Lubes em foco 50

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Ago/Set 15 Ano VIII • nº 50 Publicação Bimestral

EM FOCO

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00050

A revista do negócio de lubrificantes

Corrosão: método da lâmina de cobre

Alteração na metodologia muda a numeração da lixa utilizada e deixa apreensivas as empresas de lubrificantes.

Flushing em sistemas hidráulicos

Cuidados e métodos de uma importante operação de limpeza.


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Editorial Nos tempos atuais, a informação faz parte da vida de cada um e, de forma indiscutível, da vida das empresas. Nesse contexto, torna-se fundamental a existência de ferramentas confiáveis e de qualidade, para um melhor acesso ao conhecimento e aos dados de mercado. As empresas buscam seus melhores posicionamentos em um mercado oscilante e uma economia desafiadora, e estar presente e visível a seus clienes e fornecedores é uma questão de sobrevivência. Dessa forma, vários segmentos de mercado desenvolveram suas ferramentas de busca, catálogos e guias, sempre procurando a melhor forma de auxiliar as empresas em sua árdua tarefa de se manterem saudáveis, em um ambiente cada vez mais competitivo. O mercado brasileiro de lubrificantes não possui ainda uma ferramenta específica para esse auxílio, e suas particularidades restringem a aplicação pura e simples de um padrão já consagrado em outras atividades. Torna-se então, necessária uma associação de conhecimento do segmento de óleos e graxas, considerando toda a sua cadeia produtiva, com uma competência especializada para a elaboração de um banco de dados eficiente e específico, e também com um veículo de mídia abrangente, isento e focado no setor. Ao compreender essa necessidade do mercado e também suas dificuldades e suas oportunidades, a equipe da Editora Onze, produtora da revista Lubes em Foco, aceitou esse desafio, e pôs mãos a obra, elaborando um projeto e executando seu desenvolvimento com a precisão e o carinho que sempre norteou suas ações voltadas ao mercado de lubrificantes, aditivos e serviços. Foi um longo caminho percorrido, através de subsegmentos e suas ramificações, bem como dos interesses específicos e da melhor forma de apresentação de resultados. Em muito breve, todos os agentes do mercado brasileiro, e muitos também do mercado internacional poderão sentir o apoio e a eficácia de um veículo de mídia especializado, que emergiu de dentro do próprio segmento, com profissionais com uma vida inteira dedicada aos lubrificantes e seus serviços. Temos a certeza de que produtores de óleos e graxas, distribuidores, importadores, rerrefinadores, fabricantes de aditivos, fabricantes de equipamentos, prestadores e serviços de lubrificação e serviços de enchimento, fabricantes de rótulos e embalagens, transportadores, consultores especializados, órgãos de governo, e, de uma forma geral, toda a indústria de todos os estados do Brasil, possuirão a melhor ferramenta de busca e o melhor veículo para sua visibilidade e realização de bons negócios. O GNLubes e o Portal Lubes estão chegando para atender a todos e preencher essa incômoda lacuna em nosso mercado. Os Editores

Publicado por: EDITORA ONZE LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 - parte CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69

Editor Chefe Pedro Nelson A. Belmiro Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni

Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.

Capa Antônio Luiz Souza Machado da Cunha

Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br

Redação Tatiana Fontenelle

Tiragem 4.000 exemplares

Layout e Editoração Antônio Luiz Souza Machado da Cunha Revisão Angela Belmiro

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br

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Sumário 6

Será o GTL um game changer?

A segunda parte do artigo escrito por especialista internacional, sobre a influência dessa nova tecnologia no mercado.

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Laboratório de lubrificantes

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Laboratório de lubrificantes

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Flushing em sistemas hidráulicos.

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Corrosão: método da lâmina de cobre

Especialista mostra como colocar em prática a melhoria contínua da qualidade é um desafio diário.

Especialista mostra como colocar em prática a melhoria contínua da qualidade é um desafio diário.

Os cuidados e os métodos utilizados nessa importante operação de limpesa de sistemas de lubrificação. ASTM muda a indicação do número da lixa utilizado no método e causa preocupação no mercado.

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A importância do uso de corantes e marcadores

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Programação de Eventos

Tecnologias que permitem criar uma relação visual, tecnológica ou única, para produtos.

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Será o GTL um

Game Changer? Parte 2: O papel do GTL na Indústria do Óleo Básico Por: Dr. H. Ernest Henderson

N

a primeira parte deste artigo, na edição anterior, falamos sobre a história e os eventos que mudaram a indústria de óleos básicos no mundo. Utilizamos o termo em inglês game changer para traduzir a ideia de um fator introduzido recentemente, que altera uma situação ou atividade existente de uma forma significativa, e agora discutiremos o potencial papel dos óleos básicos produzidos a partir da tecnologia GTL para a indústria de lubrificantes. Já está bem conhecida a necessidade de melhorar a qualidade dos óleos básicos para satisfazer os requisitos de desempenho do mercado

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global de lubrificantes. Isso irá variar conforme a região, em termos de implementação; no entanto, os temas permanecem consistentes, incluindo a economia de combustível, tanto para veículos novos como para usados; redução das emissões por meio da utilização de lubrificantes com menor volatilidade; e maior durabilidade. Esses requisitos de desempenho podem ser focados a partir de uma perspectiva dos óleos básicos, por meio da melhoria da estabilidade e da flexibilidade. Óleos básicos tradicionais produzidos a partir de refino por solventes ou de técnicas de separação, ou seja, os óleos do Grupo I, são


formados por muitas estruturas químicas, incluindo compostos saturados, naftênicos e aromáticos. Os produtos químicos mais desejáveis e estáveis são os componentes saturados, ou isoparafinas, pois têm excelentes níveis de índice de viscosidade, que lhes permitem funcionar de forma eficaz, tanto em condições de altas como baixas temperaturas. O desempenho a baixas temperaturas das isoparafinas é aumentado quando os métodos de desparafinação catalítica são utilizados no processo de fabricação, ao passo que a estabilidade à oxidação pode ser otimizada quando se adiciona uma pequena quantidade de um antioxidante comercial. Isoparafinas têm excelentes propriedades de volatilidade devido ao seu alto índice de viscosidade e ao ponto de ebulição médio, este último determinado por cromatografia gasosa. A estrutura química das isoparafinas também é resistente à decomposição a temperaturas elevadas, e essa estabilidade química proporciona vantagens toxicológicas com relação aos compostos aromáticos, que são propensos à rápida decomposição em um ambiente operacional, como a zona de combustão do motor, criando verniz, lamas e depósitos. O hidroprocessamento, ou tecnologia de conversão, conforme definido pela norma API 1509 para as categorias do Grupo II e do Grupo III, cria isoparafinas. A inclusão de ceras como matériaprima suplementar pode aumentar ainda mais o percentual de isoparafinas, uma vez que possui composição semelhante, requerendo apenas a adição de cadeias laterais, que melhoraram a fluidez sob condições de baixas temperaturas, o que é conseguido na etapa de hidrodesparafinação. No entanto, o hidroprocessamento não é a melhor solução para se produzirem teores máximos de isoparafina. Síntese é a resposta! As polialfaolefinas (PAO), ou API Grupo IV, são consideradas como referência da indústria para maximizar a produção de isoparafinas, uma vez que seu processo promove ligações entre moléculas de deceno de cadeia linear (cadeias de 10 átomos de carbono ou C10), ou de dodeceno (cadeias de átomos 12 carbonos ou C12), para criar uma estrutura complexa ramificada ou isoparafínica, que não contém anéis aromáticos ou naftênicos. Uma opção para o processo de fabricação de PAO é a utilização de tecnologia GTL, na qual um gás

de síntese, contendo um único átomo de carbono, é ligado a outros átomos de carbono em um reator de Fisher-Tropsch. A tecnologia GTL tem quase 90 anos de idade e foi recentemente comercializada pela Shell no Oriente Médio, com foco em lubrificantes. O comprimento da cadeia de carbono do produto final dependerá da etapa Fisher-Tropsch, que poderá atingir prontamente comprimentos de cadeia na faixa de C20 a C50. Essas moléculas de parafina normal ou N-parafina podem ser modificadas para isoparafinas, por meio da adição de cadeias laterais na molécula principal da cera, utilizandose tecnologias comerciais de hidrodesparafinação que são atualmente utilizadas para a produção de óleos básicos dos grupos II e III. Comparação entre propriedades dos básicos GTL e Group III(1) Propriedades

GTL-5

4.5 Visc. Cin. @ 100 ºC, cSt 144 I.V. -21 Ponto de Fluidez, ºC CCS@ - 25oC, cP 816 (639)(3) Noack, wt% 7,8

Faixa industrial

Fluido Ideal (O melhor da indústria)

min 4.0

máx 5.0

120 -24 729 10,4

141 Acima de 141 -12 Abaixo de -24 2239 Abaixo de 729 14,8 Abaixo de 10,4

(2)

Composição, %massa Alcanos Monocicloparafinas Polcicloparafinas Aromáticos Base de amostras

100 0,0 0,0 0,0 -

47,3 18,7 5,3 0.0 17

80,9 Acima de 80,9 28,8 Acima de 28,8(4) 22,2 Abaixo de 5,3 1,2 0,0 17 -

(1) Fonte: Henderson, ICIS 2002 (2) CCS e Noack são melhores para avaliação da qualidade do que a Viscosidade Cinemática (3) Viscosidade CCS prevista para uma visc. cin. equivalente ao melhor da indústria. (4) Alcanos (isoparafinas) são preferíveis às Monocicloparafinas Tabela 1

Os óleos básicos produzidos a partir da tecnologia GTL têm sido analisados e testados em produtos automotivos e industriais por várias décadas, e os resultados têm sido excelentes. Esses óleos também foram comparados com as bases PAO com resultados animadores. Um trabalho previamente relatado pelo autor, com resultados apresentados na Tabela 1, mostrou que um óleo 7


básico GTL pode apresentar melhores propriedades químicas e físicas do que as observadas para o Grupo III que estavam comercialmente disponíveis quando a análise foi efetuada. Um trabalho mais recente mostrou que a relação entre a volatilidade Noack e a viscosidade CCS (Cold Crank Simulator) à baixa temperatura para óleos básicos GTL é melhor do que as apresentadas pelos grupos III e III+ (figura 1) e que se aproxima da PAO. Isso é muito importante para a formulação dos menores graus SAE de óleos de motor, incluindo os recém-lançados 0W-16 e 5W16, porque a melhoria na viscometria é essencial na busca de soluções para o desafio global da economia de combustível.

10000 Group II+ Group II+ Group III+ Group III+ Expon. (Group II+) Expon. (Group III+) Expon. (Group III) Expon. (GTL)

CCS @ -30ºC, cP

8000 6000 4000 2000 0 0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

Noack Volatility, wt% Figura 1 - O GTL proporciona melhoria direcionada à relação CCS-Noack

Muitos novos produtos automotivos, industriais e especiais foram introduzidos nos últimos anos tendo o gás natural como matéria-prima. Esses produtos aumentam os benefícios de desempenho de alguns equipamentos introduzidos pelos OEMs (fabricantes de equipamentos originais) como solução potencial para suas respectivas necessidades de desempenho. Então, surge a pergunta: O GTL é um game changer? Estaremos diante de uma virada de jogo? O júri ainda está deliberando, por uma série de razões. Atualmente, existe apenas um produtor de óleos básicos a partir de GTL, que tem, essencialmente, excluído suas vendas do mercado comercial, o 8

que limita o acesso a esses óleos básicos. Isso vai mudar, no entanto, quando as instalações adicionais para a produção de básicos GTL forem introduzidas, proporcionando uma utilização mais ampla desses produtos no mercado. Os óleos básicos GTL são altamente isoparafínicos e tecnicamente diferentes dos óleos mais tradicionais de grupos III e III+ produzidos a partir de hidrocraqueamento ou de óleo não convertido, com ou sem a utilização de cera como matéria-prima suplementar. Eles também representam um impulso continuado na direção da qualidade e consistência química das PAOs, o que é importante para uma indústria de lubrificantes em constante mudança, impulsionada por padrões de desempenho cada vez mais elevados. Também são produzidos a partir de um único átomo de carbono, cumprindo assim a verdadeira definição técnica do termo “sintético”, em que é necessário um aumento da viscosidade como parte do processo de fabricação. Isso também se aplica às PAOs. O gás natural é uma fonte de energia do futuro, que irá complementar a oferta de petróleo, à medida que ela diminui gradualmente. Em muitas regiões do mundo, a descoberta de gás de xisto tem reforçado a importância do gás natural como fonte de energia e matéria-prima estratégica para a produção de óleos básicos de alta qualidade, tanto em escala macro como micro. Vários projetos GTL de pequena escala já foram anunciados, embora muitos deles ainda permaneçam suspensos, devido à redução atual dos preços globais do petróleo bruto. No entanto, alguns desses projetos continuam a avançar com a opção de produzir óleos básicos de qualidade superior, ceras, combustível diesel de alto cetano e outros produtos.

Dr. Harry Ernest Henderson é o presidente da K & E Petroleum Consulting LLC e consultor internacional para óleos básicos e GTL, incluindo fabricação, aplicação e cadeia de suprimentos.


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Por que anunciar em tempos de crise? Sumir da mídia com certeza não é a solução mais recomendável. Artigo reproduzido da revista Siderurgia Brasil

Por: Henrique Pátria

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uando os negócios estão em baixa fica sempre a dúvida no setor de marketing das empresas ou, na inexistência deste, nas diretorias comerciais ou ainda no dono do negócio, o que deve ser feito para manter a empresa em evidência porque neste momento a primeira atitude é parar tudo. Há vários comportamentos conhecidos, mas o mais tradicional é o do chamado “pé no freio”, onde tudo é suspenso e tudo deixa de ser feito em nome da economia que, julga-se, seja necessária neste momento. Quase sempre esta não é a melhor atitude, pois não se está agindo de forma racional e deixamos nos levar somente pelo emocional que domina nossos sentimentos neste momento que vivemos. Não há nenhuma dúvida de que a quebra no bom andamento dos negócios deixa os gestores abalados, pois começam a surgir os problemas com capital de giro, fluxo de caixa e com a própria rentabilidade do negócio. Como sabemos e, por experiência própria, a propaganda é a primeira a ser cortada porque, a não ser

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nas vendas para o varejo, quando a relação entre o vendedor e o comprador são diretas e atuam uma em função da outra, as relações de causa e efeito na publicidade tradicional só aparecem a longo prazo. Há todo um processo de divulgação e fixação da marca, dos produtos e dos serviços prestados. Então, para dar o exemplo, a primeira atitude é a de que se faça qualquer economia, a qualquer custo, mas se essas medidas são tomadas sem qualquer critério técnico o feitiço pode voltar-se contra o feiticeiro. Explicando melhor: A empresa “some” do mercado e, a não ser os seus clientes mais antigos que já mantêm uma certa relação com ela, os demais potenciais clientes deixam de considerá-la para efeitos de negócios futuros. Além disso, os concorrentes que têm um comportamento parecido, porém um pouco mais racional, ou seja, realinham seus investimentos mirando as principais oportunidades, ocupam o espaço vazio deixado e abocanham os novos negócios que estão surgindo. Em nossa relação pessoal, soubemos de uma empresa que sumiu da mídia e quando voltou a fazer um anúncio recebeu ligações de antigos clien-


tes indagando se ela não tinha quebrado, pois havia “sumido” totalmente de circulação e eles não ouviram mais falar dela. Há um ditado antigo que diz que “ Nos momentos de crise é que surgem os melhores negócios ”. Este ditado tem razão de ser por alguns motivos especiais que enumeramos: • O desenvolvimento de novos produtos – Usando do equipamento, da mão de obra e das matérias que já estão na casa com pequenas alterações descobre-se alguns produtos derivados e os acrescentamos ao nosso portfólio. • A abertura de novos nichos – Há alguns mercados que ainda não exploramos, quase sempre porque nossa rentabilidade está boa e mal conseguimos atender aos pedidos que já preenchem totalmente nossa grade de produção normal. É hora de voltar-se para estas novas oportunidades. • A busca de novos clientes – Já temos uma carteira tradicional com bons clientes, fiéis e bons pagadores e por isso nos descuidamos de abrir nosso leque. Vamos atrás deles. • A tomada de espaços no mercado – Como dissemos, há muita gente que se encolheu e não consegue colocar o “olho” para fora da porta. É hora de pesquisar e conquistar estes espaços vazios. • Os novos negócios – Todos os dias surgem novas demandas. Há menos de dois anos não havia espaço para muitos produtos que hoje estão em alta. É só olhar à sua volta e verá imensos prédios revestidos de aço inox e vidros que não existiam há dois anos.

E a relação com a mídia? Por tudo isto é preciso contar a todos a suas novas investidas. Por exemplo, de nada adianta investir milhares de reais na obtenção da certificação da ISO se os interessados que são os seus clientes e o mercado não forem comunicados desta conquista. É preciso divulgar. A propaganda continua sendo a forma mais fácil de se mostrar ao mercado e dizer a todo o momento que você está forte e confiante, pois já passamos por recessões muito piores e, certamente, novos e importantes momentos estão chegando para a sua empresa. Há inúmeros estudos a respeito do tema e o mais recente que tomamos conhecimento foi elaborado pela consultoria McKinsey, em conjunto com a London Business School e pelo consultor Tony Hiller, e divulgadas pelo Portal Exame. Conclui que as companhias que aumentaram a sua despesa com publicidade em marketing em períodos de crise econômica tiveram aumento nos lucros quando a economia se reaqueceu e ganharam espaço no mercado. Já as empresas que cortaram verbas publicitárias levaram mais tempo para se recuperar. Portanto, é o momento de planejar melhor suas aparições, definindo os melhores veículos e os momentos que são os mais importantes dentro do universo que você quer atingir. Mas não deixe de aparecer, pois isto vai fazer a diferença em seu negócio.

Henrique Pátria é editor e jornalista da revista Siderurgia Brasil

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Laboratório de Lubrificantes: Novos Desafios

O

mercado de lubrificantes é direcionado pelas demandas tecnológicas de OEMs, pelos níveis mínimos de desempenho definido pelos órgãos regulamentadores, bem como pela severidade da aplicação (tipo de combustível, condições das estradas etc). Nesse sentido, a indústria de lubrificantes deve estar cada vez mais atenta à velocidade de surgimento dessas demandas, bem como à maior oferta de óleos básicos de diferentes grupos e tecnologias de

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Por: Roberta Miranda Teixeira, Cintia de Holleben e Laila Cortas

Figura 1: Centro de Tecnologia Aplicada e seus diversos ensaios físicoquímicos


e/ou melhorias de produtos e processos e, portanto, a tomada de ações. Laboratório X Melhoria Contínua

Figura 2: Cromatografia Gasosa

Figura 3: Analisador Elementar de C, H, N, S.

aditivos. Para suportar todos esses desafios, um laboratório de lubrificantes com pessoal de alta capacitação e equipamentos de ponta passa a ser um diferencial nessa indústria. Há pouco tempo atrás, tinha-se um laboratório de lubrificantes “convencional”, em que a principal atividade era a realização de análises de controle da qualidade garantindo o atendimento às especificações. Com um cenário completamente novo e cada vez mais competitivo, entende-se que áreas como P&D de produtos e assistência técnica ao cliente são fundamentais para se manter nesse mercado. O acompanhamento do ciclo do lubrificante, ou seja, desde a sua matéria-prima até a sua aplicação, promove a identificação de deficiências

Hoje a melhoria contínua em um laboratório de lubrificantes é um grande pilar indicador da competitividade, que está baseado na confiabilidade dos resultados gerados e na credibilidade frente aos clientes. O laboratório que investe em capacitação de seus profissionais, em tecnologia e faz uso de metodologias reconhecidas estabelece confiabilidade. Quando o laboratório participa de programas em que sua proficiência é avaliada, quando seus clientes estão satisfeitos e, ainda, sua estrutura possui uma certificação e/ou acreditação, ele garante sua credibilidade e é capaz de assumir um papel importante em relação às tendências do mercado de lubrificantes. Laboratório e sua Gestão da Qualidade Colocar em prática a melhoria contínua no laboratório é um desafio diário, aumentando a importância de um sistema de gestão da qualidade bem implementado e apropriado. O sistema de gestão da qualidade pode ser formatado de acordo com padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente, desde os mais abrangentes, como a ISO 9001, até mais os mais específicos, como a ISO/IEC 17025. Podemos dizer que, atualmente, em se tratando de laboratório, ter um sistema de gestão da 13


Figura 4: Determinação da Filtrabilidade do diesel (IP 387 / ASTM D2068).

Figura 5: PDSC: Calorimetria Diferencial Exploratória Pressurizada

qualidade certificado na ISO 9001 não é mais um diferencial. Um dos maiores desafios é a busca da acreditação na norma NBR ISO/IEC 17025, que atesta a competência laboratorial internacionalmente. Possuir esse selo, significa dizer que os ensaios realizados naquele laboratório possuem, além de qualidade, o reconhecimento por instituições de outros países.

Ensaios de Lubrificantes Seguindo o contexto de confiabilidade, os serviços oferecidos por um laboratório de lubrificantes devem ser baseados em metodologias reconhecidas precedidas ou não por resoluções e/ ou especificações. Cada metodologia irá especificar faixas de trabalho ou limites, assim como o tipo de equipamento a ser utilizado. Quanto mais complexo o ensaio, mais robusto será o equipamento. É importante avaliar o tipo de matriz ensaiada para identificar quais parâmetros devem ser considerados. A matriz Lubrificante é tão extensa, que pode ser dividida em duas, pois existem ensaios específicos tanto para óleos novos quanto para os usados. Para os óleos lubrificantes novos, destacam-se os ensaios de desempenho, enquanto que, para os óleos lubrificantes usados, destacam-se ensaios que sinalizam a contaminação por metais, diluição por combustível, oxidação, presença de água etc. Aqui devemos considerar também o desenvolvimento de novas metodologias do laboratório, que podem, inclusive, ser sugeridas aos órgãos normativos e disponibilizadas para todo o mercado. Atendimento ao cliente O cliente, seja ele interno ou externo, é uma ótima ferramenta para “medir” qualidade dos serviços. Por isso, o laboratório deve promover essa interação.

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Um laboratório que tem um processo de melhoria contínua já consolidado é suficientemente capaz de atender a esses requisitos e oferecer serviço de análise. O que vem pela frente?

Figura 6: Espectrometria de emissão ótica com plasma acoplado indutivamente (ICP OES) – análise de elementos.

Acreditamos que ninguém pensa diferente em relação à resposta a esta pergunta, considerando a necessidade de investimento em: Tecnologia; Capacitação; Inovação. Todos esses desafios, exigem um laboratório de lubrificantes com pessoal de alta capacitação e equipamentos de ponta.

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Roberta Miranda Teixeira é Gerente do Departamento Tecnico de Lubrificantes e Combustiveis da Ipiranga. Cintia de Holleben e Laila Cortas são químicas do Centro de Tecnologia da Ipiranga.

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Flushing em Sistemas Hidráulicos Método de limpeza também utilizado em turbinas a vapor, hidráulicas e a gás natural Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

O

processo de flushing em sistemas hidráulicos e de lubrificação de turbinas a vapor, hidráulicas e gás natural geralmente é realizado quando se deseja a mudança de fluido de base mineral para fluido sintético, ou entre fluidos minerais ou sintéticos de diferentes fornecedores. Efetuam-se, também, operações de flushing em sistemas hidráulicos ou de lubrificação, com vistas à remoção de vernizes e borras que se formam devido ao processo de oxidação, contamina-

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ção por umidade e degradação térmica do óleo lubrificante, que, com o tempo, passa a interferir no sistema na modulação do equipamento, ou quando da entrada em operação pela primeira vez dos citados equipamentos para a remoção de resíduos sólidos e oleosos, carepas, fragmentos de solda etc. que não puderam ser removidos durante o processo de montagem. O uso de óleo diesel, ácidos de limpeza, acetona, tetracloroetileno, entre outros, é arriscado, visto que causa problemas aos retentores e o-rings de nitrilo, neoprene, poliuretano, EPDM (etileno-propileno), silicone etc. Portanto, conforme o tipo de retentores ou o-rings utilizados no sistema hidráulico ou de lubrificação de turbinas a vapor, hidráulicas e gás natural, os citados solventes podem ressecá-los ou inchá-los com consequente vazamento de óleo lubrificante. A limpeza mecânica é o método de flushing mais comum realizado quando se necessita dessa operação. Porém, nem sempre será possível efetuar uma desmontagem completa do sistema hidráulico ou de lubrificação em turbinas a vapor, hidráulicas e a gás natural, para que se possa efetuar limpeza química e mecânica de cada componente.


Desenvolvimento Seguem, abaixo, alguns procedimentos básicos para que o processo de flushing possa ser minimamente efetivo: 1 - À temperatura de operação, drene completamente o óleo lubrificante do sistema, prestando bastante atenção ao reservatório de óleo lubrificante, a linhas de alimentação de fluido, cilindros, acumuladores, carcaça de filtros e qualquer área em que possa ocorrer acúmulo de óleo lubrificante. Aproveite para substituir os filtros de óleo lubrificante. 2 - Utilizando retalhos sem fibras, limpe completamente o reservatório de óleo lubrificante remo-

vendo toda a borra depositada. Continue o processo até que todo o revestimento ou pintura interna amolecida ou macia tenham sido removidos. 3 - Efetue o flushing do sistema utilizando como fluido de flushing, óleo lubrificante similar

mecânicos. O fluido de flushing deve ser filtrado, e a operação de flushing deve continuar até que se alcance nível de limpeza segundo o Código de Contaminação de Partículas Sólidas ISO, pelo menos uma classe acima da planejada. Por exemplo, se o nível de limpeza objetivado era 15/13/11, deve-se continuar o flushing até que o nível de limpeza 14/12/10 seja atingido. 4 - Drene o fluido de flushing enquanto estiver quente e tão rapidamente quanto possível. Limpe o

reservatório de óleo lubrificante novamente, segundo o procedimento anteriormente sugerido. 5 - Efetue o enchimento do reservatório de óleo lubrificante com o óleo lubrificante a ser utilizado a 75% do volume máximo. Purgue a bomba hidráulica e se houver válvula de alívio de pressão ou válvula de by-pass, deve-se abri-la totalmente. A bomba hidráulica deve operar por 15 segundos, devendo-se, então, paralisá-la e deixá-la inativa por 15 segundos. Este procedimento deve ser repetido algumas vezes para que ela seja totalmente escorvada.

ao utilizado, mas com grau de viscosidade pouco menor. Número de Reynolds entre 2000 e 4000 deve ser atingido para que possa haver turbulência suficiente de forma a remover partículas e depósitos nas linhas de óleo lubrificante. Golpes (aberturas e fechamentos bruscos) de válvulas garantem flushing adequado nesses elementos 17


6 - Funcione a bomba hidráulica por 1 minuto com a válvula de alívio de pressão ou válvula de by-pass aberta. Pare a bomba hidráulica e deixe-a inativa por 1 minuto. Feche a válvula de by-pass e deixe a bomba hidráulica operar com carga por não mais que 5 minutos. Permita que a válvula de alívio de pressão seja acionada para confirmar que ela, também, passou pela operação de flushing. Não permita que os atuadores entrem em operação, desta vez. Pare o sistema e deixe a bomba hidráulica inativa por 5 minutos.

7 - Parta a bomba hidráulica e opere os atuadores um por vez, permitindo que o óleo lubrificante retorne ao reservatório antes de se movimentar o próximo atuador. Depois de ser acionado o último atuador, paralise o sistema e fique atento ao nível de óleo lubrificante no reservatório. Se o nível de fluido cair abaixo de 25%, adicione fluido até 50% do recomendado. 8 - Reponha o óleo lubrificante até que o nível atinja 75% do recomendado e opere o sistema a intervalos de 5 minutos. A cada paralisação, efetue a purga de ar do sistema e verifique se não há ruídos no sistema, o que indicaria cavitação da bomba hidráulica. 18

9 - Opere o sistema por 30 minutos, para que seja atingida a temperatura normal de operação do óleo lubrificante. Paralise o sistema e substitua os filtros de óleo lubrificante. Inspecione o reservatório de óleo lubrificante por sinais de contaminação cruzada e, havendo qualquer indício de contaminação cruzada, drene o reservatório e repita a operação de flushing.

10 - Após seis horas de operação, paralise o sistema, substitua os filtros e efetue amostragem do óleo lubrificante para análise. 11 - A frequência de amostragem e análise do óleo lubrificante pode ser diminuída até que os resultados indiquem que a operação de flushing foi bem sucedida. Métodos de flushing Existem muitas maneiras de se realizar flushing em sistemas hidráulicos ou de lubrificação em turbinas a vapor, hidráulicas e gás natural, devendo-se combinar os métodos de flushing com as necessidades e condições. Segue, abaixo, descrição sumária de alguns métodos de flushing: Processo de separação ou filtração: Operação de remoção de contaminantes ou suspensões inso-


lúveis por tecnologias de separação ou filtração a taxas normais de escoamento.

Processo utilizando óleo de baixa viscosidade com alta turbulência e alta velocidade do fluido de flushing: O flushing é assegurado pelas condições de alta turbulência por meio da diminuição da viscosidade do fluido de flushing e aumento da velocidade do fluxo turbulento.

Processo empregando fluido de flushing a elevadas temperaturas: A elevação da temperatura reduz a viscosidade do fluido de flushing e aumenta o seu poder de solvência. Temperaturas na faixa de 80ºC a 90ºC são as mais usualmente utilizadas, e essa elevação de temperatura pode ser realizada com o uso de termofiltros. Fluxo de fluido de flushing com ciclos de temperatura: A utilização de trocador de calor e sistema de arrefecimento para alternar a temperatura do fluido de flushing durante o escoamento no intervalo de 40ºC ajudará a desalojar depósitos superficiais incrustados. Escoamento pulsante do fluido de flushing: Mudanças bruscas na velocidade de escoamento do fluido de flushing por meio de pulsação são de auxílio no desalojamento de contaminantes em cantos e frestas.

Marteletes e vibradores pneumáticos: São utilizados para desalojar resíduos amolecidos em paredes de tubulações e conexões. Borbulhamento do fluido de flushing: Ar ou nitrogênio é borbulhado no fluido de flushing para melhorar a efetividade da limpeza Mudança na direção do escoamento do fluido de flushing: Por mudar a direção do escoamento do fluido de flushing, com a de instalação de válvulas, alguns contaminantes e depósitos superficiais podem ser desalojados e escoados para longe. Vareta no auxílio ao flushing: Utilizamse varetas para auxílio no flushing de cárteres úmidos, redutores de velocidade e reservatórios com comportas ou bocas de visita. Uma vareta presa a uma extremidade da mangueira de flushing pode ser utilizada para dirigir o fluxo de alta velocidade do fluido de flushing a depósitos amolecidos, ou para extrair sedimentos de fundo.

19


Separadores (eletrostáticos) de partículas carregadas: Separadores eletrostáticos têm mostrado sucesso na remoção de partículas submicrônicas e vernizes macios nas superfícies metálicas, que contribuem, se não removidos, para a formação de vernizes endurecidos e fortemente adesivos.

e solventes químicos, para remover depósitos endurecidos firmemente aderidos às superfícies metálicas.

Conclusão Alguns depósitos fortemente aderidos podem exigir técnicas mais agressivas que, somente, o uso de elevada velocidade do fluido de flushing, de modo que se deve harmonizar a técnica de com a estratégia, de forma a se tentar resolver o problema existente. Uma vez entendido o problema que há no equipamento a ser limpo é que se deve selecionar a tática de flushing apropriada para uma solução completa do problema. Mesmo após a operação, muito cuidado deve ser tomado antes de se encher, novamente, o reservatório de óleo lubrificante, tendo-se a certeza de que ele se encontra o mais limpo possível. Mesmo com uma operação de flushing muito bem realizada, não é improvável que seja necessária uma nova drenagem do óleo lubrificante após algum tempo, em face de contaminação ainda remanescente no sistema. Utilização de fluido de flushing solvente/detergente: Vários solventes e detergentes, tais como álcoois minerais, óleo diesel, óleos lubrificantes para uso em motor de combustão interna e pacotes detergentes/dispersantes, têm sido utilizados com diferentes graus de sucesso, mas com as devidas precauções em relação aos retentores e o-rings. Limpeza química: Utiliza-se, neste processo, compostos quimicamente ativos, tipicamente cáusticos ou ácidos na pulverização, com vistas à remoção de borras orgânicas e depósitos de óxidos.

Limpeza mecânica: Este método envolve a utilização de espátula, escovas de aço e nylon, abrasivos 20

A nova carga de óleo lubrificante necessitará de monitoramento contínuo por certo tempo, até que se tenha a certeza de que a operação de flushing foi bem sucedida. Cuidados constantes garantirão sistemas hidráulicos ou de lubrificação de turbinas a vapor, hidráulicas ou gás natural em boas condições de operação e operando por longo tempo sem anormalidades.

Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação da Petrobras Distribuidora S.A.


Método De Corrosividade Ao Cobre

Impactos das alterações nas metodologias e especificações Por: lol

P

etróleos crus possuem compostos de enxofre que não são necessariamente retirados completamente no processo de refino. Alguns desses compostos podem apresentar ação corrosiva, independente do teor de enxofre total presente no produto avaliado.

Figura-1 Padrão ASTM de Corrosividade de lâmina ao Cobre

O objetivo do método de corrosividade ao cobre é detectar a presença de compostos de enxofre que provocam ataque ao cobre, na avaliação relativa dessa propriedade em derivados de petróleo. O método consiste em expor uma lâmina de cobre de alto grau de pureza, com dimensões especificadas e devidamente polidas, ao derivado que se deseja avaliar por tempo e temperaturas determinados. Ao final do ensaio, a lâmina é limpa com solvente, e a sua aparência comparada com o padrão ASTM de corrosividade de lâmina de cobre, que indica o grau de corrosão, conforme a Figura 1. O método de corrosão ao cobre também é utilizado para avaliar alguns tipos de aditivos de extrema pressão à base de enxofre e fósforo. Devido à sua função, esses aditivos efetivamente reagem com a superfície metálica em condições de lubrificação limítrofe, quando não há mais filme lubrificante. 21


temperatura variam de acordo com o produto ASTM D130- Palha de aço ou lixa de Lixa de carbureto de Grãos de carbureto de silício em questão: no caso 2004 carbureto de silício silício 65 µm (grau 240) de 105 µm (150 mesh) de lubrificantes, adotagrau 00 se o ensaio por três ASTM D130 - Palha de aço ou lixa de Lixa de carbureto de Grãos de carbureto de silício horas a 100°C. 2010 carbureto de silício silício 65 µm (grau 220 de 105 µm (grau 120 a 150 Os métodos que grau 00 CAMI ou P220 FEPA) CAMI ou P120 a P150 FEPA) descrevem a execução ABNT NBR Granulometria necessária Lixa de carbureto de Pó de carbureto de silício deste ensaio são: as 14359:2006 silício de 65 µm 105 µm (150 mesh) para remover todas as normas ABNT NBR manchas da (lixa 240) 14359 - Produtos de lâmina de cobre petróleo e biodiesel ABNT NBR Granulometria necessária Lixa de carbureto de Pó de carbureto de silício — Determinação da 14359:2013 para remover todas as silício de 65 µm 105 µm (150 mesh) corrosividade — Método manchas da (lixa 220) da lâmina de cobre; e lâmina de cobre a norma ASTM D130 Tabela 1: Descrição dos tipos de lixas indicadas nas normas Standard Test Method for O produto dessa reação gera uma superfície Corrosiveness to Copper from Petroleum Products by friável que facilita o deslizamento das peças em Copper Strip Test. O material necessário para a realização desse movimento, reduzindo o desgaste. Esse tipo de aditivo é muito utilizado em formulações de lubrificantes para método consiste na bomba, tubo de vidro e lâmina de cobre, conforme Figura 2, e banho termostático adeengrenagens, tanto automotivas como industriais. Cabe ressaltar que o método de corrosividade quado à temperatura indicada para o teste. A descrição ao cobre consta em especificações nacionais e da metodologia é similar nos dois padrões, e eles são internacionais, tanto para lubrificantes quanto considerados equivalentes. O preparo da lâmina consiste em retirar qualpara combustíveis. As condições de tempo e quer resquício de corrosão proveniente de ensaios anteriores com o uso de lixas. Na Tabela 1 são descritos os tipos de lixas indicadas nas últimas versões de cada uma das normas. O acabamento é feito com uma lixa com maior tamanho de partículas para produzir asperezas na superfície do cobre, que atuam como sítios para início das reações de corrosão. Analisando as duas últimas revisões dessas duas normas, especificamente no item referente aos tipos de lixa utilizados no preparo da superfície da lâmina, verifica-se que, na versão de 2010 do ASTM D130 e na versão de 2013 da ABNT NBR 14359, houve uma alteração na descrição da lixa para a finalização em relação à Figura 2 - Bomba, tubo de vidro e lâmina de cobre Preparo inicial

22

Finalização

Acabamento


Macrogrits Grit designation

Microgrits

Mean Diameter in µm

P 12 P 16 P 20 P 24 P 30 P 36 P 40 P 50 P 60 P 80 P 100 P 120 P 150 P 180 P 220

1815 1324 1000 764 642 538 425 336 269 201 162 125 100 82 68

Grit designation P 240 P 280 P 320 P 360 P 400 P 500 P 600 P 800 P 1000 P 1200 P 1500 P 2000 P 2500

Mean grain size Ds50 - value in µm 58.5 ± 2 52.2 ± 2 46.2 ± 1.5 40.5 ± 1.5 35.0 ± 1.5 30.2 ± 1.5 25.9 ± 1 21.8 ± 1 18.3 ± 1 15.3 ± 1 12.6 ± 1 10.3 ± 0.9 8.4 ± 0.5

Tabela 2 – Tabela de Granulometria das Lixas – FEPA

versão anterior. Apesar de manter a lixa com mesmo tamanho de grão de 65 µm, o grau foi alterado de 240 para 220. Na Tabela 2 (Federation of European Producers of Abrasives - FEPA, em http://www. f e p a - a b r a s i v e s . o r g / A b r a s i v e p ro d u c t s / G r a i n s / Pgritsizescoated.aspx), que define o grau da lixa recomendado nas normas, é verificado que os graus 220 e 240 se referem a tamanhos de grãos diferentes, conforme a seguir: - P220 - diâmetro médio do grão de 68 µm - P240 - tamanho médio de grão 58 ± 2 µm Dessa forma, nota-se que as versões anteriores da ASTM D130 (foi feita verificação até a versão de 1974) apresentavam uma incoerência em relação ao tipo de lixa adotada na finalização da lâmi-

Figura 3 - AS lixas e suas diferentes espessuras

na: o tamanho do grão não correspondia ao grau indicado. Nos locais que adquirem as lixas pela granulometria, essa incoerência não provocou nenhum impacto, pois o tamanho do grão se manteve o mesmo, mas, onde se adquire a lixa pelo grau, foi necessário trocar a lixa grau 240, equivocadamente indicada, pelo grau 220, a partir de 2010. Essa alteração consta na versão de 2013 da ABNT NBR 14359 em comparação com a versão 2006. A troca da lixa grau 240, mais fina, pela lixa grau 220, mais grossa, pode provocar diferenças nos resultados do ensaio, principalmente quando comparados com os resultados históricos que adotavam a lixa grau 240. O objetivo do tratamento da lâmina de cobre com as lixas indicadas é expor a superfície metálica, deixando-a livre de óxidos ou outros compostos que funcionem como protetivos, de forma a permitir o processo de corrosão. Sendo assim, a troca por uma lixa mais grossa pode gerar sulcos mais profundos que facilitem o ataque ao cobre em produtos que antes não apresentavam esse efeito devido ao 23


uso de lixa mais fina (grau 240). Ao mesmo tempo, esse efeito pode ser minimizado pelo tratamento final com lixa de 150 mesh, que apresenta tamanho de partícula maior que as lixas 220 e 240. Para a determinação da corrosão ao cobre de graxas, a norma aplicada é a ASTM D4048 – Standard Test Method for Detection of Copper Corrosion from Lubricating Grease, que utiliza o mesmo aparato da ASTM D130, mas consiste em uma adaptação para o ensaio a ser realizado em graxas lubrificantes. Por serem produtos pastosos, deve-se ter cuidado especial na imersão da lâmina, evitando a presença de bolhas. Além disso, o ensaio mais usual é feito por um período de 24 horas a 100°C. A última versão desse método é de 2010, e nela ainda consta a descrição incoerente da lixa recomendada para a finalização do preparo das lâminas (65 µm - grau 240). Conclui-se que, após discussões e considerações realizadas com diversas empresas do segmento de lubrificantes, o impacto da alteração do

grau das lixas nos resultados desse método se dá em vários pontos, tais como: • Especificação de produtos; • Atendimento e adequação às auditorias; • Impacto nos laboratórios/custo; • Particiação em programas interlaboratoriais; • Confiabilidade no uso da metodologia. Trata-se de um impacto que só pode ser avaliado por meio de ensaios em laboratório. Para isso, devem ser utilizadas as duas formas de preparo das lâminas, submetendo as amostras corrosivas e não corrosivas ao cobre à mesma temperatura, pelo mesmo período de tempo e comparando os resultados.

Rosana Azevedo é engenheira e vice presidente da Sociedade Brasileira de Metrologia Letícia Lázaro é engenheira e pesquisadora do Centro de Pesquisas da Petrobras - CENPES

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Corantes e Marcadores Aplicação na diferenciação de fluidos, solventes, lubrificantes e combustíveis

Por: Eduardo Lima

E

stimativas mostram que a perda anual de impostos, causada pela adulteração de combustível, é significativa, a exemplo de Grécia, que perde de 250 a 450 milhões de euros; o Reino Unido, com a perda de cerca de 750 milhões de libras; a Polônia, com o equivalente a 1 bilhão de dólares e a Irlanda, com 150 milhões de euros. Como forma de proteção, governos e companhias privadas de todo o mundo têm introduzido programas de marcação de combustíveis visando à proteção da qualidade do produto e da sua marca. Tais diferenciações trazem valor para o produto, protegem o consumidor e podem evitar o comércio ilícito de solventes e combustíveis. O uso de marcadores impede, por exemplo, a exploração criminosa com baixa tributação para uso não intencional, o que também pode reduzir perda de receita para governos e evitar outros efeitos negativos econômicos, assim como ambientais. Marcadores e corantes, quando aplicados em fluidos, solventes, lubrificantes ou combustíveis, podem atuar na distinção dos produtos. Atualmente,

25

existem diversas aplicações e técnicas de diferenciação por meio de tecnologias distintas, utilizadas de acordo com necessidades específicas ou requerimentos locais. Corantes são tecnologias que permitem criar uma relação visual, tecnológica ou única, para com-


bustíveis, solventes e sistemas lubrificantes, entre outros. Apresenta, de maneira geral, a proposta de identificação visual, referência de padronização e, até mesmo, atendimento de normas. Disponíveis em cores básicas, também podem ser produzidos em um número ilimitado de cores. Suas propriedades podem ser expandidas para diversas aplicações, incluindo substituição de compostos em pó, em que baixa solubilidade e estabilidade podem causar inconvenientes ou até impedir a sua utilização. Linhas com propostas de corantes líquidos adequados, quando aplicadas em sistemas hidrocarbonetos compatíveis, são ótimas alternativas ao uso de corantes em pó e trazem benefícios, como possibilidade de solvente-base de elevado ponto de fulgor, possibilidades de cores mais brilhantes, baixa viscosidade e baixo nível de insolúveis, sendo ideal para uma vasta variedade de lubrificantes e sistemas. Como exemplo, há corantes líquidos concentrados, livres de metal halogêneo de enxofre, utilizados há mais de 40 anos para substituir a tecnologia de corantes em pó, em aplicações para coloração de combustível. Aí, o xileno pode ser utilizado como um depressor da viscosidade e agente de padronização, gerando cor brilhante, de baixa viscosidade e baixo nível de insolúveis. Outro exemplo a ser citado é o corante concentrado livre de metal halogêneo de enxofre monofásico, como proposta de opção também para o uso de corantes em pó, tendo como base solvente de elevado ponto de ignição no lugar de xileno, como depressor da viscosidade e agente de padronização. A baixa volatilidade resultante, juntamente com a geração de cor brilhante, baixa viscosidade e um baixo nível de insolúveis, fazem dessa linha 26

