Revista lubes em foco edicao25

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EM FOCO

Jun/Jul 11 Ano V • nº 25 Publicação Bimestral R$ 12,00

00025

A revista do negócio de lubrificantes

9 771984 144004

Laboratórios Portáteis

Ferramentas poderosas para o monitoramento dos óleos lubrificantes em uso.

O 1º Encontro com o Mercado O evento que marcou uma nova fase de relacionamento no mercado brasileiro de lubrificantes.


O descarte inadequado do óleo lubrificante usado pode provocar danos ambientais. Preservar o meio ambiente Ê responsabilidade de todos. Resolução CONAMA 362/2005. Não utilize aditivação extra.

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POSTOS PETROBRAS. O BRASIL SE ENCONTRA AQUI.


Editorial A realização do 1º Encontro com o Mercado, no dia 4 de julho, trouxe ao setor de lubrificantes um novo olhar sobre si mesmo e criou um espaço para que os agentes econômicos pudessem trocar ideias e informações, com a oportunidade de um relacionamento social saudável e proveitoso. O objetivo da LUBES EM FOCO foi plenamente atingido, preparando um caminho para futuros encontros que proporcionem um desenvolvimento cada vez maior do segmento de lubrificantes do Brasil. Dessa forma, o Encontro com o Mercado entra definitivamente para o calendário dos eventos importantes da indústria brasileira, sempre com o compromisso de ouvir o mercado e a ele retornar com informações relevantes. O mundo passa por um momento de transição bastante crítico quanto ao aspecto econômico, e todos esperam muito dos países emergentes, com o Brasil ocupando lugar de destaque nesse contexto. Ainda temos muitos obstáculos e desafios pela frente, porém podemos acreditar em perspectivas otimistas a médio e longo prazo, apostando no crescimento e na consolidação do nosso parque industrial, atingindo níveis de competitividade importantes para seu desenvolvimento, o que leva a reboque um mercado de lubrificantes que amadurece a cada dia, tanto nos aspectos de qualidade quanto em regulação. Cresce também a importância de se ter um espaço para debates sobre números do mercado, aspectos econômicos, influências tecnológicas e relações de produção e importação tanto de insumos básicos como de produtos acabados. Assim, uma publicação isenta que possa abranger todos os aspectos da cadeia produtiva é o veículo ideal e também o fórum adequado para todas essas circunstâncias. Acreditar na competência de nossos reguladores, na honestidade dos produtores e importadores e na seriedade dos distribuidores é colocar em marcha o processo de desenvolvimento, com o acompanhamento e o suporte necessários à disseminação da informação e do conhecimento. Essa é a missão da LUBES EM FOCO e contamos sempre com o apoio dos nossos leitores e colaboradores no sentido de continuarmos a trilhar o caminho traçado há 4 anos.

Os Editores

Publicado por: AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Marcia Lauriodo Zamboni - reg. 17118-78-45

Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni Capa Gustavo Eduardo Zamboni

Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br

Redação Tatiana Fontenelle

Tiragem 4.000 exemplares

Layout e Editoração Antônio Luiz Cunha

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br

Revisão Angela Belmiro Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.


Água e óleo não se misturam. Omissão e responsabilidade também não.

A destinação inadequada no descarte de óleos lubricantes usados ou contaminados polui a terra, a água e o ar, prejudicando o meio ambiente. Há mais de 30 anos, a LWART LUBRIFICANTES é responsável pelo recolhimento de mais de 50% do óleo lubricante usado ou contaminado destinado para o rerreno no país, sendo considerada a maior empresa do setor na América Latina. Além de proteger a natureza, o rerreno garante o abastecimento do mercado, preservando recursos naturais não-renováveis. Troque o óleo lubricante de seu carro ou máquina somente em locais que tenham o compromisso em armazenar corretamente o produto e o destinar para o rerreno. Não jogue fora a oportunidade de preservar o meio ambiente e contribuir para a sustentabilidade.

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Valorizando o homem, construindo o futuro.


Sumário 6 10

ovo site!!! n o s s o n Visite

r b . m o c . s e b u l . w ww O 1º Encontro com o Mercado Um resumo do que aconteceu no primeiro evento produzido por esta revista.

Fabricantes pressionam por graus de viscosidade mais baixos. O que pensam as montadoras sobre viscosidade.

14

Cara nova para a biblioteca do IBP

16

Artigo de SMS: NR-12

18

Laboratórios Portáteis

22

Como montar um laboratório de óleos

28

Mercado em foco

30

Notícias Rápidas e Programação de Eventos

Reformas recentes facilitam o acesso dos usuários à biblioteca do IBP.

A Norma Regulamentadora que enfoca a segurança do trabalho em máquinas e equipamentos.

Uma simples maleta pode se tornar poderosa ferramenta no monitoramento do óleo em uso.

Os cuidados no planejamento e montagem de um laboratório químico para atender à Resolulção 18 da ANP.

Informações sobre o mercado brasileiro de óleos e graxas.

Atualidades do mercado de lubrificantes.

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já!

www.lubes.com.br


LUBES EM FOCO comemora quatro anos de existência com os principais agentes do setor de lubrificantes Por: Tatiana Fontenelle

Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, Pedro Nelson Belmiro, é muito importante ampliar as discussões e a troca de idéias sobre os lubrificantes, em um país onde o mercado cresce não somente em quantidade, mas também nos requisitos de qualidade e na legislação vigente. “Quanto mais discutimos sobre o assunto, mais crescemos em nível de conhecimento específico e Presença do Cônsul Geral Adjunto da Argentina, Jorge Insausti (1º a esq.)

ampliamos sua difusão. Um evento como este contribui de

A

forma contundente para uma melhor ampliação do diálogo

de julho de 2011, no auditório do Centro Empresarial Rio,

agradeceu a presença de todos e falou sobre a importân-

no Rio de Janeiro, contando com o apoio do Consulado

cia da LUBES EM FOCO para o mercado. Destacou que

Geral da Argentina. No evento, foram promovidas

a revista tem como principal objetivo ouvir o mercado e

palestras sobre o mercado brasileiro e um panorama

a ele retornar com informações relevantes e atuais sobre

econômico do país, além de debates com os principais

o setor de lubrificantes. “Estamos convencidos de que

agentes econômicos do setor de lubrificantes. Segundo

é por meio de publicações como esta, pioneira no país,

o consultor técnico e coordenador da Comissão de

que podemos acompanhar o crescimento industrial do

Lubrificantes e Lubrificação do Instituto Brasileiro de

setor no Brasil e no mundo, além de ter acesso às tecno-

revista LUBES EM FOCO, em comemoração

entre os agentes econômicos e o amadurecimento cada

aos quatro anos de existência, proporcionou

vez maior do nosso mercado”, disse Belmiro.

um encontro com os principais integrantes do

O evento foi iniciado pelo Diretor da Agência Virtual

mercado brasileiro de lubrificantes, no dia 4

e um dos criadores da publicação, Gustavo Zamboni, que


que a rápida evolução tecnológica de máquinas e motores aliada às demandas ambientais fizeram com que a demanda dos lubrificantes crescesse de forma considerável na indústria do petróleo: “A renovação da frota de veículos traz impactos importantes e nos remete à questão

Gustavo Zamboni, Diretor da Agência Virtual

da qualidade dos óleos básicos, vi-

Guilherme Mercês na palestra de abertura

sando ao atendimento de formula-

de Janeiro deve crescer mais que o

ções cada vez mais complexas”.

