Jun/Jul 14 Ano VII • nº 43 Publicação Bimestral
EM FOCO
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A revista do negócio de lubrificantes
Rerrefino: Fraude, o grande desafio
O combate ao desvio do óleo usado e uma fiscalização efetiva são os grandes desafios de uma indústria em expansão.
4º Encontro com o Mercado
O maior evento da América Latina que trouxe ao Rio profissionais e palestras internacionais.
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Editorial As forças que atuam em um mercado são muitas vezes antagônicas e conflitantes. Crescimento é sempre desejado, porém o custo desse processo se torna fundamental a longo prazo. O Brasil passa por um período delicado, economicamente falando, e a expectativa dos especialistas não é muito animadora. No ano passado, mesmo com um crescimento muito pequeno, o mercado de lubrificantes teve um desempenho extraordinário, tendo como suporte principal os estímulos dados ao consumo e, principalmente, aos fabricantes de veículos automotores. Mais carros sendo vendidos e mais máquinas trabalhando na indústria impactam diretamente o consumo de lubrificantes, e, com a renovação da frota nacional em ritmo acelerado, a qualidade dos óleos se torna também um fator de destaque no mercado. O primeiro semestre de 2014 já mostrou que a retirada dos estímulos e os ajustes na economia do país provocaram uma retração considerável no mercado de lubrificantes, que voltou aos níveis de 2012. Parece que o ano de 2013, que deslumbrou agentes nacionais e empresas estrangeiras, foi perdido no processo de desenvolvimento do mercado de lubrificantes. Com isso, projeções de vendas e mercado, investimentos e projetos de ampliação precisaram ser revistos e analisados com cuidado, para que a navegação empresarial seja conduzida com segurança nesses mares de incertezas. O Brasil continua grande importador de óleos básicos, e o que se produz em nossas refinarias ainda depende de petróleo leve importado. Dessa forma, o interesse de produtores estrangeiros continua em alta; entretanto, o mercado de óleos acabados precisa conservar seu potencial e não depender tanto de políticas pontuais de incentivo. Existe um grande movimento em todos os elos da cadeia produtiva para que o desenvolvimento do mercado se faça de forma constante e sustentável, e que o país esteja à altura da disputa internacional pela quinta colocação no ranking mundial de lubrificantes, tanto em volume como em qualidade. Temos legislação, tecnologia disponível e disposição para investir, e é imprescindível que também exista uma fiscalização coerente que possa coibir abusos, desvios e até mesmo possíveis fraudes na fabricação de produtos com qualidade duvidosa. Para isso, a interação entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil se faz necessária, e somente com a integração dessas forças atingiremos um nível de conscientização que permita ao mercado fluir com liberdade e autorregulação. Estamos em um ano bastante crítico e atípico. Copa do Mundo, excesso de feriados e eleições freiam fortemente o fluxo de produção e dificultam investimentos. Vamos chegar ao final do ano com um mercado apreensivo, inseguro e afetado pelas incertezas, mas ainda com um enorme potencial produtivo e vontade de crescer. Resta esperar com muita atenção e estar preparado para mudanças de rota. Os Editores
Publicado por: AGÊNCIA VIRTUAL LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69
Editor Chefe Pedro Nelson A. Belmiro Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni
Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.
Capa Gustavo Eduardo Zamboni
Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br
Redação Tatiana Fontenelle
Tiragem 4.000 exemplares
Layout e Editoração Antônio Luiz Souza Machado da Cunha
E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br
Revisão Angela Belmiro
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Sumário 6
4º Encontro com o Mercado - América do Sul Um resumo do que aconteceu no maior evento de lubrificantes da América Latina realizado no Rio de Janeiro.
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Manutenção básica de fluidos hidráulicos
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O mercado americano de básicos
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SMS - Autoestima um conceito pouco conhecido
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Rerrefino: expansão e desafios crescentes
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Mercado em Foco
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Programação de Eventos
Artigo técnico de orientação a prolongar a vida útil de custosos componentes mecânicos dos sistemas hidráulicos.
A especialista americana mostra como foi comportamento dos preços, no primeiro semestre de 2014, nos EUA.
Como estar bem consigo mesmo, antes de agir com segurança e saúde para proteção ambiental.
A luta de uma indústria em expansão contra desvios de coleta e transportes ilegais.
Aspectos de um importante segmento de mercado com suas tendências e desafios.
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A evolução do maior evento de lubrificantes da América do Sul
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os dias 28 e 29 de maio de 2014, no Centro de Convenções SulAmérica, aconteceu o 4° Encontro com o Mercado – América do Sul 2014. Com cerca de 350 participantes, entre executivos, técnicos, pessoas relacionadas ao setor comercial de empresas produtoras, órgãos públicos e diferentes grupos de fornecedores do setor, o evento teve como principal ponto trazer para ao público o que há de melhor e mais relevante dentro do mercado nacional e internacional de lubrificantes. Além das apresentações de grandes players do mercado de lubrificantes, com tradução simultânea, a conferência contou com uma ampla área de exposição para patrocinadores e colaboradores. De acordo com o coordenador técnico do evento e também editor da revista Lubes em Foco, além de coordenador da Comissão de Lubrificantes do IBP,
Mesa de abertura do evento, com Pedro Nelson Belmiro, Judith Taylor, Milton Costa filho e Gustavo Zamboni (da esquerda para a direita)
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Por: Tatiana Fontenelle
