Dez/Jan 14 Ano VII • nº 40 Publicação Bimestral
EM FOCO
9 771984 144004
00040
A revista do negócio de lubrificantes
Lubrificação de redutores
A manutenção adequada evitando paradas imprevistas e grandes transtornos à indústria.
O Mercado de Básicos
Comportamento e tendências do mercado de óleos básicos nos EUA, no final de 2013.
Fique a frente dos seus concorrentes
A informação mais atualizada sobre lubrificantes e lubrificação Assinaturas pelo site
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Editorial O mercado mundial de lubrificantes é uma prova concreta da interligação entre as diversas forças que movem a economia global e seus efeitos em mercados locais. A princípio, a relação pode não ser tão clara, e pequenos movimentos, ou mesmo apenas declarações de autoridades estrangeiras, não mostram a ligação direta com o nosso mercado específico. Entretanto, variações na atividade industrial de países de peso no contexto global podem determinar preços ou mesmo alterações em políticas locais. Aumentos de consumo nos Estados Unidos, ou até mesmo um furacão que restrinja a produção, elevam preços internacionais de óleos básicos, fazendo com que a Petrobras, única produtora no Brasil, também eleve seus preços para manter a paridade com as importações. Assim, também a indústria do rerrefino segue a tendência, pois os seus produtos entram no mesmo mercado. Por outro lado, uma maior oferta americana, motivada pela entrada em operação de grandes unidades de refino, aliada a dúvidas na atividade industrial, pode derrubar preços e desequilibrar a grande lei de mercado, aumentando a oferta, que será fatalmente direcionada a outros países. Até mesmo a ausência de furacões, que é um tremendo benefício para todos, pode levar as empresas a reduzir seus estoques de segurança e, consequentemente, suas compras, ou seja, a procura no mercado, atuando diretamente na relação de preços. Novamente, a Petrobras teria que ajustar seus preços internamente para baixo, e o rerrefino precisaria seguir o mesmo caminho. O problema é que essa relação global esbarra em situações locais críticas, como, por exemplo, a coleta do óleo usado que vai alimentar a indústria do rerrefino, uma vez que os preços dos produtos finais sofrem variações independentes dos insumos dessa indústria e podem até mesmo causar um paradoxo na equação mercadológica, quando um aumento de custo no início da cadeia produtiva tem que conviver com uma redução de preços dos produtos finais. Um mercado possui normalmente suas próprias leis, e qualquer sistema pode se autorregular em busca de soluções internas e ajustes na lei de oferta e procura, para a determinação de níveis de preços aceitáveis em toda a cadeia. No entanto, quando um sistema está aberto e ligado a outros sistemas (internacionais), dos quais não se tem controle e nem um perfeito conhecimento das forças que atuam, é necessário que outros ajustes se façam, e que a legislação e a fiscalização sejam eficazes no combate a fraudes e desvios. Não falamos de protecionismo, mas de um desenvolvimento que seja sustentável, não somente em termos ambientais, mas com foco na eficiência e competitividade, sem a influência maléfica de uma cultura de corrupção e de obtenção de lucros às custas de desvios e práticas ilegais. Diante da complexidade das relações internacionais e mercadológicas e ampliando a visão sobre o mercado brasileiro, é necessário que se estabeleçam regras claras e que sejam fiscalizadas, na expectativa de um salto que eleve a consciência e a responsabilidade dos seus principais agentes. Os Editores
Publicado por: AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Marcia Lauriodo Zamboni - reg. 17118-78-45
Editor Chefe Pedro Nelson A. Belmiro Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni
Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.
Capa Gustavo Eduardo Zamboni
Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br
Redação Tatiana Fontenelle
Tiragem 4.000 exemplares
Layout e Editoração Antônio Luiz Souza Machado da Cunha
E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.
Revisão Angela Belmiro
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Sumário 6
Entrevista com o Sindicom
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Lubrificação de redutores
O diretor de lubrificantes da entidade mostra o posicionamento das grandes empresas.
Especialista mostra como a manutenção adequada e o uso de óleos apropriados evitam transtornos na indústria.
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Escurecimento global
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SMS - Educação para a prevenção
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O mercado americano de básicos
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Biolubrificantes
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Mercado em Foco
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Programação de Eventos
Estudos científicos mostram um paradoxo entre o aquecimento global e a luminosidade do planeta.
Ver além do óbvio e identificar de onde brotam os efeitos é a proposta para uma atuação preventiva.
A especialista americana mostra como foi comportamento dos preços no último trimestre de 2013 nos EUA.
Aspectos de um importante segmento de mercado com suas tendências e desafios.
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Compromisso com a Qualidade e orientação ao consumidor Por: Tatiana Fontenelle
A vitalidade exibida nos últimos anos pelo mercado de combustíveis no Brasil, refletida em seguidas taxas de crescimento acima do PIB, é motivo de comemoração para o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes – SINDICOM. Em paralelo, o Sindicato manteve sua atuação na defesa de um mercado ético e regulado, enquadrado nos melhores padrões operacionais, de segurança e ambientais. De acordo com o diretor de lubrificantes, Nelson Gomes, o SINDICOM está confiante de que o setor, estratégico para mover a economia e garantir a mobilidade de pessoas e mercadorias, saberá se posicionar diante dos novos desafios que se apresentam no horizonte. Em entrevista exclusiva à Lubes em Foco, o diretor fala sobre os novos desfios para 2014, o avanço tecnológico no setor de lubrificantes, logística reversa e revisão dos níveis mínimos de qualidade e desempenho dos lubrificantes comercializados no Brasil. Fundado em 1941, o SINDICOM representa, em nível nacional, as principais companhias distribuidoras de combustíveis e de lubrificantes: AirBP, Ale, Castrol, Chevron, Cosan, Ipiranga, Petrobras Distribuidora, Petróleo Sabbá, Petronas Lubrificantes, YPF, Raízen, Shell Lubrificantes e Total. Suas associadas representam mais de 80% do volume de distribuição de combustíveis e lubrificantes no Brasil. A entidade é o fórum apropriado para discussões de assuntos jurídicos, fiscais, operacionais, de suprimentos, de transportes, de segurança industrial, de saúde ocupacional e de proteção ao meio ambiente que sejam comuns às suas associadas e de representação da categoria junto ao governo. Lubes em Foco - Como o Sindicom analisa o comportamento do mercado de lubrificantes em 2013? Nelson Gomes - No período 2008-2012, os lubrificantes produzidos pelas associadas do Sindicom, que representam cerca de 80% do mercado total de lubrificantes, cresceram, em média, cerca de 3% aa em comparação com a evolução média do PIB de 2,7%. Em 2013 observou-se um crescimento de cerca de 7%, bem superior à expansão de 2,3% do PIB. Os principais fatores que podem ter contribuído para esse desempenho foram: a. Grande crescimento da frota de veículos leves e pesados nos últimos anos: há uma propagação dos efeitos, embora os estímulos já não sejam os mesmos que vigoraram nos anos recentes (lubrificantes 6
automotivos representam 70% no mix); b. Continuidade da expansão da produção agrícola, em especial, no Centro-Oeste; c. Obras civis de infraestrutura; d. Reação da indústria que, embora não vigorosa, passou de uma retração, em 2012, para um pequeno crescimento em 2013 (lubrificantes industriais representam 24% no mix). Lubes em Foco - Como o Sindicom está vendo a eliminação dos níveis API SF e CF, na revisão da Resolução 10/2007 da ANP? Nelson Gomes - Em termos automotivos, os níveis que estão sendo revistos , API SF para motores do Ciclo Otto (gasolina, álcool, GNV e fles fuel) e API CF para motores automotivos a Diesel serão subs-
tituídos por API SJ e API CG-4, respectivamente, e o Sindicom tem colaborado com a ANP na revisão de todos os níveis mínimos de qualidade/desempenho dos lubrificantes comercializados no Brasil. Entendemos ser pertinente esta ação, visando proteger os nossos consumidores e adequar o nível de desempenho dos lubrificantes às atuais exigências dos fabricantes de motores da nossa frota circulante. Este trabalho levou em conta a frota, hoje, existente no país, os novos requisitos dos motores e a evolução dos combustíveis disponíveis. Lubes em Foco - A indústria brasileira e seus consumidores estão preparados para esse avanço tecnológico no setor de lubrificantes? Nelson Gomes - Entendemos que sim. A ANP baseou sua decisão em uma completa AIR – Análise do Impacto Regulatório, identificando a idade atual da nossa frota, os requisitos atuais dos fabricantes de veículos e a evolução dos combustíveis comercializados no país. Acreditamos que os consumidores estarão mais protegidos, pois usarão lubrificantes de performance superior, que protegerão ainda mais os seus veículos. Os consumidores devem sempre se ater à recomendação dos óleos e graxas lubrificantes constante no manual dos seus veículos e requerer produtos que cumpram com os requisitos estabelecidos nesse manual. Lubes em Foco - O Sindicom lançou recentemente o site “Óleo certo”. Qual o objetivo e que expectativa se pode ter dessa iniciativa?
