LV80

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EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 80 • JULHO/AGOSTO 2019

António Alves

A Opticalia que mudou a ótica Silmo Showroom Lisboa 2019

Um SILMO com vista sobre o Tejo

CEORLab

Adaptação de lentes de contacto em 2018

Art’n’Eyes

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

Música que salta à vista




12

22

34

Zeiss

António Alves

A Opticalia que mudou a ótica

FRANCO OCULISTA/ÓTICA DO BAIRRO

39

41

42

SHAMIR

Lenitudes Medical Center Deteção precoce de Alzheimer

DITA

Lentes com estilo

44

48

50

CEORLab – Universidade do Minho

Música que salta à vista

Raúl Sousa

BREVES

ENTREVISTA DE CAPA

O contributo para registar a Lua há 50 anos

OUTROS OLHARES

OFTALMOLOGIA

OPTOMETRIA

Art’n’EYES

Índice | 4 |

Adaptação de lentes de contacto em 2018

Tema de Capa: António Alves personifica a vontade de ir mais longe, cultivada de norte a sul através da Opticalia e respetiva equipa.

Diretora: Editora: Redação: Design e Paginação : Fotografia: E-mail: Tel: Periodicidade: Tiragem: Impressão: Preço de capa em Portugal: LookVision é publicada em Portugal pela Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia, Portugal NIF: 510195865 Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: lookvision_portugal@hotmail.com

Patrícia Vieites Carla Mendes Carla Mendes, Mariana Teixeira Santos Paula Craft Paula Bollinger, Miguel Silva, Hugo Macedo lookvision_portugal@hotmail.com 96 232 78 90 Mensal 2000 exemplares Uniarte Gráfica, S.A 7,50 euros Depósito Legal n.º 419707/16 Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores. Registo na ERC n.º 126933

OLHAR EM PORTUGUÊS Difundir a arte, difundir a VAVA

OLHAR O MUNDO A força de um nome

OPINIÃO Associação internacional reforça o papel dos optometristas nos cuidados de saúde da visão


Adoro os meus olhos protegidos. Lentes ZEISS UVProtect

Estudo conduzido pela Netsonda para Product of the Year Portugal, junto de 6.000 consumidores.

Sรณ em รณpticas certificadas



BEM-VINDOS AO FUTURO Chegou o futuro ao mundo da óptica. Chegou uma nova forma de comprar óculos. Chegou uma nova campanha que vai revolucionar o sector. Está preparado?

Querem fazer parte da Opticalia?

www.opticalia.pt

ESPANHA

PORTUGAL

COLÔMBIA

MÉXICO


EDIÇÃO PORTUGAL • Nº 80 • JULHO/AGOSTO 2019

ANTÓNIO ALVES

A Opticalia que mudou a ótica SILMO SHOWROOM LISBOA 2019 Um SILMO com vista sobre o Tejo

CEORLab

Adaptação de lentes de contacto em 2018

Art’n’Eyes

Editorial | 8 |

Distribuição exclusiva a profissionais • Preço de Capa: €7,50

Música que salta à vista

Estatuto Editorial / Sinopse A LookVision é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online através da plataforma isuu.com. A LookVision tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência. A LookVision traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, esmiuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais. A LookVision compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à atividade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaboradores e diretor. A LookVision é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.

Orgulho em português! Assinamos este editorial, com o número 80, de orgulho inflamado. Fomos convidados a viajar entre um trabalho luso incrível nesta edição. Começamos por abrir a capa a mais uma empresa, pelas melhores razões. A Opticalia portuguesa, na voz do seu líder António Alves, começou em 2012 para chegar a 2019 com uma posição poderosa no grupo internacional e ainda a conquistar os lugares cimeiros do mercado luso. Em apenas sete anos! Portugal e o que aqui se faz também está na mira de grandes feiras internacionais. Por isso, quando o certame mais internacional de todos, pela intervenção direta que tem noutros países, pensa em abrir um novo conceito de universalização da marca, a “Lusitânia” aparece em destaque. O SILMO Paris inaugurou o seu primeiro Showroom em Lisboa e a LookVision Portugal presenciou a dedicação das nossas empresas e óticos em afirmar a superioridade portuguesa. Foi um sucesso! A VAVA de coração luso e sucesso internacional também investiu nas óticas e consumidores nacionais, difundindo o seu sentido artístico num périplo regional. O sonho é levar a beleza de um design bem concebido e a qualidade que apaixona a mais portugueses. Afinal é aqui que vive a alma desta insígnia. Claro que, sendo portugueses vibramos em sermos o “livro de história” de tantos acontecimentos marcantes. No entanto, não deixamos de ter a janela do mundo aberta e a objetiva pronta a captar exemplos de primor. É o caso da DITA que nos traz uma perspetiva incrível sobre o luxo. A arte que nos constrói em cada página tem destaque nesta revista através das palavras que nos enchem de imagens da nossa repórter especial Mariana Teixeira Santos. Concede-nos uma reportagem plena de música onde os óculos são as “notas principais”. Acima de tudo somos ciência e, por isso, transmitimos diretamente da Universidade do Minho o resultado de um trabalho central na compreensão do uso das lentes de contacto em Portugal. Vire a página, orgulhe-se da língua portuguesa que escrevemos, vibre com as vitórias de um mercado que de um canto da Europa se eleva pela qualidade e inquietude, com a certeza que a melhor ótica está aqui!


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LENTES DE CONTACTO, TÃO FÁCIL E TÃO CÓMODO O logo da Alcon é uma marca registada. @2019. Material aprovado em 07/2019. PT-INC-1900005 Alcon Portugal - Productos e Equipamentos Oftalmológicos, Lda. NIPC.501 251 685

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De 2012 em direção ao primeiro lugar!

Making Off | 10 |

Sempre que nos sentamos com a equipa de António Alves sabemos que vamos aprender, que vamos redescobrir a perspetiva de um mercado em mutação, mas mais importante, que nos vamos sentar em família. Durante a sessão que eternizou este rosto bem conhecido da ótica, a sensação de empatia por este apaixonado da ótica esteve ao rubro, entre sonhos que ainda se vão cumprir e a vontade de ver o mercado tornar-se mais forte. Parabéns Opticalia!



Finest Seven

Breves | 12 |

Aventuras de verão A marca de alma neozelandesa mas materializada em Espanha apresenta luxuosas peças para a temporada quente. São formatos icónicos redesenhados ao ritmo dos fundadores Ainjali e Jesse Fine e concretizados em matérias primorosas com detalhes excecionais, sempre com a certeza de uma suprema subtileza. Estes criativos adoram acrescer os seus óculos com recortes vintage, bem visíveis nas diferentes declinações das linhas dos frontais. A fechar com chave de ouro estão as lentes num degradê suave que atribui charme e carisma aos amantes do sol.

Persol

Celebração do passado e do futuro A marca italiana está prestes a abrir portas à sua segunda loja própria no mundo. Concretiza, desta forma, o sonho de assentar em Milão, especificamente no bairro cool das artes Brera, depois do espaço de Los Angeles. Para festejar a efeméride, a Persol volta ao seu registo valioso de desenhos e recupera o célebre 649 dobrável, escolhido por Steve McQueen no filme O Caso de Thomas Crown. O modelo foi criado em 1963 e espantou o mundo ao ser o primeiro a dobrar-se em quatro. Agora renasce como 714, numa edição limitada de apenas 50 peças e com o acréscimo de detalhes enriquecedores, nomeadamente a designação Brera na haste esquerda. A loja italiana será a única a vender a nova peça.

Zeiss

E o contributo no registo da Lua há 50 anos A 20 de julho celebrou-se os 50 anos sobre a aterragem na Lua, um momento incrível para a humanidade e, graças à Zeiss, inesquecível. A companhia de origem alemã relembrou que desenvolveu os sistemas de captação de imagens ad hoc, projetados especificamente para o espaço e as respetivas condições extremas. Criou, em particular, a lente grande angular Carl Zeiss de 5.6/60 milímetros Biogon para a missão Apollo 11, com o objetivo de filmar a superfície lunar com excelente contraste e máxima definição.



Essedue

Breves | 14 |

Ao ritmo da dança A revista internacional de moda, lifestyle e arte Desnudo Magazine captou imagens de luxo do bailarino profissional Daniele Sibilli, “aprumado” com óculos Essedue. O artista que assumiu um lugar dianteiro num espetáculo europeia da cantora pop Madonna, aparece em destaque com os modelos de sol e de prescrição, Vanity e Euphoria, da insígnia italiana. Destacam-se os recortes sempre originais das criações Essedue, num resultado ao mesmo tempo requintado e atrevido.

Freakshow

Olhar apurado no verão As criações da marca inspirada no cinema apontam a quem precisa de prescrição e não abdica do melhor estilo. Jacobsen e Path são óculos para homem e mulher respetivamente e exalam um sentido intelectual, por um lado, e por outro uma espontaneidade desarmante. Jacobsen à primeira vista esconde algumas caraterísticas altamente tecnológicas no seu design, mas revela-as na leveza e na extrema resistência. Tudo graças aos frontais feitos com compósito de nylon, reforçados ainda com uma subtil camada de acetato que lhe acresce um elegante aspeto tartaruga. Path dá brilho ao quotidiano e ao rosto pelo desenho feminino e as cores plenas de energia. O trabalho de laminação das folhas de acetato é tão meticuloso neste modelo, que se eleva ao nível da produção artística.

Oko by Oko Paris

A feminilidade de Nikita e Stella A marca francesa quer garantir às suas seguidoras armações modernas e em voga. Nascem assim Nikita e Stella, apontando a um público forte e decidido sob o hashtag #womenpower. A magnética combinação entre acetato e metal compõe um look muito feminino que, no caso da armação Nikita, vai mais longe ao reavivar a famosa música de Elton John sobre uma jovem que luta pela sua posição na sociedade e no amor.



CooperVision

Breves | 16 |

Götti

Transparências quentes A marca suíça aposta em declinações femininas com um intenso estilo dos anos ’50, em que o destaque assenta nas transparências coloridas dos frontais. A interpretação suave do famoso desenho cat eye, moldado a partir do acetato, contrasta de forma majestosa com o aço inox das hastes. Um olhar mais próximo revela todo o trabalho artesanal investido em cada peça, comprovado pela ligação subtil entre os frontais e as hastes.

Prémio pelo contributo na correção da miopia A equipa implicada no desenvolvimento, investigação e comercialização da lente de contacto MiSight 1 Day da Coopervision foi premiada com o prémio da Indústria da British Contact Lenses Association (BCLA). John Phillips, Stuart Cockerill e Paul Chamberlain elevaram-se entre os finalistas concorrentes pelo contributo importante para o controlo da miopia através da contactologia. O facto de estar comprovado que esta condição visual vai afetar mais pessoas nos próximos anos levou estes estudiosos a desenvolver a MiSight 1 Day, utilizada hoje por mais de 100 mil crianças em todo o mundo. “O controlo da miopia foi descrito como a ”próxima revolução das lentes de contacto”, algo mais evidente que nunca na Conferência da BCLA deste ano. No entanto, é necessário inspiração, visão e dedicação para integrar a nova tecnologia num enfoque comercialmente viável. A previsão e os anos de esforço de John, Stuart e Paul merecem o reconhecimento dos seus colegas e da indústria. Os estudiosos são os primeiros a afirmar que a honra não é deles, mas sim de milhares de crianças que todos os dias beneficiam deste trabalho. Esta é a atitude que nos dá esperança de que realmente podemos alcançar um impacto, trabalhando junto dos profissionais da visão para enfrentar a miopia.” afirmou James Gardner, vice-presidente da Global Myopia Management da CooperVision.

