EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 78 • MAIO 2019
Francisco, Tiago e Ricardo Parente
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50
Velocidade no sangue, ótica no coração
CIOCV ‘19
Uma nova página para a partilha científica
neubau
Walter & Wassily convida família mundial da moda
MrDheo
Uma marca pintada pela liberdade
14
24
31
Vinylize x AC/DC
Francisco, Tiago e Ricardo Parente
Hoya e Optivisão
BREVES
ENTREVISTA DE CAPA
Óculos nascidos do álbum Black Ice
Velocidade no sangue, ótica no coração
40
46
Corrado Rosson
Projeto Universidade do Minho
OLHAR O MUNDO Lightbird: um voo de liberdade
OPTOMETRIA
Índice | 4 |
Uma nova vida às lentes de contacto
Tema de Capa: Tiago, Ricardo e Francisco Parente mantêm o sucesso da Parente Óptica Médica criando uma empatia sem igual com o seu público.
Diretora: Editora: Redação: Design e Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision é publicada em Portugal pela Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com
Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva, Hugo Macedo lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Registo na ERC n.º 126933
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EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 78 • MAIO 2019
FRANCISCO, TIAGO E RICARDO PARENTE
Editorial | 8 |
Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50
Velocidade no sangue, ótica no coração
CIOCV ‘19
Uma nova página para a partilha científica
neubau
Walter & Wassily convida família mundial da moda
MrDheo
Uma marca pintada pela liberdade
O calor, a vida e a ótica Em mês de dias quentes e frios a ótica está em grande. Os óculos de sol já saem das prateleiras, mas a promessa das empresas é que estão prestes a entrar ideias ainda melhores. A provar-nos isso mesmo esteve a austríaca neubau, que nos convidou a sentir a inspiração artística que fez nascer a mais recente coleção Walter & Wassily, nomes grandes da escola de design alemã Bauhaus. Embarcamos para Berlim na expectativa de ver óculos e na realidade vivemos criatividade, paixão, empatia e muito atrevimento. É que os modelos são incríveis, mas tudo o que os envolve, desde a ideia basilar, passando pelo movimento Bauhaus, até à equipa que os concebeu é muito melhor! Fomos a representante portuguesa entre jornalistas e influencers internacionais que puderam viver o momento privilegiado lançado pela marca mais jovem da fabricante Silhouette. Também trouxemos a imaginação italiana na base da Lightbird, uma nova insígnia que se quer distinguir pela poesia que envolve cada momento da coleção eyewear. De pés na nossa terra, brindámos ao fantástico lançamento de duas marcas de óculos. MrDheo apresentou-se no ambiente romântico da noite portuense com peças que eternizam os desenhos que dão cor a tantos murais espalhados por esses continentes fora. Danell é a assinatura da Prooptica no mundo da moda masculino, com acessórios especiais e um sentido intemporal primoroso. Mas o momento alto da produção desta revista está, claro, na entrevista que dá vida à nossa capa. Pelos caminhos fabulosos do interior do país chegámos a Lamego com a Parente Óptica Médica nos planos...mas foram os três líderes desta casa que nos abriram novos horizontes. Sentados à mesa, com o famoso espumante da região e uma bola de Lamego de fazer perder os sentidos, captámos uma história de resiliência e vitória, de tempos passados e presentes, que nos levaram por caminhos inesquecíveis. A fechar uma edição intensa, plena de emoções, eternizámos um capítulo essencial da história do Congresso Internacional de Optometria e Ciências da Visão. Com alma na Universidade do Minho, o evento científico passou a sua estrutura física para o Altice Fórum Braga, num movimento de sucesso. Da mesma instituição temos ainda um importante artigo sobre a sustentabilidade e as lentes de contacto. Não perca nada do que acontece no setor, vire a página e encontre a ótica, afinal ela está aqui!
Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.
Aventureiros de sorriso fácil
Making Off | 10 |
A objetivo do nosso fotógrafo Miguel Silva adorou a energia positiva de Ricardo, Tiago e Francisco Parente. Equipados com as memórias dos dias felizes em que o vento no rosto é mais forte do que tudo, deixaram-se “fixar” nas nossas imagens. E assim ficaram para sempre na LookVision Portugal: três óticos que têm o sucesso nessa vontade de viver intensa, que os faz sorrir mesmo no cansaço das longas horas dedicadas à empresa.
Opposit
Breves | 12 |
Superflex Kids
A diversão em forma de óculos A função sem compromisso do estilo é a garantia da Superflex Kids Collection. Formatos redondos, retangulares e cat eye combinam-se com cores elétricas e hastes de padrões funky para criar uma afirmação divertida de moda para crianças dos seis aos 12 anos. Os detalhes brilhantes, laminados customizados, acabamentos especiais e contrastes de forte impacto elevam a variedade de estilos para corresponder às paixões pela moda dos jovens aficionados.
Komono
Quando a atração é mais forte A marca italiana usa o seu sentido de contradição e atrevimento numa campanha em que o os modelos ditam a mensagem. Sem distinções entre homens e mulheres, a Opposit baseia os seus desenhos no rosto plural numa afirmação provocadora de igualdade. Apontando a um segmento jovem e atento, a insígnia ganha sempre mais terreno entre os amantes de óculos, graças à atenção dada às imagens e aos desenhos em voga.
Do amanhecer até ao crepúsculo A campanha de verão da Komono explora o tema Dawn’till Dusk (do amanhecer ao crepúsculo). Sob a objetiva do fotógrafo belga Quentin de Briey, as imagens transmitem intimidade, retratos naturais e uma atmosfera de “apanhado no momento” com um granulado distintivo. Esta série celebra a dualidade entre a natureza e os horizontes criados pelo homem.
neubau-eyewear.com
Breves | 14 |
Vinylize x AC/DC
Óculos nascidos do álbum Black Ice A marca sedeada em Budapeste, na Hungria, inspirou-se na banda de rock australiana AC/DC, usando o seu álbum de 2009, Black Ice, para esculpir, literalmente, modelos de sol inesquecíveis. Ice e War são as estrelas da coleção, batizados com nomes do álbum que lhes deu corpo. Exibem, a partir de certos ângulos, as camadas de vinil que os tornam especiais e enquanto War tem uma linguagem desportiva em tamanho generoso, Ice expressa-se num genuíno e elegante formato oval. “Em vez de desenhar com base na típica imagem rock’n’roll, quisemos jogar com o conceito de gelo negro, uma superfície suave e, muitas vezes, invisível que só a vemos quando é demasiado tarde”, explicou o designer principal da marca húngara, Tipton. É a segunda vez que a Vinylize se aventura com os AC/DC, sendo que em 2018 usou o álbum Black in Black, com a “bênção” dos roqueiros australianos.
Ørgreen
Expressão andrógena A casa dinamarquesa atreve-se a reinventar o seu estilo Vyper, com quatro óculos de sol em titânio e cinco tonalidades elétricas para as lentes. O conjunto demarcado pela cor e pelo design aerodinâmico exibe ainda detalhes gráficos subtis em toda a linha da armação. O desenho retrospetivo ganha expressão na sua composição em puro titânio matizado e beta titânio, o que garante também durabilidade, leveza e um aspeto inclusivo.
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Breves | 16 |
Mykita
Aviadores em experiência A casa berlinense aventurou-se numa coleção cápsula de “aviadores” experimentais. A linha Studio 9 da Mykita enche-se de formatos oversized de construção metálica, coloridos suavemente com apontamentos em acetato. O estilo global é boémio e futurista e é nas originais pontes que as peças ganham robustez e singularidade. Um “terceiro olho” espiritual é recorrente nestes modelos, numa provocação moderna e intemporal.
Lindberg
Sombras de verão As propostas solares desta casa escandinava apelam a pessoas de diferentes quadrantes do mundo através da linha Shades em titânio e da arte de customização. No espírito da diversidade e da individualidade, a Lindberg esculpiu modelos de linhas livres e frescas inspiradas em tendências além fronteiras. Desta forma, cada par de óculos é fruto da partilha de mentes abertas, que se entrosam com as perspetivas do design da Lindberg.
Nirvan Javan
Amores que se reinventam A insígnia suíça introduz a sua nova coleção Shades 19, preenchida por cinco modelos unissexo que foram inspirados nos bestsellers da Nirvan Javan. Equipados com as lentes de alta qualidade Zeiss, têm tratamento antirreflexo no interior com uma variação polarizada, garantindo uma experiência visual de luxo. Além disto, têm uma variedade de cores elegante e de toque moderno. O designer de origem persa dá assim um look primoroso às suas mais recentes criações de linhas equilibradas e tonalidades frescas.
