes e seis bares, sendo que o Ocean tem duas estrelas Michelin, existe variedade suficiente para satisfazer todos os gostos. Enquanto as crianças se divertem com as várias atividades disponíveis, existem também opções para os adultos onde se inclui o novo Vila Vita Spa by Sisley, uma área comercial com dez lojas de marcas de luxo, incluindo a Olhar de Prata – Icons of Luxury, três courts de ténis, um campo polidesportivo, mini-golf, campos de boccia, aluguer de bicicletas de montanha, um pitch & putt com nove buracos, um putting green de 18 buracos e vários campos de golfe nas redondezas.

Olhar em Português | 25 |

e entre construções que captam a essência da arquitetura local, este é local perfeito para “voltar à base” da essência humana. Para complementar este “estado de graça” os dinamizadores do Vila Vita Park acresceram o complexo de uma maravilhosa área comercial, a VLIFE Shops. É aqui que “nasce” a nova Olhar de Prata. Hóspedes e visitantes podem, desta forma, encontrar uma combinação eclética de ideias exclusivas nacionais e internacionais, num destaque primoroso do que de melhor se faz na área da moda e acessórios, lifestyle, ótica de luxo, joalharia, relógios, vinho e variados produtos gourmet.

•• Os 3 0 metr os quadr ados dedicados ao lux o e sob a m ar ca Olhar de Prata arrebatam pelo design minim alista, que destaca a criteriosa seleção de algumas das m elhor as e mais ex clusivas m ar cas de todo o mundo. ••


Alberto Oculista

Um verão sem pecados e sob os óculos

Olhar em Português | 26 |

O por do sol de Vilamoura, no Algarve, iluminou uma festa magnética que teve dois elementos essenciais: champanhe e óculos. A Pink Party dinamizada pelo grupo Olivier, do famoso chef lisboeta, aconteceu a 11 de agosto, sob a doçura do Rosé da Champagne Perrier-Jouet e bem decorada com o eyewear da poderosa Alberto Oculista.

Às 18 foi lançado o primeiro som que cobriu a sexta edição da festa anual do chef Olivier, A Summer Guilty. O rooftop do novo e maior Centro de Congressos do Algarve, no hotel Tivoli Marina e o oceano foi o quadro perfeito para este momento de celebração. O evento aliou-se às atuações vibrantes do DJ Daveed, residente no Guilty Lisboa, DJ Sing e DJ Kamala e atraiu cerca de um milhar de convidados que dançaram até muito depois do sol se

esconder. Associados à Summer Guilty estiveram rostos famosos dos canais portugueses e que despertaram ainda mais o interesse para a já ilustre festa. Entre as figuras que não têm faltado ao sunset de Vilamoura estão Rita Pereira, Ana Rita Clara, Pedro Teixeira, Sofia Ribeiro entre outros. A fechar a celebração com chave de ouro esteve um radioso fogo de artifício que iluminou rostos veraneantes e tornou a ocasião inesquecível.


A vertente solidária que deu sentido à festa Entre sorrisos, muita empatia e um ambiente incrível, o grupo Alberto Oculista esteve ainda no centro de um leilão solidário,

com licitações cegas a modelos de óculos de marcas premium. Para além de divulgação positiva da ótica e do destaque colocado em algumas das melhores insígnias de eyewear, o Alberto Oculista angariou 2500 euros, revertidos na totalidade a favor dos Bombeiros Voluntários de Monchique. O sucesso chamado Alberto Oculista A marca nascida na Madeira em 1984 sonhou desde o primeiro dia na especialização da ótica. Hoje, tem contornos internacionais, graças à exportação do seu conceito de qualidade e proximidade para Madrid. Um crescimento admirável fez com que hoje se contem 54 lojas Alberto Oculista, também graças à associação ao grupo multinacional Opticalia.

•• Neste conluio perfe i t o de relações pública s , e dado o posicionam e n t o do evento, o grupo O li v i e r propôs a participaçã o d o grupo Alber to Ocul i s t a ••

Olhar em Português | 27 |

A ótica no centro do evento do verão Neste conluio perfeito de relações públicas, e dado o posicionamento do evento, o grupo Olivier propôs a participação do grupo Alberto Oculista, como patrocinadores e parceiros. As sinergias criadas fomentaram uma festa ainda mais rica, com os óculos como figuras centrais para o usufruto, em pleno, do sol. Os dinamizadores do grupo de ótica fizeram ainda ativações da marca, através de brindes, da energia das promotoras, de adereços icónicos e da disseminação da imagem corporativa no espaço.


CECOP

Os momentos que marcam os associados CECOP

Olhar em Português | 28 |

Os óticos do grupo multinacional juntaram Punta Cana aos destinos inesquecíveis a que a CECOP os leva anualmente. A viagem integrou o programa ViveCECOP e animou mais de 30 profissionais durante sete dias. A semana de 31 de agosto a 7 de setembro foi memorável para os óticos integrados no programa exclusivo dos associados CECOP. Em 2018, o ViveCECOP levou alguns dos melhores profissionais do grupo, e respetivas famílias, à República Dominicana, mais especificamente, Punta Cana. Alojados no hotel Catalonia Bávaro Hotel, os viajantes exploraram a região num animado convívio. A ilha Saona foi o primeiro local a ser visitado pelo grupo, famoso pela luxúria tropical. Os óticos usufruíram de um passeio em catamarã pelas águas cristalinas e ambiente típicos da ponta mais a leste da República Dominicana. Seguiu-se a maravilhosa ilha de Samaná, onde montaram a cavalo e conheceram a cascata de El Limóncom, com 100 metros de altura. Este momento foi enriquecido pelo almoço numa verdadeira fazendo no meio do campo. Os associados relaxaram ainda na bela ilha de Cayo Levantado, rodeados da mais pura água azul turquesa. Alguns dos participantes quiseram ainda conhecer a vibrante capital da República Dominica, Santo Domingo, a maior cidade do Caribe e a mais antiga do continente americano. Para além da beleza natural de todo este enquadramento, os óticos sob o desígnio da CECOP fortaleceram laço e recarregaram baterias para os próximos desafios. O programa ViveCECOP, permite recompensar os óticos pelo seu trabalho anual desenvolvido, através da acumulação de CECOPontos dos parceiros protocolados em lentes oftálmicas, nomeadamente Hoya, Indo, Prats, Fibo e Zeiss, e ainda o fornecedor de contactologia que apoia esta iniciativa, Bausch&Lomb. Grupo internacional com mais força A CECOP contabiliza hoje mais de 3600 associados em todo o mundo, em parte devido ao recente acordo estabelecido entre a CECOP Itália e o grupo Ottici

Professionisti. Os dois grupos especializados em serviços óticos anunciaram a fusão e o arranque de uma colaboração empresarial que antecipa benefícios para as respetivas óticas associadas. Jorge Rubio, diretor geral da CECOP e Alberto Bortolozzo, fundador e diretor do grupo italiano Ottici Professionisti, demonstraram satisfação com a decisão. De facto, através das sinergias que surgem, as óticas podem continuar a aumentar os seus negócios, reforçar o respetivo posicionamento e aumentar a presença no território italiano. “Estou convencido de que todas as partes envolvidas obterão grandes benefícios com esta fusão, que se reflete na maior eficiência e possibilidade de realizar novas iniciativas de negócios com óticos e partners”, comentou Enrico Ferrario, country manager da CECOP Itália. Grande satisfação também da parte de Alberto Bortolozzo, que afirmou que “a rede formada pela CECOP e Ottici Professionisti terá um papel de liderança no mercado ótico italiano, graças também à consolidação da relação com os fornecedores de ambos os grupos.” A CECOP tem hoje presença em Espanha, Portugal, Itália, Grã-Bretanha, Irlanda, Colômbia, Brasil e México.


Em busca de pessoas especiais O projeto da GrandOptical que coloca em destaque pessoas inspiradoras pela excelência que aplicam nas respetivas atividades, tem mais um nome. Hugo Suíssas protagoniza o episódio destas histórias do grupo premium de óticas, pela sua visão única do mundo, captada pela sua objetiva e partilhada no imenso Instagram. Hugo Suíssas ganhou notoriedade pelas perspetivas nunca antes exploradas, que conquistou com a sua máquina fotográfica. @suissas conta com mais de 52 mil seguidores na rede social e arrebatou a atenção do mundo digital com a publicação de vários posts que se tornaram virais. A GrandOptical, desafiou o instagrammer a criar uma peça ilustrativa da campanha oferta do segundo par na compra de óculos graduados, que arrancou no dia 1 de setembro. O resultado ganhou forma numa imagem que dá corpo a um par de óculos graduados, através de pessoas. A

mesma está integrada numa campanha multimeios da GrandOptical e é exposta em todas as lojas do grupo dedicado ao segmento de luxo da ótica. Esta fotografia especial faz ainda parte do #headownproject, um empreendimento da autoria de Hugo Suíssas que quer transmitir o que lhe vai na cabeça e expressar as coisas mais banais do quotidiano, de um ponto de vista diferente. A crescente presença da GrandOptical no mundo digital, a criação de conteúdo criativo único e o aumento da proximidade ao público que procura inspiração são os principais objetivos desta parceria.

Olhar em Português | 29 |

GrandOptical


Institutoptico

Expansão em lojas e criatividade O grupo 100 por cento nacional reforçou a sua posição no centro do país através da ótica Visão Plena. E não foi só em lojas que cresceu! A Cierzo e a Stefanel, marcas exclusivas em Portugal para o Institutoptico, também alargaram o seu portefólio a mais modelos encantadores.

Olhar em Português | 30 |

Cierzo “encontra-se” nos rios portugueses

A zona de Massamá ganhou a “luz azul” do Institutoptico através da ótica Visão Plena, uma empresa que arrancou há três anos. “Acreditamos que esta é uma parceria de sucesso que se integra na nossa filosofia de trabalho, com imensas mais-valias para a comunidade onde nos inserimos. Pautamo-nos por um trabalho de qualidade e confiança alicerçada pela proximidade às pessoas.”, referiu Rodrigo Luís, gerente da Visão Plena. Pelo lado o Institutoptico, Vera Velosa, gerente e responsável pela área de sócios e recursos humanos sublinha, “o grupo está cada vez mais forte e prova disso é a confiança contínua que várias óticas independentes depositam em nós ao entrarem na nossa rede.”

Stefanel ao serviço do requinte Após a temporada quente e no regresso ao trabalho, a marca exclusiva do Instiutoptico propõe elegância através da sua nova coleção. Óculos “pintados” a padrões elegantes, buscam no conceito de moda italiano a intemporalidade e diferenciação essenciais à conquista de quem gosta de qualidade. A versatilidade expressa-se em cada armação Stefanel, assente na variedade de cores bem construída e combinada.

A Cierzo, marca exclusiva do Institutoptico, lança-se à próxima temporada com um conjunto criativo inspirado nos rios portugueses. Rio Arunca, Rio Lima ou Rio Ardila são alguns dos exemplos entre a vasta escolha que a marca disponibiliza pra homem, mulher e criança. Claro que, a Cierzo conta com o charme dos seus embaixadores Ricardo Pereira e família, para divulgação das novidades.


A marca dedicada às lentes progressivas reforça a presença sob as luzes da ribalta ao reunir no mesmo espaço publicitário as duas estrelas que disseminaram as vantagens e glamour das Vimax. Ou seja, sol e prescrição, cor e requinte reúnem-se numa imagem com as famosas figuras latinas da música e do cinema, Lucrecia e Andy García. O melhor de todo este conluio é que, desta vez a Prats vai levar os seus embaixadores mais longe... A Prats, o seu espírito empreendedor e uma capacidade exímia para produzir lentes de alta qualidade atraíram para o setor da ótica uma das figuras mais emblemáticas do cinema, em 2017. Andy García estudou o projeto Vision to the Max, ou Vimax, e decidiu ser o homem forte da comunicação de um produto sobre o qual acreditou seriamente. Alguns meses mais tarde, e para falar em nome do mesmo produto, mas com “capa” solar, as Vimax Sun & Sport, a magnética cantora cubana Lucrecia apareceu plena de estilo nas campanhas nacionais e internacionais da Prats. Hoje, o atrevimento vais mais longe. Ambas as personallidades famosas unem-se num cenário de requinte e transmitem os valores defendidos pela marca Vimax, numa campanha que inunda Portugal de norte a sul. E não se ficam por aqui! Visibilidade que se expande A fabricante de lentes oftálmicas garante que o próximo passo da sua estratégia de comunicação coloca

a ótica de qualidade num outro patamar. O mistério está para se revelar e quer movimentar o mercado de lentes premium personalizáveis. Claro que, o objetivo essencial de tudo o que a Prats faz está patente no mote que dinamiza a empresa: Focusing on You. Afinal, aquilo que Andy García e Lucrecia querem mesmo é que “os seus olhos voltem ao seu melhor momento” e as lentes Vimax estão comprometidas com a melhor visão. Excelência Vimax A solução da Prats contra o desconforto na adaptação às lentes progressivas assumiu-se nas Vimax. Estas lentes para presbíopes têm níveis de personalização elevados e adaptam-se na perfeição aos estilos de vida mais atuais. Acabaram-se os dias em que era o cliente a assumir a dura tarefa de se adaptar. Tudo graças ao design tecnologicamente superior, fruto do know how angariado pela Prats ao longo dos anos e da sua capacidade produtiva incrível.

Outros Olhares | 31 |

Vimax – Mais visível que nunca


Rui Pinto

A Artefacto passa o duro teste dos Champs Élysées Fotos: Miguel Silva

Outros Olhares | 32 |

A celebração de um quarto de século da Artefacto faz-se em ambiente de descontração. A LookVision Portugal quis fazer parte deste momento e, entre as paredes onde tudo acontece, conversou com o homem que sempre encabeçou esta empresa portuguesa, Rui Pinto. É que a equipa da Artefacto redescobriu as suas potencialidades quando muitas empresas lusas sucumbiram à crise financeira e tudo graças às décadas em que cimentou um trabalho de excelência. Desta forma, a GrandOptical francesa detetou este “ponto de luz” de desenho e construção de óticas e decidiu desafiá-lo para assumir a remodelação da sua imagem. O ponto alto desta aventura estava na cidade da luz. Situada na mítica avenida parisiense dos Champs-Élysées, a GrandOptical tem a assinatura de luxo da portuguesíssima Artefacto! Rui Pinto tem na pele todos estes êxitos e arrepiou-se enquanto nos descreveu os respetivos contornos, bem como a força incansável dos colaboradores que dão vida à empresa e que representam um futuro cheio de possibilidades e conquistas. Saímos da Artefacto com a sensação de pleno, tudo pelos olhos do homem que sempre respirou ao seu ritmo. Rui Pinto marca os 25 anos da empresa que lançou. E se há um episódio que elegemos como inesquecível é o que aconteceu há uns anos à porta da maior ótica do mundo, entre o líder da Artefacto e a sua sócia e companheira de vida, Sílvia Freitas. “Fomos de propósito a Paris para vermos uma ótica que tinha acabado de ser inaugurada e que se dizia ser uma coisa perfeitamente deslumbrante. Depois de termos ficado de boca bem aberta, porque era uma obra fora do normal, inclusivamente, com materiais que à época eu desconhecia, lembro-me de à saída comentar com a minha mulher que a decoração era impressionante. Ela respondeu-me: “Isto vai para além de tudo aquilo que podíamos imaginar.” Retorqui: “Daqui por uns anos somos nós que vamos fazer esta loja.” Rimo-nos a bom rir, mas de facto, 17 anos depois, na primeira remodelação da GrandOptical (GO) dos Champs-Élysées, lá estávamos nós a cumprir o sonho.” A maior ótica do mundo podia ser o culminar destes 25 anos, mas muito está prometido para o futuro. No dia do nosso encontro foi altura para voltar atrás, até se chegar ao “atrevimento” da exportação. Os anos de 2011 e 2012 marcaram o compasso da Artefacto com uma falta preocupante de trabalho. “Não era uma situação nem um problema nosso, era sim, transversal e mundial, porque não havia trabalho nas diversas áreas de negócio. Já tínhamos von-

tade de ir para fora, de exportar, mas uma coisa é a vontade, outra é deixar o conforto a que nos vamos habituando ao longo dos anos. Na verdade, este momento muito complicado trouxe ao de cima o melhor que os portugueses têm, que é a capacidade de dar a volta aos problemas. Foi o que nos aconteceu”, explicou Rui Pinto. E depois de mais de duas décadas de um trabalho inesquecível, que ajudou a mudar o “rosto” do retalho da ótica em Portugal, 2016 marcou o voo para França. “A importância que esta empresa teve nos espaços comerciais portugueses, para que eles pudessem, de uma forma mais confortável e mais atrativa, vender o seu produto é incontornável. E realmente, como diz o ditado, “o profissionalismo e o compromisso é como o azeite, vem sempre ao de cima” (risos) e de alguma forma um dos reconhecimentos do nosso trabalho chegou através da GO francesa que valorizou o que fizemos ao longo dos anos e fez-nos um convite muito direto, através do então vice-presidente (VP) do grupo GrandVision (GV)”, continuou o “homem forte” da Artefacto. GrandVision Portugal no início deste pacto internacional O percurso começou com o projeto da GO no Norteshopping, com resultados positivos junto da GV Portugal e que careceu também da opinião positiva e avalizada do VP internacional. “Ou seja, conseguimos criar o desejo por parte do VP de nos conhecer. De realçar, a importância que

a opinião do Dr. Rui Borges, CEO da GV Portugal, que praticamente passou um cheque em branco sobre a nossa idoneidade, seriedade e capacidade de trabalho. Gostaria de destacar a excelente parceria e compromisso que temos com o grupo português, com quem já efetuamos mais de 164 lojas. Dessa forma, consolidou-se o convite para fazer a remodelação da imagem da GO francesa. Aceite o desafio, marcamos na semana seguinte uma ida a Paris, e a partir daí, foi um processo tratado com o CEO francês e toda a sua equipa”, especificou Rui Pinto.. No coração dos franceses A alegria total deste salto além fronteiras foi seguida de um medo tenebroso, confessou-nos Rui Pinto. A ligação a uma grande companhia podia vir acompanhada de um sucesso estrondoso ou de um rápido insucesso. Porém, o inegável conhecimento da equipa portuguesa sobre o mercado da ótica levou à apresentação da melhor imagem e do melhor projeto. Decorridos três anos e mais de 25 lojas feitas em França, Rui Pinto ainda sente um orgulho enorme por ter a sua Artefacto a suplantar os grande gabinetes de arquitetura internacionais, que por norma recebem este tipo de convite. “Desde o momento em que apresentámos o nosso primeiro 3D na sede da GO francesa, eu percebi na cara dos franceses, desde o CEO ao coordenador de obra, que os tinha atingido de forma “mortal”. A partir daí era só uma questão de pormenor.


Outros Olhares | 33 |


Outros Olhares | 34 |

•• “Foi um a coor denação de obra inacr editável, dividida em seis momentos e com o r igor a que a Ar tefacto sem p re habituou, quer o m erca d o nacional quer agora o d a ex portação” ••

Nunca é demais dizer que levava tudo bem delineado, graças à minha excelente equipa de projeto e design. Eu e a Sílvia encabeçamos a apresentação e a partir desse momento ficou claro que era a Artefacto e a sua equipa que liderava todo o processo. A primeira loja a ter o cunho da Artefacto foi em Tourville, a 100 quilómetros de Paris, denominado loja teste.” Uma Artefacto que ganhou nova dimensão Esta intervenção foi a primeira de muitas e serviu como teste às potencialidades da equipa da Artefacto. A companhia portuguesa passou o desafio com tal distinção, que foi impelida a crescer sobre si mesma. “Há um episódio que nos deixou muito preocupados. Inicialmente devíamos fazer este protótipo prático até julho e fizemo-lo. Setembro seria para experimentar e testar a funcionalidade no seu dia a dia, com o compromisso de em outubro e novembro rectificarmos algumas questões que falhassem e, só então, avançarmos para a remodelação do parque da GO francesa, que deveria começar no ano seguinte. No entanto, o protótipo estava de tal forma eficiente, que algures a meio de outubro fomos chamados de urgência a França. Disseram-nos que não havia nada a alterar, a loja funcionava perfeitamente e, ainda serviu,

para ser apresentada a grande parte dos CEO europeus. Posto isto, pediram-nos que até ao final do ano fizéssemos outras sete lojas. Recordo este momento como o de maior tensão como responsável desta empresa, porque eles sabiam das nossas capacidades. Tinham visitado as nossas instalações diferentes vezes, e mesmo assim, puseram-nos à prova. Ainda propus fazer metade, mas disseram logo: “Rui gostamos muito de ti, do teu projeto e da tua equipa, mas é este o nosso prazo e a nossa necessidade.” Aqui devo dizer com grande orgulho que nós portugueses, e a minha equipa em especial, somos bons, pois até ao final do ano fizemos seis lojas, porque a sétima não foi pela GO licenciada”, descreveu o responsável da Artefacto com o rosto iluminado de brio. “A conquista destes “senhores” finalizava com este brilharete!” (risos). A equipa da empresa portuguesa foi além das suas forças para cumprir prazos com eficácia e qualidade. “Tudo isto no ano em que Portugal foi campeão europeu de futebol. Aliás, ganhámos a um domingo e na segunda a seguir estávamos a montar a primeira loja protótipo em Tourville com sorrisos estampados de orelha a orelha. Depois de todo este stress, uma das coisas que mais gozo me deu foi chegar ao início do ano para projetarmos a fase seguinte e levantar a mão para o diretor de expansão do grupo, bem como a todos os seus diretores e coordenadores de obras, com o gesto de dupla vitória” (risos). A Artefacto em destaque na Champs-Élysées Quando chegou o momento de tocar na famosa GrandOptical parisiense, a equipa da Artefacto teve o repto de arrebatar novamente as pessoas, como o que aconteceu há 17 anos atrás. E este desafio, encarado em conjunto com a Market Value, na pessoa do project manager Jean-Renaud Cornuau, teve ainda a condicionante de se manter a loja que mais fatura no mundo e com o maior número de visitantes anual registado em constante funcionamento. “Foi uma coordenação de obra inacreditável, dividida em seis momentos e com o rigor a que a Artefacto sempre habituou, quer o mercado nacional quer agora o da


Um sucesso que se mede na motivação da equipa Rui Pinto entreabriu-nos um pouco do futuro e como paulatinamente está a deixar a Artefacto nas mãos capazes da equipa que formou. Depois de uma história que se conta em decisões comedidas e que justificam a “saúde” da empresa antes e depois da crise, o líder adianta que deu sempre prioridade ao bem estar dos seus colaboradores. “Na realidade, este “cisne negro” não é garantido que não regresse e, isso sim, é assustador. O que ajudou bastante a que a Artefacto “surfasse” a onda gigante de destruição foi sempre a estrutura comedida que teve para desenvolver o seu trabalho e o reconhecimento dos óticos individuais e grupos nacionais em valores fundamentais do negócio, como o rigor, compromisso de prazos e a segurança de manutenção e continuidade futura, que existe ao trabalhar-se com a Artefacto”, especificou Rui Pinto. Numa visita pelas instalações comprova-se o sentimento positivo entre todos os colaboradores, também atestado pelos inquéritos indexados à certificação 9001 da empresa. A única queixa destes trabalhadores, é o tempo que passam na Artefacto, forçado pelo modelo de negócio que encaram. No entanto fazem-no com paixão e respeito, porque Rui Pinto garantiu sempre que se retribuísse esta dedicação. “Numa altura em que muitas empresas cortaram ordenados nós subimos, numa altura em que as empresas deixaram de proporcionar seguros de saúde nós implementámo-los e outras tantas ações, estas mais de foro interno da empresa”, acrescentou o responsável. “Mas, mais importante que tudo isto é a relação que conseguimos, eu e a minha mulher, estabelecer com todos. É algo que me enche de orgulho, me deixa arrepiado, que me faz emocionar e estar sempre preocupado com a minha malta.” E neste assunto cabe-nos contar a história de um grupo significativo de colaboradores da produção da Artefacto, que perante a falta de trabalho, em 2011, entraram no gabinete de Rui Pinto para lhe dizer que estavam disponíveis, se necessário, para baixar os respetivos salários, pois o mais importante era manter a empresa e dar a volta por cima desta situação. A Artefacto tem vida própria Quando questionámos Rui Pinto se todas estas novidades não lhe davam vontade de atirar-se ao negócio como há 25 atrás, não hesitou: “Não, porque há algo que aprendi na vida. Tudo tem o seu tempo e eu tive o

Outros Olhares | 35 |

exportação. Trabalhámos afincadamente sem nunca descurarmos outros clientes. Cerca de quatro meses depois et voilà, abrimos a loja.”, contou Rui Pinto.

meu. Continuo a ter responsabilidade no grupo de trabalho global, continuo a ser eu a assumir o trajeto que percorremos e a assumir eventuais erros, mas não é menos verdade que a Artefacto se transformou ao longo dos anos e pode constatar-se isso nas caras novas. Hoje em dia, de forma clara e assumida, limito-me a ajudar quando eles entendem ser necessário. Orgulhosamente digo: a Artefacto já há muito que anda “sozinha”.” E, em carteira, a equipa está já perante novos desafios. O trabalho com a GrandVision já despertou a atenção de outros grupos e em breve os voos poderão ser ainda maiores. As vozes de quem trabalhou com a Artefacto em discurso direto! “A colaboração com a Artefacto é uma das mais eficientes que nós tivemos para uma remodelação de alta qualidade. Capacidade apurada e adaptabilidade são caraterísticas da Artefacto. Esta empresa está no top da construção mas também do design. Até agora fizeram mais de 25 lojas e a mais recente foi a excepcional realização no espaço dos Champs-Élysées, a maior e mais bonita loja de ótica do mundo! Obrigado.” – Alain Cottet, CEO da GV França.


Champs-Élysées. Foi uma empreitada altamente estratégica para o grupo em termos de imagem e de volume de negócios, pois a obra decorreu sem que se fechasse a loja. Graças a uma preparação rigorosa enquadrada pela equipa interna e externa ao projeto, a Artefacto revelou o melhor das suas competências e do seu savoir faire para estar à altura das exigências da mais perfeita qualidade, de um planeamento rigoroso e das restrições impostas no local.” - Jean-François Guillot, direção de obra da GV.

Outros Olhares | 36 |

Razões de sucesso? Ao questionarmos Rui Pinto sobre o que conclui desta enorme aventura a resposta é peremptória: “25 anos depois a experiência diz-me, que é inevitável que os melhores grupos e óticos independentes, que perseguem o rigor, o profissionalismo e com objetivos bem definidos para o futuro tenham a grande tendência e a necessidade de procurar essas mesmas qualidades nos seus parceiros de trabalho. “Se me permite e para terminar, deixo o nosso profundo agradecimento a todos os clientes que nos ajudaram e fizeram crescer na decoração e arquitetura ao longo destes 25 anos, num setor tão competitivo. Devo também referir todas as empresas de distribuição nos vários setores de produtos óticos, que nos deram a oportunidade de ser seus parceiros em várias iniciativas, não esquecendo os seus comerciais, que ainda hoje reconhecem como fiável e recomendável a Artefacto. Atualmente, podemos levar o nosso nome e o de Portugal onde merecemos, pois temos seguramente um dos mais reconhecidos e bonitos parque de lojas de ótica do mundo e o reconhecimento da marca Artefacto!”

“Depois de confiarmos à Artefacto a realização do nosso novo conceito de loja GrandOptical, em 2016, em Tourville, já aconteceram tantas outras renovações com sucesso nos últimos dois anos. O projeto mais ambicioso surgiu no início de junho de 2018, com a reinvenção da nossa GrandOptical flagship, localizada nos Champs-Élysées, em Paris. Para realizar este projeto fantástico, confiei na empresa Artefacto para me acompanhar nesse desafio. Imaginámos cada área da loja em conjunto para proporcionar aos nossos clientes a melhor experiência. O grande desafio foi realizar toda a obra sem fechar a loja. Foi em seis fases que a Artefacto conseguiu expressar o seu talento, com precisão, empenho e total profissionalismo. O resultado está à altura das minhas expectativas e das dos nossos clientes. A realização técnica é simplesmente magnífica, garantindo que a nossa loja flagship dos Champs-Élysées seja a mais bela das lojas de ótica.” - Thierry Lucasson, diretor de operações da GO e da Solaris. “A Artefacto acompanhou e concretizou, juntamente com a GO, o projeto de renovação da loja flagship em plena Avenida dos


Maui Jim

Um estilo a dois ritmos

Outros Olhares | 37 |

A casa de coração havaiano acresce às vantagens tecnológicas e protetoras das suas lentes um tratamento espelhado de duas tonalidades, pleno de estilo. Os óculos de sol Kami ganham assim o mais recente Dual Mirror e novas razões para serem magnéticos e intensos, sempre com a segurança da poderosa tecnologia PolarizedPlus2.

O novíssimo Kami é inebriante, entusiasta e, definitivamente, incontornável. Estes óculos de sol oversized de design aviador integram nas suas lentes o revolucionário Dual Mirror, um tratamento colorido a dois tons, que para além de protetor proporciona muito estilo. De dourado para prateado, de azul para prata ou de prata para cinzento, de matizado a brilhante muitas são as possibilidades estéticas que a Maui Jim promete, destacadas ainda pelo acabamento colorido na armação. Lentes super protetoras O novo tratamento Dual Mirror vem sobre as lentes de base cinzenta neutra, que são firmes na redução implacável da

luz. Esta caraterística é um dos motivos que torna tão especial o mundo através de lentes Maui Jim, pleno de cores e contrastes vívidos. O material escolhido para destacar o Dual Mirror não podia deixar de ser o especial SuperThin Glass, uma espécie de “reinvenção” da melhor matéria em lentes: o vidro. No entanto, os especialistas da Maui Jim eliminaram o respetivo peso excessivo ao diminuir a espessura em 20 a 30 por cento. Dotaram-no ainda de uma leveza impressionante e, claro, de resistência e da garantia da visão mais nítida. A tecnologia de ponta em lentes PolarizedPlus2 remata este conjunto com a certeza da proteção o e detalhe de imagens.


Eye Care

Esteja atento aos olhos das suas crianças Publireportagem | 38 |

Uma boa visão e um sistema visual saudável são importantes para o bem-estar, processo de aprendizagem e crescimento das crianças. Um conselho Essilor

Exames visuais regulares permitem acompanhar, detetar e corrigir/compensar atempadamente qualquer anomalia visual, desde que precocemente detetada, bem como diagnosticar patologias oculares numa fase bastante precoce. Especialmente as crianças em idade escolar, para garantir o melhor desempenho, mas também em idade pré-escolar, onde podem ser detetadas e diagnosticadas atempadamente. O papel dos pais e dos educadores pode ser determinante na identificação de alguns sinais de alerta. Alguns sinais a ter em conta: • Sentar-se demasiado perto da televisão; • Segurar os objetos demasiado perto da cara; • Perder-se no texto enquanto lê; • Pestanejar muito e esfregar os olhos muitas vezes; • Semicerrar os olhos, inclinar a cabeça ou fechar um olho para tentar focar os objetos; • Rodar um olho para dentro ou para fora; • Sensibilidade anormal à luz; • Lacrimejo excessivo; • Queda repentina nos resultados escolares;

• Relutância em participar em atividades físicas e/ou de leitura prolongada. Há, no entanto, algumas medidas importantes que pode tomar para ajudar a cuidar dos olhos das suas crianças. Cuide do bem-estar delas: Tal como nos adultos, uma dieta equilibrada e exercício físico regular são essenciais para manter os olhos saudáveis e uma boa visão. Limite o tempo ao computador: As crianças adoram estar ao computador e com tablets. Isso expõe os olhos delas à luz azul dos equipamentos digitais, por isso reduza o tempo para um máximo de 45 minutos. Incentive a regra 20-20-6 para ajudar a prevenir o cansaço dos olhos: faça uma pausa de 20 segundos a cada 20 minutos para olhar para objetos a 6 metros de distância. Cuidado com o sol: As crianças passam muito tempo a brincar ao ar livre, por isso os olhos delas são suscetíveis aos perigos dos raios UV. Certifique-se de que usam óculos de sol com um elevado E-SPF (índice de proteção ocular dos raios UV)

quando estiverem em espaços ao ar livre. Mantenha a visão deles bem corrigida: Se os seus filhos usam óculos, certifique-se de que os usam sempre, principalmente na escola, para que possam ver o que está a acontecer na sala de aula e participar nas atividades físicas. Esteja atento à visão delas: Ao contrário da maioria dos adultos, as crianças necessitam de exames visuais pelo menos uma vez por ano, especialmente durante a idade escolar, quando a acuidade visual delas pode mudar com frequência. Garanta sempre a melhor qualidade das lentes: Hoje em dia existem inúmeras soluções óticas que permitem uma correta compensação ótica, associadas à proteção contra a radiação UV e azul-violeta nociva, bem como lentes com maior capacidade de resistência aos impactos. Existem, ainda, lentes que variam a intensidade da sua coloração (desde transparentes até completamente escuras) para uma melhor adaptação a todos os ambientes de iluminação.


No Boundaries- uma coleção transversal aos amantes de eyewear A T-Charge Eyewear cresce em personalidade nos mais recentes lançamentos para a temporada que se avizinha. A marca alarga a sua génese masculina e abraça agora também mulheres poderosas que exigem um design impecável. O famoso alfaiate Paulo Battista continua a legar o seu charme à T-Charge, mas desta feita bem acompanhado. A marca da Go Eyewear deixa cair os limites com a sua nova coleção outono/inverno No Boundaries. A campanha é apelativa e reflete o desejo de alargar o público da T-Charge às mulheres. Aliás, já nas anteriores coleções, apesar de assumidamente masculinas, o público feminino demonstrou a sua predileção pelos designs, para lá de estereótipos. Hoje a T-Charge abraça esta demonstração de “afeto” e dedica a No Boundaries a homens e mulheres que verdadeiramente gostem de óculos. O novo conjunto afirma-se nos desenhos

ousados e originais e combina diferentes matérias, entre os quais componentes de titânio e madeira. Moldados em looks retro, ligeiros e exclusivos, os modelos remetem para uma viagem pelos anos de 1990 e as cores naturais acrescentam um estilo vintage aos lançamentos. A coleção, embora unissexo, mantém um ADN masculino, perfeita para um visual boyish, no feminino. De realçar que todos os modelos de sol têm lentes polarizadas, para garantir uma experiência visual perfeita no exterior.

Outros Olhares | 39 |

T-Charge Eyewear


Têndencias | 40 |

À conquista dos novos consumidores Sempre em busca das mais recentes tendências de consumo, repescámos um estudo aprofundado sobre um segmento de consumidores crescente. A plataforma de estudos e análises das tendências de mercado, WGSN, explorou a Geração Z, sucessores dos Millennials e nascidos entre meados da década de 1990 até meados dos anos de 2010. Numa espécie de tsunami populacional, prevê-se, num futuro muito próximo, que a Geração Z represente dois mil milhões da população e ocupe o lugar cimeiro entre os consumidores globais. A WGSN, nesta pesquisa, foi direta à “fonte” para perceber como querem estes jovens utilizar o seu poder de consumo. Através de relatos de mais de 40 pessoas, com idades compreendidas entre os 16 e 21 anos, de todo o mundo, desde a Coreia até ao Reino Unido, apurou-se que apesar de partilharem algumas preocupações e influências, esta geração desafia estereótipos e cria as próprias regras. Ao ouvir estas vozes, identificou-se, claramente, dois micro segmentos dentro do grupo: Geração Nós e Geração Eu. A seguir identificamos ambos os coletivos, para melhor entender como se conquista uma Geração Z. Instantâneo de uma geração Existem diferenças fundamentais encontradas no seio deste grupo, mas no que diz respeito à demografia, o que prevalece define-se pelas circunstâncias comuns da educação individual. No seu âmago, são uma geração definida pela tecnologia, agregação cultural, fluidez e contradição. Estão divididos, sim, mas ao mesmo tempo unidos por estes aspetos comuns.

O destaque ao individualismo A originalidade é uma prioridade para a Geração Z. O grupo mais etnicamente diversificado da história, não tem medo da diferença como o que acontecia com os antecessores. Para esta geração, coloca-se mais ênfase na criação do próprio caminho durante a adolescência, mesmo que isso signifique criar novos modelos educacionais ou marcas próprias. Eles querem reformular construções sociais desatualizadas e criar novos paradigmas. E as marcas que fizerem o mesmo estarão em sintonia com a nova geração. Aliás, o caminho será feito em direção a insígnias que celebrem e fortaleçam a expressão individual.


A beleza (e contrapartidas) da conetividade Nativos digitais desde sempre, a Geração Z nunca conheceu o mundo sem a WEB. A constante ligação à internet roça uma preocupante, mas inevitável dicotomia com a frase do latim quod me nutrit me destruit (o que me nutre destrói-me). Enquanto os média sociais proporcionam infindáveis oportunidades de crescimento, aprendizagem, conexão e construção, também causam estragos. Os adolescentes nunca estiveram tão suscetíveis à depressão, à ansiedade e ao suicídio. De acordo com o estudo Monitor do Futuro 2016, crianças de 13 anos que passem mais de dez horas por semana nos média sociais têm mais 56 por cento de probabilidades de serem infelizes, enquanto 27 por cento de utilizadores das redes sociais tem um risco aumentado de depressão.1

1

Atrasar a idade adulta

Têndencias | 41 |

A Geração Z nasceu na era da informação e portanto é intelectualmente mais avançada. Porém, também crescem mais devagar e demoram mais a encarar responsabilidades da vida adulta. Até foi recentemente sugerido num jornal científico sobre desenvolvimento infantil que a adolescência devia ser estendida dos 19 para os 24 anos. A Geração Z está mais retraída em relação às atividades adultas do que qualquer outra (sexo, álcool, condução e trabalho).2

“ Monitoring the Future: National Survey on Drug Use,” by Lloyd Johnston et. al, The National Institute on Drug Abuse at The National Institutes of Health, 2016. 2 “ If adolescence now lasts until 24, what does that mean for the rest of us,” by Yvonne Roberts, The Guardian, January 20, 2018. 3 “ iGen,” by Jean M. Twenge PhD, Atria Books, August 2017. 4 R oberts, The Guardian. 5 I bid. 6 “ More Americans of all ages spurning driver’s licenses,” University of Michigan Transportation Research Institute, January 20, 2016. 7 R oberts, The Guardian. 8 T he American Freshman: National Norms Fall 2016,” by the Staff of the Cooperative Institutional Research Program, 2017

Sexo

Segurança Financeira

Consumo de álcool

Número de adolescentes ativos A queda no consumo entre sexualmente diminuiu para metade alunos do secundário nos EUA 9 O consumo em menores desde da década de 1990 3. Em 2015, a percentagem de no Reino Unido baixou para nascimentos entre adolescentes atingiu metade 10 É número de pessoas da a expressão mais baixa de sempre 4. 11 71 por cento de homens universitários e GEração Z com empréstimos. 67 por cento de mulheres universitárias admitem querer mais oportunidades para encontrar um parceiro de longo termo. 5

100 mil

Condução

Trabalho/Estudos

Apenas 69 por cento da O número de adolescentes Geração Z tiraram a carta de a trabalhar no verão passou condução na maioridade, para metade comprado com os 87 por Menos tempo é hoje cento da geração Baby dedicado nos trabalhos Boom na mesma idade 6 de casa pelos jovens conservadores fiscalmente 8

Geração Eu & Geração Nós Independentemente da denominação que lhe damos, temos que compreender esta geração. Para isso, é necessário aceitar que, como grupo, estão tremendamente divididos. Ao olharmos para o coletivo, emergem estes dois segmentos opostos: Geração Eu e Geração Nós. Para a maioria, a Geração Eu é a mais documentada, mais fácil de entender e para quem as marcas dirigem maioritariamente o seu marketing. No entanto, para lá da superfície, descobre-se um outro grupo que mexe com tudo, que comanda a atenção e força as marcas a reconsiderar a sua estratégia. É a Geração Nós. Vamos descrevê-los e também a forma como o mercado está a tentar captar a sua atenção. E embora apresentemos aqui uma segmentação clara, não podemos esquecer a fluidez que carateriza a Geração Z e que lhes permite serem compreensivos em relação aos diferentes pontos de vista e até, consciente ou inconscientemente, contradizerem-se.


Quem é a Geração Eu? Motivados pelo estilo, não têm medo de seguir tendências em vez de ditá-las, como forma de seguir aspirações.9 O stream constante e o feed interminável alimentam a necessidade da Geração Eu por conteúdos. Não admira que estejam em constante desgaste emocional. “Não temos escolha sobre estar nos média sociais, a questão é como fazê-lo bem. Faz-me sentir com os olhos quadrados e como se não vivesse a minha vida normal. Sinto-me um robô, em constante transe”, expressou Paris de 15 anos, de Brisbane, Austrália.

Novas ambições – Educação e futuro

Têndencias | 42 |

A Geração Eu sabe onde quer chegar! A sua natureza diligente fá-los self-made, ou pelo menos no processo. A educação significa copiar, aliás encontram quase tudo no Youtube ou no Instagram, desafiando o modelo tradicional de ensino. Na China, onde a economia da wanghon, ou celebridade da internet, está a crescer exponencialmente, mais de 54 por cento de elementos da Geração Z, escolheram live streamer como profissão de sonho! No que diz respeito ao futuro profissional, a Geração Eu quer um trabalho que lhe dê prazer. O dinheiro também é importante, mas a flexibilidade de horários e um ambiente de trabalho favorável está no top das prioridades. “Um bom ambiente de trabalho, com pessoas felizes à nossa volta é essencial. Se ninguém estiver feliz, será difícil querer trabalhar todos os dias e ainda ser produtivo”, opinou Jude, 18 anos, Reino Unido.

Novos Rituais No seguimento da intensa vida online, a beleza é crucial para a Geração Eu. Não surpreende, por isso, a quantidade de dinheiro que se gasta em produtos que melhoram os seus “cartões de visita” mais importantes: o rosto. Inclusive, os produtos para os cuidados da pele crescerem em vendas globais em 18 por cento, ano a ano. 10 “É fantástico ver quando as pessoas conseguem aproveitar para tirar proveito financeiro dos seus seguidores”, declarou Zach, 20 anos de Massachusetts. O Youtube já existe desde 2005 e, portanto, a maioria dos constituintes da Geração Eu não viveram sem ele. Aqui as respostas são imediatas e a plataforma surgiu como a primeira ferramenta de autoajuda deste grupo. De acordo com a pesquisa da Google It’s Lit, os adolescente colocaram o Youtube como a sua top brand em 2017.11 A compra e revenda tornou-se uma máxima entre a Geração Eu. A cultura da promoção está viva e move milhões de euros, em modo crescente todos os anos. Aliás prevê-se que pelo ano de 2027 a cultura de revenda ultrapasse o da fast fashion!12 As marcas serão forçadas a envolver-se neste comportamento de consumo, com as plataformas sociais a promover esta tendência. Boris Kunin, 18 anos, de Nova Iorque é um exemplo desta atitude de compra ao fundar a Lyne Up, em 2013, uma plataforma de revenda de artigos streetwear, com a qual arrebatou uma fortuna, antes ainda de entrar na universidade. 9

“ “An Introduction to the Establishment of ‘Net Red College’ in a College in Chongqing,” by Zhang Ya, Beijing Youth Daily, September 21, 2017. “Piper Jaffray Completes Semi-annual Generation Z Survey of More Than 6,000 US teens,” by Piper Jaffray, Business Wire, April 10, 2018. 11 “ It’s lit,” by Google, coolbook@google.com, 2017. https://storage.googleapis.com/think/docs/its-lit.pdf 12 “ThredUp 2018 Resale Report” by James Reinhart, ThredUp, 2018. 21 10


E a ligação à criptomoeda demonstra a “veia” empreendedora precoce desta Geração Eu. Estes miúdos têm plena noção que podem enriquecer de um momento para o outro e a autoeducação que angariam dá-lhes um mundo de oportunidades. Mas não só de produtos vivem os jovens da Geração Eu. As suas mensagens são os “famosos” Memes, com os quais passam recados, agoniam e até se envenenam! Esta última referência vem no seguimento dos famosos desafios online que levam a comportamentos, no mínimo, autodestrutivos entre os adolescentes vulneráveis. A vida na internet é intensa e absorvente e, portanto, as lojas físicas passam a ser redutos de encontros pontuais, mais do que simples pontos de compras e com interiores “instagráveis”. Aliás, criou-se a expressão IRL (In Real Life ou na vida real em português), os momentos especiais de convívio real, onde se criam redes de contactos e oportunidades.

Promoção praticamente simultânea

Hipnotizados pela propaganda

Hype da Cultura Promoção Culture emAction Ação in

A Geração Eu está disponível para esperar (inline) e pagar (online)

Mercado de revenda

A cultura da promoção é o novo luxo

Ao contrário da Geração Eu, este grupo tem um olhar ousado e sem filtros sobre as circunstâncias políticas. A compaixão está-lhes no ADN e a preocupação é o novo “fixe”. Verbalizam emoções e não fogem da realidade. Preferem enfrentar os problemas admitindo a sua vulnerabilidade e imperfeição. No fundo é uma estratégia coletiva de combate à séria crise mundial de saúde mental. E os assuntos em destaque vão desde o acne, dietas até ao autismo.

Novas ambições – Educação e futuro Tal como a Geração Eu, a Geração Nós está orientada por objetivos, mas sem obsessões. Sonham alto, porém concretizam os desafios a que se propõem. Aqui o sucesso coletivo é mais importante que o individual. A educação e a carreira são apelativos para esta geração, mas querem instituições com bons valores. Valorizam a segurança financeira, porque cresceram com a crise. Ainda assim, há grande ênfase em descobrir o caminho certo e encontrar formas engenhosas e empreendedoras de se sustentar. E com isto vem uma dose de cepticismo em relação à educação tradicional. “Eu tinha 13 anos quando conheci um amigo que queria suicidar-se por causa dos estudos. A educação que eu queria era aprender a valorizar-me, não matar-me. Aprender em conjunto, sem competições. Espero que ninguém tenha que perder a vida por causa dos exames de admissão”, disse Jaehyun Jung, 17 anos, da Coreia.13 Já existem movimentos dentro de algumas academias que promovem mais empatia e resiliência em oposição ao formato tradicional.

Novos Rituais Entre a Geração Nós gasta-se muito mais dinheiro na alimentação, em nome da transparência alimentar. Aliás, dedicam 24 por cento dos seus estipêndios em comida, mais quatro por cento do que em roupa. Este coletivo defende menus inclusivos, em nome de todas as pessoas com intolerâncias. É por isso que, quando se fala em ativismo faz todo o sentido pensar neste grupo. E embora estejam presentes em toda a força na WEB, usam-no com o propósito de comunicar e organizar. Educam-se e falam de inclusão, diversidade e ambiente. Usam as viagens para sair das zonas de conforto e procurar uma imersão cultural. 13

“ Young people who declared rejection of admission on the day when everyone watches,” by Pak Jeong Ho, OhmyNews, November 23, 2017

Têndencias | 43 |

Quem é a Geração Nós?


IRL

Têndencias | 44 |

À luz da saturação digital, a Geração Nós procura tempo livre para os amigos e família. “Durante os dias da semana é difícil dar atenção às pessoas que amo, por causa da escola e do trabalho, por isso tento esforçar-me para passar mais tempo nos fins de semana com eles. Não é só pelas relações sociais, mas também a pensar na minha felicidade e estado mental”, descreve Claire, 19 anos, de Bangkok, Tailândia. E quanto aos encontros com quem partilha os mesmo valores, os média sociais tornam tudo muito mais fácil. A Geração Nós congrega as relações on e offline para mudar o mundo segundo os seus ideais. Estão preocupados com o progresso, mais do que com o sucesso. A sustentabilidade, igualdade, inclusão e os direitos e segurança são os temas que movem esta massa humana jovem.

Quem são os líderes dos comportamentos da Geração Nós?

CONCLUSÃO

Enquanto a Geração Eu olha para os macro influenciadores, a Geração Nós olha para quem está a seu lado. A competição não é importante, mas sim a colaboração. O coletivo inspira-se nos feitos dos seus pares e, assim, conquistam as mudanças que desejam. Conscientes do futuro, investem tempo, dinheiro e energia para provocar alterações com impacto. Em contraste com a Geração Eu, este nicho de influencers não ressoam por causa da quantidade de seguidores, mas pelos ideais que cultivam, pelo que dizem e pelo que representam. Embora menos reconhecidos, as suas mensagens têm grande impacto.

A microsegmentação irá reinar entre a Geração Z, o que significa que menos é mais quando se trata de conquistá-los. Deve escolher-se um lado e manter-se fiel ao seu ADN. O propósito não é uma ferramenta de marketing, é um compromisso a longo prazo com determinada marca. Ou seja, uma arma poderosa são os inlfuencers que fazem ponte entre os dois grupos de consumidores, sem alienar nenhum dos lados. A única forma das marcas se manterem, de facto, ali no meio das duas gerações é se o influencer a quem se associam tenha um amplo retorno social mediante o investimento. É de considerar ainda o papel que respetivo produto pode ter para resolver os problemas que a Geração Z tem, nomeadamente a saúde mental. De um lado ou do outro, há uma certeza: este grupo é ativo, trabalha por objetivos e é pragmático, o que siginifica que querem autenticidade e consistência.

Instruções às empresas: Geração Nós

Alto risco

Baixa recompensa

Retorno social mediante o investimento = alto

Alta recompensa

Retorno social mediante o investimento = baixo

Geração Eu

Baixo risco

Geração Nós • Criar empatia em todos os aspetos do negócio. • Não apenas falar da diversidade, mas aplicá-la na empresa e entre os respetivos clientes. • Equilibrar a importância que se dá aos consumidores que compram para recompensar o estilo da empresa. A Geração Nós quer comprar a quem acredita, não evitar quem lhes causa desconfiança. • Proporcionar eventos e experiências offline. • Dar produtos às comunidades que façam de facto a diferença e não só por dar. • Incluir otimismo na estratégia de comunicação da empresa.

Geração Eu • Criar conteúdos que proporcionem escape, através, por exemplo, do Instagram. • Esquecer a “vibração” corporativa se se quer contratar jovens. Eles valorizam flexibilidade e informalidade. • Criar cultura em vez de persegui-la. Este grupo quer participar de momentos “virais”.


Sol Sol Ito ou quando as fantasias têm formato de óculos

Entrevista de Capa | 45 |

Sandra Kaufmann e Monika Fink

Conhecemos as maravilhosas Sandra e Monika no espaço dos novos criadores na MIDO de Milão, em 2017. Foram os óculos incrivelmente originais e feitos na Suíça que nos prenderam ao seu stand, mas a história divertida deste amor entre artistas e óculos manteve-nos presos à Sol Sol Ito desde então. As hastes duplas em metal, as linhas curvilíneas e quentes e uma exclusividade que se cinge a apenas 50 peças por armação merecem destaque entre todos os amantes de óculos do setor. Trocamos episódios, simpatia e captámos o dom destas duas mulheres poderosas, numa conversa que resultou em mais um contributo para o eyewear artístico. E não somos os únicos seguidores da Sol Sol Ito. A marca, desde o arranque em 2012, já arrebatou o Swiss Design Award, logo em 2013, um prestigiado Reddot Award em 2014, um Germand Design Award, em 2016 e uma importante nomeação no Design Preis Schweiz. Muito ainda estará por vir!


Olhar o Mundo | 46 |

•• ”Q u an do s e us a ó c ul o s , e s t á-s e s emp re n u m a c on s t a n t e b us c a p or al g o n o v o , a l g o c om p o s s a mo s e s t abe l e c e r uma l ig a ç ã o ” ••

Conte-nos a história maravilhosa que ditou o nome da marca Sol Sol Ito? Sandra Kaufmann: O nome Sol Sol Ito nasceu em São Francisco, EUA, e da respetiva praia localizada do outro lado da ponte de Golden Gate: Sausalito. A Monika tinha o Sol Sol Ito na cabeça, uma espécie de erro linguístico (risos), e um enorme Califórnia feeling. E quando este episódio aconteceu já tinham um “caso amoroso” com os óculos? Monika Fink: A nossa relação com os óculos nasceu depois da Sandra, como estudante de design industrial, fazer um estágio no estúdio do Alain Mikli em Paris. Entre todos os acessórios de moda, porquê escolher este em particular? Sabiam que podiam dar algo mais ao mercado? SK: Quando se usa óculos, está-se sempre numa constante busca por algo novo, algo com que possamos estabelecer uma ligação. Está foi a razão que nos levou a desenhar eyewear de acordo com os nossos gostos e personalidades. É que os óculos estão no centro do nosso rosto e assumem uma importância fulcral no aspeto e na definição da pessoa e, claro, na boa visão. Hoje em dia subsistem muitas marcas independentes e nascem outras tantas também, no mercado do eyewear. O que define e garante o sucesso da Sol Sol Ito, na sua opinião? SK: Somos independentes e livres. Criamos

peças para nós e para os nossos amigos, ou seja, fazemos o que amamos, sem restrições. O nosso estilo é definido pela inovação com uma intensa proposta original de venda: as nossas duplas hastes com charneira sem parafusos, feitas na Suíça em edições limitadas. De resto as armações são muito confortáveis, ligeiras e com uma superfície para o nariz bem ampla. A Monika passa muito tempo a definir as nossas combinações de tonalidades muito especiais. Ela tem um sentido muito apurado para as cores. Fomos nós que criámos todos este “sentimento” com o propósito de nos tornarmos únicas e “refrescantes” no mercado. Adoramos o processo criativo, é uma corrente indomável que se apodera de nós. É uma paixão. Em quantos países vendem a Sol Sol Ito e qual deles é o vosso maior fã? MF: Vendemos principalmente na Suíça e no Japão, onde mantemos uma legião de seguidores urbanos internacionais que procuram, precisamente, uma marca de nicho como a Sol Sol Ito. O nosso maior fã é, em definitivo, o Japão. E de onde provêm as ideias que se materializam em designs tão originais? MF: Tudo o que tem alegria e poesia inspira-nos. A arte é uma enorme inspiração, assim como as pessoas, a comida e a música. Viajar representa uma grande fonte de criatividade e a Sandra adora cidades grandes, porque se sente o ritmo intenso do momento.


•• ”Quer em os continua r a ser independente s , criativas e de m ent e aber ta. Sol Sol Ito é j á um sonho por si só! ” ••

E a que se deve a decisão de produzir um número muito restrito de óculos? MF: Queremos acime de tudo ser exclusivos, com um altíssimo nível de qualidade. É o verdadeiro luxo! Quanto a Portugal, conhecem o mercado? MF: É um país maravilhoso, muito sentimental que ambas adoramos, mas ainda não estamos a par do mercado eyewear. Depois destes intensos primeiros seis anos de trabalho, como descreveriam o mercado global da ótica? SK: Consideramo-nos uma marca de nicho, à parte do grande mercado global. Compreendemos que há sempre mais e mais pessoas à procura de produtos justos, locais e de qualidade exímia, o que contraria totalmente o rumo do mercado de consumo de massa . Às vezes menos é mais. Numa abordagem mais pessoal, quem são as artistas que compõem a alma desta Sol Sol Ito? MF: Eu sou uma escultora artística e a Sandra designer industrial com ampla experiência na indústria relojoeira suíça.

E que sonhos guardam para a vossa marca? SK: Queremos continuar a ser independentes, criativas e de mente aberta. Sol Sol Ito é já um sonho por si só! Finalmente, que futuro antecipam para o mundo eyewear em geral? Serão as marcas independentes suplantar a importância das companhias de produção massiva? Os óculos são peças muito pessoais e, neste seguimento, existe um grupo crescente de pessoas que não quer consumir produtos de massa. Querem ser únicas, preocupam-se com os pormenores e com a qualidade. Como resposta a esta necessidade, com a qual nos identificamos inteiramente, preferimos ter menos produtos, mas que sejam incríveis e proporcionem um uso perfeito. Não é uma questão de tendências, é uma questão de estilo!

Olhar o Mundo | 47 |

Regressando ao que faz esta Sol Sol Ito tão especial, como se lembraram das hastes duplas e porquê? SK: Quisemos, desde sempre, criar as hastes com arame, pois este é um material incrível, pela flexibilidade, leveza e resistência. Existem tantas soluções de design interessantes assentes no arame. Portanto, isto permitiu-nos manter o nosso desenho base como sempre quisemos: reduzido e lógico. Com o arame conseguimos construir uma haste inteligente sem detalhes complexos. Desde o início da nossa viagem no design de produtos procurámos respostas assertivas, talvez também devido à nossa mentalidade suíça.


Optometria | 48 |

Evidências científicas da terapia visual em doenças neurológicas. Texto: David P Piñero, PhD Departamento de Ótica, Farmacología e Anatomía, Universidade de Alicante Departamento de Oftalmologia (Oftalmar), Hospital Vithas Medimar Internacional, Alicante

A valorização da integridade funcional e estrutural do sistema oculomotor é de especial relevância nos problemas neurológicos, uma vez que é uma área que pode ser amplamente afetada. 1-16 Há uma grande variedade de estudos científicos que avaliaram o papel que a terapia visual pode ter para a melhoria visual neste tipo de pacientes. 17-28 Será de valorizar sempre a idoneidade da correção ótica do paciente, de forma a começar-se com exercícios dentro das suas capacidades (do fácil ao difícil), até alcançar o máximo nível de automaticidade possível. Irá trabalhar-se primeiro a precisão e posteriormente a velocidade, começando com trabalho monocular, para posteriormente passar a uma fase binocular, sempre e quando se equiparem as capacidades de ambos os olhos. Existem evidências científicas da eficácia da terapia visual em problemas oculomotores (também acomodativos e/ou binoculares) associados a diversos problemas neurológicos, tais como a comoção cerebral, 21,24 o dano traumático cerebral leve 17,25-28 ou o enfarte cerebral, 29,30 assim como transtornos de aprendizagem acumulados com síndrome de deficit de atenção/hiperatividade, 22 dispraxia 31 ou dislexia. 20,23

Comoção cerebral A comoção cerebral ou contusão é o traumatismo cerebral mais comum e de menor gravidade. Geralmente, a comoção pode implicar desajustes nos neurónios sem que exista dano estrutural óbvio. Pode ou não haver perda de consciência, mas geralmente observa-se confusão ou problemas de memória. Acontece como consequência de qualquer acidente que envolva veículos motorizados, desportivos e de recreação, quedas, armas de fogo ou violência física. A nível visual, foram descritos os seguintes problemas visuais associados: insuficiência de convergência (IC), atraso no Ponto Próximo de Convergência (PPC), redução da Vergência Fusional Positiva (VFP) na Visão de Perto (VC), elevada sintomatologia visual (questionário CISS), elevada disparidade de vergência, Insuficiência de Acomodação (IA), limitação em movimentos oculares de seguimento e sacádicos e Excesso de Convergência (EC) (23 por cento). 8,14,15 Foram descritas melhorias significativas com a terapia visual mediante o treino de vergências, o treino acomodativo e o treino de sacádicos e seguimentos. 21,24 Contudo, principalmente devido à complexidade em


Dano traumático cerebral leve O dano traumático cerebral leve (mTBI, mild traumatic brain injury) é um traumatismo associado a una perda de consciência e/ ou confusão e desorientação, de menos de 30 min. O cérebro apresenta um aspeto normal em ressonâncias magnéticas e radiografias, mas subsistem problemas cognitivos como dor de cabeça, dificuldade para pensar, problemas de memória, deficits de atenção, alterações de humor e frustração. O efeito pode ser devastador na pessoa apesar de ser um dano leve. O aparecimento dos sintomas pode tardar vários dias ou semanas depois do trauma. A nível visual, a sintomatologia pode chegar a ser muito intensa. Pode-se encontrar uma enorme variedade de problemas visuais: erros de fixação, imprecisões nos movimentos sacádicos primários

Autor

Estudo

Thiagarajan & Ciuffreda Brain 2015

horizontais, diminuição da velocidade de leitura, redução das reservas fusionais, redução estereopsia, presença de movimentos sacádicos anormais durante seguimentos horizontais, amplitude da acomodação reduzida, PPC longe, sensibilidade à disparidade binocular reduzida e inclusive foria vertical descompensada. 4,5,13 Existem vários estudos, incluindo pesquisas comparativas aleatórios e, inclusive, com controle de placebo, que comprovam a eficácia da terapia visual no dano traumático cerebral leve, melhorando os componentes oculomotores e acomodativos (Tabela 1). 18,25-28 A equipa de Ciuffreda e colaboradores 17 validaram recentemente um novo protocolo de reabilitação oculomotora baseado no uso do programa informático CORe em pacientes com mTBI.

Pac

Tipo

Tratamentos

Duração tto

Conclusão

Série de casos prospectiva

15

mTBI

Terapia oculomotora

---

* 62% dos parámetros oculomotores avaliados mantinham-se ou melhoravam 3-6 meses após finalizar a terapia

Thiagarajan & Ciuffreda Brain 2014

Estudo de grupo prospectivo

12

mTBI sintomático em VC

1 grupo terapia oculomotora e outro sem tto

6 semanas 2 ses/sem, 45 min/sessão

* Só houve alterações significativas no grupo de TV: - Erro de fixação horizontal -Ganho sacádico horizontal e vertical -o rácio de sacádicos para a leitura simulada

Thiagarajan & Ciuffreda J Rehabil Res Dev 2013

Serie de casos retrospectiva

12

mTBI sintomático en VC

1 grupo terapia oculomotora e outro sem tratamento

6 semanas 2 ses/sem, 45 min/sessão

* Melhoria em comparação com placebo em amplitude convergência, reservas fusionais e estereopsia VC

Ciuffreda et al 2008 Optometry

Série de casos prospectiva

33 7

mTBI Acidentes cardiovasculares

Terapia visual em consulta

---

* Êxito tratamento (melhora em pelo menos 1 sintoma e sinal primário): 90% mTBI e 100% ACV * Manteve-se o resultado após 2-3 meses depois tratamento

Tabela 1.- Resultados dos estudos sobre terapia visual no dano traumático cerebral leve

Enfarte Cerebral O enfarte cerebral é uma paragem cerebrovascular causada por um processo de isquemia, durante o qual morre parte da massa encefálica devido à falha da irrigação sanguínea. A causa da isquemia é a oclusão do sistema arterial cerebral devido a uma arterotrombose ou a um embolismo. O enfarte cerebral gera um deficit neurológico de instauração progressiva, intermitente com transtornos leves ao princípio e máximos com o passar das horas. Dependendo da gravidade e das áreas afetadas, um paciente que sofra enfarte cerebral pode mostrar uma grande variedade de alterações oculomotoras: instabilidade de fixação, estrabismo, deficit dos seguimentos oculares, deficit dos sacádicos, redução das reservas fusionais, deficit de atenção visual, alteração da percepção visual e deficit dos microsacádicos. Há uma quantidade mínima de evidências científicas sobre o uso da terapia visual nestes casos. Em casos de estrabismo, incide-se no uso de toxina botulínica, da cirurgia ou de terapias combinadas. 29,30

•• (. . . )um paciente que sofra enfarte cer ebral pode m ostrar uma gr ande var iedade de alter ações oculomotor as ••

Optometria | 49 |

recrutar uma amostra significativa destes pacientes, não existem ensaios clínicos controlados e aleatórios sobre o tratamento com terapia visual nestes casos. Desta forma, não existem estudos com controlo do potencial efeito placebo.