Vista Bonita

Novo paradigma em óculos de leitura Diretamente da Holanda chega a resposta ao crescente mercado “paralelo” dos óculos de leitura. Vista Bonita nasce para as óticas, com foco nas mulheres que ainda não se aventuram nos óculos progressivos e que gostam de ter várias armações trendy só para leitura. É que a marca apresenta as peças em elegantes malas Victoria Secret, que incluem ainda um estojo, pano, líquido de limpeza e um cordão. Os óculos Vista Bonita são ligeiros e têm um design por cada temporada, disponível em quatro cores translúcidas. A insígnia propõem ainda um display para as lojas que exibe 24 malas, os cordões e óculos de prova, para que os consumidores possam experimentar sem limitações. A coleção da temporada quente já está disponível sob a designação Cactusflower.


MAIS DO QUE UM 27 - 30 SETEMBRO 2019 Paris Nord Villepinte silmoparis.com


Alain Afflelou

Com música no coração Os criativos da rede de ótica de origem francesa inspiraram-se nos festivais de verão para criar uma coleção jovem e divertida. Corazon desdobra-se em duas cores e aponta a homens e mulheres que querem estar dentro das tendências e protegidos do sol enquanto usufruem da melhor música.

Breves | 18 |

adidas

Safilo

O fim de dois capítulos da história A produtora transalpina anunciou a venda da sua rede de óticas Solstice, nos EUA, e o fim do acordo de licença com a Dior, já em dezembro de 2020. São dois momentos importantes no percurso da Safilo, principalmente no que diz respeito à cessação com a marca de alta costura. As duas companhias foram parceiras durante 20 anos e os óculos Dior significavam cerca de 13 por cento do total de vendas da Safilo, valor registado em 2018. “Durante duas décadas da licença da Dior Eyewear criámos coleções que fizeram história no setor. A nossa empresa tem 85 anos de experiência, com o compromisso e paixão pela indústria que nos orgulhamos. Para construir uma Safilo ainda mais forte estamos a investir no nosso capital humano e nas fundações sólidas do nosso atrativo e equilibrado portefólio de licenças, assim como nas marcas próprias, que crescem mediante as nossas expectativas. Estamos focados na nossa criatividade única, nas apetências tecnológicas e nas pessoas para expandir mais o nosso grupo de insígnias que conta já com as renovações de kate spade New York, Tommy Hilfiger, havaianas e Fossil, entre outras, e com novos acordos como Levi’s, Missoni e David Beckham”, explicou Angelo Trocchia, diretor executivo do grupo Safilo.

Novo acordo com a Marcolin A Silhouette anunciou em junho o fim da parceria com a adidas eyewear e o arranque do desenvolvimento da sua própria marca desportiva. Tudo isto depois de uma relação que durou desde 1993. Pouco depois, a famosa marca desportiva anunciou um novo acordo com a Marcolin, até 2024. O lançamento dos novos óculos da linha Badge of Sport sob alçada da produtora Marcolin está previsto para 2020, com a promessa de produção inovadora, materiais de qualidade e leveza. Já no registo adidas Originals a atual parceria com a Italia Independent prevalece até ao final de 2019, passando também para “as mãos” da Marcolin. “Atualmente, o sportswear abrange e influencia toda a indústria de moda e acessórios. Esta parceria representa um novo marco na nossa visão estratégica. Estamos a adicionar uma marca icónica ao nosso portefólio, complementando a presença na indústria de óculos desportivos. Este acordo marca, mais uma vez, a estratégia de negócios do grupo Marcolin, que consiste em unir marcas modernas, globais e exclusivas que alavancam o seu ADN inovador”, declarou o CEO da Marcolin, Massimo Renon.


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Breves | 20 |

Blackfin

Sob um sol de elegância Ligeiramente alongado, sinuosamente moldado e colorido com uma multiplicidade de cores, o modelo dedicado ao sol Cape May é uma construção de luxo. Integra o conceito de glamour techno da Blackfin, bem impresso na inspiração vintage que emana em cada aresta. Cape May celebra o trabalho artesanal, elevado a um nível superior porque se aplica a uma produção técnica altamente inovadora. Representa ainda um tributo à elegância burguesa do pós-guerra dos anos ’50 espelhado no charme discreto das mulheres americanas que passavam férias nas costa de New Jersey, EUA.

Scojo New York

Cione

Desenvolve óculos Guillermina Baeza A designer espanhola de fatos de banho e lingerie uniu-se à Cione na criação de uma coleção eyewear premium. Guillermina Baeza by Cione foi lançada sob as luzes da ribalta da passarela do 080 Barcelona Fashion, a 28 de junho, celebrando as novidades em óculos e os 40 anos dedicados à moda da criadora. Tanto a swimwear como os modelos de sol são feitos em Espanha e refletem os maravilhosos e icónicos anos ’90. Assumem-se na feminilidade e na liberdade, com um primoroso “toque de mar”. Aquela que foi a década das mulheres atrevidas e cheias de energia, em que o mundo se rendeu às top models e aos fotógrafos consagrados na moda proporciona aqui desenhos redondos e sensuais, ecoa os tecidos dos fatos de banho e multiplica a reinvenção de cores.

Singin’the blues A linha BluLite da Scojo New York ganha novas e surpreendentes adições em metal. Quatro armações para prescrição expressam-se em formatos elegantes desde os mais clássicos aos que respondem de forma assertiva às imposições das tendências de moda. A marca proporciona ainda as armações já montadas com lentes sem prescrição mas com uma ligeira proteção dos ecrãs digitais.


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António Alves

A Opticalia que mudou a ótica São sete anos que compõem a vida da Opticalia em Portugal. E se pensámos nesta entrevista comemorativa com olhos no seu diretor geral, António Alves, cedo percebemos, já na sede da empresa em Lisboa, que não existe este diretor sem a sua equipa dirigente. Recebeu-nos como sempre e como é, de braços abertos. Chamou logo os seus fieis companheiros de trabalho diário, Joana Correia e Paulo Pereira, e sentados frente a frente revisitamos uma marca e uma empresa plena de energia e atrevimento. Tudo começou em 2012, quando se apoderaram do fabuloso auditório da Fundação Champalimaud para dizer “chegamos e somos diferentes de tudo!”

Entrevista de Capa | 22 |

Fotos: Hugo Macedo

A Opticalia inundou o dia a dia dos portugueses com a mensagem de que os óculos se podem amar. Sim, podem preencher-nos com as suas cores e formatos e enviar a mensagem de que somos cool, intelectuais, bonitos, independentes...e tanto mais. Gosto de Óculos lançou-se entre os consumidores. Os óticos responderam ao apelo e compõe-se hoje numa enorme “mancha azul” de 238 lojas. Com uma quota de mercado de dez por cento, os objetivos da equipa lusa da Opticalia é hoje ser mais. Ou seja, ter do seu lado os melhores óticos, explorar as melhores soluções de comunicação e levar os óculos a cada vez mais pessoas. Enquanto conversávamos, observamos a forma como completam as frases uns dos outros, como se apoiam nas aventuras que já empreenderam em sete anos, como confiam nas respetivas capacidades. Tudo isto com a recordação feliz da garrafa de champanhe que abriram no dia anterior. Era suposto servir a celebração das 100 lojas, mas esse objetivo chegou cedo demais. Agora que estão prestes a mudar de novo o “rosto” da ótica, sentaram-se, ouviram o disparo da garrafa e festejaram o poder de fazer acontecer! À chegada dos setes anos da Opticalia que conquistas se acumulam? António Alves: A nossa primeira grande conquista foi passar a barreira das 100 lojas. Digamos que no primeiro ano somamos logo 143. Por acaso, ontem abrimos aqui uma garrafa de champanhe que estava destinada às 100 lojas, mas fomos criando outros objetivos e já estava há sete anos à espera e não havia maneira de se abrir a garrafa. (risos) Como foi

fácil chegar às 100 nem nos lembrámos. O facto de termos conseguido comunicar com êxito com o consumidor também foi uma conquista, confirmado pelo prémio Cinco Estrelas. A presença nos Globos de Ouro trouxe-nos notoriedade e veio confirmar que a marca era válida e de confiança e que as pessoas se identificavam. Joana Correia: Tem sido um processo com várias conquistas e acho que o primeiro foi mesmo ter tantas pessoas na apresentação da Opticalia no Auditório da Fundação Champalimaud. O António estava nervoso naquele dia! AA: É que eu tenho essa mania de ir pessoalmente tratar de assuntos importantes e fui eu que entreguei os convites, o Paulo do outro lado também, sem intermédio de “internetes”. (risos) Tivemos mais de 200 pessoas. JC: E aconteceu na altura certa, em que se julgava que já não havia espaço no mercado para mais um grupo. O facto é que ao comunicarmos como fazemos hoje, dinamizámos o mercado. Ainda no plano das conquistas, a questão dos shoppings, que sempre foram terreno difícil, para abrir espaços novos, hoje reconhecem-nos como uma mais valia e são eles que nos procuram. Muito mudou desde a entrada a Opticalia e isso é visível, nomeadamente, no investimento publicitário. AA: Sim, hoje está cinco vezes superior em relação a 2012, quando nos iniciámos em Portugal. Queremos fazer mais, mas precisamos de mais associados. Nunca estamos satisfeitos!

Quantos mais? AA: Onde quero e vou chegar, não tem tanto a ver com números, mas sim com a conquista das melhores praças. Para nós é importante ter equilíbrio entre a quantidade e a qualidade dos nossos associados. Temos bastantes lojas e iniciámos com muitas pessoas em start-up. Ainda hoje tenho no meu topo de lista, que é algo que nos orgulha imenso, estes empresários que se iniciaram connosco e que hoje estão entre os melhores. Agora queremos também na Opticalia os outros óticos fortes do setor e que credibilizam toda a classe. JC: É fabulosa toda esta parte da rede de lojas, com uma capilaridade a nível nacional. Porém, inevitavelmente chegamos ao ponto em que percebemos que tínhamos de abrandar e indagar se quem estava connosco entendia a dimensão da marca e o nosso posicionamento, ou se faria sentido estar connosco. De um lado e do outro fomos fazendo ajustes e se hoje temos 238 lojas, já tivemos muito mais. Como está a Opticalia Portugal em relação à Opticalia central? AA: Proporcionalmente estamos na dianteira. JC: Isto também porque pensamos de forma diferente. Usamos o know how que a casa mãe nos dá e o respetivo apoio em relação à marca e percebemos que o nosso público é diferente e tentamos adaptar e ter outras ferramentas. Um exemplo disso é o seguro dos óculos com o qual arrancamos agora. Este projeto lançou-se em Portugal, mas em Espanha perceberam que era uma mais valia e importaram-no.


