EM FOCO
Abr/Mai 09 Ano II • nº 12 Publicação Bimestral R$ 12,00
A revista do negócio de lubrificantes
Rótulos de lubrificantes Um meio de comunicação com regras especiais.
Antioxidantes e Radicais Livres Protegendo a saúde do seu óleo.
Editorial Ao completar seus dois anos de vida, nossa jovem revista já adquiriu a maturidade de uma publicação que se firma como referência no mercado de lubrificantes brasileiro e nos traz a certeza de ter escolhido o caminho certo. A proposta de ouvir o mercado e a ele retornar com as informações relevantes tem sido bem balanceada com matérias técnicas de alto nível e entrevistas importantes para o setor, como também tem servido para uma aproximação do mercado com os órgãos reguladores e com o consumidor final. No período de existência da revista, o Brasil atravessou momentos de grande entusiasmo por parte do mercado e encarou uma crise mundial que ainda espalha seus efeitos. Vimos o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes ser desenvolvido pela ANP, com grande sucesso, e acompanhamos os números do mercado em suas oscilações, percebendo a recuperação da indústria automobilística, que reaqueceu o mercado de lubrificantes automotivos. O país segue sua caminhada rumo à recuperação econômica e à retomada dos níveis de crescimento que já havia alcançado até o ano passado, e com ele seguem também nossas esperanças de um crescimento industrial consistente, que irá, certamente, colocar o setor de lubrificantes novamente nos trilhos do desenvolvimento e do avanço tecnológico, que são as suas características essenciais. A Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP tem uma participação importante ao longo desse processo, ao funcionar como um fórum de debates para todos os agentes envolvidos com os lubrificantes e também colaborar com o desenvolvimento do setor, através de eventos como o Simpósio de Lubrificantes realizado em novembro de 2008, em parceria com a AEA. Nessas 12 edições bimestrais, a Lubes em Foco contou também com a colaboração de muitos profissionais e empresas do mercado, com participação ativa na elaboração de artigos, envio de informações e anúncios, que viabilizaram a existência e o sucesso dessa publicação. Reafirmamos nossa satisfação em ter uma publicação setorial isenta e participativa e gostariamos de compartilhar a alegria desse momento, celebrando com todos os colaboradores esse segundo aniversário da revista Lubes em Foco. Os Editores
Publicado por: AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Marcia Lauriodo Zamboni - reg. 17118-78-45
Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni Capa Gustavo Eduardo Zamboni
Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br
Revisão Angela Belmiro
Tiragem 4.000 exemplares
Layout e Editoração Alexandre Paula Pessoa Armando Pereira Alves de Souza
E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br
Redação Tatiana Fontenelle Impressão Gráfica Minister
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Sumário 6
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ANP e o mercado de lubrificantes O diretor Allan Kardec fala com exclusividade sobre a visão da Agência para o mercado de lubrificantes.
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Lubrificação Automática Monoponto
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Ciclo de Vida dos Lubrificantes
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Rótulos de lubrificantes
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Antioxidantes e Radicais Livres
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GT Lubes Vale
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Inovação Sustentável
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Graxas Especiais
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Mercado em foco
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O Eng. Traverso relata uma experiência sobre as oportunidades de aprimoramento dos processos de lubrificação.
Uma análise dos processos envolvidos na trajetória de um lubrificante. Do nascimento à disposição final.
Informações e opiniões sobre exigências e problemas de rótulo em embalagens de lubrificantes.
Como funcionam os aditivos antioxidantes e os efeitos do processo de oxidação.
Como um usuário desenvolveu os próprios meios de avaliação dos seus lubrificantes.
Um conceito moderno a ser agregado à formação de profissionais e pesquisadores.
Tecnologias específicas na formulação de graxas para aplicações críticas.
Informações sobre o mercado brasileiro de lubrificantes.
Notícias Rápidas Atualidades do mercado de lubrificantes.
Programação de Eventos
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ANP O mercado de LUBRIFICANTES Por: Tatiana Fontenelle
llan Kardec Duailibi, diretor da ANP, tomou posse em novembro do ano passado, e sua área abrange as Superintendências de Qualidade, Abastecimento e Fiscalização, com impacto direto no setor de lubrificantes. Engenheiro, com doutorado na Universidade de Nagoya, no Japão, é também pesquisador e professor universitário e grande estimulador de publicações técnicas de alto nível. Em entrevista exclusiva à Lubes em Foco, Allan Kardec fala sobre a importância da qualidade e da fiscalização no mercado de lubrificantes e da atenção que a ANP tem dado ao segmento.
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Lubes em Foco - O que mudou na ANP com a criação de novas diretorias? Allan Kardec - Não houve criação de novas diretorias. A lei 9.478/97, que criou a ANP, prevê a existência de uma diretoria colegiada, com quatro diretores e um diretor-geral. Em novembro do ano passado, com minha posse e a da diretora Magda Chambriard, a diretoria da ANP ficou comple6
ta, com cinco diretores, o que não ocorria desde 2004. Lubes em Foco - Sua diretoria engloba três áreas de grande importância para o setor de downstream no Brasil: Abastecimento, Fiscalização e Qualidade. Quais são os objetivos principais a serem enfocados em seu mandato? Allan Kardec - O principal objetivo é o combate às irregularidades no mercado brasileiro de combustíveis e lubrificantes, garantindo a qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor brasileiro. Para atingir essa meta, não basta aumentar o número de ações de fiscalização. Precisamos tornálas mais direcionadas e eficientes, fortalecendo o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis e o da Qualidade dos Lubrificantes da Agência e promovendo a formação de convênios para atuação conjunta com outros órgãos públicos. A soma de esforços entre a ANP, Ministérios Públicos, Secretarias de Fazenda, Prefeituras e Procons, a exemplo da força-tarefa criada em São
Paulo, em 2007, tem resultado na melhora dos índices de qualidade dos combustíveis e na redução do número de fraudes envolvendo combustíveis. Lubes em Foco - O setor de lubrificantes normalmente não ocupa um lugar de destaque entre os derivados, principalmente devido à comparação, por volume, com os combustíveis. Como o Sr. vê o espaço para esse setor na sua diretoria? Allan Kardec - Por sua importância, o setor de lubrificantes recebe da ANP o mesmo tratamento dispensado ao de combustíveis. Os agentes de mercado envolvidos na produção e importação de óleos e graxas lubrificantes e aditivos para óleos lubrificantes devem estar cadastrados na ANP. Hoje, eles são aproximadamente 150 produtores nacionais e 195 importadores. A comercialização de óleos e graxas lubrificantes e aditivos para lubrificantes também é autorizada mediante o prévio registro do produto na ANP, conforme detalhado na Resolução ANP Nº10/2007. Estão registrados na ANP cerca
de 2.500 óleos lubrificantes para uso automotivo (gasolina, álcool, diesel e GNV), 3.500 óleos lubrificantes para uso industrial e 2.100 graxas lubrificantes. Lubes em Foco - Como o mercado tem reagido às ações da ANP, com relação à qualidade? Allan Kardec - A ANP está extremamente atenta às necessidades do mercado de lubrificantes e consciente dos resultados positivos do seu trabalho, pois o setor tem mostrado modificações importantes em resposta à regulamentação e às ações da Agência. Como exemplos, podemos citar a busca dos produtores por melhor controle de qualidade dos óleos lubrificantes, a visível diminuição do número de não-conformidades relativas à qualidade e ao registro, o aumento do número de produtores e importadores de óleo combustível que procuram a ANP para atualizar as formulações de seus produtos, sendo verificado que, anteriormente, muitos produtores alternavam entre as diversas marcas de pacotes de aditivos, sem comunicar o fato à ANP.
Allan Kardec - Diretor da ANP
e Análises Tecnológicas da ANP, antes da concessão do registro. Os lubrificantes automotivos são classificados, segundo o nível de desempenho estabelecido, pelos seguintes organismos internacionais: American Petroleum Institute (API), Associatión des Constructeurs Européens d’Automobiles (ACEA), Japan Automobile Standard Organization (JASO) e National Marine Manufactures Association
Lubes em Foco - O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes (PMQL) tem sido um excelente balizador para o mercado e mostrado ainda números preocupantes. Qual o futuro desse projeto? Allan Kardec - Entre as atribuições da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, conferida pela Lei nº 9.478/1997, encontra-se a proteção dos interesses dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos. Os Programas de Monitoramento da Qualidade: o de combustíveis – PMQC e o de lubrificantes – PMQL atendem ao cumprimento dessa atribuição legal. Ambos têm o objetivo de acompanhar a qualidade dos produtos comercializados no país, detectando focos de não-conformidade, que são utilizados pela ANP como ferramentas para as ações de fiscalização. O PMQL é o instrumento que permite à ANP acompanhar o cres-
O principal objetivo é o combate às irregularidades no mercado brasileiro de combustíveis e lubrificantes
Lubes em Foco Como a ANP controla a qualidade com relação aos registros de novos produtos? Allan Kardec - Existem várias exigências da Agência que precisam ser cumpridas. No caso dos lubrificantes, as informações de desempenho indicadas devem ser comprovadas pelo produtor, e as características do produto relacionadas à qualidade são testadas no laboratório do Centro de Pesquisas
(NMMA). A Resolução ANP Nº 10/07 veda a comercialização de óleos lubrificantes automotivos de níveis de desempenho inferiores ao API-SF para motores do ciclo Otto e ao API-CF para motores a diesel. Adicionalmente, requer que informações relevantes sobre o produto, relacionadas na resolução, estejam claramente descritas no respectivo rótulo.