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Freakshow
Breves | 18 |
Estrelas do Youtube rendidas à arte eyewear Os apresentadores e humoristas franceses Maxime Musqua and Ludovik da geração Youtube escolheram armações Freakshow para enfrentar os dias quentes de sol da próxima temporada. Os artistas acumulam milhões de seguidores nas redes sociais graças aos seus dotes de comunicação e dão projeção à marca dedicada com toda a alma ao cinema. Maxime e Ludovik escolheram as peças Marsellus e Rockatansky, inspiradas nas personagens homónimas dos míticos filmes Pulp Fiction e Mad Max.
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Das flores para os óculos Inspiração floral e a sobreposição de pétalas resultam numa armação fresca, decorada com cores magnéticas e ácidas que associam diferentes matérias, entre acetato e metal. A peça Iris da coleção Flower responde com assertividade às mais avançadas tendências de design do setor da ótica, ao mesmo tempo que cria uma nova linguagem estética com contrastes harmoniosos tanto ao tato como ao olhar. Os jogos de luz e sombras, conseguidos com as placas de acetato polidas à mão, garantem volume e relevo num formato generoso e muito feminino.
Assinam acordo de distribuição A parceria entre a distribuidora ibérica, filial da Luz Violeta Eyewear e a empresa de desenvolvimento de ótica visa a distribuição das marcas Spine Optics e Zoobug em Portugal e Espanha. A Spine é uma insígnia free style que incluiu um sistema patenteado de aderência que garante uma experiência de conforto no uso das armações. A Zoobug já ganhou reconhecimento no mercado, graças ao cuidado no desenho de armações infantis pela médica britânica Julie Diem.
Breves | 20 |
Oftalmologia
Cirurgia da catarata beneficia sono A revista da Academia Americana de Oftalmologia publicou um estudo dinamarquês que aponta para uma melhoria na qualidade do sono a quem é submetido à cirurgia de catarata. O estudo foi conduzido em 73 pacientes com idades entre os 50 e os 94 anos. Os estudiosos constataram que a intervenção cirúrgica aumentou até três vezes a absorção de luz azul pelas células da retina, incitando a produção do fotopigmento melanopsina. Esta substância, por sua vez intervém na formação da hormona melatonina que provoca o sono no período noturno. Ou seja, ao realizar esta cirurgia que substitui a estrutura opaca dos olhos por uma lente transparente, o ciclo biológico do paciente é regulado.
Thema
Optivisão
Com destaque no blogue Betrend O espaço privilegiado de lifestyle, moda e beleza tem agora ligação a partir do site da maior rede de óticas nacional. Isto acontece no seguimento da estratégia de comunicação digital da Optivisão que ganha nova dimensão ao integrar o acesso ao blogue de moda. O novo link proporciona também um alargamento de conteúdos, nomeadamente, na área das novas tendências em ótica e com atualização diária. No Betrend encontram-se publicações que vão desde a saúde visual aos desenhos que pontilham o panorama quotidiano, passando pelas marcas originais e exclusivas Optivisão, assim como outras de prestígio. O blogue de saúde e bem-estar, moda e estilo de vida, surgiu há sete anos e conta com quase 11 mil visualizações anuais, 532.650 utilizadores e 383.508 novos utilizadores o que fez com que se tornasse num dos maiores blogues portugueses, com mais de 205 mil seguidores nas redes sociais.
Loja do futuro aporta nos EUA A casa de coração italiano fundamenta a sua presença na América do norte com a abertura do seu conceito de ótica do futuro em várias frentes. A VEA Store, nascida da tecnologia Virtual Eyewear Assistant (V.E.A), tem o primeiro seguidor dos EUA confirmado, o retalhista Edward Beiner Eyewear e mais devem seguir-se até ao final do ano. Esta loja Thema é inteiramente dedicada ao eyewear feito à medida e inclui características e serviços originais e exclusivos na indústria da ótica, sempre em busca do desenvolvimento de tecnologias futuristas. Uma câmara 3D montada num tablet faz uma digitalização do rosto do cliente e cria uma imagem tridimensional que espelha a realidade e que permite experimentar vários óculos digitalmente. Depois desta primeira fase, o cliente escolhe as melhores lentes para si, com ajuda de um profissional, a cor e até gravações especiais na peça. Depois de criada a armação perfeita, a produção é instantânea, com o fabrico de um primeiro protótipo para que o cliente contacte com a armação “feita por si”, dentro da loja. Em 24 horas tudo é entregue na perfeição. A Thema garante toda a maquinaria e tecnologia necessária a esta realidade. A melhor parte é que a qualidade do produto é sempre garantido pelos mestres italianos da área.
Essilor Sun Solution
Breves | 22 |
Parceria técnica com a Scicon No lançamento da linha de eyewear de performance e lifestyle, a Scicon quis associar-se ao departamento de lentes solares do grupo Essilor. A marca de mochilas e acessórios para ciclistas e pessoas ativas integra assim os óculos na sua gama com a garantia das lentes SCN-XT. O produto assinado pela Essilor Sun inclui a tecnologia NXT VARIA, que combina a qualidade exímia das matérias com um controlo fotocromático otimizado. Isto porque o NXT reune a clareza das lentes minerais com a leveza e resistência das orgânicas. Já a tecnologia Varia proporciona uma mudança rápida de tom das lentes num ajuste perfeito a todas as condições atmosféricas. As SCN_XT foram otimizadas para a Scicon e integradas em peças que respondem com assertividade às necessidades de ciclistas, triatletas e pessoas ativas, em ambas as categorias de performance e desportos casuais.
CooperVision
Paul Smith
Num registo vintage A marca britânica, desenvolvida e produzida pela Cutler and Gross, sugere aos seguidores das suas linhas eyewear um maravilhoso Alford. Esta peça redonda e de personalidade única, tem um sentido vintage muito distinto. Materializa-se através dos frontais Windsor, num delicado acetato Mazzucchelli, que envolve o metal matizado, em perfeita harmonia com lentes de cores livres e terrenas. A assinatura do designer desponta em dourado em cada haste, que termina, precisamente com o formato do P do famoso logótipo.
Apoia o controlo da miopia A fabricante de lentes de contacto expressa o apoio à publicação dos oito Livros Brancos pelo Instituto Internacional da Miopia (IMI na sigla em inglês). Estes relatórios cobrem os temas considerados essenciais para melhorar o conhecimento clínico e as práticas relacionadas com a redução do impacto da miopia. Os documentos do IMI estão disponíveis numa edição especial da revista Investigative Ophthalmology & Visual Science e podem ser descarregados gratuitamente por profissionais da saúde visual, investigadores e outras partes interessadas em todo o mundo, em consonância com a missão do IMI de provocar a consciência sobre o tema. “As dezenas de profissionais de cuidados da saúde visual, educadores e cientistas que constituem o IMI representam algumas das mentes mais respeitadas no nosso campo. As suas recomendações são medidas práticas e, sem dúvida, ajudam a dar um passo em frente no tratamento da miopia e na respetiva investigação. Estamos orgulhosos de ser o patrocinador platina do IMI e aplaudimos a sua decisão em fazer com que estes documentos estejam disponíveis através de acesso aberto.”, declarou em comunicado Juan Carlos Aragón, optometrista e presidente da Specialty EyeCare Division da CooperVision.
Entrevista de Capa | 24 |
Francisco, Tiago e Ricardo Parente
Velocidade no sangue, ótica no coração A viagem até Lamego é uma experiência maravilhosa, mas a chegada à Parente Óptica Médica é muito melhor! Assemelha-se a um abraço de conforto e de família. O encontro com os líderes da empresa Tiago, Ricardo e Francisco Parente aconteceu na sede, na rua Almacave. Este espaço diz muito sobre a forma como os herdeiros dos fundadores dinamizam hoje o nome de família. É um espaço moderno que parece ter sido construído “ontem” mas que já tem quase uma década sobre a última renovação. É isto a Parente Óptica Médica: um passado preenchido e um futuro em aberto em perfeita harmonia! Fotos: Miguel Silva
Enquanto aguardávamos pelo momento da entrevista Tiago adiantou-nos já o tom da conversa, divertida e intimista, enquanto Ricardo e Francisco sorriam e envolviam os seus clientes num sentimento que é bom. Descemos até um espaço muito típico de Lamego entre as muitas pessoas que conhecem os nossos homens de capa. São verdadeiras estrelas! E se foi a ótica que nos levou ao interior, cedo nos vimos envolvidos em histórias de amor, de longas aventuras a cavalo para ir até à costa, de lutas contra lobos, de altruísmo puro, de música,
motas, desportos radicais e tanto, tanto mais. No fundo é a história de Manuel Patrocínio e de Patrocínia Parente. Ele o homem da ótica, ela a figura feminina de vanguarda nos anos ’30, que estudou farmácia no Porto, depois das tais viagens de cavalo a partir de Lamego, contra a intempéries e contra lobos esfomeados. Tiveram nove filhos, farmácias, óticas e ainda campos agrícolas e foram um exemplo superior de empreendedorismo do mais avançado. Daqui surgem os filhos que continuaram o legado. Para nós o destaque está, claro,
no filho mais novo, Francisco, que depois de passar pela engenharia civil, assumiu a optometria como missão de vida e atraiu os sobrinhos Tiago e Ricardo para o mester. Embora de gerações distintas comungam de um espírito dinâmico, de uma alegria pela vida e pela ótica que é magnética. Ouvimos este percurso emocionante de três homens que têm nos genes a vontade de ajudar, à semelhança de Manuel e Patrocínia, que colmataram tantas vezes a falta de apoio em saúde e de capacidade financeira das pessoas de Lamego e arredores.