um produto idealmente adequado para a coloração de uma vasta variedade de lubrificantes. Além dessas aplicações, os corantes também podem atuar na coloração de outras linhas de produtos, como fluidos de transmissão automática ou de freio, óleos 2 tempos e de engrenagem, graxas e óleos hidráulicos, ceras para polimento de sapatos, velas decorativas, coloração de fumaça aeronáutica, entre outras possibilidades. Podem-se também mencionar tecnologias mais especificas que auxiliam na detecção de vazamentos de óleo em motores a gasolina e a diesel. Isso é possível com o uso de uma luz negra específica, que permite visualizar a fluorescência do corante e facilmente distinguir fluorescência natural azul, encontrada em muitos desses óleos. Já os marcadores são tecnologias mais largamente utilizadas para combustíveis, porém também podem ser adicionados em solventes. O processo de desenvolvimento de adição dessas tecnologias pode ser personalizado, atendendo à necessidade específica; de cada cliente ou programa proposto. Não existe uma regra especifica, contudo, se conhecem profundamente seus potenciais, tornando viável um processo individual com poucas limitações. Dentro dessa proposta, podemos decrever algumas técnicas de diferenciação e integridade tecnológica, como: por meio de extração (espectrofotometria), tecnologia digital e molecular (cromatografia). Tais tecnologias podem atender a desde propostas de programas de empresas privadas até exigências e condições governamentais, de forma a evitar impactos de custo e ambientais. Existem três tipos de tecnologias especiais que suportam os requerimentos e exigências na marcação de combustíveis e solventes, cuja taxa de tratamento do sistema é medida em nível de ppm (partes por milhão) ou ppb (partes por bilhão). 6 6 Tecnologia por extração: conferem baixíssima coloração ao combustível, cuja cor é desenvolvida por extração em fase, a partir do uso de reagente adequado e dedicado. 6 6 Tecnologia de marcação digital: trata-se de uma opção para identificar e quantificar o sistema marcado a partir um espectrofotómetro portátil e dedicado, sem adição de qualquer reagente.


6 6 Tecnologia de marcação molecular: são moléculas orgânicas que, quando adicionadas em nível ppb (partes por bilhão), e que não aparecem naturalmente em combustíveis, podem ser separadas por meio de cromatografia gasosa e quantificadas por meio de espectroscopia de massa. Essa tecnologia possui grandes diferenciais, como aplicação de baixa dosagem, alta precisão e possibilita o reconhecimento forense, sendo considerada uma inovação dentro dessa tecnologia proposta. Desde a década de 1960, a indústria trabalha com tecnologias em marcação por meio de corantes concentrados líquidos de base solvente, evoluindo para marcadores com tecnologia por extração e marcação digital. Já a aplicação por tecnologia molecular pode ser considerada padrão em países como Reino Unido, onde já é utilizada em programas de combustíveis altamente reconhecidos, trazendo grandes diferenciais, como baixa dosagem, alta precisão e reconheci-

mento forense. Não apresenta impactos na cor ou modifica qualquer característica do combustível, e o transforma em uma formulação única, elevando o nível de confiança no uso do produto e integridade do sistema marcado. Utiliza a cromatografia gasosa como técnica analítica de detecção, em que já estão adiantados, e em uso, os trabalhos para adaptação e uso em campo para as exigências coerentes a um marcador de combustível. Pode-se dizer que tais tecnologias são usuais e funcionais em diferentes aspectos e estão em constante evolução, de forma a atender até as necessidades mais exigentes.

Eduardo Lima é Especialista Técnico de Industrial Solutions da Dow para Performance Lubricants na América Latina

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O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao 1º semestre de 2015, fruto de pesquisa realizada pela Editora Onze junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números de todos os produtores.

O mercado brasileiro de lubrificantes no 1º semestre de 2015 Mercado Total Óleos Lubrificantes:

694.000 m3

Produção Local: Automotivos: Industriais:

698.000 m3 487.900 m3 210.100 m3

Óleos Básicos: Mercado Total:

Mercado Total Graxas:

444.730 m3 332.648 m3 112.082 m3

Produção Local: Refinarias: Rerrefino:

219.600 m3 35.700 m3

Importação: Exportação:

11.500 m3 15.500 m3

Importação de óleos acabados: Exportação de óleos acabados:

628.649 m3

25.500 t

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras e Pesquisa Lubes em Foco

Obs: Os óleos de transmissão, de engrenagens e os óleos básicos vendidos à indústria estão incluídos no grupo dos industriais

* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.

Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2015/2014 por região (período jan-jun) Mil m3

Análise comparativa por produtos

320

2014 2015

450 400

Total de lubrificantes por região

Mil m3

280

420.175

240

300

200

250

160

200

113.602

109.643

21.626

0

GRAXAS (t)

80

INDUSTRIAIS

AUTOMOTIVOS

120

177.725

166.941

150

50

2014 2015

304.938

412.478

350

100

302.139

86.905

61.781

40 20.740

0

44.315

SUL

SUDESTE

61.440

44.105

NORTE

NORDESTE

CENTRO OESTE

Lubrificantes industriais por região

Mil m3

Lubrificantes automotivos por região

Mil m3

210

2014 2015 186.630

180

2014 2015

120

181.082

114.281

105 150

90

75 60 85.565

84.079

60

65.215

45

65.698 47.587

30 0

105.420

90

120

35.178

SUL

SUDESTE

46.136

35.482

NORTE

30 23.622

15 NORDESTE

CENTRO OESTE

0

21.403

18.842 7.914

SUL

SUDESTE

22.280 11.144

7.390

NORTE

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.

28

90.818

NORDESTE

12.372

CENTRO OESTE


Participação de Mercado de óleos 1º Sementre de 2015

8,0%

26,0%

15,5% 1,7% 1,9% 2,1%

13,8%

8,2%

8,4% 8,7%

Participação de Mercado de Graxas 1º Sementre de 2015

13,6%

BR Ipiranga Mobil Shell Chevron Petronas Castrol YPF Total Lubrif. outros

7,5%

19,3%

8,3% 16,6% 12,0%

13,8%

14,5%

BR Chevron Ipiranga Petronas Ingrax Shell Cosan/Mobil Outros

NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

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Programação de Eventos Internacionais Data

Evento

2015 Outubro, 10 a 13

CLGI Biannual Grease Conference - Guangxi - China: e-mail: 13821202098@163.com

Outubro, 17 a 20

ILMA Annual Meeting - Flórida, Estados Unidos: www.ilma.org

Novembro, 17 a 19

ELGI Grease & Lubricants Forum - Amsterdã - Holanda: www.elgi.org

Dezembro, 3 a 4

11th. ICIS Pan American Base Oil & Lubricants Conference - New Jersey : www.icisconference.com/panambaseoils

Nacionais Data

Evento

2015 Setembro, 15 a 16

25º Congresso & Expo Fenabrave - São Paulo - SP: www.congresso-fenabrave.com.br

Outubro, 27

VIII Simpósio AEA de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos - São Paulo - SP; www.aea.org.br

Novembero, 9 a 13

Fenatran: 20º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga - Anhembi - São Paulo: www. fenatran.com.br

Cursos Data

Evento

2015 Setembro, 21 a 25

Gestão da Manutenção - Classe Mundial - Belo Horizonte - MG: www.abraman.org.br

Setembro, 26

Princípios de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) - São Paulo - SP: www.inkemiabrasil.wordpress.com

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.

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