O diálogo aberto com os consumidores expressa o compromisso do Sindicom e das associadas com o avanço da qualidade
Nelson Gomes
Nelson Gomes - O objetivo do site “Óleo Certo” é orientar os consumidores sobre a importância da quali-dade e do uso correto dos lubrificantes. De forma simples e lúdica, acessível em www.oleocerto.com, o espaço coloca ao alcance dos motoristas as principais informações relacionadas à escolha do produto apropriado para cada motor e dos cuidados a adotar na hora da troca de óleo em locais especializados, ou na compra do lubrificante em estabelecimentos comerciais, como autopeças ou supermercados. O diálogo aberto com os consumidores expressa o compromisso do Sindicom e das associadas com o avanço da qualidade no segmento, que passa por uma fase de expansão no país. O hotsite tem conteúdo organizado em torno de dois objetivos: mostrar que o óleo certo é vital para a integridade do motor e municiar o consumidor com informações para orientá-lo na seleção do óleo mais adequado no momento da compra. Além de ter noções sobre viscosidade dos lubrificantes e aditivos, fatores que concentram cerca de 95% das não conformidades relacionadas à qualidade, o motorista é instruído a verificar periodicamente o nível do óleo, a usar produtos recomendados pelo fabricante do veículo e também atentar para as informações do rótulo, 7
prazos de validade e os registros do fabricante e do óleo na ANP. Lubes em Foco - Que avaliação se pode fazer hoje sobre o desempenho do Programa Jogue Limpo, de reciclagem de embalagens plásticas? Nelson Gomes - O Jogue Limpo, durante 2013, continuou seu caminho de crescimento consistente. Iniciamos as operações no interior de São Paulo, em Minas Gerais e Espírito Santo. Fechamos o ano operando em sete estados (RS, SC, PR, SP, RJ, MG e ES) e no DF. Atingimos quase 3.000 toneladas de embalagens plásticas usadas de lubrificantes retiradas do meio ambiente e encaminhadas para reciclagem. No 1º. trimestre de 2014 operaremos, também, nos estados da BA, SE, AL, PE, PB, RN e CE. Assim receberemos embalagens em quase 3.000 municípios. O Jogue Limpo tem cumprido anualmente as metas com as Secretarias de Meio Ambiente dos estados e com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), sendo, até o momento, o único Acordo Setorial assinado com o MMA. Isso tem colocado o Jogue Limpo como um
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dos destaques na nova atividade de logística reversa. Além disso, fechamos 2013 com 28.000 pontos geradores cadastrados no nosso sistema, o que representou um aumento de mais de 30% versus 2012. Como balanço do Jogue Limpo, desde que começou a operar no RS, em 2005, até o final de 2013, foram recolhidas mais de 245 milhões de embalagens do meio ambiente, que tiveram seu encaminhamento para reciclagem – que é o caminho ambientalmente adequado. Em 2010, foi aprovada a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que trouxe muitas evoluções. Dentre elas, a obrigatoriedade de os fabricantes de diversos produtos terem seu processo de logística reversa. Além disso, a nova lei trouxe, também, a responsabilidade compartilhada, em que todos devem participar no processo de dar o encaminhamento correto às embalagens de lubrificantes usadas – o consumidor final, os varejistas, os postos de combustíveis, os distribuidores e os atacadistas devem fazer com que as embalagens retornem aos fabricantes para que estes deem o encaminhamento ambientalmente correto: a reciclagem.