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cimento do mercado de lubrificantes, de modo que ele atenda cada vez melhor ao consumidor com os padrões de qualidade adequados. Após redução dos índices de nãoconformidades para padrões aceitáveis, o PMQL deverá ser estendido a outros segmentos do setor de acordo com a necessidade. O boletim com os resultados do PMQL é divulgado mensalmente na página da ANP na Internet (www. anp.gov.br). O boletim do mês de março mostra melhora na qualidade dos lubrificantes na comparação com janeiro e fevereiro de 2009. Lubes em Foco - A ANP anunciou a implantação de um novo sistema de dados que irá agilizar os processos de cadastramento e acompanhamento pela Internet. Como está esse assunto e quais os benefícios imediatos ao mercado? Allan Kardec - O sistema já foi inaugurado, encontrando-se disponível na página da ANP. O Registro Geral de produtos – RGP é um mecanismo eficaz de controle dos produtos destinados ao consumidor e disponibilizado ao público externo – produtores, importadores, revendedores e consumidores – para consulta a todos os registros de óleos e graxas lubrificantes e de aditivos para óleos lubrificantes concedidos e publicados pela Agência. Esse novo fluxo inclui todas as solicitações de registro de produtos na ANP e permite o acompanhamento dos processos, desde a entrada no protocolo da ANP, a verificação técnica da qualidade pelos técnicos do Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da ANP – CPT, até a sua publicação no Diário Oficial da União. A possibilidade de consulta a esses dados na página da ANP 8
(http://www.anp.gov.br/petro/registro_produtos.asp) é um exemplo da transparência dos processos de regulamentação da ANP. O Registro Geral de Produtos é uma amostra da transparência do processo de regulamentação da ANP, permitindo que qualquer pessoa obtenha informações sobre determinado produto e, no caso das empresas, até o acompanhamento on line do andamento dos processos que tramitam na ANP. Com relação às atividades internas, a iniciativa facilita a pesquisa no Banco de Dados da Agência, dando maior agilidade às ações de fiscalização do mercado. Lubes em Foco - A fiscalização é fator primordial para a evolução da qualidade dos lubrificantes no Brasil. Como a Agência pretende tratar esse assunto? Allan Kardec - Todas as iniciativas detalhadas anteriormente, como o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes, o Registro Geral de Produtos e o aperfeiçoamento do marco regulatório, estão voltadas para a intensificação da fiscalização do mercado pela ANP. Lubes em Foco - Como está sendo percebida pela Agência a atuação de uma revista especializada para o setor de lubrificantes? Allan Kardec - Publicações como a Lubes em Foco são sempre bemvindas, pois auxiliam a ANP na tarefa de informar o mercado sobre as atividades da Agência e sobre o correto exercício das atividades por ela reguladas. A conscientização dos agentes sobre seus direitos e deveres, por meio da divulgação de informações, é um recurso importante para reduzir o número de irregularidades.
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Lubrificação Automática Monoponto Uma história de criatividade e eficiência Por: Antonio Traverso Jr.
m visita técnica a uma indústria de vidros, há algum tempo, deparei-me com o uso de lubrificantes de primeira linha, inclusive sintéticos de alto desempenho e qualidade, mas, ainda assim, a manutenção não era percebida como plena, em termos de lubrificação. Embora não houvesse nenhum problema ligado ao uso de lubrificantes, faltava alguma coisa nos métodos empregados, mesmo com lubrificantes de qualidade. Era importante observar, então, o modo como os produtos eram aplicados e como chegavam às partes e aos elementos dos equipamentos lubrificáveis.
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A visita foi guiada por um técnico da fábrica, que explicava o processo de fabricação com bastante clareza. Em determinado momento, entramos em uma parte da fabrica onde as diversas matérias-primas minerais são misturadas e preparadas para serem fundidas e transformadas em vidro líquido. Essas matérias-primas eram armazenadas em enormes silos verticais totalmente instrumentados e acionados a distância. Obturadores controlavam a quantidade exata de cada material a ser misturado, os quais tinham medidores com fontes radioativas imediatamente abaixo.
O primeiro pensamento foi quanto ao perigo que representava demorar um pouco mais ali, com as enormes placas de radioativi-
Fig.1: Lubrificador a gás em ETDI de refinaria de petróleo.
Padrão Típico de Aplicação de Graxa com Lubrificantes de 1ª Geração falta de graxa
lubrificação básica
excesso de graxa
Fig.2: Padrão de relubrificação com o lubrificador monoponto de segunda geração
Padrão típico de aplicação manual de graxa lubrificação pouco frequente
excesso de graxa
periodos irregulares
Lubrificação básica Danos por falta de lubrificação
As grandes vantagens O lubrificador automático, em geral, proporciona uma lubrificação extremamente estável e confiável, impedindo que haja falta de lubrificante em qualquer momento da operação do equipamento. Os lubrificadores automáticos de terceira e quarta geração, como veremos abaixo, são os que apresentam maior estabilidade e precisão de entrega do óleo ou da graxa (fig.2 e 3). É ideal para locais e pontos a serem lubrificados onde haja risco de acesso, mutilação, radiação, queda, barulho excessivo, lesões cervicais, asfixia, intoxicação, explosão e choque elétrico, ou onde exista a expressiva necessidade de:
Fig.3: Padrão de relubrificação manual com a bomba de graxa
dade nas paredes advertindo, para quem quer que fosse, manter-se afastado dali. Após um suficiente afastamento do local, indaguei do técnico como a lubrificação dos equipamentos periféricos e dos obturadores era realizada naquele local. A resposta foi rápida e sem maiores explicações: “lubrificação manual com bomba de graxa”. Era a primeira lacuna no processo. Fontes radioativas requerem rapidez na execução da lubrificação manual, ou uma alternativa de lubrificação automática. Trabalhar com lubrificação de equipamentos com um olho na bomba de graxa e o outro num dosímetro, para medir a radiação absorvida pelo mecânico/lubrificador, é processo complicado. A observação no restante da visita mostrou outras tantas oportunidades de aprimoramento nos processos de lubrificação de acionamentos em fornos, rótulas, mancais de rolamentos expostos a calor excessivo, mancais de
difícil acesso etc. No estudo que se sucedeu a essa pesquisa in loco, os lubrificadores automáticos mono ponto e seus respectivos acessórios foram considerados a melhor alternativa para o aperfeiçoamento da lubrificação daquela fábrica. A precisão proporcionada pela lubrificação automática era o elemento que faltava para a excelência do processo. A partir dessa observação, passei a identificar diversas oportunidades de aperfeiçoamento de métodos de lubrificação com a utilização da lubrificação automática monoponto. Praticamente todo tipo de indústria tem aplicação para os lubrificadores automáticos, com destaque para as seguintes: Petroquímica, Mineração, Siderurgia, Automobilística, Alimentos e Cimenteira. Nas estações de tratamento de água e esgoto, os lubrificadores automáticos também mostram a sua aptidão em bombas, mancais de rolamentos e skimmers (fig.1).
• Montagem freqüente de andaimes; • Montagem e desmontagem de • • •
barreira de vapor ; Trabalho em área confinada; Entrada em local de difícil acesso; Montagem e desmontagem de periféricos, placas, carenagens, barreiras de vapor etc.
Princípio de funcionamento O lubrificador automático funciona e atua como uma seringa de injeção, isto é, necessita de propulsão. Tem um êmbolo, uma câmara, que armazena o lubrificante, e um orifício roscado de saída. O que os diferencia basicamente é a forma de propulsão,
Fig.4: Uma aplicação do lubrificador eletromecânico
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Padrão típico de aplicação de graxa com Memolub® Graxa frequente, regular e de reposição
Lubrificação básica desligamento do sistema
Fig.5: O padrão de lubrificação do eletromecânico que pode ser por mola, reação gasosa ou motor elétrico. As gerações dos lubrificadores 1ª Geração – De mola Inicialmente esses lubrificadores eram impulsionados por molas. Têm limitação de regulagem, o que restringe atualmente sua aplicação na lubrificação de precisão.
aproxima ou ultrapassa os 40° C. Nessa temperatura, a quantidade de lubrificante dispensada começa a flutuar, podendo comprometer o ponto / parte lubrificada. 3ª Geração – Eletromecânicos Esses lubrificadores, devido à sua precisão e durabilidade, estão rapidamente se tornando mandatórios em aplicações de precisão. Há alguns modelos que podem ser instalados remotamente, isto é, a até 8 metros dos pontos de aplicação do lubrificante (fig. 4 e 5).
produção, por parada não programada do equipamento devida à falta de lubrificação, assim como o levantamento do custo médio de lubrificação manual do mesmo equipamento, é que poderão indicar a efetividade e o custo/benefício de investimento na utilização da lubrificação automática mono ou multi ponto, em lugar da lubrificação manual periódica executada pelo pessoal de manutenção. Há muitas possibilidades para a lubrificação automática de forma abrangente, e a lubrificação automática monoponto desponta nessa especialidade, mostrando-se, a cada dia, mais econômica, viável, durável e eficiente. Cabe ao técnico ou profissional de lubrificação utilizar a criatividade e aproveitar todas as vantagens do seu potencial.
4ª Geração – Geradores de sinais e Multiponto – São lubrificadores eletromecânicos multifuncionais, voltados para a monitoração de sinais, como vibração e temperatura, além da lubrificação simultânea de vários pontos ou equipamentos (fig. 6).
Fig.6 - O conceito do lubrificador multiponto
2ª Geração – A gás - Os lubrificadores a gás foram amplamente difundidos e ainda hoje encontram largo campo de aplicação, entretanto, têm séria limitação de uso quando a temperatura ambiente se 12
O Futuro A tendência de automação dos processos na manutenção e lubrificação é irreversível, e a adoção dos lubrificadores automáticos mono e multiponto inserem-se nessa tendência de forma abrangente e eficiente, em diversos segmentos industriais (fig. 7).
Fig.7 - O lubrificador automático eletromecânico na esteira de coque em refinaria de petróleo.
Antonio Traverso Júnior é engenheiro e Coorde-
O custo benefício do lubrificador automático A avaliação criteriosa do custo econômico da falha ou da perda de
nador de lubrificantes da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobrás Distribuidora.
Menzelub 13
Análise do
Ciclo de Vida dos Lubrificantes Por: André Seixas Grana Lobo
e quantificam-se tudo que é adicionado (entradas) para a elaboração do produto, como as matérias-primas necessárias, o emprego de mão-de-obra em cada processo, a energia gasta para a elaboração deste produto, seja ela de fonte renovável ou não (máquinas, equipamentos, combustível para o transporte de insumos), os equipamentos necessários em cada etapa, o transporte desde a entrega das matérias-primas até o seu destino final usado e também todos os resíduos (saída) que são gerados para a fabricação deste produto ou como resultado de algum processo, como os descartes sólidos (filtros, embalagens, panos, epi’s), líquidos (óleo usado, água, solventes) e gasosos (gás carbônico, gás sulfídrico, óxidos e gases organoclorados). Todas as entradas e saídas devem ser quantificadas e analisadas, pois o objetivo é a redução de impactos na cadeia Ciclo de Vida dos Lubrificantes por meio da redução, substituiEntradas Embalagens ção de processos e até mesmo da Óleo básico Papelão/Papel Lubrificante Óleo usado Produtos avariados Rerrefinado composição dos insumos. Porém, Plástico Equipamentos Embalagens Equipamentos Aditivos Tampas/Lacres Papel Água Papel esta análise não termina quando Equipamentos Equipamentos Energia Energia Energia Energia Energia Mão-de-obra Mão-de-obra Mão-de-obra o produto está apto a ser usado Mão-de-obra Mão-de-obra no equipamento pelo consumidor, 1 2 3 4 mistura Envase Transporte Uso Descarte esse processo inclui também o Óleo rerrefinado Óleo básico seu uso e o fim da vida útil, como a Plástico reciclado Lubrificantes Lubrificantes Lubrificantes Lubrificantes Energia Efluentes sólidos Efluentes sólidos Efluentes sólidos Efluentes sólidos disposição final, a reutilização ou Asfalto Efluentes líquidos Efluentes líquidos Efluentes líquidos Efluentes líquidos Efluentes sólidos Efluentes gasosos Efluentes gasosos Efluentes gasosos reciclagem. Cada processo, com Efluentes gasosos Resíduos líquidos Saídas Efluentes gasosos suas entradas e saídas, constitue 6 5 o Ciclo de Vida do Produto. Processo de Rerefino/ Reciclagem Para isso, a ISO - International Fig.1- Resultado dos Processos: Organization for Standardization esta1-Lubrificante Acabado 4- Óleo Usado beleceu uma série de normas orien2-Lubrificante Envasado 5- Polímero reciclado de embalagem PEAD 3-Entrega do Lubrificante ao Cliente 6- Óleo Rerefinado tando e estabelecendo requisitos paanálise de ciclo de vida de um produto é uma ferramenta para se avaliar os aspectos e impactos ambientais referentes ao produto, desde o seu nascimento, com a aquisição das matérias-primas necessárias, até a sua disposição final em um aterro sanitário ou uma usina de reciclagem. Esta análise, além de informar os indicadores ambientais do produto, é fundamental para o seu planejamento estratégico, sugerindo mudanças em sua composição, embalagem, posicionamento do produto, logística e consumidores. O tempo de vida de um produto é analisado separadamente em cada processo em que este produto vai se conformando / transformando, até que ele possa estar disponível para ser usado por consumidores, passando pelo seu uso e destino final. Observam-se
A
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ra que a avaliação do Ciclo de Vida dos produtos seja a mais confiável possível e que os impactos ambientais por ele gerados possam ser comparados com outras análises feitas. No Brasil, isso acontece através da ABNT que formulou as seguintes normas: NBR ISO 14040, 14041,14042 e 14043, que estabelecem requisitos para todas as fases de uma Análise do Ciclo de Vida. As normas que buscam uma maior eficiência ecológica e minimização dos impactos negativos são: • ISO 14040: Princípios e Estrutura; • ISO 14041: Definições de escopo e análise do inventário; • ISO 14042: Avaliação do impacto do ciclo de vida; • ISO 14043: Interpretação do ciclo de vida. Analisando o Ciclo de Vida do Lubrificante, podemos dividí-lo em cinco processos distintos: Mistura, Envase, Transporte, Uso e Descarte. Para este estudo, está sendo desprezada a análise de obtenção das matérias-primas para a produção de lubrificante e embalagens, como o refino do petróleo cru em óleo básico, a elaboração dos aditivos e a produção de frascos de PEAD (ver fig.1). A análise de cada processo permitirá perceber todas as entradas, as saídas e o resultado desse processo. Observemos cada uma delas: Mistura – Processo que acontece na planta de lubrificantes e consiste na combinação exata de matérias-primas para a obtenção do lubrificante. O resultado do processo da mistura é o próprio lubrificante acabado, contido em um tanque, que aguardará a ordem de envase da planta. » Entradas: Óleo Básico ou Rerrefinado, Aditivos, Equipamentos, Energia e Mão-de-obra. » Saídas: Óleo Básico, Lubrificante, Efluentes Sólidos, Líquidos e Gasosos.
Cumpra a Resolução
CONAMA 362/2005 SINDIRREFINO SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO RERREFINO DE ÓLEOS MINERAIS Avenida Paulista, 1313 • 8º andar • conj. 811 • FIESP CEP 01311-923 • São Paulo • SP Fone/Fax (0xx11) 3285-5498 www.sindirrefino.org.br
Envase – Este processo consiste no envase do lubrificante acabado nos recipientes em que serão comercializados, desde 200 ml até caminhão a granel de 15 mil litros. O resultado desse processo de enchimento é o lubrificante na sua embalagem, pronto para ser transportado até o consumidor. » Entradas: Embalagens, Papel/Papelão/Plástico, Tampas/Lacres, Equipamentos, Energia e Mãode-obra. » Saídas: Lubrificante, Efluentes Sólidos, Líquidos e Gasosos. Transporte – O processo de Transporte consiste em levar o produto acabado e embalado até o consumidor. É aqui que acontecem grandes acidentes ambientais e, por isso, essa fase possibilita uma grande oportunidade de melhorias. Outra atividade comum nessa área é o recebimento e tratamento de avarias de produtos vindo de clientes. O resultado do processo é a entrega do lubrificante para o cliente. » Entradas: Produtos Avariados, Equipamentos, Papel, Energia e Mão-de-obra. » Saídas: Lubrificante, Efluentes Sólidos, Líquidos e Gasosos. Uso – O procedimento do Uso do lubrificante é a sua aplicação e funcionamento nos mais variados motores, mancais, redutoras, turbinas e tantos outros equipamentos. O tipo de negócio e as exigências presentes em cada um deles contribuem para o desenvolvimento de uma infinidade de lubrificantes com funções específicas. O uso correto do lubrificante também contribui para uma redução de emissão de resíduos sólidos, como as peças de reposição e filtros, e resíduos gasosos, como os gases presentes na combustão dos motores, em conseqüência da economia de combustível. O resul-
Dê ao óleo usado o destino previsto em lei
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tado final desse processo é o lubrificante usado acondicionado corretamente em tambores ou tanques livres de vazamentos e já esgotados todos os processos de reutilização viáveis ambientalmente e economicamente, para o aumento da vida útil deste produto. » Entradas: Lubrificante, Equipamentos, Papel, Energia e Mão-de-obra. » Saídas: Lubrificante, Efluentes Sólidos, Líquidos e Gasosos. Descarte – Todo o óleo usado deve ser acondicionado em tambores ou tanque e recolhido por uma empresa de rerrefino. Segundo a Resolução CONAMA 362/05, o processo de rerrefino é o único a corresponder ao método ambientalmente seguro para a reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado. Por isso, é fundamental entender o processo de rerrefino do lubrificante, já que é o único método legalmente aceitável para o seu fim. No processo de rerrefino, cerca de 65% do óleo usado original permanecem no fim do processo como óleo básico acabado. O rerrefino do óleo usado é determinante para o aumento do Ciclo de Vida do lubrificante, pois conseguimos estender o tempo de vida algumas vezes, já que o processo pode ser repetido inúmeras vezes, sofrendo apenas as perdas inerentes a cada processamento, gerando economias e poupando divisas, visto que o Brasil é importador de óleo básico. Além do óleo usado, as embalagens vêm ganhando a atenção de alguns órgãos ambientais no Brasil. Algumas secretarias de meio ambiente estão publicando normas específicas sobre o destino das embalagens de lubrificantes e atendendo à NBR 10004 sobre resíduos sólidos classificados. Porém o tratamento e disposição final através do recolhimento, co-processamento e incineração são muito caros, e a reciclagem é a melhor solução tanto ambiental como econômica. » Entradas: Óleo usado, Embalagens, Água, Energia e Mão-de-obra. » Saídas: Óleo Rerrefinado, Polímero reciclado de PEAD, Energia (co-processamento e Combustível), Asfalto, Combustível, Efluentes Sólidos, Líquidos e Gasosos. Analisar todo o ciclo de vida e os impactos causados em meio gasoso, líquido e sólido são tarefas fundamentais para que o lubrificante possa ser usado com segurança, respeitando o meio ambiente. A substituição de produtos minerais por produtos sintéticos é uma realidade. Lubrificantes sintéticos, apesar 16
de custarem mais caro, têm um excelente custo/benefício, pois aumentam a vida útil do motor e o intervalo do período de troca. Com isso, reduzem o resíduo gerado, melhoram o desempenho do equipamento e resultam numa melhor economia de combustível. Isso acontece porque os lubrificantes sintéticos têm menor viscosidade, menor volatilidade e melhor estabilidade à oxidação e térmica. Outro grande impacto a ser considerado, que acontece tanto para lubrificantes minerais quanto sintéticos e até mesmo para os biodegradáveis, é a necessidade da embalagem para a sua comercialização. O uso de embalagens de PEAD, encontradas em frascos de meio a vinte litros, causa terríveis impactos quando elas são descartadas de forma errada. Como sabemos, essas embalagens são classificadas como um descarte de classe I – Resíduo Perigoso, precisando assim ter destino controlado, pois a sua mistura com outro descarte só faz contaminar outros resíduos, enquadrando-os nesta classificação. A reciclagem do plástico PEAD em outros produtos, principalmente na construção civil, é um grande avanço para minimizar os impactos causados pela embalagem, porém ela só ataca o efeito sem se preocupar muito com a causa. Assim, antes de pensarmos em reciclar, deveríamos pensar em reduzir o número de embalagem de lubrificantes. Há um bom espaço para essa prática com a utilização de lubrificantes a granel na lubrificação automotiva e industrial. Como podemos perceber, a busca por lubrificantes com um alto valor agregado, que resulte numa maior extensão de sua troca, ou por lubrificantes biodegradáveis será etapa fundamental para a melhoria do processo. Não menos importante será a estruturação das áreas de manutenção das indústrias ou lubricentros automotivos, para o recebimento e utilização de lubrificantes a granel sem geração das embalagens, contribuindo igualmente para a melhoria do processo. A Análise do Ciclo de Vida do lubrificante contribui para estruturar e quantificar todos os processos e impactos que, se forem proativamente trabalhados, resultarão em melhorias ambientais e econômicas para a empresa formuladora, para seus públicos de interesse e para a sociedade em geral. André Seixas Grana Lobo Consultor da Gerência de Marketing de Lubrificantes a Consumidores da BR e trabalha há 9 anos com lubrificantes.
24o CONGRESSO BRASILEIRO DE MANUTENCAO ~
Recife 2009 Centro de Convenções de Pernambuco
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Rótulos de Lubrificantes Um desafio para fabricantes e consumidores Por: Tatiana Fontenelle
uitas pessoas não têm noção da importância de um rótulo na embalagem de um óleo lubrificante. O rótulo traz uma série de informações importantes e essenciais e é o principal meio de comunicação entre o fabricante e o consumidor. Entretanto, também pode trazer alguns desafios ao entendimento da informação contida e até mesmo situações de contradição entre os aspectos técnicos e os apelos de marketing. A recomendação do óleo lubrificante, bem como as principais indicações de suas aplicações e especificações, são os pontos essenciais a serem abordados no rótulo e contrarrótulo de suas embalagens. Segundo a Resolução ANP n˚10, de março de 2007, a comercialização dos óleos lubrificantes está condicionada ao prévio registro na Agência e, nesse sentido, os lubrificantes deverão apresentar, nas embalagens, informações claras, de forma a não induzir o consumidor a um falso entendimento quanto à origem e características do produto. Para o profissional da gerência de Tecnologia e Desenvolvimento de Lubrificantes da Petrobrás Distribuidora, Carlos Roberto Sixel, a grande dificuldade para o consumidor, em geral, é compreender os detalhes e termos técnicos utilizados, e, para o produtor, transmitir essas informações de maneira resumida, porém de forma que o consumidor comum entenda o que está comprando e usando em seu veículo. O fator é agravado mais ainda, quando, na maioria dos casos, o espaço destinado à colocação dessas informações é insuficiente, se forem consideradas, por exemplo, embalagens de 200 e 500 ml.
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Informações importantes e necessárias A recomendação do óleo lubrificante, bem como as principais indicações de suas aplicações e especificações, são os pontos essenciais a serem abordados no rótulo e contrarrótulo de suas embalagens. As informações técnicas fundamentais para que se identifique qual é o produto mais adequado a cada veículo, de acordo com a indicação do manual do proprietário, devem ser distribuídas de forma padronizada para facilitar sua leitura e identificação. Normalmente, logo abaixo da marca do produto, há uma breve descrição técnica para sua aplicação direta. Algumas empresas costumam colocar informações em dois ou três idiomas: português, inglês e espanhol ou português e espanhol. Ainda, segundo o profissional da Petrobras, os rótulos das embalagens dos lubrificantes devem contemplar descrições de números e letras (5W-30, 15W/40, 40, etc.), que correspondem à classificação da SAE (Society
Não-conformidades de rótulo 25 (%)
20
21
15 10
12 7,5
5 0 Fonte: ANP
Jan/09
Fev/09
Mar/09
of Automotive Engineers), relacionados à viscosidade dos óleos de motor: “São duas as escalas de viscosidades: de baixa temperatura (0W até 25W – a letra W significa Winter, inverno em inglês) e de alta temperatura (20 até 60), informou Sixel. Outra informação obrigatória nos rótulos é a denominação do nível de desempenho do óleo, de acordo com os padrões internacionais, como por exemplo, do API – American Petroleum Institute). Para o padrão API, existem duas classificações: as identificadas e iniciadas com a letra S, para os produtos destinados a veículos de passeio com motores a gasolina, álcool e GNV, e as iniciadas com a letra C, para os produtos destinados a veículos comerciais com motores diesel. Uma segunda letra indica, em ordem alfabética, a geração tecnológica a que pertence o lubrificante. Atualmente, para os veículos de passeio, as classificações permitidas pela ANP para comercialização são os óleos dos tipos SF a SM. As demais (SA a SE) tiveram sua venda proibida no Brasil, por não atenderem mais às necessidades dos veículos atuais. Da mesma forma, isso ocorre para os veículos comerciais, em que as classificações permitidas pela ANP são aquelas superiores a API-CF.
Contrarrótulo Na área destinada à colocação das demais especificações (parte traseira ou lateral da embalagem), existem também informações de aplicação do produto, mencionando sua classificação SAE, e indicações de aprovações por instituições formais responsáveis por determinação de nível de desempenho, como: API, ACEA (Association des Constructeurs Européens d’ Automobiles), NMMA (National Marine Manufacturers’ Association), JASO (Japanese Automobile Standards Organization), entre outras demais aprovações e especificações nas quais o produto se enquadra. Outras informações também são obrigatórias, tais como o número do registro do produto na ANP, dados do responsável técnico, produtor e distribuidor, prazo de validade, volume, instruções de manuseio, armazenagem e descarte, além de informações que atendam às orientações de aspectos ambientais, previstas na legislação em vigor, através de Resoluções do CONAMA. Ainda, em relação ao conjunto de rótulos e contrarrótulos, também existem regras quanto à aplicação de grafias e volumetria, que devem ser seguidas e aplicadas, de acordo com orientações do INMETRO.
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Controle da ANP De acordo com a Agência Nacional de Petróleo – ANP, foi criado, no ano de 2006, o Programa de Monitoramento da Qualidade - PQML, com o objetivo de fiscalizar e evitar que produtos não conformes continuem no mercado, e a rotulagem correta é um dos principais itens verificados no programa. No rótulo, é verificado se existem as informações requeridas na legislação pertinente, bem como se estão colocadas de forma clara, não induzindo o consumidor a um falso entendimento, com respeito à origem e às características do produto. De acordo com a especialista em regulação e coordenadora-adjunta do CEPAT (Laboratório de Referência para Qualidade de Lubrificantes e Combustíveis da ANP), Maria da Conceição França, uma das providências a serem tomadas pela agência será fazer uma revisão da resolução n˚ 10, e a questão dos rótulos será examinada com bastante cuidado. “O rótulo precisa conter informações claras, em Português, que não conduzam a um falso entendimento. Muitos apelos de marketing dão a entender, por exemplo, que um óleo possui uma qualidade superior, ou que é 100% sintético, quando na verdade não é. Essas informações serão consideradas como não-conformidades e a empresa estará sujeita a autuação”, declarou Conceição França. O que também será considerado pela ANP como não-conformidade é o fato de empresas registrarem um produto com uma única
Não-conformidades de rótulo por parâmetros – Mar/09
20%
10% 10%
10% 10%
10% 10% 10%
10%
Lote e data de fabricação ausentes Natureza do produto e nome do químico ausentes Natureza do produto ausente Natureza do produto, número do registro e recomendações do fabricante ausentes Dados do químico, lote e data de fabricação ausentes Dados do produtor/detentor ausentes Nome do químico ausente. Marca comercial incompleta Natureza do produto, lote e data de fabricação ausentes Lote de fabricação ausente
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Rótulo
Contrarrótulo
Marca registrada da empresa
Grau de viscosidade SAE e Nível de desempenho
Marca registrada do produto
Aplicações e recomendações de uso
Aplicações e descrição técnica
Grau de viscosidade SAE e Nível de desempenho
Volume
Aprovações e homologação de montadoras
Volume
N˚ do registro do produto na ANP • Dados do responsável técnico • Produtos e distribuidor • Prazo de validade • Instruções de manuseio, armazenagem e descarte • Aspectos ambientais de acordo com o CONAMA.
Rótulo e Contrarrótulo devem seguir as normas de grafia e volumetria especificadas pelo INMETRO especificação, por exemplo API-SL, e no rótulo colocarem que atende a várias outras especificações, como ACEA e fabricantes de veículos. Conforme publicado pela ANP, foram observados problemas em 11,6% das amostras analisadas em abril de 2009, e as não-conformidades mais frequentes foram associadas às ausências das informações sobre a natureza do produto, lote e data de fabricação e endereço da detentora do registro. Esse percentual é maior do que o do mês anterior, mas sinaliza uma queda acentuada em relação a fevereiro de 2009. A visão do Simepetro Já há algum tempo, o Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo - Simepetro vem se manifestando no sentido de buscar uma unificação nas normas que estabelecem as informações que devem constar dos rótulos das embalagens. De acordo com o presidente do Sindicato, Carlos Abud Ristum, fica difícil para o produtor cumprir diversas normas, como as da ANP, Inmetro, Ministério do Trabalho, entre outras, em um espaço tão restrito. No ano passado, a associada Indústria Petroquímica do Sul – IPS, recebeu uma notificação do Ministério do Trabalho, em função da ausência, nos rótulos dos produtos da empresa, de orientações ao trabalhador
sobre o manuseio e cuidados à saúde, conforme estabelece a NR-26, que é a Norma Regulamentadora utilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Para o diretor da empresa, Henrique Buhr, embora esteja na lei, fica difícil atender a tantas exigências. Durante as reuniões realizadas no Simepetro, muitos associados reclamam do elevado número de Normas de diferentes órgãos públicos. Esse número elevado, inclusive, contribuiu para o desconhecimento das regras. Muitas vezes o empresário acredita estar dentro da lei e descobre que deixou de atender a algum requisito. “Gostaríamos de ter uma única norma regulando essa matéria”, comentou Ristum. A Comissão de Lubrificantes do IBP está analisando, em suas reuniões mensais, os diversos aspectos relativos aos rótulos das embalagens de lubrificantes, bem como efetuando uma análise completa da portaria ANP n˚ 10, o que poderá servir de apoio técnico para a ANP em sua futura revisão.
Tatiana Fontenelle é jornalista pós-graduada em telejornalismo.
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Antioxidantes e Radicais Livres Por: Pedro Nelson A. Belmiro
m número incalculável de pessoas no mundo inteiro gasta, anualmente, alguns bilhões de dólares com suplementos antioxidantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, são estimados cerca de US$ 2 bilhões, somente com betacaroteno e vitaminas C e E, sem contar os outros inúmeros compostos que pretendem cumprir a missão de proporcionar uma vida saudável. Especialistas em saúde e nutrição humana acreditam que os grandes vilões do processo de envelhecimento, e fontes de muitas doenças, são os chamados “radicais livres”, que são constituintes do processo de oxidação e consequente deterioração das células. Os efeitos tóxicos relacionados ao Oxigênio já são conhecidos desde o final do século XIX, mesmo assim, a identificação dos radicais livres causadores dessa toxicidade somente foi possível há cerca de 50 anos, quando Denham Harman lançou sua teoria sobre o envolvimento desses radicais livres em processos de mutagênese, câncer e envelhecimento. A ação do Oxigênio, elemento vital para os seres vivos, pode, paradoxalmente, causar danos irreversíveis, quando em concentrações muito elevadas, levando até mesmo à morte celular. Por isso, o organismo humano se adaptou, a ponto de produzir mecanismos de combate aos excessos de radicais livres, os chamados antioxidantes. Através das pesquisas especializadas em alimentação, foi feita uma classificação de vários alimentos que proporcionam o combate a esses vilões e funcionam para o organismo humano como verdadeiros aditivos antioxidantes, para deter o processo degenerativo das reações químicas indesejáveis.
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Os óleos lubrificantes, uma vez que são compostos orgânicos (têm o Carbono como o principal constituinte), também estão sujeitos ao mesmo processo de oxidação das células humanas, sofrendo deterioração de suas características físicoquímicas, perdendo o poder de lubrificar adequadamente. Para entender melhor o processo de formação de radicais livres, vamos lembrar que todo átomo, para ser estável, precisa ter um número par de elétrons na última camada de sua eletrosfera, e que, quando há a perda de um elétron dessa camada, o composto torna-se instável, altamente reativo, tendendo a “roubar” elétron de uma outra estrutura (molécula) e a se ligar com elas, formando outros compostos, normalmente mais pesados e de cadeia carbônica maior. Muitos estudos têm sido realizados para se compreender o processo de oxidação, e o mecanismo básico proposto há mais de 40 anos por J.L. Bolland & G. Gee, com base em testes cinéticos em hidrocarbonetos saturados de baixo peso molecular na fase líquida com oxigênio, mostra que a oxidação se correlaciona fundamentalmente com a formação de peróxidos orgânicos. Esses peróxidos são os principais produtos de oxidação que se decompõem para formar novos radicais, provocando assim reações em cadeia. O grau de oxidação é função de temperatura, tempo de exposição, catalisador, contato com o ar e as próprias características intrínsecas do lubrificante. Temos então, em um processo de oxidação, dois produtos principais a serem combatidos ou neutralizados: os peróxidos (HOO •) e os radicais orgânicos (R•). As reações químicas do processo de oxidação mostram os pontos de atuação dos aditivos antioxidantes:
O mecanismo da oxidação 1ª fase – Iniciação: Nesta fase há a formação de radicais, devido a fatores como calor, luz ou íons metálicos.
R – H (cadeia de carbono)
calor
luz
R – H + O2
3ª fase – Ramificação: Nesta fase, continua a decomposição monomolecular dos hidroperóxidos, mas há a necessidade de elevada energia de ativação. Esta fase ocorre somente a temperaturas superiores a 150º C, ou sob a influência da luz.
calor
ou
Luz
H OO • + R – H
ROOH + R•
R• + O2
ROO •
R• + HO O •
Íons metálicos
>150˚ C
+ + + ++ + + + + + ++ + ++
2ª fase – Propagação: Nesta fase, os radicais R• e HOO• formam a base da reação. Esta etapa ocorre rapidamente, e a concentração de HOO•, em presença de Oxigênio, será maior que a de R•.
4ª fase – Terminação: Esta fase ocorre quando os radicais (produtos intermediários) se combinam entre si para formarem produtos estáveis. Combinação entre os radicais
O2
R • + O2
ROO •
R • + R•
R –R
HOO • + R – H
ROOH + R•
R• + RO O •
ROOR
ROO • + RO O •
ROH + R O + O2
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Com esse processo, as cadeias de carbono se tornam mais longas (R – R), causando, consequentemente, um espessamento do óleo, ou seja, um aumento significativo de sua viscosidade, ocasionando a formação de borras, lodos e vernizes. Também ocorre a formação de compostos ácidos que vão contribuir para a corrosão do sistema.
Manganês, Cobalto etc., com consequente alteração da cor do produto. Passivadores de Metais
Óleo com Aditivo Passivador
Cobre
Os aditivos antioxidantes São compostos orgânicos que reagem com os compostos intermediários (radicais livres e peróxidos), tão logo se formam, impedindo assim a continuidade do processo oxidativo.
Aditivos Antioxidantes O2 (ar) Depósitos (Borra Ácida)
Compostos Intermediários
Óleo Calor
Antioxidante Ruim Antioxidante Bom
Compostos Estáveis
Os aditivos antioxidantes são divididos em dois grupos, de acordo com sua forma de atuação: os primários, que eliminam os radicais orgânicos, e os secundários, que decompõem os peróxidos formados. Os antioxidantes primários são produtos químicos que formam radicais livres para interromper a reação de propagação e direcionar o processo para a fase de terminação. Tais aditivos são, geralmente, compostos de fenóis e aminas aromáticas. Os antioxidantes secundários reagem com os hidroperóxidos por um mecanismo iônico que proporciona a formação de produtos estáveis (não radicais). Os produtos químicos mais representativos desses aditivos são: Ditiocarbamatos, Fosfitos, Sulfetos, Sulfóxidos, Tioéteres e Ditiofosfato de Zinco. Passivadores de metal A reação de oxidação pode ser acelerada ou até mesmo provocada, quando se tem a presença de íons metálicos, tais como: Cobre, Ferro, Cromo, Titanio, 24
Mancal de Cobre
Para se combaterem os efeitos da atividade dos íons metálicos, utilizam-se os aditivos chamados de Passivadores de Metal, que atuam em sinergia com os antioxidantes com mecanismo similar a eles, formando uma película inativa protetora sobre as superfícies metálicas. Os principais produtos químicos utilizados como Passivadores de Metal são: Toliltriazol, Benzotriazol, Dimercaptotiodiazol, Mercaptobenzotiazol. É comum, em formulações de lubrificantes, utilizarse uma combinação de antioxidante primário e secundário juntamente com o passivador de metal, quando necessário, pois tem sido observado um efeito sinérgico dessa mistura, aumentando significativamente a eficácia desses aditivos. Resistência à oxidação A resistência à oxidação é uma característica importante a todo óleo lubrificante, tornando-se, porém, imprescindível aos óleos para motores e aplicações expostas a temperaturas elevadas e presença de ar. Em certos casos, é necessário que o óleo básico utilizado no lubrificante já tenha em sua constituição uma certa resistência à oxidação, pois, em algumas aplicações, não se pode atingir a resistência exigida apenas através da aditivação. Está comprovado que os produtos orgânicos que contêm duplas ligações entre os átomos de Carbono, anéis aromáticos, como benzeno, e formação cíclica de carbonos não têm uma resistência à oxidação tão boa quanto os compostos de cadeia linear (alcanos ou parafinas). Dessa forma, podemos afirmar que os óleos básicos parafínicos possuem uma resistência oxidativa maior do que os naftênicos, e que os produtos formulados com bases estruturadas linearmente, como as
Polialfaolefinas (PAOs) e os básicos de grupo III, possuem ainda maior estabilidade à oxidação do que os básicos dos grupos I ou II. Na produção dos básicos minerais, um sensível aumento dessa estabilidade é obtida através dos processos de hidrotratamento, no qual o Hidrogênio é adicionado ao processo, reduzindo as duplas ligações, hidrocarbonetos cíclicos e compostos de Enxofre, Nitrogênio e Oxigênio, tornando o óleo menos suscetível à formação de radicais livres durante possível exposição a altas temperaturas em presença de Oxigênio, ou seja, mais resistente à oxidação. Aumento da viscosidade
A característica marcante de um óleo oxidado, além da aparência escurecida e do cheiro típico, é o aumento de sua viscosidade. Isso acontece devido ao aumento do número de Carbonos nas cadeias, uma vez que os radicais livres se conectam, formando, dessa maneira, moléculas maiores, com maior atrito interno entre elas e com maior resistência ao escoamento. O cuidado que se deve tomar ao analisar um óleo usado é que outros fatores podem afetar a viscosidade do produto, como contaminação com produtos de viscosidade diferente e diluição por combustíveis, o que pode levar a uma interpretação errada, se não for considerado todo o conjunto dos resultados da análise.
A tendência natural de um óleo lubrificante durante seu serviço é a quebra de suas moléculas, quer seja por cizalhamento, excesso de carga, e também por elevação excessiva da temperatura. Esses processos causam inevitavelmente uma queda de viscosidade, o que não é necessariamente verdadeiro quando se está diante de um processo em que ocorre oxidação.
Pedro Nelson Abicalil Belmiro é engenheiro químico, consultor técnico em lubrificantes e coordenador de lubrificantes do IBP.
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GT – LUBES VALE Parceiros na tecnologia de lubrificantes e lubrificação Por: Tatiana Fontenelle
mpresas que desenvolvem um departamento de manutenção de alto nível e cuidam da lubrificação com seriedade atingem um patamar elevado de conhecimento específico, que traz retorno imediato em qualidade, tempo e redução de custos. Além disso, reconhecendo que os lubrificantes estão diretamente relacionados à tecnologia dos equipamentos, esses departamentos atuam com bastante eficácia no desenvolvimento de técnicas e materiais próprios para atingirem os seus objetivos e estabelecerem um controle efetivo dos
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produtos em uso, funcionando também como parceiros importantes das indústrias de equipamentos, de lubrificantes e de aditivos, nos estudos e pesquisas de desempenho de novos produtos e aplicações especiais. A Cia. Vale do Rio Doce é um exemplo dessas empresas, atuando com um grupo especializado em lubrificantes e estabelecendo regras próprias para seu consumo interno. Tudo começou na década de 70, quando a Vale e algumas outras indústrias superaram a dependência das empresas fabricantes de lubrificantes, tornando-se independen-
tes e definindo seus limites próprios de especificações de óleos novos e usados, de acordo com as suas condições operacionais. Nessa época, a empresa despertou para a necessidade de definições de limites a partir da verificação de que era preciso reduzir o consumo e os custos com lubrificantes. Em 1981, no laboratório de análises químicas, localizado em Itabira, foi criado o Manual de Lubrificantes Vale, quando esses limites foram consolidados. Nesse mesmo ano, foi formado o Grupo de Trabalhos de Lubrificantes, hoje conhecido como Grupo Técnico de Lubrificantes (GT – LUBES VALE). No começo do programa de controle de óleos usados, a preocupação era, além da redução do consumo de lubrificantes, avaliar, ao mesmo tempo, as condições físicoquímicas dos lubrificantes em uso nos equipamentos e se esses equipamentos apresentavam qualidade satisfatória. Com o acompanhamento, foram sendo estabelecidos limites de especificações otimizados para se conseguir a economia desejada sem, no entanto, comprometer o desempenho das máquinas. De acordo com os responsáveis da Vale, o Manual de Lubrificantes,
no qual são estabelecidos os limites de recebimento para todos os lubrificantes utilizados na Vale, sejam graxas ou óleo, é revisado a cada ano, e são inseridos os novos produtos testados e aprovados pelo grupo técnico. Funcionamento do Grupo Técnico de Lubrificantes Com a coordenação nacional do engenheiro especialista em lubrificantes e lubrificação José do Ó Guedes, a gestão do GT funciona por meio de apresentações e relatórios técnicos, em reuniões presenciais semestrais, nas quais as áreas apresentam trabalhos técnicos, que fazem com que, de alguma forma, a empresa obtenha redução nos custos e na aplicação de lubrificantes. Segundo os técnicos da Vale, os testes são feitos em qualquer máquina, respeitando as características técnicas de fabricação de cada uma, às vezes em parceria com os fabricantes de máquinas e, outras, por solicitação dos próprios usuários, em busca de maior produtividade e confiabilidade na aplicação de lubrificantes. Para a empresa, é importante também que as pessoas que participam do grupo tenham conhecimento sobre lubrificantes e lubrificação, além de estarem comprometidas com a redução de custos com lubrificantes. “Isso está em consonância com a política ambiental da nossa empresa”, declarou a Assessoria de Imprensa da Vale. Entre os objetivos do Grupo estão: padronização e otimização dos lubrificantes utilizados; racionalização e economia na utilização dos lubrificantes, resultando em melhores práticas que devem ser utilizadas em toda a empresa; geração de possíveis ganhos com a substituição de lubrificantes sem, no entanto, prejudicar a performance dos equipamentos, bem como as suas particularidades e intervenção junto aos fornecedores, sugerindo o desenvolvimento de produtos que se adaptem às necessidades e à realidade de cada ponto de trabalho existente na Vale. “Existem resultados expressivos, que estão relacionados à utilização de filtragens absolutas nos sistemas hidráulicos de equipamentos, onde os ganhos são consideráveis”, afirmou a empresa. De acordo com o GT, além dos óleos lubrificantes, existem as graxas especialmente desenvolvidas para motores de tração de locomotivas, além de produtos específicos para uso em equipamentos de portos como, por exemplo, lubrificantes utilizados nos trilhos de trens: “É importante ressaltar que esses lubrificantes são biodegradáveis e não causam impactos ambientais à fauna e à flora marinha”. Segundo a empresa, os ensaios de laboratório para lubrificantes são realizados, atualmente, nos laboratórios pertencentes à própria Vale, em São Luís e Vitória, além do laboratório de Divinópolis, localizado em Minas Gerais. Quando há uma concorrência ou necessidade de uma compra global de lubrificantes, a empresa faz uma pesquisa sistemática, e o grupo técnico de lubrificantes é sempre consultado pela coordenação técnica. O consultor técnico de lubrificantes Pedro Nelson Belmiro é de opinião de que o conhecimento desenvolvido dentro de uma empresa com esse perfil é de grande valor, em termos tecnológicos, e extremamente importante para o crescimento do país. “Um grupo especializado, que tem o foco de seus trabalhos na arte da lubrificação e na busca de produtos competitivos, pode, certamente, contribuir de forma concreta para um melhor entendimento dos problemas relativos aos lubrificantes e trazer as soluções certas para aumentar a eficiência e a redução de custos”, concluiu Belmiro. 27
