A Busca do Êxito na Consulta Dermatológica

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A Busca do Êxito

na consulta

dermatológica

Protocolo diagnóstico do paciente dermatológico Dra. Carmen Lorente Méndez

São Paulo – 2021

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VIII

A BUSCA DO ÊXITO NA CONSULTA DERMATOLÓGICA

índice

1 INTRODUÇÃO

1

eXPLORAÇÃO DERMATOLÓGICA: COLETANDO INFORMAÇÃO OBJETIVA....... 24

A CONSULTA DERMATOLÓGICA..........................3

Introdução.............................................................................. 24

TEORIA DA SIMPLICIDADE E DA EXCELÊNCIA: BUSCANDO A QUALIDADE. .......................................................................9

Lesões

Teoria da excelência

......................................................9

Área de conforto ou de capacidade clínica ótima..... 10 Área de exploração ou de capacidade clínica relativa......................................................................... 10 Área de risco ou de capacidade clínica insuficiente. ............................................................... 10 Exemplos de perfis veterinários

Teoria da simplicidade

...................................... 10

............................................. 14

INFORMAÇÃO 2 BUSCANDO RELEVANTE

17

aNAMNESE: A VOZ DO PACIENTE................... 19 Roteiro da anamnese

................................................. 20

1. Qual é o problema que o trouxe à consulta?......... 20 2. Quando iniciou o problema?........................................ 20 3. Informação sobre as lesões, quadro clínico

e sua evolução....................................................................... 21 4. Episódios anteriores. ....................................................... 21 5. Apresenta prurido?. ......................................................... 21 6 Apresenta otite?.................................................................. 22 7. Informação sobre o hábitat do paciente.................. 22 8. Outros animais ou pessoas de seu ambiente

apresentam lesões?.............................................................. 22

...................................................................................... 26

Lesões primárias

.................................................................. 28

Lesões primárias/secundárias Lesões secundárias

......................................... 35

............................................................. 46

Considerações finais

........................................................... 52

O QUEBRA-CABEÇA 3COMPONDO PARA CHEGAR AO DIAGNÓSTICO 53 ALGORITMO DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE ACORDO COM O PADRÃO DERMATOLÓGICO................................................ 55 A dificuldade e importância de definir o padrão dermatológico........................................... 55 Algoritmo diagnóstico do padrão pruriginoso no cão......................................................... 56 Passo 1. Determinar se o prurido provoca a lesão ou a lesão provoca o prurido................................. 57 Passo 2. Confirmar ou descartar existência de uma ectoparasitose pruriginosa....................................... 57 Sarna sarcóptica ou escabiose...................................... 57 Queiletielose......................................................................... 59 Otoacaríase ou sarna otodécica

................................... 60

Outras doenças ectoparasitárias pruriginosas.......... 60 Passo 3. Avaliar a existência de um componente infeccioso....................................................... 61

9. Controle de ectoparasitas.............................................. 22

Piodermite............................................................................. 61

10. Alimentação..................................................................... 22

Dermatite por Malassezia................................................ 64

11. Comportamento do animal......................................... 23

Passo 4. Protocolo diagnóstico da tríade alérgica. .... 65

12. Tratamentos recebidos................................................. 23

Dermatite alérgica à picada de pulga......................... 65

13. Testes diagnósticos realizados recentemente. ..... 23

Dermatite alérgica induzida por alimentos................ 66

14. Outras doenças. ............................................................. 23

Dermatite atópica canina................................................. 66

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índice

Passo 5. Diagnóstico de lesões localizadas em uma área corporal muito limitada. .......................... 68

Passo 3. Descartar a existência de demodicose e dermatofitose. ..................................................................... 90

Dermatite de contato......................................................... 68

Passo 4. Descartar a existência de piodermite ou dermatite por Malassezia............................................. 92

Dermatoses provocadas por síndromes comportamentais (prurido psicogênico)..................... 68 Passo 6. Reavaliação do caso

