EM FOCO
Jun/Jul 10 Ano IV • nº 19 Publicação Bimestral R$ 12,00
A revista do negócio de lubrificantes
Brasil na era do Grupo II
Lwart sai na frente com hidrotratamento em nova planta de óleos básicos.
Protetivos para as Indústrias A mais recente abordagem química à tecnologia protetiva facilita formuladores.
O descarte inadequado do óleo lubrificante usado pode provocar danos ambientais. Preservar o meio ambiente é responsabilidade de todos. Resolução CONAMA 362/2005.
Mais um grande lançamento da tecnologia Lubrax.
Não utilize aditivação extra.
Chegou Lubrax Náutica Tecno. O único lubrificante de base sintética para motores de popa, de centro e centro-rabeta movidos a gasolina.
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Editorial O uso de tecnologias modernas para a fabricação de produtos de alto desempenho é fundamental para o desenvolvimento de um país e estimulante para um mercado em ascensão, tanto em termos volumétricos quanto em qualidade. É gratificante perceber esse movimento no mercado brasileiro de lubrificantes, ao recebermos a notícia do projeto de produção de óleos básicos do grupo II, da Lwart, no interior de São Paulo, a partir do processo de rerrefino de óleos usados ou contaminados. Podemos admitir ser incontestável que a demanda por básicos de qualidade superior irá aumentar significativamente em todo o mundo, e, no Brasil, não será diferente. Dessa forma, poder produzir localmente esses insumos é muito importante para o país. Essa tem sido a expectativa do mercado durante longos anos em que se esperou um direcionamento dos investimentos da Petrobras nas refinarias, com foco na hidrogenação de óleos básicos. Ainda temos a esperança de poder ver, em médio prazo, alguma refinaria brasileira produzindo básicos de qualidade superior, grupos II ou III, mas sabemos também que, para o porte de uma refinaria, o investimento é bastante elevado, e lubrificantes geralmente não estão na lista de prioridades, quando o foco se restringe exclusivamente à rentabilidade. O marco que se estabelecerá com a produção local de grupo II virá, antes de tudo, elevar a importância do rerrefino na cadeia produtiva nacional, com melhoria da qualidade e, consequentemente, aumento da coleta de óleos usados. Portanto, também é expectativa do mercado, que outras empresas do ramo procurem melhorar seus processos e a qualidade de seus produtos. Não se pode mais admitir que processos obsoletos, produzindo óleos de qualidade questionável e resíduos ambientalmente incorretos continuem a existir ainda em número significativo, quando buscamos um reconhecimento internacional na posição de quinto mercado do mundo. A indústria brasileira cresce hoje com uma das maiores taxas do mundo, e o futuro nos projeta para a posição de grande produtor e exportador de petróleo, portanto não se trata apenas de um desejo do mercado, mas de uma obrigação de empresários e órgãos controladores, a luta pela moralização e melhoria da qualidade dos óleos e graxas lubrificantes comercializados no Brasil.
Os Editores
Publicado por: AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Marcia Lauriodo Zamboni - reg. 17118-78-45
Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni Capa Gustavo Eduardo Zamboni
Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br
Redação Tatiana Fontenelle
Tiragem 4.000 exemplares
Layout e Editoração Antônio Luiz Cunha Tatiana Santos Vieira
E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br
Revisão Angela Belmiro Impressão Gráfica Burti
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Sumário
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O Brasil na Era do Grupo II
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Protetivos para a Indústria
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Material Microparticulado
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SMS: uma integração estratégica
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A energia que vem do lixo
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Uma análise do mercado de lubrificantes
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Mercado em foco
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Notícias Rápidas
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Programação de Eventos
O diretor da Lwart, Thiago Trecenti, abre o jogo e, com exclusividade, fala sobre o novo projeto da empresa.
Adequação química para atender às necessidades de proteção contra corrosão nas Indústrias.
Os impactos da presença de material ultra fino em equipamentos modernos.
Neste número inauguramos uma seção específica para falar de Saúde, Meio Ambiente e Segurança na indústria.
O gás produzido a partir de resíduos cresce em importância e desafia os formuladores de lubrificantes.
Considerado o quinto maior mercado mundial de lubrificantes, o Brasil cresce e as necessidades aumentam.
Informações sobre o mercado brasileiro de lubrificantes e graxas.
Atualidades do mercado de lubrificantes.
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O Brasil na era do Grupo II Tecnologia de hidroacabamento fará a diferença no rerrefino nacional. Por: Tatiana Fontenelle
A LWART Lubrificantes, empresa brasileira de coleta e rerrefino de óleos lubrificantes usados ou contaminados, localizada em Lençóis Paulista, no interior do estado de São Paulo, fechou acordo de compra de tecnologia com a americana Chemical Engineering Partners – CEP, para a construção de uma fábrica que produzirá óleos básicos de qualidade superior, atendendo às especificações estabelecidas pelo American Petroleum Institute – API para o Grupo II. A iniciativa, que recebeu o nome de Projeto H, é pioneira no Brasil, pois, até o momento, não se produz no país esse nível de qualidade de óleos básicos, e é grande a expectativa do mercado para conhecer os detalhes desse empreendimento, bem como seus impactos no mercado nacional de lubrificantes. Thiago Trecenti, diretor geral da LWART Lubrificantes, concedeu, com exclusividade, à LUBES EM FOCO essa entrevista, visando informar e esclarecer ao mercado brasileiro os planos da empresa e seus objetivos ao longo do tempo.
Lubes em Foco - O que é o Projeto H e qual seu objetivo principal? Thiago Trecenti - Trata-se de um projeto para aprimorar e modernizar o processo industrial da LWART, que contempla fazer o acabamento de óleos básicos rerrefinados pela tecnologia de hidroacabamento. O objetivo principal desse projeto é atender a uma demanda cada vez mais crescente por básicos de qualidade superior, fruto do grande avanço tecnológico em motores, equipamentos industriais e outros produtos que exigem o uso de lubrificantes de alta qualidade. Como líder do segmento de rerrefino, nossa empresa foi em busca de soluções tecnológicas para manter a competitividade e ampliar nossos horizontes. Lubes em Foco - O projeto prevê a construção de uma nova fábrica ou será uma modernização da atual? Thiago Trecenti - Construiremos uma fábrica totalmente nova, 6
começando por obras de terraplanagem em um terreno de nossa propriedade, ao lado da atual planta, em Lençóis Paulista. Compramos um projeto de engenharia com tecnologia específica e alguns equipamentos no exterior, entretanto pretendemos utilizar cerca de 80% de material fabricado no Brasil. Teremos uma planta mais compacta, com a mesma aparência de uma refinaria, com torre, reatores, evaporadores etc. Lubes em Foco - Por que uma nova fábrica na mesma localidade da atual? Thiago Trecenti - A LWART Lubrificantes tem hoje, em Lençóis Paulista, uma sinergia muito grande com as outras empresas do Grupo Lwart, o que cria uma condição extremamente favorável ao novo empreendimento. Para se ter uma idéia, temos autossuficiência em energia elétrica e vapor, fornecidos pela LWARCEL Celulose, empresa do mesmo Grupo, e uma estação de tratamento de efluentes bastante desenvolvida. Além disso, temos também a LWART Química, que fabrica mantas asfálticas, recebendo como matéria-prima um dos subprodutos do processo de rerrefino. Nossos estudos levaram em consideração, inclusive, o fato de a grande maioria de nossas entregas de básicos ser feita no Rio de Janeiro, mas, mesmo assim, as vantagens pesaram mais para a atual localidade. Manteremos a fábrica atual em funcionamento, mas certamente ela terá sua carga reduzida. Lubes em Foco - Quando se iniciará a produção e qual será a capacidade da nova fábrica? Thiago Trecenti - As obras de terraplanagem já estão finalizadas, e nossos cálculos preveem o início da produção para o final de 2011. A nova planta terá capacidade para processar 150 mil metros cúbicos por ano de óleo usado, o que, considerando o rendimento do processo, nos leva a uma capacidade de produzir 105 mil metros cúbicos por ano de óleos básicos. Está projetada para produzir tanto básicos do grupo I como do grupo II, dependendo do ajuste do tratamento com hidrogênio e da demanda por produtos mais nobres, que é a nossa maior expectativa com relação ao mercado. Lubes em Foco - Como será a geração de hidrogênio e qual a fonte de suprimento desse produto para a nova planta?
