EM FOCO
Fev/Mar 08 Ano I • nº 5 Publicação Bimestral R$ 10,00
A revista do negócio de lubrificantes
Óleos Básicos Uma visão detalhada sobre óleos básicos no Brasil e no mundo e os processos de produção envolvidos.
Óleos Sintéticos Tecnologia ou marketing? Qual a diferença entre o óleo sintético e o mineral?
Editorial A América do Sul passa por um momento político bastante conturbado e sensível, que tem trazido preocupação e demandado muita atenção por parte dos governos da região. Por outro lado, o crescimento de países como Brasil, Argentina e Bolívia tem colocado o tempero de otimismo tão necessário ao desenvolvimento industrial das nações. Podemos ver no noticiário internacional números bastante expressivos para a indústria automobilística no chamado Cone Sul, e isso traz, conseqüentemente, um aumento também significativo da demanda por lubrificantes, embora ainda seja muito comum encontrar os números sul-americanos inseridos na quota de “outros”, quando o assunto é lubrificantes. Tal como na política, o Brasil tem o potencial para ser um elemento agregador e liderar um processo de desenvolvimento tecnológico e de troca de informações também no setor de energia. O Gás Natural e o Biodiesel, assim como as usinas hidrelétricas, já são realidades que demonstram esse potencial e são objetos de estudos de interesse comum que realçam a necessidade da busca por entendimento e acordos técnicos e comerciais importantes. E quanto aos lubrificantes? O que sabemos com segurança sobre os mercados que nos cercam, seus volumes, sua qualidade, suas regulamentações legais e políticas específicas do setor é muito pouco ou quase nada, a não ser por algumas empresas internacionais que operam em vários países e deles nos passam suas visões. Um segmento que precisa acompanhar de perto a tecnologia aplicada em equipamentos industriais, que afeta e é afetado por legislações ambientais cada vez mais restringentes, que é sensível a problemas de abastecimento e a situações críticas de comércio exterior, e também em que se investe grande soma de dinheiro em pesquisa, tem a necessidade de aprofundar cada vez mais o intercâmbio de conhecimento dentro de uma região geográfica específica como a América do Sul. Temos a certeza de que os principais agentes do setor de lubrificantes têm a consciência da importância do debate e da interação em nosso continente, tanto em tecnologia como nas áreas regulatórias de qualidade e meio ambiente. Assim, cresce a expectativa de assistirmos em breve à realização prática desse ideal.
Os editores
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Redação Tatiana Fontenelle
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Sumário 6
Entrevista com Djalma Mello
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Óleos Sintéticos • Tecnologia ou marketing?
Coordenador do Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes da Engenharia de Materiais da General Motors do Brasil e representante da América Latina, Oriente Médio e África do Sul para combustíveis e lubrificantes.
Que tipo de óleo devo usar? Quando devo trocá-lo? Quais os tipos de óleo de motor? Qual a diferença entre o óleo sintético e o mineral?
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Óleos Básicos
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Verniz em Sistemas Hidráulicos
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Viscosidade será determinada com maior precisão e exatidão
Uma visão detalhada de óleos básicos no Brasil e no mundo e os processos de produção.
Apesar de ser uma prática aceita pelos usuários, é realmente necessária a troca ou limpeza das servo-válvulas nos equipamentos hidráulicos?
IPT pretende contribuir com a qualificação e a harmonização de métodos de medição utilizados pela cadeia industrial do Petróleo.
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Notícias Rápidas Programação de Eventos
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Djalma
Mello
por Tatiana Fontenelle
É Coordenador do Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes da Engenharia de Materiais da General Motors do Brasil e representante da América Latina, Oriente Médio e África do Sul para combustíveis e lubrificantes. Além de Mestrando em Ciências dos Materiais no IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – USP, é também coordenador e professor da FASB Faculdade de São Bernardo do Campo.
m dos nomes mais respeitados no setor técnico da indústria automobilística, Djalma Mello, tem proferido palestras em simpósios de lubrificantes e combustíveis e fala com a autoridade de quem estuda e trabalha com motores e materiais automotivos há muitos anos. Lubes em foco - A Indústria Automobilística demonstrou nos últimos anos um fôlego invejável com muito bons resultados. Podemos dizer que, em termos de qualidade e desenvolvimento tecnológico, houve também um avanço na indústria? Djalma Mello - Esse fôlego é resultado de um somatório de ações de várias áreas, como Marketing/Vendas, acompanhado de um avanço na área técnica com relação a novos desenvolvimentos que hoje são globais, trazendo um atrativo maior para o consumidor. Há ainda a flexibilidade técnica de nossa engenharia que se soma ao rigor de nosso departamento de qualidade, cada vez mais apurado e com novas técnicas. Lubes em foco - O carro flex, que pode utilizar tanto álcool como gasolina ou misturas desses combustíveis, tem alguma exigência especial quanto ao lubrificante? Djalma Mello - Até o momento, através de acompanhamento dos testes de durabilidade em regime city trafic, as análises dos óleos de motor não justificam a necessidade de uma aditivação diferenciada no óleo lubrificante. Como é de conhecimento global o combustível oxigenado, portanto não fóssil, não apresenta boa lubricidade para o sistema, porém os impactos
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para o motor/veículo, como emissões, durabilidade, dirigibilidade e fuel economy (economia de combustível), não justificam a existência de um óleo de motor específico para o carro flex. Lubes em foco - Ainda existe alguma dúvida da maioria dos usuários de veículos quanto ao uso ou não de óleos sintéticos ou semi-sintéticos em seus carros. Na verdade, o próprio conceito de sintético não é perfeitamente definido. As montadoras têm alguma posição sobre esse assunto? Djalma Mello - Cada montadora utiliza um critério para validação/homologação do óleo de motor para 1º enchimento. Quanto à utilização de um óleo sintético ou semi-sintético, um conselho que julgo importante para o consumidor é verificar, quando da compra do seu veículo novo , qual é o óleo de motor que vem recomendado. É comum a montadora, em seus manuais, especificar o óleo de motor a ser utilizado, principalmente o grau de viscosidade SAE recomendado, bem como, e principalmente, o grau de desempenho. Existe uma tendência mundial nas especificações atuais para a utilização de óleos de baixa viscosidade e com requisitos de desempenho rigorosos, por exemplo fuel economy. Portanto, características típicas de óleos sintéticos e/ou básicos especiais são necessárias. Lubes em foco - O óleo de primeiro enchimento, aquele que já vem com o carro da fábrica, tem alguma especificação diferente dos comumente encontrados no mercado? Djalma Mello - Na maioria dos casos não há diferença, porém torna-se necessário fazer um upgrade na especificação por se tratar de um motor verde.
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Existe uma tendência mundial nas especificações atuais para a utilização de óleos de baixa viscosidade.
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...a mínima contaminação de Biodiesel no óleo de motor poderá descaracterizar este óleo.
”
Lubes em foco - Existe preocupação da Indústria Automobilística com relação aos efeitos do biodiesel no óleo lubrificante?
