EM FOCO
Ago/Set 11 Ano V • nº 26 Publicação Bimestral R$ 15,00
00026
A revista do negócio de lubrificantes
9 771984 144004
COMPERJ
A nova refinaria da Petrobras que produzirá óleos básicos do grupo II.
Motocicletas e seus segredos As especificações dos óleos lubrificantes para um mercado que cresce exponencialmente. Maquete do COMPERJ - Ilustração - Agência Petrobras de Notícias
Editorial O mercado de lubrificantes tem um ponto comum em todos os países: a variação de seu volume e qualidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento do país, o que foi demonstrado pelo crescimento do PIB, principalmente no setor industrial. Quanto mais máquinas e automóveis no mercado, mais lubrificantes serão utilizados! A qualidade do lubrificante é uma exigência que surge quase como consequência do desenvolvimento, uma vez que motores mais exigentes, legislações mais severas e consumidores mais conscientes vão demandar produtos de melhor desempenho. No caso dos óleos automotivos, já é consenso de todos os mercados que produtos menos viscosos tendem a ser mais utilizados, independentemente de temperatura ambiente, para atender aos requisitos de economia de combustível e emissões. Dessa forma, os óleos básicos de grupos II, III e IV são imprescindíveis para os produtores atingirem as especificações mais modernas. Até hoje, só podemos dispor desses básicos através de importação, o que coloca o país na dependência da disponibilidade e dos preços do mercado externo. Entretanto, muito se tem debatido sobre esse tema, e, aqui mesmo na LUBES EM FOCO, temos exaustivamente comentado e apresentado matérias reforçando a importância de o Brasil possuir uma produção local de óleos básicos de melhor qualidade. Agora, já podemos contabilizar algum sucesso na cruzada pela melhoria dos óleos básicos nacionais, ao se confirmar as intenções da Petrobras de produzir básicos do grupo II no COMPERJ, a moderna refinaria que está sendo construída em Itaboraí, no estado do Rio de Janeiro. Assistimos também a uma movimentação intensa da indústria do rerrefino, em busca de melhoria de seus produtos e processos, para alinhar-se com as necessidades de seus clientes. O caminho é longo e será complicado para muitos, porém com certeza alcançaremos um patamar de qualidade de grande valor nesse setor. As diretrizes já estão traçadas e os investimentos equacionados, portanto, só nos resta aguardar a concretização das obras e das alterações necessárias para vermos o país assumir, de vez, sua posição de destaque no cenário internacional também em qualidade.
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Sumário 6 12
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r b . m o c . s e b u l . w ww COMPERJ O projeto da Petrobras que entra definitivamente na produção de óleos básicos do grupo II.
Motocicletas e seus segredos Especialistas falam sobre as especificações dos óleos lubrificantes utilizados em motos.
16
SMS
20
Logística reversa
24
A Lubrificação e a Tribologia
28
É hora de valorizar o Lubrificador
31
Fluid Bag
32
Mercado em foco
34
Notícias Rápidas
35
Como integrar a sustentabilidade no treinamento técnico empresarial.
Os números da coleta e a produção da indústria do Rerrefino.
Possibilidades de ganhos econômicos através de práticas precisas de lubrificação.
A importância de se valorizar o profissional que trabalha diretamente com a lubrificação.
Transporte sustentável de materiais
Informações sobre o mercado brasileiro de óleos e graxas.
Atualidades do mercado de lubrificantes.
Programação de Eventos
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COMPERJ
Um gigante que se abriu também aos lubrificantes Por: Pedro Nelson Belmiro
I
nicialmente projetada para ser apenas um complexo petroquímico, a refinaria do COMPERJ recebeu da Petrobras uma atenção especial para se tornar a primeira refinaria brasileira a produzir,
entre uma extensa linha de produtos, óleos lubrificantes básicos do grupo II, ou seja, de qualidade superior aos atualmente produzidos no país pelas refinarias existentes, no que refere a produtos automotivos. O projeto prevê a fabricação de dois trens de refino, sendo o primeiro voltado à produção de produtos petroquímicos, com início previsto para 2013,
Localização do COMPERJ
e o segundo, priorizando o Diesel, QAV e óleos bá-
exigido cada vez mais básicos de menor viscosidade
sicos, com início em 2016. As primeiras informações
e melhor qualidade, ficando, dessa forma, direciona-
dão conta de que, só na produção de básicos, o
dos os cortes destilados que serão produzidos.
investimento chega a US$ 500 milhões até 2015, e que a produção pode superar os 400 mil metros cú-
O tamanho do projeto
bicos por ano, iniciando a colocação no mercado com a finalização do segundo trem de refino.
Ocupando uma área total de 45 km2 no município
De acordo com fontes da Petrobras, o foco dos
de Itaboraí, no leste fluminense, o projeto COMPERJ
óleos produzidos será o mercado automotivo, que tem
está hoje entre as maiores áreas de empreendimento
– HCC, para um melhor desempenho da refinaria e eficiência da produção de Óleo Diesel. Esse processo também é fundamental para a produção de básicos do grupo II. Os estudos da Petrobras, segundo o diretor, mostram um forte crescimento do setor de transporte aéreo nos últimos anos, na casa dos 12% ao ano, fazendo
Vista aérea da terraplanagem do local
com que a consumo de queroseindustrial do planeta. Sua localiza-
complexo tem uma extensão de
ne de aviação (QAV) tivesse uma
ção, a 60 km da capital do estado
quase 20 km.
projeção de aumento bastante
do Rio de Janeiro, considerou as-
significativo. A demanda de Óleo
pectos técnicos, econômicos, am-
Alterações
bientais e sociais, uma vez que se
mercado
para
atender
ao
Diesel também cresceu de forma acentuada, não só com base na
situa na região brasileira em que
recuperação da atividade indus-
está o principal mercado consu-
De acordo com o diretor
trial, mas também devido ao cres-
midor nacional e, além disso, está
de Abastecimento da Petrobras,
cimento da atividade agrícola no
em frente às bacias de Campos e
Paulo
duran-
país, que aumentou em 52% nos
Santos, maiores produtoras de pe-
te
Instituto
últimos 10 anos. Além disso, a
tróleo do Brasil. Próximo aos por-
Brasileiro de Petróleo, Gás e
matriz de transporte de carga no
tos de Itaguaí e Rio de Janeiro, de-
Biocombustíveis – IBP, a con-
Brasil é altamente dependente de
verá também possuir infraestrutu-
figuração inicial do projeto do
caminhões, com o crescimento
ra rodoviária, com a construção do
COMPERJ, voltada para o setor
da atividade econômica impulsio-
Arco Rodoviário já em andamento,
Petroquímico, teve que ser alte-
nando a demanda de Diesel.
e ferroviária, que será revitalizada
rada, para atender às principais
As alterações efetuadas no
na região.
demandas do mercado. Desde o
projeto, considerando um segun-
início, a ideia é utilizar o petróleo
do trem de refino, elevou a ca-
O tamanho da obra impres-
Roberto
apresentação
siona pelos números, quando se
pesado do cam-
observa que, na etapa de terra-
po de Marlim, o
plenagem, já concluída, foram
que
movimentados
de
riamente impli-
metros cúbicos de terra e que
ca na utilização
somente a área industrial ocupa
de
11,3 km2, representando cerca
apoiada
no
de 25% do projeto. O anel viá-
processo
de
rio que interliga as estradas de
h i d ro c r a q u e a -
acesso ao arruamento interno do
mento catalítico
81
milhões
Costa, no
necessa-
tecnologia
Construção da base dos permutadores
Construção das torres 04 (maior) e 03 (menor)
pacidade de produção de óleo
cantes há muito tempo e enten-
brificantes básicos do grupo I nas
Diesel dos 40 mil barris diários,
deu que já é hora de investir na
refinarias Reduc e Rlam e nem de
inicialmente propostos, para 180
produção de óleos básicos do
naftênicos na Lubnor. Portanto, a
mil barris por dia. O QAV poderá
grupo II, que tem uma demanda
produção esperada pelo projeto
chegar aos 40 mil barris por dia.
crescente e com grandes pers-
COMPERJ, a partir de 2016, será
Em sua apresentação, Paulo
pectivas em futuro próximo. A em-
acrescentada ao volume normal
Roberto Costa também mencio-
presa é clara também ao afirmar
produzido pela Petrobras, que
nou que a Petrobras vem acom-
que não pretende paralisar ou
hoje está em torno dos 603 mil
panhando o mercado de lubrifi-
reduzir sua produção atual de lu-
metros cúbicos.