Pedro Nelson Belmiro, o evento foi uma excelente oportunidade para a disseminação de conhecimento e ampliação da rede de contatos e teve como principais objetivos: avaliar as perspectivas do mercado brasileiro de lubrificantes no contexto do atual panorama econômico mundial e local e debater com os principais agentes econômicos, como o governo e representantes da cadeia produtiva sul-americana, os principais problemas e soluções para o desenvolvimento do setor, além de apresentar e debater o mercado mundial de lubrificantes com ênfase especial na América do Sul. A abertura foi marcada pelas boas-vindas do secretário-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP, Milton Costa Filho. ele declarou que eventos deste porte são importantes para a indústria como um todo, além de trazer para o setor oportunidades de trocar ideias e disseminar o conhecimento na área de lubrificantes: “O mercado vem crescendo e se modificando, e temos que acompanhar esse movimento. Este evento é o melhor exemplo de sucesso em parceria que o Instituto vem atuando. O IBP congrega 240 empresas e possui cerca de 500 associados individuais, e estamos promovendo mudanças profundas no Instituto, com reformulação no planejamento estratégico e também em processos e estruturas, um trabalho de nove meses com o intuito de reposicionar o IBP, prevendo novos tempos. A ideia é oferecer aos associados e empresas do setor os produtos e serviços preparados
para enfrentar os desafios que temos pela frente na indústria do petróleo”. Milton também parabenizou a Comissão de Lubrificantes pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo no desempenho de suas atividades. Em seguida, o diretor da Agência Virtual, Gustavo Zamboni, ressaltou os sete anos de parceria entre a agência e o IBP para a publicação da revista Lubes em Foco: “A revista visa transmitir, pelos quatro cantos do mundo, as informações do mercado de lubrificantes, com uma linha editorial abrangendo todos os pontos técnicos do setor. A l é m disso, foi criada uma parceria com a ICIS, que vem trabalhando para que a revista seja divulgada no exterior”. Judith Taylor, Editora Sênior da ICIS, que também compôs a mesa de abertura, falou sobre o prazer de estar presente pelo segundo ano consecutivo e da importância da disseminação de informações que chegam a esse evento: “O objetivo da ICIS para a América do Sul é continuar a colaboração com a LUBES EM FOCO e estreitar cada vez mais essa relação, para que possamos trazer ao Brasil informações importantes sobre o mercado internacional”. A palestra de abertura ficou por conta do gerente de Economia e Estatística da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - FIRJAN, Guilherme Mercês, que trouxe orientações importantes e relevantes sobre a evolução do panorama econômico mundial e brasileiro. Para Mercês, desde a crise de setembro de 2008 e com o agravamento em 2009, os desafios passaram a ser muito maiores e a incerteza tomou conta do cenário econômico mundial nessa época: “O cenário internacional dá o Norte para o que irá acontecer no Brasil, ainda que, obviamente,
ainda tenhamos questões internas importantes e problemas a serem enfrentados, bem como oportunidades a serem alcançadas, mas, certamente, o cenário internacional será determinante para a economia brasileira e para o mundo como um todo nos próximos anos”. De acordo com o representante da FIRJAN, para se entender e analisar o mercado mun-
dial é necessário compreender o que está ocorrendo com os três principais players, que deverão ditar o ritmo do mundo nos próximos anos: Estados Unidos, União Europeia e China. O avanço do shale gas nos Estados Unidos e as transformações tecnológicas que irão surgir mostram aquele país dando sinais claros de recuperação com uma economia dinâmica, um mercado de trabalho flexível para mudanças e um empreendedorismo muito grande. Em contraste, temos a Europa, que ainda tem como principal problema um mercado de trabalho mais rígido e regulado, com grandes desafios entre corte de
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custos de produção e questões trabalhistas, como ponto central. Portanto, espera-se uma demora maior de recuperação da economia europeia, em relação aos Estados Unidos. O terceiro grande player, a China, apesar de muito brilho ainda para acontecer, terá muita transformação nos próximos anos, pois com o desenvolvimento e crescimento do país, as vantagens de
possuir uma mão de obra barata vão diminuindo sensivelmente. O economista citou a questão da competição das empresas brasileiras com o mercado internacional, em que as importações em franca ascensão. Com isso, as exportações caíram e o resultado do saldo comercial despencou nesse período. Outro ponto importante é a questão do déficit de conta corrente alto, entre 3,5% e 3,6% do PIB. Contas externas, mercado de trabalho e inflação são os três pontos importantes que requerem maior atenção.
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Gustavo Zamboni, apresentou um panorama geral das perspectivas e tendências do mercado sul-americano, com um foco especial no mercado chileno: “O Chile é um país que tem a inflação controlada por volta de 3,3% e um crescimento em torno de 5%, com ampla abertura para mercados externos e a mineração sendo responsável por 60% das exportações chilenas. Na apresentação sobre o “Mercado Brasileiro de Lubrificantes”, Pedro Nelson Belmiro mostrou os números do mercado brasileiro que em 2013, apresentou um volume total de 3 1.520.000m , incluindo vendas por região, volume de produção e importação de óleos básicos e acabados. Pedro Nelson lembrou que a revista Lubes em Foco publica os números atualizados de mercado e que alterou a metodologia de cálculo para a proporção entre óleos automotivos e industriais, que passa agora a ser considerada 70% e 30% respectivamente. Mostrou ainda que, em contrapartida ao crescimento do ano passado, o primeiro trimestre de 2014 apresentou uma queda razoável no volume de lubrificantes comercializado. A presença da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – ANP foi marcada pela apresentação sobre os “Novos Requisitos de Qualidade e seus Impactos no Mercado Brasileiro” feita pela Superintendente de Qualidade de Produtos e Biocombustíveis, Rosângela Moreira de Araújo: “Tivemos sucesso no Programa de Monitoramento de Lubrificantes, com a colaboração de 20 universidades e Centros de Pesquisa e uma coleta de 2.000 mil amostras por ano. Buscamos, nos locais de revenda, coletar amostras com categorias diversas para montar um diagnóstico, e ainda vemos, com relação à qualidade, que mais de 50%