”
Djalma Mello - Existe. E muitas análises estão sendo realizadas, principalmente com relação à contaminação do biodiesel no óleo de motor. Por se tratar de um combustível resultante de uma transesterificação (produto com elevada massa molecular), a mínima contaminação de Biodiesel no óleo de motor poderá descaracterizar este óleo. Lubes em foco - E quanto à gasolina aditivada? Qual a posição das montadoras? Djalma Mello - Acredito que a maioria das montadoras recomendam a utilização de gasolina aditivada, utilizando, inclusive, os parâmetros para combustível publicado no World Wide Fuel Chart, onde, na especificação da gasolina são colocados os requisitos para avaliação de produto com aditivo detergente/dispersante. Lubes em foco - A partir de 30 de abril deste ano, não mais será permitida a comercialização de óleos de grau API SE, CD ou de mais baixa qualidade. Como o Sr. vê essa posição tomada pela ANP ? Djalma Mello - Excelente, pois é salutar para o motor e para o meio ambiente (sociedade). Lubes em foco - Na sua opinião, o mercado consumidor é satisfatoriamente abastecido de informações técnicas sobre lubrificantes, tanto por parte dos produtores quanto por iniciativas independentes? Djalma Mello - Não. As informações técnicas sobre lubrificantes são completas, porém a didática utilizada terá que ser melhorada para atingir o público alvo, de forma que o consumidor entenda a importância da utilização do lubrificante correto em seu veículo. Lubes em foco - o IBP e a AEA estão organizando um simpósio sobre lubrificantes para outubro deste ano. O Sr. acredita que os países do continente Sul-Americano têm como convergir em relação a especificações de lubrificantes automotivos? Djalma Mello - Acho que essa iniciativa será muito proveitosa e possível. Também acredito que deveríamos trabalhar para convergimos em relação às especificações de lubrificantes automotivos, de forma análoga ao que já ocorre em outros continentes como, por exemplo, na União Européia. 7
óleos
sintéticos tecnologia ou
?
marketing
por Tatiana Fontenelle
uitos motoristas vivem ou já viveram este dilema. Iniciante ou não, no momento de trocar o óleo do seu carro, a dúvida aparece frente a uma série de produtos oferecidos pelo mercado: Que tipo de óleo devo usar? Quando devo trocá-lo? Quais os tipos de óleo de motor? Qual a diferença entre o óleo sintético e o mineral? Afinal o que é o semi-sintético? Conforme já discutido em números anteriores da Lubes em Foco, o grau de desempenho de óleo lubrificante está diretamente relacionado com as especificações que ele atende. Assim, surgem os graus API, ACEA e as especificações exclusivas de fabricantes de veículos,
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nas quais a quantidade de aditivos e algumas funções deles normalmente variam com a qualidade do produto fabricado. De acordo com o livro Lubrificantes e Lubrificação Industrial, de Belmiro e Carreteiro, os óleos para motor são projetados considerando as seguintes funções principais: • Prevenir contra o atrito e desgaste das peças móveis; • Trabalhar em uma larga faixa de temperatura permitindo uma partida rápida; • Evitar a formação de depósitos na câmara de combustão; • Prevenir contra ferrugem e corrosão; • Neutralizar os ácidos gerados na combustão, resultado do teor de enxofre do combustível; • Evitar a formação de verniz e borra; • Colaborar com a refrigeração do motor; • Vedar os anéis de compressão e não atacar os retentores; • Reduzir choques mecânicos; • Fornecer informações através de sua análise fisicoquímica. A introdução de produtos químicos, chamados aditivos, nos óleos lubrificantes e o conseqüente desenvolvimento tecnológico da indústria química permitiram o acompanhamento, por parte dos lubrificantes, da evolução dos requisitos para exercerem as funções acima descritas. Isso não simplifica muito a vida do consumidor, que ainda tem de escolher a viscosidade do óleo dada pelo grau SAE, que classifica o produto em monoviscoso ou multiviscoso e determina o que os leigos
chamariam de óleo “grosso” ou “fino”. E os números se acumulam na cabeça do usuário. Para complicar um pouco mais, o mercado pode oferecer três tipos de óleos lubrificantes com a mesma classificação API: o óleo mineral, o sintético e o semi-sintético. Na verdade, essa classificação tem foco exclusivamente no óleo básico de que é feito o lubrificante. Dessa forma, temos o óleo mineral que como o próprio nome já diz, é oriundo da destilação do pe-
setor de lubrificantes recomendam sempre que se sigam as especificações dos fabricantes dos equipamentos, mas onde está a palavra sintético nessas especificações? Na verdade, os fabricantes estão focados em dados de desempenho dos produtos nos seus motores e não no tipo de base utilizada neste ou naquele produto. Segundo Cláudio Lopes, gerente de vendas da Afton Chemical, o importante é que o pacote de aditivos e o óleo básico utilizados na formulação tenham
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...o importante é que o pacote de aditivos e o óleo básico tenham passado nos testes de desempenho...
tróleo. Muitas de suas propriedades e qualidades dependem, portanto, da fonte do petróleo cru. O óleo sintético tem sua base “sintetizada”, ou seja, fabricada em reatores químicos, sem a necessidade de utilizar a base mineral. Foi concebido para responder às exigências dos motores mais potentes, ou para ser utilizado a temperaturas extremas e em condições de trabalho muito exigentes. Há ainda o semi-sintético, que possui em sua base um combinado de sintético e mineral, atingindo um meio termo na composição do lubrificante entre os dois tipos de compostos. A grande diferença entre esses óleos é a capacidade da manutenção da estabilidade do produto por mais tempo. Os profissionais técnicos do
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passado nos testes de desempenho exigidos pelas especificações API, ACEA e algumas específicas dos fabricantes de equipamentos. - “Algumas aprovações podem ser obtidas utilizando-se tanto básicos minerais como bases sintéticas; entretanto, outras, tais como as mais modernas, com requisitos mais rígidos de economia de combustível e viscosidade a baixas temperaturas, só conseguem ser alcançadas com a utilização de básicos de Grupo III ou PAO (Polialfaolefinas)” – afirma Lopes. Como o assunto se restringe a uma área técnica específica, em que os resultados de testes e aprovações especializadas são os fatores mais importantes, seria extremamente difícil, para o consumidor comum,
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o perfeito entendimento das diferenças de qualidade dos produtos à venda no mercado. Dessa forma, o termo sintético tornou-se uma utilização comercial e ferramenta de marketing das empresas para uma identificação de qualidade superior. Especialistas do setor acreditam que, no caso do óleo semisintético, que utiliza uma mistura de bases minerais e sintéticas, a situação é um pouco menos clara, uma vez que não existe uma regra técnica ou determinação legal para a proporção de cada componente dessa mistura. - “Na realização dos testes de desempenho em motores, um óleo de base mineral pode ser melhorado com a adição de uma base sintética, na quantidade
chamados de alto desempenho, devido às restrições impostas pelas leis ambientais, principalmente no tocante a emissões veiculares, ao aumento dos intervalos entre as trocas de óleo e à durabilidade do motor. De acordo com Belmiro, um óleo lubrificante é considerado de alto desempenho quando atende às especificações mais avançadas do API nos Estados Unidos e da ACEA na Europa, e oferece os seguintes benefícios: • • • • • •
Melhor controle de depósitos; Melhor proteção contra oxidação; Melhor proteção contra desgaste; Baixo consumo de óleo lubrificante; Maior economia de combustível; Menor custo de manutenção.
“
...temos um valor equivalente a pouco mais de R$ 0,01 (um centavo) por quilômetro rodado...
suficiente para se obter a requerida aprovação, tornando-se dessa forma um produto semi-sintético”, explica o consultor técnico Pedro Nelson Belmiro. Como cada caso é uma situação específica, as proporções podem variar de produtor para produtor, tornando-se impossível uma padronização geral para esse tipo de produto. O fato é que existe uma pressão crescente das montadoras, concessionárias e dos fabricantes de autopeças para a utilização de lubrificantes de qualidade superior,
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”
Belmiro lembra que mais de 70% do desgaste de um motor se dá nos primeiros segundos de funcionamento, quando o equipamento está frio, o óleo lubrificante ainda não atingiu todas as partes móveis, principalmente a parte superior do motor, e o contato metal com metal é inevitável. Com base nessa premissa, as principais montadoras estão recomendando a utilização de óleos com viscosidade cada vez menores, que atingem todas as partes do motor muito mais rapidamente do que os
óleos mais viscosos no momento da partida. Dessa forma, os óleos de viscosidade SAE 5W-xx e 10W-xx são os mais adequados para suprir essa necessidade. O problema principal para esses óleos está em atender às exigências de taxa de evaporação e de resistência à oxidação, o que não é possível com os óleos básicos minerais de grupo I, e em alguns casos nem com o grupo II. Assim, só os óleos chamados de “não convencionais” ou, como queiram os marketeiros, sintéticos e semisintéticos, podem atuar com um filme mais fino e resistente, e manter as propriedades exigidas. Os óleos comercializados como sintéticos e semi-sintéticos são, sem dúvida alguma, de qualidade superior aos óleos de base mineral e, portanto, melhores para a saúde do motor. O problema está no preço que o usuário tem que pagar de uma só vez na troca do óleo. Um semi-sintético pode chegar o dobro do preço de um óleo mineral, enquanto o chamado 100% sintético pode atingir ao dobro do semi-sintético. Como um exemplo prático hoje, podemos encontrar no mercado produto semi-sintético, API-SL e SAE 5W30, na casa dos R$ 20,00 por litro, que pode ser recomendado para um período de troca que pode chegar a 7.500 quilômetros, de acordo com recomendação do fabricante. Segundo José Tyndall, gerente de assistência técnica da FL Brasil, o consumidor, normalmente, não faz as contas do valor gasto no lubrificante por quilômetro rodado, o que pode trazer
Exemplo de Oligômeros: trímero do 1-deceno (C10n + H(20n+2) )
uma outra compreensão sobre a real despesa com esse produto. No exemplo acima, uma troca que consumisse 4 litros de óleo teria um custo de R$ 80,00, mais o valor de um filtro, em torno dos R$ 20,00, perfazendo um total de R$ 100,00. Assim, temos um valor equivalente a pouco mais de R$ 0,01 (um centavo) por quilômetro rodado. No caso do óleo com valor em torno dos R$ 50,00 o litro, o total gasto seria equivalente a R$ 0,02. Nesse mesmo período, o gasto com combustível poderia chegar a R$ 1.200,00 ou R$ 2.400,00 dependendo do tipo de combustível utilizado e da região, o que nos mostra um valor entre R$ 0,16 e R$ 0,32 por Km rodado. Considerando que alguns fabricantes estendem o período de troca do óleo até 15.000 Km, os novos valores seriam bem mais
contundentes. Um mito muito comum existente no mercado é o de que um carro chamado de popular por ter um motor 1.0 pode usar um óleo também popular, ou seja, mais barato. Na verdade, a recomendação técnica é justamente o oposto dessa crença, pois, em se tratando de motores pequenos, trabalhando confinados, com altas rotações e temperaturas para produzir uma
potência relativamente elevada, as exigências sobre o óleo lubrificantes são muito maiores do que para os antigos motores que possuíam maior volume de cárter, maior espaço para refrigeração e geravam potências até menores. De fato, o rótulo de popular é dado somente devido ao preço do veículo que contempla uma redução de impostos para a classe 1.0 de motores. Fontes ligadas às áreas comerciais de algumas empresas consideram que o mercado dos óleos sintéticos no Brasil, um país ainda em desenvolvimento e com uma população com poder aquisitivo relativamente baixo, deve contemplar um volume em torno de 1,5 a 2% do mercado de óleos automotivos, mas apresenta uma tendência de crescimento, devido a fatores ambientais e restrições a emissões veiculares, economia de combustível e à modernização da frota de veículos. Espera-se, contudo, uma maior conscientização não só dos usuários de veículos, na hora de escolher o óleo do seu carro, mas também das empresas que comercializam os lubrificantes e dos órgãos reguladores, no tocante a informações e esclarecimentos aos consumidores.
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Óleos Básicos Por: Gustavo Eduardo Zamboni
l Gore e o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) das Nações Unidas sobre mudanças climáticas ganharam, em 2007, o prêmio Nobel da Paz por seu filme “Uma verdade inconveniente”, que já tinha sido premiado previamente com dois Oscars, um pelo Melhor Documentário e outro pela Melhor Canção, pela Academia Americana de Cinema. Isto mostra claramente a direção que o mundo está tomando. A cada ano, as leis ambientais serão mais estritas e exigirão, das pessoas e empresas, consciência e responsabilidade social e ambiental. Essa nova visão do mundo está exigindo, das empresas produtoras de lubrificantes, óleos básicos de alta qualidade e desempenho. Como conseqüência, é necessário o desenvolvimento de novas tecnologias que aumentem o grau de refino dos básicos e melhorem
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o seu valor agregado. As estritas especificações requeridas para os produtos finais exigem dos básicos: • Produtos de menor viscosidade para aumentar a economia de combustível; • Menor volatilidade para reduzir o consumo de óleo; • Maior estabilidade à oxidação e térmica visando ao aumento do período entre trocas; • Melhoria do desempenho dos lubrificantes, em baixa e alta temperatura, para atingir as especificações requeridas pelas máquinas modernas.
Tipos e classificação de óleos básicos Os óleos lubrificantes minerais podem ser classificados, de acordo com sua origem, em parafínicos,
naftênicos e aromáticos. Como os óleos aromáticos não são adequados para fins de lubrificação, só abordaremos neste artigo os dois primeiros. Esses dois tipos apresentam propriedades peculiares que os indicam para umas aplicações, contra-indicando-os para outras. Não há, pois, sentido em dizer que um óleo é melhor do que outro por ser parafínico ou naftênico. Lembramos, entretanto, que os modernos processos de refino podem modificar as características do óleo. Pode-se, através de uma refinação adequada, melhorar a resistência à oxidação do lubrificante, reduzir seu ponto de fluidez, aumentar seu índice de viscosidade, torná-lo mais claro etc. Para se ter uma idéia da diferença entre os tipos de bases utilizadas em lubrificantes, vemos, na tabela abaixo, o impacto da origem do óleo no índice de viscosidade. Base Lubrificante
Índice de Viscosidade
Óleos minerais naftênicos
50 - 60
Óleos minerais parafínicos
80 - 120
Óleos VHVI (Grupo III )
120 - 150
Óleos de GTL
120 - 144
PAO (Polialfaolefinas)
120 - 170
Atendendo às necessidades de qualidade da indústria automobilística, o API (American Petroleum Institute) nos Estados Unidos e a ATIEL (Association Technique de L’Industrie Europeanne des Lubrifiants) na Europa, adotaram um sistema de classificação, com a finalidade de padronizar as especificações de óleos básicos para todas as refinarias existentes no mundo. Assim, foram adotados três parâmetros como referência: Teor de Enxofre, Teor de Saturados e o Índice de Viscosidade (I.V.).
Classificação de óleos básicos lubrificantes (API) teor de saturados (% peso)
teor de enxofre (% peso)
índice de viscosidade
Grupo I
< ou = 90
> ou = 0,03
80 a 119
Grupo II
> 90
< 0,03
80 a 119
Grupo III
> 90
< 0,03
> ou = 120
Grupo IV Grupo V Grupo VI
Segundo esses critérios, foram criados cinco grupos: Grupo I – Rota Solvente - Os óleos básicos deste grupo são geralmente produzidos pela rota solvente (processos de extração de aromáticos e desparafinização por solvente, com ou sem hidroacabamento) e são os menos refinados da classificação. São uma mistura, não uniforme, de diferentes cadeias de hidrocarbonetos e são utilizados para formular a maioria dos óleos automotivos. Grupo II – Hidrorrefino - Os óleos básicos do Grupo II são produzidos por um processo mais moderno denominado de rota hidrorrefino. São muito utilizados para fabricação de óleos para motor. Tem um desempenho adequado em propriedades como volatilidade, estabilidade à oxidação e ponto de fulgor, porém seu desempenho é regular no que se refere a ponto de fluidez e viscosidade a baixa temperatura. Esses óleos tipo II são produzidos principalmente na América do Norte, onde tem uma participação de mercado de 45%, e na Ásia Grupo III – Hidroprocessamento e Refino - Os óleos deste grupo são produzidos pelo processo de Hidrodraqueamento e, apesar de não terem modificações químicas especiais, têm excelente desempenho em uma grande variedade de propriedades, como uniformidade molecular e estabilidade. São utilizados para fabricação de óleos lubrificantes sintéticos e semi-sintéticos, produzidos principalmente na Europa e na Ásia. Grupo IV – Reações Químicas - Os básicos do Grupo IV são obtidos através de reações químicas das matérias-primas sintéticas, como Poli-Alfa-Olefinas (PAOs). Esses produtos, combinados com aditivos, oferecem um excelente desempenho dos atributos relacionados à lubrificação. Têm uma composição química estável e cadeias moleculares uniformes. Grupo V – Neste grupo encontramos os básicos naftênicos, além de ésteres sintéticos e poliolesteres como poli-isobuteno e poli-alquileno. Esses básicos são principalmente utilizados para desenvolvimento de aditivos e em processos petroquímicos.
PAOs (Polialfaolefinas) ésteres sintéticos / óleos naftênicos / outros PIOs (Poli-internal Olefinas)
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Grupo VI – Foi criado exclusivamente para abrigar um tipo de oligômero de olefina fabricado na Europa, chamado de Poli-internal Olefina (PIO), a fim de simplificar os processos de aprovação. Por questões comerciais, e para atender uma demanda de mercado, algumas refinarias realizaram melhorias nos processos de refino, com vistas a aumentar o Índice de Viscosidade dos produtos finais, embora os teores de enxofre e saturados continuassem enquadrados nos mesmos grupos. Foram criadas então, algumas categorias não oficiais, mas com grande aceitação pelo mercado. São elas: Grupo I+: Ainda com alto teor de enxofre e baixo teor de saturados, mas com condições de processo ajustadas para um I.V. mais elevado, variando entre 100 e 105. Grupo II+: Algumas refinarias, com ajustes nas condições de processo conseguem fazer um grupo II com I.V. na faixa de 110 a 120. Grupo- III+: Não disponível comercialmente ainda. Tendo o gás natural com fonte, é chamado também de tecnologia Gas To Liquid ou simplesmente GTL. Terão um I.V. acima de 140.
O mercado Mundial
produção: 14,1% do total global, enquanto a Petrobras, com 4 plantas, participa com cerca de 2,2 % desse total, ocupando o 8º lugar. Capacidade Instalada Global
Posição
1º
2º
Percentual
...
8º
...
Empresa 14,1%
8,4%
6,2%
...
2,2%
A demanda mundial de óleos básicos, por outro lado, é da ordem de 41 milhões de metros cúbicos por ano, distribuídos como mostrado no gráfico abaixo.
Demanda Mundial de Óleos Básicos Minerais por Grupo Grupo V 10%
Grupo II e III 25%
Apesar de, nos últimos anos, algumas refinarias terem sido desativadas, ainda existem no mundo 147 unidades produzindo básicos dos tipos I a V, com uma capacidade instalada total de aproximadamente 54 milhões de metros cúbicos por ano, distribuídas pelos 5 continentes (Fig. 1). Dentro desse mercado Global, a ExxonMobil é a empresa que apresenta a maior capacidade de Fig 1 : Refinarias por Continente • Quantidade e Capacidade Instalada
14
3º
Grupo I 65%
básicos, através de produção própria, e de 76%, incluindo as importações e revenda de produtos. Em 2006 o Brasil importou um total aproximado de 200.000 m3, dos quais 63% eram importação da Petrobras e 37%, importação de terceiros. Disponibilidade de Óleos Básicos no Mercado Brasileiro 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 m3
A produção de óleos básicos do Grupo I domina ainda o cenário mundial, exceto na América do Norte, onde existe uma forte presença de óleos Grupo II, 45% do mercado local. Japão, Coréia e China dispõem também de grande capacidade de produção dos Grupos II e III. Na América do Sul, a produção de Grupo I chega a 72% do total, sendo os restantes 28% de básicos naftênicos. Embora a capacidade instalada seja maior que a demanda atual, cerca de 13 milhões m3, diversas projeções de mercado apresentam um cenário menos folgado e com menor disponibilidade de básicos no mercado internacional, confirmado com a escassez verificada desde 2005 no mercado internacional.
600.000 400.000 200.000 0 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
anos
O mercado brasileiro
Produção
Atualmente a Petrobras possui uma capacidade nominal de produção de óleos básicos parafínicos do grupo I da ordem de 750.000 m3/ano, divididos por duas de suas refinarias, a REDUC no Rio de Janeiro e a RLAM na Bahia. Com relação aos óleos básicos naftênicos (Grupo V), a empresa tem uma fábrica em Fortaleza – LUBNOR – que possui uma capacidade nominal de produção de 60.000 m3/ano. O Brasil ocupa a quinta colocação mundial em termos de consumo de óleos básicos lubrificantes (1.085.000 m3/ano), e a primeira colocação na América Latina, seguido do México (768.000 m3/ano), Argentina (276.000 m3/ano) e Venezuela (177.000 m3/ano). Participação na demanda de óleos básicos na América Latina Argentina 9%
Importação
Rerrefinados
Fonte: ANP / Petrobras
A partir do ano 2000 as importações brasileiras de óleos básicos cresceram 74%, no entanto, verificamos que a proporção do volume importado por terceiros se manteve relativamente estável entre 30% e 40%. Tudo isso parece simples, porém é importante lembrar que, a medida que aumenta o volume de óleos básicos importados, aumenta geralmente também a quantidade dos fornecedores, acarretando alguns inconvenientes para os fabricantes de produtos lubrificantes. Os básicos provenientes de cada refinaria têm especificações diferentes, o que muitas vezes obriga as empresas a aprovar novas formulações para essas matérias-primas gerando custos adicionais além do tempo necessário para essa aprovação. Obriga também a dispor de maior quantidade de tanques de estocagem, tanto nos clientes quanto nos terminais, para básicos de diferentes origens.
Brasil 36% México 25%
Óleos Básicos Não Convencionais
outros 30%
A Petrobras possui atualmente uma participação da ordem de 64% no mercado brasileiro de óleos lubrificantes
Denominamos assim aqueles óleos obtidos por processos de refino especiais de derivados de petróleo ou pela utilização de síntese a partir do gás natural. Outras tecnologias estão em desenvolvimento, partindo de matérias-primas diversas, porém consideraremos apenas dois tipos de bases que se enquadram nessa categoria. a) Óleos de Alto ou Altíssimo Índice de Viscosidade. Esses óleos são básicos refinados 15
de petróleo que recebem um tratamento severo com hidrogênio, aumentando substancialmente seu índice de viscosidade, obtendo-se um produto com excelente estabilidade à oxidação, sendo o produto final livre de compostos aromáticos. O processo pode ser dividido em três seções principais: 1- Hidrocraqueamento e Saturação; 2. Hidroisomerização; 3. Hidroacabamento. b) Tecnologia GTL (Gas To Liquid): Essa tecnologia converte o gás de síntese em combustível e lubrificante sintético. Muito utilizado pelos alemães na Segunda Guerra Mundial, ficou abandonado até a década de 1990, quando, como resultado de novas descobertas de reservas de gás natural, desenvolvimento de novos catalisadores, restrições ambientais e a alta nos preços do petróleo, estimulou-se sua utilização. Essa tecnologia produz produtos com um grau de pureza extremamente elevado sem sub-produtos indesejáveis. No Brasil, existem grandes ocorrências de gás natural e as rotas GTL podem ampliar a viabilidade econômica para essas reservas.
Processos de Produção A matéria-prima do óleo básico mineral é o petróleo cru. Este passa por vários processos de refino, nos quais componentes indesejáveis como parafina, enxofre ou nitrogênio são retirados. Nesse processo, moléculas de hidrocarbonetos não-saturadas são eliminadas ou convertidas em moléculas mais estáveis.
O óleo cru é primeiro separado através de um processo de destilação a vácuo, em que diversas frações são separadas por faixa de viscosidade. As frações que são destinadas à produção de óleos básicos são processadas usando diferentes combinações dos procedimentos que seguem: • Rota solvente: Este processo tem como objetivo separar os hidrocarbonetos saturados dos não-saturados, e é usado pela maior parte dos produtores de básicos parafínicos, obtendo-se, como resultado, básicos do Grupo I. O processo tem duas etapas: a remoção dos aromáticos pela extração solvente, com o objetivo de melhorar o índice de viscosidade, e a desparafinização por solvente, que procura evitar a cristalização do produto, a baixa temperatura reduzindo o ponto de congelamento. • Hidrotratamento: Converte parte dos hidrocarbonetos não-saturados para saturados com o objetivo de melhorar o rendimento antes da extração por solvente. Esse processo retira grande quantidade de compostos de enxofre e de nitrogênio. Consiste na adição de hidrogênio ao óleo básico em condições de alta pressão e temperatura na presença de um catalisador. Como resultado, o procedimento elimina impurezas, gera moléculas estáveis, melhora a cor e aumenta a vida útil do óleo básico. • Hidrocraqueamento: É um processo sofisticado no qual as moléculas da matéria-prima reagem para formar novos compostos de hidrocarbonetos saturados. O rendimento das moléculas saturadas e muito maior que o alcançado com hidrotratamento e extração por solvente. O processo consiste na passagem da base por um leito com catalisador em condições de alta pressão e temperatura. Dessa forma, as moléculas são quebradas e reagrupadas em compostos mais estáveis. Simultaneamente o enxofre e o nitrogênio são removidos quase na sua totalidade. Parte dos compostos aromáticos formados tem alto índice de viscosidade e baixo ponto de fluidez.
Processo Simplificado de Produção de Óleos Básicos
• Hidroisomerização: Quando usado em conjunto com hidrocraqueamento, transforma as moléculas da matéria-prima em moléculas de hidrocarboneto altamente estáveis. Esse processo acontece em condições de alta pressão e temperatura na presença de um catalisador adequado. Como resultado, se obtém um óleo básico de altíssima qualidade. • Hidroacabamento: É um processo que elimina compostos de nitrogênio e enxofre, melhora a cor da base e sua estabilidade térmica e à oxidação. Ë usada nas mais modernas plantas de produção de óleos básicos como a fase final do processo. Utilizando catalisadores especiais e altíssimas pressões, converte impurezas remanescentes em compostos estáveis e retira os restos de nitrogênio e enxofre.
Tendências mundiais Como resultado do aumento das exigências tecnológicas e ambientais, existe uma tendência
crescente de aumento da produção de óleos básicos dos Grupos II e III, porém é consenso que os básicos do Grupo I ainda terão uma participação representativa no mercado por longo tempo. Isto é resultado de: • Redução do número de refinarias que produzem óleos básicos; • Paradas para manutenção das refinarias existentes; • Projetos de refinarias com hidrocraqueamento, que permitem produzir tanto combustíveis quanto óleos básicos lubrificantes; em épocas de alta volatilidade de preços do petróleo, as empresas priorizam a produção de combustíveis, visando aumentar seus lucros. Analisando outro aspecto, as grandes companhias utilizam suas marcas para desenvolver, nos clientes, percepções de alta tecnologia e excelência em desempenho que, juntamente com as exigências ambientais, cada vez mais restritivas, vêm requerendo a utilização de óleos lubrificantes de maior rendimento. A evolução das especifica17 13
ções para óleos de motor exige, cada vez mais, o uso de básicos de menor viscosidade (menor consumo de combustível), baixa volatilidade (menor consumo de óleo) e melhor estabilidade térmica e à oxidação (extensão do período de troca). Porém, para o desenvolvimento de produtos de baixa viscosidade e baixa volatilidade, tornase indispensável o uso de básicos de alta parafi-
nicidade e alto índice de viscosidade. Essas características são encontradas dentro dos básicos de Grupo IV, as Poli-Alfa-Olefinas, e em óleos minerais obtidos por hidrorrefino, que permite obter tanto básicos minerais do Grupo II com índice de viscosidade entre 95 e 105, quanto óleos não convencionais do Grupo III, com índice de viscosidade maior que 120.