Redutores Lubrificação adequada evita transtornos com paradas imprevistas
Por: Marcos Thadeu G. Lobo
R
edutores e motorredutores de velocidade são conjuntos mecânicos largamente utilizados em plantas industriais e são compostos, basicamente, por trens de engrenagens, árvores, mancais de rolamento, retentores etc., destinando-se, de forma geral, a reduzir rotações de motores elétricos ou turbinas movidas a gás natural, a vapor e ampliar o torque de entrada. Os redutores e motorredutores de velocidade podem vir equipados com engrenagens cilíndricas de dentes retos, helicoidais, cônicas de dentes retos, cônicas de dentes helicoidais, bi-helicoidais, tipo parafuso sem-fim e coroa ou hipoidais. Apesar de serem equipamentos extremamente robustos, face aos grandes esforços a que são sub-
Foto 1 – Motorredutor de velocidades
metidos, os redutores e motorredutores de velocidade necessitam de adequada lubrificação sob pena de sofrerem falhas catastróficas ou terem a sua vida útil bastante reduzida em caso de negligência nesse aspecto da manutenção. O primeiro ponto a ser verificado para a correta lubrificação de redutores e motorredutores de velocidade é a correta seleção da viscosidade a ser empregada no equipamento. Para seleção de viscosidade de óleos lubrificantes para redutores e motorredutores de velocidade, alguns fabricantes de equipamentos (OEMs) ainda utilizam a norma SAE J306 (ex. SAE 90, SAE 140) empregada na seleção da viscosidade de óleos lubrificantes para caixas de engrenagens automotivas, sendo, no entanto, prática defasada e está caindo em desuso. Outra norma para seleção de viscosidade para caixas de engrenagens industriais, ainda largamente utilizada, é a AGMA 9005-E02 (antiga AGMA 9005-D94). A norma ISO 3448:1992, em que os graus de viscosidade são definidos por números que significam o ponto médio da viscosidade em mm²/s (cSt) do óleo lubrificante à temperatura de 40ºC é a mais aceita e utilizada na atualidade. Ela facilitou tremendamente as especificações de óleos lubrificantes para engrenagens, visto que a viscosidade recomendada se situa em uma faixa não sendo número unitário, o que dificultaria, se assim fosse, o balanceamento dos óleos básicos para sua obtenção. De acordo com essa norma, 9
Foto 2 – Redutor de velocidades
observamos que a viscosidade dos óleos lubrificantes ISO VG 68 deve estar compreendida entre 61,2 e 74,8 mm²/s (cSt) a 40ºC. A indicação do grau de viscosidade pode ser encontrada no manual de operação ou em plaquetas fixadas na carcaça do equipamento. Na imagem 4, pode-se ver que o OEM recomenda, para o redutor de velocidade em questão, óleo lubrificante com grau de viscosidade ISO VG 68. A utilização de óleos lubrificantes com viscosidade abaixo do recomendada poderá levar a desgaste prematuro das engrenagens e mancais de rolamento, por contato metálico causado por película lubrificante
Foto 3 – Desgaste prematuro por deficiência em lubrificação
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com espessura inferior à necessária para a separação das superfícies metálicas. Viscosidade acima da recomendada levará a consumo mais elevado de energia elétrica, elevação da temperatura de operação do equipamento, falhas em retentores, deterioração precoce do óleo lubrificante por oxidação e, também, lubrificação deficiente. É razoavelmente comum ver plaquetas de identificação de redutores e motorredutores de velocidade arrancadas, pintadas ou lixadas, não permitindo a pronta identificação da viscosidade do óleo lubrificante a ser utilizado no equipamento, o que pode levar a erros na seleção do óleo lubrificante a ser utilizado. A falta de acesso aos manuais de operação e manutenção, ou o seu sumiço, também é fato muito comum nas plantas industriais e contribui bastante para escolhas equivocadas de óleos lubrificantes. Uma vez identificada a correta viscosidade do óleo lubrificante, é importante verificar se o produto atende aos níveis de desempenho indicados pelo OEM. Os níveis de desempenho aceitos, em grande parte das vezes, são os estabelecidos por organismos internacionais, tais como DIN, AGMA, US STEEL etc. Porém, em alguns casos, os próprios OEMs estabelecem seus níveis de desempenho, e está se tornando bastante comum a exigência da proteção aos flancos dos dentes contra o micropitting avaliado pelo teste FVA 54/7, cujo estágio de falha de carga deve ser > 10. Em geral, os OEMs solicitam óleos lubrificantes com aditivação para Extrema Pressão (EP) para uso em redutores e motorredutores de velocidade. Mencionar, apenas, que o óleo lubrificante tem aditivação EP talvez não seja suficiente para se ter certeza da eficiência do óleo lubrificante nesse respeito. Há alguns ensaios que nos dão parâmetros mais precisos nesse aspecto, tais como: Teste FZG (Estágio de Falha); Carga Timken; Teste Four-Ball ou 4 Esferas (Carga de Soldagem). Porém, há alguns OEMs que optaram por recomendar o uso de produtos sem aditivação EP ou, apenas, com aditivação antidesgaste sendo que a utilização de óleos lubrificantes EP nesses equipamentos pode provocar a perda da garantia quando requerida. Prática bastante útil na conservação dos redutores e motorredutores de velocidade é a utilização de filtros dessecantes nos tubos de respiro, com vistas a se impedir a contaminação do óleo lubrificante por partículas abrasivas e umidade provocada pela redu-
Foto 4 – Plaqueta indicando que o óleo lubrificante a ser utilizado deve ter grau de viscosidade ISO VG 68
ção da pressão interna do equipamento quando da parada do equipamento. A temperatura do óleo lubrificante é ponto fundamental na extensão da vida útil do óleo lubrificante e, consequentemente, do equipamento. Temperaturas de operação acima das máximas recomendadas significarão películas de óleo lubrificante mais delgadas, deterioração precoce do óleo lubrificante e vida útil mais
Foto 5 – Plaqueta em redutor de velocidades com várias camadas de tinta e difícil visualização da viscosidade do óleo lubrificante recomendado
curta dos redutores e motorredutores de velocidade. Buscando a redução da temperatura do óleo lubrificante, muitos equipamentos já vêm equipados com trocadores de calor, que podem ser do tipo casco e tubo ou de placas refrigeradas à água. Exemplo de caso prático Em redutor de velocidades de acionamento de dessolventizador de esmagadora de óleo de soja foram trocados, duas vezes consecutivas em período de seis meses, o pinhão de entrada e a coroa, sem que fosse corrigida a causa raiz do problema: a temperatura do óleo lubrificante era da ordem de 110ºC, e o equipamento não dispunha de trocador de calor. Após a instalação de trocador de calor de placas Foto 6 – Filtro dessecante em refrigeradas à água, a tubo de respiro 11
Foto 7 – Redutor de velocidades equipado com trocador de calor tipo casco e tubo
temperatura de 110ºC baixou para 55ºC, e o referido equipamento vem operando há vários anos sem que as engrenagens apresentem qualquer sinal de desgaste. O redutor de velocidades que, anteriormente à instalação do trocador de calor de placas, operava ruidosamente em face do contato metálico das superfícies atualmente opera com nível de ruído bastante baixo. Tem-se a falsa percepção de que problemas com elevadas temperaturas de trabalho do óleo lubrificante em redutores e motorredutores de velocidade são “milagrosamente” resolvidos com o uso de óleos lubrificantes sintéticos. Óleos lubrificantes sintéticos têm menor queda de viscosidade com a temperatura, em face dos seus Índices de Viscosidade (IVs) serem mais elevados, e são mais resistentes à oxidação. Porém, é importante se avaliar bem a condição de trabalho do equipamento, visto que até mesmo equipamentos que vão utilizar óleos lubrificantes sintéticos necessitam, em alguns casos, de trocadores de calor, se as temperaturas de operação forem excessivamente elevadas
Foto 9 – Redutor de velocidades de acionamento de moenda de destilaria de álcool sendo o grau de viscosidade do óleo recomendado ISO VG 3200
sob pena de, a despeito do uso de óleos lubrificantes sintéticos ocorrerem, falhas inesperadas. Fato é que, a despeito dos redutores e motorredutores de velocidade serem equipamentos bastante resistentes ao desgaste, cuidados básicos de manutenção nunca serão demais. Medição de vibração, verificação de alinhamento na árvore de entrada, análise regular de óleos lubrificantes, medição de temperatura do óleo lubrificante, verificação do estado do filtro dessecante no tubo de respiro, verificação do estado dos retentores, verificação regular do nível de óleo lubrificante, troca da carga de óleo lubrificante segundo a periodicidade recomendada pelo OEM ou segundo a condição do produto, correta seleção da viscosidade e do nível de desempenho do óleo lubrificante, verificação do estado dos filtros de óleo lubrificante etc. são cuidados simples que podem prolongar imensamente a vida útil dos equipamentos considerados. Não se teve a pretensão de, neste artigo técnico, esgotar todos os pormenores relacionados à lubrificação de redutores e motorredutores de velocidade. Porém, fato é indiscutível: são equipamentos caros e paradas imprevistas desses equipamentos causam grandes transtornos aos que trabalham na manutenção de plantas industriais.
Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação Foto 8 – Falha catastrófica em engrenagem
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da Petrobras Distribuidora S.A.
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Escurecimento Global Que novo fenômeno é esse? Quais são os seus desdobramentos? Há como retroceder?
Por: Luiz Augusto R. da Luz
O
fenômeno do Escurecimento Global (EG) possui impacto ambiental negativo, mas, de uma forma não usual, pode balancear outro fenômeno que conhecemos muito bem, o Efeito Estufa (EE). O EG como a definição o descreve, é algo que impede a passagem da luz solar, e assim a quantidade de luxes diminui sensivelmente, o que nos remete a pensar em um ambiente afótico ou de pouca luminosidade, cujos desdobramentos podemos imaginar. Os problemas advindos da utilização de compostos CFC’s mostraram que, com a redução desses, a camada de 14
O 3 poderia se recuperar, e a entrada de radiação UV-A e UV-B, e posteriormente a de classe C (comprimento de onda em torno de 280 nm), ser evitada, visto que essa última pode acarretar um impacto negativo extremo, pois pode modificar até mesmo o DNA. Há evidentemente uma ligação entre os fenômenos, mas o EG parece ser aquele que os cientistas desconheciam por vários anos. Após o acidente com as torres gêmeas nos EUA, a frota comercial americana permaneceu em terra dois longos dias. Obviamente, o receio de novas intervenções terroristas no solo americano, os obrigou a tomar tal medida. Com isso, o cientista americano David Travis observou alterações que não ocorreriam se a frota estivesse em atividade. Os céus dos EUA se apresentavam tremendamente azuis, claros, sem nenhuma trilha de condensação de jatos e, consequentemente, não se notaria o aumento de temperatura em média de 1ºC. Para três dias é um aumento extremamente incomum. Realmente isso foi atestado, nos dias 11, 12 e 13 de setembro de 2001, as aeronaves em terra demonstraram claramente que sem as partículas que estariam causando o escurecimento global até agora sem estar definido, o calor de aquecimento global seria notadamente alterado para mais. Esse climatologista americano observou em outros adventos que a temperatura nos EUA, especialmente em relação a 2001, sofrera uma rápida ascensão e que o fenômeno que registrara não era apenas um dado isolado. Em outra oportunidade, em certo estado americano da costa Leste, devido à intensidade de voos feitos pela frota americana civil, a maior do mundo, 70 a 75% do espaço aéreo do estado estavam cobertos pelas trilhas de condensação das aeronaves, resultado da queima dos combustíveis, que normalmente é querosene, conhecido com Jet Fuel ou QAV – Querosene de aviação. Obviamente, em outros locais do mundo, também houve registros científicos sobre esse problema, do qual até então, não se tinha conhecimento com o reconhecimento da comunidade científica. Um imigrante Inglês chamado Jarry Stanhill chega a Israel para estudar os efeitos do sol sobre o local, uma vez que estava no projeto de irrigação naquele país em particular. Através de modelos simples, ele
conseguiu verificar que a quantidade de luz solar tinha sofrido um decréscimo, ou seja, o mundo estava ficando mais escuro. Assim, Jerry batizou o fenômeno, apropriadamente, como Escurecimento Global. A quantidade reduzida de luz solar chegando a Terra faria com que o planeta ficasse mais frio. Na época, quando apresentou seu artigo, a comunidade científica não deu crédito, e o trabalho caiu no esquecimento. Mais tarde, na Alemanha, a climatologista Beate Liepert seguiu os passos de Jerry e constatou os mesmos dados que ele havia registrado há décadas. Mas algo não estava em harmonia com a afirmação do esfriamento do planeta. O Efeito Estufa estava presente, como era possível que o planeta estivesse esfriando? Tratavase de um paradoxo. O aquecimento havia causado grande distúrbio nas Ilhas Maldivas, pelo aumento do volume das águas oceânicas. No entanto, uma grande climatologista Indú consegue perceber que a quantidade de luminosidade havia diminuído. As informações pareciam ser desconexas, mas isso era uma questão de tempo. Na Austrália, dois biólogos fazem uma avaliação secular de evaporação da água através de um método denominado “Teste da Panela”. Os cientistas Graham Farquhar e Michel Howrick medem essa taxa de evaporação e percebem que há uma redução, uma vez que o volume da água reposta está diminuindo. A evaporação, segundo esses cientistas, não está ligada diretamente ao calor, mas à luminosidade do sol, umidade e aos ventos. No entanto, são categóricos ao afirmarem que a luz é a variável mais impactante no processo. Sendo assim, não é preciso ser um cientista para atestar que a quantidade de energia luminosa do sol está diminuindo. Energeticamente falando, estamos com um grande problema nas mãos, uma vez que, para evaporar 1 mm de água na Panela, gastamos 2,5 MW de energia. Como se apontou uma redução de 100 mm, basta multiplicarmos por 100 e verificarmos que a energia que deixa de chegar ao planeta naquele ponto é de 250 MW. Se considerarmos que l Joule/s = 10 -6 MW, teríamos: 1 MW = 1.000.000 Joules/s x 250 MW = 250.000.000 joules/s ou 25x10 8 Joules/s no SI. Em Unidade Térmica, 1 Joule/s = 3,41. Em unidades térmicas teríamos então: 25 x 10 8 Joule/s x 3,41 = 852.500.000 UT. Já 1,16 Joules/s = 1000 calorias por hora. Energeticamente, em calorias te15
China Oriental. Dezenas de incêndios ardem na superfície e um manto de fumo cobre a área. (Fonte Wikipedia)
ríamos: 250.000.000 Joules/s x 1000 calorias por hora = 250.000.000.000 (Duzentos e cinquenta bilhões de calorias por hora) = 25 x 10 10. Como a primeira variável em relação à evaporação é a luminosidade, realmente havia algo que estava provocando o EG. Como o sol estava em condições normais, verificou-se que o problema deveria estar aqui no planeta. Foram notadas perdas de luminosidade de 9% na Antártida, 10% nos EUA, 16% nas Ilhas Britânicas e quase 30% na Rússia. Pode ser coincidência, em 2009 houve quebra de produção da safra daquele ano, o que podemos vincular a uma situação hipofótica. Mas o que estaria permitindo esse escurecimento? Como vimos através das alegações de David Travis, as trilhas de condensação dos jatos era um dos fatores preponderantes. Após isso, estudos de Rotstain, provaram que partículas que continham Enxofre, seja na forma de Sulfato (SO4-2) ou Dióxido (SO2) emitidas no século passado pelos EUA e Europa, conseguiram modificar o Rain Belt do Sahel, parte setentrional da África, registrando uma escassez de víveres severa na Etiópia (Capital Adis Abeba), que chocou o mundo pelo flagelo que se disseminou naquele local e em outros ao entorno. Com base na experiência de Rotstain, foi verificado que, para chover, há necessidade que partículas que existem normalmente na atmosfera (sal e pólen) adsorvam pequeníssimas partículas de água. Com o acúmulo, formam-se outras maiores, e o fenômeno da precipitação se dá pelo acúmulo da água. Hoje, como todos nós sabemos, a queima de gás, petróleo e carvão contribuem significativamente para as partículas atmosféricas, mas contêm brilho pelo aumento do acúmulo de água, transformando as nuvens em espelhos, o que 16