Brasil nos próximos anos”.

logias recentes e desempenhar um

A palestra de abertura ficou

importante papel na integração dos

por conta da Diretoria de Economia

a

diferentes agentes que atuam em lu-

da Federação das Indústrias do

Superintendência de Abastecimento

brificação”, finalizou Zamboni.

Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN,

da Agência Nacional de Petróleo,

representada

economista

Gás Natural e Biocombustíveis – ANP,

Geral do IBP, Álvaro Teixeira, fa-

Guilherme Mercês, que falou sobre

Tatiana Petricorena. A apresentação

lou sobre a importância de revis-

o panorama econômico brasileiro e

sobre o mercado brasileiro de lubrifi-

tas temáticas, como a LUBES EM

o que esperar para o ano de 2011.

cantes divulgou, em caráter oficial, os

Logo em seguida, o Secretário

FOCO e ASFALTO EM REVISTA: “Foi fundamental a parceria entre a Agência Virtual e o Instituto para se materializar uma publicação espe-

pelo

“O projeto tem trazido em suas

forma ampla todos os níveis da cadeia

de informação e referência para os

produtiva. A realização do evento com

da

números de participação de mercado

a participação maciça das empresas e instituições representativas serviu para consagrar o trabalho desenvolvido

bre a necessidade de investimentos

pela revista LUBES EM FOCO

em tecnologia na produção de bá-

Ferreira -

sicos de melhor qualidade, além de

Lubrificantes Ltda).

Sócio/Diretor na

” (Ilton

Lubrasil

sua adequação à legislação vigente.

Álvaro Teixeira Secretário Geral do IBP

representante

com atualizações de grande valia a

pudesse ser utilizada como fonte

O representante do IBP declarou

da

teve

utilidade ao setor de lubrificantes, todos os envolvidos, abrangendo de

O secretário também falou so-

palestra

repercussão

edições um leque informativo de extrema

cializada, de caráter isento e que

profissionais do setor”.

Grande

Tatiana Petricorena, da ANP

das empresas produtoras de lubrificantes para o ano de 2010. Pela primeira vez, o mercado pode ver a representa-

De acordo com o economista,

tividade de vinte empresas no ranking

o Brasil está com um novo padrão

de participações de mercado, inclusive

de renda. Em 2010, o país ficou em

por região, fato de extrema importância

quarto lugar como um dos maiores

para um melhor conhecimento do mer-

consumidores de carros do mundo:

cado brasileiro, que só tende a crescer

“Temos que estar atentos. Aumentar

e atingir níveis internacionalmente ex-

a nossa produtividade é de suma

pressivos. “Muitas empresas apresen-

importância nesse momento. O Rio

taram o cronograma de andamento


“Gostei bastante do evento. Foi uma oportunidade única de ter acesso a

de níveis mínimos de qualidade para os óleos automotivos.

dados e informações sobre a economia brasileira e o mercado de lubrificantes. Os

debates

e

as

conversas

de

cafezinho também foram úteis para

Almoço servido no local aos participantes

estabelecer contato com os agentes da

” (Solange Mchado - Diretora

indústria

Petrobras Bernardo Lemos, o presi-

Administrativa da Brazão Lubrificantes).

dente do Sindirrefino, Nilton Bastos,

Sidney Furtado Gouvêa

de seus projetos. Tem muita gente

além do representante do Sindicom,

querendo se regularizar, se compro-

Com o título de “Produtos

meter e isso trará bons frutos para o

Especiais Mais Seguros ao Homem

mercado de lubrificantes. Hoje, esta-

e ao Meio Ambiente”, o Sr. Sidney

mos com praticamente todos os pro-

Furtado

dutores cadastrados”, disse Tatiana.

Abastecimento

Gouvêa,

setor

O bate-papo informal sobre o mercado foi iniciado pelo engenhei-

e

ro Bernardo Lemos. O representante

Comercialização de Lubrificantes e

da Petrobrás declarou que o ano de

Parafinas da Petrobras, apresentou

2010 foi um ano desafiador no tocan-

ao mercado os produtos Fluibrax

te às vendas: “O acidente na Reduc,

Euro 40 e Euro Safe Plus, que podem

impactou a refinaria como um todo.

substituir o Extrato Aromático em

A Petrobrás buscou importar para

várias aplicações, como na indústria

suprir o déficit de produção. No ano

Marketing

de pneus e na fabricação de graxas. Outro ponto importante do enClaudio Lopes, Gerente da Afton Chemical

te do Simepetro, Carlos Ristum.

de

do

Marcelo Capanema, e do presiden-

contro e um dos mais esperados foi o painel dirigido pelo consultor

“Considerei o evento excelente com palestras interessantes, temas pertinentes e

palestrantes

O

encontro

bem

preparados.

também

proporcionou

Foi apresentada também uma

Pedro Nelson Belmiro, quando fo-

palestra sobre como a tecnologia in-

ram discutidos os principais pontos

fluencia o mercado de lubrificantes,

que regem o mercado de lubrifican-

um excelente trabalho

com o gerente da Afton Chemical,

tes. Estavam presentes o gerente da

Neto – Diretor na Chimex Brasil).

troca valiosa de informações entre os presentes. Os organizadores realizaram

” (Carlos De Lion

Claudio Lopes, ressaltando os principais elementos motivadores da contínua evolução tecnológica: regulação das emissões veiculares, regulação da eficiência energética, globalização na indústria automobilística e de autopeças, tecnologia e comportamento do usuário. Mencionou ainda os desafios a serem enfrentados pela indústria de lubrificantes no Brasil, exemplificando com a determinação

Painel sobre o mercado brasileiro de óleos básicos. Da esq. para a dir.: Carlos Ristum, Marcelo Capanema, Pedro Nelson Belmiro, Bernardo Lemos e Nilton Bastos.


“Eventos como o da LUBES EM FOCO tradicionalmente trazem no cerne certa

Simepetro, Carlos Ristum, falou so-

dose de atualidades do setor, inovações e

bre as dificuldades que os produ-

tendências mais alvissareiras. Porém, sou

tores enfrentam. Elogiou também o

daqueles que valorizam sobremaneira a Auditório lotado no Centro Empresarial Rio

Logo depois, o presidente do

oportunidade de rever colegas, de conversar

monitoramento feito pela ANP, mas

com aqueles com quem percorremos trechos

ressaltou que há uma lacuna com

de 2010, o volume de importação

juntos e de seguir aprendendo com outros a

a relação à fiscalização de baldes

aumentou além do que era previsto

chegar. Por isso, são momentos benvindos

e tambores: “As empresas estão

para manter novas vendas e o mer-

e esperados com ansiedade! (Clovis

voltadas à qualidade, a se ade-

cado brasileiro atendido”. O engenheiro declarou também

Gouvêa - Dir. Técnico da Gulf do Brasil).

O

engenheiro

quar à Resolução 18”.

Marcelo

Ao final do encontro, foram

que, ao longo do ano de 2011, houve

Capanema, do Sindicom, declarou

sorteadas assinaturas da revista e

uma série de investimentos na refina-

que segue contratos acordados

brindes. Foram contemplados com

ria ajudando a recuperar a produção

com a Petrobras, fonte principal de

os prêmios os participan: Daniel

e, principalmente, a confiabilidade.

fornecimento, mas devido ao volume

Carlos Gandara Costas, Vanessa

Para Nilton Bastos, o acidente na

e crescimento, houve a necessidade

Salles, Ericsson Soares da Silveira

Reduc tirou o ritmo adequado que a

de se buscar óleo importado direta-

e Marcelo Araújo.

empresa tinha no mercado de contra-

mente para manter os clientes aten-

tos: “O tumulto foi grande, mas agora,

didos: “Isso está acontecendo com

apesar das oscilações do mercado, não

algumas empresas do Sindicom, que

sentimos grandes dificuldades, pois a

criaram alternativas para ter o produ-

Petrobras está voltando à sua norma-

to disponível. O mercado brasileiro

lidade”. O presidente do Sindirrefino

acabou criando o seu caminho”.

disse que estar preparado para as

Segundo ele, a expectativa é

mudanças é fundamental, pois tudo o

a de que o lubrificante tenha uma

que acontece no mercado reflete nas

evolução ano a ano.

Tatiana Fontenelle é jornalista pós-graduada em telejornalismo

atividades do Sindicato.


Texto de autoria de Steve Swedberg, extraído da revista Lubes & Greases e traduzido por Pedro Nelson Belmiro

R

ecentemente foi formada uma força-

O sistema de classificação SAE J300 define

para

os limites de viscosidade para óleos monograu e

classificação de viscosidade, com a

multigrau que são utilizados no mundo inteiro, tais

finalidade de rever a proposta para

como SAE 30, 5W-30, 10W-30, 15W-40 etc. O mul-

novos graus de viscosidade dos óleos automotivos.

tigrau (W) mais baixo atualmente é o 0W (zero W),

O

enquanto que o monograu mais baixo é o SAE 20.

tarefa

interesse

do

nesses

grupo

novos

SAE

graus

J300

é

grande,

principalmente devido ao desejo dos fabricantes

Para se certificarem de que óleos de baixa

de veículos de aproveitar cada gota de combustível

viscosidade possam ser utilizados sem o receio de

possível, aumentando a economia do veículo pela

provocar desgaste excessivo do motor, alguns fa-

redução da fricção que o óleo pode proporcionar. Se

bricantes pediram à SAE que expandisse a faixa

for aprovada, a introdução de graus de viscosidade

de viscosidade para o mongrau, incluindo os SAE

mais baixos terá um impacto significativo nos

5, 10 e 15. A grande dificuldade, e também o ponto

formuladores de óleos automotivos e supridores de

em que não há concordância dos fabricantes, está

óleo básico.

em como e onde se colocarem os limites de visco-

10


Grau de viscosidade

KV 100o C Min, mm-s

KV 100o C Max, mm-s

se deve adicionar uma tabela completa para graus de HTHSV Min, mPa-s

viscosidade abaixo do SAE 20, até a viscosidade de 1,4 mPa-s. O segundo grupo quer adicionar apenas

SAE 0

Aprox. 1,5

Aprox. 5,0

1,4

SAE 5

Aprox. 2,5

Aprox. 6,5

1,7

SAE 10

Aprox. 4,0

Aprox. 7,0

2,0

SAE 15

Aprox. 5,0

Aprox. 8,5

2,3

um ou talvez dois novos graus abaixo de SAE 20, considerando que a SAE J300 poderá ser revisitada mais tarde para graus adicionais, quando necessário. Grande parte dos participantes da citada pesquisa concordou que qualquer novo grau deve ter uma faixa distinta de viscosidade cinemática, assim como os limites de HTHS, e isso também serviria para as

SAE 20

5,7

9,3

2,6

definições do grau SAE 20. A maioria pareceu confortável com os incrementos de 0,3 mPa-s nas viscosida-

Figura 1 - A posição da Honda sobre viscosidade

sidade para altas temperaturas e alto cizalhamento (HTHS). A viscosidade HTHS mais baixa permitida,

des HTHS, para cada grau.

O que pensa a Honda

atualmente, é 2,6 mPa-s a 150ºC, e algumas aplicações podem requisitar viscosidade ainda menor.

O representante da Honda, Jeff Jetter, disse

O coordenador da força-tarefa, Sr. Chris May,

que os planos da empresa são usar óleos de baixa

da Imperial Oil, abriu o encontro de 22 de junho, em

viscosidade, admitindo que esses óleos auxiliam o

Baltimore, com uma revisão das forças direcionado-

desenvolvimento de novas tecnologias de motores.

ras para os graus adicionais. Desde agosto de 2009,

Também afirmou que certamente essa será a últi-

um grupo de trabalho tem analisado as opções para

ma alteração na classificação J300, devido ao pro-

ampliar os graus de viscosidade da norma SAE J300

cesso de eletrificação dos motores à combustão,

para óleos com HTHS abaixo de 2,6 mPa-s. No ano

em breve. Ele propôs adicionar quatro novos graus

passado, os principais agentes da indústria partici-

de viscosidade (Fig.1) e acredita que, com esse

param de uma pesquisa, na qual foram solicitados

sistema, os fabricantes podem otimizar a escolha

a considerar três opções. Alguns recomendaram

dos óleos para seus motores. Mostrou ainda que,

cautela ao se alterar alguma coisa na J300, até que

segundo os dados que obteve, o óleo mais leve (re-

as necessidades e suas implicações fossem bem

ferido como categoria “5” e descrito no SAE Paper

definidas. Outros lembraram que já existem produ-

2011-01-1247) teve um desempenho satisfatório

tos de baixa viscosidade no mercado com a indica-

quanto a desgaste em motores de linha normal de

ção de ser óleo SAE 0W-10 (incluindo um produto

produção, provendo ainda boa proteção em altas

de fabricante de automóvel japonês) e também de

velocidades e altas temperaturas, mesmo utilizan-

SAE 10W-10, sendo que esses produtos não existem

do óleo mineral básico sem aditivos.

oficialmente.”Isso mostra a urgência da SAE em definir esses novos graus”, comentou May.

Embora a Honda esteja satisfeita com a proteção oferecida, os óleos da chamada “Categoria 5”

Aqueles que propõem uma mudança na classi-

não serão aplicados aos motores existentes, porque

ficação SAE J300 geralmente se encontram em um

alguns componentes têm uma relação direta com

dos dois grupos seguintes: o primeiro sustenta que

a pressão do óleo para seu bom funcionamento. 11


“Entretanto, os futuros projetos de motores podem ser otimizados para operar com esses óleos”, completou Jetter.

Reposição e Primeiro Enchimento Companhia

Toyota

OW - 20

5W-20

1,8L; 2,4L; 2,5L; 2,7L; 4,0L; 4,6L; 4,8L; 5,7L

Grau principal

1,5L; 3,5L

Grau principal

4,0L; 5,4L (5W-50)

Ford

A posição da Toyota e de outros

5W-30

Grau principal

GM, Chevrolet

De acordo com Minoru Yamashita, a Toyota queria ver uma alteração no grau SAE 20, para uma viscosi-

Honda

Civic Hybrid 1,3L Insight

Nissan

Altima Hybrid 2,5L

Grau principal

dade mínima mais elevada, e que um novo grau fosse introduzido com uma faixa de viscosidade cinemática

Grau principal

mais baixa, assim como também um menor valor para o mínimo de viscosidade HTHS. O novo grau poderia

Hyundai

Grau principal

Chrysler

Grau principal

aumentar o resultado de economia de combustível em até 0,7%, devido exclusivamente à viscosidade. Ron Romano, da Ford Motor, observou que seria importante tomar cuidado com a variação dos limites

2,4L turbo (xW-40); 3,5L (10W-30)

Figura 3 - Alterações dos fabricantes de automóveis

de viscosidade cinemática, já que ela afeta especifi-

e nove delas não continham qualquer melhorador de

cações hidráulicas e óleos de motor também podem

Índice de Viscosidade. Ela afirmou que os resultados

desempenhar algumas funções hidráulicas nos moto-

mostraram ser possível formular óleos com viscosida-

res automotivos. Enquanto os testes são normalmente

de HTHS bem baixas, nos níveis de 1.5 mPa-s, porém

realizados a uma faixa de temperatura mais estreita,

às custas de uma volatilidade maior. O teste Noack

a calibração real dos hidráulicos é feita a uma fai-

de perda por evaporação atingiu, em alguns casos,

xa maior. Esse pensamento é também compartilhado

cerca de 23,4 a 27,9%, muito além dos 15% máximos

por Tracey King da Chrysler.

permitidos para os óleos GF-5. Goldmints frisou que

Durante

o

encontro

de

Baltmore,

Isabella

Goldmints, da empresa Infineum, mostrou dados de

esses dados são apenas de natureza viscométrica, sem qualquer outro nível de desempenho.

várias formulações utilizando óleos básicos dos gru-

Mike Covitch e Gail Evans, da Lubrizol, mostraram

pos III e IV. Todas as misturas continham um sistema

dados e uma proposta de dividir os graus de viscosi-

de aditivos para atender à especificação ILSAC GF-5,

dade essencialmente em uma faixa alta e uma baixa para cada grau. Eles alertaram que seria importante

Grau de viscosidade

KV 100o C Min, mm-s

KV 100o C Max, mm-s

HTHSV Min, mPa-s

LV 10

5,4

<6,7

1,9

LV 15

6,7

<8,0

2,3

definir limites de HTHS, enquanto também se definem faixas de viscosidade cinemática necessárias para um desempenho hidráulico consistente e que possam ser conseguidas com praticidade. O representante da ExxonMobil, David Baillargeon, apresentou a visão de sua empresa para o limite de bai-

20

8,0

<9,3

2,6

xas viscosidades (Fig.2). Essa proposta acrescentaria os graus SAE 10 e SAE 15 à tabela e é a única necessi-

Figura 2 - Proposta da ExxonMobil

12

dade vista pela empresa.


A discussão continua

chegar a um consenso. Os fabricantes japoneses deverão apresentar suas propostas individualmen-

O grupo que formou a força-tarefa solicitou

te diretamente à força-tarefa da SAE.

mais dados específicos sobre a viscometria dos

Um problema que está sendo visto com muito

óleos propostos por Honda e Toyota para análises

cuidado é a utilização de nomenclatura adequada,

posteriores; porém, um ponto que trouxe preocu-

pois usar nomes como SAE 5, SAE10 ou SAE15 traz

pação foi sobreposição dos limites de viscosida-

um grande potencial para confundir o consumidor,

des nas propostas efetuadas. Existe uma proibi-

uma vez que seria preciso abrir mão de nomencla-

ção atual da J300 para sobreposição de faixas, e

tura usada por quase 100 anos.

isso teria que ser revisto, em caso de aceitação de alguma ocorrência. Além das recomendações dos fabricantes americanos, também se espera receber mais informações dos fabricantes de veículos sobre suas necessidades e recomendações, incluindo o debate efetuado na JAMA (Japanese