dos problemas são relacionados à aditivação”. Rosângela também ressaltou que a ANP já programa a revisão das portarias que se referem a óleos básicos de origem nacional, importados e rerrefinados. Na segunda etapa do primeiro dia, a Editora Sênior da ICIS, Judith Taylor, falou sobre o mercado de óleos básicos (Grupo I, II, e II) na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, e as expectativas para o mercado em 2014-2015. De acordo com a ICIS, a produção global dos grupos I, II e III está cada vez mais rigorosa quanto à questão das normas ambientais e de desempenho, na Europa e na América do Norte. O gerente global de Planejamento de Óleos Básicos e especialidades da Exxon Mobil, X B Cox, falou sobre a otimização para minimizar custos e complexidade, fundamentais para o mercado de lubrificantes. Abordagens estratégicas são importantes, como a questão da segurança no abastecimento em longo prazo, conforme necessário. Ainda nessa linha dos óleos básicos em suas formulações, o gerente técnico para combustíveis e lubrificantes da Ipiranga, Sérgio Viscardi, ressaltou a influência dos óleos básicos no desempenho dos lubrificantes. Para ele, há alguns pontos importantes que desafiam os novos lubrificantes, como o menor grau de viscosidade, o maior período de troca, auxílio à diminuição de consumo de combustível, aumento da temperatura dos motores e menores volumes de óleo: “Para a realização desse trabalho, utilizamos as seguintes técnicas: análise termogravimétrica, calorimetria exploratória diferencial e cromatografia líquida de alta eficiência em óleos básicos. O conhecimento das características dos diferentes óleos básicos, aditivos e da sinergia destes é o fator-chave na obtenção de lubrificantes de alto desempenho”. Como representante dos consumidores, foi convidado um fabricante de veículos com enorme importância no desenvolvimento tecnológico dos lubrificantes, a Mercedes Benz do Brasil. O engenheiro de pesquisas de materiais, Charles Conconi, apresentou a visão da indústria automobilística e os seus desafios. De acordo com ele, vivemos em uma época histórica, cada vez mais próxima do primeiro mundo, em termos de motor e exigência tecnológica, além da necessidade de um fornecimento de básicos do grupo II e III para formular óleos com baixa cinza e baixos teores de enxofre. Uma novidade citada pelo engenheiro foi a criação de uma nova planta da Mercedez, em 2016, na cidade de Iracemápolis, interior de São Paulo. Finalizando o primeiro dia da Conferência, o diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino e Óleos Minerais - Sindirrefino, Dr. Walter Françolin, abordou a
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Os palestrantes Guilherme Mercês (1), Gustavo Zamboni (2), Pedro Belmiro (3), Rosangela Araújo (4), Judith Taylor (5), X B Cox (6), Sergio Viscardi (7), Charles Conconi (8), Walter Françolin (9), Robin Weitkamp (10), William R. Doawney Jr (11), Sarah Krol (12), Aguinaldo Souza (13), Eduardo Lima (14), Annie Jarquin (15) e os participantes do painel Joe Purnhagen (16), Peter Gilbert (17), Rodolfo Ferreira (18), Marcos Davi dos Santos (19)
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Painel de mercado: Tecnologias para a América do Sul, fechando o evento
questão dos desafios a serem superados pela indústria do rerrefino e sua ligaçao entre a economia e o meio ambiente. Para Françolin, os desafios foram separados em dois grandes blocos: os intrínsecos, que fazem parte intramuros da indústria de rerrefino com investimentos em novas tecnologias e ampliação da capacidade instalada, e os extrínsecos, que contemplam o combate às atividades clandestinas e a concorrência desleal, que requerem uma fiscalização mais efetiva, sem excesso de burocracia. No segundo dia do evento, a abertura ficou por conta do vice-presidente senior da empresa Elevance Renewable Sciences, Mr.Robin Weitkamp, que falou sobre biolubrificantes e tecnologias de alta performance para o mercado sul-americano. Para Robin, novas estruturas permitirão novas soluçõesa partir de matérias-primas regionais disponíveis. O vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da NOVVI, William Downey Jr, discursou sobre as tendências tecnológicas para os biolubrificantes: “Para alcançar o sucesso em biolubrificantes, temos que considerar temas globais e aplicá-los no Brasil, que é visto como um líder por sua grande capacidade de sustentabilidade”. Segundo William, existem alguns benefícios econômicos com a utilização do biolubrificante no país, como a vantagem da expansão da cana-de-açucar, redução das importações, além de diminuição das obrigações com base em benefícios ambientais. A diretora de Gerenciamento do Programa de Certificação de Equipamentos para Alimentos Compostos de Gau Alimentício e Produtos de Consumo, Sarah Krol, da NSF International, abordou um tema crítico na área de lubrificantes: a aplicação na indústria de alimentos e bebidas. A diretora falou do controle efetivo e das regras e padrões que regulam esse mercado. Duas palestras, sobre produtos especiais e aplicações específicas, finalizaram a parte da manhã da conferência. O representante da Braskem, o engenheiro quí10
mico e industrial Aguinaldo Onório de Souza, falou sobre polibuteno, suas aplicações, propriedades, volumes e mercado; outro tema de grande importância foi apresentado pelo especialista em Pesquisa e Desenvolvimento da Dow Brasil, Eduardo Lima, que abordou os benefícios do uso de polialquileno glicóis na lubrificação. De acordo com os palestrantes, os lubrificantes sintéticos baseados apresentam altos índices de viscosidade, biodegradabilidade, não formam resíduos quando queimados e são de fácil remoção, além da baixa toxicidade e baixa tendência para espumação. Eles acreditam em um mercado com grandes possibilidades de expansão. A parte da tarde foi iniciada com a palestra da gerente global de Pesquisa e Supply Chain da consultoria internacional Malik PIMS, Annie Jarquin, que falou sobre o mercado mundial de lubrificantes, tendências e expectativa da demanda global do mercado de lubrificantes para o período 2012-2017. Como já é tradição nos eventos do Encontro com o Mercado, Pedro Nelson coordenou o painel seguido de uma mesa-redonda de debates. Dessa vez, o tema central foi tecnologia de lubrificantes para a América do Sul, e contou com a participação das quatro principais empresas internacionais de aditivos automotivos. A Lubrizol, representada pelo gerente regional de Marketing, Joe Purnhagen, fez uma apresentação sobre tendências e eficiência dos lubrificantes. Já Peter Gilbert, gerente de Marketing para a América Latina da Infineum, discorreu sobre a tecnologia voltada para os óleos automotivos, tanto para Diesel como para gasolina. Na sequência, o Gerente de Produtos para America Latina – Industriais e Especialidades da Chevron Oronite do Brasil, Marcos Davi dos Santos, apresentou as últimas tendências tecnológicas para os óleos de motocicletas, e o gerente de Marketing para a América Latina da Afton Chemical, Rodolfo Ferreira, mostrou as tendências para os óleos específicos para transmissões automotivas. O debate foi bastante rico com os pareceres especializados dos participantes para as questões levantadas pelo mediador e também pela plateia. O evento se encerrou com o já tradicional sorteio de brindes, em que tablets e outros eletrônicos foram entregues aos que tiveram a sorte de ouvirem seus nomes chamados pelos organizadores.