Entrevista de Capa | 23 |

•• “Obviam ente que chegar am “gr andes tubarões” ao setor e urge passar a ideia de que ou as pessoas se m ex em ou desapar ecem ” ••


Se mais de 90 por cento da população tem telemóveis, 100 por cento pode ter óculos de sol!

Entrevista de Capa | 24 |

A Opticalia pode ser uma resposta para apelar aos consumidores na direção da ótica? JC: Nós tivemos que de posicionar e comunicar o nosso conceito de forma distintiva e isso vê-se nos anúncios antes e depois de 2012. Comunicava-se uma parte muito técnica, porque os óticos falhavam na parte mais comercial de gestão, de perceberem que têm uma loja e que tem de angariar pessoas. Há todo um universo de consumidores que não precisa de óculos corretivos, mas pode usar óculos de sol e que não está a ser trabalhado. Este acessório sempre foi associado a isso mesmo, uma necessidade, um complemento médico, e não como um elemento estético da moda. Nós mudámos esta ideia.

Já o implementámos ao nível da rede. Esse é outro marco das nossas conquistas que é o facto de sabermos que crescemos quando todo o grupo cresce e temos de arranjar ferramentas para que isso aconteça, antecipando necessidades e dispersando a ferramenta por todos. Esta lógica faz com que as pessoas se envolvam. Hoje há mais ótica graças à Opticalia. Que outras alterações registaram? AA: O mercado cresceu. O que apuramos em 2017 é que o negócio da ótica superou os 600 milhões. Lembro-me que quando entrei no mercado era um terço disto, há 30 anos. Claro que, o número de lojas também subiu e, em proporção, mais do que o próprio mercado. Eu acredito, e nós somos fãs da publicidade, que o setor português cresceu porque há foco na comunicação. Estamos gratos e contentes que tenhamos “forçado” a uma reação. Porém também houve alterações nos próprios players envolvidos neste negócio. AA: Obviamente que chegaram “grandes tubarões” ao setor e urge passar a ideia de que ou as pessoas se mexem ou desaparecem. Existem hoje competidores que

vêm de outros ramos de atividade e não há noutros países, que eu saiba, uma concorrência tão poderosa à ótica como estas empresas de distribuição. Talvez nos EUA, na Europa não conheço. Acredita que possa cravar uma mudança profunda no mercado? O mercado tem que ficar forçosamente mais maduro, mais competitivo, com melhores ferramentas de gestão, porque tecnicamente somos excelentes. Para mim, no comércio e na vida, ou escalas ou escorregas. Ou se conquista continuamente ou desaparece-se. Por isso pergunto sempre aos nossos óticos: o que vos impede de ser o número um da vossa praça? Também houve uma mudança ao nível do consumo. Hoje os consumidores compram de forma diferente. AA: A minha perspetiva é tão simples como esta: há o ser humano que pode usar óculos e, por isso, é um potencial comprador. Segundo os dados que obtive, apenas sete por cento da população tem um segundo par de óculos o que significa que 93 por cento é potencial usuário e, portanto, é fulcral atrair estes consumidores.

A Opticalia introduziu este conceito em Portugal. JC: Desmistificámos a forma do uso dos óculos e a forma de ir à ótica, ao optometrista, ao oftalmologista... E isto pode resolver um dos problemas da ótica que se centra na frequência de compra. Conseguimos apelar ao consumo e, por outro lado, resolvemos o problema médico das pessoas com a faceta técnica inerente às óticas, garantindo que voltam mais vezes. Os consumidores hoje sabem que vai haver novidades mais vezes nas lojas. Também começamos a usar novos canais para comunicar, à semelhança das lojas de relógios, roupa ou de acessórios. E esta forma de comunicar será forte o suficiente para combater a quantidade de consumidores que compra fora das óticas, isto em termos de óculos de sol? AA: Fico feliz por haver cada vez mais ligação entre as pessoas e a ótica, porque há mais necessidades visuais. No entanto, se não soubermos aproveitar esses potenciais compradores, o problema já não é do mercado, mas sim “nosso”. Nós é que abrimos espaço a que outros conquistem os compradores. A ótica está de facto a crescer e cada vez mais há a preocupação com a saúde visual e se não se adaptam os pontos de venda, ou a forma de venda para garantir uma experiência agradável, então desaparece-se. O que dizer aos óticos que estão perdidos na encruzilhada do mercado atual? AA: O que os impede de alcançar o que querem na vida? E o que é que eles querem? JC: Acima de tudo que devem perceber que continuar a agir da forma como têm agido já não resulta. Há que fazer algo diferente para conseguirem avançar. A partir do


momento que estão dispostos a avançar, então aí sim: como? O que estão dispostos a mudar? E depois interferir na forma de comunicar, na loja, no fundo em tudo. Impõe-se uma mudança de mentalidade. E a Opticalia dá todas as ferramentas. AA: Sim, a Opticalia dá apoio e queremos mesmo saber o que os óticos querem e o que está entre eles e esse desejo. A partir daí trabalhamos para atingir esse objetivo. JC: E para nós é interessante ver a nova geração de óticos, provenientes de famílias bem posicionadas no mercado, a procurar-nos porque percebem que nós temos uma linguagem distinta. Nós, de facto, damos as ferramentas sem impor. Eles próprios querem essa mudança. O negócio continua a ser deles, nós só lhe damos a marca. Perante a visão privilegiada que têm do setor, que futuro lhe antecipam? AA: Antecipo um futuro espetacular de crescimento. Paulo Pereira: Nós estamos a desenhar o futuro. O exemplo disso é a campanha Desde 9,95, que aparenta falar de preço,

mas na realidade trata-se de uma nova abordagem de apresentação do produto ao cliente. O que queremos é tornar os óculos acessíveis, sair desta guerra de preços e dignificar o setor da ótica. Dou-vos o exemplo dos smartphones, alguns modelos bem caros, e que seriam “uma dor no bolso” caso se pagassem no imediato. Quase ninguém compra o telemóvel a pronto. O que se fez noutros bens de consumo, nós aplicamos aos óculos. Aliás, a DECO denunciou que cerca de 60 por cento dos consumidores assume não poder comprar óculos, porque é caro. Queremos tirar os valores altos da cabeça das pessoas e dizer-lhes que os óculos que lhes são mais adequados e do seu gosto, estão disponíveis à medida do seu budget, a partir de 9,95. Aliás, fazemos as contas ao contrário perguntando “quanto lhe cabe no seu orçamento mensal?” É uma campanha arrojada e que vem mudar o paradigma e de certeza que será reiterada no setor. Por isso se chama No Limits. AA: Nós temos que deixar as pessoas sonharem. O que elas quiserem nós disponibilizamos e passa-se da ideia de propriedade para a de utilização.

PP: E isto é tão importante para nós que fizemos sessões de webinares e formações presenciais. Adicionalmente, na nossa reunião nacional, conseguimos falar com quase 500 colaboradores das óticas para explicar isto mesmo. Foi um trabalho árduo. JC: (daí a garrafa de champanhe ontem) (risos) Sonhos para a Opticalia? AA: A nossa ambição, agora que temos dez por cento de quota de mercado, é crescer mas essencialmente duplicar o investimento que temos em publicidade. Como? Arranjar óticos de renome para o nosso grupo. PP: Já demos para o “peditório da quantidade”, claro que queremos e podemos ter mais, mas agora queremos trabalhar na qualidade e ajudar quem está connosco a desenvolver o seu mercado e a ser líder, com estas e outras ferramentas que desenvolvemos. É isso que procuramos.

Entrevista de Capa | 25 |

•• “ ( . . . ) q ueremo s e p o d emo s ter m ais ( ót i c o s ) , ma s a g o ra q uerem os trabalhar na q u al i d a d e e a jud a r q uem está connosco a de s e n v o l v er o s eu merc a d o e a ser líder ” ••


SILMO Showroom Lisboa 2019

Um SILMO com vista sobre o Tejo

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A feira parisiense alargou ainda mais o seu conceito de família e trouxe para Portugal um showroom privilegiado. O lançamento deste formato inovador aconteceu no topo do Sud Lisboa, a 30 de junho, entre marcas bem conhecidas do mercado português, novos expositores que querem sondar o país e um Tejo apaixonante. Na frente da iniciativa esteve, claro, a equipa do SILMO Paris e a Associação Nacional dos Ópticos que argumentou muito bem a favor da capital portuguesa. A LookVision Portugal viveu este momento importante para o setor nacional e trouxe no registo a certeza de um sucesso declarado. Foram mais de 40 marcas o mote de apelo aos óticos portugueses para o primeiríssimo showroom internacional, organizado pelo SILMO Paris. Numa jornada de sol, os óticos responderam ao desafio, vindos de longe e de perto, porque afinal “se vamos a Paris ver a feira, não faria sentido não estar presente em Lisboa”, confidenciou-nos um dos muitos profissionais presentes. Os expositores asseveraram o êxito do encontro, com os contactos que puderam fazer com potenciais clientes de norte a sul do país. Os óticos aproveitaram para consultar alguns dos seus fornecedores de sempre e descobrir marcas que, por norma, só têm contacto à distância. Todos rejubilaram com o local, habilmente escolhido pela colaboradora da Associação Nacional dos Ópticos (ANO), Paula Pinto, pela luz, pelo conforto, pela dimensão, mas acima de tudo pela posição beneficiada em relação ao rio Tejo e à mítica ponte 25 de Abril. Um convívio com perspetiva de negócios


O SILMO Showroom Lisboa 2019 foi uma oportunidade para reencontros de sempre entre colegas de profissão. Entre música, sabores, risos e conversas, os produtos fluíram entre olhares conhecedores e mãos experientes. No final da jornada e antes de um por do sol de luxo, Amélie Morel, presidente do SILMO Paris, convocou os presentes ao centro do espaço para agradecer a concretização do Showroom, referindo o papel central da ANO, com Rui Correia e Paula Pinto ao centro. A líder do certame internacional destacou ainda a participação considerável dos óticos, “assinando” o sucesso da edição pioneira do Showroom. Às empresas deixou uma palavra especial, pela coragem da aposta, e por trazerem produtos inovadores, interessantes e, em alguns casos, novos para o mercado luso. Antes de passar a palavra a Rui Correia, na altura ainda presidente em função da ANO, Amélie Morel apontou os nomes e rostos da equipa que a acompanha na propagação da família SILMO: Eric Lenoir, diretor executivo da feira, Bettina Lancereau, responsável pelo contacto com os expositores, Isabel Beuzen, da equipa de comunicação e Leonor Bello, o elo de ligação entre França e Portugal. “Espero ver todos em Paris”, concluiu a responsável.

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Rui Correia assumiu a voz da apresentação para agradecer a Amélie Morel por ter escolhido “por nossa sugestão e insistência, Lisboa, a melhor cidade do mundo para fazer eventos desta natureza.” As histórias da ANO e do SILMO cruzam-se no tempo, com a feira internacional a celebrar os 52 anos de “vida” em 2019, enquanto a associação conta já 55 e “é tanto tempo de história a criar valor no setor da ótica!”, declarou Rui Correia. Aliás, o representante da ANO relembrou o período de desvalorização do mercado e que é crucial fomentar eventos desta natureza na criação de valor, tanto para os empresários da ótica, como para o consumidor final. “Obrigado pela iniciativa e estaremos cá sempre para vos receber de braços abertos.”, concluiu.