facilita a reflexão da luz solar para o espaço, reduzindo significativamente a entrada dela no planeta. Não podemos ter em mente que aumentando a quantidade de partículas diminuiremos o EE, pois a saúde de toda a Terra estaria comprometida. O ideal é a queima mais inteligente dos compostos de Carbono, como a diminuição do Enxofre nos combustíveis, como também a redução de fuligem que favorece o processo de reflexão. Sabemos hoje que o sistema do planeta é muito mais sensível ao CO2 do que imaginávamos. Os fenômenos são antagônicos, mas possuem uma matriz comum que startam os processos de maneira a se produzirem partículas e CO2 concomitantemente. Caso controlemos apenas um dos lados desse “cabo de guerra” e se esse tender ao acúmulo do gás Carbônico, aumentaremos grandemente a temperatura do planeta, o que pode ensejar o degelo da Groenlândia, fazendo com que se note um aumento no nível do mar de 6 a 7 metros!!! Muitas cidades desaparecerão, como já houve casos em algumas ilhas do Pacífico. A temperatura até 2040 poderá aumentar até 10ºC, o que incendiaria a Amazônia, e o solo sofreria uma modificação primeiramente para savana e, depois, desertificação. Com as chamas destruindo material orgânico, mais CO2 será liberado para a atmosfera, o que poderá piorar as condições gerais e aumentar a temperatura média do planeta. Com o aumento das águas, os Hidratos de Carbono, que se estima possuir congeladas 10 trilhões de toneladas, poderão ser liberados, sendo que essa substância em particular é oito vezes mais incisiva para os fenômenos decorrentes do EE do que o próprio CO2. Caso haja ignição desse hidrato, mais calor seria registrado, e mais CO2 emitido. O cientista Peter Cox faz esse alerta, para que possamos ter bem em mente os caminhos que devemos tomar, baseados em nossa sobrevivência sobre o planeta Terra. A mudança da matriz energética parece ser um sensato posicionamento para que a nossa longevidade não seja abreviada de forma abrupta, baseada em nossas ações impensadas.
Luiz Augusto R. da Luz é especialista em Gestão e Educação Ambiental da Gerência de Planejamento, Controle Industrial e Administrativa da Petrobras Distribuidora
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Uma Integração Estratégica
EDUCAÇÃO PARA A PREVENÇÃO Por: Newton Richa
Atribui-se ao pensador alemão Goethe (1749 -1832) a seguinte afirmação: “O homem vê somente os efeitos. As causas, até as mais próximas, lhe são desconhecidas. Unicamente uns poucos, mais experimentados, mais atentos, que penetram mais fundo, logram acaso ver de onde brota o efeito”. Isso significa que a maioria das pessoas não percebe ou identifica as causas dos eventos que sucedem ao longo de suas vidas, e esse fato se apresenta como um desafio aos sistemas educacionais. Na área ambiental, a falta da capacidade de relacionar causas e efeitos é assinalada pelo escritor Maciel de Aguiar em seu artigo “Tragédias anunciadas”, publicado em O Globo de 05/01/2014. Ele descreve a inundação devastadora do Espírito Santo, ocorrida em janeiro de 2014, assinalando que a catástrofe, resultante do desmatamento de encostas, assoreamento de córregos e rios, ocupação desordenada do solo na construção de vilas e cidades, implantação de fazendas de gado, monocultura de eucalipto e poluição industrial, foi prevista pelo naturalista Augusto Ruschi com meio século de antecedência. 18
Aspecto semelhante na área judiciária é apontado por Fernando Fragoso, presidente do Instituto dos Advogados do Brasil, no artigo “Educar para não punir”, também publicado em O Globo de 01/01/2014. Enfatiza o autor que, sem avaliar adequadamente as causas sociais e econômicas da criminalidade, a sociedade brasileira desenvolveu uma ideologia punitiva. Mal informada, ela clama pelo aumento das penas, conversão de crimes em hediondos e a imposição de regime carcerário fechado mesmo para infrações brandas. Punir custa mais do que educar. O governo federal gasta cerca de R$ 40.000,00 anuais por cada presidiário, três vezes mais do que gasta com um estudante universitário. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, o Brasil tem cerca de 500.000 presos, a quarta maior população carcerária de mundo. Em virtude das precárias condições carcerárias, os condenados, em geral, saem dos presídios em piores condições físicas e psíquicas do que quando entraram. A inclusão social é a única via para o desenvolvimento de uma sociedade justa. Por um lado, há ne-
S.M.S. cessidade de investimento para educar as crianças com valores que alicercem o pleno exercício da cidadania, reduzindo a probabilidade de que se tornem infratores e, por outro lado, de políticas públicas adequadas para a reinserção social e econômica de presidiários. No contexto atual, resta aos ex-presidiários reincidir no crime. Na área de Saúde, a publicação “Expert forecast on emerging chemical risks related to occupational safety and health”, publicada em 2009 pela Agência Europeia para Segurança e Saúde no Trabalho, revela um imenso iceberg no campo da Patologia do Trabalho. De acordo com estimativas da Organização Internacional do Trabalho - OIT, a cada ano, cerca de 167.000 trabalhadores morrem em consequência de seu trabalho, na União Europeia. Desse total, cerca de 7.500 mortes são atribuídas aos acidentes do trabalho, enquanto que em torno de
159.500 mortes são atribuídas às doenças do trabalho, conforme Figura 1, a seguir. Isso significa que a mortalidade decorrente das doenças do trabalho é 21 vezes maior do que a mortalidade resultante de acidentes do trabalho. Este é um fato novo que merece a atenção das pessoas que pensam o país, uma vez que as estatísticas da Previdência Social não dispõem de dados sobre a mortalidade por doenças do trabalho, conforme pode ser observado na Tabela ao final desta página. Cumpre assinalar que, das 159.500 mortes atribuídas às doenças do trabalho, 74.000 (46%) são decorrentes da exposição a substâncias perigosas, evidenciando a importância da educação em Toxicologia Ocupacional, em todos os segmentos da sociedade brasileira. O estudo europeu aponta os cânceres relacionados ao trabalho entre as principais causas - senão a principal - de mortes relacionadas às condições de trabalho. Este fato ressalta a importância da prevenção do câncer ocupacional por parte de empresários, organismos governamentais, representantes dos trabalhadores, mídia e ONGs. Em seu livro “O Poder do Hábito” (Objetiva, 2012), Charles Duhigg analisa uma pessoa fora do padrão descrito por Goethe. Ele descreve a competência de Paul O’Neill, funcionário do governo americano nos anos 1960, então encarregado da criação de uma estrutura para analisar gastos federais em serviços de saúde. Nessa época a mortalidade infantil nos EUA era alta, pior do que os índices europeus e semelhante à de países da América Latina. O’Neill coordenou pesquisas detalhadas e descobriu que a mortalidade infantil elevada em bebês recém-
21
Tabela 1 - Acidentes do trabalho registrados x liquidados Registros diretos e indiretos acidentes e doenças do trabalho
Acidentes e doenças do trabalho liquidados
Consequencia Nexo técnico Incapacidade temporária previdenDoença ciário - NTP Simples Menos de Mais de vinculada Ano do Total Típico Trajeto assistência Total 15 dias 15 dias (registros Trabalho médica indiretos) Comunicação de acidente do trabalho - CAT (registros diretos)
Ano Total
2006 512.232 512.232 407.426 74.636
30.170
-
2006
2007 659.523 518.415 417.036 79.005
22.374
141.108
2008 755.980 551.023 441.925 88.742
20.356
204.957
2009 733.365 529.248 424.498 90.180
19.570
2010 709.474 529.793 417.295 95.321 2011 711.164 538.480 423.167 100.230
Incapacidade permanente
Óbito
9.203
2.798
87.483
459.625
459.625
149.944
2007
97.301
572.437
572.437
269.752
9.389
2.845
2008
105.249
653.311
653.311
335.609
13.096
2.817
199.117
2009
103.029
631.927
631.927
325.027
14.605
2.560
17.177
179.681
2010
97.698
613.020
613.020
309.827
15.942
2.753
15.083
172.684
2011
101.314
611.576
611.576
301.945
14.811
2.884
Fonte: MPS, Anuário Estatístico da Providência Social - AEPS, 2011
19
S.M.S.