Tatiana Fontenelle é Jornalista pósgraduada em telejornalismo
A OPINIÃO DE QUEM ESTEVE LÁ
“It was wonderful to visit Rio and more importantly to have the honor of addressing our colleagues in the Lubes business at this forum” - X B COX (ExxonMobil)
“It was our honor and pleasure to participate in such an important industry conference” SARAH KROL (NSF)
“I was really impressed with the overall content of the conference. I feel it was really beneficial for the attendees with usual information and they could directly take away and use/implement” ANNIE JARQUIIM (Malik PIMS)
“O sexto maior mercado mundial de lubrificantes merece um evento internacional desta magnitude” - ARTHUR ROCCO (PETROBRAS)
“O evento é uma referência para todo o setor de lubrificantes, no qual podemos compartilhar nossa experiência e visão, assim como conhecermos as perspectivas de representantes do mercado nacional e internacional” - ROSANGELA MOREIRA DE ARAÚJO (ANP)
“O encontro com o mercado de lubrificantes é um evento de abrangência internacional que permite total interação e troca de informações de todos os agentes” - MANOEL HONORATO (CONSULTOR)
“O maior mercado de lubrificantes da América Latina merece um evento com esse nível de excelência” - GIANCARLO PASSALACQUA (SINDICOM)
“É o evento que melhor representa o mercado de lubrificantes do Brasil” NILTON BASTOS (SINDIRREFINO)
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A revista LUBES EM FOCO gostaria de agradecer aos seus patrocinadores e a todos aqueles que fizeram possível a realização do 4º Encontro com o Mercado - América do Sul, em comemoração dos 7 anos da revista. Patrocinador MASTER
Patrocinador OURO
Patrocínio Especial:
Patrocinador PRATA
Patrocinador BRONZE
Escala verde: C 100 M 0 Y 100 K 40 Escala dourado: C 7 M 13 Y 100 K 28
Apoio:
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7 anos
Manutenção Básica do Fluido Utilizado em Sistemas Hidráulicos Industriais Por: Marcos Thadeu G. Lobo
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s sistemas hidráulicos industriais contêm elementos mecânicos (bombas de palhetas, servo-válvulas, carretéis) cujas folgas construtivas são extremamente pequenas e, portanto, bastante sensíveis a desgaste por contaminantes. Em face disso, é de suma importância que o fluido hidráulico esteja o mais livre possível de contaminantes (particulados, ar e umidade), com vistas a se evitar redução da vida útil desses componentes mecânicos bem como a operação confiável dos sistemas hidráulicos. Com respeito a cuidados básicos de manutenção a serem tomados com os fluidos utilizados em sistemas hidráulicos industriais, podemos mencionar: 1. Efetuar limpeza interna e externa do reservatório do óleo lubrificante, procurando utilizar como fluido de limpeza interna o próprio óleo lubrificante a
ser utilizado como fluido hidráulico, com vistas a se evitar eventual contaminação caso se utilizem solventes. Ao se optar pelo uso de solventes, é importante que se faça a secagem cabal do sistema, tendo já que eventuais resíduos de solvente podem provocar a diluição do óleo lubrificante, diminuição de viscosi-
Sistema hidráulico
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dade do fluido hidráulico, queda de pressão no sistema e formação de espuma durante a operação do sistema hidráulico. 2. Após o processo de limpeza externa e interna do reservatório de fluido hidráulico, efetuar a reposição do óleo lubrificante fazendo-o passar sete vezes por processo de filtragem em carro de filtração portátil com filtro primário de 10 micra e filtro secundário de 3 – 5 micra e RAZÃO BETA mínima (filtro primário e secundário) > = 200.
Filtro para fluido hidráulico
Tempo de filtração =
7 x volume do reservatório do sistema hidráulico vazão da bomba do carro de filtração
Detalhe da equação que complementa o item 4
3. Instalar filtros dessecantes e de particulados (2 - 5 micra) nos tubos de respiro do sistema hidráulico, com o objetivo de evitar a contaminação do fluido hidráulico com a umidade e sujidades presentes no ar atmosférico. 4. Utilizar filtros para óleo lubrificante do sistema hidráulico do tipo absoluto com malha filtrante de 3 – 5 micra RAZÃO BETA mínima > = 200. 5. Verificar regularmente os visores de nível com respeito a: • mudanças súbitas na coloração do óleo lubrificante, tendo em vista que pode estar ocorrendo oxidação prematura (o escurecimento gradual do óleo lubrificante em relação ao produto novo é natural e esperado); • alteração na temperatura de operação do óleo lubrificante; • formação de espuma no óleo lubrificante;
Reservatório de fluido hidráulico com sujidades
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Filtração off-line
• emulsão do óleo lubrificante com água quando houver sistema de arrefecimento através de trocadores de calor tipo casco e tubo refrigerados à água.
hidráulico, para visualizar e remover, de forma rápida, água, partículas metálicas e sujidades que podem estar contaminando o óleo lubrificante.
6. Caso possível, instalar dispositivo BS&W (Bottom Sediment and Water) no plug de drenagem do reservatório de lubrificante utilizado no sistema
7. Verificar a viabilidade de se instalar sistema de filtração off-line com vistas a melhorar o nível geral de limpeza do óleo lubrificante.
Dispositivos BS&W
Filtração off-line
Verificar regularmente a condição dos retentores e hastes
Conexão selada para abastecimento de fluido hidráulico (imagem 3)
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Contaminação de fluido hidráulico
Norma ISO 4406:1999
Contentor hermético
Conexão selada para abastecimento de fluido hidráulico (imagem 1)
Conexão selada para abastecimento de fluido hidráulico (imagem 2)
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8. Utilizar óleos lubrificantes com viscosidade adequada (ex. ISO VG 46/ISO VG 68) e que atendam aos níveis de desempenho especificados pelos OEMs ou por instituições normatizadoras confiáveis (ex. DIN 51524 Parte 2 HLP/DIN 51524 Parte 3 HVLP). 9. Procurar incluir na relação das análises físico-químicas realizados no óleo lubrificante em uso o ensaio para determinação do Código de Contaminação Sólida ISO (ISO 4406:1999), mais conhecido como Contagem de Partículas, visando à monitoração do nível geral de limpeza do óleo lubrificante do sistema hidráulico e à eficiência dos filtros de óleo lubrificante e dos carros portáteis de filtração. 10. Inspecione regularmente a condição dos retentores e das hastes dos cilindros hidráulicos. A principal fonte de contaminação dos óleos lubrificantes de sistemas hidráulicos é oriunda de folgas entre retentores e hastes de êmbolos de cilindros hidráulicos ou hastes com ranhuras.
gem do óleo lubrificante. A substituição do óleo lubrificante poderá ser realizada, de forma a se evitar a contaminação do produto, utilizando-se o carro portátil de filtração.
Visores de nível
Com alguns cuidados básicos e de baixo custo, é possível manter o fluido hidráulico isento de contaminantes e, dessa forma, prolongar a vida útil de custosos componentes mecânicos dos sistemas hidráulicos, obter operação confiável dos sistemas mecânicos que dependem dos sistemas hidráulicos e reduzir as imprevistas e indesejáveis paradas de operação para reparos.
11. Evite o uso de funis para reposição ou substituição do óleo lubrificante para sistema hidráulico. O uso de contentores herméticos e reutilizáveis utilizando, na reposição, óleo filtrado evitará a contaminação do sistema por particulados. Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro
12. Caso possível, proveja a instalação de pontos de conexão rápida para reposição e drena-
Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação da Petrobras Distribuidora S.A.
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O comportamento do mercado de básicos dos EUA no primeiro
semestre de 2014 Por: Judith Taylor
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mercado norte-americano de óleos básicos está fechando o segundo trimestre diretamente atrelado às incertezas impostas pela planta de óleos básicos da Chevon em Pascagoula, conhecida como PBOP. Um primeiro ciclo de anúncios de aumentos de preços emergiu no final de maio, assim que compradores e vendedores do mercado americano tomaram conhecimento do anúncio da ExxonMobil sobre um aumento em seus preços de tabela para os básicos de Grupo I, da ordem de 10 a 12 centavos/galão, dependendo do grau de viscosidade, e de 15 centavos/galão para o brightstock. Para os
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básicos de Grupo II+, a ExxonMobil aumentou em 8 centavos/galão todos os graus de viscosidade. Dessa forma, outros produtores americanos de básicos Grupo I também anunciaram aumentos de preços entre o final de maio e o princípio de junho em níveis similares, dependendo do produtor e do grau de viscosidade. A Chevron anunciou aumento de seus preços de tabela em 10 centavos/galão para todos os seus graus de viscosidade dos óleos de Grupo II, vigente em 27 de maio, e a Calumet anunciou aumentos em níveis similares a partir de 1º de junho. Depois disso, os anúncios pararam, e o mercado paralisou.