Discurso direto e exclusivo para a LookVision Portugal

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Amélie Morel Que conclusão tem desta iniciativa em português? Estamos muito felizes com o Showroom Lisboa e consideramos um grande sucesso. Os expositores demonstraram já a sua satisfação em relação ao evento e os óticos também, o que para uma primeira experiência é excelente. Acho que no futuro vamos repetir. Colaborámos de forma muito positiva com a ANO, aliás foi a grande razão que nos trouxe até aqui, pela demonstração de competência e pelas pessoas incríveis. Obrigada à ANO. Rui Correia Como se associou a ANO ao primeiro Showroom do SILMO? A intenção de fazer o Showroom SILMO em várias capitais europeias estava tomada. Onde iam começar era a questão. Abordaram-nos e queriam a nossa opinião, também pela longa relação que temos com a organização da feira. Reunimos em dezembro, e pairava ainda a dúvida entre Madrid, Casablanca, Lisboa...tinha que ser a nossa capital e admitiram que de facto ouviam falar tanto da cidade portuguesa. Perguntámos o que precisavam de nós para fazer acontecer em Lisboa, numa altura em que também estávamos a decidir se faríamos o congresso ou não e, desta forma, com a possibilidade de associar os eventos. Decidimos depois que o congresso não ia acontecer, porque a direção ia sair e, portanto, não tínhamos tempo para organizar o congresso e apoiamos este Showroom a 100 por cento. Nesta altura as eleições já aconteceram. O SILMO Showroom foi fechar com chave de ouro. Saio com a sensação de dever cumprido e ainda tanto por fazer e tem a ver com a minha personalidade inquieta e insatisfeita, 23 anos e oito mandatos depois. Entrei em 1996 como vogal, passei a tesoureiro, depois vice-presidente e fui presidente desde 2007. Agora chegou a altura de viver a minha vida além da ANO.


CECOP à velocidade dos karts

Depois da adrenalina da corrida, os óticos mais velozes foram premiados durante um almoço recompensador. Nos lugares cimeiros registaram-se Osvaldo Ferreira da Apoteóptica Viana do Castelo, em primeiro lugar, Gonçalo Rodrigues do Oculista da Vila em segundo e em terceiro João Muacho da CM Optica. Paralelamente aos karts, os participantes deste convívio ouviram ainda da voz do diretor comercial da Indo, Tiago Ferreira, a apresentação das novidades da empre-

sa ao serviço dos seus negócios. O momento serviu para estreitar as relações entre a produtora de lentes oftálmicas e os óticos e, claro, fortalecer o espírito de grupo da CECOP. “Momentos de convívio como estes são cruciais e fazem parte do DNA do grupo CECOP, o que possibilita vincular e fortalecer as relações entre associados e fornecedores, com fim a alcançar o sucesso esperado por todos”, expôs a equipa da rede internacional de óticas em comunicado.

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O grupo de ótica uniu-se à Indo para proporcionar aos associados uma jornada de competição, convívio e promoção. Os profissionais sob a bandeira da CECOP deslocaram-se ao kartódromo do Bombarral, a 9 de junho, para disputarem o lugar mais alto do pódio e saberem as novidades da Indo.


XIV Simpósio Conselheiros Da Visão

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Reunir para crescer... mais 30 anos! 30 Anos Focados em si foi o lema que encabeçou o encontro anual destes profissionais sob desígnio da marca verde. O XIV Simpósio da óticas Conselheiros Da Visão reuniu óticos de todo o país em Sintra para renovação de conhecimentos, consulta de novos produtos e, claro, o reencontro e convívio entre os cooperadores e as respetivas famílias. No palanque das apresentações do hotel Vila Galé estiveram oradores da Essilor e da Alcon para descreverem inovações assinadas pelas respetivas empresas e num espaço primorosamente organizado expuseram-se os modelos da Derigo e da Safilo. Na cerimónia de abertura, o presidente do grupo, Rafael Claro da Silva, agradeceu aos patrocinadores e deu as boas-vindas aos presentes. “É para mim e para a nossa direção uma honra conseguirmos chegar a esta meta, o XIV Simpósio dos Conselheiros da Visão. Também representa o momento de comemorarmos os 30 anos, um marco em qualquer empresa, e nós conseguimos evoluir e formar constantemente durante este período. O simpósio é um objetivo que temos vindo a cumprir há 15 anos ininterruptamente. Tenho um princípio que aprendi há muitos anos e que também pertence aos Conselheiros da Visão, mais saber, mais valer, isso é algo que conseguimos fazer aqui com os nossos parceiros, é o objetivo destas ações de formação e de tantas outras que fazemos ao longo do ano.”

Os óticos Conselheiros da Visão tiveram ao dispor um programa técnico-científico rico e variado que arrancou com a palestra A Nova Geração de Lentes Unifocais da Essilor. Nesta apresentação o orador deste parceiro do grupo assinalou o desenvolvimento de produtos em prol das necessidades do mercado, em particular no que diz respeito ao aumento do uso dos dispositivos digitais. Visão e Condução Segura foi o tema que se seguiu que é, aliás, a designação da campanha de sensibilização dos Conselheiros da Visão aos condutores. Manuel Gião, piloto de automóveis e embaixador da rede de óticas portuguesas, liderou esta palestra que arrancou com a declaração “fazer parte desta família tem sido extremamente importante a todos os níveis.”


•• “É par a mim e par a a nossa direção uma honr a conseguirm os chegar a esta meta, o XIV Sim pósio dos Conselheir os da Vis ã o. Também represent a o momento de comem or ar m os os 3 0 anos, um m ar co em qualquer em pre s a , e nós conseguim os evoluir e for m ar constantem ente du ra n t e este per íodo” •• Olhar em Português | 33 |

Seguiu-se a Alcon Vision Care no palco, com o novo produto Systane Complete. Neste âmbito, destacou-se a Secura Ocular-Desafios da Prática Diária, onde se referiu que “três a quatro pacientes que vão a uma consulta têm sintomatologia de secura ocular. O impacto que esta condição tem na qualidade de vida das pessoas também se reflete na forma como conseguem desempenhar as suas tarefas laborais, o rendimento que têm quando estão a trabalhar e, consequentemente, na economia global”. A jornada de trabalho prosseguiu com João Ramos, médico de família autor da rubrica televisiva Diga Doutor, da RTP. O Médico de Família e a Visão esteve na base da exposição deste especialista que encantou os palestrantes com a sua linguagem clara e acessível a todos, que também é mote da campanha do grupo Doutor à Vista. Nesta iniciativa, os Conselheiros da Visão transmitem à população, através de João Ramos, “as doenças que vão evoluir com o passar dos anos para a cegueira se não forem controladas e se não forem tratadas, como a retinopatia diabética, a degeneração da mácula devido à idade, que vai ser um flagelo da sociedade, e o aumento do número das doenças degenerativas que será uma realidade”. A importância do médico de família é fundamental, afinal, “qualquer médico de família gosta mais da prevenção do que da cura. Temos tudo à nossa disposição na área da optometria e da oftalmologia para ajudar as pessoas a ter uma saúde ocular cada vez melhor e por mais tempo, acompanhando o aumento da esperança média de vida.” No encerramento dos trabalhos deste XIV Simpósio, apresentou-se a campanha televisiva que passa na RTP, Fox e CMTV sob égide Visão e Condução Segura. No ecrã aparecem Manuel Gião e Isabel Angelino como embaixadores e a importante mensagem do controlo da saúde da visão para baixar as estatísticas em acidentes.


Ótica do Bairro/Franco Oculista Olhar em Português | 34 |

Difundir a arte, difundir a VAVA O périplo em português da marca de Pedro Silva teve ritmo de festa em Guimarães e Braga, sob conceitos diferenciadores das óticas onde a VAVA aportou. O Franco Oculista, em Braga, “vestiu-se” da habitual ousadia para receber a VAVA, a 6 de junho, em ambiente artístico, como aliás sempre abre portas. A Ótica do Bairro Concept Store, em Guimarães aproveitou o evento da marca independente, a 15 de junho, para brindar ao primeiro aniversário de trabalho ao serviço da ótica de nicho. Os óculos VAVA marcaram o ritmo, acompanhados de sons vibrantes no lado de fora das vitrines, em pleno coração da cidade fundadora. Quem passou na alameda de São Dâmaso não ficou indiferente aos desenhos futuristas e fraturantes da VAVA. E a ideia desta iniciativa com recortes de festa e celebração era mesmo essa: expandir o conceito de arte e qualidade aplicado aos óculos. Para Vera Alves, gerente da Ótica do Bairro, nada melhor para marcar um ano de trabalho junto dos vimaranenses, do que atrair a população para o conceito que a fez sonhar o seu negócio próprio. Marcas que nascem no eyewear para o eyewear, qualidade exímia, desenhos que provocam e muita arte, design e originalidade, são os valores que esta casa de ótica transmite através do seu “rosto”. Em dia de festa, permitir que toda a população possa sentir a diferença do que é usar óculos exímios é a melhor celebração. “Nós primamos pela diferenciação,

pelo “fora da caixa” e pela exclusividade e a VAVA, para além de diferente, é portuguesa”, explicou à LookVision Portugal, Vera Alves. Acima de tudo, a líder da Ótica do Bairro confessou-nos o enorme orgulho que tem no projeto e no reconhecimento que já conseguiu por parte de quem procura conceitos originais em óculos. O abraço à VAVA neste aniversário comprova isso mesmo! Em Braga, mais precisamente na casa do eyewear de design, Franco Oculista, a VAVA foi a base de um encontro entre amantes do luxo e da arte. Paralelamente ao eyewear, a mítica família Franco exibiu a exposição fotográfica When Fashion Meets Architecture, do fotógrafo portuense André Brito, que celebra precisamente a colaboração entre a VAVA e o arquiteto famoso Álvaro Siza Vieira. A


Pedro Silva e a marca que nasceu em Portugal com alma internacional O grande mentor da VAVA sentou-se à conversa com a nossa reportagem, arrancando com a conquista de que em apenas metade de 2019 já tinha ultrapassado os valores totais de 2018 em vendas. No entanto a grande maioria do investimento na VAVA vem de consumidores de fora de Portugal. Afinal, é no centro da Europa que existe mais sensibilidade para o conceito de uma marca com estes contornos e mais contacto também com a arte em geral. Portugal está agora nos planos de Pedro Silva e porquê? “É uma questão de ser português e gostar do meu país, mas admito que ainda estamos um pouquinho atrás em relação a outras regiões no que se refere a óculos de nicho. As marcas independentes a nível de design e de produção, não estão sujeitas à máximo do “lucro a qualquer preço” e são muito apreciadas lá fora, nomeadamente, na Bélgica, na França ou na Itália. Em Portugal ainda prevalece um grande desconhecimento. A nossa função é cultivar o público nessa mudança, explicando o que são óculos de design, e abrir essa janela às pessoas. Obviamente fazemos o mesmo junto das lojas mas no sentido de cultivar a realização de mais eventos de promoção de marcas de nicho e, claro, fazer com que a VAVA seja conhecida em Portugal. No estrangeiro já trilhámos um caminho longo, com Itália a ter a VAVA no

top cinco das marcas de nicho. Em França tivemos um arranque enorme este ano, e estamos a vender muito bem nos EUA. Em Portugal faz sentido este push, porque há mercado e as pessoas têm é que saber gastar melhor o dinheiro. Muitas vezes fazem-no em marcas que só têm imagem e nada de qualidade. Acha que o ótico está aberto a este caminho? Alguns estão e é com esses que estamos a trabalhar, os que são avant-garde. Queremos estar com eles e juntos abrir mercados. Costumo dizer que se um país não consome qualidade também não a pode produzir. E a colaboração com o Siza Vieira, abriu portas ao mercado luso? Sim e ajudou-nos a reforçar a história da marca. Só fazemos colaborações com pessoas ou artistas com os quais nos identificamos a 100 por cento, e com o Siza foi com inspiração na nossa marca: o purismo das suas obras e o minimalismo, a luz e a simplicidade do objeto que tem muita força. Como é que alguém pode desenhar edifícios tão simples e ao mesmo tempo tão fortes? Era este o desafio que nos inspirou e o mesmo com as anteriores colaborações com Juan Atkins, de Detroit, e o Rad Hourani, do Canadá, também esses percursores das suas áreas, música e moda respetivamente. Foi essa simbiose que encontramos no Siza. Naturalmente, temos muita confiança na VAVA e não é porque o Siza é um gigante da arquitetura que nos sentimos acanhados para falar com ele. Sabemos que vamos respeitar a sua qualidade mesmo porque estamos nas melhores lojas do mundo.

E os portugueses estão abertas a este produto? Já começa a haver público para isso e nós sentimos que as nossas vendas em Portugal têm vindo a aumentar de ano para ano. Nós não pomos logótipo nos nossos óculos, porque o luxo subdivide-se a uma área ligada de culto ao logo e outra que o produto sem identificação só por si mostra o que é. É por isso que investimos agora neste tour no norte e temos também uma vitrine muito bonita no André Óticas em Lisboa: tem que se educar as pessoas para este sentido de produto. E este trabalho tem que partir das lojas, que por sua vez devem investir na própria formação através da participação em eventos internacionais, procurando e estudando tendências.

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música, a experiência de usar óculos perfeitos equipados com lentes Barberini garantiram um evento único e cosmopolita, onde se destacaram ainda os cocktails VAVA e Siza.


Institutoptico Novidades com sabor a mar

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O grupo 100 por cento nacional apetrecha as suas óticas com novidades requintadas. Desde a alusão às encantadoras praias portuguesas a partir da criatividade assinada pela Cierzo, até à energia colorida e elegante proposta pela Stefanel, as marcas exclusivas do Institutoptico querem conquistar o verão. Cierzo homenageia praias portuguesas A nova coleção da marca exclusiva do Institutoptico está comprometida com um verão inesquecível. Inspirada nos mais belos cenários portugueses, a Cierzo viajou pelas praias emblemáticas de norte a sul para garantir linhas fluídas, cores plenas de impacto e muita energia. São os desenhos redondos e os cat eye que marcam o mais recente conjunto da marca, numa garantia de intemporalidade e, acima de tudo, elegância. As matérias assentam na mescla de metais e acetatos de forma primorosa, tudo envolto em tonalidades e padrões que remetem para o verão. Nas lentes há uma clara alusão às águas cristalinas da costa portuguesa com lentes em diferentes cores num efeito degradê. De destacar que a Cierzo mantém a parceria com a ColorAdd e inclui em todos os modelos o respetivo código para daltónicos.

Stefanel dá cor ao verão A marca exclusiva do grupo Institutoptico lança-se à temporada quente com uma multiplicidade de cores enérgica. A par das tendências da moda, as novas propostas da Stefanel materializam-se em acetato e metal e expressam-se em formatos irresistíveis. Algumas das peças têm um acabamento com as laterais levantadas para dar um look mais alongado ao rosto, com traços mais finos. Os modelos solares e de prescrição repescam designs vintage famosos, que irão demarcar mulheres poderosas com estilo e magnetismo. Aliás, os óculos Stefanel representam acessórios perfeitos para conjuntos de roupa da mesma cor, num efeito final monocromático, uma das tendências mais em voga em 2019. É uma clara homenagem à elegância e a confirmação do legado da Stefanel no universo da moda italiana.


MultiOpticas: ao lado da Associação Jorge Pina

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O grupo de óticas assina o quarto ano consecutivo de apoio à instituição do atleta paralímpico, com o anúncio da 4ª Corrida Associação Jorge Pina powered by MultiOpticas. O estádio 1º de Maio, em Lisboa, será o palco da iniciativa, a 29 de setembro pelas 10, cujas receitas angariadas apoiam a construção da Academia Jorge Pina, a favor do desporto adaptado.

O hotel Vila Galé Opera, em Lisboa, acolheu o almoço de kick off e apresentação desta corrida anual. Estiveram presentes Jorge Pina, Ana Portugal, head of corporate social responsability da MultiOpticas e ainda representantes de cerca de 40 outras marcas que se uniram para apoiar a associação. Ou seja, para além da MultiOpticas, a Associação Jorge Pina conta com apoio da More Results, Green Media, Mazda, Ernst & Young, Europcar, Viagens Abreu, Rexona, Olá, Oito.Um, Delta, Sketchers, Brand Energy, Gomatécnica, Perene, Protir, New Vibrations, Perfumes & Companhia, Eurosaúde, Kwan, Canalizassist, Escolha do Consumidor, hMR e Deco e ainda com o envolvimento da Câmara Municipal de Lisboa, Instituto Português do Desporto e Juventude, Plano Nacional de Ética no Desporto, INATEL e Junta de Freguesia de Alvalade.

O lucro da iniciativa desportiva reverte a favor da construção da Academia Jorge Pina, a primeira dedicada ao desporto adaptado. O espaço vai crescer em Marvila, na capital, e terá 1700 metros quadrados, cinco estúdios dedicados a atividades adaptadas, tais como desportos de combate e crossfit e ainda duas pistas de atletismo com 60 metros. A Associação Jorge Pina desenvolve anualmente diversas atividades relacionadas com o desporto adaptado e luta pelo desporto como valor de igualdade. A associação conta neste momento com 200 crianças e jovens que praticam várias atividades desportivas como o atletismo, atletismo adaptado, boxe educativo e goalball. A MultiOpticas, no âmbito da sua política de responsabilidade social, continua a desenvolver várias iniciativas nesta área, tendo com esta instituição uma parceria de longa data.


Optivisão

Think tank para retirar a retinopatia diabética da invisibilidade

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A rede nacional de óticas juntou esforços com a revista Sábado no combate à retinopatia diabética. Juntou-se, para isso, um grupo de reflexão especializado para discutir a consciencialização da população para o diagnóstico precoce da doença. O think tank aconteceu no fim de maio em Lisboa sob o lema Retinopatia Diabética, Prevenir, Rastrear.

Este círculo de discussão aconteceu à porta fechada e reuniu especialistas multidisciplinares para aportar diferentes prespetivas sobre um tema tão premente. Entre as personalidades presentes contaram-se Eduardo Dâmaso, diretor da revista Sábado, José Manuel Boavida, presidente da APDP – Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses, José Carlos Cardoso, optometrista, gerente do Centro Ótico Jardins da Parede e do Centro Ótico de Cascais, Maria Paula Macedo, professora na Nova Medical School, Gabriela Silva, coordenadora do Laboratório de Terapia Génetica para retinopatias, e Hugo Machado, informático e doente de retinopatia diabética. Os especialistas constaram, entre outras informações que, a diabetes passou de uma prevalência de três por cento, nos anos ’80, para 13, segundo um estudo da Direção-Geral da Saúde de 2009. São 1,3 milhões de portugueses com a diabetes tipo 2, dos quais 40 por cento estão por diagnosticar. Os dados oficiais de 2017 referem que a retinopatia diabética afeta 10 por cento da população portuguesa entre os 25 e os 74 anos, sobretudo os homens e os grupos etários com mais idade. Aliás, é considerada a principal causa de cegueira entre a população ativa.

O atual programa de rastreio interveio em 158 mil pessoas em 2016, mais 32 por cento que em 2015, mas, como refere o documento de Estratégia Nacional para a Saúde da Visão, publicado em Outubro de 2018, continua a apresentar vários constrangimentos, como falta de uniformização, que lhe retiram eficácia e qualidade. Depois, o tempo de espera médio para a consulta de oftalmologia dos doentes com rastreio positivo situava-se nos 189,1 dias em 2016, tendo aumentado para 267,3 dias em 2017. Os optometristas ao serviço do diagnóstico precoce Este think tank quis também dar visibilidade à ação dos optometristas no rastreio da retinopatia diabética, assim como a importância, precisamente, do diagnóstico precoce. “Os optometristas fazem todos os exames para detetar o défice de acuidade visual, a respetiva ametropia e, frequentemente, são os primeiros a detetar problemas ao nível da retina, entre eles a retinopatia diabética. Somos o primeiro filtro, a primeira porta e, por vezes, somos nós que encaminhamos os doentes para o médico de família, para o oftalmologista. Esse é o nosso papel, dever e responsabilidade”, declarou José Carlos Cardoso, optometrista e associado da Optivisão.


A insígnia nascida no paraíso havaiano continua a sua cruzada no mundo do desporto e desta vez enfatiza a sua relação natural com o golfe. A Maui Jim tornou-se o fornecedor oficial de óculos da European Tour, a liga profissional de golfe masculino. O acordo foi feito a 27 de junho, durante a competição Estrella Damm N.A. Andalucía Masters de Valderrama entre Martijn Van Eerde, diretor de marketing da Maui Jim para a Europa, e Max Hamilton, o responsável das parcerias comerciais do European Tour. A parceria dita que a fabricante de óculos forneça os seus modelos ao staff do European Tour que trabalha nos eventos mundiais e beneficie da presença direta em algumas competições. A Maui Jim pode ainda envolver-se com os fãs de golfe de todo o mundo através das plataformas de comunicação tradicionais e digitais. “É uma conquista fenomenal para a Maui Jim tornar-se o fornecedor oficial da European Tour e estamos ansiosos por dar-lhes as boas vindas à nossa família. Será uma honra trabalhar com os jogadores, staff e entusiastas, ao mesmo tempo que espalhamos o nosso espírito Aloha. Depois de estabelecermos com sucesso parcerias globais com a Associação de Tenistas Profissionais e com o Manchester United, no futebol, enquanto fomentamos ligações com outras comunidades

desportivas, ganhamos consistência para fortalecer a nossa relação com a comunidade do golfe e levá-la para um nível mais alto”, explicou Martijn Van Eerde. Da parte do European Tour, Max Hamilton declarou que ” estamos empolgados com as boas vindas da Maui Jim à família de patrocinadores do European Tour e particularmente ansiosos por ver os óculos no terreno em todos os eventos mundiais desta época.” De realçar ainda a integração de Jorge Campillo, prestigiado golfista espanhol, no rol de embaixadores internacionais da marca.

Outros Olhares | 39 |

Maui Jim arrebata European Tour de golfe


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Transitions TransiOptical Limited. da ©2019 Transitions TransiOptical ©2019 Transicom as tendências com tom com tendências e Limited. com tom com as tendências e Limited. comcontemporânea. tom ©2019 uma variação uma variação contemporânea. uma variação contemporânea. préviaLimited. da Shamir,Opor escrito.tions Copyright® 2019 prévia da Shamir, Optical Industry escrito. Lda. Copyright® prévia 2019daShamir Shamir, Optical por escrito. Industry Copyright® Lda. ®por tions Optical tions fotocroOptical desempenho Optical fotocroLimited. O desempenho fotocroque aquece a pele. que aquece aShamir pele. que aqueceLimited. a pele. O desempenho mático é influenciado pela temperatura, máticoexpoé influenciado pela temperatura, mático é influenciado expopela temperatura, expo® sição aos raios UV e ao material dasição lente.aos raios UV e ao material sição da lente. aos raios UV e ao material da lente. www.shamir.pt www.shamir.pt www.shamir.pt

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3. As lentes Transitions® Signature® VII Style Colors bloqueiam mais

de 76% da luz azul prejudicial no exterior, excluindo os produtos Transitions® Signature® VII Style Colors 1,50 que bloqueiam 74% da luz azul prejudicial no exterior.

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Cientistas de diferentes áreas médicas promoveram o Encontro sobre Abordagem da Doença de Alzheimer em 2020, a 8 de julho, no auditório da Lenitudes Medical Center, em Santa Maria da Feira. Mais de 60 participantes, prestadores de cuidados na área da saúde e imprensa, quiseram ouvir as novas metodologias na deteção precoce desta patologia altamente incapacitante e que é favorecida pela abordagem multidisciplinar promovida no Lenitudes e que aliás abrange todas as patologias degenerativas. Na mesa de apresentações destacou-se o oftalmologista José Salgado Borges, Mário Pinto, em representação da Presidência da República, Ana Castro, diretora clínica da Lenitudes e Vitor Tedim Cruz, coordenador da especialidade de neurologia da Lenitudes. A anteceder a sessão científica deste encontro realizou-se uma visita à unidade Lenitudes, coordenada por Ana Castro, reconhecida médica oncologista, e acompanhada pelos responsáveis das diferentes áreas deste centro. Durante a digressão os participantes inteiraram-se sobre a “vida” da Lenitudes, assente no diagnóstico e tratamento de patologias tumorais e oncológicas. A unidade dispõe de capacidades de diagnóstico tecnologicamente diferenciadas com equipamentos muito avançados, seja para exames de imagiologia seja para medicina molecular e tratamentos de radioterapia. Tem vindo a crescer em diferentes áreas e, a partir deste ano, tem em vista o incremento de diversas especialidades relacionadas com a degenerescência e o envelhecimento

E porque a medicina se faz em equipa, engloba outros serviços clínicos, como a cardiologia, a neurologia, a ginecologia, a urologia e otorrinolaringologia, bem como outras especialidades cirúrgicas, sempre procurando agregar equipas médicas de excelência. Foi Ana Castro que abriu a sessão científica começando por agradecer a presença das entidades oficiais no encontro, os convidados espanhóis da Universidade de Complutense, Madrid e todos os profissionais da área da saúde convidados e colaboradores da unidade Lenitudes. Seguiram-se as intervenções de Mário Pinto e de Vitor Tedim Cruz, referência nacional no âmbito das doenças degenerativas neurológicas, nomeadamente o Alzheimer. Foi unânime o realce da importância

de uma abordagem multidisciplinar para o sucesso do diagnóstico e tratamento desta e de outras doenças degenerativas. José Salgado Borges foi a voz anterior à partilha de conhecimentos por parte da “equipa de clínicos e investigadores da Universidade Complutense, que indo participar numa reunião internacional, no Porto, anteciparam a sua vinda para partilhar os seus conhecimentos com os colegas de Portugal.” O oftalmologista informou no seu discurso que o novo serviço de oftalmologia na Lenitudes começou há dois meses a atividade clínica “estando apetrechado para o desempenho de uma oftalmologia moderna e de qualidade, onde as doenças degenerativas terão um papel preponderante.” Antes de “sair do palco” Salgado Borges apresentou a convidada de destaque. Elena Salobar proferiu a conferência intitulada Estudio de la función visual y structura de la retina en el diagnóstico precoz y seguimento de la Enfermedad de Alzheimer. No decorrer da sua apresentação realçou as alterações que se produzem na retina, espelho do cérebro, em populações de doentes com Alzheimer. Esta reunião serviu para realçar a importância de uma abordagem multidisciplinar no âmbito das doenças degenerativas e para estreitar os laços de colaboração e partilha de conhecimentos entre especialidades e clínicos/investigadores dos dois países ibéricos.

Oftalmologia | 41 |

Oftalmologia envolvida na deteção precoce de Alzheimer


DITA

Olhar o Mundo | 42 |

A força de um nome

Jeff Solorio e John Juniper começaram a DITA em 1993 porque amavam óculos de qualidade...e porque queriam conhecer miúdas e outros amantes do design na cena de sportswear da Califórnia do sul. Para isso, só podiam criar uma marca poderosa, sem uma falha a apontar. Como as marcas que gostavam e seguiam era produzidas no Japão, também eles se acercaram do país para concretizar as suas peças. Michael Castillo é o designer que define as linhas luxuosas desta DITA e completa a história fabulosa da marca com declarações exclusivas para a LookVision Portugal. Ao conhecer Dita Von Teese, a artista famosa do burlesco, John Juniper sabia que um nome feminino icónico seria perfeito e Dita deu autorização para que se lançasse a insígnia. Aliás, ela protagonizou a primeira campanha e voltou a ser captada para a DITA em 2013. Porém, e embora se julgue que Von Teese e DITA tenham relação, são apenas “bons amigos”. A DITA Eyewear cresceu numa linha só sua, aperfeiçoando a arte de criar e produzir óculos de luxo. A manufatura é a base da reputação de qualidade e inovação da DITA. “Na era da produção de massa e automação, estamos comprometidos em preservar um legado artístico que celebra o imperceptível e que se sente ao primeiro toque”, defende a marca. Entretanto os dois fundadores já se afastaram da DITA, mas o conceito conheceu um reforço poderoso com o CEO Micky Dhillon, que conseguiu associar a marca, por exemplo, à Aston Martin Red Bull Race, fazendo-a aportar na sua paixão automóvel. A prova deste amor é mesmo um dos seus best sellers, Mach series. Esta linha “abraça” o mundo da alta octanagem das corridas de automóveis e dos carros, barcos e aviões mais desejados do mundo. A DITA Mach series materializa-se a partir dos mais avançados métodos de construção e apenas com os melhores materiais, prestando tributo à manufatura destas fabulosas máquinas. A devoção ao luxo da DITA acontece em contratempo com a realidade atual do mercado, mas quem lidera esta casa não abdica dos longos meses passados a aperfeiçoar a armação ideal e no investimento da inovação. Portugal está no mapa desta casa, com investimento crescente, assim como tem acontecido no resto da Europa, onde o sucesso é enorme.


A ótica é a base da sua carreira no design, ou foi a DITA que o atraiu para a área? Estou com a DITA há mais de 20 anos, mas usei muitos chapéus, sonhando sempre em desenhar a minha própria armação. Desenhar esteve presente na minha vida desde a infância e quando o Jeff Solorio me perguntou se queria tentar a área do design eu agarrei a oportunidade. Primeiro fiz rascunhos à mão, mas quando consegui o meu próprio MAC consegui dar nova velocidade à minha carreira. Com um programa de computador que me permitia adicionar reflexos, simular ângulos, superfícies e cores, foi a melhor ferramenta no apoio à execução das minhas ideias. O Micheal é responsável pelos desenhos da DITA há tanto tempo. Teve sempre liberdade criativa? Trabalhei com o Jeff e o John no design pelo menos 15 anos dando o meu contributo na altura, mas acima de tudo ouvindo e aprendendo com as suas ideias, revendo a vasta coleção de armações vintage que o John tinha e olhando para o dia em que conseguiria fazer um modelo todo sozinho. Anos mais tarde “lancei” um design para a mesa deles, 100 por cento meu, e que tinha submetido à produção. Foi especial, não porque era o primeiro, mas porque quando recebi o desenho técnico do produtor para ser aprovado era natal de 2007 e a partir daquele dia tive liberdade para criar.

E como distingue as suas peças das restantes do mercado? A originalidade e a intemporalidade é o que nos motiva: usar um aro de titânio de quatro milímetros nas armações quando o resto das marcas usava metade da espessura; ter o fabricante de lentes a apetrechar-se de novas ferramentas para ser capaz de fazer lentes de base zero porque ninguém na indústria as usava naquela altura e produzir peças em titânio altamente decoradas com pressão de ambos os lados que pôs os nossos fabricantes loucos; fazer desenhos e detalhes, não porque eram diferentes mas sim difíceis e representavam um desafio aos produtores. Para nós isto é incrível e nunca olhámos para o mercado para fazer melhor. Só queremos fazer coisas únicas. De onde vem a inspiração para tanto originalidade e luxo? De tudo, de todos e de todo o lado! É demasiado difícil especificar uma razão apenas. Agora mesmo, estou a olhar para um imagem de um famoso ladrão de bancos na nossa parede inspiracional. Depis é como se aplica a inspiração e conseguir aplicá-la no desenho e isso impele o ciclo da criatividade. Claro que viajar ajuda!

Olhar o Mundo | 43 |

Michael Castillo na primeira pessoa


Adaptação de lentes de contacto em 2018 Como acontece anualmente desde 2007, Portugal participou no inquérito global de adaptação de lentes de contacto coordenado pela Universidade de Manchester e que tem na Universidade do Minho o seu ponto de ligação com o nosso país. Esta é uma excelente oportunidade para analisar a evolução na adaptação de lentes de contacto a nível global. Este artigo resume alguns dos principais resultados na perspetiva dos 12 anos consecutivos: 2007-2018. Para efeitos de comparação foram identificados dez países europeus e noutros continentes o que mostra importantes assimetrias na prescrição destes dispositivos para a correção visual. Confirma-se que em Portugal a prescrição de lentes de contacto acompanha ou até excede aquilo que se faz de melhor a nível global quer no que diz respeito aos materiais, geometrias e sistemas de uso e manutenção. Texto: José M. González-Méijome, Phil B. Morgan e colaboradores(*) Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) – Universidade do Minho

Optometria | 44 |

(*) Colaboraram com o envio dos inquéritos em 2018 e deram autorização: António Mateus (Nacional Óptica de Odivelas); Gerson Brasil; Inês Lima (Jaime Oculista); João Palricas; Miguel Faria-Ribeiro; Marta Correia (Centro Óptico de Tadim); Cláudia Vieira (Óptica Queirós); Patrícia Godinho; Filipe Alcides.

Foram publicados em janeiro de 2019 na revista Contact Lens Spectrum (1) os resultados do inquérito internacional à adaptação de lentes de contacto. Este inquérito é aplicado anualmente desde o ano 2000, e consiste em compilar as primeiras dez adaptações consecutivas que cada profissional envia para uma base de dados centralizada pela Universidade de Manchester e que conta atualmente com mais de 383.000 adaptações. Os dados relativos a 2018 incluíram resultados de 47 países, 33 dos quais reportaram dados de 100 ou mais adaptações, incluindo Portugal. Ao todo em 2018 foram reportadas 24.131 adaptações. Portugal participa neste inquérito desde 2007,(2-12) e a Universidade do Minho obtem dados regulares sobre o padrão de prescrição e uso desde 2006.(13) Como em cada ano, foi feita uma atualização destes parâmetros na Jornada Técnico-científica de Contactologia CONTACTUM na Universidade do Minho no dia

5 de fevereiro de 2019 em que se reuniram mais de 275 profissionais e estudantes. No relatório anual são apresentados os resultados para aqueles países que reportem pelo menos 100 adaptações, sendo que a análise detalhada às lentes de contacto rígidas permeáveis aos gases requer que pelo menos tenham sido reportadas 35 adaptações. Na figura 1 mostra-se a distribuição geográfica dos países analisados nesta comparação. Os critérios para a seleção destes países foi ter um seguimento mínimo de dez anos consecutivos e uma distribuição diversificada na Europa e no Mundo. Foram selecionados os seguintes: Austrália (AUS); Bulgária (BG); Canadá (CA); Espanha (ES); Japão (JP); Holanda (NL); Noruega (NO); Portugal (PT); Taiwan (TW); Reino Unido (UK); Estados Unidos da América (USA). A tabela 1 mostra os resultados para os 11 países analisados e a média para os 33 países incluídos no relatório de 2018.

Figura 1. - Foram selecionados mais dez países para além de Portugal para comparar as tendências na adaptação de diferentes tipos de lentes de contacto. AUS: Austrália; BG: Bulgária; CA: Canadá; ES: Espanha; JP: Japão; NL: Holanda; NO: Noruega; PT: Portugal; TW: Taiwan; UK: Reino Unido; USA: Estados Unidos da América.


•• Es t e inquér ito é aplicado anualm ente desde o ano 2000, e consiste em compilar as pr imeir as dez a d a p t a ções consecutivas que cada pr ofissional en v ia par a um a base de dados centr alizada pela Un iv ersidade de Manchester (. . . ) ••

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Materiais Desenho

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Média

ADAPTAÇÕES REPORTADAS

381

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3186

772

3762

913

564

108

627

1176

192

Novas adaptações LCH

87%

80%

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77%

94%

66%

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Readaptações de LCH

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7%

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33%

32%

8%

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26%

12%

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3%

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Silicone hidrogel

76%

80%

81%

43%

50%

86%

51%

65%

15%

76%

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Esférico

39%

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47%

Tórico

18%

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37%

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4%

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Anti-miopia

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Outros

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Diária

64%

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37%

57%

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63%

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56%

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5%

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6%

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4%

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13%

29%

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1%

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40%

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3-6 meses

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Anual

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Não programada

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Uso prolongado (UP)

7%

5%

2%

20%

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3%

31%

3%

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4%

5%

8%

UP com silicone hidrogel

100%

85%

82%

33%

50%

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97%

89%

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93%

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64%

Soluções multipropósito

87%

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75%

91%

84%

81%

91%

74%

99%

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94%

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Presbíopes multifocal / monovisão

38% /30%

61% /0%

50% /13%

71% /1%

26% /1%

62% /5%

47% /24%

93% /0%

15% /15%

47% /19%

38% /35%

46% /9%

Baixo teor de água (<40%) Médio teor de água (40-60%) Alto teor de água (>60%)

Tinte cosmético Multifocal/monovisão

1-2 semanas Substituição

BG

Mensal

*tabela produzida a partir de resultados publicados em: Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, Efron N, Jones L. et al. International contact lens prescribing in 2017. Contact Lens Spectrum. 2019; January: 27-31. Tabela 1. - Distribuição da adaptação de lentes de contacto hidrofílicas em 11 países e média global dos 33 países analisados no relatório do ano 2018.

Optometria | 45 |

DADOS 2018


Optometria | 46 |

Em 2018 observou-se a consolidação das tendências observadas nos últimos anos. No que diz respeito a Portugal, destaca-se o aumento da penetração da adaptação de lentes de contacto descartáveis diárias (figura 2) que já representam quase 50 por cento do total de lentes de contacto hidrofílicas adaptadas, enquanto que em 2014 representavam metade deste valor (menos de 25 por cento). Um outro aspeto a destacar é a adaptação de lentes de contacto tóricas, que em Portugal tem representado na última década mais de 40 por cento, sendo por isso um caso de referência internacional habitual. Nos últimos dois anos tem-se observado uma diminuição na adaptação deste tipo de lentes (figura 3) que será preciso continuar a acompanhar uma vez que se espera que na população que usa lentes de contacto hidrofílicas seja essa a prevalência de astigmatismo igual ou superior a 0,75D e que deveria ser corrigido com lente tórica. Globalmente tem-se observado um aumento neste tipo de adaptações desde 2015, aproximando-se dos 40 por cento para a totalidade dos países em análise.

Figura 2. - Percentagem de lentes de contacto hidrofílicas descartáveis diárias adaptadas em Portugal e noutros dez países entre 2007 e 2018. A linha tracejada

Figura 4. - Percentagem de lentes de contacto de silicone hidrogel adaptadas em Portugal e noutros dez países entre 2007 e 2018. A linha tracejada representa a média global dos mais de 30 países considerados em cada ano.

Um outro aspeto em destaque nos últimos anos tem sido a evolução da adaptação de lentes de contacto para a compensação da presbiopia. Neste domínio, Portugal tem assistido a um aumento significativo, desde menos de 10 por cento até 2010 para mais de 20 por cento em 2018 embora ainda muito distante da Noruega ou Austrália que se aproximam dos 40 por cento das lentes hidrofílicas adaptadas (figura 5). Apesar de a adaptação de lentes de contacto a presbita ainda ser metade do que se prescreve na Noruega ou Austrália, na última linha da tabela 1 pode observar-se que em Portugal praticamente a totalidade das lentes adaptadas a esses pacientes são lentes multifocais ou bifocais, enquanto que a monovisão ainda representa uma fração importante das adaptações a estes pacientes em países como Austrália, Noruega ou Estados Unidos.

representa a média global dos mais de 30 países considerados em cada ano.

Figura 5. - Percentagem de lentes de contacto hidrofílicas utilizadas para a compensação da presbiopia adaptadas em Portugal e noutros dez países entre 2007 e 2018. A linha tracejada representa a média global dos mais de 30 países consiFigura 3. - Percentagem de lentes de contacto hidrofílicas tóricas adaptadas em

derados em cada ano.

Portugal e noutros dez países entre 2007 e 2018. A linha tracejada representa a média global dos mais de 30 países considerados em cada ano.

Em Portugal entre 2013 e 2018 a percentagem de lentes de contacto de silicone hidrogel estabilizou entre os 65 e 70 por cento. Globalmente quando se consideram os mais de 30 países incluídos em cada edição ainda se assiste a um aumento significativo nos últimos três anos, resultado da adopção destes materiais por parte de países onde ainda representavam uma quota de adaptação baixa.

Esta realidade também é bem patente quando se analisa o perfil de idade dos usuários, que nesses mesmos países se aproxima dos 40 anos, enquanto em Portugal a idade dos utilizadores tem registado um modesto aumento de 30 para 32 anos entre 2007 e 2018 (figura 6). Esta estabilização pode não ser da responsabilidade exclusiva de o aumento de uso de lentes de contacto na população presbita (tipicamente acima dos 40-45 anos) não ser tão elevada como noutros países. Para manter a idade média dos usuários


em níveis mais baixos em Portugal comparado com outros países como Reino Unido, Holanda, Noruega, Canadá ou Estados Unidos poderá também contribuir um maior número de usuários jovens, e o aumento das adaptações com propósito de controlo da progressão da miopia em crianças e adolescentes (tabela 1).

dez países entre 2007 e 2018. A linha tracejada representa a média global dos mais de 30 países considerados em cada ano.

Este tipo de estudos tem limitações importantes, uma vez que as adaptações analisadas são um número reduzido e que não se pode considerar representativo da globalidade das lentes adaptadas no país. No entanto, uma vez que esta metodologia é replicada anualmente de igual modo, a série de dados obtidos ao longo do tempo (12 anos consecutivos no caso dos países em estudo), permitem observar as tendências cronológicas e delas tirar as conclusões apresentadas. Contudo, Portugal tem vindo a reduzir o número de adaptações reportadas. Por isso apela-se a todos os profissionais que adaptam lentes de contacto para que submetam as suas dez próximas adaptações consecutivas para poder aumentar a representatividade dos dados recolhidos e que estes representem mais fielmente a realidade clínica da prescrição de lentes de contacto no nosso país. Para colaborar podem visitar as páginas lookvisionportugal. pt e http://ceorlab.wixsite.com/ceorlab/services onde podem aceder ao formulário a preencher. Em resumo, a adaptação de lentes de contacto em Portugal como no resto do mundo está dominada pelas lentes hidrofílicas, das quais mais de 60 por cento são de material silicone hidrogel e perto de 50 por cento são lentes descartáveis diárias. As lentes tóricas representam perto de 40 por cento das adaptações realizadas, a compensação da presbiopia ainda não dá resposta à expectável procura decorrente do aumento de usuários de lentes de contacto acima dos 45 anos. Por último, começa a notar-se um aumento expressivo das lentes de contacto adaptadas com propósitos de retenção da progressão da miopia que já representam em Portugal um 5 por cento das lentes adaptadas em 2018. Inquérito sobre a adaptação de lentes de contacto (LC) 2019 Por favor, partilhe o inquérito com outros profissionais a quem possa interessar Por favor, responda às perguntas, e posteriormente anote os resultados das primeiras 10 adaptações de LC

Em que data recebeu este inquérito?

Habilitações

Há quantos anos ...?

__: Optometrista __: Oftalmologista __: Outro (______________)

Se formou:____ Adapta LC:____

Em que tipo de empresa exerce a atividade? (marque a correcta) Consultório/óptica Independente Grupo Grupo (1 – 9 centros) (10 – 49 centros) (> 50 centros)

Pode consultar a versão Word ou PDF bem como os relatórios de anos anteriores em: http://ceorlab.wixsite.com/ceorlab/services. Marque apenas uma

Informação Geral1

Data

Idade

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 Notas explicativas

Sexo

Lentes rígidas e RPG

Nova Readap adaptaç Escleral PMMA -tação ão

RPG Dk <40

RPG Dk 40-90

RPG Dk >90

Marque apenas uma

Marque várias se for preciso

Lentes moles2

Desenho da Lente3

Hidrogel Hidrogel Hidrogel Silicone Multifoc Monovis Cosméti Std. Controlo Esférica Tórica Outra <40% 40-60% >60% hidrogel al ão ca/Cor OrtoK miopia

Marque apenas uma

1 mês

3-6 meses

Marque uma

Marque apenas uma

Vezes que usa Modalidade5 Sistema Manutenção as lentes Não Uso cada 12 Uso Multiuso PeróNenhu progra- semana prolong Outro meses /única xido m diário 4 mado ado

Substituição

1-2 Diário semana s

Referências: 1. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2018. Contact Lens Spectrum. 2019; January: 27-31. 2. Morgan P, Woods CA, Jones L, et al. International contact lens prescribing in 2007. Contact Lens Spectrum. 2008; January: 36-41. 3. Morgan P, Woods CA, Jones D, et al. International contact lens prescribing in 2008. Contact Lens Spectrum. 2009; February: 28-32. 4. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2009. Contact Lens Spectrum. 2010; February: 30-36 5. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2010. Contact Lens Spectrum. 2011; January: 30-35. 6. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2011. Contact Lens Spectrum. 2012; January: 26-31. 7. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2012. Contact Lens Spectrum. 2013; January: 26-31. 8. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2013. Contact Lens Spectrum. 2014; January: 30-35. 9. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2014. Contact Lens Spectrum. 2015; January: 30-35. 10. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2015. Contact Lens Spectrum. 2016; January: 28-33. 11. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2016. Contact Lens Spectrum. 2017; January: 28-32. 12. Morgan P, Woods CA, Tranoudis I, et al. International contact lens prescribing in 2017. Contact Lens Spectrum. 2018; January: 28-32. 13. González-Méijome JM, Jorge J, Almeida JB, Parafita MA. Contact lens fitting profile in Portugal 2005: strategies for first fits and refits. Eye & Contact Lens Science & Clinical Practice. 2007;33:81-88.