Thiago Trecenti
Thiago Trecenti - Será construída uma unidade específica para a produção de hidrogênio. Teremos como matéria-prima o gás natural, que será transportado por gasoduto, a partir da concessionária que opera o citigate do gasoduto Brasil-Bolívia, na cidade vizinha de Bauru. Lubes em Foco - Quais os critérios que levaram à escolha da CEP como fornecedora de tecnologia para essa nova planta? Thiago Trecenti - A LWART efetuou diversos estudos comparativos, e concluímos que o fato de a Chemical Engineering Partners já ter longa experiência com projetos semelhantes, tanto nos Estados Unidos como na Europa, e ser a única no mundo com dedicação exclusiva a plantas de rerrefino, atenderia plenamente aos nossos critérios, tanto técnicos quanto econômicos. Além disso, nosso acordo prevê a transferência de tecnologia e assistência técnica para o acompanhamento da implantação da fábrica. O projeto levou em consideração, principalmente, a diferença entre as características do óleo usado no Brasil e as dos mercados europeu e americano, uma vez que, por aqui, temos maior teor de enxofre, 7
maiores teores de metais e teores mais baixos de hidrocarbonetos saturados. Devemos lembrar que, com essa tecnologia, a nova fábrica irá gerar menos subprodutos de baixo valor agregado e eliminará a necessidade de utilizar algumas matérias-primas como ácido sulfúrico. Lubes em Foco - Quais os tipos de óleos básicos que serão produzidos na nova fábrica? Thiago Trecenti - Com vistas a atender às necessidades do mercado, estamos nos preparando para produzir as frações mais requisitadas: Neutro Leve, Neutro Médio e Neutro Pesado.
testes de motor rodados com pacotes de aditivos de alto desempenho. Sabemos que há um grande investimento ainda a fazer, e muito desse trabalho só poderá ser feito após o início da produção, mas estamos confiantes em nossas metas e já com o caminho traçado para que possamos atingir esse reconhecimento internacional. Lubes em Foco - Existe alguma intenção da empresa em comercializar básicos também no mercado internacional? Thiago Trecenti - Em princípio, toda a nossa energia está voltada para o mercado brasileiro, pois entendemos que há uma tendência de grande crescimento interno da procura por óleos básicos de Grupo II e uma necessidade de se melhorar a imagem do produto rerrefinado. Não temos a intenção de exportar, para podermos atender ao máximo à demanda nacional e adquirirmos maior credibilidade com este novo produto, principalmente no segmento automotivo.
A nova planta terá capacidade para processar 150 mil metros cúbicos por ano de óleo usado
Lubes em Foco - Como a LWART pretende aumentar a produção, uma vez que a matéria-prima, o óleo usado, depende do tamanho do mercado de lubrificantes? Thiago Trecenti - Mais do que visando ao crescimento do mercado, nossa estratégia está voltada para o crescimento da coleta do óleo lubrificante mineral usado e, consequentemente, a redução do desvio. Nosso foco principal é expandir a coleta em regiões onde ainda há muito espaço para crescer. Os números do mercado têm mostrado que ainda há um enorme volume de óleo usado não coletado, causando grandes danos ao meio ambiente, e a Resolução Conama 362 obriga a destinação desses produtos ao rerrefino. Dentro dessa filosofia de ampliação da coleta, estamos investindo na instalação de novos centros de coleta e na aquisição de mais caminhões novos para a coleta e transporte do óleo usado.
Lubes em Foco - Existe algum plano para oficialização de seus produtos na classificação de Grupo II? ThiagoTrecenti - O projeto H vai além de simplesmente colocar no mercado produtos de melhor qualidade. Nossa intenção é produzir um tipo de óleo básico que tenha elevado nível de desempenho e com tal constância, que seja aceito e comprovado internacionalmente. Teremos os básicos LWART, com certificação no American Petroleum Institute – API como grupo II, contando inclusive com 8
Lubes em Foco - Como o Sr. vê a imagem do óleo rerrefinado hoje no Brasil? Thiago Trecenti - O grande mérito do rerrefino tem sido a contribuição para o meio ambiente, com a retirada de circulação de produtos altamente poluidores e proporcionando a melhor destinação de reciclagem. Muito se tem feito na indústria do rerrefino, principalmente no tocante à coleta do óleo usado ou contaminado, porém ainda existe muito espaço para melhorias em termos de desenvolvimento tecnológico e qualidade de produto. As dimensões e a geografia do país são grandes desafios para essa indústria, que tem evoluído ao longo do tempo. Há a necessidade de investimentos no setor, para que possamos eliminar de vez a idéia de que um óleo rerrefinado possui baixa qualidade. Esperamos com nosso Projeto H elevar o nível dos básicos produzidos no país e contribuir para a melhoria da imagem do rerrefino, mostrando que temos potencial para participarmos do mercado de óleos automotivos de alto desempenho.
Água e óleo não se misturam. Omissão e responsabilidade também não.
A destinação inadequada no descarte de óleos lubricantes usados ou contaminados polui a terra, a água e o ar, prejudicando o meio ambiente. Há mais de 30 anos, a LWART LUBRIFICANTES é responsável pelo recolhimento de mais de 50% do óleo lubricante usado ou contaminado destinado para o rerreno no país, sendo considerada a maior empresa do setor na América Latina. Além de proteger a natureza, o rerreno garante o abastecimento do mercado, preservando recursos naturais não-renováveis. Troque o óleo lubricante de seu carro ou máquina somente em locais que tenham o compromisso em armazenar corretamente o produto e o destinar para o rerreno. Não jogue fora a oportunidade de preservar o meio ambiente e contribuir para a sustentabilidade.
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Valorizando o homem, construindo o futuro. 9
Protetivos Adequando os protetivos às necessidades das indústrias
Por: Derek Phillips
Q
uando o assunto é tecnologia protetiva, os fabricantes que trabalham com metais só se interessam por um resultado: a garantia de que seus produtos metálicos chegarão a seus destinos sem ferrugem ou descolorações. Mas as preocupações ambientais e as pressões da concorrência complicaram esse desafio para os misturadores e formuladores, nos últimos anos, com o acréscimo de requisitos mais complexos. Hoje, esperase frequentemente que os protetivos: 66 Sejam compatíveis com normas e requisitos de disponibilidade divergentes em um mercado global; 66 Sejam compatíveis com vários tipos de substratos metálicos; 66 Eliminem os riscos do local de trabalho e do descarte associados à exposição a metais pesados; 66 Reduzam o tempo de processamento associado à limpeza de películas protetoras; 66 Gerem vantagem competitiva fornecendo resistência excepcional à maresia e a outros desafios corrosivos. Desafios do mercado Seja na fabricação de pequenos componentes (como porcas e parafusos), conjuntos de componentes (como sistemas de freios, motores, compres-
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sores e peças auxiliares) ou de metal para utensílios domésticos (como pequenas bombas e motores), os metais, em cada estágio da produção e fabricação, exigem proteção para evitar a corrosão das superfícies expostas antes da aplicação do revestimento ou acabamento finais. Os metais mais comumente usados para fabricar peças destinadas ao transporte, aos utensílios de consumo e produtos eletrônicos, à mineração, ao campo de óleo e a outros mercados industriais incluem os ferrosos e várias ligas contendo cobre, alumínio, zinco, magnésio, latão, cádmio etc. Normalmente, fluidos protetivos são desenvolvidos com químicas à base de bário, que começam a sofrer restrições por parte dos fabricantes em várias regiões do mundo, onde os riscos associados ao uso e descarte de metais pesados representam preocupações ambientais. Por exemplo, nos Estados Unidos, a EPA (Environmental Protection Agency - Órgão de Proteção Ambiental) definiu regulamentos obrigatórios, de acordo com a The Safe Drinking Water Act (Lei da Água Potável Segura),
Produto
12/12/76 20% de aditivo no (aditivo/óleo2/solvente1) solvente - (100 horas)
15% de aditivo no solvente1
20% de aditivo no solvente1
Próxima geração de produtos especiais de película fina à base de cálcio
104
152
104
Próxima geração de produtos avançados de película fina à base de cálcio
48
120
112
À base de cálcio tradicional
8
44
20
Próxima geração de produtos avançados de película fina à base de bário
32
72
68
À base de bário tradicional
8
44
56
1 O solvente tem um ponto de fulgor de 60 °C (140 °F) 2 O óleo é naftênico de 100 s
Tabela 01
relacionados a níveis de bário de, no máximo, 2 partes por milhão nos sistemas públicos de água. Finalmente, com a fabricação de componentes ocorrendo cada vez mais longe dos locais em que são montados ou vendidos, há um ávido interesse do mercado por aumentar o nível de desempenho sob névoa salina. Tradicionalmente, a resistência de 24 horas à névoa salina tem sido “boa o suficiente” para a maioria das aplicações. Até recentemente, os fabricantes que precisavam de desempenho excepcional sob essas condições tinham que se contentar com filmes mais
espessos e pesados. Isso gerava a necessidade de uma limpeza adicional antes da montagem ou do uso, o que se tornou uma situação de maior complexidade. Porém, com as atuais necessidades de mercado, obter um desempenho extremo sob névoa salina, mantendo ao mesmo tempo um filme fino e quase invisível que seja fácil de remover, se tornou o principal objetivo dos fabricantes de protetivos. Além de atender às preocupações ambientais e de desempenho anteriormente mencionadas, os misturadores e formuladores en-
frentam outros desafios: 66 Um conjunto cada vez mais amplo de requisitos para diluentes, óleos básicos e solventes, a fim de atender ao mercado global; 66 Preocupações ambientais relacionadas ao uso de compostos orgânicos voláteis; 66 Preocupações com solubilidade relacionadas à redução dos aromáticos nos compostos orgânicos voláteis. Uma abordagem alternativa No que se refere a alcançar elevados desempenhos sob ex11
Separação de água*
Próxima geração de produtos avançados de película fina à base de cálcio (100 horas de proteção contra névoa salina)
Próxima geração de produtos avançados de película fina à base de bário
Próxima geração de produtos avançados de película fina à base de cálcio
Tradicional produto à base de bário
Tradicional produto à base de cálcio
Tempo para separar
3:16
2:22
5:07
5:08
6:30
Camada de água
Transparente
Transparente
Transparente
Transparente
Transparente
Camada orgânica transparente em ml/turva em ml
65/10
Transparente
72/3
Transparente
Turva
Tabela 02
tremas condições no ensaio de névoa salina, mantendo simultaneamente uma espessura de filme que seja invisível e estável, verifica-se que as tradicionais formulações de protetivos que combinam sulfonatos ou oxidatos com subprodutos da parafina não oferecem o melhor desempenho. Pela abordagem atual, para se obter um, é necessário sacrificar o outro. Depois de uma iniciativa de pesquisa altamente direcionada, a indústria de aditivos imaginou uma nova abordagem química, por meio da qual os misturadores e os formuladores podem alcançar uma resistência à névoa salina de até 100 horas ou mais, conforme medição sob a ASTM B117, em um protetivo de película fina. Disponível tanto à base de bário quanto à base de
Próxima geração de produtos especiais à base de cálcio (100 horas de proteção contra névoa salina), à base de cálcio, à base de bário, à base de cálcio tradicional e à base de bário tradicional, respectivamente.
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cálcio, esses pacotes de aditivos podem ser aplicados em diversas proporções de tratamento para alcançar vários níveis de desempenho. São compatíveis com uma grande diversidade de óleos diluentes e solventes e com vários metais, permitindo que os misturadores e formuladores de fluidos acabados reduzam suas necessidades de estoque e ampliem os perfis de desempenho de seus protetivos. Tanto as formulações à base de bário quanto as à base de cálcio podem ser aplicadas usando tanque de mergulho, rolete, esfregação, escovação ou aplicação com pulverizador. Além disso, os componentes químicos desses pacotes de aditivos são globalmente registrados e estão prontamente disponíveis em todo o mundo: 66 Quando são misturados a solventes, inclusive diluentes com baixo teor de compostos orgânicos voláteis ambientalmente responsáveis, esses novos produtos oferecem a proteção ideal para aplicações em tanque de mergulho, ou para fluidos acabados usados no armazenamento ou remessa com proteção; 66 Quando são misturados a misturas de solvente/óleo, esses novos produtos proporcionam desempenho
estável e consistente em fluidos acabados, como lubrificantes de penetração ou lubrificantes em aerosol. Eliminação de riscos Conforme mencionado anteriormente, há dois tipos de riscos ambientais associados às tradicionais químicas protetivas: 66 Os relacionados ao uso e descarte de metais pesados; 66 Os relacionados ao uso de compostos orgânicos voláteis com alto teor de aromáticos. Com relação ao primeiro ponto, essas novas químicas à base de cálcio alcançam desempenho sob névoa salina de até 100 horas ou mais, sendo comparável à versão à base de bário. Isso permite que os misturadores e os formuladores de fluidos protetivos de alto desempenho aumentem significativamente o valor gerado para seus clientes. Com relação ao segundo ponto, como ambas as químicas são compatíveis com diluentes de baixo teor de compostos orgânicos voláteis ambientalmente responsáveis, os que buscam minimizar tais riscos podem fazer isso, confiantes no
desempenho de solubilidade que garantirá a qualidade consistente do protetivo. Redução do tempo de processamento As películas mais pesadas anteriormente exigidas para alcançar níveis tão altos de proteção contra névoa salina deixam uma película sobre os metais que, dependendo da natureza do produto final, pode ser de difícil remoção entre as várias operações metalúrgicas e/ou antes de um acabamento final. Com a nova tecnologia protetiva, a película oleosa ou cerosa depositada é quase invisível, portanto nenhuma limpeza é necessária quando os metais não exigem revestimento e, se for necessária, é rápida e fácil. Além disso, essa tecnologia permite excelente separação de água para se obter um completo escorrimento do tanque de mergulho, resultando em metais mais limpos e aplicação mais consistente em menos tempo. Oferta de vantagem competitiva A capacidade de garantir aos clientes uma proteção excepcional contra a corrosão e resistência à descoloração usando um protetivo de filme fino oferece vantagens atraentes. Essa nova abordagem química oferece mais dois benefícios que podem melhorar a lucratividade: 66 A capacidade de gerar vários níveis de desempenho, reduzindo o número de aditivos para a formulação; 66 A compatibilidade entre vários diluentes e metais.
Conclusão Os fabricantes de aço, metais e peças normalmente revestem bobinas, chapas e componentes metálicos com uma película de protetivos, para evitar que as superfícies expostas enferrujem durante a remessa e o armazenamento. Além disso, quando os componentes metálicos estão sendo usinados, talvez seja necessário revesti-los várias vezes para evitar que as superfícies expostas enferrujem entre os processos. Os protetivos tradicionais falharam em acompanhar o aumento das exigências de desempenho, principalmente na proteção contra maresia, estabilidade em baixas temperaturas e problemas de solubilidade. A mais recente abordagem química à tecnologia protetiva permite que misturadores e formuladores de protetivos alcancem excepcional proteção contra névoa salina e a baixas temperaturas, ao mesmo tempo em que aplicam apenas uma fina película sobre os metais tratados, reduzindo assim o tempo e os custos associados à limpeza dos metais antes da pintura. Com a variação das proporções de tratamento, os formuladores agora podem personalizar as soluções protetivas de película fina usando solvente, solvente/óleo ou óleos diluentes, conseguindo assim a versatilidade ideal com o mínimo de estoque.
Derek Phillips é gerente comercial da empresa de aditivos Lubrizol, na área de proteção de metais.
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Material Micro Particulado Muito Além do Impacto sobre os Equipamentos Por: Antonio Traverso Júnior
A
moderna lubrificação industrial tem conferido uma especial atenção ao controle de contaminação de equipamentos, principalmente aos grandes conjuntos rotativos, inclusive motores e sistemas hidráulicos diversos. Cuidados sistêmicos já são dados aos abastecimentos controlados visando assegurar que lubrificantes super limpos sejam fornecidos aos equipamentos, garantindo-lhes uma operação sem desgastes ou outros riscos oriundos de contaminação. A busca da confiabilidade operacional passa, definitivamente, pelo controle da contaminação nos equipamentos. Por exemplo, não se pode confiar em um sistema hidráulico de 1000 psi, que contenha válvulas proporcionais ou direcionais, sem um bom óleo hidráulico com um nível de limpeza respectivamente em 18/16/13 e 17/15/12, segundo a norma ISO 4406.
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Os principais fabricantes de lubrificantes acabados já perceberam esta nova realidade e preparam-se para oferecer lubrificantes super limpos em escala regular. Já foi o tempo em que o nível de limpeza da fabricação convencional de lubrificantes atendia às demandas de mercado. Hoje o novo mercado de equipamentos mais compactos, mais rápidos e mais “carregados” requer nível de limpeza outrora utilizada somente na aviação. Quando temos 30 a 100 mg por kg de contaminante em um sistema hidráulico de alta pressão, esse sistema já se encontra em risco. Suponha que tenhamos 10.000 litros de óleo hidráulico em um determinado sistema e que a densidade desse óleo seja igual a 1; neste caso teríamos 10.000 x 70 = 7 x 105 mg = 700 gramas de contaminante em todo o volume desse óleo. Através da engenharia de lubrificação, já sabemos que esta quantidade de contaminantes é facilmente “ingerível” ao longo de pouco tempo, devido à quantidade de material particulado existente e gerado em qualquer ambiente industrial ou não. Nessa área, o entendimento dos impactos e prevenção e o controle já evoluíram. Entretanto, é exatamente para o entendimento dos impactos desse material particulado ultrafino, na faixa de 10 micra ou menor e 2,5 micra
ou menor, que as pesquisas se voltam agora, não só no setor de tecnologia industrial, mas também nas áreas da saúde ocupacional e da própria saúde pública. Nas economias mais adiantadas do mundo, a pesquisa e o controle do particulado ultra fino já são realizados há muito tempo, sendo que, nos EUA, esse controle já é realizado há mais de 30 anos. E as restrições em relação à sua concentração na atmosfera, sejam industriais ou não, aumentam a cada dia. De onde vem o particulado? Praticamente qualquer atividade humana gera particulado micrônico, como na queima de combustíveis fósseis pelos veículos, termoelétricas e máquinas, em mineração, na indústria química, na construção civil, ou até mesmo em uma simples varrição de ruas. Entretanto, a maior fonte relativa dessa geração vem da queima de combustíveis, sejam fósseis ou não. São grandes quantidades lançadas na atmosfera diariamente. Esse particulado pode ser líquido ou sólido e de origem física ou química.
dessas partículas, dependendo da concentração e tempo de exposição, pode causar sérios problemas de saúde (como nos equipamentos) e levar até a morte (falha catastrófica). A Agência Americana de Proteção ao Meio Ambiente - EPA adverte que a exposição excessiva ou contínua a níveis altos desse particulado pode ameaçar seriamente a saúde das pessoas e causar os seguintes danos: 99 Problemas cardiovasculares diversos 99 Problemas respiratórios 99 Câncer 99 Disfunção reprodutiva (Infertilidade) 99 Morte (considerando curta e longa exposição) Além disso, do ponto de vista de meio ambiente, a poluição por partículas ultrafinas, na escala em que está ocorrendo em todo o planeta, leva ao agravamento do efeito estufa devido às interações fotoquímicas. Além disso, essas reações fotoquímicas agravam de igual forma a chuva ácida, a contaminação da fauna e da flora, o fog sobre as cidades etc.
Os impactos As Soluções O grande problema desses particulados para a saúde ocupacional ou pública é similar ao problema enfrentado pelas máquinas, ou seja, a ingestão. O corpo humano só dispõe de defesas para partículas “grandes”, isto é, até 10 micra; a partir daí, essas partículas, quando ingeridas, vão diretamente ao sistema respiratório podendo chegar diretamente à corrente sanguínea. A inalação
No Brasil, felizmente, as autoridades começam a se mobilizar em relação ao controle desse particulado, e, neste ano, o estado do Rio de Janeiro juntou-se ao estado de São Paulo como os únicos dois estados que já contam com controle desse tipo de particulado. Esse controle é fundamental para a parametrização, controle e aperfeiçoamento de processos e
instrumentos legais que possam disciplinar essas emissões, fazendo-as declinantes em um futuro não muito distante. Em diversos países do primeiro mundo, em que o limite hoje em 15 microgramas por metro cúbicos já começa a ser questionado e tido como excessivo, já se discute uma drástica redução. Na Austrália, 5 microgramas por metro cúbico já é meta acordada, enquanto que, nos EUA, é meta pleiteada pela sociedade, apesar da oposição da indústria. Os pesquisadores demonstram que não há saída, pois os benefícios para as sociedades e para o planeta em muito excedem os custos.
Muito mais complexo que filtrar o ar “ingerido” por um equipamento industrial para protegê-lo da “falha”, temos é que filtrar todos os processos produtivos industriais, comerciais, sociais ou outro qualquer, evitando o despejo diuturno de milhares de toneladas de micro particulado na atmosfera. Isso ocorrendo, os nossos filtros “absolutos” biológicos agradecem enormemente. Antonio Traverso Júnior é engenheiro e coordenador de Lubrificantes da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobras Distribuidora.
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S.M.S.
A revista LUBES EM FOCO, como instrumento de informação e atualização de um segmento diretamente relacionado com todo tipo de Indústria e, principalmente, com a dos derivados de petróleo e suas aplicações práticas, não poderia ficar longe da percepção do novo paradigma da empresa moderna. Assim, traz para seus leitores, a partir desta edição, um coluna específica para tratar de temas relacionados às áreas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança - SMS. A Segurança Química, tema deste artigo, abrange as medidas de proteção das pessoas, instalações, equipamentos, materiais e do meio ambiente em todo o ciclo de vida dos produtos químicos, permeando as áreas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança. Por outro lado, vale citar que na 8ª sessão da Comissão de Desenvolvimento Sustentável da ONU, realizada em 3 de maio de 2010 (http://www. un.org/esa/dsd/resources/ res_pdfs/csd-18/Chairs_summary.pdf), foi enfatizado que uma das preocupações mundiais envolve os novos e emergentes fluxos de resíduos, tais como lixo eletrônico, plásticos no ambiente marinho, petróleo e lubrificantes, os quais exigem medidas especiais nacionais e internacionais, visando a uma meta de alta taxa de recuperação em todo o mundo.
S.M.S.
SAÚDE - MEIO AMBIENTE - SEGURANÇA
Uma Integração Estratégica
A Segurança Química Por: Dr. Newton Richa
A mudança de mentalidade dos dirigentes empresariais, que ocorreu no final do século passado, tem proporcionado investimentos significativos nas áreas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS). O empresário moderno percebeu que falar em produtividade e lucratividade, sem o foco nos cuidados necessários com os recursos que formam os maiores valores da empresa, não faz sentido. Os problemas com acidentes, absenteísmo, retrabalho, perdas materiais, danos ambientais e prejuízos à imagem institucional podem levar uma empresa à menor lucratividade, ou até mesmo à falência. Os trabalhadores precisam receber a atenção adequada e o treinamento necessário, para executarem em suas tarefas com qualidade, de acordo com a legislação de SMS e as melhores práticas disponíveis, de modo a não prejudicar sua saúde, evitar os acidentes e proteger o ambiente. Vimos, ao longo desse período, um grande progresso no desenvolvimento de padrões e normas técnicas, para uma melhor aplicação dos conceitos estabelecidos, e a fusão dessas disciplinas em um único departamento de SMS. A aplicação desses conceitos cabe em todo tipo de empresa, mas, principalmente, na indústria do petróleo, tema que tem tomado proporções extremamente importantes e drenado a atenção mundial. O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, ao longo de sua existência, vem contribuindo amplamente nas áreas de SMS. Na década de 70, foi criada a Comissão de Segurança Industrial. Nos anos 80, diversas atividades de Saúde Ocupacional foram conduzidas pela Subcomissão de Toxicologia, vinculada à Comissão de Laboratório. Nos anos 90, foi constituída a Comissão de Meio Ambiente. Mais recentemente, com a incorporação da
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S.M.S. área de Saúde, foram estabelecidas duas Comissão de SMS, uma para o seg-
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mento downstream e outra para o upstream. Em função da necessidade de maior atenção às questões de Saúde nas empresas instaladas no país, o IBP criou, em 2002, uma Subcomissão de Saúde, com a missão de “contribuir para compatibilizar as operações das empresas de petróleo e gás com a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores, das populações vizinhas às instalações industriais e dos consumidores dos produtos e serviços”. As diretrizes adotadas pela Subcomissão de Saúde compreendem: `` Dar suporte técnico às políticas de saúde das empresas associadas ao IBP; `` Fomentar a gestão integrada de SMS nas empresas associadas ao IBP; `` Enfatizar a adoção de medidas preventivas na fase de planejamento dos empreendimentos industriais; `` Desenvolver as atividades de Saúde em articulação com as Comissões Técnicas do IBP; `` Promover articulações externas com instituições governamentais, empresariais e de representação dos trabalhadores; `` Acompanhar a evolução da legislação e da normalização técnica de Segurança e Saúde. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA, a Segurança Química trata da prevenção dos efeitos adversos para o ser humano e o meio ambiente, decorrentes da produção, armazenagem, transporte, manuseio, uso e descarte de produtos químicos. A produção química movimenta trilhões de dólares anualmente, gerando milhões de postos de trabalho em todo o mundo. Existem atualmente cerca de 50 milhões de substâncias químicas registradas, das quais mais de 100 mil de uso difundido e intensivo. Porém, somente algumas centenas de substâncias químicas foram avaliadas plenamente quanto aos seus riscos à saúde a curto, médio e longo prazos. Em virtude da crescente importância dos produtos químicos, foi criado, em 1980, o Programa Internacional de Segurança Química (IPCS), como um programa de cooperação de três organizações internacionais - OMS, OIT e PNUMA. A OMS é a agência executora, e seu principal papel é estabelecer a base científica para a utilização segura de produtos químicos, bem como reforçar as capacidades nacionais e internacional. Os desafios decorrentes dos produtos químicos foram tratados na Rio 92 e resultaram no capítulo 19 da Agenda 21, que incorpora propostas em seis áreas programáticas: Expansão e Aceleração da Avaliação dos Riscos dos Produtos Químicos à Saúde e ao Meio Ambiente; Harmonização da Classificação e 17
S.M.S. Rotulagem de Substâncias Químicas; Intercâmbio de Informações sobre
1
Riscos dos Produtos Químicos; Organização de Programas de Redução de Riscos e Promoção de Alternativas; Fortalecimento das Capacidades e dos Meios Nacionais para a Gestão de Produtos Químicos; e Prevenção do Tráfico Internacional Ilícito de Produtos Tóxicos e Perigosos. Em 1994, durante a Conferência Internacional de Segurança Química, realizada em Estocolmo, na Suécia, foi criado o Fórum Intergovernamental de
A evolução da segurança química O caminho rumo à gestão internacional segura e saudável de produtos químicos
1972
1a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Humano
Segurança Química (FISQ), quando ocorreu sua primeira reunião (Fórum I). A segunda reunião (Fórum II) foi realizada em Ottawa, Canadá, em 1997, é a terceira reunião (Fórum III) ocorreu em Salvador, Brasil em 2000. O FISQ conta com a participação de agências internacionais, como a OMS, OIT, PNUMA,
1992
1962
Eco 92 - Agenda 21
Publicação do livro “Primavera Silenciosa”
2002
Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável
UNITAR, FAO, UNIDO e outras, assim como dos países membros das Nações Unidas, de organizações privadas, do meio científico e da sociedade civil. O FISC atuou como um instrumento de cooperação e fomento, singular e
Parágrafo 23
abrangente, voltado para o desenvolvimento de estratégias e parcerias entre
2006
Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável
os governos dos países, instituições intergovernamentais e organismos não governamentais, na avaliação dos riscos, do ponto de vista ecológico, e na gestão segura dos produtos químicos. Em fevereiro de 2006, em Dubai, Emirados Árabes, na Conferência Internacional sobre Gestão de Substâncias Químicas (ICCM – International Conference on Chemicals Management), após várias discussões prévias, foi oficializado o SAICM - Strategic Approach to International Chemicals Management (Abordagem Estratégica para a Gestão Internacional de Produtos Químicos), com o intuito de promover a gestão responsável de produtos químicos, tendo em vista a meta proposta pelo Plano de Aplicação da Conferência de Johanesburgo de que, até 2020, os produtos químicos devem estar sendo produzidos e utilizados de forma a minimizar os impactos negativos sobre o
SAICM ESTRUTURA 1. Declaração de Dubai (compromissos políticos das nações) 2. Estratégia (5 objetivos) a) Redução de riscos b) Conhecimento e informação c) Governança d) Criação de capacidade e Cooperação técnica e) Tráfico ilegal internacional 3. Plano de ação global
homem e o meio ambiente. Os principais pontos da SAICM são a avaliação de riscos na produção,
2020
Gestão segura e saudável dos produtos químicos em todo o mundo
comércio e destinação final de substâncias químicas e rotulagem padronizada, além de tratarem das maneiras corretas de destinação final ou tratamento de tais substâncias. A figura 1 identifica alguns dos principais fatos relacionados à evolução da Segurança Química, em nível mundial. A importância da Segurança Química para o Brasil é alta e crescente. O país é hoje o oitavo maior produtor químico mundial e líder no consumo de agrotóxicos, em consequência do sucesso do agronegócio no país. As influências do meio ambiente sobre a saúde vêm merecendo cada vez mais atenção em todo o mundo. Assim, os padrões de produção e consumo de-
18
figura 1
S.M.S.
O parágrafo 23 do SAICM preconiza uma abordagem integrada para a gestão de produtos químicos, em que cada governo deve estabelecer uma base interministerial ou interinstitucional, para que todos os interessados e as áreas relevantes estejam representados. Para facilitar a comunicação, em nível nacional e internacional, cada governo deverá designar um ponto focal nacional para atuar como um canal eficaz para a comunicação e divulgação de informações. O ponto focal brasileiro é a Comissão Nacional de Segurança Química (CONASQ), coordenada pelo ministério do Meio Ambiente.
vem ser aprimorados para assegurar uma base sobre a qual sejam instalados processos sustentáveis, harmonizando os aspectos econômicos, sociais e ambientais no Brasil. Por último, devem ser apontados alguns desafios na área de lubrificantes que envolvem a gestão de SMS: melhoria contínua da qualidade, eficiência e eficácia dos lubrificantes; redução de insumos e custos de fabricação; aumento da recuperação, reciclagem, tratamento e da destinação final adequada dos resíduos, emissões e efluentes; programas efetivos de segurança e saúde dos trabalhadores; biodegradabilidade dos lubrificantes; e desenvolvimento de tecnologias seguras, saudáveis e ambientalmente adequadas para o tratamento de áreas impactadas e destinação final dos passivos ambientais de resíduos de lubrificantes gerados no passado.
Newton Richa é Médico do Trabalho e Consultor de SMS do IBP
19
1
A Energia que vem do lixo O gás produzido a partir de resíduos cresce em importância e desafia os formuladores de lubrificantes Matéria extraída do texto original “Waste to Energy”, da revista Insight nº 46 de junho de 2010
E
stá crescendo em todo o mundo a utilização de gás para a geração de energia. Não somente o gás natural de petróleo, mas também os gases provenientes de aterros sanitários e produzidos por biodigestores. Em muitos países, já existe um grande aumento de produção de eletricidade a partir desses gases, e isso faz com que as máquinas utilizadas nesses processos tenham que ter proteção específica para as peculiaridades dos gases uti-
20
lizados. Técnicos da empresa de aditivos Infineum fizeram estudos sobre o assunto e concluíram que os lubrificantes para máquinas que operam com os gases produzidos a partir de resíduos precisam de uma atenção especial.
Gás de aterro sanitário Em muitas partes do mundo, os aterros sanitários são utilizados para se colocarem os resíduos sólidos de uma cidade. Os materiais
são enterrados no solo, onde são decompostos por bactérias, liberando gás metano, que pode ser capturado e queimado em motores a gás para a produção de energia elétrica. Esse processo tem o benefício de reduzir a produção dos gases de efeito estufa, além de não necessitar de fontes externas de combustíveis. A taxa de crescimento da geração de energia a partir de gás de aterro sanitário é largamente influenciada pela legislação local. Por exemplo, nos Estados Unidos, devido a subsídios governamentais, é muito provável que essa utilização continue a crescer significativamente, en-
quanto que na Europa, particularmente na Holanda e na Alemanha, o uso de aterro sanitário está em declínio, uma vez que a incineração tem sido o principal destino do lixo municipal.
Biogás Um outro subsegmento do gás que vem recebendo grande atenção da indústria é o biogás. Neste, o gás é gerado a partir da biodegradação de matéria orgânica, como resíduos de animais e vegetais, tratamento de esgotos, restos de madeira e papéis. O uso de dejetos animais tem se mostrado quase que neutro na produção de carbono, considerando que vacas comem capim,
os seus dejetos são convertidos em metano, que é queimado produzindo dióxido de carbono, que é absorvido e incorporado novamente ao capim. Os Estados Unidos e alguns governos europeus, como Alemanha, Áustria e Suíça, oferecem incentivos à agricultura e à indústria para o uso e geração desse tipo de energia.
Operação de um motor a gás Os operadores de motores a gás podem obter um bom retorno ao gerarem energia elétrica a partir desses gases de resíduos, de baixo custo. Entretanto, para isso, os motores devem operar continuamente e a plena carga, sob con-
dições severas, com um menor custo operacional possível. Infelizmente, a combustão desses gases residuais, provoca um ambiente muito corrosivo. Por exemplo, enquanto o gás natural refinado, limpo, bombeado por dutos, é composto basicamente de metano e outros alcanos que queimam de forma limpa, os gases de aterro sanitário têm cerca de 50% de metano e 50% de dióxido de carbono, contendo ainda muitos contaminantes, incluindo enxofre, cloro e organo-siloxanos (compostos formados de silício, oxigênio e alcanos, normalmente encontrados em produtos de limpeza e higiene pessoal). O biogás, apesar de não conter cloro e siloxanos, pode possuir teores até maiores de enxofre.
21
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Durante o processo de combustão, o enxofre e o cloro são oxidados e se combinam com água para produzir ácidos minerais altamente corrosivos, como os ácidos sulfúrico e clorídrico. Também outros ácidos fracos são formados, como subprodutos da combustão, e esse ambiente ácido corrói os componentes metálicos do motor, como tubos resfriadores de cobre e mancais de chumbo. Os compostos organo-siloxanos produzidos no gás de aterros sanitários são gerados pela quebra de produtos contendo silício, que, quando queimados no motor, produzem a sílica, formando depósitos duros como grãos de areia nas cabeças dos cilindros e nas válvulas, interferindo no funcionamento dos sistemas de admissão e exaustão. Isso abrevia o tempo necessário para paradas de manutenção, causando aumento no custo da reposição de peças e perda de lucratividade da operação.
Lubrificantes para motores a gás residual A formação de depósitos e a corrosão em motores
utilizando gases provenientes de resíduos podem ser controladas através da escolha apropriada do óleo lubrificante. Os principais aditivos para um óleo adequado a esse tipo de motor são: 99 Detergentes: para neutralizar os ácidos e prover cinza residual para a lubrificação das válvulas; 99 Dispersantes: para dispersar os depósitos carbonáceos e de sílica; 99 Antioxidantes: para minimizar os ácidos orgânicos; 99 Inibidores de corrosão: para minimizar a corrosão.
Esses componentes devem ser cuidadosamente balanceados.A neutralização dos ácidos, por exemplo, é controlada pela seleção apropriada do tipo e da quantidade de detergente básico, que não só neutraliza, protegendo o motor da corrosão, como também deixa um resíduo sólido de cinzas, que é utilizado para lubrificar os sistemas de válvulas de admissão e exaustão. Em pouca quantidade, ocorrerá corrosão por ácidos e diminuição do tempo entre trocas de óleo, porém, em quantidade excessiva, as cinzas formadas causarão danos às válvulas ou aos cilindros, ou até mesmo causar o que chamamos de batida de pino.
Aditivos para óleo lubrificante
Um óleo bem balanceado também precisa ter uma dispersância suficiente para manter as partículas de sílica dispersas no óleo, evitando depósitos nas válvulas e cilindros e promovendo assim, maiores intervalos entre as manutenções. Técnicos da empresa Infineum informam que estão sendo realizados programas de desenvolvimento de novas tecnologias para lubrificantes, visando à utilização em motores queimando gases residuais, e que testes de campo em andamento fornecerão mais resultados para o aprimoramento de uma nova geração de óleos lubrificantes.
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Uma análise do
mercado de lubrificantes Por: Pedro Nelson Belmiro
O
mercado brasileiro de lubrificantes, que pode ser considerado o quinto maior mercado do mundo, ficando atrás somente de Estados Unidos, China, Japão e Rússia, teve, no primeiro semestre de 2010, um período de recuperação, acompanhando uma tendência da indústria brasileira como um todo, mostrando números animadores, com um volume total perto dos 700 mil metros cúbicos, e ultrapassando em 3,8% os níveis de 2008, antes da crise econômica que abalou o mundo indiscriminadamente. Comparando-se com o mesmo período de 2009, o aumento de volume deste ano foi de 17,8%. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes – SINDICOM, que é responsável por cerca de 80% do mercado, indica também que o estado de São Paulo continua sendo o maior centro consumidor do país, com quase 30% do volume total, seguido de Minas Gerais com 12,7%, Rio de Janeiro com 8,6%, vindo logo após Paraná e Rio Grande do Sul, com 7,2% cada, aproximadamente.
24
Importações aumentam As importações cresceram de forma bastante significativa, atingindo, para o segmento de óleos básicos, o recorde histórico de 276 milhões de litros. Esse número equivale a um aumento de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. Os óleos lubrificantes com aditivos também tiveram aumento nas quantidades importadas, variando entre 16 e 28%, dependendo do tipo de classificação utilizado. Segundo técnicos do setor, a importação de básicos dobrou neste primeiro semestre, por circunstâncias que se somaram e direcionaram o mercado nessa direção, principalmente por três aspectos: o crescimento da demanda interna, a queda de produção local, devido a problemas na REDUC (Refinaria Duque de Caxias no Rio de Janeiro), e a atuação direta de produtores no processo de importação. A produção de óleos básicos pelas refinarias brasileiras teve o pior primeiro semestre dos últimos dez anos.
Rerrefino foca o futuro A indústria do rerrefino no Brasil tem se preocupado com a qualidade de seus produtos e se prepara para um futuro melhor, bem próximo, com avanço tecnológico e aumento da coleta, num ambiente de autorregulamentação e ética na conduta. É esperado um aumento da capacidade de processamento de óleos usados e/ou contaminados, numa relação direta com o aumento da fiscalização, vetando o uso indevido desses produtos. Com isso, investimentos estão sendo previstos para a introdução de tecnologias utilizando o solvente Propano e evaporadores de película com os processos de thermo-cracking, além do mais importante passo já anunciado, que é a introdução do processo de hidroacabamento, que proporcionará a colocação de básicos do grupo II no mercado, possivelmente até o fim do ano que vem. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais – SINDIRREFINO,
foi criado um Código de Ética dos Empresários do Setor de Rerrefino de Óleos Minerais, para atestar os deveres dos rerrefinadores com a sociedade, com seus clientes e contratantes e com o exercício de sua atividade. Esse código tem a adesão de 8 empresas ligadas ao Sindicato. Crescimento industrial O aumento da demanda por óleos lubrificantes está diretamente ligado ao crescimento do país, principalmente no setor industrial. A Confederação Nacional da Indústria – CNI reviu, para cima, suas projeções para alguns dos principais indicadores da economia este ano. Pelas novas previsões, o Produto Interno Bruto - PIB deve crescer 7,2% em 2010, a produção industrial vai se elevar em 12,3% e os investimentos serão ampliados em 24,5%. Se considerarmos o mercado de automóveis e motocicletas como os segmentos industriais com mais impacto na indústria de lubrificantes, pode-
25
mos entender claramente os números. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA, a produção de autoveículos subiu 19.1%, em comparação com o primeiro semestre de 2009, atingindo a marca de 1,75 milhão de veículos, enquanto a produção de máquinas agrícolas automotrizes aumentou de forma impressionante, atingindo 51,7%, quando comparada ao mesmo período de 2009. No ramo das motocicletas, quando comparada ao primeiro semestre de 2009, a produção aumentou 11,62%, atingindo a marca de 1,18 milhão de unidades fabricadas. É um número significativo, porém ainda abaixo do mesmo período de 2008. Entretanto, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – ABRACICLO, os dados seguem tendência de crescimento e a retomada do crédito, sinalizada por algumas instituições financeiras, deve incentivar ainda mais os consumidores.
Consumo de Lubrificantes por estado Outros 23% São Paulo 29%
Goiás 4% Bahia 4%
Minas Gerais 13%
Santa Catarina 4% Rio de Janeiro 9%
Rio Grande do Sul 7% Paraná 7% fonte: Sindicom
Qualidade ainda preocupa A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP tem se esforçado para controlar a qualidade dos óleos 26
lubrificantes automotivos, através do seu Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes – PQML. Entretanto, os números ainda estão longe do ideal, uma vez que, no mês de junho, cerca de 24% das amostras analisadas apresentavam quantidade insuficiente de aditivos, ou até mesmo a falta deles. As não conformidades relativas a rótulo (12,4%) e a registro de produtos (8,1%) apresentam queda em seus valores com relação aos meses anteriores. É intenção da ANP ampliar o PQML, com a contratação de mais parceiros (universidades e laboratórios) para efetuar a coleta de amostras e, para isso, já completou o processo de consulta e audiência pública para ouvir o mercado e publicar uma resolução que abrangerá os programas de monitoramento tanto para lubrificantes como para combustíveis. Em busca de números precisos O mercado brasileiro ainda precisa de uma melhor consolidação de seus números, para se tornar um mercado de primeira linha e bem controlado.
Existe uma forte pressão de todos os segmentos para que a ANP lidere esse processo e disponibilize à sociedade os números consolidados, que irão dirimir dúvidas ainda existentes e aumentar conhecimento sobre os detalhes de um mercado que cresce não só em tamanho, mas também em complexidade. Os agentes econômicos acreditam na boa vontade do órgão regulador em implementar o sistema que organizará as informações e, com certeza, se colocarão à disposição para contribuir com todas as informações necessárias. Assim, o Brasil conhecerá e regulará com muito mais facilidade o quinto maior mercado do mundo.
Pedro Nelson Abicalil Belmiro é engenheiro químico, consultor técnico em lubrificantes e coordenador da Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP.
27
O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao primeiro semestre de 2010, fruto de pesquisa junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos distribuidores.
Uma estimativa do mercado no 1º semestre de 2010 O mercado aparente 725.700 m3
Mercado Total Óleos Lubrificantes
Óleos Básicos: Mercado Total
660.500 m3
Produção Local: Refinarias Rerrefino
395.500 m3 290.500 m3 105.000 m3
Importação Exportação
275.700 m3 10.700 m3
m3
Mercado Local: Automotivos: Industriais: Óleos Básicos
669.600 401.400 m3 254.200 m3 14.000 m3 76.900 m3 20.800 m3
Importação Produto Acabado: Exportação Produto Acabado: Mercado Total Graxas
Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Banco de Dados Lubes em Foco
30.000 t
1
Mercado SINDICOM •Comparativo 2010/2009 por região (período jan - jul) Total de lubrificantes por região
Mil m3
Análise comparativa por produtos
Mil m3
320
600
2009 2010
450
280
480 420
332.404
283.841
240
372.966 339.114
200
300 300
160
237.663
240
120
194.838
109.726
22.920
0
GRAXAS
60
72.608
40 26.036
0
Lubrificantes automotivos por região
Mil m3
118.280
80
INDUSTRIAIS
AUTOMOTIVOS
150 120
2009 2010
80.412 54.863
44.143
61.427
35.835 SUL
SUDESTE
NORTE
NORDESTE
CENTRO OESTE
Lubrificantes industriais por região
Mil m3
150
183.548
175
135
2009 2010
166.415
150
2009 2010
136.214
120 105
125
106.347
90 100
75
75
60
70.500
66.625
50
49.043
34.239
25 0
45
54.540
22.793
SUL
SUDESTE
37.599
26.780
NORTE
30
38.236
42.354
15 NORDESTE
CENTRO OESTE
0
12.021 SUL
SUDESTE
16.148
NORTE
1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Repsol, Shell.
28
20.747
22.672
NORDESTE
17.486
20.275
CENTRO OESTE
Mercado de Lubrificantes em 2009 (m3)
Mercado de Graxas em 2009 (t)
12,6% 11,9%
22,0%
9,6%
9,5%
21% 6,7%
BR Chevron Ipiranga Cosan (Esso) Shell Petronas Castrol Repsol YPF Outros
16,8% 14,1%
18,4%
7,0%
12,0%
3,2% 3,5% 9,7% 9,7%
Chevron BR Ingrax Ipiranga Petronas Shell Cosan (Esso) Outros
11,2%
NOTA: Os dados de mercado, correspondentes ao ano de 2008, que foram retirados desta seção, podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.
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NACIONAIS UCM renova contrato de exclusividade com a Promax. Com o contrato assinado recentemente com a empresa norte-americana United Color Manufacturing - UCM, líder no mercado de corantes e marcadores incolores para identificação de combustíveis e lubrificantes, a Promax continua tendo exclusividade de compra para distribuição e de representação dos produtos UCM no
Brasil, especialmente corantes e marcadores líquidos para combustíveis e lubrificantes, incluindo as linhas de produtos Unisol®, Unimark®, Uniglow® e Uniqua® e, a partir desse semestre, também a linha Uniflow®. Essa nova linha tem aplicação em tintas de marcador permanente, tintas para canetas esferográficas, tintas de impressão flexográfica e rotogravura.
INTERNACIONAIS Fabricando graxas no micro-ondas. Pesquisadores da universidade americana Northern Iowa, em conjunto com uma fábrica de fornos micro-ondas, produziram graxas à base de óleo vegetal, utilizando como método de aquecimento o processo de micro-ondas. Os primeiros testes industriais foram feitos na empresa Environmental Lubricants Manufacturing Inc., que se recupera após incêndio provocado
30
por óleo de aquecimento. O processo típico de fabricação requer uma temperatura de até 315ºC, sendo bastante crítico seu manuseio. Os pesquisadores mostraram que o aquecimento por micro-ondas não causa nenhum prejuízo aos óleos vegetais e reduz o tempo a quase um terço do tempo do método convencional, em um espaço muito menor. Fonte: OEM/Lube News
Programação de Eventos Internacionais Data
Evento
2010 Outubro 17
ASME International Workshop on Green and Bio-Tribology - San Francisco, CA - USA - www.asmeconferences.org
Outubro 18 a 20
2010 STLE/ASME International Joint Tribology Conference - San Francisco, CA - USA - www.stle.org/events
Outubro 21 a 22
The European Lubricant Industry at the beginning of the New Decade - Viena - Austria - www.ueil.org/news
Novembro 11 a 12
International Lubricants & Waxes Meeting - Houston - TX - USA - www.npra.org/meetings
Dezembro 2 a 3
6th. ICIS Pan-American Base Oils & Lubricants Conference - N.Jersey - USA - www.icisconference.com/globalbaseoils
Nacionais Data
Evento
2010 Outubro 5 a 7
Congresso Usinagem 2010 - São Paulo - SP - www.arandanet.com.br/eventos2010/usinagem/index.html
Outubro 17 a 19
SAE Brasil International Noise and Vibration Congress - Florianópolis - SC - www.saebrasil.org.br
Outubro 20 a 22
Seminário Paranaense de Manutenção - www.abraman.org.br
Outubro 21
Simpósio de Lubrificantes e Aditivos - AEA São Paulo - www.aea.org.br
Cursos Data
Evento
2010 Setembro 22 a 24
Projeto de Instrumentação - Rio de Janeiro - www.ibp.org.br
Setembro 29 a Out 01
Segurança e Saúde em Laboratórios - Hotel Pestana São Paulo - www.ibp.org.br/cursos
Novembro 8 a 12
Turbinas a Gás Industriais em Ciclos Combinados/Cogeração - Rio de Janeiro - www.ibp.org.br
Novembro 10 a 12
Lubrificantes e Lubrificação - Hotel Pestana São Paulo - www.ibp.org.br/cursos
Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.
Rio Pipeline
2011
Conference & Exposition
September 20-22 20 a 22 de setembro de 2010 September 20-22, 2010
Rio de Janeiro • Brazil
Chamada de Trabalhos: 17 de dezembro de 2010 Call for Papers: December 17th, 2010
Participação/Participation of
Informações / Information: Tel./Phone: (+55 21) 2112-9000 Fax: (+55 21) 2220-1596 e-mail: riopipeline@ibp.org.br
www.riopipeline.com.br
Realização/Realization