21
Figura 1- Mortalidade relacionada ao trabalho na União Europeia
-nascidos estava relacionada com a desnutrição materna durante a gestação, em virtude de as mães estarem pouco informadas sobre nutrição. A partir dessa constatação, liderou um movimento de inclusão de temas de nutrição no Ensino Médio e de reformulação do Ensino Superior em que são formados os professores do Ensino Médio. Em razão dessas iniciativas, nos anos seguintes, a mortalidade infantil caiu de forma progressiva a níveis comparáveis com os países europeus desenvolvidos. As pessoas inteligentes aprendem com a experiência dos outros. Casos como Paul O’Neill merecem ser estudados e difundidos em nosso sistema de ensino para desenvolver nos brasileiros a capacidade de ver além do óbvio e identificar de onde brotam os efeitos, para aprenderem a atuar preventivamente. As modernas metodologias de Gestão de Riscos enfatizam a importância da aprendizagem contínua por meio da reflexão sobre as lições aprendidas, o que correu como previsto ou projetado, bem como as ocorrências inespera20
das. As lições aprendidas devem ser utilizadas para melhorar o planejamento, a partir de eventos anormais, dentro e fora dos grupos de trabalho e das organizações. Em 27 de janeiro de 2014, a tragédia de Santa Maria (RS), que matou 242 pessoas, completou um ano e não há evidências de ações estruturantes extraídas das lições aprendidas. Uma proposta é a criação de um Centro de Excelência em Prevenção, em Santa Maria, para desconstruir o círculo vicioso da falta de informação e repetição de erros e nos colocar em um ciclo virtuoso do conhecimento e boas práticas, orientado para a promoção da saúde, a prevenção de acidentes e de doenças e melhor proteção ao meio ambiente.
Newton Richa é Médico do Trabalho Professor dos Cursos de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Engenharia de Manutenção da UFRJ
21
O Mercado Americano de Básicos Como foi o comportamento do mercado no fim de 2013 Por: Judith Taylor
A
tendência dos preços de óleos básicos nos Estados Unidos, durante o segundo semestre de 2013, refletiu fortemente as condições da retraída economia doméstica e da sombria conjuntura da economia global. Os preços spot internos flutuaram em um mercado que deu um tom cauteloso aos negócios até o fim do ano. Também já era esperado que os preços de contratos dos grupos I e II ficassem estáveis durante o mês de julho, devido às crescentes vantagens econômicas (premiums) para a produção de gasóleo de vácuo (VGO), com foco em combustíveis, e às reduzidas margens dos óleos básicos. Considerando-se que as decisões de produção de óleos básicos são tomadas no nível do gerenciamento da refinaria, as comparações entre as margens desses produtos e as dos combustíveis tornam-se o ponto focal dessas decisões. A demanda norte-americana não foi geralmente considerada ruim, em 2013, e alguns até a
22
consideraram como boa, porém, com certeza, ela não mostrou nenhuma razão para se esperar qualquer aumento brusco em seu percurso. Os compradores estiveram cautelosos durante o terceiro trimestre do ano, com receio de manter estoques de produtos, mesmo com um ligeiro aumento nas compras, devido à necessidade de assegurar o abastecimento, em antecipação à temporada de furacões na costa do Golfo. Além disso, nesse período, houve uma melhora no suprimento de óleos básicos dos grupos I e II de graus de viscosidade mais baixos. Os básicos do grupo III também apresentaram uma maior disponibilidade, embora continuem a ter seu movimento de mercado atrelado a volumes contratados, sem o desenvolvimento de um mercado spot durante o ano. Até a metade do terceiro trimestre, prevaleceu um fator de indefinição no mercado, com alguns fornecedores falando em um bom ritmo de pedidos, enquanto outros admitiam certa redução nas ativida-
Indicadores de preços Petróleo West Texas Intermediate (WTI) Gás Natural Gasóleo de vácuo com baixo teor de enxofre Gasóleo de vácuo com alto teor de enxofre Óleo Combustível (3%) No.2 Diesel com baixo teor de enxofre (USG)
31 de dezembro
22 de outubro
$98.42/bbl, $2.34/gal
$97.80/bbl, $2.33/gal
$4.230/MMBtu
$3.5810/MMBtu
$114.92/bbl, $2.74/gal
$114.30/bbl, $2.72/gal
$112.92/bbl, $2.69/gal $92.00/bbl, $2.19/gal
$112.30/bbl, $2.67/gal $92.25/bbl, $2.20/gal
$123.90/bbl, $2.95/gal
$122.64/bbl, $2.92/gal
Tabela 01
des. Os preços spot dos grupos I e II recuaram com a mudança na demanda provocada pela elevação dos preços da chamada “gasolina de verão”. O valores do petróleo continuaram acima dos US$100 por barril e os “premiums” para o gasóleo de vácuo (VGO), com relação ao petróleo West Texas Intermediate – WTI, ficaram pouco acima dos US$20.00 por barril, abaixo dos valores do início do ano, estreitando cada vez mais as margens dos óleos básicos, levando os produtores a elevar seus preços de tabela. A Chevron confirmou, no dia 26 de julho, um aumento de preços de todos os graus dos seus básicos do grupo II na costa Oeste, em torno de 25 centavos por galão (cent/gal), dando o pontapé inicial a uma calorosa discussão sobre tal nível de aumento e a probabilidade de outros aumentos. A empresa deu explicações objetivas para tal aumento de preços, mas indicou que o aumento de custos do petróleo e as crescentes pressões para produção de VGO foram fatores direcionadores de tal decisão. Enquanto nenhum outro produtor de básicos parafínicos aumentou preços no fim de julho, o produtor americano de naftênicos Calumet confirmou um acréscimo de 15 centavos por galão em seus produtos, a partir de 30 de julho, alegando dificuldades de suprimento e escalada de preços do petróleo. Já a Cross Oil anunciou um aumento de 15 a 20 centavos de galão (dependendo da viscosidade) em seus óleos, a partir de agosto, quando outros produtores de naftênicos também seguiram o mesmo caminho,
quebrando um jejum de aumentos para esse tipo de produto que vigorava desde novembro de 2012. As reações para a atitude da Chevron foram bem diversas entre os produtores de básicos dos grupos I e II. Muitos concordaram que o custo do petróleo e do VGO levaram definitivamente as margens dos óleos básicos a níveis desconfortavelmente estreitos, e, enquanto alguns produtores de grupo II, ao avaliarem os preços com relação à demanda, entendiam que havia um potencial para aumento, outros preferiam a estabilidade nos preços. Enquanto isso, os produtos de melhor qualidade como o grupo II+ e o grupo III permaneciam fora das discussões sobre preços. Um dos pontos mais importantes entre os debates dos produtores de grupo I foi o equilíbrio entre a alta flutuação diária dos preços de VGO e da gasolina, já que tais fatores, aliados às apertadas margens obtidas com os óleos básicos, encorajavam os refinadores a se direcionarem para uma rota de maior craqueamento e produção de combustíveis. Como consequência, outros possíveis aumentos deveriam ser postergados, até que a Motiva confirmou um aumento em seus preços de tabela do grupo II, entre 10 a 15 centavos por galão, dependendo da viscosidade, e a ExxonMobil elevou em 15 centavos por galão os preços de todos os graus de seus básicos dos grupos I e II+, a partir de 16 de agosto. Os produtores dos básicos de grupo I aderiram à série de aumentos e, a partir de meados de agosto, os preços subiram cerca de 7 centavos por galão para os graus mais leves e 15 centavos por galão nos graus mais pesados. Além de Motiva, Chevron e Exxon, outros produtores dos grupos II, II+ e III promoveram, em agosto, aumentos de 5 a 10 centavos por galão, dependendo da viscosidade, completando o quadro de variação dos preços de tabela das empresas. Ao final de agosto, a calma prevaleceu no mercado de óleos básicos, evidenciando o fato de que os compradores haviam entrado no mercado antes da série de aumentos e tinham o sentimento de que o suprimento seria provavelmente equilibrado durante o último trimestre de 2013. Os preços do petróleo continuaram na casa dos US$100 por barril e os “premiums” do VGO, embora mais baixos, carregavam grandes incertezas. O mês de setembro trouxe estabilidade e calmaria ao mercado, após os aumentos de preços, com um ritmo padrão de demanda para os parafínicos e força 23