Pedro Nelson Belmiro é consultor técnico em

Automobile Manufacturers Association) em abril úl-

lubrificantes e coordenador da Comissão de

timo, que indicou a quase impossibilidade de se

Lubrificantes e Lubrificação do IBP

13


A Biblioteca do está de “cara” nova

A

s obras de ampliação e modernização da Biblioteca, Centro de Informação e Documentação Helio Beltrão – CID já terminaram. A disposição e o layout foram desenvolvidos com o objetivo

de criar um ambiente acessível e agradável. Os usuários poderão contar com um espaço integrado de estudo e pesquisa, computadores para consulta nas bases de dados e informações da indústria, salas de estudo individuais e coletivas e acervo técnico voltado para atender e propiciar aprendizado, experiência e troca de informações. O CID é voltado a atender às necessidades dos profissionais ligados ao IBP e à indústria, associados do Instituto, professores e estudantes, instituições governamentais, universidades e outras instituições de ensino, centros de documentação técnica e bibliotecas parceiras. O horário de atendimento é de 8h às 17h e 30min. Horários especiais serão eventualmente informados para os alunos dos cursos de pós-graduação do IBP e demais usuários. Dentre os produtos e serviços, destacam-se o empréstimo de publicações, a orientação à pesquisa, a busca de dados, a pesquisa bibliográfica e o intercâmbio entre instituições de pesquisas e outras bibliotecas. Vale lembrar também a venda de publicações técnicas do Instituto. Os livros podem ser adquiridos na loja virtual do Instituto (www.ibp.org/loja) ou na própria biblioteca. Mais informações sobre o CID, acesso ao catálogo e consulta ao acervo podem ser obtidos no link da Biblioteca, no portal do IBP: www.ibp.org.br.

14


15


S.M.S.

S.M.S.

SAÚDE - MEIO AMBIENTE - SEGURANÇA

Uma Integração Estratégica

NR-12: SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Por: Abílio Neto

segunda

trata

dos

 O prazo começou a contar

prazos para adequa-

a partir da data de publicação no

ção pelas empresas

Diário Oficial da União da Portaria

das máquinas e equi-

197, que ocorreu em 24/12/2010;

pamentos já em uso. NR-12

NR-12

NR-12

Com

 Tendo em vista a abrangên-

relação

cia dessa Norma Regulamentadora,

à primeira, não há

por que não foram concedidos pra-

grande impacto, por-

zos similares para todos os segmen-

que trata da adequa-

tos da indústria? Poderia ser criado

ção do equipamento

um programa com prazo para ade-

Foi publicada no dia 17/12/2010,

para fabricação, cujo custo ficará

através da Portaria SIT 197, a nova

diluído no preço final da máquina.

Certamente o atendimento a

redação da Norma Regulamentadora

Preocupa a segunda tabela, que

essa Norma Regulamentadora pro-

de número 12, que define referências

impõe prazos de 4, 12, 18, 24 e 30

piciará o aprimoramento das con-

técnicas, princípios fundamentais e

meses para a adaptação. O impac-

dições do trabalhador, tornando as

medidas de proteção para garantir

to nesse caso é direto, porque se dá

máquinas e equipamentos muito

a saúde e a integridade física dos

sobre o parque fabril já existente.

mais seguros para sua utilização, re-

trabalhadores. Estabelece também

Porém, em seus anexos, estabele-

duzindo assim o número de aciden-

requisitos mínimos para a prevenção

ce para alguns setores específicos

tes em nosso país. Porém deve-se

de acidentes e doenças do trabalho

prazos que, dependendo do núme-

buscar que a NR tenha prazos mais

nas fases do projeto e de utilização

ro de empregados, iniciam com 18

flexíveis na adequação dos itens

de máquinas e equipamentos de to-

meses e podem chegar até 66 me-

estabelecidos, possibilitando aos

dos os tipos, e ainda de sua fabrica-

ses para se adequarem às exigên-

empresários diluir os custos neces-

ção, comercialização, exposição e

cias da referida NR.

sários às adequações ao longo do

cessão a qualquer título, em atividades econômicas. A Norma Regulamentadora 12 apresenta duas tabelas com prazos

Cabem aqui uma algumas reflexões:

quação total de cinco anos.

tempo, evitando assim um impacto no orçamento das empresas.

 O que as empresas já realizaram até o momento?

Abílio Ribeiro Neto é chefe da Divisão de

para adequação. A primeira trata dos

 Será que as empresas tive-

prazos para fabricantes adequarem

ram tempo hábil para inserir os cus-

Segurança do Trabalho

sua produção (máquinas e equipa-

tos das adequações em seus orça-

do Sistema FIRJAN.

mentos ainda por comercializar); a

mentos de investimentos anuais?

16

Desenvolvimento de


2011

IV SimpĂłsio de Lubrificantes e Aditivos

A tecnologia dos lubrificantes nas novas legislaçþes de emissþes

27 de outubro de 2011 - Hotel Renaissance - SĂŁo Paulo

O IV Simpósio de Lubrificantes e Aditivos Ê a maior oportunidade de imersão de novas tecnologias e desenvolvimento profissional. Grandes nomes da industria automotiva se reunirão para debaterem as previsþes do mercado de lubrificantes na AmÊrica Latina com a presença de órgão governamentais e especialistas. Os tópicos principais deste encontro são:

sĂ?ÂŤLEOSĂ?"ÂľSICOS sĂ?!DITIVOS sĂ?,UBRIFICANTESĂ?EĂ?&LUĂ€DOS sĂ?4RANSMISSÂşO sĂ?4ECNOLOGIAĂ?DEĂ?-OTORES

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6


Laboratórios Portáteis Por: Antonio Traverso Júnior

H

á algum tempo, visitando um cliente do

segmento, em que a terceirização, o downsizing

setor de Mineração, deparei-me com

a rotatividade e a remuneração eram situações

uma situação inusitada: a gerência

“em moda”, pude perceber que aquele gerente de

de Manutenção do cliente tinha uma

Manutenção estava recebendo muita informação sem

grande demanda de diagnósticos preditivos através

“formatação” de valor. O laudo de análises era de tal

de análises de óleo e não conseguia obtê-las mesmo

modo “sofisticado”, que não havia tempo e outros

recebendo

recursos para interpretá-lo. No laudo de análises

Os

laudos

relatórios

eram

de

análise

enviados

completíssimos. pelo

laboratório

vinha o resultado de análise de espectrometria de

externo contratado para analisar os óleos em uso

mais de 25 metais, sem uma clara referência ou

dos equipamentos críticos e principalmente os caminhões fora de estrada utilizados. Os relatórios e laudos, na medida em que chegavam, eram devidamente arquivados em pastas organizadas, mas efetivamente não se tirava deles muita coisa, e, por conseguinte, os equipamentos continuavam com as mesmas taxas de falha. Indaguei-lhes por que aquilo ocorria e a resposta veio: “Estes laudos têm muitos números, muitos dados, muita informação. Não sabemos como extrair-lhes valor ou know-how sobre o comportamento dos nossos equipamentos”. Naquele momento, levando em conta o contexto e a realidade da manutenção nas empresas daquele 18

Foto 1 - Kit de análise de água em óleo


contaminação com glicol e há outros ainda cujo problema são os cloretos. Dessa forma a seleção de análises ou testes que comporão esses laboratórios deve ser norteada pelas respostas às seguintes perguntas:

 Quais são os objetivos da monitoração?  Quais são os equipamentos lubrificados absolutamente importantes de se monitorar?

 Quais são as propriedades mais importantes a serem monitoradas no óleo? Foto 2 - Laboratório portátil com régua de viscosidade

 Quais são os contaminantes mais nocivos para

distinção entre os elementos/metais de interesse

óleos dos equipamentos na realidade operacional

direto.

analisada?

Daquelas análises físico-químicas, não

mais do que sete ou oito resultados ou números já atenderiam a mais de 80% do efetivamente desejado.

 O que dizem os históricos de causas de falhas dos equipamentos?

Nada que um simples laboratório portátil de campo

 Quais são os parâmetros do óleo que o(s)

com um operador ou um técnico mecânico júnior não

fabricante(s) do(s) equipamento(s) recomenda para

pudesse fazer com resultados práticos melhores e

monitoraração e o controle?

imediatos, isto é, uma monitoração em tempo real. A utilização de laboratórios portáteis de campo é uma via real interessante para o início de um programa

 Quais são a qualidade e velocidade de resposta dos fornecedores de serviços de análise de óleos disponíveis na região?

de análises de óleo em uso, pois tem um excelente

 O custo-benefício dos serviços de análise ex-

custo-benefício e permite uma rápida aculturação da

ternos atende aos nossos objetivos de confiabilida-

equipe de lubrificação/preditiva na busca de resulta-

de e disponibilidade dos equipamentos?

dos e recursos mais sofisticados, assim como a prepara para especificar ou solicitar o que interessa a um

 O que pode ser feito internamente, considerando as respostas às perguntas acima?

laboratório externo, se um dia necessitar fazê-lo. Existem vários tipos de laboratórios portáteis

Com as respostas, a composição e montagem

de campo, sendo que as montagens mais comuns

do laboratório portátil ficam bastante fáceis. Um la-

e práticas são:

boratório portátil básico bem especificado e montado pode eliminar a necessidade de até 80 % de serviços

 Laboratórios para óleos automotivos;  Laboratório para equipamentos industriais;  Laboratórios para óleos hidráulicos.

de análise externos. Já um laboratório portátil mais avançado, em etapa posterior, pode eliminar a necessidade de análises externas em até 100%, mas, nesse caso, a cultura já deve estar consolidada, e o

Esses laboratórios são montados em maletas e

investimento deverá ser consideravelmente maior.

podem ser customizados de acordo com a demanda

Há diversos ensaios comparativos e quantitati-

de cada usuário. Há usuários que têm muito proble-

vos. Os principais ensaios disponíveis nesses labo-

ma com água no óleo, há outros com problema de

ratórios são os seguintes: 19


Foto 3 - Chapa Quente detectando presença de água (crepitação)

Foto 4 - Chapa Quente testando óleo sem presença de água (crepitação)

Ao se iniciar um laboratório com a utilização de um

 Viscosidade  Teor de água  Teor de Cinzas  IBT- Índice de Basicidade Total  IAT- Índice de Acidez total  Teor de PCBs  Presença de glicol  Presença de Cloretos  Contagem de Partículas  Consistência de graxas  Contaminação de graxas  Exudação de óleo em graxa

diagrama de Pareto sobre as ocorrências associadas ao óleo em uso, o caminho da excelência da lubrificação e da confiabilidade dos equipamentos já começa a ser trilhado.

A composição inicial do laboratório portátil deve ser simples, com poucos ensaios e, na medida em que os resultados forem aparecendo, novas oportunidades de incorporar novos ensaios ou testes, e alguma automação, serão decorrentes. 20

Foto 5 - Contador de partículas ótico de campo


De nada adianta investir na compra de um super laboratório ou comprar um serviço de análises de óleo sofisticado utilizando metodologia ASTM, se o conhecimento não for consistente, se o contingente de mecânicos ou técnicos não for suficiente e se a cultura de controle e análise das falhas não for adotada, considerando-se ainda toda a cadeia de valor da lubrificação. O exemplo da mineração ilustra bem o caso. “Começar pequeno, aculturar-se e então crescer rápido é o melhor caminho. Os equipamentos responderão imediatamente”. Foto 6 - Viscage para análise de viscosidade

Por exemplo, em um programa de monitoração de óleo de sistemas hidráulicos, em 80% das vezes, as causas de falha podem ser controladas e evitadas com os ensaios de: viscosidade, água, IAT e contagem de partículas.

Antonio Traverso Júnior é engenheiro e Consultor Sênior de Lubrificantes da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobras Distribuidora.

21


Como Montar um Laboratório de Lubrificantes Por: Letícia Lazaro

A

Resolução n° 18 da ANP, de 18 de junho de 2009, cita no artigo 13 item II, cita a exigência de comprovação por parte do produtor de lubrificantes de que possui

um laboratório próprio para controle de qualidade dos óleos lubrificantes acabados. Esse laboratório deve possuir, dependendo do tipo de lubrificante produzido,

os

seguintes

ensaios

em

perfeitas

condições e calibrados: 

Cor

Viscosidade Cinemática a 40 e a 100°C

Densidade

Ponto de fulgor

Ponto de fluidez

Teor de elementos

BN (antigo TBN) e/ou AN (antigo TAN)

Corrosão em lâmina de cobre

Demulsibilidade. Banho de viscosidade

Planejar esse laboratório exige alguns cuidados para que os equipamentos apresentem bom desempenho e durabilidade.

Já o ensaio de viscosidade, dependendo do equipamento escolhido, exige alguns cuidados.