São 63 anos de Parente Óptica Médica. Como nasceu esta mítica casa de Lamego? Francisco Parente: A minha mãe era farmacêutica, portanto, a farmácia tem 70 anos, altura em que a comprou. Era uma mulher de armas com nove filhos e empreendedora e uma das únicas a tirar o curso de farmácia, em 1930. Quando conto as histórias relacionadas com a minha mãe à minha filha de 17 anos, ela acha que são ficção. O meu avô levava-a de cavalo até ao Porto, com dois cavalos porque tinham que carregar fachos para afugentar os ataques dos lobos. Era surreal! Eram daqui de perto, de Moimenta
da Beira e iam pela serra numa viagem de muitas horas dependendo das peripécias. Aliás, sobreviveu ao curso (risos). A ótica nasceu como uma secção da farmácia, porque não existiam, praticamente, óticas em Lamego e o meu pai decidiu iniciar a atividade. Depois de fazer formação na área, lançou-se com o apoio do importador da Zeiss, a A. Winter com equipamentos da Weco. O negócio evoluiu e chegou a um ponto em que foi necessário fazer a divisão da farmácia e passou a ser uma empresa independente. E o Francisco acompanhou este caminho. FP: Sim, cresci naquela ambiente. Chegaram a ter uma ótica na Régua, onde se iniciaram pessoas que hoje têm grandes óticas no Porto. Porém, enquanto eu vinha e não vinha para Lamego os meus pais já estavam com uma idade avançada e não conseguiram mantê-la e acabaram por vendê-la. Na altura da cisão das empresas, eu fiquei dedicado, em exclusivo, à ótica e desenvolvemos ainda a audiologia. Acabei por comprar a parte da ótica aos meus irmãos, juntamente com a mãe do Ricardo e o pai do Tiago. Porquê acrescentar a designação Médica à marca? Ricardo Parente: Numa altura em que “todos” vendem óculos quisemos passar uma mensagem. Sempre fomos Óptica Parente até o mundo da ótica entrar neste reboliço. Quando nos apercebemos das mudanças achamos por bem marcar o nosso cunho, demonstrando que queremos estar ligados à parte da saúde visual e não só à área comercial. Claro que, estamos ligados também à moda e ao design.
O Francisco foi o único que seguiu as passados do senhor Patrocínio? FP: Eu nasci entre a farmácia e a ótica e depois fiz o meu 7º ano e segui para engenharia civil em Coimbra. Quando abriu o curso de optometria olhei para o espelho e achei que não tinha cara de tijolo (risos). Decidi interromper o curso contra a vontade dos meus pais e comecei optometria. Os seus pais não o apoiaram? FP: Queriam que pelo menos acabasse a engenharia civil. Mas sendo assim tinha duas hipóteses. Esquecia Lamego e exercia engenharia civil ou então acabava e voltava à terra para dar seguimento ao negócio familiar, que me parecia um disparate. Consegui convencê-los, prometendo que acabaria eventualmente a engenharia. A coincidência é que acabei por casar-me com uma engenheira civil (risos). E como conseguiu atrair os seus jovens sobrinhos para a Parente Óptica? FP: De alguma maneira, influenciando-os. Tiago Parente: Eu nem queria seguir ótica, aliás nem sabia o que era optometria aos meus 18 anos. Ia lá às vezes entrava e era expulso pelo meu tio se não estivesse lá a fazer nada (risos). FP: Profissionalismo acima de tudo e centro infantil não podia ser! Ou seja, tanto os expulsou que eles acabaram por querer ficar. TP: Na altura até queria fazer educação física e fiz os pré-requisitos e tudo mas perdi o encanto, porque o futuro da atividade não me parecia interessante. Ao estudar o índice de cursos acabei por ir ter
Entrevista de Capa | 25 |
Ou seja, a história repete-se, com mais tecnologia à mistura, é certo, mas a Parente ainda é o local onde se resolvem problemas, onde há uma palavra de conforto e amizade, uma piada que anima o dia e aquele abraço sincero. Tirar Ricardo, Francisco e Tiago da ótica é muito difícil! Mas nada que a memória dos dias de heavy metal na juventude ou das longas viagens de mota pelo mundo com a sua companheira de vida não consiga desviar Tiago. Francisco, por sua vez, brilha com as imagens das suas corridas motorizadas bem aceleradas e cheias de adrenalina, sem esquecer o amor da sua companheira que pacientemente aguenta a sua dedicação a todo o horário à ótica. Ricardo é imensamente bem disposto e um amante sério da vida e como filho de um militar envolvido nas forças especiais não nega a energia dos desportos radicais e se for em condições geladas ainda melhor. Todos eles têm ainda o coração nas suas famílias e na missão de elevar o setor nacional da ótica ao seu melhor patamar.
Estas experiências deram-vos uma visão privilegiada do mercado. Há diferenças entre Lamego e os grandes centros urbanos? RP: Sim, sem dúvida. Na altura em que comecei a trabalhar em Lisboa, na cidade de Lamego ainda prevalecia a ideia que o que era bom demorava a chegar cá ou era difícil de obter. As pessoas não tinham a noção que nós na Parente Óptica Médica conseguíamos ter o que os grandes centros têm e acabavam por se deslocar ao Porto ou a Lisboa. TP: Eu estagiei na General Óptica, no Norte Shopping, e fiquei lá dois anos. Já estava mais ligado aqui à ótica e notei desde logo diferenças nos preços e nos serviços e mesmo no que diz respeito à exigência dos próprios consumidores. E é como diz o Tiago, pensava-se que lá porque estamos no interior a tecnologia e a inovação não chegava, o que não era, nem é, real. Há, claro, quem a aproveite e quem não o faça. Nós temos hoje um portefólio de marcas que se calhar não encontra no Porto.
Entrevista de Capa | 26 |
Os três têm uma enorme empatia. Como se gere um negócio entre família? RP: Tentamos separar as águas.
à letra O (risos). Falei com o meu tio e ele incentivou-me. Fui para a Universidade do Minho e a partir do segundo ano comecei a entrosar-me nas áreas mais técnicas da profissão e apaixonei-me e sou optometrista desde 2005. E o Ricardo? RP: A minha mãe estava sempre ao lado do meu tio e, ao contrário do Tiago, eu vivia muito na ótica. Aliás, há funcionários que me viram crescer e ainda recordam quando vinha à loja pedir dinheiro à minha mãe (risos). Admito que no secundário gostava mais de outras vidas (risos) e o meu pai era militar e andávamos sempre a mudar-nos por todo o país. No 12º ano achava que queria ser professor de educação física. A minha mãe entretanto interveio para me aconselhar a fazer o curso recente de técnico profissional
de ótica ocular, no Instituto de Educação Técnica (INETE). Acedi e mudei-me para Lisboa e foi excelente. Aconselho vivamente essa escola para qualquer curso técnico-profissional, porque mesmo ao nível do ambiente escolar é muito boa. Tenho pena que não haja uma filial no norte. Quando acabei o curso, tirei optometria, por influência do meu tio, também em Lisboa. Pelo meio tive o serviço militar obrigatório. Entretanto a informática evoluiu muito e o meu tio pediu-me para vir para cima porque não conseguia desligar o monitor (risos). FP: E como aprendi rapidamente a fazê-lo mandei de novo para Lisboa para acabar o curso de optometria (risos). Depois qualquer um deles praticaram noutras realidades para ganhar bagagem. O Ricardo em Lisboa e o Tiago no Porto.
Isso é possível? RP: Não (risos). FP: Para se conseguir ultrapassar todas essas situações é preciso ter-se alguma experiência em relações humanas. Eu tive a sorte de fazer várias formações sobre comportamentos humanos e sobre a gestão de pessoas e isso talvez me tenha dado alguma bagagem para conseguirmos estar aqui no ambiente em que estamos, mas não é fácil. Sobretudo para mim que ocupo aqui duas posições em duas vertentes. Uma, sou o filho mais novo da minha família e outra sou quem se aproxima mais da geração vindoura, em que eles pensam que eu tenho que ter uma linha de pensamento como a deles. Efetivamente, ainda sou da geração anterior e isto pode gerar algum conflito. Eles tentam-me “puxar” para o pensamento da época atual e eu vou fazendo esforço para conseguir isso com a vantagem de ter experiência do passado em que consigo mais ou menos liderar a situação para chegarmos a bom porto. E para além do espaço de resolução de problemas visuais e venda de óculos, a Parente Óptica Médica tem também um cariz muito social e solidário, nomeadamente com o Programa Olhar pelos Outros. Porquê esta proximidade à comunidade? RP: Acho que isso já vem de trás, dos meus avós, até porque ainda hoje somos capazes de estar no balcão e vir um senhor que relembra que “foi o senhor Manelzinho e a
senhora Patrocínia que fez a pomada que me tratou um problema” ou “que me deu uma injeção” ou que “me “levou ao hospital”. Já havia nessa altura muita entrega à sociedade, até pela devoção católica dos meus avós. Portanto, está-nos nos genes.