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~ ~ Superfície Footprint (pé quadrado - ft²)
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Gráfico 1- metas projetadas dos padõres CAFE para carros de passageiros (modelos 2017-2025)
Outros produtores de Grupo II+, SK Lubricants e Phillips 66, não haviam anunciado aumentos até o princípio de julho. Assim também procederam, para o grupo II, as empresas Motiva, Flint Hills Resources (FHR) e Phillips 66. Trata-se de uma lacuna bastante incomum nos anúncios de preços, principalmente numa condição de suprimento “de confortável para apertada”, como a que se observa atualmente no mercado americano. O suprimento de neutro pesado de Grupo I é considerado atualmente como “apertado”, com o SN600 e o brightstock comandando as primeiras posições nessa situação. Os neutros pesados de Grupo II e até os graus de viscosidade leves e médios estão sendo focalizados na condição de suprimento “de confortável para apertada” Some-se a essa situação a manutenção programada da planta de 22.200 barris/dia da ExcelParalubes, situada em Westlake, Louisiana, com a perspectiva de que essa manutenção demore mais de 50 dias, retirando capacidade significativa do mercado de básicos Grupo II. E no núcleo central está a situação da PBOP. Anunciada em 2008, essa planta foi originalmente
Chevron
planejada para um start-up no último trimestre de 2013 e foi construída para produzir aproximadamente 25.000 barris/dia de óleos básicos de Grupo II de qualidade premium. A Chevron continua a afirmar que a planta atingiu com sucesso sua fase de start-up mecânico em abril de 2014 e que estaria no prazo para atingir um start-up de operação comercial no meio do ano. Fontes de mercado nos Estados Unidos esperam que os 25.000 barris/dia de básicos de Grupo II dessa planta cheguem ao mercado em fins do terceiro trimestre, mas a Chevron não teceu, até o momento, nenhum comentário sobre essa expectativa. Entretanto, a PBOP já tem o mercado americano atrelado, e outros supridores trabalham para tentar avaliar o quanto essa nova capacidade irá afetar o mercado doméstico de óleos básicos. A Chevron produz atualmente 20.000 barris/dia de básicos Grupo II em sua refinaria de Richmond – 19
Califórnia . A PBOP garante volume adicional significativo de básicos Grupo II entrando nos mercados da região do NAFTA (North American Free Trade Agreement), compreendendo os Estados Unidos, Canadá e México, e também, como tem divulgado, a empresa pretende atender largamente aos mercados na América Latina e Europa. A Chevron não está sozinha, nos Estados Unidos, na procura de meios para trazer mais produção de básicos premium para esta região-chave para o suprimento e consumo globais. Em fevereiro de 2013, a ExxonMobil anunciou seus planos para expandir sua capacidade de produção de básicos de Grupo II e II+ de sua refinaria de Baytown – Texas. De acordo com os anúncios da ExxonMobil, seguindo as aprovações regulatórias e orçamentárias, as obras de expansão, planejadas para iniciar em fins de 2013, têm 2015 como objetivo para o start-up de suas unidades de óleos básicos. Apesar de nenhum volume específico ter sido divulgado pela companhia, ela afirma que a expansão irá aumentar significativamente sua produção de óleos básicos de Grupo II e II+. Comentando sobre a expansão, George W. Arndt Jr., gerente-geral de básicos globais e especialidades da ExxonMobil Fuels, Lubricants &Specialties Marketing Company, disse: “ Estamos comprometidos com o negócio de óleos básicos e continuamos confiantes na nossa integração, tecnologias e linhas de produtos. De fato, a análise técnica da ExxonMobil mostrou que nosso básico EHC 45 Grupo II+ pode, em muitos casos, ser utilizado no lugar do Grupo III, o que reduz custos e complexidade operacional. Da mesma forma, o EHC 65 é um grau bastante eficiente na formulação de óleos automotivos para motores pesados (HD), o que pode reduzir a necessidade de componentes adicionais de alta viscosidade.” A refinaria de Baytown da ExxonMobil tem atualmente uma capacidade de produção de 9.800 barris/dia de básicos de Grupo I e 11.700 barris/ dias de básicos de Grupo II. A companhia também tem produção desses dois grupos de básicos em Baton Rouge/Louisiana. Qualquer participante do mercado norte-americano reconhecerá que os básicos de Grupo II, bem como outros básicos de qualidade premium, são um fator absolutamente necessário para que 20
se possa avançar nas formulações de lubrificantes que atendam aos novos requisitos de desempenho regulatórios e ambientais. Um exemplo em meio à evolução contínua de regulamentações que pressionam os produtores de óleos básicos a tomarem decisões que afetam as métricas do mercado norte-americano são as normas CAFE (Corporate Average Fuel Economy). Essas normas são regulamentos que surgiram em 1975, quando o Ato de Conservação da Política Energética dos Estados Unidos adicionou o parágrafo V (Melhorando a Eficiência Automotiva) ao Ato de Informação e Redução de Custos para Veículos Automotores, que resultou nas Normas CAFE. Elas têm como objetivo implementar reduções no consumo médio de combustível nos veículos de passeio e comerciais leves, incluindo as SUVs (Sport Utility Vehicles / Veículos Utilitários Esportivos), vendidos nos Estados Unidos. De acordo com relatório do órgão ambiental americano EPA (Environmental Protection Agency), a economia média de combustível dos veículos norte-americanos tem melhorado constante e continuamente. Nesse relatório, a EPA estima que, de 2007 a 2012, a economia de combustível aumentou em 16%, enquanto as emissões de dióxido de carbono caíram em 13%, acarretando também um menor consumo de óleo lubrificante. Adicionalmente, a publicação da EPA mostra um aumento da economia média de combustível para 23,8 milhas/galão em 2012, que traduz o maior aumento anual observado desde que a EPA começou a reportar resultados de economia de combustível. Espera-se que a economia de combustível continue a aumentar com a vigência do Programa Nacional de Carros Limpos, que objetiva dobrar os padrões de economia de combustível até 2015. O gráfico 1 da EIA mostra os objetivos numéricos de economia para modelos de 2017 a 2025.
Judith Taylor é Editora Sênior da ICIS responsável
pelo
mercado
petroquímico
incluindo óleos básicos. Especialista em dinâmica de preços e logística.
S.M.S.
Uma Integração Estratégica
S.M.S.
S.M.S.
SAÚDE - MEIO AMBIENTE - SEGURANÇA
Autoestima Um conceito fundamental pouco compreendido As pessoas precisam se sentir bem consigo mesmas antes de começarem a agir com segurança e saúde para proteção ambiental. Por: Newton Richa
Este texto reúne informações de diferentes autores que, em conjunto, evidenciam a importância da autoestima no desempenho pessoal e profissional, com reflexos na produtividade e competitividade das organizações. Nosso sistema educacional não ensina o que significa realmente autoestima e sua forte influência em todos os aspectos da vida. Em consequência, esse valioso conceito é pouco conhecido e mal interpretado pela maioria das pessoas. A falta de conhecimento é tão disseminada que artigos e livros confundem autoestima elevada com orgulho e vaidade exagerados que, na verdade, são características da baixa autoestima. Compreendendo autoestima e sua importância Em seu livro “A autoestima do seu filho” (Editora Martins Fontes, 2002), a psicóloga americana Dorothy Briggs descreve a autoestima como a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma, o juízo que faz de si mesma e o quanto se gosta.
É um sentimento calmo de autorrespeito, do próprio valor e de satisfação consigo mesmo. Não é uma pretensão ostensiva, que objetiva encobrir uma autoestima precária. Quem tem uma autoestima elevada não perde tempo e energia procurando impressionar os outros, uma vez que conhece seu próprio valor. O psicólogo canadense Nathaniel Branden, em seu livro “Como aumentar sua autoestima” (Editora Sextante, 2009), assinala a importância da autoestima ao afirmar que a forma como a pessoa se vê influencia todos os aspectos de sua vida: como age no trabalho, nas relações pessoais, como atua como pai ou mãe e até onde prosperará. A autoestima apresenta dois componentes: autoconfiança e autorrespeito. Está relacionada à racionalidade, à honestidade e à integridade, a todos os processos da vontade e a todas as operações mentais. Branden afirma que, exceto nos casos de dano cerebral por causa externa (traumatismo, intoxicação ou infecção), a baixa autoestima é a causa dos transtornos comportamentais em geral, como:
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S.M.S.
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ansiedade, depressão, medo da intimidade ou do sucesso, abuso de álcool ou drogas, deficiências na escola ou no trabalho, espancamento de companheiros e filhos, disfunções sexuais, imaturidade emocional, suicídio e crimes violentos. Para Branden, são recompensas da autoestima elevada: maior habilidade para lidar com adversidades; maior flexibilidade para resistir às pressões; maior criatividade e probabilidade de sucesso; e maior vitalidade e sociabilidade. A autoestima elevada propicia um sentimento de adequação à vida, isto é, de ser competente e merecedor. A autoestima baixa confere um sentimento de inadequação e desajuste como pessoa, em diferentes aspectos. Influência da autoestima nas áreas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) Em seu artigo “Dez Princípios para Alcançar uma Cultura de Segurança Total” (Professional Safety, 1994), Scott Geller, psicólogo americano especializado em Segurança do Trabalho, inclui a autoestima no princípio 9 e enfatiza que as pessoas precisam se sentir bem consigo mesmas antes de começarem a agir em favor da segurança dos demais. A DuPont, empresa líder em gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, estabelece quatro níveis da evolução cultural nessas áreas: Reativo, Dependente, Independente e Interdependente. Na medida em que a cultura evolui, as perdas da organização tendem a zero. Do ponto de vista comportamental, o nível de interdependência, o mais elevado, caracteriza-se por
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“preocupação com a conformidade dos demais e cuidado mútuo”, em alinhamento ao pensamento de Scott Geller. Na mesma perspectiva, Amanda Ripley, em seu livro “Impensável – Como e Por Que as Pessoas Sobrevivem a Desastres” (Editora Globo, 2008), enfatiza a questão da adaptabilidade afirmando...”algumas pessoas superam as outras em desempenho. Elas são simplesmente mais resistentes. O grande mistério é por quê.” A seguir afirma que os sobreviventes do 11/9 (atentado que destruiu o World Trade Center, em New York) com autoestima elevada apresentaram recuperação mais fácil. Na mesma linha de pensamento, podemos afirmar que as pessoas precisam se sentir bem consigo mesmas antes de começarem a agir na proteção ambiental. Nesse contexto, merece destaque o depoimento do Professor Matheu White, da Universidade de Exeter, Reino Unido. Em entrevista a O Globo, publicada no dia 30/04/2013, afirmou que “é impossível pensar no meio ambiente global, se nós mesmos não estamos em equilíbrio”. Como um dos requisitos básicos para o equilíbrio pessoal é a autoestima elevada, de forma indireta, este autor coloca o desenvolvimento coletivo da autoestima como fator de promoção de uma sociedade sustentável. Em seu livro “PNL e Saúde - Recursos da Programação Neurolinguística Para Uma Vida Saudável” (Editora Summus, 1997), Ian Mcdermott e Joseph O’Connor afirmam que há muitas evidências de que um estado crônico de hostilidade e impaciência está associado a um risco maior de
S.M.S.
ataques cardíacos e obstrução da artéria coronária. O sentimento de hostilidade em relação a terceiros tem sua origem na baixa autoestima; quem não gosta de si mesmo não pode gostar dos outros. Este exemplo alerta para o fato de grande parte das doenças resultar de alterações na esfera mental e daí sua denominação, psicossomáticas. A saúde de uma pessoa é uma resultante complexa, influenciada por sua herança genética, por doenças e lesões prévias ou atuais, por exposições prévias e atuais a agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, geralmente de forma combinada, bem como pela interação permanente dos aspectos físicos, mentais (em que se insere a autoestima) e sociais. A alta importância da autoestima na saúde amplia, decisivamente, a importância da responsabilidade pessoal na promoção, proteção e recuperação da própria saúde, uma vez que só a própria pessoa pode aumentar sua autoestima Pais melhor informados na construção de um futuro melhor As crianças são o maior patrimônio das nações. Em seu livro “Família acima de tudo” (Ed. Nova Fronteira Participações SA, 2009), Stephen Kanitz, colunista da revista Veja, recomenda o livro “A autoestima do seu filho”, supracitado. Kanitz acrescenta que, ao contrário do que defendem os demais livros, o que determina o sucesso de nossos filhos não é apenas uma boa educação, nem disciplina, nem muito amor e carinho.
A criança tem de gostar de si primeiro para que possa gostar dos outros, dos livros, do estudo e de tudo o que virá depois. A sacada mais importante de Dorothy Briggs foi constatar que as crianças nascem com autoestima elevada e que os pais a diminuem com erros educacionais. A ideia que a criança faz de si mesma influencia a escolha dos amigos, a maneira pela qual se entende com os outros, o tipo de pessoa com quem se casa e a produtividade que terá. Afeta a sua criatividade, integridade, estabilidade e até mesmo a possibilidade de ser um líder, ou um seguidor. Seus sentimentos de próprio valor formam a essência de sua personalidade e determinam o uso que fará de suas aptidões e habilidades. Sua atitude para consigo mesmo tem influência direta sobre a maneira pela qual vive todos os aspectos da vida. Na verdade, a autoestima é a mola que impulsiona a criança para o êxito ou fracasso como ser humano. Toda criança tem as mesmas necessidades psicológicas de se sentir amada e digna. Tais necessidades não desaparecem com a infância e permanecem por toda a vida. A satisfação dessas necessidades é tão importante para o seu bem-estar emocional quanto o oxigênio o é para a sua sobrevivência física. Afinal de contas, cada pessoa tem de conviver consigo mesma durante toda a vida, e esse fato é inevitável. Um convívio íntimo equilibrado é importante para o seu crescimento, bem como para uma vida significativa e compensadora. Ajudar a criança a desenvolver sua autoestima é a chave de uma parentalidade bem-sucedida. Pelo exposto fica evidente que melhorar a autoestima é vantajoso para todos. Nesse sentido, o desenvolvimento de um amplo movimento de conscientização para a importância do fortalecimento da autoestima das pessoas como fator de promoção de uma sociedade sustentável é altamente oportuno.
Newton Richa é Mestre em Sistemas de Gestão (UFF 2009), Professor dos Cursos de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Engenharia de Manutenção da UFRJ
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Rerrefino Uma indústria em expansão com desafios crescentes
Por: Pedro Nelson Belmiro
A
indústria do rerrefino possui uma peculiaridade interessante, pois se situa entre dois polos de grande importância para o país, que podem se chocar em conflito de interesses ou se complementar em uma única visão mais abrangente. Isso se deve ao fato de ser naturalmente uma atividade econômica em busca da geração de divisas e produção de óleos básicos para o mercado e ao mesmo tempo, ser peça fundamental na sustentabilidade e reciclagem da cadeia produtiva de óleos lubrifican-
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tes, tendo sua atuação um impacto direto no meio ambiente. Dessa forma, os desafios e os entraves para o desenvolvimento desse segmento são bastante relevantes e diversos. O diretor executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais – Sindirrefino, Dr. Walter Françolin, ao falar no 4º Encontro com o Mercado, em maio deste ano, separou esses desafios em dois grandes blocos: os intrínsecos, aqueles próprios da indústria do rerrefino, e os extrínsecos, que estão fora do controle de atuação da indústria. Segundo
Transporte ilegal (imagens cedidas pelo SINDIRREFINO)
ele, no âmbito intramuros da indústria do rerrefino, existem os seguintes desafios: melhoria da competitividade e qualidade de produto; investimentos em novas tecnologias; e, por fim, ampliação da capacidade instalada para absorver o volume de óleo usado gerado em todo o território nacional. Por outro lado, outros desafios trazem grandes entraves ao segmento, como as atividades clandestinas na coleta do óleo usado; a concorrência desleal praticada por empresas que destinam inadequadamente o produto coletado; a falta de uma fiscalização mais efetiva sobre esse tipo de desvio; o excesso de burocracia que atravanca o setor; e problemas com infraestrutura de estradas e segurança para os veículos coletores. Ainda de acordo com o diretor do Sindirrefino, o Brasil, que ocupa o posto de 5º maior mercado de lubrificantes do mundo e, portanto, é o quinto maior gerador de óleo usado, tem
um percentual de coleta ainda pequeno, em torno de 38%, quando países como os Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão já atingem níveis de 57% a 59%. “Considerando que os percentuais daqueles países sejam referência para a coleta, isso significa que 20% de todo o nosso consumo não estão tendo uma destinação adequada. E aí, a responsabilidade passa a ser não só do poder público, mas de toda a sociedade”, afirmou Françolin. O Brasil é importador de óleos lubrificantes básicos, e a produção da indústria do rerrefino impacta diretamente o volume importado, reduzindo as despesas do país. A indústria vem investindo em ampliação e melhoria da qualidade. O Grupo Lwart, por exemplo, segundo seu presidente, Carlos Renato Trecenti, tem um programa de investimento de R$ 724 milhões em cinco anos para ampliação e produção de básicos do grupo II. Outras empresas do setor também vêm investindo na melhoria de qualidade. De acordo com Nilton Bastos, dono da Lubrasil e também presidente do Sindirrefino, a qualidade do óleo rerrefinado tem aumentado muito nos últimos anos, sendo em alguns casos até melhor do que produtos de primeiro refino. Entretanto, todo esforço de melhoria está tendo seus resultados prejudicados pelo grande problema que é o desvio da coleta para outras atividades que não o rerrefino. Para fechar o ciclo da cadeia produtiva e consolidar a sustentabilidade do setor, foram publicadas leis próprias para o segmento, e a principal delas é a Resolução nº 362 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, que obriga à coleta de todo o 25
Comprometimento com operações seguras e confiáveis
Acrescente Oronite.
Aqui na Oronite, segurança não é apenas uma palavra. Ela significa trabalhar para garantir que os processos e procedimentos estão bem definidos e colocados em prática. Também significa que diversas proteções estão em vigor para ajudar na prevenção de acidentes e na manutenção de um abastecimento confiável. Gostaríamos de agradecer e reconhecer o comprometimento sólido com a segurança de nossos funcionários e fornecedores. A operação com desempenho de nível internacional em segurança e confiabilidade é parte de nossa cultura e de nosso comprometimento diário com nós mesmos, com as comunidades em que operamos e com nossos clientes.