persistente para os naftênicos. Entretanto, a ausência de furacões no Golfo do México encorajou os compradores a reduzir seus estoques de contingência, mantendo novas compras um tanto reprimidas. Outro fator que definiu o quarto trimestre e sustentou a cautela do mercado foi o potencial efeito que provavelmente aconteceria com a entrada em operação da unidade de óleos básicos da Chevron, em Pascagoula, Mississipi (PBOP – Pascagoula Base Oil Plant), que, segundo a empresa, estaria mecanicamente completa no final de 2013 e produziria seus primeiros produtos no primeiro trimestre de 2014. Entretanto, a própria Chevron confirmou um atraso de cerca de um mês em seu cronograma. Em novembro, uma grande agitação chegou ao mercado, devido a descontos nos preços dos grupos I e II, puxando para baixo os preços spot, em cerca de 5 centavos por galão, na maioria dos graus, sendo que algumas viscosidades tiveram seus preços reduzidos em até dois dígitos, por fatores de abundância no suprimento. A tendência de descontos persistiu até o início de dezembro, com a percepção dos compra-
24
dores de que a grande oferta de produto era então um grande fator direcionador do mercado. No final de dezembro, os descontos desapareceram. Muitas fontes revelaram que vários descontos foram revogados porque o suprimento estava mais balanceado, já que os refinadores finalizavam o gerenciamento de seus inventários de fim de ano, e os fornecedores de óleos básicos decidiram segurar os níveis de preços mais firmemente. A tabela 1 mostra os indicadores de preços e as alterações entre outubro e dezembro de 2013, que também dão suporte à tendência de preços mais baixos, embora ainda exista uma incerteza com relação aos preços do petróleo.
Judith Taylor é Editora Sênior da ICIS responsável
pelo
mercado
petroquímico
incluindo óleos básicos. Especialista em dinâmica de preços e logística.
Biolubrificantes Uma tendência com grandes desafios
Artigo adaptado da Dissertação de Mestrado Profissional em Engenharia de Biocombustíveis e Petroquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – Escola de Química no programa de Pós-graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos de Rogério Manhães Soares, orientada pelos profsº Luiz Antonio d’Avila e Estevão Freire
A
base de um biolubrificante pode ser composta por óleos vegetais, como o óleo de mamona, ou por ésteres sintéticos produzidos a partir de óleos vegetais. As mais importantes funções desses produtos são as mesmas de um lubrificante mineral ou sintético, ou sejam, redução da perda de energia mecânica, redução do desgaste dos componentes sujeitos à fricção, proteção dos componentes dos equipamentos da corrosão e diminuição da temperatura de funcionamento das máquinas. Quanto à questão da relação custo/benefício, aplicações como, por exemplo, em fluidos de usinagem, fluidos hidráulicos e fluidos para transformadores têm demonstrado que os produtos de origem vegetal apresentam desem-
penho igual ou superior aos de origem mineral. Há lubrificantes de base vegetal sendo aplicados em transformadores, na construção de elevadores e em equipamentos utilizados em terrenos agrícolas e áreas fluviais. O sistema do elevador da Estátua da Liberdade é um exemplo significativo de tecnologia bem-sucedida de utilização do óleo hidráulico à base de soja nos Estados Unidos. De acordo com pesquisa realizada pela Transparency Market Research, os biolubrificantes representam uma parcela ainda muito pequena do mercado de lubrificantes, que está predominantemente presente nos Estados Unidos e na Europa. Segundo a pesquisa, a projeção é de uma evolução do mercado europeu para os próximos anos, atingin25
Mercado europeu de biolubrificantes 1000 260 210
600
160 100
400
60 200
Quantidade (Kt)
Receita (milhões USD)
800
10
0
-40 2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Ano Receita (milhões USD)
do cerca de 250 mil toneladas em 2018, produzindo uma receita em torno de US$ 800 milhões. O gráfico acima mostra essa evolução e também indica que temos atualmente um preço médio do biolubrificante da ordem de US$ 3,467 por tonelada. Aplicações Nota-se atualmente no mercado a demanda crescente por materiais biodegradáveis, menos tóxicos e de menor volatilidade, o que faz aumentar a utilização de óleos vegetais em substituição aos óleos minerais, principalmente em operações de usinagem. O processo de usinagem das peças metálicas impõe a utilização de um líquido de arrefecimento, a fim de preservar, tanto a ferramenta como o produto trabalhado, dos danos causados pelo calor gerado na operação. Se o óleo evaporar, cria-se uma névoa tóxica que pode atacar a pele, as mucosas e o sistema respiratório do operador da máquina no processo de usinagem. Os óleos vegetais de mamona, principais produtos desenvolvidos pela empresa NOTOX, apresentam solubilidade em água e em aditivos naturais, sendo 100% biodegradáveis. A utilização de produtos desse tipo apresenta, conforme já indi26
Quantidade (Kt)
cado, algumas vantagens como: aumento na vida útil das ferramentas em operação de usinagem, isenção de odores desagradáveis, melhores propriedades de proteção aos metais não ferrosos, redução nos custos do descarte do óleo lubrificante e atoxidade para os operadores envolvidos na operação. Já a tecnologia da fabricação de lubrificantes e graxas biodegradáveis à base de óleos de grãos como soja, girassol, linhaça, nabo forrageiro, mamona e pinhão manso, entre outros óleos, foi desenvolvida pela empresa VGBIO. Além disso, a empresa introduziu no mercado um óleo solúvel para corte em usinagem e óleos hidráulicos para a indústria de transformação mecânica de metais. Os biolubrificantes têm mercado em potencial também no agronegócio e vêm sendo demandados para a utilização em implementos agrícolas como tratores, colheitadeiras e plantadeiras. Outra aplicação se dá em trilhos de trem para diminuir o atrito, como a utilização, na empresa América Latina Logística (ALL), concessionária da maior rede de malha ferroviária do Brasil, das graxas de base vegetal e biodegradáveis produzidas pela VGBIO. Nesse caso, há uma vantagem ambiental específica na utilização dos biolubrificantes, pois a utilização das graxas convencionais, de origem mineral, contami-
Sistema do elevador da Estátua da Liberdade: um exemplo significativo de tecnologia bem-sucedida de utilização do óleo hidráulico à base de soja nos Estados Unidos
na o solo, podendo inclusive ser atingido o solo de reservas ambientais por onde passam essas linhas.