Inovação Sustentável
O papel da Engenharia e o desenvolvimento dos profissionais do futuro Por: Renata Ribeiro
inovação tecnológica constitui, atualmente, o tema central da competitividade no mundo globalizado. Os governos transformam as tradicionais áreas de Ciência e Tecnologia em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). As empresas investem fortemente em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), buscando a criação de novos materiais, novas aplicações para materiais conhecidos e novos processos de produção, com o objetivo de atender ou superar as expectativas dos clientes, considerando os aspectos de qualidade, preço e prazo. Nesse contexto, a inovação deve ser compreendida muito além da idéia de visão linear de competição por mercado, considerando, em seu desenvolvimento, todos os possíveis impactos de curto, médio e longo prazos sobre pessoas (trabalhadores, comunidades vizinhas e consumidores), instalações, equipamentos e Meio Ambiente. Assim, o processo de inovação precisa agregar o conceito de sustentabilidade, integrando os aspectos sociais, ambientais e econômicos, baseando-se no pensamento sistêmico, que envolve a análise de interrelações e dos processos de mudança ao longo do tempo. Cumpre assinalar que novos materiais podem gerar novos poluentes, eventualmente sintéticos e não biodegradáveis. Da mesma forma, novas aplicações de materiais conhecidos, bem como novos processos de produção, podem resultar na exposição de pessoas, instalações e meio ambiente a novas aplicações de energias e novos materiais, caracterizando uma face da inovação, ainda pouco percebida em nosso país, relacionada diretamente com Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS). As pesquisas recentes emolduram um cenário que, ainda longe do ótimo, vem obtendo significativa evolução nos últimos tempos. Empresas e organizações de diferentes segmentos, autoridades governamentais, instituições de ensino superior e diversas comunidades vêm trabalhando no desenvolvimento de recursos humanos, preparando-os para atuar em prol da sustentabilidade do planeta. É essencial o estabelecimento de um nível de consciência de que
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as organizações somente atingem sua maturidade plena quando são capazes de harmonizar o crescimento econômico com a promoção do desenvolvimento sustentável. A engenharia, arte de transformar ciência em tecnologia, funciona como espinha dorsal da competitividade na produção de bens e serviços. O papel da engenharia é fundamental no processo de inovação sustentável, dessa forma, o engenheiro do futuro deve aprender o “como fazer” integrado ao “como proteger” as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente. Esse processo de aprendizagem deve ser iniciado na educação básica, consolidado na graduação e continuado nas organizações. Nos países desenvolvidos, o processo de inovação tecnológica é resultado do alinhamento do ensino e pesquisa das universidades com as necessidades empresariais. A universidade assume a responsabilidade de trazer para o ambiente acadêmico as prioridades da política industrial e do desenvolvimento tecnológico. No Brasil, esse cenário vem evoluindo a cada ano com o crescimento de incentivos nas organizações, ampliando a formação de mestres e doutores com uma visão estratégica que integre o crescimento econômico, a gestão ambiental e o progresso social. Ainda existe uma lacuna muito grande na qualificação de profissionais para o setor de petróleo e gás, e é muito comum encontrar pessoas aposentadas que retornam ao mercado para fornecer seu conhecimento e, através de sua experiência prática, inserir mais rapidamente os novos talentos no contexto desse mercado. Para formar um profissional capaz de assumir atividades de altos riscos à sociedade e ao meio ambiente, é necessário um tempo não menor do que 3 anos e, dependendo do nível de conhecimento necessário, o tempo pode ser ainda maior, pois a experiência prática tem grande significância. No final da década passada, a UNESCO reuniu educadores de todo o mundo para estabelecerem as diretrizes que devem caracterizar a educação no século XXI, no sentido de formar cidadãos éticos, solidários e competentes. Foram recomendados 4 pilares que caracterizam uma
aprendizagem efetiva e significativa: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos; e aprender a ser.
lhor os erros e os acertos. E hoje, há uma demanda efetiva por profissionais com uma visão multidisciplinar.
Aprender a conhecer Significa investigar a fundo e compreender que o aprendizado é contínuo, entender os processos, suas interligações e seus mecanismos de interação. O profissional moderno só terá futuro se utilizar essa diretriz com muito vigor, ou será rapidamente substituído, o que requer um papel muito forte das escolas no momento de formar esse indivíduo.
Aprender a ser Neste item, nosso pensamento nos obriga a uma reflexão mais humanista, pois trata-se efetivamente do ser humano, do entendimento de que somente ele é capaz de modificar as coisas, através da sua inteligência e sabedoria.
Aprender a fazer Indica que a engenharia e qualquer outra profissão só perceberá a utilidade sustentável de qualquer processo, fazendo. É isso que despertará a criatividade e a curiosidade, tornando o profissional capaz de perceber lacunas imperceptíveis nas diversas linhas de produção. Aprender a viver juntos É um exercício de cidadania. No âmbito profissional, a convivência com outras atividades, outras áreas de conhecimento é fundamental para essa nova esfera cultural. Viver em conjunto significa olhar para todas as circunstâncias e fazer suas interligações, prevendo me-
A inovação responsável e sustentável deve basear-se na busca de competitividade, com redução do consumo de recursos naturais, prevenção da poluição e redução de desigualdades sociais e regionais. Nesse contexto, a educação sustentável objetiva formar cidadãos capazes de transformar os graves desafios atuais em oportunidades para o desenvolvimento, com a preservação da saúde do planeta.
Renata Ribeiro é jornalista pós-graduada em Gestão de Negócios e Exploração e Produção de Petróleo e Gás.
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GRAXAS ESPECIAIS Por: José Claudio Jalles Monteiro
Graxa é um tipo de lubrificante Alumínio, Poliureia, argila, Sulfonato Foram introduzidas graxas com composto de um óleo básico encor- de Cálcio e os sabões complexos. sabão complexo, que proporcionam pado por um espessante, que vem O agente lubrificante de uma um ponto de gota de cerca de 50/60º C evoluindo constantemente ao longo graxa é, na verdade, o óleo utilizado superior às graxas de sabão simples, do tempo, em termos de qualidade. com seus aditivos, mas o tipo de sa- podendo dessa maneira serem aplicaHá indicios de suas aplicações des- bão escolhido para funcionar como das em locais sujeitos a temperaturas de o antigo Egito, quando era usado espessante confere à graxa caracte- elevadas. Nesse grupo estão as graum composto de gordura animal e rísticas importantes, como resistên- xas de sabão complexo de Lítio e comóleo vegetal nos carros ou bigas pu- cia à água e resistência térmica. plexo de Alumínio. xados por cavalo. Atualmente as exigências de A necessidade do uso de graCom o surgimento das técnicas proteção ambiental, aliadas à mo- xas para toda a vida do equipamende refino do peto (nunca é troQuadro 1: Características por tipo de graxa tróleo, o óleo de cada) levou ao origem animal foi substituído Ponto de Gota ºC pelo básico miResistencia Água Estabilidade Mecanica neral e o espesResistencia Oxidação sante passou a Proteção a Corrosão ser um sabão Bombeabilidade Separação do Basico metálico, inicialAparência mente de Sódio Caracteristica EP e Cálcio. Pouco MB = Muito Boa B = Boa antes da II guerra mundial, surgiu o sabão de Lítio, que ampliava as propriedades das graxas, principalmente no que se refere à resistência à temperatura e umidade. Atualmente, são utilizados vários tipos de espessantes como sabão de 30
surgimento de graxas altamen300 240 400 280 260 te resistentes ao MB MB MB B MB E B B MB MB envelhecimenB MB B B B to. Isso é conB MB B B B seguido com B B B MB D B B B MB B óleos básicos Macia Amanteigada Amanteigada Amanteigada Macia especiais, ulB D D D D tra refinados ou R = Ruim D = Deficiente sintéticos, que possuem maior derna tecnologia de máquinas e veí- resistência à oxidação, e também culos automotores, levaram os lubri- com o uso de aditivo antioxidação ficantes e principalmente as graxas de maior potência. a um enorme desenvolvimento, com Para algumas aplicações espeaperfeiçoamento das graxas à base cialmente críticas, alguns óleos espede sabões metálicos. ciais sintéticos precisam ser utilizados, Sulfonato Ca
Poliureia
Bentonita
Complexo Li
Complexo Al
tais como as Polialfaolefinas, Polialquilenoglicóis, Polio-lésteres, Silicone, PTFE etc. No caso da indústria alimentícia, os óleos devem ser fabricados de modo especial, utilizando-se óleo branco ou ésteres e Polialfaolefinas de grau alimentício. As máquinas atuais exigem a utilização de graxas altamente resistentes ao trabalho/cizalhamento, além de terem grande resistência térmica. Para atender a esses requisitos, foram desenvolvidas, Fibras da graxa de Sulfonato de Cálcio principalmente, as graxas de Poliureia e Sulfonato de Cálcio, que figuram como as mais dustrial, mineração, indústria alimenmodernas para as aplicações de al- tícia e farmacêutica, com excelente tas velocidades, altas temperaturas desempenho também em motores e altas cargas, e têm sido muito indi- elétricos e mancais de rolamento. cadas para uso automotivo, máquiCom relação ao Sulfonato de nas de construção, equipamento in- Cálcio, sua aplicação como espes-
sante para graxas é mais recente e tem apresentado algumas vantagens pela agilidade e facilidade de produção, pois não requer a utilização de reator de pressão e proporciona propriedade de extrema pressão (EP) sem a necessidade de aditivação específica de sais de metais como o Zinco, Fósforo e Enxofre. O quadro nº 1 mostra as principais características de algumas graxas que podem variar, dependendo do óleo básico e dos aditivos usados.
José Claudio Jalles Monteiro é engenheiro mecânico aposentado da Petrobras e consultor técnico para o setor de lubrificantes
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O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números aproximados do mercado brasileiro de lubrificantes de 2008, frutos de pesquisa junto aos principais agentes e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão numérica continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos distribuidores. Com a esperada inércia do crescimento dos dez primeiros meses do ano, a importação e produção de óleos básicos apresentam números ainda altos, que não refletem a queda de consumo dos dois últimos meses.
Uma visão geral do mercado - 2008 O mercado aparente 1.395.000 m3
Total Óleos Lubrificantes:
780.000 m3 490.000 m3 61.000 t 35.000 m3
Automotivos: Industriais: Graxas: Óleos Básicos Importação Produto Acabado: Exportação Produto Acabado:
1.360.000 m3
Total Óleos Básicos:
730.000 m3 430.000 m3 200.000 m3
Produção nacional: Importação: Rerrefino:
60.500 m3 31.500 m3
Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Banco de Dados Lubes em Foco
Evolução do Mercado de Lubrificantes em 2008 (m3) Uma avaliação dos números finais de 2008 do mercado mostra uma sensível queda ocorrida nos meses de novembro e dezembro, fazendo com que o resultado final do ano ficasse apenas cerca de 3,1% superior ao resultado final de 2007, apesar de o primeiro semestre ter apresentado um crescimento médio da ordem de 8%. 130000
Comparativo 2008 x 2007 (%) 120000
% 20 15
110000
10 5
100000
0
média 3,1%
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
-5
90000
-10 -15
80000
-20
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
Mercado de 2008 Mercado de Lubrificantes LubrificantesBrasil Brasil• •Participação Participação 2007
nov
dez
Mercado de Graxas Brasil • Participação 2008
13,1%
17%
12,5% 18,5% 10,5%
8,9%
23% 6,4% 3,4% 3,7%
32
BR Texaco Ipiranga Shell Esso Petronas (Fl Brasil) Castrol Repsol YPF Outros
17,2% 12,5%
9,9% 12,4% 4,1% 6,1%
11% 9,8%
Texaco Ingrax BR Ipiranga Shell Outros Petronas Esso Pax
1
Mercado SINDICOM • Comparativo 09/08 por região (Período Jan a Abr) Total de lubrificantes por região
Mil m3
Análise comparativa por produtos
Mil m3
200
180
2008 2009
2008 2009
198.090
171.331
180.830
160
160
148.625
120
120
124.274
102.130
80
80
14.589
GRAXAS
40
INDUSTRIAIS
AUTOMOTIVOS
68.635 59.329
40
42.435
11.507
27.922 18.618
0
0
SUL
SUDESTE
100
NORTE
NORDESTE
CENTRO OESTE
Lubrificantes industriais por região
Mil m3
Lubrificantes automotivos por região
Mil m3
39.973 32.961
21.591
70 95.785
68.296
2008 2009
2008 2009
60
80 88.011
54.833
50 60
40
40 30 39.856 25.677
36.064 28.367
20
27.119
20
20.774
20.646 17.828 13.436
12.497
10 7.477
11.809
11.478
10.326 8.734
6.311
0
0 SUL
SUDESTE
NORTE
NORDESTE
CENTRO OESTE
SUL
SUDESTE
NORTE
NORDESTE
CENTRO OESTE
1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: BR, Chevron, Ipiranga, Shell, Esso, Petronas, RepsolYPF, Castrol.
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NACIONAIS Bardahl e Lubrizol reforçam parceria comercial A Bardahl, maior fabricante brasileira de aditivos aftermarket, e a Lubrizol, um dos grandes fornecedores de aditivos para combustível do mercado brasileiro, reforçam sua parceria comercial e passam a apoiar o piloto Betinho Gresse, da Stock Car, através de sua marca PowerZol® (Performance Aftermarket Products). Segundo fonte ligada às empresas, ambas com origem nos EUA, a parceria entre elas já dura mais de 20 anos, antes mesmo de parte do combustível brasileiro ser aditivado. “A mesma tecnologia superior de aditivos desenvolvida pela Lubrizol para os combustíveis nas bombas está nos frascos de aditivos da Bardahl, garantia de qualidade para o consumidor”, afirmou a gerência da Lubrizol. IBP programa mais um simpósio em parceria com AEA Motivado pelo sucesso do Simpósio de Lubrificantes rea-
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lizado em novembro do ano passado, o IBP acertou com a AEA a realização de mais uma edição desse evento, na cidade de São Paulo, que deverá acontecer no dia 29 de outubro. A Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP já está organizando a programação técnica do Simpósio, que deverá ter painéis sobre mercado, óleos básicos e tecnologia, entre outras palestras especiais. ANP itinerante chega a Pernambuco Dando continuidade ao projeto de aumentar a interação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP com a sociedade, em todos os estados, foram realizados no mês de maio diversos seminários em Recife, com a participação de diretores e técnicos da Agência, para divulgar as regras em vigor para o mercado brasileiro de combustíveis, padrões de qualidade e fiscalização.
Programação de Eventos Internacionais Data
Evento
2009 Junho 13 a 16
76th NLGI Annual Meeting - Tucson, Arizona, U.S.A.-www.nlgi.org
Junho 15 a 17
SAE International Powertrains, Fuels and Lubricants Congress - Florença, Itália - www.sae.org
Junho 21 a 25
Petroleum Products and Lubricants - Norfolk Waterside Marriott; Norfolk, VA US - www.astm.org
Junho 24 a 25
The 3rd ICIS Asian Base Oils & Lubricants Conference - The Mandarin Oriental Hotel, Kuala Lumpur - www.icis.com
Setembro
The 2009 China Base Oils Conference - Guangzhou, China - www.icis.com
Outubro
The 6th ICIS Middle Eastern Base Oils & Lubricants Conference - Dubai - www.icis.com
Novembro
2009 International Lubricants & Waxes Meeting - Houston TX - www.npradc.org/
Novembro 16 a 18
The 24th International Maintenance Conference - Hilton Ocean Walk Village, Daytona Beach Florida - USA www.maintenanceconference.com/imc/
Dezembro
The 4th ICIS Pan-American Base Oils & Lubricants Conference - New York, USA - www.icis.com
Nacionais Data
Evento
2009 Junho 25
XVII Seminário de Lubrificantes e Lubrificação Industrial - São Paulo, SP - www.abraman.org.br
Agosto 18
Seminário Milagre da Lubrificação, Multiplicando Resultados - São Paulo, SP : relacionamento@silubrin.com.br
Agosto 31 a Set. 4
24˚ Congresso Brasileiro de Manutenção - Centro de Convenções de Pernambuco - Recife - Brasil - www.abraman.org.br
Setembro 15 a 19
Intermach 2009 - Feira Internacional de Metal-Mecânica - Joinville, SC - www.intermach.com.br
Setembro 16 a 17
SIMEA 2009 - XVII Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva - São Paulo - www.aea.org.br
Outubro 29
Simpósio de Lubrificantes - São Paulo - SP
Cursos Data
Evento
2009 Junho 18 e 19
Motores de Combustão Interna – Módulo I - AEA - São Paulo - www.aea.org.br
Julho 28 a 31
Manutenção em Compressores Centrífugos - IBP - Rio de Janeiro - RJ - www.ibp.org.br
Agosto 3 a 7
Informação sobre Bombas - Macaé - IBP - RJ - www.ibp.org.br
Setembro 14 a 18
Gerenciamento para Laboratório - IBP - São Paulo - SP - www.ibp.org.br
Novembro
Lubrificantes e Lubrificação - IBP - São Paulo - www.ibp.org.br
Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.
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