Problemas de aprendizagem

Optometria | 50 |

Foram reportados os seguintes problemas visuais em distintos quadros de problemas de aprendizagem. • quadro de deficit atenção/hiperatividade: sintomatologia, deficit de movimentos de vergência, redução VFP VC, afastamento PPC e IC 11 • quadro de dispraxia: sintomatologia, erros de fixação, alterações nas reservas fusionais, alterações acomodativas, alteração nos seguimentos e sacádicos, e velocidade de leitura reduzida. 31 Há evidência científica do uso da terapia visual para a melhoria dos problemas visuais nestas condições, existindo estudos comparativos não aleatórios e séries de casos prospectivos e retrospectivos. 22,31 No que respeita à dislexia, os seguintes problemas visuais foram descritos: deficiência oculomotora no sacádicos horizontais, reservas fusionais reduzidas, PPC afastado, amplitudes reduzidas dos sacádicos, instabilidade da fixação, padrão de sacádico alterado e escassa coordenação dos sacádicos em visão binocular. 1,7 Existem evidências científicas, incluindo estudos comparativos aleatórios e séries de casos, que avaliam as melhorias dos problemas oculomotores com o treino (normalmente guiado por computador). 20,23 O referido treino tem um efeito positivo na escrita e em algumas habilidades cognitivas. Em 3-8 semanas pode alcançar-se um controlo voluntário dos movimentos sacádicos na dislexia. 20,23 Finalmente, no que respeita às anomalias do espectro austista, foram descritos: padrão anómalo de sacádicos, maior frequência de sacádicos e inibição do sacádico reduzida. 10,16 Não existem apenas estudos específicos do uso da terapia visual no autismo até à data.

Conclusões Cada vez são mais conhecidas as alterações oculomotoras, binoculares e acomodativas que ocorrem em problemas e alterações neurológicas, ainda que continuam a ser necessários estudos para compreender o mecanismo que provoca as ditas mudanças. A terapia visual pode ser uma ferramenta eficaz para a resolução de alguns destes problemas visuais associados às doenças neurológicas, mas nunca se deve considerar como o tratamento das patologias em si. A terapia visual não trata as dificuldades de aprendizagem, nem a comoção cerebral e nem o mTBI. A terapia visual trata a componente visual alterada devido às alterações neurológicas, existindo a evidência científica mais consistente em mTBI. Reforça-se que é premente mais estudos que avaliem a eficácia da terapia visual nestas condições, assim como o mecanismo de ação da mesma. Referências: 1.- Bucci MP, Brémond-Gignac D, Kapoula Z. Poor binocular coordination of saccades in dyslexic children. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol 2008; 246: 417-28. 2.- Connolly AJ, Rinehart NJ, Fielding J. Saccade adaptation in young people diagnosed with Attention Deficit Hyperactivity Disorder Combined Type. Neuroscience 2016; 333: 27-34. 3.- Damyanovich EV, Baziyan BKh, Sagalov MV, Kumskova GA. Saccadic movements of the eyes in children with attention deficit and hyperactivity syndrome. Bull Exp Biol Med 2013; 156: 25-8. 4.- Danna-Dos-Santos A, Mohapatra S, Santos M, Degani AM. Long-term effects of mild traumatic brain injuries to oculomotor tracking performances and reaction times to simple environmental stimuli. Sci Rep 2018; 8: 4583. 5.- Green W, Ciuffreda KJ, Thiagarajan P, Szymanowicz D, Ludlam DP, Kapoor N. Accommodation in mild traumatic brain injury. J Rehabil Res Dev 2010; 47: 183-99. 7.- Kapoula Z, Bucci MP, Jurion F, Ayoun J, Afkhami F, Brémond-Gignac D. Evidence for frequent divergence impairment in French dyslexic children: deficit of convergence relaxation or of divergence per se? Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol 2007; 245: 931-6. 8.- Kawata K, Rubin LH, Lee JH, Sim T, Takahagi M, Szwanki V, Bellamy A, Darvish K, Assari S, Henderer JD, Tierney R, Langford D. Association of Football Subconcussive Head Impacts With Ocular Near Point of Convergence. JAMA Ophthalmol 2016; 134: 763-9. 10.- Mosconi MW, Luna B, Kay-Stacey M, Nowinski CV,

Rubin LH, Scudder C, Minshew N, Sweeney JA. Saccade adaptation abnormalities implicate dysfunction of cerebellar-dependent learning mechanisms in Autism Spectrum Disorders (ASD). PLoS One 2013; 8: e63709. 11.- Munoz DP, Armstrong IT, Hampton KA, Moore KD. Altered control of visual fixation and saccadic eye movements in attention-deficit hyperactivity disorder. J Neurophysiol 2003; 90: 503-14. 12.- Nawrot M, Rizzo M. Chronic motion perception deficits from midline cerebellar lesions in human. Vision Res 1998; 38: 2219-24. 13.- Schmidtmann G, Ruiz T, Reynaud A, Spiegel DP, Laguë-Beauvais M, Hess RF, Farivar R. Sensitivity to Binocular Disparity is Reduced by Mild Traumatic Brain Injury. Invest Ophthalmol Vis Sci 2017; 58: 2630-5. 14.- Storey EP, Master SR, Lockyer JE, Podolak OE, Grady MF, Master CL. Near Point of Convergence after Concussion in Children. Optom Vis Sci 2017; 94: 96-100. 15.- Tannen B, Good K, Ciuffreda KJ, Moore KJ. Prevalence of esophoria in concussed patients. J Optom. 2018 Mar 27. pii: S1888-4296(18)30020-7. doi: 10.1016/j.optom.2018.02.003. [Epub ahead of print]. 16.- Zalla T, Fernandez LG, Pieron M, Seassau M, Leboyer M. Reduced saccadic inhibition of return to moving eyes in autism spectrum disorders. Vision Res 2016; 127: 115-21. 17.- Ciuffreda KJ, Yadav NK, Thiagarajan P, Ludlam DP. A Novel Computer Oculomotor Rehabilitation (COR) Program for Mild Traumatic Brain Injury (mTBI). Brain Sci. 2017 Aug 9;7(8). pii: E99. doi: 10.3390/brainsci7080099. 18.- Ciuffreda KJ, Rutner D, Kapoor N, Suchoff IB, Craig S, Han ME. Vision therapy for oculomotor dysfunctions in acquired brain injury: a retrospective analysis. Optometry 2008; 79: 18-22. 19.- Conrad JS, Mitchell GL, Kulp MT. Vision Therapy for Binocular Dysfunction Post Brain Injury. Optom Vis Sci 2017; 94: 101-7. 20.- Fischer B, Hartnegg K. Effects of visual training on saccade control in dyslexia. Perception 2000; 29: 531-42. 21.- Gallaway M, Scheiman M, Mitchell GL. Vision Therapy for Post-Concussion Vision Disorders. Optom Vis Sci 2017; 94: 68-73. 22.- Lee SH, Moon BY, Cho HG. Improvement of Vergence Movements by Vision Therapy Decreases K-ARS Scores of Symptomatic ADHD Children. J Phys Ther Sci 2014; 26: 223-7. 23.- Peyre H, Gérard CL, Dupong Vanderhorst I, Larger S, Lemoussu C, Vesta J, Bui Quoc E, Gouleme N, Delorme R, Bucci MP. [Computerized oculomotor training in dyslexia: A randomized, crossover clinical trial in pediatric population]. Encephale. 2017 Jun 1. pii: S0013-7006(17)30088-X. doi: 10.1016/j.encep.2017.03.004. [Epub ahead of print] 24.- Scheiman MM, Talasan H, Mitchell GL, Alvarez TL. Objective Assessment of Vergence after Treatment of Concussion-Related CI: A Pilot Study. Optom Vis Sci 2017; 94: 74-88. 25.- Thiagarajan P, Ciuffreda KJ. Short-term persistence of oculomotor rehabilitative changes in mild traumatic brain injury (mTBI): A pilot study of clinical effects. Brain Inj 2015; 29: 1475-9. 26.- Thiagarajan P, Ciuffreda KJ. Effect of oculomotor rehabilitation on accommodative responsivity in mild traumatic brain injury. J Rehabil Res Dev 2014; 51: 175-91. 27.- Thiagarajan P, Ciuffreda KJ, Capo-Aponte JE, Ludlam DP, Kapoor N. Oculomotor neurorehabilitation for reading in mild traumatic brain injury (mTBI): an integrative approach. NeuroRehabilitation 2014; 34: 129-46. 28.- Yadav NK, Thiagarajan P, Ciuffreda KJ. Effect of oculomotor vision rehabilitation on the visual-evoked potential and visual attention in mild traumatic brain injury. Brain Inj 2014; 28: 922-9. 29.- Ghasia F, Brunstrom-Hernandez J, Tychsen L. Repair of strabismus and binocular fusion in children with cerebral palsy: gross motor function classification scale. Invest Ophthalmol Vis Sci 2011; 52: 7664-71. 30.- Jackson J, Castleberry C, Galli M, Arnoldi KA. Cerebral Palsy for the Pediatric Eye Care Team Part II: Diagnosis and Treatment of Ocular Motor Deficits. Am Orthopt J 2006; 56: 86-96. 31.- Coetzee D, Pienaar AE. The effect of visual therapy on the ocular motor control of seven- to eightyear-old children with developmental coordination disorder (DCD). Res Dev Disabil 2013; 34: 4073-84.



OUTUBRO É O MÊS MAIS IMPORTANTE DO ANO. PARA A MULTIOPTICAS E PARA OS SEUS CLIENTES.

Na MultiOpticas, Outubro é o mês da visão A MultiOpticas é líder de mercado em Portugal. Como não podia deixar de ser, o foco volta a estar na prevenção. Mais uma vez, dedicamos um mês inteiro à visão. Há 30 anos como Marca de Confiança dos portugueses, sabemos melhor do que ninguém os cuidados a ter com a visão. A competência do nosso serviço é fruto da formação técnica constante dos nossos colaboradores. Porque a visão é o mais importante. Em Outubro, tal como no resto do ano.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.