Alguns equipamentos são simples e podem ficar

No caso de banhos termostáticos para medição de

posicionados sobre a bancada próximos a tomadas

viscosidade cinemática por tempo de escoamen-

elétricas. É o caso dos testes de cor e densidade.

to, é indicado o uso de dois banhos: um a 40°C e

22


outro a 100°C. Pode-se utilizar um banho somente, mas será necessário aguardar que o banho atinja a temperatura desejada, o que pode ser bastante demorado. Esse ensaio é extremamente sensível a variações de temperatura. A quantidade de análises e as faixas de viscosidade que se pretende medir é que determinam o tamanho desses banhos e a quantidade de tubos viscosimétricos que devem estar disponíveis. É indicado que esses banhos termostáticos sejam posicionados a uma distância suficiente entre si e dos demais equipamentos para não haver interferência entre eles. Esse tipo de equipamento apresenta versões automatizadas que podem ser interessantes para grandes quantidades de amostras. Caso se selecione um viscosímetro do tipo Stabinger, o espaço necessário para o equipamento é menor, e há a possibilidade de ele dispor de amostra-

Ponto de Fulgor

dor automático. Nesse caso, não há necessidade de

teste. Ele necessita de tomada elétrica próxima e de for-

banhos termostáticos, apenas uma tomada elétrica.

necimento de gás para acender e manter acesa a chama

O equipamento de ponto de fulgor deve estar po-

piloto e a de exposição. É muito importante montar um

sicionado dentro de uma capela, devido à emissão de

dispositivo que minimize a interferência da exaustão da

vapores dos componentes leves da amostra, e exige

capela no ensaio, porque isso pode alterar o resultado do

cuidados no manuseio da amostra aquecida logo após o

ensaio. Uma possibilidade é montar uma proteção sobre o

23


equipamento que permita a saída dos vapores. Existem equipamentos automáticos para esse teste. O teste de ponto de fluidez pode ser realizado apenas com vidraria e banhos de refrigeração utilizando gelo seco e acetona. Existem, também, equipamentos específicos para ele, que são compactos e realizam o teste automaticamente. No primeiro caso, sugere-se a realização do ensaio em capela, por causa dos solventes usados para baixar a temperatura da amostra. No segundo caso, a capela não é necessária, e o equipamento pode ficar disposto sobre a bancada próximo a uma tomada elétrica. Os ensaios de BN (índice de basicidade) e AN (índice de acidez) são baseados em titulometria. Os solventes utilizados nas soluções para a titulação indicam a realização do ensaio em capela. Os testes baseados em mudança de cor de um Banho de viscosidade

PETROWAX

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indicador podem ser realizados apenas com uso de vidraria adequada. Entretanto, os que são potencio-

A Petrowax possui uma das maiores plantas de lubrificantes do Brasil. Atua com produtos minerais e sintéticos, produz no Segmento Industrial, metalworking, automotivo, marine e ferroviário, além de especialidades aeronáuticas. Especializada na produção de lubrificantes por encomenda, a Petrowax possui parcerias no desenvolvimento e produção de fluídos, atende as mais rigorosas especificações e desempenhos exigidos pelas normas internacionais e companhias globais. Sua planta fabril localizada em Iperó, no interior de São Paulo possui certificações ISO 9001, ISO 14001 e está fase de implantação da ISO TS 16949; possui um moderno Centro de Tecnologia Química (CTQ) acreditado por indicação na norma ISO IEC 17025.


Energia Absorvida

Fonte de Energia Externa

_

_

_

_

_

_

_ _

_

_

_

+11

_ _

_

_

_ _

_

_

_

_ _

_

_

_

_

_

Luz

_

+11

_

_

B.

Energia Emitida

_

_

+11

_

A.

_

_

C.

Princípio básico para medição de teor de elementos

métricos exigem eletrodos que

um equipamento específico, que

devem mantidos limpos e ade-

consta de um banho termostático

quadamente

para

e cilindros de aço inox hermeti-

manter suas características e

camente fechados, onde se co-

garantir uma medição precisa.

locam um tubo de vidro contendo

Nesse caso, o teste usa um sis-

a lâmina de cobre mergulhada na

tema que mede a diferença de

amostra a ser testada. As lâminas

potencial ao longo da titulação e

de cobre são padronizadas, e o

registra graficamente essa varia-

procedimento de limpeza delas

ção para se identificar o momen-

é descrito no método. É necessá-

to em que ocorre a neutralização.

rio, também, dispor do padrão de

Atualmente, esses equipamentos

lâminas com a classificação pela

podem ser adquiridos com esse

aparência das mesmas de acordo

sistema acoplado e um software

com o grau de corrosão.

guardados

que identifica o ponto de virada

O ensaio de demulsibilidade

e calcula o AN ou o BN automa-

deve ser realizado em um banho

ticamente. Quando se usa um

com paredes transparentes que

computador no ensaio potencio-

permitam a leitura dos volumes de

métrico ele não deve ficar dentro

água, óleo e emulsão sem retirar

da capela devido ao contato com

da proveta do banho. A manipu-

vapores de produtos químicos.

lação da proveta durante a sepa-

A avaliação de corrosivi-

ração da emulsão interfere nos

dade ao cobre exige o uso de

resultados. Existem equipamen25


tos que permitem a realização de

desse sinal e por esse comprimen-

Os equipamentos que de-

mais de um ensaio por vez, em que

to de onda o elemento presente e

vem ser posicionados dentro de

as provetas ficam dispostas lado a

sua concentração. Existem vários

capela são o de ponto de fulgor

lado dentro de um banho com pare-

tipos baseados em tecnologias di-

e os de BN e AN. Sugere-se que

des de vidro, permitindo a leitura.

ferentes, como Raios-X, plasma,

a capela do ponto de fulgor não

arco voltaico e absorção atômica.

seja a mesma do AN/BN, e nes-

Como regra geral, os testes que usam banhos termostáticos

Esses

equipamentos

ne-

tas sugere-se considerar um sis-

necessitam apenas de tomada

cessitam de um técnico treinado

tema de lavagem de gases áci-

elétrica, mas é necessário avaliar

pelo fabricante, e é desejável

dos. Como o solvente utilizado

seu posicionamento dentro do la-

que sejam posicionados em sa-

no BN é clorado, é interessan-

boratório, considerando a neces-

las separadas devido à sua so-

te segregar o descarte dessas

sidade de limpeza periódica. Por

fisticação. Dependendo do tipo

amostras, de forma a reduzir a

exemplo, banhos que usam água

de equipamento, as utilidades

quantidade de rejeito contendo

podem ficar próximos de uma pia

necessárias variam desde uma

esse tipo de produto.

ou de um ralo, permitindo que se-

simples tomada elétrica até a

Os cuidados na disposição e

jam esvaziados com facilidade. Já

necessidade de fornecimento de

montagem de equipamentos para

banhos que usam produtos quími-

gases especiais, como Hélio.

análises químicas são fundamentais

cos devem ser drenados em reci-

Em resumo, os equipamen-

para seu desempenho satisfatório.

pientes adequados para não haver

tos de bancada que necessitam

O apoio dos fabricantes é importan-

contaminação da rede de esgoto.

basicamente de tomada elétrica

te para se obter uma estrutura que

O teor de elementos é medido

para operar e que podem ficar na

seja eficiente e operacional.

através de técnicas sofisticadas

mesma bancada, respeitando-se

em que os elétrons são excitados

uma distância adequada entre

através de uma fonte de energia,

eles, são: densímetro, coloríme-

Leticia Maria Seabra

e, quando retornam ao estágio ini-

tro, banhos termostáticos para

Monteiro Lázaro é

cial, emitem energia em diferentes

viscosidade, ponto de fluidez au-

engenheira química

comprimentos de onda. Os sen-

tomático, demulsibilidade e cor-

sores identificam pela intensidade

rosividade ao cobre.

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26

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e pesquisadora do CENPES.

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27


O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao ano de 2010, fruto de pesquisa junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos produtores.

Uma estimativa do mercado relativa ao ano de 2010 O mercado aparente 1.298.200 m3

Mercado Total Óleos Lubrificantes

Óleos Básicos: Mercado Total

1.452.800 m3

Produção Local: Refinarias Rerrefino

826.000 m3 603.000 m3 223.000 m3

Importação Exportação

638.000 m3 11.200 m3

m3

Mercado Local: Automotivos: Industriais: Óleos Básicos

1.277.000 754.000 m3 500.000 m3 23.000 m3

57.800 m3 36.600 m3

Importação Produto Acabado: * Exportação Produto Acabado: * Mercado Total Graxas

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Banco de Dados Lubes em Foco

56.200 t

* Não considerados óleos brancos e a classificação “outros”.

Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2011/2010 por região (período jan - jul) Total de lubrificantes por região

Mil m3

Análise comparativa por produtos

Mil m3

400

800 390 640

2010 2011

391.703

2010 2011

350 332.558

372.966

330.290

300

560

250

260 243.792

237.663

400

200

320

150 127.135

80

26.249

50 0

Lubrificantes automotivos por região 183.548

175

44.145

27.138

0

Mil m3

118.302 80.424

GRAXAS

160

100

INDUSTRIAIS

AUTOMOTIVOS

130

SUL

SUDESTE

89.460 61.448

47.351

NORTE

NORDESTE

68.396

CENTRO OESTE

Lubrificantes industriais por região

Mil m3

150 180.633

135

2010 2011

150

136.214

136.721

2010 2011

120 105

125

90 100 75

75 60

78.051 70.500 54.540

50

60.763

45 37.599

25 0

26.780

SUL

SUDESTE

41.497

30.759

NORTE

42.354

43.734

30 22.672

15 NORDESTE

CENTRO OESTE

0

16.148

SUL

SUDESTE

NORTE

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.

28

25.212

15.290 NORDESTE

20.275

22.836

CENTRO OESTE


Mercado de Lubrificantes em 2010 (m3)

Mercado de Graxas em 2010 (t)

14,5% 12,8%

21,0%

2,9%

12,4%

3,2% 7,3% 12,2%

12,3%

BR Chevron (Texaco) Shell Ipiranga Cosan (Esso) Petronas Castrol Repsol YPF Outros

17,9% 20,1%

12,8%

6,7% 12,0% 8,9% 10,4%

BR Chevron (Texaco) Ipiranga Ingrax Petronas Shell Cosan (Esso) Outros

11,2%

NOTA: Os dados de mercado correspondentes ao ano de 2009, que foram retirados desta seção, podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

29


NACIONAIS Programa Jogue Limpo já reciclou mais de 101 milhões de embalagens Com a gestão do Sindicom, a parceria do Simepetro e a colaboração do Sindilub, SindTRR, Fecombustíveis e Sincopetro, o programa de reciclagem de embalagens de lubrificantes, já implantado nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e no município de São Paulo, atingiu, em 2011, a marca de 101.232.600 embalagens coletadas e enviadas para a reciclagem, desde o início do programa, em 2005. Só no Rio Grande do Sul, onde o programa começou, já foram coletadas quase 69 milhões de embalagens.

INTERNACIONAIS

Indústria americana já pensa em ILSAC GF-6 para 2015

A última especificação para óleos lubrificantes automotivos, a ILSAC GF-5, ainda não completou um ano de vida e a indústria americana já fala em uma nova classificação, que entre em vigor em 2015. Os fabricantes de automóveis, juntamente com a indústria de aditivos e fabricantes de óleos lubrificantes, estão buscando formas de desenvolver a nova classificação de maneira mais rápida e com um maior controle dos custos envolvidos. Ainda não há uma definição das necessidades a serem atendidas, mas se pensa em incluir requerimentos de economia de combustível e testes não contemplados pela ASTM.

Programação de Eventos Internacionais Data

Evento

2011 Agosto 30 a 02/09

2011 Powertrains, Fuels & Lubricants Meeting: Kioto, Japão – www.jsae.or.jp /2011pfl

Dezembro 01 a 02

ICIS Pan-American Base Oil & Lubricants: Hyatt Regency Jersey City, EUA - www.icisconference.com/panambaseoils

Nacionais Data

Evento

2011 Setembro 01

4º Congresso Nacional Simepetro - Espaço Milenium - São Paulo, SP - www.simepetro.com.br

Setembro 19 a 22

26º Congresso Brasileiro de Manutenção: Curitiba, PR - www.abraman.org.br

Outubro 27

IV Simpósio de Lubrificantes e Aditivos - Hotel Renaissance - São Paulo, SP - www.aea.org.br

Cursos Data

Evento

2011

30

Agosto 5

Gestão Estratégica e Econômica na Indústria do Petróleo e Gás - São Paulo - www.ibp.org.br

Agosto 10 a 12

Lubrificantes e Lubrificação - Salvador, Bahia - www.ibp.org.br/cursos


Comemorando seus 4 anos de existência, a revista Lubes em Foco gostaria de agradecer a todos aqueles que, direta ou indiretamente, fizeram este sonho possível. Agradecemos também especialmente aos nossos patrocinadores que possibilitaram a realização deste encontro comemorativo.

Patrocinadores:

Agradecimento especial: Consulado Geral da Republica Argentina no Rio de Janeiro

Apoio:


Rio Pipeline

2011

Conference & Exposition

Setembro 20-22 20 a 22 de setembro de 2011 Rio de Janeiro • Brasil

01/11

Transportando Produtos para um Futuro Sustentável

Informações: Tel.: (+55 21) 2112-9000 Fax: (+55 21) 2220-1596 e-mail: riopipeline@ibp.org.br Organização/ Realização

Participação

www.riopipeline.com.br

Apoio

Apoio de Mídia


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