TP: um exemplo desta ligação foi também a nossa relação com o Museu de Lamego, que recebeu pela primeira vez uma celebração quando fizemos 60 anos de ótica, no salão nobre. Partilhámos as nossas próprias peças que reunimos ao longo da atividade da empresa e incentivámos a instituição a abrir portas e a lucrar com os espaços que têm.
•• M ais do que r egulam entar a optom etr ia é preciso r egulam entar a ativ i d a d e da ótica tam bém . É pr eciso por regra s n a ótica no geral. ••
E como se gere oito lojas? TP: O Ricardo assegura a zona de Viseu e eu e o meu tio estamos mais aqui na zona adjacente a Lamego. Abordando a questão da optometria, pelo facto de esta estar sob mira dos media e das outras classes profissionais ligadas à saúde visual, que opinião têm sobre a problemática da regulamentação? FP: É importante que os líderes das associações façam alguma formação de gestão das pessoas. Se conseguirem saber lidar uns com os outros temos o problema da optometria resolvido. RP: No fundo, que trabalhem a pensar no bem da classe profissional que representam. Mas acreditam que a regulamentação da optometria é o centro da resolução dos problemas? FP: Mais do que regulamentar a optometria é preciso regulamentar a atividade da ótica também. É preciso por regras na ótica no geral. Parece-me que se esquecem que quem dispensa os produtos ao público também precisa de normas. Neste aspeto, o contributo da Entidade Reguladora da Saúde pode ser insuficiente? Querem que registemos os consultórios, mas a questão é: quem fiscaliza o seu bom funcionamento?
RP: Dissemos há pouco em tom de brincadeira que há locais que vendem comida que também vendem óculos. Não há nenhuma entidade que controle a qualidade daqueles produtos que vão influenciar a visão das pessoas. E depois, como diz o Tiago, o problema não é legislar, mas sim fiscalizar. Comparando com as farmácias e, porque estão sob alçada do Infarmed, têm imensas barreiras, na ótica não. Basta ter-se dinheiro para abrir uma ótica sem perceber nada da atividade e até dar consultas!!!! Mas acham que os consumidores estão mais sensibilizados? RP: Não, acho que estão baralhadíssimos. Estas confusões descredibilizam o setor!
E nesta questão da regulamentação da optometria, não têm medo de que fiquem adstritos ao Serviço Nacional de Saúde? TP: Isso não vai acontecer, quase garantidamente. O que vejo é que quiseram usar a necessidade de combater as listas de espera para acelerar a questão da regulamentação. Se é correto ou não, não sei. E quanto à vossa ligação ao Institutotptico, depois de vincarem a história da fundação do grupo, que papel tem o grupo na vida da vossa empresa ? Precisamos do Institutoptico para nos trazer vantagens comerciais, porque individualmente seria impossível ter os benefícios que temos. Também tiramos partido da formação e depois, porque estamos a ter mais uma mudança no mercado, que diz respeito às parcerias com as seguradoras e que sozinhos é difícil conseguirmos. Acima de tudo, pela sua “personalidade” é com o Institutoptico que nos identificamos e que se adequa à nossa forma de estar no mercado.
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FP: Os cuidados de saúde eram de difícil acesso naquela altura e ainda por cima num meio rural e pobre. Era à farmácia que as pessoas recorriam para tratar os seus problemas. Os meus pais tinham uma projeção grande na zona e a farmácia Parente era central. Aliás, era vulgar as pessoas usaram a expressão “estou no Parente” para designar que estavam na farmácia mesmo que não fosse efetivamente a farmácia Parente. Nós acabamos por usufruir dessa envolvência e com algum esforço fomos mantendo a ligação à comunidade. As pessoas sabem que podem contar connosco, para lá da venda dos óculos.
QUER FAZER PARTE DESTA GRANDE FAMÍLIA E FAZER A DIFERENÇA? Há 30 anos que nos comprometemos com uma missão: sermos os melhores óticos no mercado nacional. Alinhámo-nos com o objetivo de contribuir para a saúde visual de todos. Hoje podemos afirmar que temos traçado um caminho de sucesso. Associar-se ao Institutoptico é traçar connosco esse caminho, é fazer a diferença, é fazer parte de um grupo 100% Português, ser independente é manter a sua autonomia e liberdade, mas tendo ao seu dispor todas as ferramentas de apoio para o sucesso do seu negócio. grupoinstitutoptico
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Danell Eyewear by Prooptica A Prooptica lança a sua primeira marca própria sob a assinatura Danell Eyewear. Inserida no segmento trendy, esta marca de homens seguros e que não abdicam de um estilo primoroso reforça o amplo portefólio da empresa portuguesa. O modelo e ator Afonso Vilela interpreta na perfeição os valores e a filosofia da Danell Eyewear, assumindo-se como embaixador da marca na campanha de lançamento, fotografada por João Portugal.
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Prooptica demarca 26 anos de trabalho A empresa portuguesa já passou o quarto de século de trabalho em prol do setor da ótica. Chega a 2019 com pujança e está entre as maiores referências do mercado, graças à procura constante das melhores soluções integradas para os seus clientes. Inquieta por natureza e com um perfil dinâmico e proativo, inova continuamente antecipando as necessidades do mercado. Atualmente, diferencia-se por ser a única empresa a oferecer um modelo de negócio totalmente integrado em quatro áreas estratégicas: óculos, lentes oftálmicas, acessórios e arquitetura. O lançamento da marca Danell Eyewear segue o objetivo de garantir uma oferta ampla, atrativa e competitiva para os seus clientes e parceiro e reforçar o segmento de óculos trendy.
A Danell Eyewear é a afirmação de solidez da Prooptica, ao colmatar por meios próprios um segmento que tem tido pouca atenção das marcas. A nova linha de óculos foi desenhada a pensar no homem conservador, fiel a um estilo próprio e que evita as tendências massificadas. O homem Danell não prescinde, porém, da qualidade máxima e de um design bem delineado. As peças desta marca assinada pela Prooptica materializam-se, em parte, no aço inoxidável, moldado em diferentes desenhos clássicos e incontornáveis, marcadamente masculinos. Todos os modelos têm um acabamento de luxo, através das hastes cuidadosamente trabalhadas. A Danell também se expressa nos acetatos artesanais, com as extremidades e as plaquetas em metal antialérgico. Aliás, a insígnia da Prooptica demarca-se nestes cuidadosos detalhes. A completar a coleção, o estojos pensados pela casa portuguesa são autênticos acessórios de moda, extremamente funcionais e que vão para além da proteção dos óculos. As bolsas podem ainda transportar cartões com todo o estilo exigido pelo homem contemporâneo. E o charmoso Afonso Vilela encarna todo o espírito da Danell Eyewear, que se lança à conquista do mercado.
Hoya e Optivisão conduzem em segurança com Renato Pita
A maior rede de óticas nacional já tinha atraído Renato Pita para a sua equipa de embaixadores, para conjuntamente promover a saúde visual entre diferentes públicos. O projeto passa pela realização de rastreios visuais infantis no âmbito da campanha de segurança rodoviária que percorre as escolas básicas a nível nacional. E porque este atleta precisa de ter a sua visão mais do que apurada, a Hoya entrou em campo para destacar as lentes EnRoute nas mais de 250 lojas Optivisão de todo o país. Hoya com lentes na estrada A Hoya propõe aos condutores lentes equipadas com um filtro desenvolvido para proteger os olhos dos reflexos. As EnRoute reduzem, significativamente, o deslumbramento dos reflexos, melhorando o contraste e a percepção do brilho. Ou seja, as novas lentes minimizam a tensão e proporcionam uma experiência de condução confortável. É importante também manter presente que 90 por cento do tempo de reação do condutor depende da visão e quando existem limites aumenta o perigo na estrada. As lentes EnRoute estão desenhadas especificamente para os condutores atuais e profissionais, combinando um desenho de lente unifocal ou progressiva premium com um filtro especialmente desenvolvido para os reflexos e um filtro opcional para melhorar o contraste.