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óleo usado ou contaminado (OLUC) e o seu destino à indústria do rerrefino. O Ministério de Minas e Energia juntamente com o Ministério do Meio Ambiente publicaram a Portaria Interministerial nº59/2012, com as metas de coleta por região do país. O acompanhamento dos movimentos do mercado, coleta e produção de rerrefinados é feito por um Grupo de Monitoramento Permanente (GMP), que congrega produtores, agência reguladora, ministérios, organizações estaduais e municipais de meio ambiente, ONGs, sindicatos e técnicos do setor. Françolin lembra a grande importância de se formarem parcerias para enfrentar os entraves e desafios ligados aos desvios e atividades clandestinas: “É necessário uma articulação efetiva entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil, para trilhar esse árduo caminho”. O GMP se reúne periodicamente para troca de informações e discussões a respeito das metas de coleta, dos problemas do setor e da colaboração que os governos estaduais e municipais podem trazer no sentido de uma ação local e do estabelecimento de termos de compromisso com os agentes que operam nos estados. Na última reunião do grupo, nas instalações da Lwart, em Lençóis Paulista, no início de agosto de 2014, os participantes, que tiveram uma visita guiada pelo diretor da empresa Tiago Trecenti, levantaram a questão da fiscalização foi apontada como um ponto-chave para a credibilidade do setor e também como a situação mais crítica. De acordo com o gerente de operações logísticas da Indústria Petroquímica do Sul - IPS, Gerson Luis Stork, a atividade clandestina é muito rentável, o que favorece o crime ambiental de desvio do OLUC. Por isso, o coletor precisa ser encarado como um profissional que tem uma atividade comercial, e não um simples motorista. Segundo o gerente da IPS, os instrumentos existem, mas é preciso motivar, prevenir e motivar cada segmento da cadeia. Entretanto, há os que precisam ser reprimidos, e isso precisa ser feito urgentemente: “Estamos perdendo a guerra!”, completou Stork. O Sindirrefino, junto com o GMP, promove oficinas de capacitação técnica em vários municípios para atender às necessidades de informação e motivar a fiscalização. De acordo com o sindicato, a situação é muito grave, pois a utilização do OLUC como combustível, além de ilegal, pode ser extremamente prejudicial ao ambiente, ao lançar no ar
gases com metais pesados e outras substâncias perigosas. Ocorre que a atividade clandestina de coleta irregular oferece um valor muito mais alto para a compra do OLUC, estabelecendo assim uma competição desleal com a atividade regulamentada. Uma pesquisa realizada pelo Sindirrefino em uma região de alto nível econômico, no interior de São Paulo, mostrou que 43% das indústrias e postos de serviço entrevistados entregam seus óleos usados a coletores clandestinos, que são facilmente identificados. Porém, não há nenhuma fiscalização efetiva que possa oficializar e punir essa atividade ilegal. Nem todos os óleos lubrificantes produzidos podem ser coletados, uma vez que existem perdas em uso, incorporação do óleo em processo de produção, produtos especiais como pulverização agrícola, motor de dois tempos, exportações etc. Por isso, há um volume dispensado de coleta, que, em média Depósitos clandestinos (imagens cedidas pelo SINDIRREFINO) geral dos estados brasileiros, chega a 20%. Entretanto, existem casos interes- óleos básicos que ainda são importados em grande santes, como o apresentado no estado do Rio de quantidade. Porém, o problema da clandestinidade Janeiro, que, no ano de 2013, registrou um volume e do desvio é ainda maior do que a soma de todas de coleta correspondente a ter dispensado de co- as nossas inquietações”, finalizou Françolin. leta cerca de 51,60% do volume produzido. Os especialistas do setor provam que os depósitos clandestinos existem e os transportadores irregulares trafegam com liberdade, direcionando o OLUC a outros fins não previstos na legislação. “Buscar os 58% de coleta realizados nos países Pedro Nelson Belmiro é Engenheiro Quídesenvolvidos é, na verdade, o grande desafio. mico, Consultor Técnico em lubrificantes, Coletar e rerrefinar tornou-se uma decisão de goCo-autor do livro Lubrificantes e Lubrificação Industrial e coordenador da Comissão verno para trazer a tranquilidade ao meio ambiente, de Lubrificantes e Lubrificação do IBP. mas, sobretudo, a garantia de abastecimento dos 27
O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao 1º semestre de 2014, fruto de pesquisa realizada pela Agência Virtual junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números dos pequenos produtores.
O mercado brasileiro de lubrificantes no 1º semestre de 2014 Mercado Total Óleos Lubrificantes
710.500 m3
Produção Local: Automotivos: Industriais:
696.000 m3 497.000 m3 199.000 m3 14.500 m3
Venda de Óleos Básicos:
Mercado Total Graxas
26.000 t
Óleos Básicos: Mercado Total
658.615 m3
Produção Local: Refinarias: Rerrefino:
470.798 m3 342.798 m3 128.000 m3
Importação: Exportação:
233.867 m3 46.050 m3
Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras, Pesquisa Lubes em Foco
Obs: Os óleos de transmissão e de engrenagens passaram a ser incluídos no grupo dos óleos automotivos
* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.
Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2014/2013 por região (período jan-jun) Mil m3
Análise comparativa por produtos
450
Total de lubrificantes por região
Mil m3
400 2013 2014
360
446.911
400
2013 2014
320
419.112
318.478
280
350 300
240
250
200
301.699
160
200
50
INDUSTRIAIS
AUTOMOTIVOS
100
120
166.941
166.344
24.036
0
GRAXAS (t)
150
122.424
113.447
80
88.104
63.534
40 21.626
44.752
0
SUL
SUDESTE
Mil m3
44.221
NORTE
NORDESTE
120
210
2013 2014
202.782
180
61.539
CENTRO OESTE
Lubrificantes industriais por região
Lubrificantes automotivos por região
Mil m3
86.774
2013 2014
105
104.622
186.189
105.420
90 150
75 120 90
60 93.406
45
85.410 66.694
60
30 48.381
30 0
65.084
35.647
SUL
SUDESTE
35.084
NORTE
NORDESTE
47.345
CENTRO OESTE
23.945
23.622
15 0
18.126 7.760 SUL
SUDESTE
NORTE
1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.
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18.842 11.891
7.914 NORDESTE
11.144
CENTRO OESTE
Mercado de Lubrificantes: 1ยบ sem. de 2014 (m3)
22,1%
17,5% 1,7% 1,9% 2,5%
13,5%
7,7%
9,7% 10,6%
Mercado de Graxas: 1ยบ sem. de 2014 (t)
12,9%
BR Ipiranga Mobil Shell Chevron Petronas Castrol YPF - Repsol Total Lubrif. outros
7,4%
18,9%
8,6% 9,8% 17,9% 10,7%
13,1%
BR Chevron Ipiranga Petronas Ingrax Cosan/Mobil Shell Outros
13,6%
NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereรงo www.lubes.com.br, no item do menu SERVIร OS / MERCADO.
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Programação de Eventos Internacionais Data
Evento
2014 Setembro, 23 e 24
ICIS Food Grade Lubricants - Berlim - Alemanha: www.icisconference.com/foodgradelubricants
Outubro, 20 a 23
SAE 2014 International Powertrain, Fuels & Lubricants Meeting – Birmingham – Inglaterra: www.sae.org/events
Novembro, 4 a 6
The 3rd. ICIS African Base Oils & Lubricants Conference - Cidade do Cabo - Africa do Sul; www.icisconference.com
Dezembro, 4 e 5
10th ICIS Pan American Base Oils & Lubricants Conference - New Jersey :www.icisconference.com/panambaseoils2014
Nacionais Data
Evento
2014 Setembro, 15 a 18
Rio Oil & Gas – Rio de Janeiro – RJ – www.ibp.org.br
Setembro, 29 a 3 de outubro
29º Congresso Brasileiro de Manutenção – Santos – SP – www.abraman.org.br
Outubro, 21
VII Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos - São Paulo - SP: www.aea.org.br
Cursos Data
Evento
2014 Abril, 28 a 30
Lubrificantes e Lubrificação – São Paulo – SP : www.ibp.org.br/cursos
Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.
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RESERVE A DATA!
15 a 18 de setembro de 2014 • Rio de Janeiro - Brasil
Clube de Ideias
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2014 mais informações:
www.riooilgas.com.br organização e realização: