REPRODUÇÃO DE GARANHÕES

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Reprodução de Garanhões

Organizador

Frederico Ozanam Papa Graduado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, atual Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), em 1976. Doutorado em Medicina Veterinária pela Escola Superior de Medicina Veterinária de Hannover - Alemanha - Tierätzliche Hochschule Hannover, em 1982. Pesquisador e Assessor “ad doc” da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Atuação na área de Medicina Veterinária, em Ginecologia e Andrologia Animal, principalmente com ênfase nos temas: Andrologia e Biotecnologia de Sêmen Equino e Embrião.

São Paulo – 2020

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C

olaboradores André Maciel Crespilho

Doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia vda Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Bruno Ribeiro Avanzi

Mestre pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Camila de Paula Freitas-Dell’Aqua

Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Cely Marini Melo e Oña

Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Denise Pereira Leme

Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Fabiola Soares Zahn

Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Gabriel Augusto Monteiro

Doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Ian Martin

Doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

José Antonio Dell’Aqua Junior

Doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

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REPRODUÇÃO DE GARANHÕES

XII

Lorenzo Garrido Segabinazzi

Doutorando pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Luis Fernando Mercês C. Silva

Mestre pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Luiz Roberto Pena de Andrade Júnior

Doutor pela Faculdade de Medicina de Botucatu, SP. Professor Livre-docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Marco Antônio Alvarenga

Doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Maria Fernanda Svizzero Reghini

Mestre pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Nereu Carlos Prestes

Doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP. Professor Livre-docente pela FMZ-UNESP, Botucatu, SP.

Patricia de Mello Papa

Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Priscilla Nascimento Guasti

Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu-SP.

Sidnei Nunes de Oliveira

Doutorando pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Thaís Mendes Sanches Cavalero

Doutoranda pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Verônica Flores da Cunha Scheeren

Doutoranda pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP.

Yamê Fabres Robaina Sancler da Silva

Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FMVZ-UNESP), Botucatu, SP

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S

úmario Capítulo 1 História da Inseminação Artificial. .......................................................................................................................... 1 Patricia de Mello Papa e Frederico Ozanam Papa

Capítulo 2 Anatomia e Aspectos Fisiológicos do Aparelho Reprodutor do Garanhão................ 17 Frederico Ozanam Papa e Patricia de Mello Papa

Capítulo 3 Endocrinologia e Fisiologia Reprodutiva do Garanhão................................................................... 29 Denise Pereira Leme, Frederico Ozanam Papa e Yamê Fabres Robaina Sancler da Silva

Capítulo 4 Espermatogênese........................................................................................................................................................................ 41 Denise Pereira Leme, Ian Martin e Frederico Ozanam Papa

Capítulo 5 Exame Andrológico em Garanhões......................................................................................................................... 55 Priscilla Nascimento Guasti e Frederico Ozanam Papa

Capítulo 6 Técnicas Alternativas para Colheita de Sêmen de Garanhões............................................... 81 Gabriel Augusto Monteiro e Thaís Mendes Sanches Cavalero

Capítulo 7 Ultrassonografia Aplicada ao Exame Andrológico em Garanhões...................................... 95 Gabriel Augusto Monteiro

Capítulo 8 Endoscopia do Trato Genital de Garanhões............................................................................................... 119 Yamê Fabres Robaina Sancler da Silva

Capítulo 9 Biotecnologia de Refrigeração de Sêmen Equino.............................................................................. 125 Bruno Ribeiro Avanzi, Frederico Ozanam Papa, Lorenzo Garrido Segabinazzi e Marco Antonio Alvarenga

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XIV

Capítulo 10 Biotecnologia da Congelação do Sêmen Equino................................................................................. 145 Sidnei Nunes de Oliveira, Luis Fernando Mercês C. Silva, Frederico Ozanam Papa e Marco Antonio Alvarenga

Capítulo 11 Biotécnicas Utilizadas na Melhora da Qualidade do Sêmen Equino.......................... 179 Luiz Roberto Pena de Andrade Júnior, Marco Antonio Alvarenga e Frederico Ozanam Papa

Capítulo 12 Métodos de Avaliação In Vitro da Qualidade Espermática...................................................... 193 Camila de Paula Freitas-Dell’Aqua e José Antonio Dell’Aqua Junior