História dos Lubrificantes Cedo na sua história o homem descobriu a importância da lubrificação, ao perceber que o uso de gordura animal ou azeites vegetais facilitava o carregamento de grandes pesos ou reduzia o atrito dos eixos das charretes. Após séculos sem grandes avanços, isto finalmente começou a mudar com o primeiro poço furado, em 1959, em Oil Creek – Pennysilvania, por Edwin L. Drake, que deu início à história moderna da Indústria do Petróleo. Apesar de o petróleo já ser conhecido e utilizado em diversos lugares do planeta, foi a partir dessa perfuração que começou um grande período de desenvolvimento tecnológico e um grande boom de petróleo na região e no mundo, primeiro usando-se o petróleo para iluminação e aquecimento e, posteriormente, desenvolvendo-se novas aplicações para o produto. Após este descobrimento, outros centros também aproveitaram seus recursos, dando início a uma nova indústria, a Indústria do Petróleo. Com o desenvolvimento da indústria automotiva, novas necessidades surgiram. Os primeiros carros utilizavam subprodutos lubrificantes, resultado de
um refino primário, obtidos do petróleo cru refinado para fabricar o combustível, para lubrificar as partes metálicas deslizantes e rotativas dos primeiros motores de combustão interna. Inicialmente cada projetista tinha sua própria especificação, tanto para o combustível quanto para o lubrificante; porém, à medida que aumentou o número de automóveis, ficou evidente a necessidade de padronizar alguns componentes, nascendo assim a Indústria de Autopeças e os Fabricantes de Combustíveis e Lubrificantes, em particular, que logo tiveram uma demanda global do seus produtos. No início da década de 1930, as montadoras identificaram a necessidade de determinar padrões de desempenho de lubrificantes e combustíveis, de forma a poder comercializar seus veículos em qualquer lugar do mundo, sem grandes modificações ou ajustes. Partindo daqueles primeiros lubrificantes à base de petróleo, um longo caminho foi percorrido até os dias de hoje, em que processos altamente sofisticados melhoraram os atributos dos lubrificantes para satisfazer as severas exigências ambientais dos dias de hoje.
O futuro Com certeza podemos afirmar que o futuro nos depara com lubrificantes com maior grau de pureza, baixa volatilidade e uma maior vida útil. Neste cenário, e frente aos novos requisitos ambientais, é provável que a tecnologia GTL ocupará uma posição de grande importância na fabricação de óleos básicos, nos próximos anos, fornecendo produtos de altíssima pureza, excelente desempenho e de reduzido impacto ambiental. Entretanto a disponibilidade de gás natural é que vai determinar o futuro dessa tecnologia. Assim a qualidade dos óleos básicos continuará a evoluir para satisfazer cada dia mais as necessidades do exigente consumidor do século XXI.
Índice de viscosidade: E um coeficiente que mede a variação da viscosidade de um líquido frente à variação da temperatura.
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VERNIZ em Sistemas Hidráulicos
A verdade sobre o combate a seus efeitos prejudiciais
Matéria desenvolvida pela Lubrizol em parceria com a Parker Denison e revisada pela equipe da Lubrizol Brasil
pesar de ser uma prática aceita pelos usuários, é realmente necessária a troca ou limpeza das servo-válvulas nos equipamentos hidráulicos? Freqüentemente alguma válvula tem que ser trocada porque está travada em uma posição, ou não está respondendo como deveria aos comandos. Quando o sistema não está operando com eficácia, resta-nos uma única alternativa: parar a máquina e substituir a válvula. Infelizmente para algumas operações a troca das válvulas é vista passivamente como uma atividade rotineira, e as despesas incorporadas ao orçamento, como custos operacionais. Como alternativa, os responsáveis pela manutenção utilizam sistemas de filtração eletroestático, que podem remover a contaminação, mas não eliminam a causa da formação do verniz, além de serem caros. Além disso, alguns sistemas são suscetíveis à contaminação com água, o que não pode ser resolvido com esta técnica. Uma outra alternativa é a utilização de
A
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sistemas de filtragem mecânica, que não atua diretamente no verniz. Atualmente, o uso de uma nova tecnologia de aditivo nos óleos hidráulicos pode diminuir a necessidade da limpeza ou a troca freqüente das servo-válvulas. E isso é feito de modo a evitar a formação de verniz, além de prevenir o depósito nas superfícies mais críticas. O resultado é uma maior vida útil do componente e um sistema hidráulico limpo, o que melhora a eficiência operacional como um todo. Por dentro da história A principal aplicação do uso de lubrificantes industriais é em equipamentos hidráulicos, e o maior problema em muitas dessas aplicações é a formação de verniz. O que é verniz? Com o envelhecimento do óleo, o fluido degrada por oxidação, decomposição térmica e pelo processo natural de consumo do aditivo. Vale lembrar que a função dos aditivos é provocar a melhoria de desempenho, sendo eles consumidos durante a vida do fluido. A decomposição dos produtos aumenta com o envelhecimento do óleo, eventualmente formando verniz.
Envelhecimento do óleo
22
O verniz possui natureza polar, assim é atraído pelas superfícies metálicas, inclusive das servo-válvulas. Além do mais, ele gera um resíduo pastoso que forma uma superfície rugosa e áspera, e com o tempo se torna um viscoso e aderente verniz. Por que o verniz é prejudicial? Os óleos que sofrem oxidação geralmente não lubrificam como deveriam, o que pode resultar em uma redução do escoamento do mesmo, entupindo filtros, travando válvulas, especialmente as servo-válvulas, aumentando a fricção, dificultando a transferência de calor, conseqüentemente elevando a temperatura de operação. O verniz age como se fosse um isolante, aumentando o fator de incrustação do componente, assim, diminuindo a capacidade de resfriamento do sistema, encurtando a vida dos componentes como válvulas, filtros, bombas, rolamentos e juntas. Resumindo, o desempenho do sistema hidráulico fica comprometido.
• Aumento de barulho; • Diminuição na eficiência volumétrica e mecânica, com um aumento equivalente no consumo de energia; • Ranhuras nas camisas; • Estrago nas juntas dos rotores; • Potencial estrago nos rolamentos. A Parker Denison descobriu que esse fenômeno é mais evidente
Desgaste e oxidação nas palhetas
Ruim também para dutos O Sr. Philippe Parreau, gerente do laboratório do Parker Denison Hydraulics em Vierzon – França, um grande conhecedor dos problemas do verniz nos sistemas hidráulicos de hoje e que lida com o programa de aprovação dos fluidos da empresa, fez essa observação: “O verniz é ruim para bombas, válvulas, e filtros, por exemplo, nas bombas de palhetas de alta performance como as Parker Denison T6H20C, e Parker Denison T7, o verniz pode causar o travamento das palhetas no rotor”. Existem cinco principais conseqüências desse travamento:
em baixas pressões, quando existe um pouco de força centrifuga e baixa pressão no fluido. “No caso dos pistões das bombas, o verniz pode aumentar a fricção do repouso do pistão no prato de desgaste, acarretando vazamentos e possível rompimento. Válvulas travadas causam paradas não programadas durante o uso dos equipamentos, como, por exemplo, nas válvulas reguladoras encontradas nas bombas de pistão. Finalmente, o verniz formado pode causar entupimento dos filtros, acarretando alto uso dos reservatórios dos mesmos, aumentando os custos com manutenção”, explica o Sr. Parreau.