Construção da base dos fornos 01 e 02
to, entre outros, e terá uma vazão de 1,5 metro cúbico por segundo, que é equivalente ao abastecimento de uma cidade como Niterói. O Estudo de Impacto Ambiental – EIA-RIMA indicou, dentre três opções, como melhor alternativa para descarte dos efluentes após tratamento, a implantação de emissário submarino em Maricá. Antes do descarte, os efluentes serão tratados na Estação de Tratamento de Efluentes Projeto de aproveitamento de água de esgoto no COMPERJ
A utilização racional de água
Industriais (ETDI) no COMPERJ, uma
a Companhia Estadual de Água e
das mais modernas estações de tra-
Esgoto – CEDAE para fornecimento
tamento do Sistema Petrobras, que
A Petrobras é pioneira na in-
de água de esgoto tratada prove-
ciativa de usar, em seu processo
niente da Estação de Tratamento de
industrial, água proveniente de tra-
Esgoto – ETE de Alegria, a maior do
tamento de esgoto, não fazendo
Programa de Despoluição da Baía
nesse processo uso de água que
de Guanabara, que coleta todo o
pode servir para consumo humano
esgoto nos bairros centrais e Zona
e reduzindo o volume de água cap-
Norte do Rio de Janeiro. A água for-
tada em fontes naturais. Para isso, a
necida servirá para os processos
empresa assinou um contrato com
de geração de vapor e resfriamen-
Qualificação de 30 mil pessoas na região
dade da região, incentivando
gás, petroquímica e energia, vi-
e orientando indústrias de se-
sando à adequação da base de
gunda geração, indústrias de
fornecedores e estimulando pro-
transformação, indústrias con-
cessos locais de desenvolvimen-
sumidoras de material plástico,
to no território. Desde julho de
prestadoras de serviço, e atuan-
2009, mais de 1000 empresas já
do diretamente no efeito renda
participaram de 147 eventos, en-
da população. Fatores como a
volvendo 6.655 participantes de
implantação de infraestrutura e
11 municípios.
logística, segurança, eletricidade, crédito, tributos, mobilidade,
Preocupação ambiental
saneamento, estímulo ao empre-
Construção da sala dos compressores (1) e dos compressores a gás (2)
endedorismo e formação de mão
Considerando a área interna
de obra direta e indireta atuam
do empreendimento e o entor-
diretamente na indução do de-
no do projeto, foram plantadas
senvolvimento regional.
4 milhões de mudas nativas da
Somente a qualificação de
Mata Atlântica. Na área interna,
mão de obra, através do Centro
já foi revegetada um área de 172
de Integração criado para capa-
hectares, e, juntamente com uma
citar e qualificar a população da
consultoria técnica da Embrapa,
região de influência para atuar
foi criado um viveiro florestal para
na obra ou demais atividades na
a produção de espécies nativas,
região, já atingiu cerca de 7 mil
com capacitação em viveirismo
pessoas, em 11 municípios, em 13
para a população local. Até julho
categorias profissionais nos cursos
deste ano, houve um plantio acu-
de Construção Civil e Construção
mulado de 142 mil mudas, com
e Montagem. “Pretendemos quali-
73 mil em processo de regenera-
ficar ainda mais 6 mil pessoas em
ção natural.
26 categorias profissionais no ciclo
Na área externa, foi assina-
terá todos os parâmetros enquadra-
de 2011 e atingir um total de 30 mil
do um Termo de Compromisso
dos de acordo com as normas am-
pessoas qualificadas na região, ao
com a Secretaria de Estado do
bientais – Resoluções CONAM A No
final do projeto”, afirmou o diretor.
Ambiente – SEA e o Instituto
357/2005 e No 397/2008.
Os
fornecedores
da
Petrobras também terão boas Desenvolvendo a região
oportunidades de desenvolvimento, uma vez que a empresa tem o
Conforme apresentado pelo
objetivo de promover a inserção
diretor da Petrobras, o projeto
competitiva e sustentável de mi-
COMPERJ foi concebido para
cro e pequenas empresas locais
ser um transformador da reali-
na cadeia produtiva de petróleo,
10
Revegetação da região
Estadual do Ambiente – INEA,
A Petrobras implantou ainda
O gigantismo do projeto
através do qual já foi concluído
vários outros programas ambien-
COMPERJ, com todos os desa-
um projeto piloto de revegetação
tais, dentre eles:
fios existentes, traz a certeza
em área indicada pela SEA, com
Monitoramento da qua-
2.600 mudas recuperadas por re-
lidade
superficiais
para alterar a face de uma re-
generação natural e o plantio de
e subterrâneas no entorno do
gião carente de investimentos
8.000 mudas em 6,3 hectares de
COMPERJ;
e o perfil de um mercado ávido
área revegetada. Foi
implantado
ainda
o
Monitoramento Atmosférico e da Qualidade do Ar no entorno do COMPERJ, para conferir as medi-
de
águas
de que muitas mudanças virão
Monitoramento biológico –
por produtos de melhor qualida-
terrestre e aquático, tanto nos rios
de e por garantia de abasteci-
quanto na Baía de Guanabara;
mento local.
Monitoramento dos manguezais da APA de Guapimirim;
das tomadas, como alteração da
Contrato com a Universidade
Pedro Nelson Belmiro
matriz energética para a utiliza-
Federal Fluminense – UFF para es-
é engenheiro químico,
ção de Gás Natural; a utilização
tudo da vazão ecológica;
de equipamentos e tecnologias
Contrato com a FIOCRUZ
que reduzem a emissão e melho-
para monitoramento epidemiológico;
ram a dispersão dos óxidos de
Controle de resíduos, efluen-
Nitrogênio (NOx).
consultor técnico em lubrificantes e coordenador da Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP
tes, ruídos, erosão, tráfego etc.
11
Por: Equipe Infineum do Brasil
O
uso de motocicletas continua crescendo em todo o mundo, impulsionado pela necessidade de transporte e recreação. Essa tendência de cres-
cimento vem se acentuando. Tal expectativa pode ser visualizada no grafico da página seguinte. Com esse crescimento, as fabricantes de motocicletas passarão a ser mais vistas no mercado e, com isso, do mesmo modo que as fabricantes de automóveis deverão cumprir leis de emissão de gases e economia de combustíveis, que são cada vez mais restritivas, contudo com exigências
de
lu-
brificação notoriamente diferentes. Essas exigências são muito diferentes, pois um motor de 4 tempos de uma motocicleta opera com o dobro da velocidade de um típico automóvel, produzindo o dobro de 12
Milhões de unidades
me em todas as partes móveis,
180 160 140 120 100 080 060 040
causando um maior desgaste, se
020
móveis. Assim, previne o desgas-
o motor não contar com a lubrificação adequada. Um lubrificante correto ajuda a moto a atingir o máximo de proteção, além de formar uma película de proteção entre as partes
0 2003
2008
Ásia (Pacífico)
América
2013 Europa
2018
África/ME
te e a formação de depósitos na câmara de combustão, uma vez que componentes especiais dentro do óleo de lubrificação pre-
Fonte: The Freedonia Group Inc.
vinem a oxidação e a formação potência por cilindrada; não obstan-
que estão integradas e são lubri-
de ácidos corrosivos, enquanto,
te, o volume de óleo em uma moto-
ficadas pelo mesmo óleo.
ao mesmo tempo, ajuda a esfriar
cicleta é muito menor, quase metade do volume de um automóvel.
o motor. O resultaMotor
Em motocicletas, a transmissão está frequentemente li-
Um típico motor opera a alta
gada ao motor, sendo, portanto,
temperatura, ou seja, este rigo-
necessário que o óleo contenha
roso ambiente favorece a de-
altos níveis de fósforo e ofereça
composição e a oxidação do
uma alta resistência para produ-
óleo, a formação de lodo
zir o nível de proteção adequado
e depósitos. Promove,
além de uma alta fricção, sempre
ainda, a forma-
objetivando alcançar um ótimo
ção de ácidos
desempenho. Já o óleo de auto-
que
móvel somente produz lubrifica-
em as par-
ção para o motor, mantendo bai-
tes internas
xas fricções para alcançar uma
do motor.
economia de combustível.
corro-
A alta
Resumindo, é imperativo re-
velocida-
conhecer a importância de usar
de do mo-
o lubrificante certo, para cumprir
tor, neces-
o exigente desempenho de um
sária
óleo para motocicleta.
produzir
Em uma motocicleta, existem
pra
uma alta relação
três partes importantes: o motor,
de potência, cau-
as engrenagens e a embreagem,
sa um estresse enor13
sidades de óleos lubrificantes, passemos aos requerimentos da norma JASO. Norma JASO Essa norma foi introduzida em 1999 e define os requisitos necessários para os óleos de motocicletas de 4 tempos. Os requisitos estão divididos em categorias, como a MA, que é recomendada para motocicletas com um depósido é um motor com uma vida útil
ção das placas da embreagem
to comum, para o qual requer óleo
muito mais longa.
obrigam que o óleo de motor man-
com propriedades que atendam
tenha uma boa fricção e uma boa
à necessidade de embreagem de
refrigeração. Isso se faz necessá-
alta fricção. É subdivida em MA2
rio para evitar uma perda de po-
que é o nível mais alto de fricção
tência durante a aceleração.
e representa um nível de qualida-
Engrenagem É uma outra parte também muito importante de uma moto-
Agora que explicamos cada
de visto como o de máxima perfor-
cicleta. Toda a força gerada pelo
parte importante de uma motocli-
mance; e MA1 que é o nível com
motor é transmitida para as rodas
cleta e suas respectivas neces-
menos fricção e é requerido pela
pela engrenagem. A superfície metal com metal da engrenagem é submetida a extrema pressão e, portanto, requer uma fórmula especial de lubrificante. Contrastando com isso, a engrenagem de automóvel é completamente separada do motor, fazendo com que o óleo não seja formulado para produzir proteção para a engrenagem, o que gera uma significativa divergência de performance. Sistema de Embreagem Outra parte importante de uma motocicleta. O constante deslizamento e a constante liga14
maioria dos fabricantes de moto-
gens e a todas as peças móveis.
de viscosidades, que são usa-
cicletas. Por fim, outra categoria,
Os detergentes mantêm o motor
dos nas formulações para confe-
a MB, que é o nível mais baixo de
limpo, e os dispersantes previnem
rir um grau de viscosidade ade-
fricção, sendo apenas aplicável a
a formação de depósito protegen-
quado às condições do mercado,
motocicletas com transmissão au-
do o mesmo de desgaste.
mantendo a proteção e a lubrifi-
tomática. Expostos os três níveis
O lubrificante ajuda a manter o
cação. Inclue-se também, dentro
de proteção, comentaremos como
motor frio e, com a fórmula de mul-
das tecnologias, uma química
as tecnologias permitem que os lu-
tiplos antioxidantes, demonstram
especial de aditivos que inibe a
brificantes de motocicletas mante-
uma alta estabilidade à oxidação.
corrosão nas superfícies.
nham lubrificação e proteção ade-
As tecnologias antidesgas-
A tecnologia Infineum per-
quadas, dando um desempenho
te e de modificadores de fricção
mite que os óleos de motocicle-
inigualável e contribuindo de forma
otimizam a proteção das engre-
tas tenham alto desempenho,
crescente e significativa para con-
nagens e mantêm o alto nível
prolongando a vida útil do motor,
servar o meio ambiente.
de desempenho, algo requerido
protegendo as engrenagens, o
A tecnologia de dispersan-
para as transmissões de moto-
sistema de embreagem e propor-
tes e detergentes oferece máxima
cicletas. Dentre as tecnologias,
cionando
proteção ao motor, às engrena-
podemos incluir modificadores
ao usuário.
melhor
dirigibilidade
MOTOS E CARROS TEM POUCO EM COMUM, INCLUSIVE OS LUBRIFICANTES REQUERIDOS. Motores de Motos 4 Tempos operam em rotações e temperaturas mais altas que os motores comuns de automóveis e, em geral, com menos óleo. Para a proteção adequada dos Motores de Motos é preciso um óleo especialmente formulado para estas condições de operação. O novo pacote de aditivos INFINEUM para Motores de Motos 4 Tempos contem uma tecnologia patenteada de aditivo antidesgaste, um balanceamento adequado de detergente e dispersante , robusto poder antioxidante, e um alto desempenho de fricção, indispensável às embreagens das motos atuais. O pacote pode ser ainda aditivado com um “booster “ para atendimento a requisitos de baixa fricção do segmento pequeno mas crescente de motos que utilizam transmissões automáticas.
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15
S.M.S.
S.M.S.
SAÚDE - MEIO AMBIENTE - SEGURANÇA
Uma Integração Estratégica
COMO INTEGRAR A SUSTENTABILIDADE NO TREINAMENTO TÉCNICO EMPRESARIAL Por: Newton Richa
A simples observação das
segundo o qual o uso dos recur-
de todo o mundo para produzirem
precárias condições de Segurança
sos naturais para a satisfação de
um documento que orientasse a
e Saúde no trabalho e da falta de
necessidades presentes não pode
educação no século XXI, visando à
cuidados com o meio ambiente
comprometer a satisfação das ne-
formação de cidadãos éticos, soli-
mostra que prevalece no país uma
cessidades das gerações futuras.
dários e competentes. A Comissão
cultura pobre em Segurança, Meio
O conceito de sustentabili-
Internacional da UNESCO sobre
Ambiente e Saúde (SMS), fato que
dade foi consolidado na Rio 92,
Educação para o século XXI reco-
compromete a sustentabilidade das
Conferência
sobre
mendou os quatro pilares que ca-
atividades humanas nos diversos
Meio Ambiente e Desenvolvimento,
racterizam uma aprendizagem efe-
segmentos produtivos nacionais.
realizada em 1992, no Rio de
tiva e significativa:
Internacional
Tradicionalmente, o treinamen-
Janeiro. Na Conferência, foram
1. Aprender a conhecer – que en-
to técnico empresarial está voltado
colocados juntos os termos meio
fatiza a importância do desenvolvi-
para capacitar os empregados nos
ambiente e desenvolvimento - con-
mento da visão sistêmica nas pes-
aspectos técnicos das operações
sagrando o conceito de desenvolvi-
soas, tendo em vista a complexida-
e atividades da organização, sem
mento sustentável, defendido, em
de do mundo real.
uma abordagem apropriada das
1987, pela Comissão Mundial sobre
2. Aprender a fazer – visa des-
questões de SMS e sustentabilida-
Meio Ambiente e Desenvolvimento
pertar a criatividade e desenvolver
de a elas relacionadas.
(Comissão Brundtland). Assegurar
habilidades nas pessoas. Para as-
Sustentabilidade pode ser de-
a sustentabilidade das atividades
segurar a sustentabilidade das ati-
finida como uma característica ou
humanas é, acima de tudo, um de-
vidades humanas é essencial inte-
condição de um processo ou de um
safio educacional.
grar o como fazer, que muitas vezes
sistema que permite a sua perma-
Na perspectiva internacional,
envolve a utilização de materiais e
nência, em certo nível, por um de-
merece destaque a iniciativa da
energias com elevado potencial de
terminado prazo. Em anos recentes,
UNESCO que, na última década
dano, ao como proteger as pesso-
o conceito tornou-se um princípio,
do século XX, reuniu educadores
as, as instalações, os equipamentos
16
S.M.S. e o meio ambiente, segundo um en-
Aprender a fazer
foque essencialmente preventivo. 3. Aprender a conviver – aborda o desenvolvimento de atitudes de cooperação, com base em
Aprender a conhecer
Aprender a conviver Aprender a ser
uma política da igualdade que reconhece os deveres e os direitos humanos, fomentando uma cultura de interdependência, es-
7
Figura 1- Os 4 Pilares da Educação no Século XXI (UNESCO).
sencial para a promoção de uma cultura de paz e para a formação
de SMS, mostra a nítida relação en-
Assim, com base nas diretri-
de equipes harmônicas capazes
tre a evolução da Cultura de SMS e
zes da UNESCO e na experiência
de assegurar uma efetiva preven-
a redução de perdas nas organiza-
internacional da DuPont, as orga-
ção de danos nas organizações,
ções, conforme a figura 2.
nizações devem investir no desen-
como será visto a seguir.
Retratado na figura 2, no ní-
volvimento e na consolidação de
4. Aprender a ser – preconiza
vel Reativo de Cultura de SMS, há
uma Cultura Interdependente de
como a grande contribuição da
falta de envolvimento dos geren-
SMS. Um dos caminhos para isso
Educação,
desenvolvimento
tes com a gestão de SMS, a pre-
que tem sido pouco explorado, é a
pleno da pessoa: mente, corpo,
venção é precária e as perdas são
integração da sustentabilidade no
espiritualidade e responsabilida-
elevadas. No nível Dependente, já
treinamento técnico empresarial.
de pessoal, reforçando sua au-
há compromisso dos gerentes e
toconfiança e autorrespeito, que
são implantados os procedimentos
denadores e professores dos
constituem
internas
e o treinamento em SMS. No nível
cursos
para as ações externas voltadas
Independente, há maior conhe-
ber um treinamento em SMS e
para a sustentabilidade.
cimento, compromisso com os
Sustentabilidade
Como se pode observar na
padrões e valorização das pes-
re as diretrizes da UNESCO e
figura 1, os quatro pilares co-
soas, mas predomina uma atitu-
contribua, decisivamente, para
nectam-se. A aprendizagem re-
de de cuidado consigo mesmo.
a promoção de uma Cultura de
sultante preparará as pessoas
No nível de Interdependência, o
Interdependência em SMS. Esse
para pensarem com autonomia,
mais elevado, predomina o espí-
treinamento
serem capazes de elaborar seu
rito de equipe, há preocupação
a realizar análises preliminares
próprio juízo de valor e tomarem
com a conformidade dos demais
dos perigos relacionados às ati-
decisões apropriadas nas mais
e uma consciência de cuida-
vidades ou operações aborda-
diversas circunstâncias da vida,
do mútuo. Na medida em que a
das nos conteúdos dos cursos
contribuindo efetivamente para a
cultura de SMS evolui do nível
técnicos. Tais análises permitem
sustentabilidade em suas áreas
Reativa para Interdependente, a
a identificação dos materiais e
de atuação e influência.
prevenção se fortalece, as per-
energias utilizados, os possí-
Por outro lado, na dimen-
das da organização diminuem,
veis danos imediatos e tardios
são empresarial, a experiência da
tendendo para zero, e a susten-
às pessoas, instalações, equi-
DuPont, empresa líder em gestão
tabilidade se consolida.
pamentos e meio ambiente, bem
o
as
bases
Nesse
sentido,
técnicos
deve
os
devem que
coorrece-
incorpo-
capacitá-los
17
S.M.S. deve ser oferecida gratuitamente
7
a todos os participantes e, quando possível, realizada durante as
Instintos naturais
horas de trabalho. Adicionalmente, os partici-
Supervisão
Perdas
pantes dos cursos devem rece-
Si mesmo
ber material informativo em meio
Equipe
eletrônico e os endereços na inReativo
Dependente
Independente
Interdependente
ternet de instituições relacionadas com SMS e Sustentabilidade, tais como a Agência Europeia
Figura 2- Evolução da Cultura de SMS e Redução de Perdas (DuPont).
para Segurança e Saúde no como as medidas preventivas e
Devem ser mencionadas, en-
Trabalho e o Centro Empresarial
corretivas aplicáveis. Essas me-
tre outras, as normas técnicas de
Brasileiro para o Desenvolvimento
didas dependerão dos perigos
sistemas de gestão: ABNT NBR
Sustentável (CEBDS). A Revista
identificados: agentes físicos (ru-
ISO 14001 - Sistema da Gestão
Proteção disponibiliza, no seu
ído, radiações, calor), químicos
Ambiental; BSI OSHAS 18001 -
site, vídeos de Saúde e Segurança
(gases, vapores, líquidos, poei-
Sistema da Gestão de Segurança
do Trabalho, separados por áre-
ras e fumos), biológicos (vírus,
e Saúde Ocupacional; ABNT NBR
as de interesse.
bactérias e fungos) e ergonômi-
18801 - Sistema de Gestão da
Como conclusão, recomen-
cos (esforços posturais e traba-
Segurança e Saúde no Trabalho; e
da-se que o treinamento técnico
lho em turnos). Tais informações
SAI SA 8000 e ABNT NBR 16001,
empresarial incorpore, em todos
subsidiarão a especificação da
ambas de Sistema de Gestão da
os eventos, as questões de SMS e
legislação e das normas técnicas
Responsabilidade
Mais
Sustentabilidade relacionadas aos
aplicáveis, bem como a indica-
recentemente a ISO 26000:2010-
respectivos conteúdos, fundamen-
ção de bibliografia especializada
Diretrizes de Responsabilidade
te-se nos 4 Pilares de Educação
relativa às medidas preventivas e
Social valoriza o compromisso
propostos pela UNESCO e contri-
corretivas indicadas.
com a sustentabilidade e reco-
bua para a consolidação de uma
A legislação aplicável deve
menda que as oportunidades e
Cultura de Interdependência em
ser indicada, abrangendo itens
obrigações das empresas de co-
SMS. Em consequência, os resul-
da
legis-
municar, informar, treinar deverão
tados econômicos das empresas
lação ambiental, Resoluções do
utilizar estratégias pedagógicas
serão melhores e o planeta, me-
CONAMA (Conselho Nacional de
da mais elevada eficácia e efici-
lhor para se viver.
Meio Ambiente), a Lei 8080/1990
ência, lançando mão, inclusive,
(Lei Orgânica da Saúde) e as
de tecnologias de ponta.