......................................... 68

Algoritmo diagnóstico do padrão de alopecia no cão........................................................ 70 Passo 1. Determinar se a alopecia é de origem traumática................................................................................ 71

Passo 5. Descartar a existência de leishmaniose...... 92 Passo 6. Diagnóstico diferencial de doenças causadoras de dqs (distúrbios queratosseborreicos) de forma primária ...................... 92 Adenite sebácea................................................................. 92 Seborreia idiopática primária.......................................... 94

Passo 2. Avaliar a possível presença de piodermite, demodicose ou dermatofitose................... 71

Dermatose com resposta à vitamina A....................... 94

Foliculite bacteriana........................................................... 72

Dermatites sensíveis ao zinco........................................ 95

Demodicose canina........................................................... 73

Síndrome de comedões do Schnauzer Anão........... 97

Dermatofitose....................................................................... 74 Passo 3. Avaliar outros diagnósticos diferenciais....... 75

Lúpus eritematoso cutâneo esfoliativo do Braco Alemão...................................................................... 97

Alopecia focal ou multifocal............................................ 76

Paraqueratose nasal dos Labradores.......................... 97

......................................... 77

Hiperqueratose nasodigital.............................................. 97

Alopecia areata (em áreas) a difusa............................ 84

Hiperqueratose familiar das almofadas...................... 97

Alopecia simétrica ou difusa

Algoritmo diagnóstico do padrão pustular no cão................................................................. 85

Ictiose..................................................................................... 94

Seborreia da margem das orelhas............................... 98 Linfoma cutâneo epiteliotrópico..................................... 98

Passo 1. Determinar se trata-se de um padrão pustular ....................................................... 86

Dermatite esfoliativa associada a timoma no gato................................................................................... 99

Passo 2. Realizar o exame citológico............................. 86

Síndrome hepatocutânea............................................... 100

Passo 3. Realizar uma biopsia......................................... 86

Leishmaniose..................................................................... 100

Passo 4. Doenças que cursam ou podem cursar com um padrão pustular...................................... 86

Algoritmo diagnóstico do padrão erosivo-ulcerativo no cão....................................... 102

Piodermite............................................................................. 86 Dermatofitose....................................................................... 87

Passo 1. Determinar se trata-se de um caso de autotraumatismo . .............................................. 102

Leishmaniose....................................................................... 87

Passo 2. Descartar traumatismos e queimaduras... 102

Dermatites pustulares estéreis....................................... 87

Passo 3. Descartar leishmaniose e erliquiose

Pênfigo foliáceo................................................................... 87

Passo 4. Realizar uma biopsia....................................... 106

Algoritmo diagnóstico dos distúrbios queratosseborreicos no cão.................................. 90

Foliculite-furunculose idiopática do Pastor-alemão.................................................................... 106

......... 105

Passo 1. Determinar se o quadro corresponde a um distúrbio queratosseborreico primário................ 90

Lúpus eritematoso discoide e piodermite mucocutânea..................................................................... 107

Passo 2. Assegurar a ausência de problemas sistêmicos, ambientais ou de manejo............................ 90

Carcinoma escamocelular (CEC). ............................... 108

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IX

Linfoma cutâneo epiteliotrópico................................... 108

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X

A BUSCA DO ÊXITO NA CONSULTA DERMATOLÓGICA

Dermatopatia isquêmica.................................................108

Hiperpigmentação............................................................... 126

Complexo eritema multiforme...................................... 111

Despigmentação.................................................................. 127

Lúpus eritematoso sistêmico........................................ 111

Vitiligo. .................................................................................. 128

Pênfigo vulgar.................................................................... 112

Síndrome uveodermatológica....................................... 128

Epidermólise bolhosa (eb)............................................ 112

Piodermite mucocutânea............................................... 128

Pênfigo paraneoplásico.................................................. 112

Lúpus eritematoso discoide.......................................... 128

Algoritmo diagnóstico do padrão nodular no cão................................................................. 114 Passo 1. Realizar uma citologia. .................................... 115 Reação inflamatória......................................................... 115 Neoplasia............................................................................. 116

PRÁTICO DE 4GUIA TRATAMENTO EM DERMATOLOGIA

131

Reação inflamatória associada à neoplasia............. 116

Tratamento eM dermatologIa.............. 133

Ausência de células. ....................................................... 116

Tratamento tópico........................................................ 133

Passo 2. Realizar uma biopsia....................................... 116 Processos de caráter inflamatório................................. 116 Abscessos........................................................................... 118 Paniculite............................................................................. 118

Xamputerapia....................................................................... 133 Outras apresentações diferentes de xampus............ 134

Tratamento ectoparasitário................................. 134

Furunculose eosinofílica................................................. 118

Tratamento de doenças pruriginosas causadas por ácaros: sarna sarcóptica, queiletielose e otoacariose......................................................................... 134

Dermatite eosinofílica canina. ...................................... 118

Tratamento da demodicose............................................. 134

Complexo granuloma eosinofílico (cge) do gato.. 120

Infestações por pulgas...................................................... 135

Síndrome do piogranuloma/granuloma estéril........ 118

Neoplasias epiteliais mais frequentes.......................... 120 Papilomatose oral............................................................. 120 Cistos foliculares............................................................... 121 Tumores de células basais............................................ 122 Adenomas sebáceos....................................................... 122 Neoplasias mesenquimais mais frequentes. ............. 123 Lipomas. .............................................................................. 123 Hemangiomas. .................................................................. 123 Outras neoplasias de células mesenquimais.......... 123 Neoplasias de células redondas mais frequentes... 124 Histiocitomas...................................................................... 124 Mastocitomas..................................................................... 124 Melanocitomas e melanomas. ..................................... 125

Algoritmo diagnóstico das alterações da pigmentação............................................................. 126

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Tratamento com isoxazolinas

......................................... 136

Tratamento do prurido............................................ 137 Glicocorticoides.................................................................... 137 Dexametasona...................................................................... 138 Oclacitinib.............................................................................. 138 Ciclosporina........................................................................... 139 Lokivetmab............................................................................ 139 Anti-histamínicos................................................................. 140

Antibioticoterapia em dermatologia............ 140 Seleção do antibiótico........................................................ 140 Doses e esquemas............................................................. 141 Duração da antibioticoterapia......................................... 141 Resistências bacterianas.................................................. 141

LEITURAS RECOMENDADAS................................ 143

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INTRODUÇÃO A CONSULTA DERMATOLÓGICA

FORMULÁRIO 1.1

Data: ___/___/___ No da ficha:

Consulta de Dermatologia Paciente

Cliente

Nome:

Nome do tutor:

Raça:

Pelagem:

Sexo:

Inteiro

5

Endereço: Estéril

Data de nascimento:

E-mail: Telefone 1:

Telefone 2:

Motivo da consulta

Anamnese ■

História clínica:*

Lesões observadas:

Distribuição das lesões:

Início do processo e evolução:

Prurido: Não Leve Moderado Intenso Escala __/10 Primeiro aparecimento: Lesões Prurido Resposta a glicocorticoides: Dose administrada:

Comportamento:

Hábitat:

Alimentação:

Controle de parasitas:

Outras doenças:

Medicamentos:*

Escala de prurido

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

*Nota do Revisor Científico: Questionar quando foi o último banho e qual o produto utilizado. Não esquecer de questionar se o produto é humano ou veterinário. Questionar se o tutor apresenta problemas em pele, bem como se os contactantes também. **Nota do Revisor Científico: Questionar quanto ao uso de fármacos tópicos e/ou orais.

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A BUSCA DO ÊXITO NA CONSULTA DERMATOLÓGICA

formulário 1.1 Exploração dermatológica ■■

Localização das lesões:

Lesões primárias

Lesões secundárias

Eritema

Colarete

Descamação

Nódulo

Escoriação

Pápula

Erosão

Acantose

Tumor

Coloração salivar

Pústula

Úlcera

Hiperqueratose

Cisto

Placa

Alopecia

Crosta

Fissura

Abscesso

Bolha

Comedões

Cicatriz

Calo

Fístula

Púrpura

Cilindros foliculares Mácula Erupções cutâneas Alterações da pigmentação

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INTRODUÇÃO A CONSULTA DERMATOLÓGICA

Depilação: Normal

Excessiva

Manto: Quebradiço

Seco

Pele: Normal

Sinal de Nikolsky:

Vitroscopia:

Reflexo troncopodal:

Reflexo otopodal:

Grossa

Geral

Truncal

Gorduroso Fina

7

Escasso

Quente

Fria

Seca

Gordurosa

Padrão dermatológico: Diagnósticos diferenciais:

FORMULÁRIO 1.1 (Cont.) Testes diagnósticos ■

Parasitas: Não

Pulgas

Esquerdo: Normal

Negativo

Demodex

Cocos Cocos

Bacilos Bacilos

Cheyletiella

Otodectes

Notoedres

Malassezia Malassezia

PMN intactos PMN intactos

PMN degenerados PMN degenerados

Céls. epiteliais Céls. epiteliais

Citologia: Céls. epiteliais PMN intactos Cocos Bacilos Malassezia

Outros

Exsudato ótico: Direito: Normal

Carrapatos

Raspado cutâneo: Sarcoptes scabiei

Em fezes

PMN degenerados Macrófagos Células acantolíticas

Eosinófilos

Outros testes: Sedação Biopsia Teste intradérmico/sorológico Dieta de eliminação Cortisol Creatinina e ureia Antibiograma Hemograma Análise bioquímica Urinálise FIV Leishmania Ehrlichia T4/TSH Testes de supressão com dexametasona

FeLV ACTH

Tratamento:

Controle:

ACTH: hormônio adrenocorticotrófico (corticotrofina), FeLV: vírus da leucemia felina, FIV: vírus da imunodeficiência felina, PD: polidipsia, PF: polifagia, PU: poliúria. PMN: polimorfonucleares, T4: tiroxina, TSH: hormônio tireoestimulante.

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02

A BUSCA DO ÊXITO NA CONSULTA DERMATOLÓGICA

Alguns pontos importantes durante a anamnese: ■■ Atenção tanto à linguagem verbal como à não verbal: deve-se manter contato visual com o tutor e transmitir-lhe confiança. O tutor deve perceber nosso interesse pelo animal e pelo problema. ■■ É preciso fazer anotações durante a conversação, mas isto não deve interferir no diálogo. ■■ Deve-se facilitar as respostas do tutor tanto de forma verbal como não verbal; por exemplo: dar tempo, demonstrar assentimento enquanto o tutor fala, manifestar na expressão e postura corporal que se interessa pelo que ele relata etc. ■■ Deve-se esclarecer as exposições do tutor que não pareçam claras ou que necessitem ampliação. É preciso adaptar o roteiro da consulta a cada caso. ■■ É importante resumir e repetir a informação fornecida pelo tutor, isto demonstra que se tem interesse por suas explicaçõnes e ajuda a confirmar os dados fornecidos. ■■ Atenção aos tempos: manter o centro de atenção na anamnese (não permitir divagações fora da mesma, fazer com que o tutor retorne ao foco de interesse). ■■ Não julgar o tutor: é importante aceitar a legitimidade de seu ponto de vista e seus sentimentos. ■■ Determinar a perspectiva do tutor (expectativas, medos etc.). ■■ Gerar confiança, compreensão e empatia.

profundidade. Embora pareça muito extensa quando posta no papel, o período de anamnese não deve ultrapassar os 10-15 minutos e se deve formular um resumo de toda a informação obtida.

1. QUAL É O PROBLEMA QUE O TROUXE À CONSULTA? Formula-se uma pergunta aberta: deve-se deixar o tutor expor o problema. Dependendo da informação que ele proporcionar serão feitas as perguntas subsequentes. Com esta pergunta será possível entrever o tipo de tutor que temos diante de nós: excessivamente preocupado, impaciente, metódico e detalhista, pouco observador, com pouca ou muita dedicação ao animal etc., e se poderá vislumbrar o tipo de vínculo que ele mantém com o animal. Os tutores que dão informações excessivas devem ser orientados por meio de perguntas para se obter a informação relevante e não devem ser feitas demasiadas perguntas abertas que possibilitem a perda do foco de interesse.

2. QUANDO INICIOU O PROBLEMA? Este ponto permite definir se é um quadro agudo ou crônico: ■■ Quando foram notadas as primeiras lesões? ■■ Faz quanto tempo? ■■ Que idade tinha o cão? ■■ Antes deste episódio, ele teve outros problemas de pele?

ROTEIRO DA ANAMNESE Pontos a serem contemplados na anamnese A seguir, é apresentado um roteiro de anamnese, sendo propostos os di­ferentes pontos a tratar como perguntas abertas e uma série de possíveis perguntas que podem ajudar a concretizar as respostas do tutor e definir a informação relevante. É um questionário-guia bastante amplo, cada médicoveterinário deverá adaptar este roteiro ao caso concreto, tentando coletar a informação revelada. Dependendo do caso, cada seção da informação exigirá maior ou menor

!

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1. Motivo da consulta. 2. Início do problema. 3. Lesões, quadro clínico e evolução. 4. Episódios anteriores. 5. Presença de prurido. 6. Presença de otite. 7. Hábitat do paciente. 8. Lesões em outros animais ou pessoas.

Por exemplo, o tutor pode não saber exatamente quando se iniciou o problema: “faz alguns meses”. Perguntas como: “era inverno”? Ou “fazia calor”? podem ajudá-lo a definir o momento do início do processo.

9. Controle de ectoparasitas. 10. Alimentação. 11. Comportamento do animal. 12. Tratamentos. 13. Testes diagnósticos. 14. Outras doenças.

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BUSCANDO INFORMAÇÃO RELEVANTE EXPLORAÇÃO DERMATOLÓGICA: COLETANDO INFORMAÇÃO OBJETIVA

A

B

C

D

E

F

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FIGURA 2.2. A. Lesões circunscritas ou maculares simétricas de eritema na área inguinal, dobra da patela e linha alba cranial ao prepúcio. B. Eritema intenso entre os coxins. C. Eritema leve entre os coxins. D. Eritema intenso na face interna do pavilhão auricular acompanhado de acantose e descamação crostosa. E. Eritema intenso nas extremidades. F. Eritema e exsudação em dermatite de contato por tratamento tópico.

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A BUSCA DO ÊXITO NA CONSULTA DERMATOLÓGICA

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A

B

C

D

E

F

FIGURA 2.8. A. Lesões papulonodulares no lábio de um cão associadas à furunculose. B. Lesão nodular-tumoral na cartilagem do pavilhão auricular de origem inflamatória. C. Múltiplas lesões nodulares de quérion dermatofítico (dermatofitose nodular) em um Boxer. D. Lesão nodular eritematosa devido a um granuloma eosinofílico no queixo de um gato (lesão do complexo granuloma eosinofílico). E. Pequeno nódulo cutâneo correspondente a um hemangioma. A citologia pode oferecer um diagnóstico presuntivo; o diagnóstico definitivo é definido por biopsia. F. Fluxo de sangue na punção aspirativa por agulha fina de um hemangioma. (Continua)

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BUSCANDO INFORMAÇÃO RELEVANTE EXPLORAÇÃO DERMATOLÓGICA: COLETANDO INFORMAÇÃO OBJETIVA

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FIGURA 2.12. (Cont.) C. Lesão crostosa secundária a uma foliculite bacteriana, a crosta forma um bloco com os pelos e ao se retirar a crosta estes também caem. D. Descamação intensa com formação de crostas e até estruturas similares a cornos cutâneos de localização periocular. Lesões durante o curso de um eritema multiforme diagnosticado por biopsia. E. Crosta descamativa secundária à dermatofitose em um gato. F. Crosta secundária à ulceração em uma dermatose ulcerativa idiopática felina. G. No curso de uma otite com abundante exsudato ótico, pode-se observar a presença de crostas ao secar o exsudato ótico na entrada do canal auditivo externo. H. Crosta exsudativa em uma lesão ulcerativa produzida por queimadura térmica durante uma cirurgia. (Continua)

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04

A BUSCA DO ÊXITO NA CONSULTA DERMATOLÓGICA

Instruções de xamputerapia ■■

■■

■■

■■

■■

■■

Os xampus formulados para estes tratamentos geralmente são muito concentrados: diluir uma parte de xampu em seis partes de água melhora a distribuição do xampu sobre o animal. O xampu deve ficar em contato com a pele por pelo menos 10-15 minutos, e nesse tempo deve-se massagear o animal. Em animais de pelo curto não é necessário massagear em direção contrária ao crescimento dos pelos, uma vez que isto pode predispor ao desenvolvimento de foliculites bacterianas. É imprescindível um enxágue completo e exaustivo do animal para eliminar qualquer resto de xampu. Secar com toalha e evitar o secador, embora em animais de pelo longo e no tempo frio pode ser imprescin­dível seu uso. Caso se utilize o secador, evitar o ar quente, pois pode aumentar a sensação de prurido e a secura. Os banhos de hidromassagem favorecem a penetração de princípios ativos, melhoram a hidratação cutânea e se observou que aumentam o efeito antipruriginoso do tratamento.

Outras apresentações diferentes de xampus Tem havido uma investigação crescente sobre o tratamento tópico dos animais e atualmente existem no mercado numerosos produtos de aplicação a seco, em forma de loções, espu­mas ou aerossóis, que complementam o emprego da xamputerapia, nos casos em que esta não possa ser realizada com a intensidade proposta no tópico anterior. Também existem numerosos produtos em forma de pipetas que ajudam tanto a reestruturação cutânea como no controle e prevenção de possíveis infecções secundárias.

!

Recomenda-se ativamente o emprego desses produtos como complemento dos tratamentos das doenças dermatológicas. Seu uso é simples e proporcionam grandes benefícios a hidratação, nutrição e reestruturação da pele e da barreira cutânea.

Empregar sempre produtos aprovados pelos laboratórios far­macológicos comprometidos com a dermatologia veterinária; a escolha do laboratório fica a critério de cada médico-veterinário.

2 TRATAMENTO ECTOPARASITÁRIO TRATAMENTO DE DOENÇAS PRURIGINOSAS CAUSADAS POR ÁCAROS: SARNA SARCÓPTICA, QUEILETIELOSE E OTOACARIOSE

doenças não devem ser empregadas aquelas moléculas não registradas para uso em cães e gatos.

Para que o tratamento seja eficaz é necessário agir sobre o animal afetado e todos os que convivem com ele. Podem ser realizados tratamentos ectoparasitários eficazes com: ■■ Isoxazolinas: geralmente a aplicação de um único tratamento é suficiente, mas são recomendadas pelo menos duas administrações com intervalo de um mês. ■■ Selamectina ou moxidectina tópica em pipeta (spot-on) a cada 3-4 semanas.

Antes do aparecimento das isoxazolinas, o tratamento dependia de fármacos não registrados para emprego em animais de estimação ou em doses superiores às do registro do produto (lactonas macrocíclicas e amitraz), com possíveis efeitos secundários graves. A comercialização de moléculas eficazes para o tratamento dessa doença relega ao desuso esses tratamentos, por essa razão não serão descritos. Na experiência da autora, os resultados do tratamento com isoxazolinas são excelentes e tanto a cura clínica como a parasitária ocorrem geralmente em um período de tempo inferior a dois meses. Diversas publicações indicam a elevada eficácia e rapidez na resolução de quadros de demodicose canina com o uso de isoxazolinas. A dose e esquema de administração são aqueles constantes na bula do fármaco comercializado pelo laboratório.

O tratamento sistêmico com avermectinas, como ivermectina, doramectina, moxidectina etc., pode produzir graves efeitos secundários e morte em animais com a mutação ABCB1-1A do gene MDR1, por esta razão não estão registradas para uso em animais de estimação. Havendo outros fármacos eficazes e seguros para o tratamento destas

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TRATAMENTO DA DEMODICOSE

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GUIA PRÁTICO DE TRATAMENTO EM DERMATOLOGIA TRATAMENTO DO PRURIDO

3TRATAMENTO DO PRURIDO O prurido é uma sensação desagradável que pode afetar consideravelmente a qualidade de vida do paciente. É o sinal clínico encontrado com mais frequência no curso das doenças dermatológicas, em consequência de um processo inflamatório e das lesões associadas. Em geral, o prurido desapa­recerá ao mesmo tempo que o quadro lesional, o que significa que sua resolução depende do correto diagnóstico e tratamento da doença primária que o provoca.

!

Nunca devem ser empregados glicocorticoides de ação retardada (depot) pois aumentam o risco de efeitos secundários, é difícil controlar seu metabolismo em cada indivíduo e não permitem uma correta dosificação. A via oral é a recomendada.

GLICOCORTICOIDES Sempre que houver prurido que comprometa a qualidade de vida do animal é necessário tratá-lo, seja qual for a sua origem, até identificar a causa que o provoca ou até que o tratamento da doença primária comece a ser eficaz.

A inflamação é a causa direta de prurido e, por sua vez, a coçadura induzida por este gera mais inflamação, atingindo a um círculo vicioso do qual é difícil sair e que vai aumen­ tando a intensidade e a gravidade tanto do prurido como das lesões, da inflamação e da coçadura. Deve-se romper este cír­culo infinito e, para isso, é necessário aplicar um tratamento antipruriginoso. A dermatite atópica é a única doença que pode necessitar de um tratamento antipruriginoso crônico, isto é, de forma contínua e ao longo de toda a vida do animal. O objetivo do tratamento é que o animal se livre do prurido, ou fique com um prurido mínimo que permita uma qualidade de vida aceitável, tanto para ele como para seus tutores, e evitar as graves complicações associadas ao prurido crônico. A seguir, são descritos os fármacos disponíveis para tratamento do prurido.

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Os glicocorticoides ou corticosteroides são fármacos antiinflamatórios, antialérgicos e imunossupressivos derivados do corti­sol ou hidrocortisona, hormônio produzido pelo córtex adrenal. São antipruriginosos eficazes, rápidos e econômicos, mas não estão livres de efeitos secundários e seu emprego pode mascarar sinais clínicos ou alterar os resultados de alguns testes diagnósticos, dificultando o diagnóstico final da doença. Devido à sua rapidez de ação são muito úteis para controlar episódios agudos de prurido. O efeito dos corticosteroides é imediato, por isso são úteis tanto para o controle do prurido agudo de origem alérgica ou parasitário como para o controle do prurido alérgico crônico.

Prednisona ou prednisolona As doses e o esquema antipruriginoso da prednisona ou predni­solona são:

Cães 1. 0,5 mg/kg, a cada 24 horas, durante 3-5 dias. 2. 0,25 mg/kg, a cada 24 horas, durante 2-4 dias. 3. 0,25 mg/kg, a cada 48 horas, até a suspensão do tratamento ou, no caso de dermatite atópica, para manutenção.

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LEITURAS RECOMENDADAS LIVROS Goldschmidt MH, Shofer FS. Skin Tumors of the Dog and Cat. Butterworth-Heinemann, 1998. Gross TL, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK. Skin diseases of the dog and cat: clinical and histopathologic diagnosis. Blackwell Science Ltd, 2008. Miller WH, Griffin G, Campbell K. Muller and Kirk’s Small Ani­mal Dermatology, 7th ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 2012. Scott DW, Miller WH, Griffin CE. Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology, 6th ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 2001.

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