Renato Pita: o campeão em busca da educação rodoviária O piloto de ralis é conhecido pelos muitos anos que tem de presença em provas nacionais e internacionais e, claro, pelo títulos conquistados, destacando-se o triunfo no Tour European Rally 2WD Trophy, em 2017, e o recente segundo lugar no Rali de S. Vicente, primeira prova do Campeonato da Madeira de Ralis 2019. Tudo isto graças a uma sólida carreira de 15 anos ao volante. A sua missão, nos últimos anos, vai além das pistas de corrida e centra-se também na segurança nas estradas, através da sensibilização dos jovens. Rosto do projeto Etapa Segura que passa pelas escolas de todo o país para, através do fascínio do mundo da corrida automóvel, atrair a atenção das crianças do primeiro ciclo para a segurança na estrada. A iniciativa materializou-se ainda num livro de autoria do próprio Renato Pita, De Mãos dadas com a Segurança, escrito por Isabel Zambujal e ilustrado por Carlos César Matos, integrado no Plano Nacional de Leitura. À “boleia” da Optivisão, Renato Pita alargou a sua missão à saúde da visão.
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A fabricante de lentes Hoya e o grupo de ótica Optivisão unem-se numa campanha para as lentes oftálmicas EnRoute. No centro da iniciativa está o experiente piloto português de ralis, Renato Pita. Este produto avançado foi desenvolvido especialmente para condutores profissionais, proporcionando a redução dos reflexos e brilhos e com um design adaptado à condução de precisão.
Novo catálogo de lentes Hoya 2019 QUALIDADE E TECNOLOGIA ...........................................................................................................................................................................................................................
A Hoya adapta-se aos tempos que vivemos e lança produtos para o mercado que cumprem com as necessidades visuais dos seus clientes. Por isso em 2019, a Hoya oferece-lhe o novo progressivo ideal para dispositivos digitais e a gama mais ampla em soluções para o exterior.
Novo desenho progressivo
As lentes que reagem à luz
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Proporciona um elevado nível de independência em ambiente digital e multitarefa. Inclui a tecnologia View Xpansion, que maximiza o campo visual da periferia das lentes para proporcionar grandes áreas de visão nítida.
Duas novas opções fotocromáticas que se juntam à família Sensity. Com Tecnologia Stabilight que proporciona um excepcional conforto para o usuário.
Visão clara especialmente nos dispositivos digitais que se usam em qualquer direção de visão. Posicionado entre Amplitude TF e Balansis, está disponível em material Orgânico 1.50, PNX 1.53, Eyas 1.60 e Eynoa 1.67 e na mais ampla gama de tratamentos Hoya.
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Sensity Dark: Escurecimento extra em espaços abertos e dentro do carro.
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Sensity Shine: A união entre o tratamento espelhado e a opção fotocromática.
Aproveite o sol sem reflexos
E ampliamos a oferta da lente ocupacional WorkStyle V+
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A Hoya amplia a sua gama de lentes polarizadas nos melhores desenhos unifocais e progressivos. Proteção 100% UV.
O nosso progressivo ocupacional com tecnologia de desenho FreeForm iDTM amplia a sua oferta com o material Eynoa 1.67.
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Nulux iDentity V+ Sync III i e Sync III Hilux Trueform Hilux LifeStyle 3i e LifeStyle 3 Balansis Daynamic Amplitude TrueForm
MrDheo
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Uma marca pintada pela liberdade No ambiente inquieto da noite portuense, o consagrado artista urbano MrDheo abriu portas a uma nova fase da sua carreira. Os sprays e os traços que o tornaram famoso em todo o mundo têm agora porto seguro na sua marca própria de streetwear e eyewear. No coração da zona in da Invicta e reacendendo a “chama” dos Armazéns Castelo, na noite de 3 de maio, camisolas e acessórios apelaram à imprensa, amigos, apaixonados de arte urbana e curiosos. Em destaque, claro, os desenhos de todo o mundo, que MrDheo trouxe da rua para os óculos, com o apoio fulcral do experiente homem da ótica, Hugo oliveira. Fotos: Miguel Silva
No centro da festa, um maravilhoso e intrincado mural feito em apenas uma hora pelo artista do Porto serviu de base a risos sinceros, à descoberta dos novos produtos e evidenciou a mestria de MrDheo. Os Armazéns do Castelo, aliás, “vestiram-se” à imagem desta marca nascida há 19 anos na rua, de forma ilegal, e que tomou proporções mundiais. Em ambiente descontraído, o MrDheo em pessoa recebeu os convidados, lado a lado com Hugo Oliveira. Em conversa exclusiva com a LookVision Portugal, o artista urbano rejeitou a ideia de que está a prender o seu talento num objeto. Pelo contrário! “Eu continuo a escolher a liberdade. Lutei sempre nestes quase 20 anos, desde que comecei a pintar, para ser livre. E dou um exemplo muito prático: podia ir para o mercado tradicional
das galerias de arte e dos museus e não vou, precisamente, porque obrigam quase a seguir uma determinada linha, que é a que vende. A rua dá-nos liberdade e eu continuo a ser um artista urbano, vou sê-lo sempre. Faço grafitti pela liberdade. A criação da marca é um sonho antigo. Encaro-a como uma extensão do meu trabalho. Ou seja, o meu foco será sempre a street art mas se eu puder ramificá-la para outras coisas que eu acho que se adequam e que têm lógica na minha filosofia e na forma como eu vejo, tanto o mundo da arte como tudo o que me rodeia em geral, faz sentido. Posso seguir o cliché de dizer que o quer quero é deixar uma marca, porque tudo o que faço na rua é efémero, e esta é uma forma de eu tornar o meu trabalho mais palpável e que se pode guardar.”
Hugo Oliveira, Waylife e outra forma de fazer óculos Antes de se propor a criar a linha MrDheo, Hugo Oliveira criou o projeto Waylife, que apela ao lado mais descontraído da moda eyewear, por um lado, e mais artístico, por outro. O empresário conseguiu envolver a marca na produção de edições exclusivas
para a Federação Portuguesa de Futebol e para o Futebol Clube do Porto, neste último caso já através da colaboração com o MrDheo. Hugo Oliveira anunciou ainda, em primeira mão, a colaboração com o artista urbano ParizOne para uma edição “benfiquista” dos óculos Waylife. Para o homem da ótica, estas parcerias fazem todo o sentido para acrescentar novos valores à ótica e no caso do MrDheo, em particular, o setor recebe o cunho de uma verdadeira estrela. “O talento é inegável e estamos perante um verdadeiro “Ronaldo” da arte urbana. Começa agora a ser reconhecido no nosso país, mas lá fora tem já estatuto de deus. O potencial da marca é imenso e a prova disso é que já temos na nossa carteira de clientes os grupos Opticenter e Alberto Oculista. Estamos perante um produto envolvido por uma história de duas décadas e cada modelo tem um mural que conta um episódio incrível. Os consumidores levam muito mais que um par de óculos.” Hugo Oliveira falou à LookVision Portugal dos planos de divulgação da marca que passa pela presença assídua em feiras de ótica, streetwear e lifestyle nos pró-
ximos três anos. A motivação para fazer crescer o projeto é alta e a empatia com o MrDheo ajuda. O artista é muito exigente com o resultado final de cada peça, o que levou a uma preparação de mais de meio ano para conseguirem lançar o resultado final dos óculos MrDheo. Isto e a experiência de Hugo Oliveira garante uma insígnia em alta. Contam-se já contactos com 19 países onde os óculos MrDheo podem figurar! O avançar da noite iluminou ainda mais os Armazéns do Castelo que se encheram ao ritmo de um novo projeto e de um futuro auspicioso.
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E a assinatura de MrDheo tem agora novas possibilidades em sweaters, t-shirts e bonés. Os óculos, esses, têm uma dimensão primordial nesta linha de produtos. “Honestamente acho que é a mais valia da marca. Vejo a roupa como um complemento, mas encaro os óculos como ponto central, pela diferença. Afinal, marcas de roupa existem milhares, então aquelas feitas por artistas urbanos são imensas. Já na área do eyewear conseguimos inovar, no sentido em que há um trabalho feito na rua, documentado e fotografado e que é aplicado a um acessório que se pode usar. Essa perspetiva de levar da rua para os óculos é super interessante, se calhar mais vendável e duradouro, porque marca a diferença. É o ponto forte da marca e sempre será”, declarou MrDheo.
neubau “O diálogo entre o design e o ser humano”
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A capital alemã recebeu a comunicação social dedicada à moda, design e óculos com o melhor dia do ano. O sol e o calor “pintaram” Berlim de um atração perfeita que serviu de abertura à reunião promovida pela equipa da neubau. Porquê Berlim? Precisamente porque o museu Haus der Kulturen der Welt concentrou no seu incrível edifício o sentido Bauhaus, numa exposição que olhou o movimento artístico de uma outra perspetiva. Reunidos no bairro mais artístico da cidade, comunicadores de todo o mundo foram recebidos pela jovem e dinâmica equipa da casa austríaca, em direção ao tesouro arquitectónico da cidade.