Tendências O lubrificante de base vegetal não substitui integralmente o óleo derivado do petróleo, pois existem aplicações em que o uso dos derivados do petróleo ainda é relevante, como, por exemplo, nos óleos de motor. O óleo vegetal não tem sido utilizado em motores de carro ainda por causa da baixa estabilidade oxidativa e de seu preço de produção, que o torna inviável onde as condições de trabalho são de alta temperatura e pressão. Mesmo com aditivação de antioxidantes, o óleo vegetal não será tão eficiente; além do mais, o processo é de lubrificação de circulação, ou seja, o tempo de armazenamento do óleo lubrificante é maior. De qualquer forma, a tendência de aplicação dos biolubrificantes é de uma considerável evolução e aponta para seu uso em ciclos abertos, em que há o contato do produto com solo e água. Como exem-
plo, têm-se as moendas de usinas de cana–de-açúcar, motosserras e trilhos ferroviários. Nas linhas de trem, se justifica também o uso do biolubrificante, pelo fato de essas aplicações estarem próximas ao solo e, no caso de chuvas, esses óleos poderem ser arrastados para o meio ambiente, inclusive em regiões de preservação ambiental. Outra tendência de aplicação é em guindastes de plataformas marítimas, a fim de evitar contaminação da água pelo óleo mineral. Devido à baixa inflamabilidade dos biolubrificantes, esses são utilizados em elevadores públicos, escadas rolantes, parques temáticos, lugares em que a aplicação de óleo lubrificante inflamável é perigosa e questionável.
Rogério
Manhães
Soares
Industrial com Mestrado
é
Químico
em Engenharia de
Biocombustíveis e Petroquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
27
O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao ano de 2013, fruto de pesquisa realizada pela Agência Virtual junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos produtores.
O mercado brasileiro de lubrificantes no ano de 2013 Mercado Total Óleos Lubrificantes 1.520.000 m3 1.486.035 m3 912.339 m3 573.696 m3
Produção Local: Automotivos: Industriais:
33.965 m3
Venda de Óleos Básicos:
Mercado Total Graxas
1.490.495 m3
Óleos Básicos: Mercado Total Produção Local: Refinarias: Rerrefino:
957.985 m3 689.215 m3 268.770 m3
Importação: Exportação:
601.555 m3 69.045 m3
Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Pesquisa Lubes em Foco
56.037 t
Obs: Os óleos de transmissão e de engrenagens estão incluídos no grupo dos industriais
* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.
Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2013/2012 por região (período jan-dez) Mil m3
Total de lubrificantes por região
Mil m3
700 Análise comparativa por produtos
2012 2013
810
630
747.442
720
629.960
711.641
2012 2013
587.134
560 490
630
420
540
350
463.868
450 416.860
360
280 210
90
45.241
0
GRAXAS (t)
180
INDUSTRIAIS
AUTOMOTIVOS
270
212.789
229.670
140
163.060 85.481
70 46.522
0
SUL
SUDESTE
Mil m3
114.549
NORTE
NORDESTE
320
350 326.548
300
CENTRO OESTE
2012 2013
290.375
2012 2013
339.585
124.970
Lubrificantes industriais por região
Lubrificantes automotivos por região
Mil m3
171.119
89.556
280
260.586
240 250
200 200
160
150 138.955
120
148.672 120.066
100
115.365
50
56.884
80 73.890
59.870
79.250
73.834
80.998 47.695
40 28.597
0
SUL
SUDESTE
NORTE
NORDESTE
CENTRO OESTE
0
SUL
SUDESTE
NORTE
1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.
28
51.053 40.659
45.720
29.686 NORDESTE
CENTRO OESTE
Mercado de Lubrificantes em 2013 (m3)
18,1%
20,5%
1,6% 1,8% 2,9%
13,7%
7,3%
9,7%
13,4% 11%
BR Ipiranga Mobil Shell Chevron Petronas Castrol YPF - Repsol Total Lubrif. outros
Mercado de Graxas 2013 (t)
7,4%
18,4%
8,7% 10,0% 17,4% 10,7% 12,5%
BR Chevron (Texaco) Ipiranga Petronas Ingrax Cosan/Mobil Shell Outros
15,0%
NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereรงo www.lubes.com.br, no item do menu SERVIร OS / MERCADO.
29
Programação de Eventos Internacionais Data
Evento
2014 Maio, 18 a 22
69th STLE Annual Meeting & Exhibition – Florida – EUA: www.stle.org/events/annual/details.aspx
Junho, 14 a 17
NLGI Annual Meeting – Florida – EUA: www.nlgi.org
Outubro, 20 a 23
SAE 2014 International Powertrain, Fuels & Lubricants Meeting – Birmingham – Inglaterra: www.sae.org/events
Nacionais Data
Evento
2014 Abril, 22 a 25
6 Feira de Fornecedores Industriais – FORIND – Recife – PE : www.forindne.com.br
Maio, 6 a 7
5º Seminário de Laboratório – Rio de Janeiro – RJ – www.seminariolaboratorio.com.br
Maio, 28 e 29
4º Encontro com o Mercado - América do Sul
Setembro, 15 a 18
Rio Oil & Gas – Rio de Janeiro – RJ – www.ibp.org.br
Setembro, 29 a
29º Congresso Brasileiro de Manutenção – Santos – SP – www.abraman.org.br
3 de outubro
Cursos Data
Evento
2014 Abril, 28 a 30
Lubrificantes e Lubrificação – São Paulo – SP : www.ibp.org.br/cursos
Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.
30
31
RESERVE A DATA!
15 a 18 de setembro de 2014 • Rio de Janeiro - Brasil
Clube de Ideias
10/12
2014 mais informações:
www.riooilgas.com.br organização e realização: