Revista lubes em foco edicao29

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EM FOCO

Fev/Mar 12 Ano V • nº 29 Publicação Bimestral R$ 15,00

A revista do negócio de lubrificantes

Da coleta ao Rerrefino

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Abordagem mercadológica de uma atividade estratégica.

De Olho no Mercado

A análise e os números de 2011 para o mercado de lubrificantes.


Com o sucesso do primeiro encontro, a Revista LUBES EM FOCO começa os preparativos para a segunda edição do evento MARQUE NA SUA AGENDA: 02 de julho de 2012 2º ENCONTRO COM O MERCADO Informações, acesse o site: www.lubes.com.br


Editorial Uma questão crucial para que exista um mercado livre, consciente e bem regulado é a forma como a informação é coletada e colocada à disposição dos agentes econômicos e reguladores. Há muito tempo, o mercado brasileiro de lubrificantes vem pleiteando, questionando e até se transformando para que se tenham números confiáveis e precisos, estatísticas que orientem investidores e empresários e um fluxo de informações constante que possibilite uma fiscalização eficaz. Dessa forma, pode-se construir o desenvolvimento e a credibilidade de um sistema, que já possui uma elevada complexidade intrínsceca e está definitivamente atrelado ao crescimento do país. As dificuldades encontradas para que essa engrenagem possa funcionar de forma harmônica e tranquila estão distribuídas por vários segmentos, a começar pelos produtores e distribuidores que geram a informação dos volumes e tipos de produtos comercializados, até a ANP, que precisa consolidar e disponibilizar os números ao mercado. A complexidade começa quando se observa um universo de produtos com qualidade bastante diversificada, dentro de uma cadeia produtiva que precisa fechar a conta de retorno, através de atividades estratégicas, porém de difícil controle, como a coleta do óleo usado e a destinação correta ao Rerrefino. Os encontros e os debates entre os agentes do mercado são de extrema importância para que todos os pontos sejam esclarecidos e as dificuldades contornadas; porém, a determinação de todos os envolvidos para que as regras e os controles sejam realmente seguidos é vital para que o processo evolua como um todo. A proposta de realização do Encontro com o Mercado, capitaneada pela revista LUBES EM FOCO, que terá sua segunda edição em julho deste ano, está diretamente relacionada com as necessidades do mercado brasileiro, abrindo espaço para que as informações relevantes sejam ouvidas e retornadas aos interessados com seriedade e precisão. Por isso, acreditamos que temos um futuro promissor, não só no crescimento, mas também na conscientização e na velocidade de um sistema com o fluxo adequado de informações e a qualidade digna de um país que já ocupa um lugar de destaque no cenário mundial.

Os Editores

Publicado por: AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Marcia Lauriodo Zamboni - reg. 17118-78-45

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Redação Tatiana Fontenelle

Tiragem 4.000 exemplares

Layout e Editoração Antônio Luiz Cunha

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br

Revisão Angela Belmiro Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.

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Sumário 6

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Da Coleta Ao Rerrefino de Óleos Usados Uma visão mercadológica e os benefícios da logística reversa no mercado de lubrificantes.

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De Olho no Mercado Brasileiro

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A Hora e a Vez da Ferrografia

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S.M.S.

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Modernização da Lubrificação em Destilarias de Álcool e Usinas de Açúcar - parte 1

Análise crítica e dados do setor de lubrificantes no Brasil.

Antonio Traverso nos fala das suas experiências na utilização da ferrografia na manutenção industrial.

Bases Técnicas de um Programa de Proteção Respiratória.

Critérios para a escolha do lubrificante adequado.

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Mercado em Foco

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Notícias Rápidas

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Programação de Eventos

Informações sobre o mercado brasileiro de óleos e graxas

Atualidades do mercado de lubrificantes

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Da Coleta Ao Rerrefino De Óleos Usados: Uma Visão Mercadológica Por: Tatiana Fontenelle

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indústria do Rerrefino no Brasil tem adquirido grande importância, não só no suprimento de óleos básicos ao mercado, como também na diminuição do impacto no meio ambiente. Dessa forma, os cinco principais sindicatos do mercado de lubrificantes - Sindicom, Simepetro, Sindirrefino, Sindilub e Sindirepa - se uniram em uma proposta de um Termo de Compromisso para atender à Norma SMA-38 publicada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Alguns

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pontos principais desse documento, bem como opiniões de especialistas do setor e números de mercado, compõem as bases desse tema prioritário. Embora sejam notórios os efeitos nocivos do derramamento de óleos no ambiente, nunca é demais relembrar alguns dados que legitimam as determinações restritivas da Administração Pública, em geral, e do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, em especial, para eleição da destinação ambientalmente adequada e prioritária conferida aos Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados - OLUC´s. A necessidade de consumo de óleos lubrificantes segue de perto o crescimento das atividades humanas, não havendo indícios de que venha a sofrer decréscimo significativo em seu incremento, ainda que constantemente sejam buscadas técnicas de economia de gastos nas aplicações e sejam aperfeiçoadas as tecnologias usadas na fabricação dos lubrificantes para lhes conferir maior durabilidade. Em busca de maior eficiência e longevidade, o óleo usado ou contaminado se torna ainda mais perigoso ao meio ambiente, pois, de um lado, exige uma aditivação mais agressiva do óleo básico e, de outro, ao mesmo tempo em que garante uma maior permanência do lubrificante no equipamento, implica que o óleo receberá uma carga maior de contaminantes provenientes do motor (metais) e de produtos de degradação de outras substâncias eventualmente utilizadas na máquina, os combustíveis, por exemplo. Embora para algumas aplicações seja possível os óleos biodegradáveis, de origem vegetal, em regra, os óleos lubrificantes, mesmo os sintéticos, são derivados de petróleo.


De acordo com o engenheiro químico e membro do CONAMA, Paulo Finotti, um litro de óleo lubrificante usado causa danos praticamente irreversíveis a um milhão de litros de água e com um tempo de degradação de até 300 anos: “O lançamento de óleo em corpos aquosos resulta no chamado efeito pelicular, pelo qual o óleo forma uma camada superficial tóxica na água, que dificulta a passagem de luz e as trocas de oxigênio com o ambiente, causando a queda da fotossíntese aquática, responsável pela maior parte de nosso oxigênio, e o definhamento da fauna e da flora”. Quando jogado na rede coletora de esgoto, o óleo usado diminui o rendimento do tratamento dos efluentes, aumentando o custo operacional das ETEs e, via de regra, incrementando a carga de poluentes lançada nos rios. Estima-se, para fins de tratamento, que a carga poluidora de uma tonelada de óleo lubrificante equivale ao lançamento de esgotos de uma população de 40.000 habitantes. O descarte de óleo no solo, além de impactar o lençol freático e os aquíferos, inutiliza completamente as terras atingidas, tornando-as impróprias tanto para a agricultura quanto para a edificação, resultando como única solução possível a completa raspagem da área contaminada e o envio dos solos impregnados a depósitos de resíduos industriais, mediante altíssimos custos. E quando queimado, esse óleo produz uma emissão gasosa rica em particulados, em metais pesados, em compostos sulfurosos e dioxinas, que, além do terrível efeito visual causado pela fumaça negra, pode provocar desde problemas respiratórios até câncer, além do comprometimento de toda a fauna. Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais Sindirrefino, Nilton Bastos, o empenho da sociedade é necessário para retirada integral do resíduo do ambiente e repressão ao seu mau uso, como a queima indiscriminada em olarias e tecelagens principalmente e de pseudotécnicas de reciclagem que nada mais fazem do que diluir o resíduo e “socializar” o problema para todos os habitantes da região.

Rerrefino dos OLUC’s A questão do reaproveitamento do óleo lubrificante pós-consumo por meio de um processo de reciclagem surgiu como a única alternativa razoável para a realização de um desenvolvimento sustentável. De acordo com o diretor do Sindirrefino, Walter Françolin, a Resolução CONAMA n.º 362/2005, a Portaria Interministerial nº 464/2007 e a recente Portaria Interministerial MMA MME 59 de 2012 são determinantes para que se assegure a coleta de óleos usados e o seu rerrefino, mediante a sua rein-

serção no ciclo de vida da produção dos óleos lubrificantes acabados, automotivos e industriais. De acordo com Françolin, o que importa é assegurar uma destinação adequada do produto final do petróleo, dando cumprimento ao mandamento constitucional de proteção efetiva do meio ambiente e de garantia do suprimento dos derivados do petróleo cuja missão está afeta às atribuições da ANP. “Assim, a coleta e o rerrefino do derivado do petróleo, chamado óleo lubrificante não era e nem é mera proposta, mas, antes, um impositivo constitucional decorrente do sistema de proteção que se buscou ver satisfeito”, declarou Françolin. Desse modo, a coleta e o rerrefino do produto usado ou contaminado, proveniente dos óleos minerais do petróleo, são expedientes já inseridos na sociedade. Não há outra alternativa que, ao mesmo tempo, garanta a proteção ao meio ambiente e o suprimento do mercado interno de lubrificantes. O rerrefino, no particular, é a melhor e mais inteligente solução, pois atende aos dois anseios, que são em si legítimos: de um lado, o interesse econômico geral, que sai fortalecido com o aproveitamento dessa reserva mineral e, de outro, as aspirações do setor ecológico, pois fica anulada a atemorizadora deterioração do meio ambiente.

Nobreza da matéria prima Os óleos lubrificantes automotivos e os destinados a fins industriais encontrados no mercado são produto de uma mistura de óleo básico neutro de petróleo, na proporção média de 90%, e de 10% de diversos aditivos que acentuam as qualida7


des primitivas de um óleo básico ou melhoram as características de seu desempenho. O óleo básico neutro é considerado uma fração nobre do derivado do petróleo, porque seu custo de realização é mais elevado do que os vertidos na obtenção de outros derivados, além de estar presente em pequenas proporções no petróleo cru. O melhor petróleo para produção de lubrificante é o chamado “árabe leve”, que apresenta, em média, 7,0% de óleo lubrificante, enquanto no petróleo brasileiro de característica mais pesada, são encontrados de 2,0% a 3,0% de lubrificante. De acordo com Françolin, para produzir óleo básico suficiente para suprir a demanda nacional, o Brasil é obrigado a importar um tipo de petróleo especial e mais caro, o “árabe-leve”, ou importar o próprio lubrificante, onerando a balança comercial: “Paradoxalmente, o óleo usado ou contaminado nada mais é do que uma grande parcela de óleo básico acrescida dos aditivos que a ele foram incorporados para dar origem ao “óleo lubrificante acabado” comercializado, mais produtos de degradação pelo uso, além dos contaminantes originados do equipamento no qual foi utilizado e, eventualmente, de contaminantes agregados após a retirada”. O óleo usado e contaminado é a maior fonte em termos percentuais existente de óleo básico necessário à formulação dos lubrificantes essenciais para a operação do maquinário do país e de diversos processos industriais, como operações de corte, estampagem, fabricação de borrachas etc. Para o diretor, recuperar uma matéria prima rara, não renovável, é essencial ao desenvolvimento econômico do país, além de minimizar os impactos e riscos da extração, da produção e do transporte do produto virgem com significativa economia de recursos financeiros para o país e diminuição da dependência do volúvel mercado internacional do petróleo: “O RERREFINO, apresentou-se como a solução mais eficaz para esse tipo de resíduo, que restaura as qualidades originais do produto, de forma economicamente sustentável, notabilizando-se como a destinação mais adequada para os resíduos constituídos por óleos lubrificantes usados ou contaminados.”

Logística reversa dos óleos lubrificantes As inovações trazidas pela Resolução nº 362/2005 foram marco divisório para o avanço da coleta e do Rerrefino, tais como a fixação do princípio poluidor pagador, a responsabilidade compartilhada por todos os agentes da cadeia produtiva e de distribuição, a criação, no seu artigo 11, do GMP – Grupo de Monitoramento Permanente, coor8

denado pelo ministério do Meio Ambiente, e a participação ativa de outros setores do governo e da iniciativa privada, para acompanhar a implementação e cumprimento da referida Resolução. Não há dúvidas de que a Logística Reversa envolvendo os óleos lubrificantes usados ou contaminados, com as suas nuances e especificidades, já se ache, há muito, implantada no país. De acordo com o Sindirrefino, no ano passado, o setor alcançou a expressiva marca de 404 milhões de litros de óleo usado coletados e reprocessados de maneira ambientalmente correta, equivalente a 35,9% em relação ao volume de óleo lubrificante comercializado.

Meta prevista e percentuais alcançados O percentual mínimo de coleta, de acordo com a Resolução CONAMA, é de 30% (nível Brasil), mas a Portaria Interministerial nº 464/2007 elevou e distribuiu essa meta entre as diversas regiões do país, mediante fixação de percentuais distintos a serem alcançados pelos produtores de lubrificante na respectiva região em que comercializem seus produtos, sem prejuízo de, embora atendido o percentual regional, também atingirem a meta Brasil. Para o ano de 2011, foram estabelecidos os seguintes índices de coleta:

Nordeste Norte Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil

25,0% 24,0% 31,0% 42,0% 35,0% 35,9%

Desde 2005, o acompanhamento do setor demonstra que o percentual de coleta (nível Brasil) sempre foi superior ao piso mínimo fixado. Constata-se também que os percentuais para as diversas regiões do país também foram atendidos. Entretanto, quando o percentual atribuído a cada região é decomposto por estado, aspectos importantes são verificados. Por exemplo, alguns estados são mais eficientes no controle da destinação dos óleos usados, o que possibilita a superação da meta mínima fixada. Outros se revelam de-


Caminhão de coleta do óleo usado

ficientes, permitindo o desvio ilegal de parte dos óleos lubrificantes usados, convertidos em óleo combustível para queima em caldeira, com considerável prejuízo ambiental e econômico. Tomando-se como base os resultados de coleta da região Sudeste, nos últimos três anos, foi verificado que a meta mínima de 42% não foi satisfeita no estado de São Paulo, pois os resultados da coleta foram de 39,06% em 2009, 40,30% em 2010 e 38,17% em 2011. Para Françolin, é importante a compreensão de que a Logística Reversa compulsória dos óleos lubrificantes usados e sua reciclagem pelo

rerrefino, mais que atender à severa legislação ambiental, tornou-se uma das mais importantes decisões estratégicas de governo, pois representa a garantia do abastecimento nacional desse derivado do petróleo. Portanto, é necessário, combater os desvios de OLUC, mantendo-se também vigilante quanto ao ingresso excessivo de óleos básicos importados, que diminuem a demanda interna de óleo básico rerrefinado, pondo em risco o sistema de logística reversa dos óleos lubrificantes no país. “Quando todos constatarem os benefícios da implementação da Logística Reversa, atendendo a esses princípios basilares, estaremos efetivamente proporcionando a preservação da natureza e colaborando na melhoria da qualidade de vida da sociedade”, concluiu Françolin.

Tatiana Fontenelle Jornalista pós-graduada em telejornalismo

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De OlhO no Mercado Brasileiro Por: Pedro Nelson Belmiro

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nalisar o mercado brasileiro de lubrificantes continua sendo uma tarefa complexa e bastante específica, no que tange a números e participações de mercado. É fato que o crescimento desse mercado está diretamente relacionado às variações do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial, por estar intrinscecamente ligado ao número de máquinas em funcionamento. Mais máquinas e motores em operação significa mais óleos e graxas sendo utilizados. De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no fechamento de 2011, o setor industrial mostrou acréscimo de 0,3%, explicado em grande parte pelo crescimento de 1,7% registrado no primeiro semestre do ano, uma vez que o segundo semestre apontou desaceleração no ritmo de produção (-1,0%), sendo todas as comparações feitas contra igual período do ano anterior. Entre os setores da indústria, os impactos positivos mais expressivos sobre a média global vieram de veículos automotores (2,4%) e de outros equipamentos de transporte (8,0%). É interessante notar que os dados fornecidos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA mostram que o aumento do licenciamento de veículos (3,4%) deu-se em grande parte devido ao aumento significativo das importações (30%). Segundo a entidade, o setor tem uma participação de 23% na formação do PIB da indústria e de 5% no PIB nacional.

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Observando o mercado brasileiro, pode-se verificar que os grandes consumidores, como a indústria de mineração, siderúrgicas, grandes frotas etc. são geralmente abastecidos por grandes empresas distribuidoras, representadas pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes – SINDICOM, enquanto o consumo de lubrificantes automotivos ligado diretamente aos usuários de veículos tem uma grande participação de pequenos distribuidores. As informações que chegam ao órgão regulador, que é a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, é muito mais precisa por parte das grandes distribuidoras, existindo uma certa lacuna nas informações advindas dos pequenos produtores. Dessa forma, a participação de mercado das empresas distribuidoras tem necessariamente uma parcela referida a “outros”, que guarda uma imprecisão que necessita ser contornada pelas pesquisas e análises dos segmentos e por consolidação de várias informações de mercado.

Os volumes envolvidos O mercado brasileiro de lubrificantes continua sua trajetória de crescimento iniciada após a crise econômica que afetou consideravelmente os números do ano de 2009, atingindo, em 2011, o patamar de 1.370.000 m3, aproximando-se do recor-


Evolução do Mercado de Lubrificantes em 2011 140000 135000 130000 125000 120000 115000 110000 105000 100000 95000 90000 85000 80000

jan

fev

mar

abr

mai

jun

de histórico de 2008, quando foram movimentados 1.395.000 m3. O crescimento em relação ao ano de 2010 foi da ordem de 5,5%, e, no período, foram importados 89.100 m3 de óleos acabados, contra uma exportação de 55.100 m3. Em 2011, a movimentação do mercado apresentou algumas variações significativas, atingindo seu máximo no mês de setembro, sofrendo a partir daí uma queda, que chegou em novembro a mais de 20%, com ligeira recuperação em dezembro.

jul

ago

set

out

nov

dez

As outras empresas do mercado são responsáveis por 17,5%, o que significa um aumento de participação, com relação ao ano anterior, quando

Participação de mercado Considerando as principais empresas e o mercado total, podemos ver a BR Distribuidora mantendo sua posição de líder com 19,8%, sendo seguida por um grupo de três empresas que disputam acirradamente as segundas e terceiras colocações. A Ipiranga alcança o segundo posto com 12,5%, e um empate técnico, com 12,2%, coloca em terceiro lugar as empresas Chevron Brasil Lubrificantes, detentora da marca Texaco e Cosan, com as marcas Esso e Mobil. Logo a seguir, encontramos a Shell Brasil somada à sua subsidiária Sabba, com 11,5%; a Petronas, detentora da marca FL, com 6,9%; e Castrol com 3,0%. Fechando a lista das empresas do Sindicom, temos a Alesat (Repsol) com 2,6% e a Total Lubrificantes com 1,8%. 11


atingiram 14,5%. Pode-se admitir que alguns fatores como o crescimento do mercado de lubrificantes automotivos, o aumento da competitividade e a melhoria da qualidade tenham influenciado esse desempenho. A distribuição do mercado pelo Brasil acompanha os índices de desenvolvimento e está diretamente ligada ao parque industrial do país, sendo a região Sudeste responsável por 54% do consumo total de lubrificantes, seguida pela região Sul com 18%, a Nordeste com 12%, a Centro-Oeste com 9% e a Norte com 7%.

rece a empresa Ingrax Indústria e Comércio de Graxas S/A com 13,6%, vindo logo após a Ipiranga com 13,3%, a Petronas (FL) com 9,7%, a Shell com 8,9% e a Cosan (Esso+Mobil) com 7,8%. Os outros fabricantes do mercado ficam com 9,3%. Com relação às especificações técnicas, um estudo bastante criterioso e técnico vem sendo desenvolvido por um grupo de trabalho criado no âmbito da Comissão de Lubrificantes do IBP, de onde provavelmente sairá uma recomendação para a qualificação de graxas junto ao órgão regulador. As observações deste grupo estão focadas nos testes a serem utilizados e seus valores adequados para a melhor classificação dos produtos.

As graxas Ainda em busca de uma melhor organização, tanto com relação aos números de mercado como na regulamentação de suas especificações e qualidade, o mercado de graxas no Brasil também experimentou um aumento de volume, em 2011, de cerca de 4,2%, atingindo um total aproximado de 58,5 mil toneladas. A BR Distribuidora também é líder do mercado de graxas com 19,3%, seguida pela Chevron Lubrificantes, com a marca Texaco, com 17,7%. Em terceiro lugar nesse ranking apa-

Óleos Básicos Ao analisar o mercado de óleos básicos, deve-se separar adequadamente o mercado que representa a venda direta ao consumo, que normalmente tem o direcionamento a processos, extensor de elastômeros, lubrificação simples etc., daquele que representa a base para formulações de óleos lubrificantes. No primeiro caso, o volume é quase irrisório e não chega a atingir 30 mil m3, enquanto que o

Vendas de Óleo Acabado: Participação Regional em 2011 (m3)

9%

12%

7%

18% 9%

7%

12% 18%

54%

12

54%

Sudeste Centro-Oeste Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste Norte Nordeste Sul


volume das bases de formulação acompanha o crescimento do mercado de óleo acabado e pode até mesmo ultrapassá-lo, em caso de haver significativa quantidade estocada ao final do período considerado. Em 2011, a exemplo do que já vem acontecendo anteriormente, o volume de óleo básico contabilizado ao final do mês de dezembro foi superior ao volume de óleo acabado e atingiu a marca de 1.431.266 m3, sendo 837.520 m3 de produção local (Refinarias + Rerrefino) e 584.583 m3 provenientes de importação. As refinarias brasileiras produziram 602.500 m3, mantendo praticamente o mesmo patamar do ano anterior, significando apenas 42% das necessidades do mercado. Já a indústria do Rerrefino superou seus números históricos,

com uma produção de cerca de 260.000 m3 de óleos básicos. A qualidade dos óleos básicos é um ponto que vem sendo discutido amplamente pelo mercado, e, principalmente, no âmbito da Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP. Para atender às demandas dos motores modernos, os óleos automotivos estão exigindo uma qualidade maior dos óleos básicos, para que se possa formular produtos com viscosidade mais baixa e maior resistência à temperatura e à oxidação. Dessa forma, a utilização de básicos do grupo II e III tem sido mais ampla, o que leva a uma relação direta com as importações, uma vez que esses básicos ainda não são produzidos no Brasil. Há uma grande expectativa para a produção local de óleos básicos do grupo II com a entrada em operação da

planta da empresa de rerrefino Lwart, do interior de São Paulo, já no primeiro semestre deste ano, que terá uma capacidade de produção de até 100 mil m3 por ano, e também com o projeto da refinaria Comperj da Petrobras, localizada no Rio de Janeiro, com produção estimada para até 400 mil m3 anuais. Com relação ao grupo III, todo o volume utilizado no país ainda é importado, e não há projetos para produção local deste nível de qualidade.

Importações

O volume importado em 2011 foi menor do que no ano anterior em quase todas as categorias, com exceção do óleo para isolamento elétrico, que teve um au-

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Mercado de Óleos Básicos em 2011 700000 600000

584.583 m3

602.520 m3

milhares de m3

500000 400000 300000

260.000 m3

200000 100000 0 Básicos Importados

mento em torno de 14%. A queda da importação dos óleos básicos foi em torno dos 8,4%, chegando a um volume total de 584.583 m3, contra 638.048 m3 do ano anterior. O segundo semestre mostrou um aumento de 20% sobre a primeira metade do ano, com o mês de novembro apresentando o maior volume importado. É interessante notar que o volume importado de básico no mês de janeiro de 2012 foi menor que a metade da média do volume importado no segundo semestre de 2011, confirmando a existência de estoque, no final do ano, maior do que o necessário. Os Estados Unidos continuam a ser o maior supridor de óleos básicos, sendo responsável por cerca de 52% do volume importado pelo Brasil, seguidos de Itália com 13% e França com 11%. Também foram fornecedores, em menor proporção: Malásia, Israel e Portugal, além de outros esporádicos. 14

Produção Refinarias

Expectativa Qualquer decisão sobre investimentos ou definição do melhor caminho estratégico a seguir leva o empresário a buscar informações de mercado que sejam confiáveis e precisas. Também as decisões de controle de qualidade e regulação de mercado passam pela necessidade de números que representem a realidade o mais próximo possível. Dessa forma, o mercado brasileiro de lubrificantes continua buscando o melhor caminho para um tratamento estatístico sólido e responsável, com informações e sistemas que possam atender às necessidades do setor. Ampliar as discussões sobre qualidade e estabelecer uma concorrência sadia são aspirações de todos os agentes do mercado que trabalham com seriedade e competência. Por isso, é muito importante

Produção Rerrefino

que estejam em constante ajuste de seus caminhos e trocando as ideias e percepções para o processo de melhoria contínua dos parâmetros, legislação e requisitos técnicos envolvidos. O Brasil já tem uma tendência natural voltada para a integração em vários aspectos da sociedade, e, com certeza, podemos usar essa perspectiva para estabelecermos as bases cada vez mais sólidas de um desenvolvimento consciente e sustentável, com qualidade e tecnologia.

Pedro Nelson Belmiro é Engenheiro Químico, Consultor Técnico em lubrificantes e coordenador da Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP


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A Hora e a Vez da Ferrografia Por: Antonio Traverso

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oi em uma ligação telefônica nervosa e um pouco truncada que o cliente solicitou uma análise do óleo dos seus compressores. Ele suspeitava de alguma coisa. Algo não ía lá muito bem e não poderia ariscar a produção, na casa de alguns milhões de reais por dia. Apresseime em solicitar mais algumas informações sobre o equipamento para avaliar quais os ensaios que comporiam a análise solicitada. Qual era o distúrbio ou desvio percebido e há quanto tempo vinha ocorrendo? Naquele diálogo percebi que precisaria de informações sobre o contexto operacional que não poderia receber e que não havia tempo para dispor de muito mais informações sobre as máquinas. Finalizei o questionamento solicitando que mandasse o mais rápido possível duas amostras criteriosas e representativas de cada compressor. O cliente ficou de mandá-las no mesmo dia por helicóptero. Ali encerramos a ligação. Solicitei as amostras em duplicata, já pensando em aprofundar a investigação caso as análises físico-químicas tradicionais, na primeira amostra, não proporcionassem informações conclusivas. O risco de amostras não representativas era grande, mas tínhamos que tentar.

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Dois dias depois as amostras chegaram e imediatamente foram para o laboratório. As análises seguiram o protocolo padrão: viscosidade, água, TAN, metais por espectrometria. Saíram os resultados e nada que pudesse ser considerado fora do normal foi detectado. Os resultados das viscosidades estavam dentro da faixa; os da acidez, aceitáveis; os da água e os metais de desgaste, dentro dos limites para aquele tipo de equipamento. As primeiras amostras dos compressores não apresentaram nenhum desvio significativo. Partimos para a segunda amostra com uma contagem de partículas. O resultado foi alarmante, o nível de contaminação das amostras estava na estratosfera, algo em torno de 22/20/19 na ISO 4406. Ali estava o indício do desvio que as análises tradicionais não conseguiram pegar. Naquele ponto já sabíamos que havia um ou mais elemento químico em grande quantidade que não deveria estar lá, mas não sabíamos o que era. A espectrometria de emissão não consegue detectar partículas de elementos maiores que 10 micra sem um up grade no espectrógrafo. Partimos para a ferrografia na segunda amostra de cada compressor, e a ferrografia direta já apontou para um ”descompasso” entre a quantida-


Foto 1 - Sílica e Óxidos Pretos

de de partículas grandes e partículas pequenas. Isto foi um bom sinal, quer dizer, um mau sinal para o diagnóstico que se estava avizinhando. O nosso analista já preparava o ferrograma quando solicitei-lhe a ferrografia analítica, e esta não demorou a revelar-nos o que queríamos saber. Havia no óleo uma quantidade absurda de sílica, que foi fácil de identificar pelo seu formato (morfologia) e comportamento em relação à passagem da luz, assim como muitas partículas ferrosas maiores de 20 micra resultantes da abrasão e esfoliação. Os nacos de ferro começavam a aparecer. O quadro sugeria que os lubrificantes de ambos os compressores estavam fora de controle. Começamos a pesquisar sobre as possibilidades antes de emitir o diagnóstico.

Havia três possibilidades para a sílica que apareceu daquela forma nas análises, e, em razão destas possibilidades apresentadas abaixo, refletimos o seguinte: 6 6 Contaminação do lubrificante no armazenamento – As condições de armazenagem neste cliente não costumam ser boas, mas não suficientemente ruins para permitir uma contaminação tão grosseira do seu estoque; 6 6 Contaminação proposital – Poderia até ser, mas lembrei-me do jeitão do skid dos compressores e o “sabotador” precisaria ser um misto de Magaiver*, malabarista e exibicionista para agir. Descartei a hipótese. 6 6 Contaminação ingerida pelos compressores – Nesta parte da reflexão, concentrei a atenção, e me veio à mente nova-

mente o skid dos compressores que inspecionei alguns anos atrás. Visualizei o sistema de lubrificação, os circuitos, bombas, as linhas, os permutadores etc. Percebi que o problema poderia estar por ali. Antes de emitir o relatório, resolvi ligar de volta para o cliente e fazer-lhe duas perguntas mais: qual foi a data da última troca dos elementos filtrantes dos compressores e se naquela planta já haviam começado a colocar e tratar os pisos das escadas e corredores com resina antiderrapante. Em relação aos filtros, ele não soube informar, provavelmente os elementos filtrantes nunca foram trocados; quanto ao tratamento antiderrapante dos pisos, tinha acabado de ser feito. Bingo! Falei-lhe prontamente que parasse os compressores e 17


Foto 2 - Naco no centro

Foto 4 - Particulado Ferroso

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inspecionasse os filtros e depois retornasse a ligação. Em uma visita anterior em planta industrial similar, pude verificar que algumas resinas antiderrapantes utilizadas têm sílica adicionada em quantidade razoável, e esta resina, quando não está inteiramente seca ou é aplicada de forma excessiva, deixa a sílica se soltar ao mínimo esforço de tração no pisoteio. A aposta estava feita. Passaram–se alguns dias até que o cliente retornou a ligação com a confirmação de que os elementos filtrantes dos compressores estavam completamente danificados e inoperantes. Informou ainda que os compressores foram prontamente paralisados para a manutenção. Disse-lhe então que completaria e enviaria o relatório com o diag-


Fiquei com a sensação de dever cumprido e mais uma evidência da versatilidade da técnica ferrográfica; entretanto fiquei também meses a fio sem saber por que aquela inação de manutenção em um conjunto crítico tinha ocorrido e como tinha ocorrido, mas isso nenhuma técnica ou laboratório poderá responder e, inclusive, já é outra história. *Magaiver ou MacGyver (forma correta) era uma série de televisão da década de 80/90 em que o personagem tinha uma habilidade incrível de fazer as coisas acontecerem com qualquer material ou situação que encontrasse pela frente.

Foto 3 - Cavaco em ferrograma

nóstico. Naquele momento ele declinou do relatório, explicando que a intervenção já havia sido feita e os resultados foram alcançados. Perguntou ainda como tínhamos chegado à conclusão

tão rápida, então expliquei-lhe um pouco do potencial, da hora e da vez da ferrografia e como ela é útil e complementar em uma situação como esta. Em seguida despediu-se e desligou.

Antonio Traverso Júnior é engenheiro e Consultor Sênior de Lubrificantes da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobras Distribuidora.

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S.M.S.

S.M.S.

SAÚDE - MEIO AMBIENTE - SEGURANÇA

Uma Integração Estratégica

BASES TÉCNICAS DE UM PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Por: Antonio Vladimir Vieira e Newton Richa

Como vimos em artigo anterior (Lubes em Foco nos 22 e 28), o Programa de Proteção Respiratória deve ser adotado em todos os setores em que for necessário o uso de qualquer tipo de respirador. Serão abordados no presente artigo os principais conceitos e aspectos técnicos relacionados à classificação dos perigos respiratórios e à classificação dos equipamentos de proteção respiratória disponíveis, com o propósito de assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores expostos em ambientes com baixa qualidade do ar. Composição do ar Uma análise do ar, ao nível do mar, pode revelar uma composição aproximada de 21% de oxigênio e 78% de nitrogênio. Podem estar presentes traços de argônio, dióxido de carbono, hidrogênio, hélio e ozônio, além de vapor d’água e matéria sólida em suspensão. Respiração pulmonar

do ar dos espaços alveolares, abrangendo a inspiração e expiração. A inspiração corresponde à entrada de ar nos pulmões pela contração do diafragma e dos músculos intercostais, enquanto a expiração consiste na saída de ar nos pulmões, em virtude do relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. Durante a inspiração e a expiração, o ar passa por diferentes segmentos do aparelho respiratório: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos, nas atuais ocorrem as trocas gasosas de oxigênio por gás carbônico. O ar que chega aos alvéolos pulmonares tem composição semelhante ao inalado na zona respiratória. A estrutura do aparelho respiratório, projetada pela Natureza para possibilitar as trocas gasosas, facilita a absorção respiratória de substância dispersas no ar dos locais de trabalho. Classificação dos riscos respiratórios

Em espaços confinados, em função de certas operações que consomem oxigênio, a concentração de oxigênio pode baixar a ponto de impedir o ser humano de permanecer consciente e sobreviver. Por outro lado, a alta concentração de trabalhadores pode levar ao acúmulo de dióxido de carbono expelido pela respiração normal, que deve ser removido por meio da renovação do ar. Cuidados especiais são necessários quando são realizadas atividades industriais como soldagem, pintura, jateamento de granalha e limpeza com solventes, que podem causar a dispersão no ar dos locais de trabalho de agentes químicos na forma gasosa (gases e vapores), partículas líquidas (névoas e neblinas) e partículas sólidas (poeiras e fumos metálicos). Veiculados pelo ar, tais poluentes Figura 1 (esq) - Aparelho respiratório. podem atingir o organismo dos trabalhadores por meio do aparelho Figura 2 (dir) - Detalhe dos pulmões: o direito com 3 lobos e o esquerdo com 2.

A respiração pulmonar é o processo pelo qual o ar entra nos pulmões e sai em seguida, num processo conhecido por ventilação pulmonar, que consiste na renovação

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S.M.S. respiratório. A intensidade da exposição vai depender da composição química do poluente, sua concentração no ar, tempo de exposição, tamanho da partícula e do esforço dispendido pelo trabalhador. Após absorção e distribuição no organismo, os agentes químicos podem causar desde um leve desconforto com diminuição da produtividade, irritação ocular e das vias respiratórias superiores, intoxicação grave e até mesmo a morte. O ar dos ambientes de trabalho pode representar risco para a saúde do trabalhador por meio de dois mecanismos básicos: deficiência de oxigênio e/ou presença de poluentes dispersos no ar, conforme mostra a figura 3 – Classificação dos Riscos Respiratórios.

Riscos respiratórios

Condição IPVS significa Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde. A deficiência de oxigênio pode ser considerada imediatamente perigosa à vida e à saúde (IPVS) se a pressão parcial do oxigênio (PPO2) estiver abaixo de 95 mm Hg ou 12,5% de O2, ao nível do mar. No caso da percentagem de O2 no ar variar entre 12,5% e 21%, ao nível do mar, o ar ambiente é considerado não IPVS. Assim, ambientes ao nível do mar em que a concentração de O2 no ar está abaixo de 12,5% (pressão parcial de O2 no ar menor que 95 mm de Hg) são considerados IPVS. Nessa situação, a vítima perde a coordenação motora, tem a sua capacidade de julgamento reduzida, ocorrem alterações no coração e, se não for resgatada imediatamente, morrerá em alguns minutos. O mesmo ocorre em ambientes com poluentes em concentração IPVS como, por exemplo, 1500 ppm de monóxido de carbono, 50.000 ppm de gás carbônico e 500 ppm de gás sulfídrico, que podem causar efeitos agudos irreversíveis à saúde ou mesmo morte imediata. Assim, a condição do ar do ambiente de trabalho IPVS ou não IPVS depende da concentração atmosférica do poluente.

8

Conforme descrito na figura 4 - Classificação dos equipamentos de proteção respiratória, os equipamentos de proteção respiratória podem ser divididos basicamente em duas grandes classes: Respiradores Purificadores de Ar e respiradores de Adução de Ar. Nos Respiradores Purificadores de Ar, também denominados Dependentes da Atmosfera Ambiente, o ar ambiente, antes de ser inspirado, passa através de filtro para a remoção dos contaminantes. Podem ser não motorizados ou motorizados. No tipo não motorizado, o ar atravessa o filtro durante a inspiração pelo esforço respiratório do próprio usuário. Nos respiradores purificadores de ar motorizados, o ar atravessa o filtro pela ação de uma ventoinha acionada por um motor elétrico movido por bateria, transportada junto ao corpo do usuário. Os Respiradores de Adução de Ar fornecem ao usuário ar respirável vindo de uma atmosfera independente do ambiente em que ele se encontra. Em todos esses respiradores, o ar deve ser de qualidade respirável. Esses respiradores são divididos em: Respiradores de Linha de Ar Comprimido; Máscaras Autônomas de Circuito Aberto ou Fechado; Respirador de Linha de Ar Comprimido com Cilindro Auxiliar; e Respirador de Ar Natural. Nos Respiradores de Linha de Ar Comprimido, o ar respirável pode provir de compressor ou de cilindro. Se o ar chegar continuamente na cobertura das vias respiratórias, isto é, durante a inspiração e expiração, ele é denominado de Fluxo Contínuo. Se chegar somente durante a inspiração é de Demanda. Quando a pressão dentro da peça facial, durante a inspiração, permanece abaixo da pressão ambiente, os respiradores de linha de ar comprimido são denominados “sem pressão positiva”. Se durante a inalação, graças a dispositivos projetados

IPVS ppO2 < 95 mmHg, ou %O2 < 12,5 ao nível do mar

Deficiência de oxigênio

NÃO IPVS 95 mmHg < ppO2 159 mmHg ou < 12,5 < %O2 < 21 ao nível do mar

IPVS

Contaminantes

Classificação dos equipamentos de proteção respiratória

NÃO IPVS

Aerodispersoides Mistura de Aerodispersoides, gases e vapores Gases e vapores

Poeiras Névoas Fumos Orgânicos Ácidos Alcalinos Inertes Especiais

Figura 3 - Classificação dos riscos respiratórios

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S.M.S.

Dependentes da atmosfera ambiente: respiradores purificadores de ar

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Não motorizados

Com filtro químico Com filtro para particulado

motorizados

Com filtro combinado

Fluxo contínuo

Equipamento de proteção respiratória Independentes da atmosfera ambiente: respiradores de adução de ar

Respirador de linha de ar comprimido

De demanda De demanda com pressão positiva

Respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar Máscaras autônomas

Circuito aberto

De demanda

Circuito fechado

De demanda com pressão positiva

Sem ventoinha Respirador de de ar natural

Com ventoinha manual Com ventoinha motorizada

Figura 4 - Classificação dos equipamentos de proteção respiratória especialmente com essa finalidade, a pressão dentro da peça facial é superior à pressão atmosférica, o respirador é denominado “com pressão positiva”. Nas Máscaras Autônomas de Circuito Aberto, o ar expirado sai para o ambiente, e nas de Circuito Fechado o ar expirado é purificado e re-inspirado pelo usuário, após correção do teor de oxigênio. No Respirador de Linha de Ar Comprimido com Cilindro Auxiliar, o usuário leva, junto ao corpo, um cilindro de ar comprimido para o caso de escape, se ocorrer falta de ar comprimido proveniente da mangueira de suprimento de ar. No Respirador de Ar Natural, o ar provém de um ambiente não poluído, por meio de uma mangueira de diâmetro grande (acima de 25 mm), pelo esforço inspiratório do usuário ou graças à ação de uma ventoinha. Os respiradores purificadores de ar, que podem adaptar-se a uma peça um quarto facial, uma peça semifacial ou uma peça facial inteira como cobertura das vias respiratórias, poderão utilizar filtros contra aerodispersoides ou filtro químico contra gases e vapores. Os filtros para aerodispersoides, também conhecidos como filtros mecânicos e filtros para material particulado, são formados por camadas de fibras dispostas de modo não orientado, em quantidade suficiente para atingir a espessura e a gramatura (grama de fibras por metro quadrado) desejadas. Normalmente, em sua fabricação são utilizados os 22

materiais chamados de “não tecidos”, alguns confeccionados somente com fibras naturais (algodão, celulose) e outros, a partir de polímeros (polipropileno, poliéster, polietileno), além de fibra de vidro. Os filtros mais eficientes, em geral, são os ondulados, pois a área filtrante é muito maior do que nos planos, fazendo com que a resistência à passagem de ar seja menor. Nos filtros para material particulado, as partículas são capturadas pelas fibras que estão no seu interior, uma vez que vários mecanismos de captura agem, simultaneamente, dependendo do tipo de partículas. Um dos mecanismos é a inércia, que faz com que as partículas maiores ou mais densas se choquem com as fibras dos filtros. As peças faciais filtrantes (PFF) ou máscaras descartáveis são, também, respiradores purificadores de ar utilizados contra material particulado, que possuem o filtro montado entre duas camadas, aliando elevada área filtrante com baixa resistência à respiração. Conforme a Norma Brasileira - NBR 13697, os filtros para partículas são classificados em P1; P2 e P3, enquanto que na NBR 13698, as peças faciais filtrantes (máscaras descartáveis) são classificadas em PFF1, PFF2 e PFF3. Os respiradores purificadores de ar utilizando filtro químico destinam-se a reter gases e vapores específicos dissolvidos no ar.