A insígnia austríaca pôs pausa nos comunicados de imprensa e organizou um momento especial para os seus parceiros jornalistas e influencers digitais de todo mundo. O local de encontro foi uma inspiradora Berlim, na Alemanha, com arte, passado e óculos fascinantes como roteiro essencial. O objetivo de envolver a comitiva na fascinante era Bauhaus, que celebra agora 100 anos sobre a fundação da respetiva escola, foi atingido. Aliás, a equipa da neubau admitiu mesmo que toda a iniciativa se deveu ao seu próprio vício neste movimento artístico e, portanto, a novíssima peça Walter & Wassily adquiriu nova dimensão.
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Bauhaus Imaginista denominou a exposição que “iluminou” a ambiência política e social que envolveu o aparecimento da icónica escola de design e reflexão. Desde as lutas e hipocrisias internas até às fortes pressões políticas, que por fim despedaçaram a estrutura do movimento, tudo foi abordado pela voz culta e experiente de uma das guias/designers do Haus der Kulturen der Welt. Os jornalistas passearam assim entre uma coleção maravilhosamente conservada que transmitiu com precisão como o caráter e a filosofia da Bauhaus se eternizou nas obras de tantos artistas, garantido a “vida” das ideias e valores visionários. Neste contexto riquíssimo, não escaparam as histórias em torno dos geniais Walter Gropius, pai fundador da escola Bauhaus, e Wassily Kandinsky, pintor e professor na importante instituição e como se elevou o mote da mistura entre arte e funcionalidade, perfeitamente expressas nos óculos Walter & Wassily. Depois de inspiradas as mentes, foi tempo de “seduzir” os sentidos. A comitiva convidada seguiu para um jantar num espaço “surpresa”. E quando a camioneta da organização travou em frente a um edifício abandonado, todos se questionaram sobre o que teria a equipa neubau reservado para fechar o encontro internacional. Na entrada do local, fomos surpreendidos, de facto, por uma experiência incrível, ao sermos envolvidos pelo espírito dos anos ’20 do Theater im Delphi. O espaço, construído em 1929, estava exatamente como foi deixado pelos utilizadores dessa época longínqua, com as naturais “rugas” de quem não foi retocado. Albergou, originalmente, um cinema mudo, em pleno bairro Weissensee, conhecido como Little Hollywood, por ser área de eleição para tantas produções cinematográficas, entre as quais o mítico The Cabinet of Dr. Caligari. Neste ambiente propício à fantasia, consultou-se a mais recente obra inspirada pelo movimento Bauhaus. Walter & Wassily enquadrou-se com primor entre as sombras do teatro, o som do piano e os jogos de espelhos, formas e cores montados para destacar o mais recente amor da neubau. No final do serão subiu ao palco a voz inesquecível de Fetsum, cantor originário da Eritreia e célebre na Alemanha que para além da sua faceta artística tem também uma mensagem de cariz social na defesa das crianças que, tal como ele foi, são refugiadas da guerra.
Viver e sentir Walter & Wassily Ainda durante o evento no Theater im Delphi, as figuras centrais desta novidade neubau, Roland Keplinger, head of design, e Daniel Liktor, diretor global da marca, subiram a palco para dedicar palavras especiais aos convidados internacionais. Enquanto Daniel agradeceu a presença de todos e transmitiu a verdadeira energia da equipa que gere, Roland debruçou-se sobre o trabalho que deu origem à peça do momento. “Estou muito orgulhoso da Walter & Wassily e a nossa grande inspiração foi mesmo a escola Bauhaus. Se pensarmos no que resultou da influência desta instituição temos duas ou três peças que se destacam, como a cadeira Wassily de Marcel Breuer ou a cadeira cantilever de Mart Stam. Foi daqui que partimos para criar as armações Walter & Wassily. O tubo moldado é o centro da peça que suporta toda a estrutura feita através de impressão 3D. Também pegamos na filosofia, que estava bem clara no museu,
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e que assenta no princípio de aproximar a arte da função e da produção tecnológica. Ou seja, o modelo é arte, uma escultura, mas quando colocado no rosto funciona muito bem, com caráter forte. Por outro lado, usámos a mais avançada tecnologia e materiais, como o titânio moldado para se assemelhar aos tubos da cadeira Wassily e a impressão 3D que, através de matéria em pó, evita o desperdício, seguindo a filosofia da neubau de sustentabilidade”, discursou o líder do design da marca. Daniel Liktor chamou ainda a atenção para a nova campanha, com a Walter & Wassily no centro que sublinha a ideia de que a forma segue e função. “Fomos mais longe e transformamos isso na ideia de que os humanos seguem a função”, concluiu o diretor global. Um processo que seguiu a paixão Bauhaus Arte, design, mobiliário, arquitetura, geometria, redução. São os princípios mestres dos colaboradores da neubau, muitos deles seguidores incondicionais do “sentido” Bauhaus. À chegada da celebração do centenário sobre o primeiro dia da escola que mudou o design, a equipa decidiu homenagear esta preciosa herança com a edição de óculos de sol Walter & Wassily. Na base da peça esteve o titânio que sustenta os frontais impressos em 3D e desenhados com base na complexa simplicidade defendida na Bauhaus: formas geométricas graficamente combinadas envolvidas por cores contrastantes. As lentes circulares foram uma decisão arrojada, depois de várias experiências. As estrias na frente do modelo e as fendas laterais refletem as referências geométricas interdependentes que são influenciadas
•• “(. . . ) o m odelo é ar te, um a escultura, m as quando colocado no r osto funciona muito bem, com car áter for t e ” •• pelas pinturas de Kadinsky e os cartazes da Bauhaus. O processo foi longo, porque o desafio estava assente em produzir óculos extraordinários, envolvidos por uma história inesquecível. A fase criativa prolongou-se por quatro meses, entre variações e protótipos. As adaptações técnicas e de engenharia foram complexas, obrigando a adaptações no tamanho, formato e ergonomia, tudo em busca da curvatura perfeita no tubo metálico e das combinações de cor. O resultado é indubitavelmente genial e pleno do espírito Bauhaus: linhas límpidas, cantos arredondados e uma elegância extravagante, mas que não deixa de ser minimalista. Walter & Wassily é a possibilidade de levar um história clássica no rosto.
MAIS DO QUE UM 27 - 30 SETEMBRO 2019 Paris Nord Villepinte silmoparis.com
Corrado Rosson
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Um voo de liberdade em direção ao futuro A novíssima Lightbird “escrita” e sonhada pelo designer transalpino Corrado Rosson, traz em si a alma do criador. Ou seja, envolve-se de poesia e histórias, inova nas matérias e nos desenhos e atrevese a envolver a tecnologia com destreza. Chega assim ao mercado uma novidade atenta às novas tendências de consumo, de qualidade primorosa e com a filosofia assente na liberdade. O elemento comum a todas as peças Lightbird, para além da cor e da inovação, é o código nas hastes. Como funciona? É um código QR através do qual se pode saber o número de série da peça e que tem um link direto para o site Lightbird. Mas não é tudo! Através deste código, o ótico pode associar-lhe um email, após a venda, e nós fazemos ações de fidelização com a ótica envolvida no centro das informações. Tudo isto com o objetivo de fazer o cliente regressar à loja. Além disto, através do QR damos vantagens ao ótico sobre os conhecimentos do sell out na sua zona para ter sempre produtos vendáveis e acrescentamos um sistema de pontos que premeia os melhores vendedores.
ça para fazer esta aventura. Na realidade quando saí da Blackfin tinha a ideia inicial de fazer freelancer. Já tinha trabalhado nesse regime durante dez anos para a área do mobiliário e, portanto, alguém me disse que deveria era apostar em algo verdadeiramente meu. Esta ideia começou a crescer em mim, mas sabia que se o fizesse não podia chegar ao mercado para vender apenas o conceito Corrado Rosson. Queria que houvesse algo por detrás do desenho. Ou seja, um conceito técnico, com materiais inovadores e que também potenciasse o negócio. Quando senti que tinha uma ideia completa decidi lançar algo muito meu, que me representa verdadeiramente.
Lightbird é uma espécie de voo a só do Corrado depois de ter trabalhado para tantas outras marcas, entre as quais as da Luxottica e mais recentemente a Blackfin. Porquê agora? Porque atingi um ponto de maturidade que me permite “voar” sozinho e ter for-
Então esta Lightbird é Corrado Rosson? Sim, eu sou um designer industrial e na minha linha profissional tem que se pensar em tudo o que envolve o produto, desde a respetiva beleza, a técnica, passando pelo negócio que o envolve, até às lojas e à promoção. A Lightbird tem tudo isto.