Optometria | 47 |

Figura 6. - Idade média dos usuários de lentes de contacto em Portugal e noutros

•• Contudo, Por tugal tem vindo a reduz ir o núm ero de adaptações repor tadas. Por isso apela- se a t od os os pr ofissionais que adaptam len t e s de contacto para que submetam as suas 1 0 pr óx im as adaptações consecutivas par a poder aum ent a r a r epresentatividade dos dados recolhidos ••


Art’n’Eyes | 48 |

Música que salta à vista

“Os meus óculos de sol…uuuuhuh”. O verão está aí e quem não conhece esta música de Madalena Iglésias? Virtualmente ninguém. E os óculos não olham a estilo musical. Eles escondem a mágoa nas letras de Johnny Cash e até Marylin Manson faz uma ode (quem diria?) aos óculos em forma de coração. Os óculos já há muito que deixaram de ser um simples acessório. Como não? Afinal, são eles que definem estilos, que redefinem rostos, dissimulam desgostos, iluminam contornos e apuram personalidades. São uma extensão de quem os usa. E na música, eles não estão só presentes no que se canta, mas sobretudo em quem canta. Aceitemos o desafio de pensar num ícone pop ou rock. Dez segundos em contagem. E quem não recorda, quase de imediato, dos rostos emoldurados por armações que fizeram história? John Lennon, Bono Vox, Elton John, Diana Ross, David Bowie, Lady Gaga, Stevie Wonder, Kanye West ou Pedro Abrunhosa e Anselmo Ralph. Texto: Mariana Teixeira Santos

Os óculos, a cultura da imagem A ligação entre a música e o eyewear existe desde que existem óculos. Tão simples quanto isso. Um músico usufrui, de certa forma, da tão ambicionada eternidade. Porque as músicas ficam, perduram no tempo. É a arte do etéreo, do imaterial. E numa sociedade marcada pela cultura da imagem e em que os músicos emergem como ídolos e trendsetters, o material também permanece. Já não ligado a nada, mas como o último reduto, como a ligação possível à impossibilidade. Exemplo disso é o valor astronómico que os famosos óculos redondos de John Lennon atingiram num leilão em 2011. Nada menos do que dois milhões de dólares. A imagem dos óculos ensanguinhados do assassinato de John Lennon foi também usada numa campanha anti armas liderada pela sua companheira e artista Yoko Ono. O que é apenas um par de óculos é também o último olhar do carismático membro dos Beatles. É o material imortalizado. E Bono Vox. Como dissociar o líder dos U2 da sua máscara dourada com a assinatura Emporio Armani? Depois de termos passado grande parte dos anos ‘90 e 2000 a conhecer as preferências multifacetadas de Bono Vox no que toca ao eyewear,


Diana Ross também definiu tendências com as suas escolhas amplamente oversized e em que a cor circunscreveu uma linguagem artística. Os seus óculos redondos com armações amarelas afirmaram os anos ’60. Ray Charles é outro dos nomes incontornáveis deste itinerário de estilo. Considerado uma das melhores vozes de sempre, Ray Charles perdeu a visão aos sete anos, mas o mundo do espetáculo sempre o conheceu através dos seus modelos de lentes escuras. Armações ovais ou retangulares que emolduraram a voz que nos deu clássicos memoráveis como Hit the road Jack.

De Pedro Abrunhosa a Lady Gaga Em Portugal, não há competição para Pedro Abrunhosa, que surgiu, em 1994, com os seus óculos de sol finíssimos no lançamento do álbum Viagens e, desde então, nunca mais retirou a máscara. Passaram-se 25 anos e Abrunhosa já fez dos óculos que escolheu para “esconder a timidez” uma marca e um reflexo das mais variadas tendências. Quem não lhe fica atrás, na fama e na diversidade de óculos de sol que exibe, é o angolano Anselmo Ralph. O cantor sofre de “miastenia grave”, que causa fraqueza e fadiga anormal dos músculos voluntários, como é o caso das pálpebras. E o desfile de famosos no mundo da música que usam óculos como objeto performativo não se fica por aqui. Nomes como o rapper norte-americano Kanye West ou Lady Gaga não primam pela sobriedade no que toca ao olhar. Um dos modelos que mais caracteriza Kanye West é o chamado shutter shades, algo que poderá ser traduzido como sombras de estore, originalmente desenhado por Alain Mikli. Quem conhece Lady Gaga não fica indiferente às suas escolhas vanguardistas. Um arrojo que a levou a conceber a sua própria coleção de óculos de sol em parceria com a Versace. Cores, formas inesperadas e a expressão dramática do brilho recriam no olhar o universo destes ícones que marcam a história da música atual. Para que a música seja vista.

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seria só em 2014 que o vocalista viria a admitir que sofre de glaucoma. O músico lançou ainda a sua própria linha de óculos de sol para ajudar a combater os problemas de visão junto das populações mais carenciadas. E numa altura em que o remake do clássico Rei Leão chega aos cinemas nacionais, como não voltar atrás no tempo e recordar Elton John ao piano a cantar Can You Feel the Love Tonight? Foi em 1994 e Elton John tocou ao vivo na cerimónia dos Óscares, onde arrebatou a estatueta para melhor canção original. O modelo de óculos, a fazer lembrar os de John Lennon, estava longe de fazer jus à excentricidade que sempre caracterizou o cantor, que nos anos ’70 e ’80 marcou, em definitivo, o arrojo na escolha dos modelos. Formas sobredimensionadas, cor ao limite, detalhes extravagantes como palmeiras e rococós faziam dos óculos de Elton John parte do seu estatuto, da sua persona. No seu rosto, os óculos não eram um simples acessório, eram parte da performance. A visão performativa marcou também as escolhas de David Bowie. A preferência pelas formas arredondadas do vídeo de Space Oddity evidenciam a tendência que marcou o final da década de ’60. Lentes coloridas, estilo aviador, modelos oversized, cor sem contemplações marcaram as preferências do eterno Major Tom.


Associação internacional reforça o papel dos optometristas nos cuidados de saúde da visão Falta de controlo da diabetes pode provocar retinopatia

Opinião | 50 |

Texto: Raúl Sousa, Optometrista e Presidente da APLO

Segundo a organização Retina International, os optometristas têm uma oportunidade única na educação para a saúde e aconselhamento de pacientes com diabetes e pré-diabetes. Esta oportunidade provém da sua preparação para a prestação de uma gama abrangente de cuidados visuais incluindo a avaliação ocular e da visão, monitorizando problemas da visão, diagnosticando e prescrevendo lentes oftálmicas e de contacto, entre outras funções. Adicionalmente referenciam os seus pacientes para cuidados especializados adequados que possam ser necessários, assim como intervêm na reabilitação e preservação da função visual. Desta forma, contribuem significativamente para reduzir o risco de perda de visão, providenciando um acompanhamento abrangente, que inclui um exame de fundo do olho, diagnóstico atempado, e encaminhamento para a especialidade de oftalmologia nos casos em que se confirma a presença de retinopatia. Por este motivo, os optometristas assumem hoje um papel-chave na prevenção, diagnóstico e acompanhamento da retinopatia diabética. Esta é uma conclusão retirada da posição oficial da associação Retina International, que visa reforçar a importância dos optometristas na gestão da saúde visual do paciente diabético. “Na Europa, os optometristas são o primeiro ponto de contacto para muitos pacientes com dificuldades de saúde visual, e nos EUA, os doutores de optometria estão na linha de frente dos cuidados oculares e da saúde da visão, fornecendo dois terços

de todos estes cuidados preliminares à comunidade.” A retinopatia diabética é uma manifestação ocular da diabetes que afeta a retina, parte do olho responsável pela captação das imagens e envio das mesmas para o cérebro. O seu aparecimento está relacionado com o tempo de duração da diabetes e com a falta de controlo dos níveis de glicemia no sangue. Na maioria dos casos, esta doença afeta ambos os olhos e, se não for diagnosticada e tratada precocemente, pode levar a cegueira. Estima-se que 40 por cento dos diabéticos desenvolvem retinopatia, sendo esta a principal causa de cegueira em pessoas com menos de 60 anos. O optometrista desempenha um papel importante na educação e incentivo à mudança no estilo de vida, evitando a retinopatia e, dessa forma, evitando o recurso subsequente ao especialista em retina. O optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão, segundo a Organização Mundial da Saúde. O seu âmbito de prática não se limita ao diagnóstico, prescrição, terapêutica e reabilitação da condição visual. Também desempenha um papel de relevo na investigação e inovação científica para a implementação de prática clínica baseada em evidência científica e na educação e promoção da saúde. O artigo pode ser consultado em: http://retina-ded. org/eye-care-and-support-for-diabetes-eye-disease/the-role-of-the-optometrist-in-diabetes-and-diabetic-eye-disease-management/

Sobre a APLO A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) representa os Optometristas, a maior classe profissional de prestadores de cuidados para a saúde da visão, em Portugal. Atualmente conta com cerca de 1.145 membros. A APLO é membro Fundador da Academia Europeia de Optometria e Ótica, membro do Conselho Europeu de Optometria e Ótica e membro do Conselho Mundial de Optometria. Para mais informações, consulte: www.aplo.pt

Sobre a Retina Internacional Há quase 40 anos, a Retina International (RI) tem sido a voz de grupos voluntários constituídos por pacientes, instituições de caridade e fundações em todo o mundo que financiam e apoiam a pesquisa em retina na procura da cura para a retinite pigmentar (RP), degeneração macular, síndrome de Usher e distrofias retinianas associadas.



OBRIGADO

ANO CONSECUTIVO A MERECER A SUA CONFIANÇA

6 201

8

Tão importante como ver, é saber olhar. É por isso que a MultiOpticas olha pela visão dos portugueses há mais de 30 anos. E há 7 que somos premiados com a sua confiança - os mesmos da existência da categoria de Ótica nesta votação. É sempre bom ter alguém que confia em nós.

Obrigado pela sua confiança.


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