S.M.S. Gás é um dos estados da matéria, caracterizado por ocupar todo o espaço disponível devido ao elevado estado de agitação das moléculas. Ex: cloro, nitrogênio e monóxido de carbono. Vapor é a fase gasosa de uma substância que existe normalmente no estado líquido ou sólido, nas condições ambientes de temperatura e pressão. Ex: vapores de acetona, éter etílico e naftalina. Os filtros químicos removem os gases e vapores contidos no ar por meio da interação das moléculas do gás ou do vapor com o material granulado do filtro, geralmente poroso, como o carvão ativado. Os mecanismos que ocorrem na remoção são a adsorção, a absorção e a catálise. Na adsorção, as moléculas do vapor do agente químico penetram nos poros atraídas por forças de Van der Waals e condensam-se no interior dos microporos. Enquanto a capacidade de adsorsão, absorção ou catálise não é

ultrapassada, o filtro apresenta eficiência total. Recomenda-se a substituição do filtro antes de essa capacidade ser ultrapassada. Conforme a norma brasileira NBR 13696, os filtros químicos são classificados em tipos e classes, conforme descrito abaixo: • vapores orgânicos - para proteção contra certos gases e vapores orgânicos, conforme especificado pelo fabricante; • gases ácidos - para proteção contra certos gases ou vapores ácidos, conforme especificado pelo fabricante (excluindo o monóxido de carbono); • amônia - para proteção contra amônia e compostos orgânicos de amônia, conforme especificado pelo fabricante. Os filtros múltitipos são uma combinação de dois ou mais dos tipos citados anteriormente e os filtros especiais são destinados ao uso contra poluentes específicos não incluídos nos tipos anteriores, como mercúrio, clore-

to de vinila, óxido de etileno, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e formaldeído. Os filtros combinados são filtros químicos incorporados a filtros para particulados. Quando for indicada a utilização de um filtro químico, seja ele combinado ou não, necessita-se observar sempre a compatibilidade do filtro selecionado com a peça facial, em função de diferentes tamanhos.

8

Antonio Vladimir Vieira - Chefe do Serviço de Equipamentos de Segurança da Fundacentro.

Newton Richa é Médico do Trabalho e Consultor de SMS do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP

23


Modernização da

Lubrificação em Destilarias de Álcool e Usinas de Açúcar - Parte I Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

A

té bem pouco tempo atrás, os critérios determinantes na escolha dos lubrificantes a serem utilizados em destilarias de álcool e usinas de açúcar eram, quase que unicamente, preço e prazo de faturamento, em face das sucessivas crises financeiras por que passou o setor. Em vista desses períodos de dificuldades, por muitos anos, pouco se evoluiu em termos de lubrificação no setor industrial desse segmento tão importante da economia brasileira.

Turbina a vapor

Moenda de cana-de-açúcar

24

Atualmente, porém, a situação vem mudando rapidamente e, boa notícia, para melhor. Não que o custo tenha se tornado pouco importante nas cotações de lubrificantes efetuadas para primeiro enchimento e reposição em destilarias de álcool e usinas de açúcar. A procura por menores preços e maiores prazos de pagamento continua de forma acentuada, mas vem se buscando também lubrificantes com nível de desempenho mais elevado.


Emulsão óleo/água obstruindo filtro de óleo lubrificante de turbina a vapor

Com vistas a aclarar melhor o assunto vamos analisar algumas situações.

Lubrificação de turbinas a vapor, turbo-geradores e turboredutores de velocidade A geração de potência em destilarias de álcool e usinas de açúcar é realizada por turbinas a vapor sendo a energia elétrica consumida e, até mesmo, comercializada por essas plantas gerada por turbo - g er ad ores a vapor. Em grande parte das plantas existentes, os ternos de moendas, desfibradores, picadores têm a sua potência de aciona-

mento proveniente da energia térmica que aciona turbinas a vapor. Prática muito comum era utilizar-se na lubrificação dos mancais de deslizamento das turbinas a vapor óleos hidráulicos convencionais (HLP), de viscosidade ISO VG 46 ou ISO VG 68, por serem de fácil localização e de baixo custo. No entanto, esse tipo de lubrificante causa alguns sérios

25


6 6Teste de demulsibilidade (tempo de separação da água); 66 Teste FZG (estágio de falha), caso as turbinas a vapor acionem turbo-redutores de velocidade; 66 Aditivação isenta de zinco (por questões ambientais); 66 Teste de tendência e estabilidade de espuma; 66 Teste de liberação de ar.

Lubrificação de engrenagens bi-helicoidais e de dentes retos

Lubrificação separada das engrenagens bi-helicoidais e das engrenagens de dentes retos

Redutores de velocidade planetários para acionamento de moendas

inconvenientes ao funcionamento desses equipamentos, tendo em vista que, por ter baixa demulsibilidade, forma rapidamente emulsões que provocam obstrução precoce dos filtros de óleo lubrificante e oscilação no funcionamento das servo-válvulas utilizadas na automação das turbinas a vapor e turbo-geradores, prejudicando a sua operação uniforme. Em face disso, passou-se a exigir dos fornecedores de lubrificantes óleos lubrificantes para turbinas a vapor com alguns requisitos de desempenho, tais como: 26

Em grande parte das destilarias de álcool, o acionamento das moendas é realizado por trem de engrenagens bi-helicoidais (espinhas de peixe) e de dentes retos (volandeiras). A prática comum era utilizar para lubrificação dessas engrenagens, lubrificantes de base asfáltica nas viscosidades ISO VG 2200, ISO VG 3200 ou superior sem preocupação com o Teste FZG (estágio de falha), Carga Timken ou Teste 4 Esferas (Carga de Soldagem). A proteção ao desgaste ficava a cargo, basicamente, da viscosidade, e, por terem os óleos lubrificantes de base asfáltica baixíssimo Índice de Viscosidade – IV, a lubrificação ficava bastante comprometida e a vida útil dessas engrenagens, reduzida. Atualmente, a lubrificação do conjunto de engrenagens bi-helicoidais e de dentes retos passou a ser realizada com lubrificantes de base sintética, de elevados Índice de Viscosidade – IV, ótima adesividade e altas cargas EP. Esses lubrificantes têm propiciado uma substancial elevação da vida útil das engrenagens e, a despeito do custo mais elevado em relação aos produtos de base asfáltica, têm sido preferidos pelos setores técnicos de manutenção das destilarias de álcool e usinas de açúcar, visto propiciarem maior confiabilidade durante as safras, estender a vida útil dos referidos elementos de máquinas e serem muito mais amigáveis em relação ao meio ambiente que os produtos de base asfáltica. Outra tendência que se tem observado na lubrificação de engrenagens bi-helicoidais e de dentes retos é o uso de óleos lubrificantes de maior viscosidade em face dos aumentos de esforços sobre esses elementos mecânicos provocados pela repotencialização dos ternos de moenda na busca de maior produtividade e aumento de produção. Está se tornando bastante usual na lubrificação de engrenagens bi-helicoidais e de dentes retos o uso de óleos lubrificantes de base sintética com viscosidades de 7000 cSt a 40 C, 8000 cSt a 40 C ou até produtos de maior viscosidade. Porém, há que se observar o fato de as rotações das engrenagens bi-helicoidais serem mais elevadas que o das engrenagens de dentes


retas, devendo isso ser tomado em conta na escolha da viscosidade correta, ainda que venha a levar ao uso de óleos de viscosidades distintas quando os envelopes são separados.

Redutores de velocidades planetários acionamento do terno de moendas

para

Nas moendas de projeto mais recente o trem de engrenagens composto de engrenagens bi-helicoidais e por engrenagens de dentes retos vem sendo, gradualmente, substituído por redutores de velocidades planetários. O uso desse tipo de redutores de velocidade proporciona economia de energia, maior confiabilidade na operação durante a safra, economia em manutenção e elevação do torque necessário aos severos esforços demandados pelas moendas de grande capacidade de moagem. Os óleos lubrificantes utilizados nesses redutores de velocidade, geralmente, requerem viscosidades nas faixas ISO VG 320 ou ISO VG 460, que atendam às normas de desempenho DIN 51517 parte 3 CLP, elevadas cargas EP (Teste FZG, 4-Ball Test, Timken Load), podendo os básicos ser

sintéticos ou minerais. Tem sido demandado por alguns OEM que o óleo lubrificante passe, também, pelo teste de micro-pitting (Teste FZG micro-pitting/ FVA 54) com vistas a elevar-se a proteção ao desgaste e vida útil das engrenagens. Há ainda algumas outras situações a serem analisadas com respeito à evolução da lubrificação em destilarias de álcool e usinas de açúcar e, em vista disso, o assunto será abordado em próximos artigos. Porém, podemos ter a certeza de que uma evolução bastante rápida está acontecendo nesse setor, o que tem exigido muito esforço dos técnicos de campo e formuladores no desenvolvimento dos lubrificantes a serem utilizados nos equipamentos dessas plantas industriais. Muitos desenvolvimentos têm sido realizados, bons resultados obtidos e as experiências e novos lubrificantes empregados em outros setores da indústria.

Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação da Petrobras Distribuidora S.A.

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O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao ano de 2011, fruto de pesquisa junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos produtores.

Uma estimativa do mercado relativa ao ano de 2011 O mercado aparente Mercado Total Óleos Lubrificantes

1.370.000 m3

Óleos Básicos: Mercado Total

m3

Mercado Local: Automotivos: Industriais: Óleos Básicos

1.336.000 801.600 m3 505.400 m3 29.000 m3

Importação Produto Acabado: * Exportação Produto Acabado: * Mercado Total Graxas

89.100 m3 55.100 m3

1.431.266 m3

Produção Local: Refinarias Rerrefino

862.520 m3 602.520 m3 260.000 m3

Importação Exportação

584.583 m3 15.837 m3

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Banco de Dados Lubes em Foco

58.500 t

* Não considerados óleos brancos e a classificação “outros”.

Mercado de Lubrificantes em 2011 (m3) 12,5% 12,2% 19,8% 12,2% 17,5% 11,5% 1,8% 2,6% 3,0%

6,9%

Mercado de Lubrificantes em 2010 (m3)

BR Ipiranga Chevron (Texaco) Cosan (Esso + Mobil) Shell + Sabba Petronas (FL) Castrol Alesat + Repsol Total Lubrificantes Outros

14,5% 12,8%

21,0%

2,9%

12,4%

3,2% 7,3% 12,2%

BR Chevron (Texaco) Shell Ipiranga Cosan (Esso) Petronas Castrol Repsol YPF Outros

12,3%

NOTA: Os dados de mercado correspondentes ao ano de 2010, que foram retirados desta seção, podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

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Mercado de Graxas em 2010 (t)

Mercado de Graxas 2011 (t)

18,1% 12,9%

20,3%

10,1%

12,1%

6,8% 9,0%

BR Chevron (Texaco) Ipiranga Ingrax Petronas Shell Cosan (Esso) Outros

17,7% 13,6%

19,3%

10,6% 9,3%

13,3%

7,8% 8,9%

BR Chevron (Texaco) Ingrax Ipiranga Petronas Shell Cosan (Esso) Outros

9,7%

NOTA: Os dados de mercado correspondentes ao ano de 2010, que foram retirados desta seção, podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

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Relatório tenta promover “ligação direta” entre pesquisa e indústria Um documento produzido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), com apoio da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) pode começar a desfazer o véu de mistério que existe no estímulo a uma conexão efetiva entre o setor produtivo e a academia. O estudo fundamenta-se em um detalhado censo, que retrata a atual organização da comunidade de física no Brasil. Estimase que haja 10.000 físicos hoje no Brasil. O censo revelou como ainda há espaço para expansão da presença de cientistas dentro das grandes empresas. Dos 2.651 mestres e doutores com emprego formal no Brasil, apenas cerca de 270 exerciam atividades na área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em empresas ou entidades sem fins lucrativos. “Estes físicos, em sua maioria, atuavam em setores prioritários da política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior. As principais ocupações se relacionavam com atividades econômicas associadas à indústria extrativa e à de transformação, atividades profissionais científicas e técnicas e à defesa, sendo que o número de físicos nas três primeiras áreas correspondia a cerca de 10% do de engenheiros”, diz o relatório. O mapeamento da comunidade mostrou que há um equilíbrio entre físicos teóricos e experimentais - 35% do total nos dois casos -, com outros 26% dedicados ao ensino. Os 4% remanescentes se encontram em atividades de gestão. Durante muito tempo, a comunidade científica simplesmente ignorou sua baixa presença na indústria, argumentando simplesmente que não havia interesse por parte do setor produtivo. “Era como se os físicos fossem os heróis e salvadores da pátria e a indústria que teria ficado devendo o dever de casa”, afirma Eduardo do Couto e Silva, físico do CGEE e coordenador do relatório. “Não é bem assim. É uma questão de necessidade do país o fomento da ciência e tecnologia aliado ao aumento de competitividade das empresas. Todos que podem contribuir diretamente, como é o caso da física, deveriam fazê-lo pelo interesse de ter um país melhor. Não é simplesmente olhar para a indústria, mas importante também é a física perceber que pode ter um impacto na vida dos brasileiros.” Fonte: Sociedade Brasileira de Física

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Programação de Eventos Internacionais Data

Evento

2012 Maio 9 a 10

1st. Annual Base Oil and Lubes Middle East Conference - Bahrain - http://www.cconnection.org

Dezembro 1 a 2

7th. ICIS Pan-American Base Oil & Lubricants Conference - New Jersey - USA - www.icisconference.com

Nacionais Data

Evento

2012 Abril 18

8º Fórum sobre Óleos Lubrificantes - Rio de Janeiro - www.ibp.org.br

Julho 2 e 3

2º Encontro com o Mercado - Rio de Janeiro - www.lubes.com.br

Agosto 21 a 23

Expopostos & Conveniência - Rio de Janeiro - Rio Centro - www.postoseconveniencia.com.br

Setembro 10 a 14

27º Congresso Brasileiro de Manutenção - Rio de Janeiro - www.abraman.org.br

Cursos Data

Evento

2012 Maio 14 a 16

Lubrificantes e Lubrificação - Rio de Janeiro, RJ - www.ibp.org.br/cursos

Junho 18 a 22

Dimensionamento de Válvulas de Controle (VCD) - São Paulo, SP - www.ibp.org.br/cursos

Julho 23 a 25

Análise de Falhas e Soluções de Problemas de Equipamentos Mecânicos - Rio de Janeiro, RJ - www.ibp.org.br/cursos

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.

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