•• “ (. . . ) n o f u n do , s ã o ma is un s ó c ulos e e s s e s j á n ão mud a m h á c erc a d e 6 0 0 a n os . P or é m, uma ma rc a en v o l v ida de to da e s t a h i s t ó ria e exp eriên c ia faltava n o m e r c ado ” ••
Exato, é aqui que entram os conceitos Light_Matter e Light_Nest. Sim, a técnica é central para nós e criámos uma matéria inovadora chamada Light_ Matter, que dá nome e corpo à coleção Matter. Trata-se de alumínio e acetato italiano unidos, mas com uma cola de alta performance usada no mundo aeroespacial para unir as asas do avião, por exemplo. Depois paralelamente a tudo isto, a faceta da Lightbird virada para o negócio tem o nome de Light_Nest, o “ninho” onde todos os óticos, distribuidores e clientes podem entrar para aceder às vantagens que referi. É tudo coerente. Aliás, observando as marcas em geral, tudo se assemelha e, portanto, urgia criar algo diferente e fresco e que fosse um pouco irónico, à minha maneira. É o caso do homem com óculos de mulher na última página do nosso catálogo. E o nome vem de onde? Queria que a marca fosse positiva e, portanto, light vem da leveza e da luz e bird (pássaro) simboliza o voo. Isto, para mim, representa a alegoria do próprio homem que quer sempre conquistar algo melhor. O voo, por exemplo, não se consegue atingir com meios próprios, mas de qualquer forma conseguimos voar porque temos paixão e isso é meio caminho para chegar a todos os sonhos. Considerando estes momentos e associado à Lightbird, inventei uma história baseada no Pequeno Príncipe que relata, precisamente, as aventuras de um aviador e peguei na frase
E é todo este enlace que distingue a Lightbird. Sem dúvida! Acredito que tenho algo de distintivo para apresentar, por isso lancei a Lightbird. Claro que, no fundo, são mais uns óculos (risos) e esses já não mudam há cerca de 600 anos. Porém, uma marca envolvida de toda esta história e experiência faltava no mercado. O lançamento em ante-estreia foi na Opti em Munique. Como foi este primeiro contacto? Os óticos adoraram, mesmo não tendo ali todo o material que depois levámos para a MIDO. Estávamos na área das start up, justamente, e como primeira abordagem ficámos felizes. O que mais impressionou os profissionais foi mesmo o código QR. Estamos na direção certa! E como se eleva um conceito acima de tanta oferta concorrencial? É necessário ter ideias novas constantemente e acreditar nelas. Isto é fundamental. Que sonhos tem para a LightBird? Quero que voe alto! A Itália será o mercado principal neste primeiro ano, porque conseguimos um contacto mais próximo e pela identificação dos consumidores que se sentem sempre pertença de uma marca made in Italy. É muito importante ter as ideias bem definidas, uma comunicação intensa, um bom produto e segurança nos primeiros anos..
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famosa de Antoine de Saint-Exupéry: “só se vê bem com o coração”. Significa que Lightbird é coração e paixão e com estes dois elementos pode alcançar-se tudo. Utilizei ainda uma personagem do Pequeno Príncipe, a raposa, que questiona o que é a paixão e só a entende depois de ver a nossa mascote. O pássaro que nos representa não tem asas, tem umas pernas longas e, tal como o homem, quer atingir o céu. Ou seja, a paixão é querer voar sem ter asas. O formato do nosso modelo em coração simboliza esta paixão italiana pelo produto e pelo que fazemos. Não é um desenho novo mas é o coração da Lightbird e não de nenhuma outra marca, com recortes originais. A gráfica é sempre baseada no triângulo que forma a nossa mascote e as respetivas pernas. Tudo simples! E não se trata só de “poesia”.
SILMO
Paris já aquece com perspetiva da ótica
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A edição de 2019 do SILMO Paris lança garantias de dinamismo, com o espaço praticamente preenchido pelas empresas a cinco meses da abertura de portas. O programa para assegurar que a feira mundial se mantém no topo do interesse do setor, também está delineado e mais produtivo. O SILMO Next, espaço da futurologia permanece como central na elaboração de prognósticos para o setor. As palestras abordam os mercados, áreas de negócio inovadoras que antecipam as mudanças tecnológicas e as partilhas entre visitantes ajudam a entender o que se passará no ramo da ótica e que alterará a indústria eyewear, os produtos e os serviços de distribuição. Na edição de 2019, o significado de antecipação terá todo um novo significado com a première mundial do SILMO Hackathon. Durante 24 horas non-stop, cinco equipas internacionais e multidisciplinares de cinco pessoas são convidadas a imaginar o mundo do retalho de amanhã. Aberto a profissionais da visão, distribuição, merchandising, design, ciências sociais, marketing e produção da indústria da ótica ou não, esta iniciativa colaborativa quer estimular respostas sobre as mudanças que acontecem em torno da atividade. E porque antecipar também traz à mente o conceito tendências, o SILMO Next exibe iniciativas como La Sélection, com produtos trendy exclusivos dos expositores. Esta seleção faz-se a propósito da revista digital da feira Trends by SILMO. A organização também sabe que o futuro só existe por causa do presente e os SILMO D’or celebram a criatividade e inovação desde 1994. Na celebração de 25 anos, a gala aporta mais uma vez num local emblemático de Paris. O espaço à ciência e ao conhecimento é privilegiado no SILMO Academy. Em 2019 acontece a 29 de setembro com a refração no centro. “O evento tem o objetivo de conduzir os profissionais da ótica e da oftalmologia na sua procura de excelência, proporcionando workshops e seminários científicos em que se trocam ideias com especialistas. Este compromisso formativo está de mãos dadas com a investigação e pelo quarto ano consecutivo, o Conselho Científico da Academia SILMO oferece uma bolsa de 10 mil euros a um projeto de investigação na área da visão. A competição está aberta a todos os investigadores. O SILMO M@tch é a aplicação que funciona com rigor para apoiar a participação de todos antes, durante e após o SILMO. Permite agendar reuniões, descobrir inovações e novidades, fazer pesquisas com determinados critérios, receber sugestões personalizadas, entre outros. SILMO: uma marca de cariz mundial Como uma família de vários membros no mundo, a SILMO Family engloba várias organizações com conceitos complementares que proporcionam um contraponto dinâmico ao evento internacional SILMO Paris. Os organizadores desta iniciativa anual já bem estabelecida atrevem-se agora num novo conceito: o SILMO Showroom. A primeira edição acontece em Lisboa, a 30 de junho de 2019.
O novo evento, que tem palco no ambiente de luxo do Sud Lisboa, é organizado com o suporte da Associação Nacional dos Ópticos e está limitada a cerca de 50 marcas. O encontro foi pensado e desenvolvido como um dia de networking dedicado a compradores locais selecionados. “O conceito surgiu de uma simples observação: quanto mais a digitalização progride mais as pessoas têm a necessidade de contacto humano. Enquanto o SILMO Paris permanece o evento associativo incontestável da indústria, e enquanto a sua aura não tem paralelo, percebemos que há necessidade de propor eventos de várias dimensões e conceitos ao longo do ano para ir ao encontro dos mercados regionais e das expectativas locais de proximidade e atenção”, explica Eric Lenoir, diretor do SILMO. O SILMO Istambul liderou a série do conceito Family em 2014, seguido do SILMO Sydney em 2017 e do SILMO Bangcoque em 2018. São feiras regionais por direito próprio, organizadas por profissionais locais, que refletem a filosofia e os valores basilares do SILMO, no entanto, bem adaptadas aos mercados específicos com grande potencial de desenvolvimento. Outros destinos estratégicos estão em preparação. E porque o conceito de comunidade e o espírito aberto integram o ADN do SILMO, a Copenhagen Specs (em Copenhaga e Berlim) juntou-se ao SILMO Family, em fevereiro. O objetivo para esta organização fundada e ainda gerida por Morten Gammelmark passa por aproveitar a rede internacional do SILMO para desenvolver e aumentar a respetiva visibilidade. Todas estas extensões revelam a força da marca SILMO e o compromisso dos organizadores em adaptar-se à atual “glocalização”, posicionando a insígnia como global e local.
CIOCV ‘19
Uma nova página para a partilha científica O Congresso Internacional de Optometria e Ciências da Visão conquistou novos contornos na sua 16ª edição, ao atrever-se para fora das fronteiras da Universidade do Minho. Em 2019, a história desta iniciativa central da optometria portuguesa muda também pelos recordes batidos em termos de número de participantes e de empresas e por se assumir na sua grandeza crescente, no Altice Fórum Braga.
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De 4 a 5 de maio, o Congresso Internacional de Optometria e Ciências da Visão (CIOCV) desafiou os profissionais de todo o mundo a partilharem, atualizarem e aumentarem os seus conhecimentos. A resposta ao repto foi positiva com as inscrições a cresceram para níveis inéditos, com cerca de 600 congressistas de norte a sul do país e ainda de Espanha, Brasil, Moçambique, Colômbia, entre outros. Destes participantes destaca-se a grande maioria de profissionais ativos, cerca de 80 por cento do total. “O aumento tem sido uma tendência nos últimos anos. Em 2019 temos ainda mais patrocinadores, o que confirma a força do congresso. É algo interessante que aconteceu este ano é que vimos caras entre os participantes que não tem sido presenças habituais neste evento. Ou seja, temos muitos optometristas mais experientes e também recebemos muitos novos”, declarou à LookVision Portugal a sempre dinâmica presidente da organização, Madalena Lira. À chegada do novíssimo complexo do Altice Fórum Braga, logo a facilidade de estacionamento auspiciava um CIOCV, no mínimo, diferente. Percorrer o espaço exterior até à entrada do edifício preparava os visitantes para o espaço amplo e luminoso. Uma antecâmara para a zona principal convidou pelo sorriso dos anfitriões e, finalmente, a entrada no átrio principal onde as empresas que apoiam o CIOCV partilharam as suas tecnologias, produtos e novidades. Apesar do formato em labirinto entre os expositores, facilmente se percorreu cada um deles, em busca de sentimentos e resultados. Houve quem nos dissesse que finalmente tinha decidido dar o passo de expor no CIOCV, precisamente, porque sabia que não ia ficar confinado ao corredor do Auditório do Campus Gualtar. Outros muito felizes por se aproximarem de forma privilegiada dos congressistas e poderem demonstrar pessoalmente as vantagens dos seus produtos. As grandes empresas destacadas puderam inovar os seus stands e ter um exibição em grande. Resumidamente as respostas foram positivas, mas a líder Madalena Lira garantiu-nos que a comissão organizador tinha previsto indagar entre os patrocinadores aperfeiçoamentos para que o CIOCV seja sempre um local de eleição para todas as empresas.
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“O espaço é maior, mais agradável e mais iluminado e isso favoreceu os nossos expositores, claro. E para dinamizar a mostra, repetimos o sistema que implementamos o ano passado do passaporte. Consiste num documento que atribuímos a todos os inscritos e que os impele a passar por todos os expositores para obterem um carimbo. No final do processo, podem colocar o documento numa tômbola posicionada à entrada do auditório, de onde retiramos os passaportes contemplados com prémio, um por cada patrocinador e o próprio entrega o galardão ao vencedor. Isto aumenta a interação com as empresas e dá dinamismo ao congresso. O prémio fica ao critério do patrocinador e o ano passado variaram entre viagens a Barcelona, passando por livros autografados por palestrantes de renome por óculos de realidade virtual, por packs completos de instrumentos até packs de aventura, entre outros”, contou Madalena Lira.
•• “ O es p a ç o é ma io r, mais agr adável e ma is il umin a d o e isso favor eceu os n ossos ex positor es” ••
Programa científico rigoroso e variado A aposta da comissão organizadora do CIOCV recai sempre em assuntos que não tenham sido abordados nos últimos anos e que tenham importância acrescida na atualidade. A primeira jornada teve sob atenção dos congressistas a ambliopia e os estrabismos, assuntos sempre em voga. Destacou-se ainda a sessão original com o professor Luís Miguel Bernardo do departamento de Física da faculdade de Ciências da Universidade do Porto, sobre as crenças na visão. Este estudioso usou o tema de um dos seus livros publicados para desmistificar ideias preconcebidas. Em cima do palanque de apresentações falou-se também das doenças neurodegenerativas e a forma como afetam a visão e o que devem saber os optometristas sobre este complexo campo. No domingo abordaram-se as novas tecnologias usadas na refração e temas relacionados com a saúde ocular como o glaucoma, a cirurgia refrativa, pela mãos dos especialistas nas áreas. Não faltaram, claro, as sessões de comunicações livres, posters e casos clínicos, num programa muito abrangente e diversificado.
CIOCV 2020 As datas do próximo congresso estão praticamente a ser lançadas, porque o Altice Fórum Braga exige que se reserve com maior antecipação. A realidade é que o espaço para crescer foi alcançado com sucesso e “a estrutura do congresso está de tal forma montada e organizada que é fácil assumir este desafio. Em 2019, demos um passo, de certa forma arriscado, porque está a ser um ano complexo por todas as questões ligadas à optometria e correu bem. Foi cansativo mas conseguimos. Temos o espaço, a estrutura e a confiança de quem vem e o apoio das empresas que temos tentado reforçar e, tudo isto, faz-nos crescer”, concluiu Madalena Lira.
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•• “ E m 2 0 19, d emo s um p as s o, de c ert a fo rma ar r i s c ado, p o rq ue es t á a s e r u m an o c o mp l exo p o r to das as q u es t õ es l ig a d a s à op t omet ria e c o rreu be m . F oi c a n s a t iv o ma s c on s e gu imo s . Temo s o e s p aç o, a es t rut ura e a c on f i an ç a d e q uem v em e o ap oi o d a s emp res a s q u e t emo s t en t a d o r e f or ç a r e, t ud o is t o , f az-n o s c res c er” ••
Relevo à ciência e ao conhecimento Numa época crucial em termos políticos para a optometria como se consegue congregar vários profissionais da saúde aqui? Foi a pergunta que lançamos à presidente do CIOCV. “Um dos nossos objetivos é precisamente promover o conhecimento e participar da formação contínua dos optometristas ou dos profissionais da área das ciências da visão. Tal como nos anos anteriores os palestrantes aderiram para passarem conhecimentos, em prol da saúde dos cidadãos dos respetivos países”, sublinhou a docente da Universidade do Minho.
Por um planeta sustentável: vamos dar uma nova vida às lentes de contacto O mercado das lentes de contacto tem sofrido algumas mutações importantes ao longo dos anos. As lentes de contacto descartáveis foram introduzidas no mercado há cerca de 25 anos e a conveniência e os benefícios para a saúde visual deste produto estimulam um crescimento contínuo neste setor. (Efron, Morgan, Helland, & al, 2010) Se a esta realidade juntarmos o facto de que a respetiva indústria estima que existem em todo o mundo mais de 150 milhões de utilizadores de lentes de contacto, percebemos que se está a tornar cada vez mais urgente criar uma forma de reciclar ou transformar os resíduos provenientes da utilização destes dispositivos. Texto: Projeto conjunto de departamentos da Universidade do Minho
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Na Universidade do Minho elaboramos um projeto conjunto entre o Centro de Fisica, o Centro de Biologia Molecular e o Instituto de Polímeros e Compósitos com o objetivo de, não só consciencializar a população sobre este problema, mas também estudar novas formas de reutilizar e valorizar os materiais poliméricos das lentes de contacto. Desta forma, aumentamos o ciclo de vida das lentes e retiramos do meio ambiente este material contaminante.
Mas vamos observar alguns números que estão na base desta preocupação cada vez mais real: • Na Grã-Bretanha são eliminadas, todos os anos, 725 milhões de lentes de contacto (Johnson, 2018); • Nos Estados Unidos da América há 45 milhões de utilizadores de lentes de contacto e, anualmente são eliminadas entre 1,8 e 3,36 mil milhões de lentes pela sanita (Rolsky, Kelkar, & Halden, 2018) Para perceber melhor o problema, temos que ter em conta que uma parte dos utilizadores de lentes de contacto eliminam as suas lentes pela sanita e que os polímeros que as constituem não são biodegradáveis, o que vai contribuir, de forma significativa, para o aumento de microplásticos no meio ambiente. Os micro e nanoplásticos são reconhecidos, atualmente, como um risco ambiental, pois sabemos que estes resíduos seguem o caminho dos aterros até ao mar, podendo ser ingeridos por peixes. Esta realidade é demonstrada em inúmeros estudos e um exemplo é o trabalho desenvolvido por Lusher et al. onde foram encontrados microplásticos em 36,5 por cento dos peixes pertencentes a dez espécies de uma amostra retirada no mar do Norte. (Lusher A.L., 2012)
No inquérito realizado no âmbito deste projeto doutoral “Uma nova visão para as lentes de contacto” (https://goo.gl/forms/b4XfEbjVZeSKyw982), conseguimos perceber os hábitos dos utilizadores de lentes de contacto quanto à forma como eliminam as suas lentes. Assim, dos indivíduos que responderam a este inquérito: • 57.4 por cento utiliza lentes de contacto mensais, 30.6 por cento lentes diárias e 13 por cento outro tipo de lentes; • 47.2 por cento não sabe que os resíduos provenientes das lentes de contacto são prejudiciais para o meio ambiente; • 69.4 por cento deposita as lentes de contacto no lixo (resíduos orgânicos), 28.7 por cento na sanita, 11.1 por cento no ecoponto amarelo e 3.7 por cento outros; • 91.7 por cento dos inquiridos respondeu que, se houvesse essa possibilidade, procuraria um local onde depositar as suas lentes de contacto usadas para reciclar. No seguimento do mesmo trabalho, vai-se desenvolver uma campanha de recolha de LC usadas em diversos locais e em recipiente adequado para a partir de aí produzir algo com esse material. Brevemente daremos mais informações sobre esta iniciativa contando com todos para a sua melhor implementação.
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A Essilor voltou a ter as lentes oftálmicas mais premiadas em Portugal. ®
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