Capítulo 13 Patologias de Pênis e Prepúcio em Garanhões..................................................................................... 217 Nereu Carlos Prestes

Capítulo 14 Criptorquidismo em Equinos. ..................................................................................................................................... 231 André Maciel Crespilho, Patricia de Mello Papa e Thaís Mendes Sanches Cavalero

Capítulo 15 Degeneração Testicular...................................................................................................................................................... 241 Marco Antonio Alvarenga, Frederico Ozanam Papa e André Maciel Crespilho

Capítulo 16 Hérnia Inguinoescrotal....................................................................................................................................................... 251 André Maciel Crespilho e Frederico Ozanam Papa

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Súmario

XV

Capítulo 17 Doenças Sexualmente Transmissíveis.............................................................................................................. 257 Fabiola Soares Zahn, Frederico Ozanam Papa e Verônica Flores da Cunha Scheeren

Capítulo 18 Distúrbios do Comportamento Sexual de Garanhões..................................................................... 267 Frederico Ozanam Papa, Gabriel Augusto Monteiro e Verônica Flores da Cunha Scheeren

Capítulo 19 Hormonoterapia em Garanhões................................................................................................................................ 271 Cely Marini Melo e Oña, Maria Fernanda Svizzero Reghini e Frederico Ozanam Papa

Capítulo 20 Alterações Testiculares e do Cordão Espermático. ............................................................................ 283 Marco Antonio Alvarenga, Frederico Ozanam Papa, André Maciel Crespilho e Verônica Flores da Cunha Scheeren

Capítulo 21 Alterações Epididimárias e das Glândulas Sexuais Acessórias.......................................... 295 Verônica Flores da Cunha Scheeren, Marco Antonio Alvarenga e Frederico Ozanam Papa

Capítulo 22 Casos Clínicos em Andrologia Equina.............................................................................................................. 303 Thaís Mendes Sanches Cavalero e Frederico Ozanam Papa

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História da Inseminação Artificial

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O desenvolvimento mais significativo da vagina artificial ocorreu nos anos 1990, quando Lopes et al. (1991)85 testaram diferentes tipos de mucosas e suas influências sobre a qualidade de sêmen de equino. Os autores observaram que, dependendo do tipo de mucosa de látex utilizada e o contato direto do ejaculado com esta mucosa, poderia ocorrer redução da motilidade espermática, ou até se produzir um quadro de imobilização total dos espermatozoides (acinesia). O trabalho foi publicado na Revista do Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, por Lopes et al. (1997),85 no qual os autores testaram diversos tipos de mucosas (látex, lâmina rosa e mucosa de látex alemã), para colheita

de sêmen equino, e observaram que a mucosa plástica, ao revestir externamente as mucosas de látex ou borracha, mostrou-se superior às demais em motilidade e vigor. A partir desse momento, a maioria das colheitas de sêmen equino, tanto no Brasil como em centros e faculdades internacionais de Medicina Veterinária, passaram a ser feitas com o uso de mucosa plástica como revestimento externo dos diferentes tipos de mucosas de látex ou borracha. A partir deste fato científico, hoje, quase que a totalidade de colheitas de sêmen equino, tanto no Brasil como no resto do mundo, são realizadas utilizando-se a mucosa plástica por ser uma metodologia extremamente prática e higiênica.

VAGINAS ARTIFICIAIS DESENVOLVIDAS EM CENTROS DE REPRODUÇÃO EQUINA, BEM COMO EM ESCOLAS E FACULDADES DE MEDICINA VETERINÁRIA EM DIFERENTES REGIÕES DO MUNDO (Figs. 1.12, A-I)

A

B

C

D

E

F

G

H

I

Figura 1.12. A-C) Vaginas artificiais, modelo“Missouri-USA”. D) Vagina artificial modelo Hannover, Alemanha. E e F) Vagina artificial, modelo Colorado, EUA. G) Vagina artificial, modelo Equidame, Finlândia. H e I) Phantom Inteligente para colheita de sêmen de equinos, modelo Equidame, Finlândia.

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sete a oito contrações rítmicas dos músculos perianal e periuretral. As contrações rítmicas podem ser sentidas com a mão colocada na base do pênis, nas colheitas de sêmen com vagina artificial, ou serem observadas visualmente por meio dos movimentos da cauda tanto na colheita de sêmen, como durante a monta natural. Durante a ejaculação, a sequência provável das secreções glandulares é a secreção aquosa da glândula prostática dentro da uretra pélvica, que é eliminada junto com os líquidos pré-seminais; em seguida, apresenta-se a fração rica em espermatozoides, que é composta de espermatozoides + secreções epididimárias + líquidos prostáticos e fluidos das glândulas bulbouretrais. Normalmente, o ejaculado consiste em três a seis frações seguidas ricas em espermatozoides. O gel, ou

fração pós-espermatozoides, é secretado pelas vesículas seminais e tem função desconhecida. Alguns autores descrevem que a secreção funcionaria, fisiologicamente, como um tampão cervical sem relação com a fertilidade, mas serviria para reter grande parte do ejaculado dentro do útero da égua, visto que na fêmea equina, durante o estro, a cérvix encontra-se relaxada, o que possibilitaria o refluxo e a perda do sêmen para o meio exterior. O segundo ejaculado, normalmente, contém pouco ou nenhum gel. Logo após a ejaculação, o garanhão apresenta relaxamento gradativo do pênis e da glande intumescida, com constrição das artérias pelo estímulo simpático e descompressão das veias pelo relaxamento dos músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso.2

Veia

Artéria

Pênis FLÁCIDO

Septo intercrural

Figura 2.9. Esquema mos-

trando a irrigação sanguínea peniana durante a fase de flacidez. Fonte: Libbs Farma-

Túnica albugínea do corpo cavernoso

cêutica – www.libbs.com.br.

Veia dorsal profunda

Pênis Ereto

Artéria dorsal do pênis

Corpo cavernoso

Artéria profunda do pênis

Figura 2.10. Esquema mos-

trando a irrigação sanguínea peniana na fase de ereção.

Fonte: Libbs Farmacêutica – www.libbs.com.br.

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Uretra Corpo esponjoso Artéria uretral

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proporção, dopamina.29. Esse bloqueio na principal via de remoção dos neurotransmissores leva ao aumento da concentração das aminas na fenda sináptica. Com isso, o neurotransmissor permanece por um período mais longo para a reação com os receptores, levando a um aumento da resposta pós-sináptica,30 por exemplo, dos receptores α-adrenérgicos.

A

Alguns efeitos colaterais, como falhas de ereção, emissão seminal, ejaculação espontânea associada ao bocejo já foram observados durante a terapia antidepressiva com clomipramina31,32. A partir destes achados McDonnell et al. (1987)33 iniciaram as pesquisas sobre o efeito da aplicação de ATC em garanhões normais ou com a disfunção ejaculatória.

B

Figura 6.3. A e B) Garanhão apresentando ereção incompleta mesmo quando estimulado com égua em cio.

A

B

C

Figura 6.4. A) Garanhão apresentando lesões traumáticas próximas às articulações társicas, dificultando a propulsão para a

monta. B) Garanhão apresentando paralisia peniana secundária a meningoencefalite protozoária equina (EPM). C) Garanhão apresentando lesões proliferativas e ulceradas na glande peniana devido a carcinoma de células escamosas, impossibilitando a penetração do pênis no canal vaginal.

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Endoscopia do Trato Genital de Garanhões

A

D

121

B

E

C

F

Figura 8.2. A) Imagem macroscópica de um sêmen contaminado com pus (piospermia). B) Imagem de microscopia óptica, em aumento de 40×, de um esfregaço de sêmen, contendo células inflamatórias (piospermia), corado com kit Panótico. C e D) Colheita de sêmen de um garanhão com histórico de contaminação do sêmen com sangue (hemospermia). E) Diferentes graus de hemospermia em amostras seminais. F) Imagem de microscopia óptica em um aumento de 40× de um esfregaço de sêmen, contendo hemácias (hemospermia) corado com kit Panótico.

Figura 8.3. A) Videoendos-

A

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B

cópio apropriado para o exame do trato reprodutor de garanhão. B) Introdução da sonda endoscópica na uretra peniana no momento do exame.

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Patologias de Pênis e Prepúcio em Garanhões

A

221

Figura 13.8. A) Habronemose na região do processo uretral. B) Laceração do processo uretral externo. Fotos de Frederico O.

B

A

Papa.

B

Figura 13.9. A) Habronemose prepucial e (B) garanhão em exposição de pênis após ser submetido a cirurgia e retirada do tecido

exuberante. Fotos de Nereu C. Prestes e Frederico O. Papa.

Figura 13.10. Exposição passiva pênis pós-trauma.

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Figura 13.11. Circlagem do óstio prepucial.

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Patologias de Pênis e Prepúcio em Garanhões

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Uretra

A

Corpo cavernoso do pênis

Figura 13.22. A) Após a aplicação

B

dos pontos, amputa-se o pênis. B) Aplicação dos pontos aproximando-se os bordos da região peniana amputada. Desenho de

A. A. P. Derussi, 2017, modificado de Turner e McIlwraith, 1985.8

A

B

Figura 13.23. A) Incisão longitudinal da uretra para amputação do pênis com tumor. B) Amputação total de pênis é realizada na base do triângulo, envolvendo a pele, subcutâneo, corpo esponjoso e cavernoso e a uretra. Fotos de Nereu C. Prestes.

Figura 13.24. A) Hemostasia (liga-

A

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B

dura) dos vasos visíveis e rigorosa sutura hemostática da túnica albugínea que envolve o corpo cavernoso. B) Sutura com pontos simples das bordas da ferida na pele, nos lados do triângulo, com fio não absorvível. Procedimento final recobrindo a porção que foi amputada. Fotos de Nereu C. Prestes.

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REPRODUÇÃO DE GARANHÕES

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Figura 15.2. Foto mostrando degeneração testicular bilateral

grau 2, em garanhão de 5 anos de idade da raça Brasileiro de Hipismo. Testículos pequenos e muito flácidos, após quadro de babesiose, medindo 5/5 cm (comprimento) × 3,5/4,0 cm (largura) × 3,5/3,5 cm (altura), respectivamente, para testículos direito/esquerdo. Foto de Patricia de Mello Papa.

Figura 15.3. Foto mostrando degeneração testicular unilateral grau 2, em garanhão de 5 anos de idade da raça Quarto de Milha. Testículo direito muito flácido (grau 3), após trauma com o laço. Testículo esquerdo com padrões normais. Medidas: TD 5×4×4 cm (comprimento × largura × altura), TE 9×6×6,5. Foto de Patricia de Mello Papa.

Figura 15.4. A) Mostrando

testículos de um garanhão Quarto de Milha de 24 anos com degeneração bilateral, sendo esta mais acentuada no testículo esquerdo. B) Mostrando o comprimento testicular direito de 5,5 cm do mesmo garanhão Quarto de Milha de 24 anos com degeneração testicular bilateral. Foto de Patricia de

Mello Papa.

A

A evolução do quadro espermático é variável, contudo, o prognóstico é na maioria das situações, favorável desde que seja possível eliminar o agente indutor do dano testicular. Nos casos em que o fator senilidade está envolvido, o prognóstico passa a ser desfavorável. A punção por agulha fina (CAAF ou PAAF) representa outra importante ferramenta diagnóstica especialmente útil nos quadros de DT grave acompanhada de azoospermia,14 fornecendo informações quanto à funcionalidade do parênquima testicular através da avaliação das diversas fases da espermatogênese.15

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B Tratamento A remoção ou tratamento da causa primária, nos casos dos insultos testiculares agudos (torções, distúrbios circulatórios, febre, infecção etc.) podem permitir a recuperação e regeneração nos quadros de DT,11 representando a primeira abordagem de tratamento a ser instituída. Em casos de DT unilateral, torna-se necessária a realização da orquiectomia do testículo afetado, impedindo assim uma possível produção de anticorpos antiespermatozoides, edema e prejuízos à termorregulação que possam afetar a integridade do testículo hígido.2

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Casos Clínicos em Andrologia Equina

A

B

309

C

D

Figura 22.4. A) Colheita de amostra seminal para cultura e antibiograma. B) Segundo ejaculado exibindo hemospermia, principal-

mente na terceira fração. C) Presença de grande quantidade de neutrófilos em esfregaço seminal corado por Panótico®. D) Presença de grande quantidade de neutrófilos e hemácias em esfregaço corado por eosina-nigrosina. Fotos de Thaís Mendes Sanches Cavaler

recidivas, bem como à possibilidade de infecções secundárias em testículos e epidídimos. Durante o tratamento sistêmico, o animal mostrou redução da piospermia, porém com cultura positiva para as mesmas bactérias isoladas previamente. No entanto, dois meses após o término da antibioticoterapia, o animal já apresentava piospermia novamente, evidenciando assim a dificuldade no tratamento dessa afecção.

Figura 22.5. Endoscopia transuretral da vesícula seminal de garanhão com vesiculite seminal. Foto de Thaís Mendes Sanches Cavalero.

CASO 7 HABRONEMOSE PENIANA Garanhão da raça Crioula, 10 anos, com histórico anterior de crescimento progressivo de massa prepucial há aproximadamente 90 dias. Foi realizado tratamento anterior para habronemose à base de ivermectina e dexametasona, apesar de melhora do quadro durante o tratamento, a lesão não exibiu cicatrização e regressão do tecido exuberante. Ao exame clínico geral, o animal não apresentou nenhuma alteração dos parâmetros vitais. Ao exame clínico específico, observou-se a

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presença de massa em região prepucial, de consistência firme, medindo aproximadamente 20 cm de diâmetro, impedindo a exposição peniana (Fig. 22.6, A). Foram observados ambos os testículos em bolsa escrotal, apresentando consistência flácida e tamanho, forma, posição e mobilidade normais para os padrões da raça. Preconizou-se a remoção cirúrgica da massa pela técnica de circuncisão prepucial, com preservação total pênis (Fig. 22.6, B-C). Foi realizado diagnóstico diferencial

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Figura 22.10. Garanhão apresentando libido normal e ereção

incompleta após exposição a égua em cio. Foto de Thaís Mendes

Sanches Cavalero.

vagina artificial e, mesmo quando introduzido, não apresentava ereção completa. Após sucessivas tentativas de colheitas malsucedidas, o animal finalmente ejaculou com parâmetros espermáticos extremamente baixos (Tabela 22.5), confirmando o diagnóstico de degeneração testicular associada a disfunção erétil e rotação testicular. em vértebra lombar, sem histórico de traumas ou sensibilidade dolorosa. Garanhões com disfunção erétil geralmente apresentam dificuldade em ejacular, assim, métodos alternativos de colheita, como a estimulação manual do pênis com o auxílio de compressas térmicas, podem auxiliar na colheita de animais com esta alteração, no entanto, o garanhão do presente caso não conseguiu ejacular por esse método. A colheita em vagina artificial foi realizada após intensa compressão manual da base do pênis, com o objetivo de reduzir o retorno venoso e aumentar a pressão intracavernosa, favorecendo assim a ereção. No entanto, devido ao alto grau de desgaste físico, ao qual o animal foi submetido para obter essa colheita de sêmen, optou-se pelo método alternativo por indução farmacológica da ejaculação. O protocolo utilizado foi baseado

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Figura 22. 11. Garanhão colhido por indução farmacológica

da ejaculação por meio de suspensório acoplado a mucosa plástica e amarrado ao flanco do animal. Foto de Thaís Mendes

Sanches Cavalero.

Tabela 22.4. Parâmetros testiculares de garanhão com degeneração testicular grau 3.

Tamanho Simetria

Testículo Esquerdo

Testículo Direito

6 × 4,5 × 5,5 cm

5 × 4 × 4 cm

Assimétricos

Forma

Ovoide

Ovoide

Posição

Horizontal

Horizontal

Consistência

Flácida

Flácida

Sensibilidade

Ausente

Ausente

Mobilidade

Presente

Presente

Epidídimos

1 × 1 cm

1 × 1 cm

na administração de 2,6 mL de cloridrato de xilazina (0,66 mg/kg/IV) e a ejaculação ocorreu 2 minutos após a indução. Para a colheita do ejaculado, foi utilizado suspensório amarrado ao flanco e acoplado a uma mucosa plástica que envolvia o pênis (Fig. 22.11). Os parâmetros seminais foram similares aos obtidos na colheita por vagina artificial, conforme dados apresentados na Tabela 22.4. O tratamento preconizado

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