Custos Fixos Qual é o custo de se ter verniz no equipamento? O verniz pode implicar a necessidade de troca, ou limpeza das servo-válvulas nos sistemas hidráulicos, ou o risco de falência do sistema. Uma servo-válvula nova pode custar dez mil reais, e aproximadamente seis mil reais para limpá-la e retificá-la, fora os custos com troca e limpeza. Um mundo melhor para os óleos hidráulicos Mais de 70 milhões de litros de óleos hidráulicos industriais são vendidos anualmente no Brasil, e a demanda por melhor desempenho é cada dia mais presente. Os fabricantes de equipamentos reportam que essa é a principal tendência, conseqüentemente, os problemas com sistemas hidráulicos de alto desempenho tornam-se mais freqüentes. As principais tendências tecnológicas para os sistemas hidráulicos são: • Os sistemas estão ficando menores, reduzindo o tempo de residência do fluido no reservatório; • Os tamanhos e formas dos reservatórios não otimizam a vida útil do fluido; • As taxas de escoamento tornam-se muito altas; • Trabalham em regimes de alta potência; • Temperatura e pressão do óleo tendem a ser mais elevadas. As principais conseqüências dessas tendências são: • Formação de espuma e vapor, como resultado de tempo insuficiente no reservatório para liberação do ar (air release); • Diminuição da vida útil do fluido, em decorrência do aumento da oxidação; • Perda de resposta da válvula hidráulica devido à formação de borra e verniz; • Aumento da necessidade de troca dos filtros entupidos; • Maior desgaste das bombas e válvulas. Também não podemos esquecer dos custos de mão–de-obra e de paradas associados às conseqüências acima, pois oneram o resultado da empresa, acarretando perda de receita. Vamos calcular em termos de mundo real, tomando como exemplo uma grande empresa de embalagens plásticas que produz de 20 a 30 milhões de peças por mês, com mais de 200 máquinas, que variam de 33 8
a 700 toneladas. O tamanho do reservatório de fluido hidráulico dessas empresa varia de 300 a 950 litros, os equipamentos operam 24 horas por dia, 5 dias por semana. Neste caso, a empresa poderá gastar, por causa da formação de verniz, cerca de R$400.000 por ano, não considerando as perdas com produção. Qual a solução para o verniz? No passado, os usuários finais simplesmente substituíam as servoválvulas pela necessidade de manter os sistemas operando. Os filtros eletrostáticos, as barreiras mecânicas e de adsorção, aglomeração por balanço de carga e os precipitadores são utilizados com sucesso, mas com alto custo, perda de espaço produtivo na planta e muitas vezes perda de tempo (downtime).
damente a 60˚C, podendo alcançar picos de 85˚C. Aplicações de alta temperatura causam stress térmico no óleo, como, por exemplo, nas máquinas injetoras de plástico, sistemas de transferência de vidro, prensas pesadas e equipamentos móveis, que evidentemente são os principais candidatos para o uso dessa tecnologia. Isso também é adaptável no geral aos usuários que queiram melhorar a produtividade dos equipamentos e estender a vida útil do óleo, dos equipamentos e dos componentes como válvulas, filtros e bombas. Melhoram-se os sistemas hidráulicos com o uso de filtrações mais severas (menor que 3.0 mícrons são comuns) e filtros de alta eficiência para manter o óleo limpo. Ao mesmo tempo, os fluidos hidráulicos estão sujeitos a um
severo aumento nas condições operacionais. Demandas de aumento na produção, ao mesmo tempo em que o volume de óleo diminui, têm enfatizado o uso de fluido hidráulico de alta qualidade. O aumento da temperatura de operação tem resultado no desenvolvimento de depósitos de verniz nos sistemas hidráulicos de hoje, o que com o tempo gera problemas. A disponibilidade de novas tecnologias de aditivos torna-se uma necessidade com as severas condições operacionais de hoje. O uso de fluido hidráulico que não forma verniz nas superfícies é a solução ideal. Enquanto reduz o depósito de verniz, ele mantém todas as outras importantes propriedades, como antidesgaste, demulsibilidade e proteção à corrosão.
“Arrumando” o Fluido As formulações de fluidos hidráulicos são cuidadosamente balanceadas para atender os requisitos dos fabricantes. Os sistemas hidráulicos industriais tipicamente operam aproxima-
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Viscosidade será determinada com maior precisão e exatidão Por
Ricardo Rezende Zucchini - IPT Gerência de Normalização do IBP
Gerência
IBP
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo),
(Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e
que pretende contribuir com a qualificação e a
Biocombustíveis) implementou, recente-
harmonização de métodos de medição utilizados
mente, os Programas Interlaboratoriais
pela cadeia industrial do petróleo, através da atu-
para determinação da Precisão e Exatidão (PIPE),
alização e melhoria contínua das normas brasilei-
iniciativa realizada em parceria com o Laboratório
ras do segmento.
A
de
Normalização
do
de Referências Metrológicas do IPT (Instituto de
Evidentemente, na medida em que a harmoni-
O Mundo da Manutenção Chama 23º Congresso Brasileiro
de Manutenção Expoman 2008
Os maiores eventos da Manutenção brasileira serão realizados em Santos, de 1 a 4 de setembro. Realização da ABRAMAN, reconhecida internacionalmente como uma das maiores entidades do setor. ssionais ligados à Função têm uma oportunidade ímpar para divulgar seus conhecimentos e trocar informações. Não perca!
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zação metrológica reforça a qualidade e a credibilidade dos produtos nacionais, reflete uma ação prática do IBP, no sentido de aumentar a qualidade dos produtos e a competitividade internacional do setor. A primeira ação foi realizada no âmbito do programa PIPE, em outubro de 2007, e permitiu a determinação da precisão e verificação da exatidão do método brasileiro para determinação do teor de álcool etílico anidro combustível (AEAC) em gasolina automotiva, ABNT NBR 13 992. Agora, o IBP e o IPT estão trabalhando no desenvolvimento de um novo programa interlaboratorial PIPE, que irá apoiar a revisão das normas brasileiras de determinação de viscosidade cinemática e viscosidade absoluta, com início previsto para maio de 2008.
“
... contribuir com a qualificação e a harmonização de métodos de medição utilizados pela cadeia industrial do petróleo...
Basicamente, neste novo programa pretende-se
”
verificar a proficiência dos participantes e também estudar a precisão e exatidão dos métodos em três níveis de viscosidade, abrangendo a faixa prática da indústria. Os laboratórios participantes receberão três amostras de óleos lubrificantes com viscosidades na faixa entre 3 e 10 000 mm2/s, determinadas precisamente pelo Laboratório de Referências Metrológicas do IPT. Os valores não são informados inicialmente aos participantes, que irão realizar as determinações em conformidade com os métodos aplicáveis em duas temperaturas, 40ºC e 100ºC. Na versão inicial do programa, serão aceitos resultados dos principais tipos de viscosímetros cinemáticos, como Cannon-Fenske de rotina, Cannon-Feske Reverso, Ubbelohde etc. Instrumentos rotacionais poderão ser utilizados, mas devido ao grande número de combinações possíveis de spindles e condições de operação, a utilização desses resultados para a verificação de precisão 27
“
seguem demonstrar sua rastrea-
...neste novo programa pretendese verificar a proficiência dos participantes e também estudar a precisão e exatidão dos métodos em três níveis de viscosidade
”
bilidade ao Inmetro, ou por meio de instrumentos calibrados pela Rede Brasileira de Calibração – RBC, ou através do uso de padrões rastreáveis. Entretanto, caso haja alguma dificuldade de demonstração de rastreabilidade de medição do grupo de laboratórios proficientes, haverá a possibilidade de uso de materiais de
e exatidão deverá ser limitada
cálculos estatísticos necessários,
referência certificados pelo IPT,
na primeira rodada, ainda que
sendo assim determinada a pre-
com rastreabilidade direta ao
a participação seja totalmente
cisão dos métodos e verificada a
Inmetro para favorecer o estudo
válida como demonstração de
sua exatidão.
de precisão e exatidão.
proficiência.
