Revista lubes em foco edicao18

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EM FOCO

Abr/Mai 10 Ano III • nº 18 Publicação Bimestral R$ 12,00

A revista do negócio de lubrificantes

Embalagens e a lei de resíduos sólidos Grandes avanços para o Meio Ambiente.

Benefícios dos lubrificantes sintéticos Produtos projetados para alto desempenho.



Editorial Após 3 anos e 18 edições da revista LUBES EM FOCO, podemos dizer que conseguimos realizar o sonho de produzir um veículo especializado de mídia, que abordasse, de forma isenta e profunda, um segmento tão específico e complexo como o mercado brasileiro de lubrificantes. A proposta de ouvir o mercado e a ele retornar com informações relevantes tem sido o objetivo perseguido durante esse tempo e, sem dúvida, alcançado. Acompanhamos o desenvolvimento do mercado, sua crise junto com a economia mundial e a retomada do crescimento apontando para perspectivas animadoras de um futuro promissor. Apresentar números e interpretar os movimentos do mercado não é uma tarefa fácil, principalmente quando ainda não existe uma estruturação que permita uma tranquilidade na precisão dos dados obtidos. Através de pesquisas amplas e detalhadas com os diversos segmentos envolvidos, nossa revista tem se tornado referência tanto para o mercado interno como também para leitores internacionais, e isso é motivo de muito orgulho para todos nós. Temos enfatizado em todas as edições a responsabilidade com o Meio Ambiente, com a eficiência de serviços especializados e, principalmente, com o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes, que vem sendo executado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP e que tem sido o sustentáculo principal da moralização de nosso mercado. Agradecemos, nesse momento de festa, aos nossos colaboradores técnicos que, com suas matérias especializadas, vêm elevando sempre o nível do conhecimento que divulgamos. Às empresas parceiras, que têm nos prestigiado com suas presenças em nossas páginas, também dedicamos esta edição de aniversário, esperando continuar merecedores da confiança e do respeito que têm norteado nossas relações. Por fim, queremos reafirmar o compromisso com nossos leitores de continuarmos nosso processo contínuo de melhoria e aprimoramento, que transformou em sucesso a parceria do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP com a Agência Virtual e que fez com que completássemos esses três anos de atividade recebendo como retorno o carinho e o reconhecimento de nossos leitores. Festejem conosco! Os Editores

Publicado por: AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Marcia Lauriodo Zamboni - reg. 17118-78-45

Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni Capa Tatiana Santos Vieira

Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br

Redação Tatiana Fontenelle

Tiragem 4.000 exemplares

Layout e Editoração Antônio Luiz Cunha Tatiana Santos Vieira

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br

Revisão Angela Belmiro Impressão Gráfica Burti

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Sumário 6

Ponto de Gota ASTM D 566 e

já!

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Entrevista com o presidente da ABIMAQ Luiz Aubert Neto nos fala do objetivo da Associação de atuar em favor do fortalecimento da Indústria Nacional.

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Caracterização de Graxas

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Embalagens de lubrificantes e a lei de resíduos sólidos

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Benefícios dos lubrificantes sintéticos

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Troca de óleo

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A correta lubrificação nas usinas

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Maneiras diferentes de dizer as coisas

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Mercado em foco

Ponto de Gota ASTM D 2265

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ovo site!!! n o s s o n Visite

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Avaliação da qualidade de graxas, com a interpretação de testes de laboratório e suas correlações com o desempenho.

Grandes avanços na questão de geração, tratamento e destinação de resíduos sólidos no Brasil.

Os óleos sintéticos podem ser mais caros, porém oferecem mais benefícios pelo valor gasto.

Um novo padrão de atendimento, em que o consumidor acompanha de perto os serviços no seu veículo.

Seleção de um lubrificante de qualidade, em busca de maior produtividade do setor.

Dizer com afeto uma verdade que seja útil ao outro é requisito fundamental para aceitação e obtenção de resultados.

Os números do mercado brasileiro de lubrificantes com gráficos e participação de mercado.

Notícias Rápidas Atualidades do mercado de lubrificantes.

Programação de Eventos

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ABIMAQ

Buscando o fortalecimento da indústria nacional Por: Tatiana Fontenelle

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - ABIMAQ é uma entidade sem fins lucrativos que representa todos os fabricantes brasileiros de máquinas e equipamentos. Tem alcance nacional e possui, aproximadamente, 1470 associados distribuídos em diversas regiões do Brasil. Em entrevista exclusiva à LUBES EM FOCO, o seu presidente e também diretor-presidente da Aubert Engrenagens LTDA, Luiz Aubert Neto, fala sobre a Associação e o objetivo de atuar em favor do fortalecimento da Indústria Nacional, mobilizando o setor, realizando ações junto às instâncias políticas e econômicas, estimulando o comércio e a cooperação internacionais e contribuindo para aprimorar seu desempenho em termos de tecnologia, capacitação de recursos humanos e modernização gerencial.

Lubes em Foco - Qual é a representatividade da ABIMAQ na indústria brasileira e como está estruturada a Associação? Luiz Aubert Neto - Muito além da representação institucional do setor, a ABIMAQ tem a sua gestão profissionalizada e as suas atividades voltadas para a geração de oportunidades comerciais para as suas associadas, agindo como Agência de Desenvolvimento da Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos. O Sistema ABIMAQ é composto pelas seguintes instituições: ABIMAQ – Estruturada nacionalmente com escritórios e sedes regionais distribuídos pelo país, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos representa atualmente cerca de 6

4.500 empresas dos mais diferentes segmentos fabricantes de bens de capital mecânicos, cujo desempenho tem impacto direto sobre os demais setores produtivos nacionais. SINDIMAQ – O Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas, criado em 1937 sob a denominação de Sindicato dos Construtores de Máquinas e Acessórios Têxteis, é a representação sindical do setor de fabricantes de bens de capital metal mecânicos. IPDMAQ – O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos tem por finalidade promover a difusão da tecnologia industrial voltada para o setor de máquinas e equipamentos e estimular ações de inovação, pesquisa


inovação e desenvolvimento tecnológico.

e desenvolvimento tecnológico. Além disso, o IPDMAQ apoia as indústrias do setor nos seus esforços para transformar ideias em produtos e serviços competitivos. TRADEMAQ – É a empresa que concentra as atividades comerciais da ABIMAQ, tais como eventos, feiras de negócios e publicações técnicas. Seu principal evento é a AGRISHOW, considerada internacionalmente como a maior e a mais importante feira de negócios do Brasil e da América Latina voltada para a tecnologia agrícola. Atualmente, a AGRISHOW é realizada pela empresa Reed Alcântara Machado.

Luiz Aubert Neto

Lubes em Foco - O Sr. acaba de ser reeleito para a presidência da ABIMAQ. Existe alguma nova perspectiva para o novo mandato ou manterá as principais linhas de ação em curso? Luiz Aubert Neto - No escopo de atuação da ABIMAQ, vamos continuar a nossa luta incansável pela desoneração total dos investimentos, redução do Custo Brasil, redução das altas taxas de juros e, principalmente, em defesa do mercado interno e no combate ao aumento desenfreado, e por vezes ilícitos, das importações, que colocam em risco o futuro da indústria de máquinas e equipamentos. Vamos continuar trabalhando em defesa dos interesses das nossas associadas, em defesa de uma indústria competitiva, que

Lubes em Foco - Como a ABIMAQ tem atuado no mercado em relação ao enfoque da responsabilidade socioambiental? Luiz Aubert Neto - A ABIMAQ encabeça uma iniciativa de conscientização da neutralização de CO2 (dióxido de carbono) no processo produtivo industrial, com um enfoque na lucratividade e respeito ao planeta. Sabemos que as empresas estão melhorando sua conscientização, e a procura por uma produção em sistema de carbono neutro está cada vez mais evidente. No entanto, ainda não temos dados concretos da melhora, mesmo porque mapeamos agora, via pesquisa, como as empresas estão agindo e pensando a respeito disso (um mapeamento geral). Por conseguinte, o nosso projeto vislumbra uma sugestão de confecção de um inventário de carbono, com o intuito de criar um sistema produtivo e administrativo de descarbonização e produção de carbono zero. Sendo assim, o nosso projeto acaba por idealizar pela primeira vez, em uníssono, a questão da neutralização de carbono na produção industrial via associação, e não através de atividades isoladas das empresas.

Vamos continuar a nossa luta incansável pela desoneração dos investimentos, redução do Custo Brasil e das altas taxas de juros gera tecnologia e empregos de alto valor agregado. Quero lembrar que a ABIMAQ conta, desde 2007, com uma diretoria totalmente focada na geração de negócios e oportunidades para seus associados. E, com esse propósito, a Associação elaborou um planejamento estratégico inédito intitulado ABIMAQ 2022, que propunha resgatar a competitividade do setor, através de quatro pilares: desoneração dos investimentos; financiamentos; incentivo às exportações,

Lubes em Foco - As empresas nacionais fabricantes de máquinas alegam estar perdendo espaço 7


no mercado brasileiro para as importações de produtos usados, o que não é confirmado pelo governo. Como o Sr. vê essa situação? Luiz Aubert Neto - A verdade é que a indústria nacional vem perdendo participação, não só para equipamentos usados, mas também para novos. E essa perda se deve ao câmbio, aos juros, à alta carga tributária e ao “Custo Brasil”. Para se ter uma ideia, enquanto as exportações passaram de US$ 3.124,97 milhões FOB de janeiro a maio de 2009 para US$ 3.330,83 milhões FOB no período de janeiro a maio de 2010, registrando um crescimento de 6,6%, as importações evoluíram de US$ 7.921,23 milhões FOB para US$ 8.703,91 milhões FOB, registrando um crescimento de 9,9%. Eu não me posiciono contra as importações pura e simplesmente, mas sim contra importações que não trazem contribuição na área tecnológica. Por exemplo, a China já aparece em terceiro lugar na origem das importações do setor, enquanto a Índia, que até há pouco tempo não figurava nas estatísticas, agora aparece em décimo lugar.

Luiz Aubert Neto - O Finame-PSI tem sido o grande motor da recuperação do setor de máquinas e equipamentos. Pela primeira vez na história deste país, estamos convivendo com juros civilizados. Vamos lutar pela perenização do Finame-PSI.

Lubes em Foco - Quais são os principais países envolvidos no comércio exterior de máquinas e equipamentos com o Brasil ? Luiz Aubert Neto - Os Estados Unidos, embora tenham registrado queda de 11,4% nas compras de máquinas e equipamentos brasileiros, ainda continuam liderando o ranking, registrando valores de US$ 537 milhões em 2010. Também registram liderança no ranking de origem das importações, com participação de 26% no volume total e crescimento de 3,5% no período. A Alemanha, no entanto, teve um decréscimo na participação de 1,6% e também queda no volume de vendas de 2,7%, enquanto a China registrou um crescimento no volume de remessas de máquinas e equipamentos para o Brasil da ordem de 50,6%.

Lubes em Foco - No seu entender, quais são os principais entraves para o setor industrial brasileiro? Luiz Aubert Neto - O câmbio, as altas taxas de juros, a alta carga tributária e o “Custo Brasil”. Esses fatores comprometem a competitividade da indústria nacional.

Lubes em Foco - Como está o nível de emprego no setor? Luiz Aubert Neto - A contratação de mão de obra também cresceu no mês de maio de 2010, com uma taxa de variação de 4,4% em relação a maio de 2009, passando de 232.200 para 242.331 o número de empregados do setor. Sobre o mês de outubro de 2008, mês que antecedeu a crise na indústria de máquinas e equipamentos, ainda registra-se queda de 3,15%. O nível de utilização da capacidade instalada registrou crescimento de 2,3% na média do período, evoluindo de 80,1% para 81,9%, mas não podemos perder de vista que estamos falando de apenas um turno, portanto, ainda temos muito espaço para crescimento.

A verdade é que a indústria nacional vem perdendo participação ...

Lubes em Foco - A ABIMAQ pleiteava a prorrogação da linha de financiamento do governo, FINAME-PSI, e o novo prazo foi estendido até dezembro de 2010. O que isso significa para a indústria de máquinas? 8

Lubes em Foco - O que o Sr. pode nos dizer sobre as perspectivas do setor industrial brasileiro para os próximos anos? Luiz Aubert Neto - Para que a indústria nacional tenha oportunidades reais, é preciso criar condições que a coloquem em posição isonômica frente aos concorrentes internacionais, passando pelos seguintes pontos: Desoneração total dos investimentos; Eliminação do “Custo Brasil”; Melhores taxas de juros; Câmbio favorável ao setor produtivo. Vale lembrar que temos grandes investimentos pela frente, como as Olimpíadas, Copa do Mundo, projetos do PAC etc.


Água e óleo não se misturam. Omissão e responsabilidade também não.

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Valorizando o homem, construindo o futuro. 9


Caracterização de Graxas Como avaliar a sua qualidade Por: Leticia M. S. M. Lázaro

s graxas são uma combinação semissólida de um óleo lubrificante com um espessante, gerando um produto homogêneo com qualidades lubrificantes. Existem vários tipos de espessantes, sendo que os principais são os sabões metálicos, como os de lítio, cálcio e alumínio. Existem outros tipos, como a bentonita, que é um tipo de argila, e alguns sintéticos, como a poliuréia, que é um polímero. Assim como os óleos lubrificantes, as graxas possuem testes de laboratório para avaliar suas características e aferir sua qualidade. Alguns ensaios se referem a características físico-químicas, como a penetração, que é utilizada para definir a consistência do produto e diferenciar o mais macio do mais espesso, e ensaios que se referem ao desempenho, relacionados com situações de campo. Nesse tipo, por exemplo, podem-se citar os que medem a capacidade de a graxa proteger o equipamento contra a corrosão. Em geral, os ensaios em laboratório são realizados em condições mais severas que as reais, para acelerar a obtenção dos resultados. Dessa forma, existe uma segurança maior de que o produto que apresente um bom resultado naquelas condições também o faça

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nas condições reais e por um período mais longo, próximo ao da vida útil da graxa em uso. Os métodos citados neste texto foram elaborados pela ASTM – American Society for Testing and Materials. PONTO DE GOTA Trata-se de medir a temperatura na qual o espessante da graxa perde sua estrutura, a ponto de gerar uma gota na cubeta onde a amostra é colocada. Essa situação ocorre em altas temperaturas. Esse ensaio pode ser realizado através de dois métodos: o ASTM D-566 (banho de aquecimento de silicone) e o ASTM D-2265 (aquecimento em bloco de alumínio). A diferença entre os dois métodos está na forma de aquecimento da amostra de graxa. No ASTM D-566 utiliza-se um banho de silicone, que pode atingir até cerca de 288°C. Acima desse valor, adota-se o método ASTM D-2265, que utiliza um bloco de alumínio. Há alguma diferença entre os resultados obtidos pelas duas metodologias, mas, de qualquer forma, esse teste indica a que temperaturas o produto pode ser submetido durante a apli-


cação sem perder sua estrutura. Em geral, recomenda-se o uso do produto, no máximo, entre 20 e 30°C abaixo do ponto de gota. Essa propriedade está relacionada principalmente ao tipo de espessante utilizado. As graxas de bentonita, por exemplo, não possuem ponto de gota, porque o espessante não perde a estrutura e não funde. Por esse motivo, este

Ponto de Gota ASTM D - 566 e Ponto de Gota ASTM D - 2265

tipo de graxa é utilizado em aplicações de altas temperaturas. SEPARAÇÃO E ÓLEO DURANTE A ESTOCAGEM O teste ASTM D - 1742 possui uma boa correlação com a estocagem de graxas em embalagens, e é interessante que seu resultado seja o menor possível. Ele é realizado espalhando-se a amostra de graxa sobre uma tela de 200 mesh (furos de 75 microns). O recipiente onde esta tela está instalada é submetido a uma redução de pressão a 0,25 psi por 24 horas e a 25°C. Um béquer posicionado no interior desse recipiente recolhe o óleo separado da graxa nessas condições. Esse ensaio só é aplicável a graxas com consistência superior ao grau NLGI 1 e está relacionado ao tipo de espessante, à qualidade

de sua estrutura e à composição da graxa de forma geral. Normalmente, graxas contendo aditivos sólidos, como bissulfeto de molibdênio ou grafite, apresentam uma separação de óleo superior às demais.

Separação de Óleo ASTM D - 1742

RESISTÊNCIA À OXIDAÇÃO A resistência à oxidação está relacionada à qualidade e à vida útil da graxa em uso. Ela é medida através do ASTM

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D - 942, no qual alíquotas de graxa são espalhadas em pratos de vidro, que são posicionados em uma pequena estante colocada dentro de um recipiente fechado resistente à pressão. Este é pressurizado com oxigênio a 100 psi e mantido em um banho a 99°C. Mede-se a queda de pressão ocorrida após 100 horas de teste. É necessário cuidado para não confundir possíveis vazamentos com o resultado do ensaio.

de teste, através de um procedimento padronizado, e submetidos ao contato com água sob as seguintes condições: 52°C, 48 horas e 100% de umidade. O teste é realizado em três rolamentos e, ao final, as pistas são avaliadas quanto à presença de pontos de corrosão. O resultado é definido como PASSA, se pelo menos dois rolamentos não apresentarem nenhuma corrosão. Usa-se água destilada neste ensaio. No teste dinâmico, também conhecido como EMCOR, os rolamentos empacotados com a graxa de teste são imersos parcialmente em água e instalados em um eixo que gira a 85 rpm. Há uma sequência de etapas no teste, alternando etapas de rotação e de parada.

Estabilidade à Oxidação ASTM D - 942

Como a queda de pressão está relacionada ao consumo de oxigênio, é desejável que ela seja a menor possível, indicando que praticamente não ocorreu reação de oxidação. O uso de aditivos antioxidantes auxilia bastante na obtenção de bons resultados. Para diferenciar melhor os produtos, pode-se medir a queda de pressão em tempos superiores a 100 horas. PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO Essa propriedade está ligada à contaminação do sistema de lubrificação com água, fator que pode provocar corrosão. Ela pode ser medida através do ASTM D - 1743, método estático, e pelo ASTM D - 6138 (EMCOR), método dinâmico. No método estático, rolamentos são empacotados com a graxa

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vice-versa. De qualquer forma, a presença de aditivos anticorrosivos na composição do produto é fundamental para que se obtenham bons resultados. RESISTÊNCIA À LAVAGEM POR ÁGUA Essa propriedade também pode ser medida através de um teste estático (ASTM D - 4049 – Water Spray) e de um teste dinâmico (ASTM D - 1264 – Water Washout). No ensaio estático, uma camada de cerca de 0,8 mm de graxa é espalhada sobre uma placa de aço inoxidável, que é submetida a um spray de água a 38°C por 5 minutos. Mede-se a diferença de peso da placa com a camada de graxa antes e após o contato com o spray. Vale ressaltar que, após o teste, a placa passa por secagem em estufa. No método dinâmico, um rolamento de esferas é empacotado com a graxa e posicionado no aloja-

EMCOR ASTM D - 6138

Em geral, utilizam-se dois rolamentos por graxa a ser testada, e a aparência das pistas é comparada com padrões de corrosão que variam de 0 (sem corrosão) até 5 (corrosão severa). Esse teste pode ser realizado com água destilada, água do mar sintética, ou mesmo com solução de cloreto de sódio, dependendo da severidade das condições de aplicação da graxa. Não há correlação entre os dois testes, ou seja, um produto pode apresentar um bom resultado no teste estático e um resultado insatisfatório no teste dinâmico, ou

Water Spray ASTM D - 4049


mento do equipamento de teste. Este é submetido a um jato de água na vazão de 5 ml por segundo, enquanto o rolamento gira a 600 rpm sem carga. Esse ensaio pode ser feito em duas temperaturas diferentes: 38 ou 79°C. Estas condições são mantidas por 1 hora e, ao final, seca-se o rolamento em estufa e compara-se seu peso com o do rolamento empacotado antes do teste.

As duas avaliações são realizadas através de diferença de peso, e é desejável que esta seja a menor possível, isto é, independente do ensaio selecionado, não deve ocorrer perda de graxa com o processo de exposição à água. Não há relação entre os resultados dos dois testes, mas ambos estão relacionados à capacidade de aderência da graxa às superfícies. A presença de aditivos na composição da graxa pode interferir nos resultados desse ensaio tanto positiva quanto negativamente.

graxas e são adotados em muitas especificações internacionais de graxas lubrificantes. Os resultados são influenciados pela composição do produto – óleo lubrificante, tipos e concentração de aditivos e o espessante utilizados. Entretanto, é importante ressaltar que o processo de fabricação do espessante e de incorporação do óleo no mesmo também interferem significativamente no desempenho do produto final.

Leticia Maria Seabra

CONCLUSÃO

Monteiro Lázaro é engenheira química

Water Washout ASTM D - 1264

Os testes de laboratório apresentados são uma boa forma de se avaliar a qualidade de

e pesquisadora do CENPES

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Embalagens de lubrificantes

e a lei de resíduos sólidos Por: Antonio Traverso Júnior

substitutivo ao Projeto de Lei nº 203/91, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, já foi aprovado pela Câmara Federal e, tão logo passe pelo Senado, deverá transformar-se em lei pelas mãos do Presidente da República. Esta lei deverá trazer grandes avanços no trato da questão de geração, tratamento e destinação de resíduos no país, principalmente por abranger e responsabilizar todas as partes integrantes da cadeia produtiva – fabricantes, fornecedores, distribuidores e consumidores serão responsáveis pelo manejo adequado dos resíduos. Caberá a todos os envolvidos no ciclo de consumo fazer os resíduos retornarem aos respectivos processos produtivos, ou dar-lhes condição à destinação final adequada, que não seja disposição em aterros sanitários ou lixões. Finalmente, com esta lei, conceitos modernos de gestão de resíduos já consagrados nas modernas economias do mundo, como logística reversa, ciclo de vida, responsabilidade solidária e aumento da reciclabilidade dos recursos e materiais, entrarão definitivamente na agenda empresarial e no discurso da sociedade civil. Do ponto de vista do consumidor industrial de lubrificantes, nesse novo contexto, dois resíduos são particularmente importantes: os lubrificantes usados ou exauridos e as embalagens vazias (ou quase). Como a gestão de lubrificantes usados já dispõe de uma legislação específica através de di-

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versas portarias e resoluções do Conama e da ANP, a lei nº203/91, após sancionada, trará apenas um endoço e sentido de aperfeiçoamento aos instrumentos legais anteriores. Entretanto, em relação às embalagens, esta lei trará obrigações e responsabilidades inteiramente novas no que tange ao pósconsumo dos geradores de resíduos, seja um simples frasco plástico de um litro, um tambor de aço ou um contentor de mil litros. De forma prática, os conceitos de gestão de resíduos utilizando-se o modelo 3R (Reciclar, Reutilizar e Reduzir) + 1P (Preciclar), explícitos ou implícitos nessa nova lei, deverão ser desenvolvidos na sua regulamentação e implantados levando-se em conta as dimensões territoriais e econômicas, a infraestrutura e a realidade socioambiental do país. Na logística reversa, as empresas da cadeia produtiva do lubrificante deverão estabelecer processos e meios para que as embalagens usadas voltem ao sistema produtivo, permitindo com isso que o reuso e a reciclagem, principalmente do plástico e do aço, sejam efetivas. O reuso e a reciclagem contínua e ininterrupta dessas embalagens e materiais configuram outro conceito importantíssimo implícito nessa lei, que é a máxima produtividade dos recursos, isto é, usar os mesmos recursos/materiais o máximo de vezes, evitando a utilização de materiais ou matérias-primas virgens. Para exemplificar a escala da economia dessa prática, tomemos um único contentor de mil litros, também conhecido como

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IBC - Intermediate Bulk Container. Em geral, um IBC tem uma estrutura externa de aço tubular e um envase de PEAD (Polietileno de Alta Densidade). São 170 kWh só para produzir os 50 Kg de aço que ele contém, e mais 187 KWh para produzir o envase plástico. Isso equivale ao consumo de 27.461 lâmpadas econômicas de 13 watts ligadas por uma hora. Temos que convir que é uma embalagem que não pode ser utilizada somente uma vez, ainda que, em algumas situações, seja conveniente e justificável.

A responsabilidade solidária deverá trazer uma maior integração das partes da cadeia produtiva. Irá até os consumidores finais, que terão uma responsabilidade inequívoca no manejo e uso do lubrificante, na guarda, na segregação e na destinação das embalagens. Esses consumidores deverão fazer

Resíduos de lubrificação sem segregação.

Energia na produção de um IBC=27461 lâmpadas econômicas ligadas por 1 hora

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com que as embalagens cheguem ao componente da cadeia imediatamente acima, isto é, fazer chegar ao revendedor, distribuidor, fabricante ou aos seus respectivos representantes, de forma que eles procedam aos passos necessários ao prosseguimento da logística reversa. Na regulamentação da lei, algum tipo de incentivo econômico ou fiscal deverá ser criado visando ao sucesso desse mecanismo e à geração de empregos. A rastreabilidade das embalagens também deverá ser um tema controverso na regulamentação da lei, já que o pequeno consumidor poderá “desequilibrar” esse processo, caso não esteja consciente ou motivado. O ciclo de vida é uma técnica de análise detalhada de todos os produtos/bens ou servi-

ços, desde o “berço” até o “túmulo”. Essa análise possibilita o entendimento de todas as interações socioambientais dos produtos; portanto, no caso das embalagens de lubrificante, se inicia na extração e industrialização das matérias-primas, passando pela produção, transporte, armazenamento, manipulação, utilização e todas as demais etapas até o momento em que o usuário final esgotou a funcionalidade e quer fazer o seu descarte. Esta análise permite identificar os pontos em que o processo interativo é “perdulário” em relação ao meio socioambiental e, por conseguinte, pode melhorar em termos de novas técnicas, novos materiais e produtos ou embalagens substitutas. Esta análise visa conferir mais racionalidade e sustentabilidade aos processos de produção/consumo. Nesse projeto de lei, em relação às embalagens, além da responsabilização pós-consumo dos geradores de resíduos, visa-se ao seguinte:

• Desestimular o uso de embalagens descartáveis; • Incentivar o fabricante a receber os resíduos ou produtos exauridos; • Incentivar o uso de retornáveis; • Estimular o uso de produtos e materiais substitutos ambientalmente amigáveis (materiais renováveis); • Estimular a participação e o envolvimento social e governamental, no nível de estados e municípios inclusive; • Onerar produtos comercializados em embalagens tipo “one way.” Uma externalidade positiva dos conceitos embutidos no texto legal será a tendência natural de os fabricantes de lubrificantes substituírem rapidamente os lubrificantes pouco amigáveis ao meio ambiente. Assim


terão que fazer, pois serão justamente as embalagens desses lubrificantes as mais difíceis e mais caras para serem reutilizadas ou recicladas. Haverá, por exemplo, uma aceleração na substituição de lubrificantes de base asfáltica por lubes mais brandos, atóxicos e até biodegradáveis. A utilização de matérias-primas vegetais na formulação

Kit para abastecimento a granel de frotas

Estação para troca de óleo de veículos a granel.

de lubrificantes acabados também ganhará um impulso e até tornará o reuso ou a reciclagem de embalagens mais atrativas economicamente. Uma nova geração de aditivos mais amigáveis ao meio ambiente também será

uma consequência. A troca de óleo a granel em postos de gasolina, oficinas e concessionárias também poderá ser bastante motivada, levando-se em conta que, ao se instalar um contentor de mil litros em um desses locais, a cada 300 trocas de óleo, em média,1000 frascos de 1 litro deixam de ser usados, isto é, aproximadamente 60 kg de plástico deixam de ser consumidos. Adicionalmente, 20 litros de óleo que ficariam nas paredes dos frascos deixam de ser desperdiçados. Esse contentor é reabastecido periodicamente por caminhões-tanque. Nesse caso, a

logística reversa de embalagens deixa de ser necessária. Apesar dos pontos ainda obscuros e não mencionados no texto substituto da Lei 203/91, a nova lei chega para cobrir uma lacuna na gestão moderna de resíduos, possibilitando a quebra da inércia existente na sociedade brasileira no que diz respeito à correta destinação de resíduos sólidos e, em particular, na gestão da lubrificação, à destinação de embalagens de lubrificantes. As embalagens e resíduos de lubrificantes por sua composição, natureza e uso não podem mais se constituir em um dos grandes vilões do meio em que vivemos e que temos obrigação ética e moral de deixar seguro, saudável e habitável para as gerações futuras.

Antonio Traverso Júnior é engenheiro e coordenador de Lubrificantes da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobras Distribuidora.

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Benefícios dos Lubrificantes Sintéticos Desafios que os proprietários de equipamentos enfrentam Por: Sandra Mazzo-Skalski

s custos e a demanda de energia aumentaram dramaticamente na última década. A Agência para Informações sobre Energia dos EUA concluiu que o consumo de energia pode aumentar em 44% no período de 2006 a 20301. Com a intenção de reduzir custos, muitas vezes as práticas corretas de lubrificação, bem como a qualidade dos lubrificantes, são ignorados. Os períodos de troca são estendidos ou mesmo adiados, e passa-se a comprar lubrificantes alternativos, de menor desempenho. No entanto, escolher essa rota alternativa pode acabar resultando em aumento de gastos tanto de manutenção como de energia. Os óleos sintéticos podem ser mais caros, porém oferecem mais benefícios pelo valor gasto e recuperam esse investimento em prazos relativamente curtos. Os óleos sintéticos oferecem o potencial para poupar energia, reduzir os custos de manutenção e aumentar a vida útil das máquinas.

O

O que são básicos sintéticos? Os básicos sintéticos para lubrificantes são fluidos de alto desempenho, feitos sob medida para fornecer características especiais. Esses básicos são produzidos para oferecer características de desempenho bem superiores às dos básicos minerais convencionais. E quais são as diferenças entre os básicos sintéticos e os minerais? Os óleos minerais são constituídos de misturas complexas de hidrocarbonetos. Nas refinarias, essas 18

misturas de hidrocarbonetos são submetidas a complexos processos para remover os componentes indesejáveis do óleo básico. Em função da “Lei de Retornos Decrescentes”, torna-se antieconômico eliminar completamente as impurezas dos óleos minerais. Os óleos básicos que daí resultam estão abaixo do ideal, porque ainda contêm parafinas e componentes aromáticos, que afetam desfavoravelmente o desempenho e a vida do lubrificante. Em comparação, os fluidos sintéticos são construídos a partir de blocos químicos menores, que são combinados para obter as características desejadas. As Polialfaolefinas (PAO), por exemplo, são fabricadas com alfaolefinas derivadas do etileno para obter moléculas que são, virtualmente, idênticas em tamanho e forma. Esses básicos não contêm ceras, nem parafinas ou componentes aromáticos, de modo que suas propriedades são bem definidas. Os ésteres são obtidos pela reação de ácidos com álcoois. Da mesma forma que as PAOs, eles têm características feitas sob medida, que são bem adaptadas a condições especiais de lubrificação. As turbinas a jato de aviões são normalmente lubrificadas com ésteres desenvolvidos especialmente para essa função. Em geral, os básicos sintéticos são fabricados com propriedades para atender à aplicação final. Além disso, essas bases sintéticas podem ser adicionadas aos óleos minerais para incrementar o seu desempenho.


O Desempenho em Altas Temperaturas Os lubrificantes sintéticos têm várias vantagens, quando comparados aos óleos minerais no desempenho em altas temperaturas. Sua estabilidade à oxidação permite que o fluido resista à decomposição na presença de calor e oxigênio, o que é essencial nas aplicações envolvendo altas temperaturas e contato com ar. Os básicos de PAO exibem boa estabilidade à oxidação, quando formulados com antioxidantes adequados, o que faz com que óleos lubrificantes formulados com essas bases permaneçam em serviço por intervalos bem maiores. Na Figura 1, um óleo básico mineral e três óleos básicos de PAO de viscosidades diferentes (cada um contendo 2% de antioxidante) foram

225 200 175 150 125 100 75 50 25 0 Min Oil

PAO 6

PAO 40

PAO 100

Figura 1: Grau de oxidação comparativo entre básico mineral e PAOs

submetidos a um fluxo de ar de 10 litros/hora durante 72 horas a 163 graus Celsius. Vários metais – Cobre, Ferro e Alumínio, na forma de arames, e uma lâmina de Chumbo – foram colocados nas amostras de óleo para funcionar como catalisadores de decomposi-

ção térmica e oxidativa. Ao fim do ensaio, foram avaliadas as mudanças de viscosidade para medir o grau de oxidação. A PAO exibiu o mínimo de aumento da viscosidade, indicando uma melhor estabilidade à oxidação do que o óleo mineral.

19


Os básicos sintéticos também são menos voláteis que os óleos minerais. Óleos minerais altamente refinados, como os do Grupo III da API, estão melhorando constantemente, mas os sintéticos ainda oferecem menor volatilidade, especialmente nas viscosidades mais baixas. Uma volatilidade maior leva a um consumo mais elevado de óleo, o que aumenta a necessidade de repor o nível de óleo do cárter.

Julho 2001 8%

0,0

3,9%

96% custo de energia

Conhecendo os benefícios de usar um óleo sintético

custo do óleo custo de manutenção

Figura 2: Custos de operação de equipamento industrial

Um hospital na Califórnia fez uma comparação usando óleo mineral e óleo sintético em dois motores Caterpillar a gás para geração de eletricidade2. Eles verificaram que foi possível aumentar os períodos de troca de óleo de 500 horas com óleo mineral para 3.500 horas com o óleo sintético. O consumo de óleo também foi reduzido com o óleo sintético, diminuindo a necessidade de repor o nível de óleo no cárter. O hospital verificou uma redução dos tempos de parada e menos trocas de óleo e filtros, reduzindo custos de materiais, bem como baixando os custos de descarte de materiais químicos devido à redução das trocas de óleo do motor rodando com óleo sintético. Além disso, notaram um desgaste menor, menos verniz e diminuição dos depósitos de carbono no motor funcionando com oleo sintético. O melhor desempenho do óleo sintético possibilitou estender os períodos de troca dos cabeçotes de cilindros de 12.000 para 20.000 horas. Mesmo considerando o custo mais alto do óleo usado, o hospital conseguiu economizar US$ 11 mil por ano em mão de obra e material. O motor rodando com o óleo sintético desenvolveu maior potência e parou menos vezes para manutenção, o que produziu uma economia de US$ 65 mil anuais com a redução da compra de energia elétrica e aumento nas vendas de energia para a rede nos picos operacionais. Os custos da energia são de longe maiores do que os custos com a manutenção em equipamentos industriais. A Figura 2 mostra a divisão aproximada dos custos para operar um equipamento industrial. A energia representa mais de 96% desses custos, o que significa que mesmo uma pequena melhoria na economia de energia pode resultar em importantes economias para uma fábrica inteira3. As propriedades dos fluidos sintéticos de proporcionarem economia de energia podem capacitar as empresas a reduções significativas a um custo relativamente baixo. Por exemplo, uma refinaria do estado Novo México, nos 20

EUA, estudou o potencial para economias de energia em oito bombas elétricas de processo. O óleo mineral em uso nessas bombas foi substituído por um lubrificante sintético. A refinaria conseguiu registrar uma queda de 8% no uso de energia nessas bombas, o que representou uma economia de US$ 216 mil por ano.

Conclusões Os lubrificantes sintéticos são projetados para oferecer um desempenho cujas características ultrapassam às dos básicos convencionais. Sua estabilidade térmica e à oxidação proporcionam uma vida mais longa para o lubrificante. Suas boas propriedades em altas e baixas temperaturas possibilitam uma faixa mais ampla de aplicações do que a dos óleos minerais. Apesar de serem normalmente mais caros que os óleos minerais, seu desempenho superior e os benefícios econômicos resultantes de seu emprego muitas vezes contrabalançam os investimentos iniciais, dentro de um período de retorno bastante breve. Referências: 1- http://www.eia.doe.gov/oiaf/ieo/highlights.html 2- The Cogeneration Journal, Vol 7, #5, 1992 3- Lee Culbertson, “Justify Lubricant Upgrades with Energy Savings”. Machinery Lubrication Magazine.

Sandra Mazzo-Skalski é engenheira química com mestrado pela Drexel University - EUA e especialista em desempenho de produtos da ExxonMobil Chemical Synthetics.


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21


Troca de Óleo Por: Gustavo Eduardo Zamboni José Cláudio Jalles Monteiro

om a evolução tecnológica dos últimos anos e as mudanças no mercado financeiro do país, que reduziram as taxas de juros e flexibilizaram as condições dos empréstimos para compra de bens de consumo, o Brasil está a caminho de se tornar o quarto maior mercado automotivo do mundo, superando a Alemanha.

C

As vendas de veículos no Brasil somaram 3,1 milhões em 2009, e espera-se que o ano de 2010 feche aproximadamente em 3,4 milhões de unidades, um crescimento estimado de 9,5% sobre o ano anterior. Como resultado do aumento da produção de veículos no país e o consequente aumento da frota nacional, que cresceu 35% nos últimos anos, podemos observar um incremento significativo do consumo de óleos e fluidos automotivos.

O mercado automotivo Segundo reportagem da agência de notícias Bloomberg, essa facilidade de acesso ao crédito, no Brasil, aumentou em mais de 50% o potencial de consumidores para bens de consumo duráveis. Dessa forma, e como consequência da entrada de um grande grupo de novos consumidores, a chamada “nova classe C”, para o mercado automotivo, o Brasil ultrapassaria, em 2010, o tamanho do mercado automotivo alemão. 22

Política social e a frota de motos Em paralelo ao mercado automotivo, a frota de motos também cresceu de forma representativa nos últimos anos, em função das facilidades para aquisição, da extensão dos prazos de pagamento, além dos preços mais competitivos, resultantes da entrada, no mercado, de novas montadoras.


Esse aquecimento do mercado é também um reflexo de uma política social, que beneficia as classes trabalhadoras, exatamente aquela que troca o transporte coletivo pelo investimento em um veículo próprio, barato e acessível a seu padrão econômico - uma moto. Mantendo-se o desempenho atual da economia, a expectativa é que o mercado continue em crescimento. As marcas tradicionais que atuam no país investem em novos produtos para atender a consumidores de faixas distintas de salário, que sonham com o primeiro veículo. Por outro lado, o trânsito caótico levou muitos trabalhadores a optar pela compra de motocicletas,

que, além de agilidade, oferecem economia e rapidez. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, C i c l o m o t o re s , Motonetas, Bicicletas e Similares ABRACICLO, a produção do primeiro bimestre deste ano é 47,4% superior ao mesmo período de 2009. As vendas foram também estimuladas por medidas anunciadas pelo Governo Federal, como a isenção do Cofins e tam-

bém uma linha de crédito de R$ 3 bilhões para financiar a venda de motos de até 150cc. As motos viraram uma alternativa para o transporte individual, e essa opção fez com que a frota aumentasse em 34% no último ano em SP.

23


A Rede Jet Oil

A rede de postos Ipiranga tem hoje 640 unidades Jet Oil em todo o território nacional. A franquia tem como objetivo levar aos consumidores um serviço especializado em troca de óleo e serviços automotivos como um diferencial para a rede de postos.

Jet Oil Motos Considerando o aumento da frota de motos, a empresa lançou, em 2008, o Jet Oil Motos, uma franquia especializada na troca de óleo e serviços para motos.

As novas trocas de óleo Facilmente podemos concluir, do acima apresentado, que isso levou as empresas do setor de petróleo e derivados à obrigação de realizar uma reestruturação dos sistemas de troca de óleo por elas utilizados, já que, além de um mercado crescente, as empresas encontram-se também frente a um novo consumidor, com um novo perfil de consumo e necessidades dife24

renciadas, que deve ser atraído para a bandeira. Ainda mais difícil, devem tentar fidelizá-lo, para que retorne sempre à procura de novos produtos e serviços oferecidos por cada uma das companhias. Como resultado dessa pressão por mudanças, as empresas do setor realizaram modificações em suas operações, visando satisfazer as novas necessidades e exigências dos consumidores. Dessa forma, uma das primeiras mudanças foi a de dar aos serviços de troca de óleo um visual mais acolhedor, limpo e atraente, de forma a possibilitar a interação dos consumidores dentro do ambiente de trabalho, oferecendo, então, aos motoristas um atendimento personalizado e um local onde podem acompanhar de perto os serviços realizados no seu veículo. Por outro lado, com o aumento do número de carros e, consequentemente, de consumidores, era preciso que as empresas agilizassem a operação, tanto para poder aumentar o número de atendimentos quanto para

A Rede LUBRAX +

Em 2010, a BR Distribuidora realizou uma completa reformulação do serviço de lubrificação oferecido a seus clientes, na sua rede de postos. O principal objetivo desta mudança foi o de valorizar a experiência do consumidor final, oferecendo, além dos serviços técnicos, um ambiente agradável e, que no fim, gere um aumento das vendas de lubrificantes nos postos de serviço de sua rede.


tornar, para os motoristas, menos enfadonho o processo de trocar o óleo do seu automóvel. Assim, algumas empresas implementaram sistemas de computador com cadastros de todas as marcas e modelos de automóveis comercializados no país, contendo todas as especificações técnicas de cada veículo, agilizando assim o atendimento do operador e evitando recomendações erradas de fluidos e peças. Como complemento do serviço de troca de óleo, as empresas realizam normalmente a checagem gratuita de alguns itens, visando, por um lado, facilitar a vida dos consumidores e, por outro, aumentar suas vendas. Alguns

dos serviços gratuitos oferecidos são verificação de:

6 Óleo do motor 6 Filtro de combustível 6 Fluido de transmissão 6 Fluido de freio 6 Água do radiador 6 Água do limpador do pára-brisa 6 Calibragem dos pneus 6 Filtro de óleo 6 Filtro de ar 6 Fluido de direção hidráulica 6 Água da bateria 6 Fluido de diferencial 6 Faróis e lanternas 6 Palhetas 6 Gasolina de partida 6 Itens de emergência

Para finalizar, normalmente o sistema emite um relatório sobre os serviços realizados e informa a data para a próxima troca de óleo, mantendo no seu cadastro os dados do cliente e de seu veículo, possibilitando o envio de avisos sobre o vencimento da sua troca de óleo.

Gustavo E. Zamboni é engenheiro industrial, formado pela Universidade Nacional de Buenos Aires

José Claudio J. Monteiro é engenheiro químico e consultor técnico para o setor de lubrificantes

Qualidade e Competitividade são os nossos objetivos

6 O seu distribuidor de aditivos para:

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25


Por: Octacílio Paganini Júnior

inda hoje os consultores em lubrificação se deparam, em várias usinas e destilarias, com estruturas arcaicas de manutenção e lubrificação. Entretanto, não podemos esquecer que essa é uma indústria que tem subsistido e se desenvolvido ao longo de muitas décadas, sendo a maioria originada de pequenos empreendimentos familiares, os quais vêm, nos últimos anos, se tornando grandes empresas, algumas inclusive associadas a grupos internacionais. No texto a seguir, procuramos enfocar e contribuir para a melhoria da lubrificação em geral e especificamente para um equipamento essencial utilizado pela grande maioria das usinas e destilarias: a moenda. Apesar da evolução experimentada pelo setor sucroalcooleiro nos últimos anos, muitas pessoas do segmento, ainda hoje em dia, acreditam que lubrificante é tudo igual. Muitos não percebem a grande importância dos setores de lubrificação e manutenção de suas unidades. Entretanto, felizmente, é crescente o número daqueles que já enxergaram os benefícios que podem ser agregados ao negócio, em consequência da preservação dos equipamentos através da correta lubrificação. A experiência nos mostra que o investimento em treinamento das equipes de lubrificadores e gestores dessas áreas tem potencial de gerar resultados surpreendentes. Existem muitas coisas a serem feitas e muito resultado a ser colhido. A maioria das equipes de lubrificação e manutenção simplesmente desconhece algumas necessidades básicas relacionadas aos lubrificantes, tais como:

A

26

A necessidade de a área de estocagem dos lubrificantes

estar em local limpo e arejado, afastado ou protegido o máximo possível das contaminações provenientes do ambiente;

A necessidade de que equipamentos de transferência de

óleos ou graxas sejam exclusivos para cada tipo de lubrificante (baldes, funis, bombas, mangueiras, bicos etc.);

A necessidade de se manterem tais equipamentos sempre

limpos e isentos de contaminantes;

A necessidade de se manterem os lubrificantes afastados

de grandes variações de temperatura.

Não se podem esperar o adequado funcionamento e a preservação de um equipamento se o lubrificante utilizado já é inserido sujo, oxidado ou com muita umidade. De mesma forma, de nada adianta tomar todos os cuidados com estocagem e manipulação dos lubrificantes e se esquecer da preservação dessas condições durante o período em que esses produtos estiverem em uso na lubrificação dos componentes das máquinas e motores. Ações necessitam ser tomadas no sentido de garantir que alguns cuidados sejam observados nos próprios equipamentos. Algumas dessas ações:

Selecione um lubrificante de qualidade que atenda às

especificações requeridas pelo equipamento;

Certifique-se de obedecer ao grau de limpeza que o equi-

pamento exige do lubrificante para seu correto funcionamento e preservação;

Instale nos equipamentos, reservatórios e/ou linhas de circu-

lação, elementos que proporcionem ao lubrificante manter-se


isento de água e impurezas, tais como, filtros, respiros desumidificadores etc.;

Realize análises de óleo periódicas,

visando verificar a condição do próprio lubrificante, bem como qualquer anormalidade no equipamento;

Certifique-se de que os locais de to-

mada de amostras estejam posicionados adequadamente;

E, mais importante que tudo, utilize

os resultados dessas análises para melhorar as suas condições de operação.

Apenas o que citamos até agora seria suficiente para a garantia de uma lubrificação adequada? Podemos dizer que seria essencial, mas não suficiente. Alguns outros fatores estão influenciando hoje em dia a escolha e o uso de um lubrificante. Uma das grandes questões é, como lubrificar adequadamente e,

ao mesmo tempo, atender às crescentes demandas por produtos que proporcionem maior conservação ambiental e menor agressividade à saúde? Certamente essa é uma pergunta que todos fazem, especialmente as usinas e destilarias, visto o apelo ecológico do uso do álcool como um combustível limpo. Para atender a essa necessidade, os fabricantes de lubrificantes buscam constantemente desenvolver produtos e serviços que, além de aumentarem a confiabilidade dos equipamentos, também atendam a essa demanda. Um dos grandes exemplos na busca por produtos com maior tecnologia e apelo ecológico foi o desenvolvimento de óleos sintéticos e semissintéticos para a substituição dos produtos de base asfáltica de alta vis-

cosidade que, até pouco tempo, eram utilizados pela maioria das usinas e destilarias na lubrificação de volandeiras e mancais de moenda. Esses produtos de tecnologia sintética devem ser isentos de asfalto, chumbo, cloro e solventes, possuindo ainda características biodegradáveis e não agressivas à saúde. Normalmente estão disponíveis em viscosidades que variam de 2200 a 16000 cst a 40ºC. Os produtos dessa linha que já estão sendo utilizados pelo setor sucroalcooleiro apresentam, em sua composição, aditivos de extrema pressão de altíssimo desempenho, para condições extremas de serviços de engrenagens, mancais de moendas e redutores de velocidade, lubrificados por banho de óleo ou por sistema de lubrificação centralizada,

27


e proporcionam o prolongamento da vida útil desses equipamentos, reduzindo os custos de manutenção. Infelizmente ainda existe alguma resistência na utilização desses produtos de maior tecnologia, em razão de seu alto custol. Entretanto, os benefícios, inclusive financeiros, de seu uso normalmente suplantam muitas vezes esse custo inicial. Esses produtos, quando utilizados e preservados adequadamente, podem proporcionar:

Menor consumo: Redução de até

Suspensão da necessidade de troca

cação em uma faixa mais ampla de va-

anual da carga de lubrificante dos reser-

riações de temperatura, em relação aos

vatórios dessas engrenagens;

lubrificantes de base asfáltica;

Diminuição drástica ou eliminação

das quebras de mancais da moenda

base Asfática x base Sintética.

durante a safra e a consequente parada para manutenção corretiva, ou seja, aumentam a produtividade;

Eliminação do custo para o descarte

adequado dos óleos de base asfáltica;

Benefício ao Meio Ambiente, em razão

da utilização de produtos biodegradáveis;

Benefício aos trabalhadores, em ra-

80% do consumo em relação aos óleos

zão do uso de um produto não agressi-

de base asfáltica;

vo à saúde;

Maior resistência à carga, ocasio-

Comparação Visual: Lubrificantes de

Visualização das condições das engre-

nando a suspensão da necessidade de

nagens, devido à sua cor clara, sem a ne-

desmontagem e a recuperação anual

cessidade de limpeza com solventes caros

das engrenagens de dentes retos e bi-

e agressivos à saúde e ao meio-ambiente;

helicoidais, face à diminuição substan-

cial do desgaste das peças;

produtos proporciona uma melhor lubrifi-

O alto Índice de Viscosidade desses

Firme como uma Rocha. Isto é exatamente o que voce pode obter com nossa tecnologia ILSAC GF-5 e dexos™. A série de aditivos Infineum P5700, com novos componentes patenteados, permite uma formulação precisamente balanceada para otimizar o desempenho dos motores. Nós oferecemos vários serviços para atender às suas necessidades de produtos, suprimentos, logística e aprovações nos fabricantes de motores. Naturalmente que você pode contar com nosso suporte de Marketing. Desempenho dos produtos Infineum...firme como uma rocha.

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Vale destacar que um produto de maior tecnologia e qualidade não realiza milagres por si só. Haverá sempre a necessidade de que sejam atendidos os pré-requisitos citados nesta matéria, para que se obtenham o máximo desempenho operacional, maior economia e maior produtividade. Octacílio

Paganini

Júnior é Engenheiro de Assistência

Técnica

da Ipiranga Produtos de Petróleo S/A



Maneira diferente de dizer as coisas

F

alar com afeto uma verdade que seja útil ao outro é requisito fundamental para aceitação e obtenção de resultados. Obtemos relações produtivas no trabalho quando os contratos de expectativas das pessoas em relação às outras são explicitados, de forma transparente, criteriosa, construtiva, ética e afetiva.

Os estudos das relações humanas dentro de uma organização mencionam constantemente a importância de uma boa comunicação entre colaboradores e, principalmente, a prática do feedback como recurso para construir e ajudar o desenvolvimento pessoal dentro da empresa. Algumas histórias antigas trazem grande sabedoria e pontuam temas que até hoje permanecem em evidência nos estudos de comunicação interpessoal. Duas delas, em especial, chamam nossa atenção por sua simplicidade e profundidade. As Três Peneiras de Sócrates Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse: Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu! • Espera - disse o sábio. Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras. Três peneiras? Que queres dizer? • Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade? Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade. • A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não? Envergonhado, o homem respondeu: Devo confessar que não. • A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo? Útil? Na verdade, não. Então, disse-lhe o sábio: • se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil é melhor que o guardes apenas para ti.

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Os Dentes do Sultão Certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho. Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade. • Mas que insolente! Gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui! Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe: Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes. A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E, quando este saia do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado: Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro. Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer.

Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas é a forma com que ela é comunicada que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade. A embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos. Ademais, será sábio de nossa parte, antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho. E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo é ter sempre em mente que o que fará diferença é a maneira de dizer as coisas...” Autor desconhecido

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O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao primeiro quadrimestre de 2010, fruto de pesquisa junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos distribuidores.

Uma estimativa do mercado no 1º Quadrimestre de 2010 O mercado aparente 458.800 m3

Mercado Total Óleos Lubrificantes

383.020 m3

Óleos Básicos: Mercado Total

m3

Mercado Local: Automotivos: Industriais: Óleos Básicos

426.000 254.000 m3 162.000 m3 10.000 m3 45.500 m3 12.700 m3

Importação Produto Acabado: Exportação Produto Acabado: Mercado Total Graxas

Produção Local: Refinarias Rerrefino

235.000 m3 165.000 m3 70.000 m3

Importação Exportação

151.500 m3 3.480 m3

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Banco de Dados Lubes em Foco

20.000 t

Mercado SINDICOM1•Comparativo 2010/2009 por região (período jan - mai) Total de lubrificantes por região

Mil m3

Análise comparativa por produtos

Mil m3

240

600

2009 2010

300 480 420

2009 2010

231.431

210 191.695

180

266.127 230.095

150

200 300

120

166.424

240

90

130.765

84.406

100

60

49.403

15.287

0

GRAXAS

120

INDUSTRIAIS

AUTOMOTIVOS

75.054

60 30

NORDESTE

CENTRO OESTE

94.295

90

2009 2010

NORTE

Lubrificantes industriais por região

Mil m3

2009 2010

80 70

113.098

100

SUDESTE

100

140 120

42.816

0

Lubrificantes automotivos por região

128.288

36.386

23.610 18.441 SUL

Mil m3

57.464

30.875

71.083

60 80

50

60

40 50.191

40

30

45.782

20

20 22.781

14.957

30.323 26.055

38.976 33.477 26.238

18.433

10

11.573

16.170 11.558

14.064

0

0 SUL

SUDESTE

NORTE

NORDESTE

CENTRO OESTE

SUL

SUDESTE

NORTE

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Repsol, Shell.

32

14.030

8.039 NORDESTE

CENTRO OESTE


Mercado de Lubrificantes em 2009 (m3)

Mercado de Graxas em 2009 (t)

12,6% 11,9%

22,0%

9,6%

9,5%

21% 6,7%

BR Chevron Ipiranga Cosan (Esso) Shell Petronas Castrol Repsol YPF Outros

16,8% 14,1%

18,4%

7,0%

12,0%

3,2% 3,5% 9,7% 9,7%

Chevron BR Ingrax Ipiranga Petronas Shell Cosan (Esso) Outros

11,2%

NOTA: Os dados de mercado, correspondentes ao ano de 2008, que foram retirados desta seção, podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

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NACIONAIS Indústria química brasileira reduz emissões. Durante o 13º Congresso de Atuação Responsável, realizado de 21 a 23 de junho, em São Paulo, foram divulgados os dados de desempenho da Indústria Química relativos à Saúde, Segurança e Meio Ambiente. A emissão de Dióxido de Carbono (CO2) caiu para 312 quilos por tonelada de produto fabricado em 2009, o que representa redução de 46,2% em relação a 2001. Houve queda também no uso de recursos naturais: o volume de água captada foi reduzido em 31,7%, passando de 9,22 m3 em 2001 para 6,29 m3 por tonelada de produto em 2009. O evento teve a produção e a organização da ABIQUIM, ABEQ e da CPS.

Investimento em inovação tecnológica no Brasil bate recorde em 2009. Os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) crescem a cada ano no Brasil. Dados parciais do ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) apontam para resultados ainda mais positivos para o relatório deste ano, com cerca de 800 empresas e R$ 10 bilhões de investimentos na área, relativos a 2009. Os valores são significativamente maiores na comparação com 2008, quando foi estabelecido um recorde, com um total de 460 adesões e R$ 8,1 bilhões investidos. O crescimento do número de empresas inovadoras chegou a 500%, desde o ano de 2006.

INTERNACIONAIS BASF compra Cognis e se fortalece em sintéticos. A BASF, empresa alemã líder no segmento de produtos químicos, chegou a um acordo para a compra de sua conterrânea Cognis pelo valor total de € 3,1 bilhões, sendo que, desses, apenas 700 milhões serão desembolsados, ficando o restante relacionado a

dívidas financeiras e obrigações trabalhistas. Segundo fontes ligadas às empresas, alguns produtos podem se sobrepor à linha já existente, mas, essa aquisição irá expandir o catálogo de produtos oferecidos pela empresa, principalmente na área de matérias-primas renováveis para a área industrial.

3º CONGRESSO NACIONAL Palestras técnicas Exposição Visita à Refinaria Duque de Caxias Seja um expositor do 3° Congresso - Entre em contato pelo telefone (11) 3676-0874

Inscrições pelo telefone (11) 3207-0072 ou pelo site www.simepetro.com.br

2010

19 DE AGOSTO 8 ÀS 18 HORAS HOTEL WINDSOR FLÓRIDA

R. FERREIRA VIANA, 81 FLAMENGO RIO DE JANEIRO - RJ


Programação de Eventos Internacionais Data

Evento

2010 Junho 12 a 15

77th. NLGI Annual Meeting - Bonita Springs - Florida - USA - www.nlgi.org/annual_meeting.htm

Junho 27 a Julho 01

ASTM International Meeting - Petroleum Products and Lubricants - Kansas City - MO, USA

Setembro 13 a 16

Rio Oil & Gas Expo and Conference - Rio de Janeiro - www.ibp.org.br

Outubro 17

ASME International Workshop on Green and Bio-Tribology - San Francisco, CA - USA - www.asmeconferences.org

Outubro 21 a 22

The European Lubricant Industry at the beginning of the New Decade - Viena - Austria - www.ueil.org/news

Novembro 11 a 12

International Lubricants & Waxes Meeting - Houston - TX - USA - www.npra.org/meetings

Dezembro 2 a 3

6th. ICIS Pan-American Base Oils & Lubricants Conference - N.Jersey - USA - www.icisconference.com/globalbaseoils

Nacionais Data

Evento

2010 Junho 9 a 12

5ª Feira Sul-Brasileira da Indústria Automotiva - Pinhais - Curitiba - PR - www.feiraautopar.com.br/site/

Junho 21 a 24

Feira Internacional dos Fornecedores da Indústria Química e Petroquímica - SP - www.quimica-petroquimica.com.br

Agosto 05

6o Seminário de Lubrificação Industrial - Porto Alegre - RS - www.abraman.org.br

Agosto 18 a 21

VI Congresso Nacional de Eng. Mecânica - CONEM 2010 - Campina Grd - PB - www.conem2010.dem.ufcg.edu.br

Agosto 19

3º Congresso Nacional Simepetro - Hotel Windsor Flórida - Rio de Janeiro - RJ - www.simepetro.com.br

Setembro 13 a 17

25º Congresso Brasileiro de Manutenção - Bento Gonçalves - RS - www.abraman.org.br

Cursos Data

Evento

2010 Junho 28 a 30

Lubrificantes e Lubrificação - Recife - PE - www.ibp.org.br

Agosto 2 e 3

Biodiesel - Tecnologia, Regulação e Investimentos - Rio de Janeiro - www.ibp.org.br

Agosto 16 a 20

Performance de grandes máquinas - Rio de Janeiro - www.ibp.org.br

Outubro

Lubrificantes e Lubrificação - São Paulo - SP - www.ibp.org.br

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.


13-16 de de Setembro Setembro 13-16 Riocentro -- Rio Rio de de Janeiro Janeiro -- Brasil Brasil Riocentro

03.10

Participe do maior evento de petróleo e gás da América Latina

Para mais informações, fale com o IBP:

Av. Almirante Barroso, 52 / 26º andar 20031-000 • Rio de Janeiro • RJ • Brasil Tel.: (+55 21) 2112-9000 • Fax: (+55 21) 2220-1596 E-mail: congressos@ibp.org.br

www.riooilgas.com.br

Realização/Organização:


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