Constituição
Normas
Federal,
Regulamentadoras
de
Merecem
Social.
destaque,
tam-
Newton Richa é Médico do Trabalho
Segurança e Saúde no Trabalho, do
bém, as Diretrizes sobre Sistema
Ministério do Trabalho e Emprego, e
de Gestão de Segurança e Saúde
Instruções Normativas do Ministério
no Trabalho da OIT (2001), que
de Petróleo, Gás e
da Previdência Social.
preconizam que a capacitação
Biocombustíveis - IBP
18
e Consultor de SMS do Instituto Brasileiro
19
Logística Reversa Os números da coleta e a produção da indústria do Rerrefino
Por: Walter Françolin
A
tualmente, quase to-
cantes pós-consumo já é pratica-
coloca o óleo lubrificante usado
das as grandes cida-
da no país desde 1963, quando
ou contaminado sob a égide de
des do mundo sofrem
a Resolução nº 6/63, do antigo
duas competências concorrentes.
os efeitos da polui-
Conselho Nacional do Petróleo,
A primeira, enquanto resíduo ge-
ção no meio ambiente. Os danos
tornou obrigatória a sua coleta e
rado pelas atividades do mundo
causados pelo descarte do óleo
destinação ao rerrefino.
moderno, sob legislação ambien-
lubrificante usado no solo ou em
A chamada Lei do Petróleo nº
tal do Ministério do Meio Ambiente
cursos d’água são grandes. Com
9.478/97, ao traçar as políticas nacio-
- MMA. E a segunda, enquanto in-
isso, a questão da reciclagem ga-
nais para o aproveitamento racional
sumo da indústria petrolífera, sob
nha cada vez mais espaço no con-
das fontes de energia, fixou, dentre
a égide regulatória do Ministério
texto da conservação ambiental.
outros, os seguintes objetivos: pro-
de Minas e Energia - MME, atra-
Embora a Lei nº 12.305/
teger o meio ambiente e promover
vés da Agência Nacional de
2010 tenha preconizado que os
a conservação de energia; garantir
Petróleo, Gás e Biocombustíveis
fabricantes, importadores, dis-
o fornecimento de derivados de pe-
- ANP. Afinal, do óleo lubrificante
tribuidores e comerciantes são
tróleo em todo o território nacional e
usado ou contaminado é extraído
obrigados a implementar “sis-
mediante o aproveitamento econô-
mais de 80% de óleo básico de
tema de logística reversa” para
mico dos insumos disponíveis e das
petróleo substitutivo de óleos bá-
“óleos lubrificantes, seus resí-
tecnologias aplicáveis.
sicos importados.
duos e embalagens”, a Logística
O rerrefino é a última etapa
As inovações trazidas pela
Reversa envolvendo óleos lubrifi-
do ciclo de vida do petróleo, o que
Resolução CONAMA 362/2005,
20
princípio
mentação da Política Nacional
modelo exitório de desenvolvi-
respon-
de Resíduos Sólidos - PNRS, que
mento econômico e de proteção
dos
visa possibilitar o cumprimen-
ao Meio Ambiente, presidida pela
agentes e a criação do Grupo
to das metas previstas na Lei
redução dos riscos ambientais
de
Permanente
12.305/2010. Nesse sentido, a
com racionalidade e sustentabili-
- GMP, coordenado pelo MMA
Resolução CONAMA acabou por
dade em cadeia.
com participação ativa de outros
se revelar um regulamento ino-
Logo, a Logística Reversa en-
setores do governo e da iniciati-
vador de garantias e desenvolvi-
volvendo óleos lubrificantes usa-
va privada, para acompanhar a
mento sustentável. Fruto da ação
dos ou contaminados, com suas
implementação
cumprimento
conjunta do setor produtivo de
nuances e especificidades, não é
da Resolução, se assemelha ao
Lubrificantes – do CONAMA como
uma decorrência da PNRS, pois já
que previu o artigo 3º do Decreto
integrante do Sistema Nacional
se achava implantada no país.
7.404/2010 ao instituir o Comitê
do Meio Ambiente - SISNAMA e
Mas, em matéria ambiental,
Interministerial, com a finalidade
da ANP –, órgão Regulador da
as ações dedicadas nem sempre
de apoiar a estruturação e imple-
Indústria do Petróleo, ostenta um
esgotam o amargor de condutas
como
a
poluidor sabilidade
fixação pagador,
do a
compartilhada
Monitoramento
e
21
EVOLUÇÃO DA COLETA E DO RERREFINO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES USADOS LOGÍSTICA REVERSA DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES USADOS Resolução CONAMA Nº 362/2005
Volume (m3)
2005
2006
P rodu zido
948.647
928.606
Im portado
66.393
47.4 69
54.4 95
Comercializado
1.014.356
1.003.492
Coletado
271.326
Percentual de coleta alcançado pelo setor
2007
2008
2009
2010
1.13 0.950
1.20 2.079
30.2 44
47.3 16
58.4 54
1.105.251
1.175.290
1.178.266
1.260.533
254.586
292.614
359.453
350.922
381.023
33,00%
32,02%
32,90%
37,63%
35,59%
36,69%
Coleta mínima Res. 362 Conama/ portaria 464/07
30,0 0%
30,0 0%
30,0 0%
33,4 0%
34,2 0%
35,0 0%
Rerrefinado Produzido
165.688
173.471
194.134
04.349
200.459
225.112
1.04 4.76 4 1.14 5.04 6
contrárias à norma. Apesar dos levantamentos e con-
so de coleta deva avançar por escala, acabou por
troles apontarem que os índices regionais estão sen-
revelar um descompasso que chama a atenção e
do alcançados, há ainda muito por fazer em matéria
que deveria ser influente na fixação dos novos ín-
de coleta de óleo lubrificante, pois alguns estados
dices de coleta a serem estabelecidos para o qua-
da Federação, quando analisados isoladamente, não
driênio 2012/2015.
conseguiram atingir a meta fixada para sua região.
Na região Norte, por exemplo, o consumo de
O principal paradigma da Resolução é a ques-
óleo lubrificante acabado, em 2010, foi equivalen-
tão da coleta de todo o óleo lubrificante usado ou
te a 7,11% do consumo nacional de lubrificantes.
contaminado. Esse mandamento se harmoniza com
Entretanto, a coleta correspondeu, tão somente, a
os princípios da lei que instituiu a Política Nacional
4,64% de todo o volume de óleo usado coletado no
de Resíduos Sólidos. Todavia, a dimensão geográfi-
território nacional, significando que um terço do óleo
ca nacional põe a descoberto um importante desa-
usado ali gerado não foi encaminhado ao destino
fio, qual seja, a ampliação das metas de coleta nas
previsto. Para onde estará indo? Eis a questão.
regiões Norte e Nordeste. Isso porque, enquanto nas regiões Centro Oeste, Sul e Sudeste, em 2010,
Walter Françolin é advogado e Diretor
as metas legais variaram de 31% a 42%, os índices
Executivo do Sindicato Nacional da
para as regiões Norte e Nordeste, ficaram restritos
Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais
a 23%, respectivamente. Essa disparidade, conquanto compreensiva, na medida em que o proces22
– SINDIRREFINO.
23
A Lubrificação e a Tribologia Por: Antonio Traverso
T
oda vez que tenho oportunidade de conhecer
e Ciência. Esse relatório sugeriu que o valor econômico
as práticas e a realidade da lubrificação nas
derivado de melhorias na lubrificação, nos projetos e nas
empresas, procuro entender a cultura que per-
práticas, de gestão inclusive, poderiam trazer economias
meia a lubrificação e, em um plano maior, a
de aproximadamente um trilhão de dólares ajustados à
cultura da manutenção como um todo. Pelo que tenho
inflação e ao câmbio de hoje. Em suma, o relatório lan-
observado, com raríssimas exceções, a lubrificação não
çava e começava a estruturar a Tribologia e conceitos
é percebida dentro de um contexto maior, dentro de um
que, nos dias de hoje, remetem-nos à conservação de
contexto tribológico e aderente a uma “visão” de conser-
energia e de produtividade e à racionalidade de recur-
vação de energia. A Tribologia é a ciência que estuda o
sos. É dentro desses conceitos que iremos avançar.
atrito, a fricção, os desgastes e todas as suas implica-
A “visão” tribológica na lubrificação amplia significa-
ções/fenômenos entre superfícies em movimento relativo.
tivamente os resultados obtidos na lubrificação, pois nos
Transcende a lubrificação, e os seus conceitos e aplica-
permite analisar a lubrificação de uma forma sistêmica, o
ções se estendem até a ciência médica, por exemplo.
que alarga a sua abrangência e o seu potencial.
A Tribologia foi formalmente reconhecida como ci-
No relatório citado acima, resultado do trabalho
ência em 9 de março de 1966, após a publicação de
conduzido pelo Dr. H. Peter Jost e seu grupo, ficou cla-
um relatório do Ministério de Estado Inglês de Educação
ro que as perdas, os problemas de custos crescentes de falhas e as paradas não programadas de manutenção estavam minando a economia da indústria inglesa, e que um entendimento mais amplo dos fenômenos que estavam associados a essas falhas deveria ser estabelecido. A lubrificação, como era praticada e entendida até aquele momento, deixava muito a desejar, isto é, ficava aquém dos diversos fenômenos de transferência de força/potência entre superfícies em movimento relativo, associados ao atrito, desgaste e fricção. Os fenômenos de alta fricção como em embreagens, freios e pneus ou de baixa fricção, como mancais, engrena-
Motor inacessível sendo retirado em turbina
24
mentos, guias ou barramentos, já precisavam de uma
ciência para analisá-los e otimizá-los. A abordagem re-
óleos sintéticos podem ser utilizados em substituição aos
querida deveria ser de natureza multidisciplinar.
óleos minerais com alto retorno econômico.
No estudo do Dr. Jost foi ainda projetada a es-
Utilização de automação na lubrificação – Há cen-
cala econômica de benefícios com práticas de lubri-
tenas de aplicações para as táticas de automação da
ficação de precisão de equipamentos com o desen-
lubrificação, principalmente em equipamentos que exi-
volvimento da Tribologia.
jam relubrificações constantes. A lubrificação automática, seja através de centrais de lubrificação, minicentrais de lubrificação ou lubrificadores automáticos monoponto ou multiponto, vem desempenhar um importante papel na apropriação das melhores práticas. Há diversos equipamentos que trabalham em lugares inacessíveis, perigosos ou remotos que deixam de ser lubrificados por causa de difi-
Hoje se pode dizer que os números acima são
culdades e limitações operacionais. Esses equipamen-
até modestos com o avanço da ciência e das tecnolo-
tos são altamente elegíveis para esses dispositivos de
gias, e que as oportunidades de melhoria associadas
automação. A relação custo x benefício deve ser anali-
à figura 1 ainda não foram apropriadas por um grande
sada no médio e longo prazos.
número, se não a maioria, das indústrias brasileiras nos seus mais diversos segmentos.
Utilização de graxas avançadas – As graxas
Seguem algu-
que propiciam intervalos de relubrificação prolon-
mas adesões e táticas disponíveis e acessíveis para a
gados e alto grau de proteção/lubricidade estão
apropriação dessas economias:
chegando com espessantes, aditivos e nanoaditivos
Utilização de óleos sintéticos – O aperfeiçoamento
que conferem propriedades excepcionais no contro-
dos lubrificantes passa, em grande medida, pela utiliza-
le da fricção, do desgaste e do atrito. A lubrificação
ção de moléculas mais homogêneas, com maior lubrici-
sólida através de nanoesferas, nanotubos e outras
dade e mais resistentes a fenômenos oxidativos. A uti-
nanomorfologias já são uma realidade.
lização de óleos sintéticos aumenta consideravelmente
Controle de condição de equipamentos – É uma
o nível de proteção das superfícies lubrificadas, assim
poderosa tática de reduzir a demanda e a obsoles-
como diminui consideravelmente o consumo de energia
cência de novos equipamentos, assim como reduzir
na lubrificação devido ao menor arraste dinâmico (drag)
o consumo de lubrificante ou demanda por reparos.
proporcionado por óleos menos viscosos. A menor vis-
Equipamento com condição controlada dificilmente
cosidade desses óleos também permite que a troca tér-
tem parada não programada e “surpresas” associa-
mica do equipamento com o ambiente seja mais eficien-
das. Não deixar acumular contaminantes nos equi-
te, o que possibilita ao equipamento trabalhar em tem-
pamentos, não deixá-los com filtros saturados, não
peraturas menores e, consequentemente, sofrer perdas
permitir que trocadores de calor permaneçam obs-
evaporativas menores. Há diversas aplicações em que
truídos, não deixar que vernizes tomem conta deles 25
são ações que se pagam em
recuperação e reutilização dos volu-
poucos meses.
mes vazados, a manutenção dos ní-
Controle preditivo de equi-
veis de limpeza especificados para
pamentos críticos através dos
o óleo com a eliminação da conta-
lubrificantes – Um programa
minação invasiva ou gerada, assim
vigoroso e racional de análise
como a efetiva eliminação das cau-
de lubrificante em uso, visan-
sas dos vazamentos. A gestão de
do acompanhar as “tendên-
mangueiras e flexíveis é outro cam-
cias” do equipamento, com-
po pouco explorado.
pleta o controle de condição
Capacitação permanente das
descrito acima. Toda falha em
equipes de manutenção e lubrifi-
equipamento se originou, em
cação - É de fundamental impor-
algum momento no passado,
tância as equipes de lubrificação
a partir de uma causa raiz, e
tenham uma visão “tribológica” da
cabe ao gestor detectá-la(s)
atividade, isto é, a relevância e a
enquanto é (são) incipiente
importância da lubrificação em
e pode ser eliminadas sem
contexto de confiabilidade, dispo-
grande custo com uma boa
nibilidade operacional, dadeali e
prática de lubrificação.
conservação de energia. Se perce-
Gestão informatizada da
berem a conservação de energia
lubrificação (inclusive econômi-
delas próprias, no rotineiro, já será
ca) – Um comando e controle
um bom princípio para adotarem o
informatizado com a “inteli-
conceito de forma abrangente.
gência” do plano de lubrifi-
A atualização nos fundamen-
cação inserido é a forma efi-
tos da lubrificação de precisão é
caz de se apropriar de todas
outra tática que deve ser observa-
as melhores práticas de ma-
da pelos supervisores e gestores
neira uniforme e confiável.
visando assegurar-se que estão
Na lubrificação profissional,
usando o conhecimento tribológi-
com foco em conservação
co atualizado. É importante lem-
de energia e em melhores
brar que o conhecimento científi-
práticas, um sistema infor-
co e tecnológico está dobrando a
matizado afasta o risco das
cada cinco anos.
subjetividades e desvios.
26
Certamente os percentuais
Controle e eliminação de
apresentados no trabalho do Dr.
vazamentos em sistemas de
Jost, em 1966, eram ousados,
circulação e sistemas hidráuli-
mas já foram ultrapassados, pois
cos – Vastíssimas são as pos-
a abordagem tribológica da lu-
sibilidades de melhorias em
brificação
sistemas hidráulicos, desde a
ampliar enormente o espaço da
atualizada
permite
lubrificação e da demanda da não lubrificação quando necessário. Permite-nos colocar o conhecimento e as tecnologias de controle do atrito e da fricção muito além da realidade da produção industrial. A tribologia assim se torna uma ciência extremamente relevante, não só na conservação de energia, mas em temas muito mais contemporâneos afetos à cidadania e ao nosso dia a dia. Se esse conhecimento fosse mais aplicado, não ocorreriam várias tragédias com bondes e elevadores de obra sem freio nas cidades ou aviões sem pista e pista sem grooving nos aeroportos brasileiros. Nem sempre reduzir o atrito é uma boa!
Antonio Traverso Júnior é engenheiro e Consultor Sênior de Lubrificantes da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobras Lubrificador monoponto em esteiras de transporte
Distribuidora.
27
É Hora de Valorizar O Lubrificador Por: Sergio Luíz Smythe
H
á bem pouco tempo, a função de lubrificador era delegada àqueles funcionários que faziam a limpeza do chão de fábrica ou ao aprendiz de mecânica, pois era um
trabalho considerado sujo e de menor importância, uma operação secundária. O homem lubrificador era chamado com escárnio de “meloso” e assumia o seu papel: um homem sem qualquer capacitação, sem treinamento, sem autoestima, sem ambição e, muitas vezes, sem qualquer tipo de equipamento ou ferramenta adequada para fazer o serviço. Ninguém se incomodava com ele. Ninguém chegava muito perto para não se sujar e, desde que ele “mostrasse” serviço, estando sempre disponível, dando suas “bombadas” e trocando ou completando o nível de óleo das máquinas, estava tudo certo. Assim ele ia se perpetuando no emprego e transmitindo aos “novatos” as suas experiências. Mas o que não se percebia era que esse mesmo “cara”, era o responsável direto pelo funcionamento, ou não, de uma máquina, ou mesmo de uma linha de produção que envolve milhares e milhares de dólares. Se 28
ele, por engano, trocasse o lubrificante, ou esquecesse de verificar o nível de óleo, ou, ainda, se lubrificasse
Mas, para obtermos resultados confiáveis, acrescentemos a isto outras tarefas:
em excesso, estaria contribuindo para uma parada com quebra ou, no mínimo, para uma redução enorme da vida útil do equipamento, aumentando a conta do que chamamos “custos invisíveis”. Quantas e quantas falhas já foram atribuídas à mecânica e à manutenção, à qualidade das peças, à má sorte, quando, na verdade, foram causadas pelos erros
Sinalizar os pontos de lubrificação e de coleta de amostras; Interpretar manuais e desenhos de máquinas; Avaliar a situação de máquinas e equipamentos; Selecionar material de limpeza e ferramentas para lubrificação;
acima? E o pior: ninguém suspeitava do lubrificador, afi-
Retirar excessos de lubrificantes;
nal, era alguém sem valor.
Liberar máquinas e equipamentos lubrificados;
Em quantas situações o lubrificador já não correu para junto do equipamento que acabou de quebrar,
Preencher relatórios e registros de ocorrências; Realizar inspeções preventivas observando e ava-
para completar o nível de óleo, às vezes até sob o co-
liando o comportamento do maquinário e do lubrificante;
mando do seu chefe direto, de forma a não levar uma
Sugerir alternativas para a melhoria da lubrificação.
bronca por ter sido negligente e mascarar, assim, as verdadeiras causas do acidente? Bem, o que se aprendeu ao longo do tempo com
Dessa forma, podemos reescrever o papel do lubrificador atualizando-o:
tudo isto é que o lubrificador tem nas mãos uma grande responsabilidade pelo desempenho da indústria e con-
O lubrificador é a pessoa responsável por garantir
fiabilidade das máquinas e que deve ter aptidão para o
o perfeito funcionamento do maquinário, através da cor-
serviço, ser treinado e capacitado para a função, além
reta aplicação dos lubrificantes, e por antever qualquer
de ter o seu trabalho acompanhado de perto pela ma-
anormalidade que possa interferir nesse desempenho.
nutenção, considerando aí o planejamento, execução e avaliação das tarefas.
No seu dia a dia, o lubrificador conversa com as
Quando finalmente o empresário perceber, ou se
máquinas. Essa é uma conversa dos sentidos, da audi-
conscientizar, que a redução dos custos considerados
ção, do tato, do olfato. É uma conversa em que os ruídos,
“invisíveis” está nas mãos do lubrificador, isso vai mu-
chiados e batidas podem ser ouvidos como música. Uma
dar definitivamente.
música tocada por diversos instrumentos, por inúmeros
No mercado do açúcar e do álcool, por exemplo,
elementos de máquinas como rolamentos, mancais, en-
já vemos usinas com elevado padrão de manutenção
grenagens, acoplamentos, pistões e por milhares de me-
de máquinas e equipamentos fazendo parte do seleto
tros de tubulações, válvulas, parafusos e rebites.
grupo das empresas de classe mundial, para as quais
Uma música que, se bem tocada, agrada aos
o mais importante é manter alta a confiabilidade de seu
ouvidos; se não, os agride. Mas a sensibilidade de
parque industrial.
saber se a música está sendo tocada de maneira correta ou não é adquirida em anos de prática. Não
E qual seria então a tarefa do lubrificador?
tem equipamento, seja ele um leitor de temperatu-
Basicamente esta: Lubrificar máquinas e equipamen-
ra, de vibração ou de termografia, que substitua o
tos, utilizando o lubrificante correto e na quantidade
feeling daquele que vive o dia a dia das máquinas,
recomendada.
o lubrificador. 29
E quando um instrumento desafina, o que faz o lubrificador?
brificantes, como identificá-los e como avaliar a “saúde” dos lubrificantes;
O lubrificador “azeita” o instrumento.
Fazer relatórios e registros de ocorrências;
E como ele faz isso?
Desenvolver inspeções preventivas;
Mantendo-se apto para a função através da busca
Ter organização, ter interessado e ser observador.
constante do conhecimento, envolvimento com o trabalho e responsabilidade no que faz.
Por último, vale observar que as mulheres come-
Os conhecimentos e aptidões necessários para o
çam a fazer parte deste time, realizando um trabalho
desempenho da função de lubrificador, ou de Técnico
até então exclusivamente masculino, agregando ao
em Lubrificação, são:
trabalho qualidade e responsabilidade.
Conhecer o funcionamento das máquinas; Interpretar desenhos mecânicos e manuais de operação e de manutenção; Conhecer a teoria da lubrificação, dos lubrificantes e o comportamento deles em trabalho; Conhecer os principais contaminantes dos lu-
30
Sergio Luíz Smythe é engenheiro e trabalha no departamento de Suporte-Técnico da Petrobras Distribuidora S/A e Gerente de Vendas a Consumidores de Bauru - GVCBAU
Transporte sustentável de materiais
A
s empresas brasileiras do ramo de fabricação de graxas, lubrificantes, mineração e siderurgia têm agora um novo aliado: o Fluid-Bag.
Fluid-Bag é uma empresa finlandesa fabricante
de contêineres para transporte de graxas e outros materiais semissólidos. Esses contêineres são compostos por componentes produzidos a partir de materiais atóxicos, ecologicamente corretos e recicláveis e são destinados ao uso para envaze, transporte e descarga
de descarregamento da Fluid-Bag. O sistema Fluid-Bag
de diferentes tipos de materiais, como alimentos, far-
provou ser imbatível como contêiner para graxas de-
macêuticos, graxas lubrificantes, entre outros.
vido ao alto nível de pureza assegurado pelo sistema
Complexo, logisticamente oneroso e não ecológico, o transporte de retorno das embalagens vazias é eliminado a partir do uso do Fluid-Bag.
hermeticamente fechado. A Raahe Steel Works tem usado Fluid-Bag por mais de 20 anos em razão dos benefícios decorrentes
A Corporação Rautaruukki, da Finlândia, fabri-
da utilização. A não ocorrência de contaminações nos
cante de componentes metálicos e sistemas integra-
lubrificantes resultou em uma redução significativa nos
dos para as indústrias de construção e de engenha-
problemas de lubrificação.
ria, oferece uma ampla linha de produtos metálicos
O volume residual de graxa após o descarrega-
bem como de serviços, comercializados em toda a
mento é significativamente pequeno para a destinação
Escandinávia sob a marca “Ruukki”.
final. As embalagens Fluid-Bag vazias, incluindo qual-
A planta Raahe Steel Works é especializada em chapas la-
quer graxa residual, são enviadas para uma fábrica de incineração para recuperação de energia.
minadas a quente e em fitas.
No Brasil, essa tecnologia encontra-se aprovada
Essa planta é a maior siderúrgi-
técnicamente em indústrias de fabricação de graxas
ca da região nórdica e, por sua
e lubrificantes e, em breve, estará também em testes
vez, um dos maiores complexos
práticos em indústrias de mineração e siderurgia, que
industriais da Finlândia.
são os segmentos de maior aplicacão do Fluid-Bag.
A Raahe Steel Works utili-
Para mais informações, contatar o represen-
za 190 toneladas de graxa lu-
tante local: Maikkaa – Enroth Representações Ltda.
brificante a cada ano, que são
(Tel. +55 11 8368 9763) - www.maikkaa.com.br, e-
dispensadas através de 23 es-
mail: contato@maikkaa.com ou visite o website:
tações de máquinas com rolo
www.fluid-bag.com 31
O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao 1º semestre do ano de 2011, fruto de pesquisa junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos produtores.
Uma estimativa do mercado relativa ao 1º semestre de 2011 O mercado aparente 695.000 m3
Mercado Total Óleos Lubrificantes
Óleos Básicos: Mercado Total
694.425 m3
Produção Local: Refinarias Rerrefino
429.205 m3 304.900 m3 124.305 m3
Importação Exportação
266.000 m3 780 m3
m3
Mercado Local: Automotivos: Industriais: Óleos Básicos
657.000 395.000 m3 242.000 m3 20.000 m3
57.200 m3 19.200 m3
Importação Produto Acabado: * Exportação Produto Acabado: * Mercado Total Graxas
Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Banco de Dados Lubes em Foco
29.000 t
* Não considerados óleos brancos e a classificação “outros”.
Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2011/2010 por região (período jan - ago) Total de lubrificantes por região
Mil m3
Análise comparativa por produtos
Mil m3
400
800
2010 2011
450 640
385.134
2010 2011
381.557
350
450.898 431.992
300
560
250
300 282.895
275.212
400
200
320
150 136.071
80
30.040
GRAXAS
160
93.720
50 31.122
0
0 Lubrificantes automotivos por região
Mil m3
145.636
100
INDUSTRIAIS
AUTOMOTIVOS
150
51.259
SUL
SUDESTE
103.339 71.060
55.583
NORTE
NORDESTE
78.798
CENTRO OESTE
Lubrificantes industriais por região
Mil m3
200
210
212.805
208.389
180
2010 2011
180
2010 2011
160
157.601
158389
140
150
120 120
100
90
80
88.948
81.282
60
63.149
30 0
31.238
SUL
SUDESTE
43.517
36067
NORTE
60
69.845 47.649
40
48.628
50.533
20 NORDESTE
CENTRO OESTE
0
18.608 SUL
SUDESTE
26.872
NORTE
1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.
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29.426
17.984 NORDESTE
23.504
26.563
CENTRO OESTE
Mercado de Lubrificantes em 2010 (m3)
Mercado de Graxas em 2010 (t)
14,5% 12,8%
21,0%
2,9%
12,4%
3,2% 7,3% 12,2%
BR Chevron (Texaco) Shell Ipiranga Cosan (Esso) Petronas Castrol Repsol YPF Outros
12,3%
17,9% 20,1%
12,8%
6,7% 12,0% 8,9% 10,4%
BR Chevron (Texaco) Ipiranga Ingrax Petronas Shell Cosan (Esso) Outros
11,2%
NOTA: Os dados de mercado correspondentes ao ano de 2009, que foram retirados desta seção, podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.
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NACIONAIS Qualidade dos lubrificantes continua no foco da ANP A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP pretende ampliar o Programa de Monitoramento dos Lubrificantes para todas as regiões do Brasil, e continua sua preocupação com os níveis de não conformidade encontrados. A partir de julho, as avaliações passaram a ser feitas bimestralmente, para ampliar o número de amostras analisadas. Nos meses de julho e agosto, o percentual de problemas com a qualidade dos produtos caiu de 22,5 para 18,2%, sendo que metade apresentou falta de aditivos ou aditivação insuficiente. A quantidade de amostras com viscosidade fora da especificada (28%) sofreu um aumento significativo, considerando os boletins dos meses anteriores.
INTERNACIONAIS Planta de grupo III no Bahrain inicia produção comercial A Neste Oil juntamente com a Bahrain Petroleum Company e a Noga Holding iniciaram, com sucesso, a produção comercial de óleos básicos do grupo III na planta do Bahrain, que tem uma capacidade para produzir até 400 mil toneladas por ano. A Neste Oil aumenta assim sua capacidade mundial total para uma produção de 650 mil toneladas por ano. A expectativa da empresa é aumentar ainda mais sua produção, a partir de 2013, com a parceria feita com a Abu Dhabi National Oil Company, elevando sua capacidade total para cerca de 1,3 milhão de ton/ano.
Especificações europeias impactam viscosidade dos óleos de motor Os óleos de motor, principalmente para os veículos pesados a Diesel, terão que se adaptar às exigências de economia de combustível e durabilidade sob condições severas, enquanto atendem aos mais restritivos padrões de emissões veiculares. Assim, serão necessários graus de viscosidade cada vez menores e pacotes de aditivos mais especializados. Pode-se esperar que a tendência seja para a utilização de óleos com graus SAE 5W-30 ou ainda menores, já a partir de 2013, com a introdução dos padrões de emissões Euro VI.
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Programação de Eventos Internacionais Data
Evento
2011 Agosto 30 a 02/09
2011 Powertrains, Fuels & Lubricants Meeting: Kioto, Japão – www.jsae.or.jp /2011pfl
Novembro 10 a 11
2011 International Lubricants & Waxes Meeting - Hilton Houston Post Oak - www.npra.org
Dezembro 1 a 2
ICIS Pan-American Base Oil & Lubricants: Hyatt Regency Jersey City, EUA - www.icisconference.com/panambaseoils
2012 Janeiro 10 a 12
18th. International Colloquium Tribology - Stuttgart, Alemanha - www.tae.de
Nacionais Data
Evento
2011 Setembro 1
4º Congresso Nacional Simepetro - Espaço Milenium - São Paulo, SP - www.simepetro.com.br
Setembro 19 a 22
26º Congresso Brasileiro de Manutenção: Curitiba, PR - www.abraman.org.br
Outubro 26 a 28
Manutenção baseada na Confiabilidade Humana - AR 206 - Campinas, SP - www.aremas.com.br
Outubro 27
IV Simpósio Internacional de Lubrificantes e Aditivos - Hotel Renaissance - São Paulo, SP - www.aea.org.br
Cursos Data
Evento
2011 Outubro 19 a 20
III Semiário de Manutenção no setor Sucroalcooleiro - Ribeirão Preto, SP - www.abraman.org.br
Outubro 24 a 28
Corrosão e Inibidores - Hotel São Francisco - Rio de Janeiro - www.ibp.org.br/loja
2012 Abril 16 a 18
Lubrificantes e Lubrificação - Rio de Janeiro, RJ - www.ibp.org.br/cursos
Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.
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