Muitos
dos
participantes
Mais informações sobre esse
A coordenação do progra-
esperados para esse programa
assunto poderão ser encontradas
ma realizará a compilação de
são laboratórios proficientes nas
no site:
todos os resultados obtidos in-
metodologias de determinação
www.ibp.org.br/nor malizacao/
formados pelos laboratórios e os
de viscosidade e, portanto con-
precisao&exatidao.
NACIONAIS ANP TEM NOVA SUPERINTENDENTE DE QUALIDADE Rosângela Moreira de Araújo foi nomeada, em 27 de fevereiro de 2008, a nova Superintendente de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, em substituição a Maria Antonieta Andrade Souza que assumiu cargo de assessora do diretor-geral Haroldo Lima.
GRUPO LANXESS NO MERCADO BRASILEIRO A partir de abril de 2008, a RheinChemie, empresa alemã do grupo Lanxess, estará comercializando diretamente seus aditivos para lubrificantes como parte da estratégia de manter, dentro da mesma estrutura, a comercialização dos seus produtos. Os aditivos da linha Additin e Baylub permaneram sob a responsabilidade da empresa Metachem até março de 2008.
ÓLEOS API-SE E API-CD SÓ ATÉ 30 DE ABRIL DE 2008 A Resolução ANP Nº3, publicada em 30 de janeiro deste ano, deixa claro ao mercado que o prazo dado para a atividade de venda dos óleos lubrificantes com níveis de qualidade API-CD, API-SE e inferiores é de 420 dias a contar da publicação da Resolução Nº10, em 07/03/2007. Este prazo terminará exatamente no dia 30 de abril de 2008. A produção desses óleos já teve seu prazo expirado em 01/03/2008.
PESQUISA LEVANTA OS INDICADORES DA MANUTENÇÃO NO BRASIL O Portal www.manutenção.net está realizando um projeto de levantamento dos Indicadores da Manutenção no Brasil através de pesquisa direta com os profissionais de manutenção. Numa primeira avaliação, chamou a atenção o fato de somente 27% dos pesquisados classificarem sua própria área de manutenção como Excelente e Muito Boa. O Portal bateu recentemente a meta de 25.000 acessos num período de 30 dias
IBP E AEA - PARCERIA PARA REALIZAÇÃO DE SIMPÓSIO SUL AMERICANO DE LUBRIFICANTES O IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e a AEA – Associação de Engenharia Automotiva firmaram acordo para a realização, em outubro próximo, do primeiro Simpósio Sul Americano sobre Lubrificantes, na cidade de São Paulo. A proposta inicial é trazer representantes de países da América do Sul e palestrantes internacionais para um evento pioneiro que abrirá caminho para um maior relacionamento técnico e comercial no setor de lubrificantes.
METACHEM AMPLIA DISTRIBUIÇÃO AO MERCADO A partir do dia 1º de abril de 2008, a Chemtra/Metachem passa a ser o agente e o distribuidor das linhas Syn-OAd e Fyrquel da empresa SUPRESTA, recém adquirida pelo grupo israelense ICL-IP. Baseados em ésteres de fosfato sintéticos, os materiais são destinados ao mercado de lubrificantes industriais e utilizados como fluidos resistentes ao fogo e também como aditivos de extrema pressão.
INTERNACIONAIS RÚSSIA AMPLIA PRODUÇÃO DE BÁSICOS A gigante russa LUKOIL investirá cerca de 270 milhões de dólares nos próximos dez anos, em melhorias na produção de óleos básicos. Os investimentos elevarão a qualidade do grupo I produzido hoje e aumentará a produção de básicos grupo III. Já a partir de abril de 2008, poderá produzir até 2.000 toneladas por mês de Bright Stock .
NAFTÊNICOS PARA MOTORES MARÍTIMOS Em apresentação feita na 12ª Conferência Mundial sobre Óleos Básicos da ICIS, realizada em fevereiro de 2008 em Londres, o presidente da Ergon, Sr. Per Klintstam, anunciou que, para 2009, já estará disponível no mercado um Bright Stock originário de petróleo naftênico, que terá utilização adequada na formulação de óleos para motores marítimos e estima uma participação de 20% nessa aplicação até 2012. 29
Programação de Eventos Internacionais Data
Evento
Abril 2 a 4
9th International Tribology Conference South African Institute of Tribology Pretoria - www.sait.org.za/
Abril 9 a 11
Friction, Wear and Wear Protection Aachen, Germany, EU - www.dgm.de/dgm/friction_wear2008/10th
Abril 14 a 17
SAE 2008 World Congress - Detroit Michigan, USA - www.sae.org
Abril 16 e 17
Modern Fluids for Crankcase Engines: An Overview - SAE - www.sae.org
Abril 20 a 22
20th European Lubricating Grease Institute AGM - Lisbon Marriott Hotel, Portugal - www.flasia.info
Maio 5 e 6
Diesel Engine Technology - SAE - www.sae.org
Maio 8 a 10
77th NLGI Annual Conference - Williamsburg, Virginia, U.S.A - www.elgi.org/joomla
Maio 18 a 22
2008 STLE Annual Meeting - www.stle.org/annual_meeting/index.cfm
Junho 10 a 13
Nordtrib 2008 - 13th Nordic symposium on Tribology - www.tribology-abc.com/conferences/
Junho 15 a 19
Petroleum Products and Lubricants - ASTM - Vancouver, BC CA - www.astm.org
Junho 18 e 19
The 2nd ICIS Asian Base Oils & Lubricants Conference - Kuala Lumpur - www.icis.com
Junho 23 a 25
2008 SAE International Powertrains, Fuels and Lubricants Congress in China - www.confabb.com/
Setembro 15 a 18
Rio Oil & Gas 2008 - Riocentro - Centro de Convenções do RJ - www.ibp.org.br
Outubro 5 a 8
The 3rd Symposium on the Assessment and Control of Metal Removal Fluid - www.ilma.org/events
Outubro 11 a 14
ILMA Annual Meeting - www.ilma.org/events/futuremtgs.cfm
Outubro 28 e 29
The 5th Middle Eastern Base Oils & Lubricants Conference -The Grand Hyatt, Dubai -www.icis.com
Nacionais Data
Evento
Março 11 a 14
4ª Feira Ferramentaria + Modelação + Usinagem - www.abimaq.org.br/feiras
Abril 29 e 30
2º Seminário de Laboratório - Centro de Convenções - FIRJAN - www.ibp.org.br
Julho 10 e 11
4º Seminário sobre Lubrificação Industrial - Porto Alegre - www.abraman.org.br
Junho 25
XVI Seminário de Lubrificantes e Lubrificação Industrial - São Paulo - www.abraman.org.br
Setembro 1 a 5
23º Congresso Brasileiro de Manutenção - ABRAMAN - Santos 2008
Cursos Data
Evento
Março 6
Lubrificantes automotivos - Tecnologia e Mercado - São Paulo - AEA - www.aea.org.br
Abril 2 a 4
Curso de Lubrificantes e Lubrificação - Rio de Janeiro - IBP - www.ibp.org.br
Agosto 5
Lubrificação Automotiva - São Paulo - AEA - www.aea.org.br
Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.