MACAÉ OFFSHORE 1
2 MACAÉ OFFSHORE
ÍNDICE / CONTENTS
Matéria de capa | Report of Cover
34 38
Decepções passadas, apreensões futuras Past disappointments, future concerns Maré Alta | High Tide Cinco minutos | Five minutes Luciana Sandri Luciana Sandri
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Entrevista | Interview Renato Bertani Renato Bertani
14 15
Tecnologia | Technology
30 32
Sísmica 4D ganha espaço na E&P 41 4D Seismic gains ground in E&P 44
Logística | Logistics
“Caixa-preta” na logística do Pré-sal 46 “Black box” in the Pre-salt logistics 48
Empresas & Negócios | Companies & Business Total planeja investir US$
16
2 bilhões até 2020 no Brasil Total plans to invest US$
17
2 billion until 2020 in Brazil Para Sotreq, em 2015 será preciso
18
cautela, mas com certo otimismo In 2015, Sotreq needs to be cautious, but a little optimistic Prumo Logística investiu R$
19 20
1,5 bilhão em 2014 Prumo Logística invested R$
22
1.5 billion in 2014
Clariant aposta no crescimento da produção de O&G no Brasil para ampliação dos seus negócios Clariant bets on the Brazilian O&G production growth to boosts its own business Brasco dobra capacidade a embarcações de apoio offshore Brasco doubles capacity to offshore supply vessels “Em 2015, as oportunidades surgirão” “In 2015 new opportunists will come”
24 25 26 27 28 28
Colunas | Columns Inteligência Competitiva Competitive Intelligence Glauco Nader
Por dentro do mercado Inside the market Celso Vianna Cardoso
Destaque Jurídico Juridic Highlight Maria d´Assunção Costa
Rede Petro-BC Rede Petro-BC Ive Talyuli
9 9
Oportunidades num contexto de crise Opportunities in a crisis context
10 11
Que fase! What a phase! Direito na área de óleo & gás em 2015: o que se espera Law in the oil and gas area in 2015: what to expect I Rodada de Negócios da Rede Petro-BC supera expectativas 1st Rede-Petro-BC’s Business To Business Round-Robin I Excels Expectations
12 13 49 50
Mais informações: www.macaeoffshore.com.br
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CARTA AO LEITOR / LETTER TO THE READER
Superação é a palavra em 2015 O ano de 2014 pode ser definido em uma palavra: difícil. Eleições conturbadas, crise econômica, escândalos de corrupção na maior empresa brasileira e quadro internacional instável (com ênfase na queda de preços de commodities) compuseram o intricado enredo durante esses 12 meses. As preocupações que surgem vão ter efeitos significativos na indústria de petróleo para 2015 e, por conseguinte, para os próximos anos. Todo esse quadro faz com que as apostas por um futuro promissor para a indústria no Brasil se tornem rarefeitas. Mesmo com o aumento da produção (que vem batendo recorde mês a mês) da Petrobras, muitas empresas demonstram cautela em aportar novos investimentos neste setor que exige previsibilidade e segurança jurídica para as suas atividades. No entanto, mesmo mergulhada em vicissitudes, a indústria ainda nutre expectativas para a volta das rodadas de leilão de
concessão de áreas no Brasil. Anunciados pela presidente da ANP e confirmada pelo Ministério de Minas e Energia, os leilões podem significar um alívio no quadro que beira à desestabilização. Ao longo de 2014, o leitor da Macaé Offshore pôde conferir os meandros da indústria, entrevistando figuras importantes do setor e relatando os movimentos que ela executa. E, como aqueles que anseiam por uma mudança positiva neste cenário, esperamos que o governo, que entra em seu segundo mandato, adote políticas que tragam benefícios reais para a indústria neste momento de turbulência. Resta saber se as possíveis mudanças serão capazes de superar os problemas que enfrentamos atualmente. Confiamos que sim, pois sabemos que governos passam, e a indústria fica. Essa mesma que sempre aprende a lidar com adversidades que se impõem desde o seu nascimento no País. Boas Festas e um Feliz 2015
Overcome is the word for 2015 The year of 2014 can be best described with a single word: difficult. Troubled elections, economic crises, corruption scandals in the most important Brazilian company and unstable international market (with emphasis in the drop of commodities prices) composed the intricate 12-month period. Concerns arising will have significant impacts on the oil industry in 2015, extending their roots to the following years. This whole scenario turns expectations of a promising future for the industry in Brazil into a rare thing. Even with the increase in production (which is breaking records month after month) of Petrobras, many companies are cautions in allocating new investments in this sector, as it requires predictability and legal safety to carry out their activities. However, even if it is drowned in vicissitudes, the industry is still nurturing expectations for the comeback of the concession auction rounds of areas in Brazil. 4 MACAÉ OFFSHORE
As announced by the president of ANP and by the Ministry of Mines and Energy, the auctions may result in a relief in the current scenario which is slowly walking the path to destabilization. Throughout 2014, the reader of Macaé Offshore was able to follow up the ups and downs of the industry thanks to interviews with important figures of the sector and reports on its movements. And, as those eagerly desiring for a positive change in this scenario, we hope that the government, now in its second run, will adopt policies that will bring real benefits to the industry in these troubled times. The ultimate question is whether the possible changes will be able to overcome the problems we are currently facing. We hope so, as we know that governments come and go but the industry remains. The same old industry that is used to learn and deal with adversities arising since its birth in the Country. Happy Holidays and a Merry 2015
Capa / Cover: Paulo Mosa Filho Fotos / Photos: Divulgação A Macaé Offshore é uma publicação bimestral, bilíngue (português / inglês), editada pela Macaé Offshore Editora Ltda. Macaé Offshore is a bimonthly, bilingual publication (Portuguese / English), edited by Macaé Offshore Editora Ltda. Rua Teixeira de Gouveia, 1807 - Centro Macaé/RJ - CEP 27.916-000 Tel/fax: (22) 2770-6605 Avenida 13 de Maio, 13 - Sl. 1.713 - Centro Rio de Janeiro/RJ - CEP 20.031-901 Tel: (21) 3174-1684 Site: www.macaeoffshore.com.br Direção Executiva: / Executive Director: Bruno Bancovsky Jornalistas colaboradores: / Collaborators reporters : Brunno Braga (MTb. 050598/00) Rodrigo Leitão Flávia Domingues (MTb. 27478/RJ) redacao@macaeoffshore.com.br reportagem@macaeoffshore.com.br Publicidade: / Advertising: Fernando Albuquerque publicidade@macaeoffshore.com.br Diagramação: / Diagramming: Paulo Mosa Filho arte@macaeoffshore.com.br Revisão: / Review: Silvia Bancovsky Tradução em inglês: / English version: Prowords Professional Translations Distribuição: / Distribution: Dirigida às empresas de petróleo e gás To the oil and gas companies 79ª Edição - Dezembro/Janeiro 79th Edition - December/January Tiragem: / Copies: 5.000 exemplares/copies Assinatura: / Subscriptions: (22) 2770-6605 assinatura@macaeoffshore.com.br A editora não se responsabiliza por textos assinados por terceiros Macaé Offshore is not responsible for articles signed by third parties
MARÉ ALTA
Brasil Offshore promete recorde de público em 2015 Com uma expectativa de público maior, contando com um espaço ampliado e com uma infraestrutura pronta para receber visitantes de todo o mundo, a Brasil Offshore 2015 promete ser melhor e mais completa edição desde que o evento foi lançado em 2001. A feira ocorrerá entre os dias 23 e 26 de junho de 2015, em Macaé. Essa será a oitava edição do evento. A cerimônia de lançamento da feira foi realizada no dia 04 de novembro, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de vários representantes de empresas, acadêmicos, de instituições do segmento de O&G no país. Estiveram, também, presentes o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, e outros membros do governo do município. Segundo Igor Tavares, diretor de eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado (empresa responsável pela organização do evento), a Brasil Offshore 2015 contará com cerca de 800 expositores, um número 10% maior do que o registrado na última edição do evento, realizada em 2013.
Além do crescimento no número de expositores, Tavares disse que prevê, ainda, maior movimentação de pessoas, passando de 48 mil visitantes em 2013 para 53 mil no ano que vem. Por isso, o pavilhão onde será realizado o evento será ampliado para 45 mil metros quadrados. “A Brasil Offshore vai ocorrer num ano em que a indústria estará com um humor melhor do que o apresentado em 2014”, disse o diretor da Reed Exhibitions Alcantara Machado. Ele acrescentou que os destaques do evento serão para os temas que tratam dos campos novos do pré-sal existentes na Bacia de Campos e sobre os desafios tecnológicos para recuperação de campos maduros. Em relação à infraestrutura na cidade para receber este evento de grande porte, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, disse que Macaé está preparada para receber o grande afluxo de pessoas durante os dias da feira. “Além de melhorias, a cidade conta hoje com quatro novos hotéis para abrigar os visitantes. Por isso, acho que não teremos grandes problemas nessa área”, avaliou.
Estimular o debate para temas de interesse da indústria Presente na cerimônia oficial de lançamento da Brasil Offshore, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca, disse que o evento será de grande importância para que se continue a discutir os grandes temas que estão presentes na indústria. Entre eles, a manutenção do calendário dos leilões de concessão de petróleo. Além dos expositores, a Brasil Offshore contará com uma Rodada de Negócios, conferências técnicas. Segunda a organização, a expectativa é que a iniciativa gere aproximadamente R$ 1 bilhão para as empresas candidatas a fornecer produtos e serviços junto ao setor de petróleo e gás.
Sinaval pede união de fornecedores da Petrobras O presidente do Sinaval (Sindicato das Indústrias da Construção e Reparação Naval e Offshore), Ariovaldo Rocha, apontou recentemente que o aumento da produção de petróleo no Brasil é uma realidade. Segundo ele, o bom resultado foi atingido com trabalho competente da Petrobras e com navios e plataformas de produção construídas em estaleiros brasileiros. Atualmente existem 16 plataformas construídas e em construção em estaleiros locais; cujas entregas já se iniciaram. “Os estaleiros brasileiros criam empregos para mais de 80 mil pessoas em diversas regiões do país, construindo para oito segmentos do mercado: rebocadores portuários; comboios fluviais; navios de apoio offshore; navios porta contêineres; navios de carga a granel (graneleiros); navios petroleiros; plataformas de produção de petróleo e sondas de perfuração”, afirma Ariovaldo. Em nota, o executivo ressaltou a importância da Petrobrás para o futuro do desenvolvimento brasileiro, considerando as reservas provadas de petróleo, reconhecidas internacionalmente. Propõe também a união dos fornecedores da Petrobras a favor das conquistas legítimas alcançadas e que contribuem para o desenvolvimento social e econômico do país. MACAÉ OFFSHORE 5
MARÉ ALTA
Para Baixo! A Petrobras anunciou para analistas e investidores, a revisão de sua meta de crescimento da produção para 2014/15. De acordo com a companhia, a nova meta fixada pela estatal varia entre 5,5% e 6%. Inicialmente, a diretoria da Petrobras trabalhava com a meta de 7,5%, com margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos. Nos nove primeiros meses do ano, a produção de óleo totaliza, em média, 1,995 milhão de barris diários. A estatal atribui a revisão da meta ao atraso na entrega de plataformas e à necessidade de obras à bordo; além de atrasos nos processos de licenciamento e na interligação de alguns poços. O desempenho, ainda segundo a empresa, foi atenuado pelo melhor desempenho dos reservatórios do pré-sal, pelo replanejamento das paradas técnicas e por melhorias de eficiência operacional.
Macaé por você Em mais uma ação de aproximação com os empresários, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, realizou o “Encontro com as Indústrias da Cadeia de Óleo e Gás”, no município de Macaé. A proposta do evento, que aconteceu na sede da Petrobras, no bairro Imboassica, foi apresentar as obras de infraestrutura da cidade e, ainda, fomentar a parceria com o setor. Na ocasião, o portal Macaé por Você foi destacado como ferramenta para contribuir na identificação das prioridades da gestão municipal. Durante o encontro, Dr. Aluízio elencou as principais obras que também têm beneficiado a cadeia de petróleo. Entre elas, a macrodrenagem de Imbo-
assica; ampliação da rodovia Norte Sul I e II, estrada Santa Tereza, com licitação prevista para dezembro; urbanização e revitalização do Parque de Tubos; melhoria do fluxo de veículos; ampliação da RJ-106; e o Portal de Licenciamento, que visa reduzir a burocracia nos processos de abertura de empresas. O consultor da Associação Internacional das Empresas de Perfuração (IADC), Rogério Furtado, afirmou que a aproximação está consolidada. “A prefeitura apresentou dados que estão melhorando a cidade. Agora vamos procurar estar representados nas prioridades para o poder público”, acrescentou Rogério.
Nova Associada Fundada em 2001, na cidade de Macaé (RJ), sede das operações na Bacia de Campos e conhecida como a capital brasileira do petróleo, a Macaé Offshore Editora Ltda acaba de se tornar a mais nova associada da Rede Petro-BC. Nesses 13 anos de existência a Revista Macaé Offshore, com edição bimestral e bilíngue, conquistou espaço 6 MACAÉ OFFSHORE
e relevância nacional e internacional, com forte presença especialmente nas principais bacias petrolíferas do Sudeste – Santos e Espírito Santo, onde está concentrada boa parte das reservas brasileiras de petróleo e gás. Ao longo de sua História, a Macaé Offshore se consolidou no mercado editorial como um dos mais importantes e respeitados títulos do segmento de energia no Brasil.
Crescimento da produção de petróleo do terceiro trimestre gera quase R$ 380 milhões de investimentos em P,D&I O terceiro trimestre de 2014 registrou recorde de obrigações de investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) para as petroleiras devido ao aumento da produção de petróleo no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), foram gerados R$ 378.640.274,60 de obrigação em investimento, o que representa um aumento de 5,5% frente ao segundo trimestre de 2014 e de 11,5% em relação ao terceiro trimestre de 2013. O montante deste ano, até o terceiro trimestre, já ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão, com expectativa de encerrar 2014 em cerca de R$ 1,4 bilhão. Esses recursos são gerados pela cláusula dos contratos das empresas produtoras de petróleo que determina o investimento de 1% da receita bruta de campos com alta produtividade ou rentabilidade (aqueles nos quais é devido o pagamento da Participação Especial) em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação. Nesse trimestre, três novos campos passaram a pagar Participação Especial e, consequentemente, obrigação de investimento em P,D&I: Argonauta, Mexilhão e Baleia Franca. Os dois últimos são 100% Petrobras, e o campo de Argonauta tem participação de Shell (50%), ONGC Campos (27%) e QPI Brasil Petróleo (23%), a unidade global da Qatar Petroleum. O campo de Roncador (100% Petrobras), com R$ 57 milhões continua sendo o campo que gera as maiores obrigações. O prazo para a realização dos investimentos em P,D&I relativo ao período de 2014 é 30 de junho de 2015.
HIGH TIDE
Brasil Offshore promises a new record of attendance for 2015 With an expectation of higher public and now having an enhanced space with a infrastructure ready to welcome visitors from all across the globe, Brasil Offshore 2015 promises to be the best and most complete edition since its very first launch in 2001. The fair will occur on days 23 to 26 of June, in Macaé. This is the eighth edition of the event. The fair opening ceremony was held this Tuesday (04/11) in Rio de Janeiro and was attended by several representatives of companies, academics and institutions from the local O&G segment. The mayor of Macaé, Dr. Aluízio and several other members of the city government also attended the ceremony.
According to Igor Tavares, events director of Reed Exhibitions Alcantara Machado (company in charge of organizing the event) Brasil Offshore 2015 will have around 800 exhibitors, which is 10% above the number recorded in the last edition held in 2013. In addition to the growth in the number of exhibitors, Tavares says that he is expecting an even higher movement of people, from 48 thousand visitors in 2013 to 53 thousand in the next year. For that, the location where the event will be held will be improved to 45 thousand square meters. “Brasil Offshore will take place in a year where the industry will be with a better mood than the one seen in
2014”, said the director of Reed Exhibitions Alcantara Machado. He added that the highlights of the event will be the subjects dealing with the new fields of the pre-salt in the Campos Basin and with the technological challenges for the recovery of mature fields. Concerning the city infrastructure to welcome such event, the mayor of Macaé, Dr. Aluízio, said that Macaé is ready to receive a huge inflow of people during the fair days. “In addition to improvements, the city now has four new hotels to shelter visitors. Therefore, I do not think we will face serious problems in this area” he assessed.
Stimulate debate on themes of interest to the industry Attending the official ceremony to launch Brasil Offshore, the president of the Brazilian Institute of Oil, Gas and Biofuels (IBP), João Carlos de Luca, said that the event will be of great importance to continue the discussion
on major themes that are present in the industry. Among them, the maintenance of the petroleum concession auction calendar. In addition to the exhibitors, Brasil Offshore will have a
Business Round and technical conferences. According to the organization, the expectation is that the initiative will generate nearly R$ 1 billion for companies applying to provide products and services to the oil and gas sector.
Consultoria de solução em desenvolvimento de negócios no setor de petróleo e gás Rua Treze de Maio, 13 Sala 601 - Cinelândia - Rio de Janeiro/RJ Tel: 55 21 3553 5457 - www.dinamusconsultoria.com.br
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HIGH TIDE
Sinaval asks for union of Petrobras’ suppliers
New Associate
The president of Sinaval (Trade Union of the Naval and Offshore Construction and Repair Industries), Ariovaldo Rocha, recently stated that the increase of oil production in Brazil is a reality. According to him, the good result was reached with the competent work of Petrobras and with production platforms and ships built in Brazilian shipyards. There are currently 16 platforms build and under construction in local shipyards, whose delivery has already started.
Founded in 2001 in the city of Macaé (RJ), main base of operations in the Campos Basin and known as the Brazilian oil capital, MacaéOffshore Editora Ltda just became the brand new associate of the Petro-BC Network.
“Brazilian shipyards generate jobs for more than 80 thousand people in several regions of the country, providing building
services for eight market segments: port tows, fluvial convoys, offshore supply vessels, container carriers, bulk cargo ships (bulk carriers); oil tankers, oil production platforms and drilling rigs”, said Ariovaldo. In a statement, the executive emphasized the importance of Petrobras for the future of the Brazilian development, considering the internationally recognized and proven oil reserves. He also proposed the union of Petrobras’ suppliers in favor of the legitimate achievements reached and that contribute to the social and economic development of the country.
Macaé for you In another action to approximate entrepreneurs, the mayor of Macaé, Dr. Aluízio, held the “Meeting with Industries of the Oil and Gas Chain” in the city of Macaé. The proposal of the event – which took place in the HQ of Petrobras in the neighborhood of Imboassica – was to present infrastructure works of the city and to foment partnership with the sector. At the occasion, the portal Macaé por Você (Macaé for You) was highlighted as a tool of contribution in the identification of priorities for the city management. During the meeting, Dr. Aluízio listed the main works that have also benefited the oil chain. Among them, the macrodraining of Imboassica; expansion of
the highways Norte-Sul I and II, Santa Tereza road, with bidding expected for December; urbanization and restoration of Parque de Tubos (Pipes Yard); improvement in the flow of vehicles; expansion of RJ-106; and the Licensing Portal, which aims at reducing the bureaucracy in the opening processes of companies. The consultant of the International Association of Drilling Companies (IADC), Rogério Furtado, said that the approximation is consolidated. “The city hall presented data that they are improving the city. Now we are going to look for our representation in the priorities of the government”, added Rogério.
In its 13 years of existence the Magazine Macaé Offshore – with bimonthly and bilingual publication – achieved national and international space and relevance with strong presence in the main oil basins of the Southeast, Santos and Espírito Santo, where most of the Brazilian oil and gas reserves are gathered. Throughout its history, Macaé Offshore consolidated its presence in the editorial market as one of the most important and respected titles of the Brazilian energy segment.
Going Down! Petrobras announced to analysts and investors the revision of its production growth goal for 2014/15. According to the company, the new goal established ranges between 5.5% and 6%. At first, the board of Petrobras studied the goal of 7.5% with a margin of error of ± 1 percentage point. In the first nine months of the year, the oil production totalizes, in average, 1.995 million daily barrels. The state-controlled company explained that the goal revision was due to the delay in the delivery of platforms and to the needs of works onboard, in addition to delays in the licensing and interconnection processes of some wells. The performance, also according to the company, was reduced by the better performance of pre-salt reservoirs, re-planning of technical stops and operational efficiency improvements.
Growth of oil production in the third quarter generates almost R$ 380 million in R,D&I investments The third quarter of 2014 revealed record figures of Research, Development and Innovation (R, D & I) investment obligations for oil companies due to the increase of oil production in Brazil. According to the National Petroleum, Natural Gas and Biofuels Agency (ANP), R$ 378,640,274.60 in investment obligation were generated, which represents a 5.5% increase against the second quarter of 2014, and 11.5% in relation to the third quarter of 2013. 8 MACAÉ OFFSHORE
The amount for this year, until the third quarter, has already surpassed the R$ 1 billion mark, and the expectation is to end 2014 around R$ 1.4 billion. These funds arise from the clause in agreements executed with oil companies that provides an investment of 1% of gross earnings from highly productive or profitable fields (those in which Special Participation payment is due) in Research, Development & Innovation.
consequently, have the obligation of investment in P, D&I: Argonauta, Mexilhão and Baleia Franca. The last two belong 100% to Petrobras, and the Argonauta field the participation of Shell (50%), ONGC Campos (27%) and QPI Brasil Petróleo (23%), Qatar Petroleum’s global unit. The Roncador field (100% Petrobras), with R$ 57 million still is the field that generates the largest obligations.
In this quarter, three new fields started paying Special Participation and,
The deadline for P, D&I investments for the period of 2014 is June 30, 2015.
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA / Competitive intelligence
Oportunidades num contexto de crise Por Glauco Nader*
O
setor de petróleo e gás natural experimentou uma longa sequência de anos dourados devido ao longo período de investimentos crescentes e substanciais que colocaram o País na rota das inversões nacionais e internacionais do setor. Entretanto, esta sequência foi interrompida este ano por alguns fatores: a política da nova gestão da Petrobras de controle de custos, as notícias recorrentes sobre as contratações da Petrobras, a inadimplência de grandes prestadores de serviços com o mercado fornecedor, a falência de importantes e tradicionais empresas, a manutenção do preço do combustível abaixo do mercado internacional penalizando a Petrobras em aproximadamente R$ 80 bilhões e, por último, a queda de mais de
30% no preço internacional do barril do petróleo contribuíram para um clima menos otimista este ano. Empresários do setor perguntam quais são as perspectivas para 2015. As avaliações apontam para um ano difícil para a Petrobras e para todo o segmento. A empresa encontra-se num contexto financeiro que não apresentou melhora nos últimos anos e isso impacta as expectativas do mercado. Apesar da Petrobras apresentar no último Plano de Negócios 2014-2018 uma expectativa de investimentos elevada para alcançar a produção de 4,2 milhões de barris diários, a curva de produção sobe lentamente e somente a partir de 2018 ou 2019 ocorrerá um grande salto na produção.
Além disso, houve, após as eleições, as ações da Operação Lava Jato, que, somadas com a incerteza sobre o novo patamar de preços do barril de petróleo, diminuirão, provavelmente, a velocidade dos investimentos. Nesse cenário, é importante que as empresas fornecedoras busquem informações qualificadas e objetivas para desenvolverem suas atividades comerciais. Por exemplo: elas devem estar atentas aos novos contratos assinados pela Petrobras para buscarem as oportunidades de negócios no momento que as grandes empresas estão mobilizando recursos para iniciálos, pois a chance de participarem das cotações é maior devido aos contratos com os subfornecedores serem realizados neste momento.
Opportunities in a crisis context * By Glauco Nader
T
he oil and natural gas sector faced a long sequence of golden years due to the long period of growing and substantial investments that placed the Country in the route of sectorial national and international inversions. However, that sequence was interrupted this year thanks to some factors: policy of the new management of Petrobras concerning cost control, recurring news on contracts signed by Petrobras, default of several service providers with the supply market, the bankruptcy of important and traditional companies, maintenance of the fuel price below the international market penalizing Petrobras in approximately RS 80 billion and, at last, the drop
of more than 30% in the international price of the oil barrel all contributed to a less optimist scenario this year. Businessmen from the sector are asking themselves what are the expectations for 2015. The assessments foresee a difficult year for Petrobras and for the segment as a whole. The company is currently in a financial context that presented no improvement in the last years and it is affecting market expectations. Despite of Petrobras presenting in the last Business Plan 2014-2018 a high investment expectation to reach a production 4.2 million barrels/day, the production curve is going up slowly and only from 2018 or 2019 there will be a huge leap in production.
Additionally, after the elections we saw actions from the Operação Lava Jato (Jet Wash Operation) that once added by the uncertainty on the new threshold of the oil barrel price, will probably decrease the speed of investments. In this scenario, it is important that supply companies seek quality and objective information to develop their commercial activities. For example: they must stay alert on the new contracts signed by Petrobras in order to seek business opportunities by the time the big companies mobilize resources to start them, as their chance in joining quotations are higher due to the contracts with subsuppliers are being performed at that particular moment.
*Glauco Nader é economista formado pela UFF e doutor em Planejamento Urbano e Regional formado pela UFRJ. Também é Diretor da Dinamus Consultoria. * Glauco Nader is an economist graduated by UFF and Doctor in Urban and Regional Planning by UFRJ. He is also a Director of Dinamus Consultoria. MACAÉ OFFSHORE 9
Por dentro do mercado
Que fase! Por Celso Vianna Cardoso*
T
odos nós já ouvimos aquela frase que diz que nada é tão ruim que não possa piorar. Da última matéria para hoje
a situação da Petrobras — que já seria considerada grave– piorou um pouco. Observo que a maioria dos investidores está acompanhando o desempenho da
indicadores fundamentalistas, existem
dificuldades para captar recursos que tan-
aqueles que preferem a análise gráfi-
to necessita para seus cofres. A justiça
ca para os ajudarem na escolha de suas
ainda tardará para chegar a alguma con-
ações para investir, mas o que eles têm
clusão, haja vista a CPI da Petrobras que
em comum é que ambos somente inves-
se arrasta no congresso nacional.
tirão em ações de companhias em que confiem. Confiança se traduz em empre-
Dificuldades de caixa, suspeitas de
sas bem geridas, com conselho estabe-
corrupção, quebra de confiança, parecia
lecido para defender os melhores inte-
que tudo de ruim que poderia acontecer
resses da companhia e maximizarem o
já havia sido colocado na mesa. Mas eis
As informações fornecidas através da
retorno para os investidores e leva anos,
que de junho até agora o preço do bar-
delação premiada do ex-diretor de abas-
ou até mesmo décadas, para se estabe-
ril de petróleo caiu mais de 30% e até o
tecimento Paulo Roberto Costa adicio-
lecer. É, sem dúvida, o ativo mais valioso
fechamento desta edição encontrava-se
naram mais alguns protagonistas a esse
para qualquer companhia e, de tão frágil,
aos US$ 70 (tipo Brent) contra os US$
enredo policial, que está levando aquela
pode se quebrar se algo der errado. O
115 de junho de 2014. Essa queda no
que já foi a empresa mais importante do
mercado não tardou e vendeu Petrobras.
preço do barril de petróleo põe em xe-
Petrobras muito mais através das páginas policiais do que pelas econômicas.
Brasil, a perder seu valor de mercado e a admiração dos investidores. A investigação agora paira também sob as maiores empreiteiras do Brasil por suspeita de terem participado de um esquema bilionário de pagamento de propinas a diretores e ex-diretores da Petrobrás. Todo esse cenário lamentável levou o preço das ações da Petrobrás a alcançar o menor valor dos últimos sete anos aos R$12,00.
A justiça ainda terá pela frente dezenas de milhares de páginas de processo para estudar e julgar todos os acusa-
que a viabilidade da exploração do pré-sal que ainda necessita de volumosos investimentos.
dos envolvidos naquilo que o mercado
E o cenário do mercado do ouro ne-
considera o maior escândalo de corrup-
gro ainda encontra espaço para desta-
ção que o país já viu. A SEC (Security and
car a abertura de mais um processo pela
Exchange Comission) saiu na frente da
CVM contra Eike Batista, para apurar se o
nossa CVM e está investigando as denún-
ex-bilionário teria infringido o artigo 115
cias de desvios de dinheiro da Petrobrás para saber se infringiram as leis de anti-
O que se pode concluir desse mo-
corrupção americana prejudicando seus
vimento para baixo dos preços é que a
investidores. Isso significa dizer que o
justiça tarda, mas não falha, e o merca-
escândalo já ganhou contornos mun-
do falha, mas não tarda. Enquanto alguns
diais, prejudicando fortemente a ima-
profissionais baseiam suas escolhas em
gem da estatal que enfrentará ainda mais
da Lei das Sociedades Anônimas. Esse processo se junta aos outros 13 que já se encontram em andamento e mais outros 15 denúncias em fase de apuração. Só resta mesmo exclamar: Que fase!
*Celso Vianna Cardoso é analista de sistemas formado pela PUC-RJ e MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC. É co-autor do livro “Análise Técnica Clássica”, lançado pela Editora Saraiva em 2010, e diretor de Novos Negócios da Inove Investimentos.
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inside the market
What a phase! * By Celso Vianna Cardoso
W
e have all heard that saying “nothing is ever so bad that it can’t get worse”. From the last article until today, the situation of Petrobras – that could already be considered severe – worsened a little. I see that most investors monitor Petrobras’ performance much more through the crime pages that through the economy ones. The information supplied in a plea bargain by former supply director, Paulo Roberto Costa, added a few protagonists to this police plot, which is making the company that was once the most important in Brazil to lose its market value and the admiration of investors. Now, the investigation also hovers over the largest contractors in Brazil for suspected participation in a billionaire bribery-payment scheme to directors and former directors of Petrobras. This whole unfortunate scenario led Petrobras’ share prices to drop as low as R$ 12.00, the lowest value in seven years. What can be concluded from this price drop is that justice is slow but sure, while the market is neither sure nor slow. While some professionals base their choices on
fundamentalist indicators, others prefer a more graphic analysis to help them choose which shares to invest in, but what they do have in common is that both will only invest in shares of companies they trust. Trust can be translated into wellmanaged companies, with a board of directors that defends the best interests of the company and maximizes the return on capital for investors, and it takes years, even decades, to establish such a thing. It is, without a doubt, the most valuable asset of any company, and given its frailty, it could break if something goes wrong. The market did not take long and sold Petrobras. Justice will be facing dozens of thousands of pages of suits to study and try all the defendants involved in what the Market considers the largest corruption scandal the country has ever seen. The Security and Exchange Commission (SEC) jumped ahead of our CVM and is investigating the embezzlement accusations involving Petrobras in order to assess if they breach American anti-corruption laws and consequently injures its investors. That means saying that the scandal has assumed worldwide proportions, strongly damaging the image of the government-controlled
company, which will face even more difficulties to raise the funds it so badly needs. Justice will take time to reach any conclusions, considering that the Congressional Panel (CPI) investigating Petrobras is being dragged along in National Congress. Cash difficulties, corruption allegations, loss of confidence – it seemed that anything that could have gone bad had already been put on the table. But, lo and behold, from June until now the oil barrel price dropped over 30% and just before the press time of this edition, it was being negotiated at US$ 70 (Brent type) against the US$ 115 from June, 2014. This oil barrel price drop holds in check the feasibility of pre-salt exploration that still requires considerable investment. And the black gold market scenario still finds space to highlight the filing of another suit by the CVM against Eike Batista, to assess if the former billionaire would have breached art. 115 of Corporate Law. This suit joins in the other 13 that are pending and 15 accusations still being investigated. There is nothing left to say but “What a phase!”
* Celso Vianna Cardoso is a system analyst graduated by PUC-RJ and MBA in Business Administration Management by IBMEC. Co-author of the book “Análise Técnica Clássica”(Classic Technical Analysis), released by Editora Saraiva in 2010 and New Business Director of Inove Investimentos.
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desTAQUE jurídico
Direito na área de óleo & gás em 2015: o que se espera Por Maria d´Assunção Costa *
É
tempo de avaliações e de planos para 2015, especialmente no setor de petróleo e gás, que tem uma importância relevante para o desenvolvimento nacional e o bem-estar de toda a população. O ano que ora finda foi de grande expectativa face aos acontecimentos noticiados nos jornais e à escassez de chuvas. As informações governamentais disponibilizadas pelo Estado expressam um aumento significativo para o uso do gás natural refletindo no crescimento da participação desse recurso na matriz energética. Igualmente positivas, as estimativas para a produção de petróleo e refino. Ressalte-se que esses prognósticos só serão realidade se houver a sapiência na continuidade das rodadas de licitação, offshore e onshore promovidas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Esse compromisso deve ser incluído na agenda do MME e, dessa forma, instaurar a previsibilidade para os agentes econômicos, em virtude de que esses projetos exigem longa maturação. É certo que o mercado espera um planejamento de longo prazo, realista e factível, tanto pelo lado da oferta quanto da demanda. Além disso, tornar a agenda regulatória vinculativa para governo e agentes se comprometam com a ampliação da produção, do refino, do processamento e da distribuição de petróleo e gás natural. A garantia de compromisso governamental com novas rodadas e adequada previsão certamente trará mais segurança
jurídica e regulatória aos contratos firmados com os agentes e, com isso, fomentar a competitividade em benefício do consumidor final. Outra questão importante que deve estar presente na agenda governamental é a concertação entre os diferentes órgãos governamentais na esfera federal e esses com os da esfera estadual para realizar uma governança de projetos e de imprevistos que não paralisem o mercado. Um exemplo dessa desarmonia é a inexistência até a presente data de normas para o licenciamento ambiental de recursos não convencionais. Esse diálogo intergovernamental, acertadamente trará eficiência e celeridade à implementação das políticas públicas. Um item que ainda não poderá ser esquecido é o respeito à legislação e à competência das agências reguladoras – ANP e ANEEL que prevê em detalhes a fonte de recursos e os seus usos, os quais têm sido sistematicamente contingenciados. Daí a limitação em algumas das ações regulatórias, visto que nesse cenário de limites ilegais de orçamento desaparece a eficiência na fiscalização e nos estudos que levam à regulação. Certo é que as faturas do aprendizado já foram pagas algumas vezes e, por isso, garantir a atuação adequada dos reguladores nos limites da legislação é decisão que traz confiabilidade aos agentes do mercado e aos usuários finais. Merece destaque nessa perspectiva para 2015 apontar a ausência do
Poder Legislativo em muitas das discussões do setor de energia, petróleo e gás olvidando-se de exercer as prerrogativas de fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo conforme disciplina a Constituição Federal. Energia é um bem de altíssima relevância para a sociedade moderna e ao desenvolvimento social e econômico e, por isso, o Poder Legislativo deve participar ativamente de todos os debates que surgem sobre os diversos temas. A omissão dos representantes populares no exercício das suas tarefas é inescusável para o melhor aproveitamento dos recursos naturais e à segurança do abastecimento. Por derradeiro, espera-se que em 2015 o Poder Executivo seja menos mandatório e mais transparente evitando a emissão de incontáveis medidas provisórias, decretos e resoluções do CNPE sem dar justificativa ou transparência dos fins que deseja alcançar. A discussão com a sociedade sobre as grandes questões do setor de energia por meio de projetos de lei ou de audiências públicas evitará a judicialização tão perniciosa para os contratos e os projetos que se queiram implementar ou desenvolver. Enfim, diálogo entre governo e sociedade é imprescindível para a segurança energética a um menor custo minimizando riscos políticos, regulatórios e contratuais que tanto têm emperrado a expansão da oferta de energia, petróleo e gás natural.
*Maria d´Assunção Costa é advogada, formada pela Universidade São Paulo, Mestre em Direito do Estado pela PUC-SP, Doutora do IEE/USP e Pós-Doutora em Energia pelo IEE/USP em 2013. É autora do livro ‘ comentários à lei do petróleo’ e sócia de Assunção Consultoria.
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Judicial Highlights
Law in the oil and gas area in 2015: what to expect * By Maria d´Assunção Costa
I
t is time to prepare assessments and plans for 2015, especially in the oil and gas sector, which has a relevant importance for the national development and welfare of the whole population. The year about to end was of great expectation against the occurrences repeatedly broadcasted in news and also against the rain shortage. Government information provided by the State show that there is a significant increase in the use of natural gas reflecting in the importance of this resource for the energy matrix. Equally positive are the estimations for the production of petroleum and refinement. It is worth emphasizing that such prognostics will only become reality if there is the continuity of the bidding rounds, both onshore and offshore promoted by the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP). This commitment must be included in the agenda of the Ministry of Mines and Energy (MME), and thus, so that it can predictability for economic agents, due to the fact that those projects require long periods to mature. It is certain that the market expects a long-term planning, which is both realistic and viable, not only in offer but also in demand. Additionally, it is also necessary to bind the regulatory agenda to the government and agents so that they are committed with the improvement of the production, refinement, processing and distribution of oil and natural gas.
The assurance of governmental commitment with new rounds and due forecast will certainly bring more legal and regulatory safety to the agreements signed with agents and then foment competitiveness that will benefit the final consumer. Another important issue that must be present in the governmental agenda is the harmony between different federal and state bodies concerning the governance of projects and of disruptions that may disturb the market. An example of such disaccord is the lack of standards seeking the environmental licensing of nonconventional resources. This intergovernmental dialogue will certainly bring more efficiency and quickness to the implementation of public policies. An item that cannot be forgotten is the respect to the laws and to the competence of regulating agencies – ANP and ANEEL, as both details the source of resources and their uses, which have been systematically contingent. This explains the limitation in some regulatory actions, considering that in this scenario of illegal budget limits there is no efficiency in the supervision and in studies that lead to regulation. It is certain that the learning installments were already paid sometimes and for that, ensure the appropriate operation of regulators within the limits of the law is a decision that brings reliability to both market agents and final users. It is worth highlighting in this perspective for 2015 the omission
by the Legislative Power in most discussions about the energy and oil & gas sectors, as said branch is overlooking its right to exercise the prerogatives related to supervision and control of the Executive Power, as per the extent set out in the Federal Constitution. Energy is an asset of incredibly high relevance for the modern society and for the social and economic development, and thus, the Legislative must take active part of all debates arising on the most varied subjects. The omission of representatives of the people in the exercise of theirs duties is inexcusable for the better use of the natural resources and for the safety of the supply. Finally, it is expected that in 2015 the Executive will be less imposing and more transparent in order to avoid the issuance of countless provisional measures, decrees and resolutions from CNPE without providing due justification or transparence of the ends they are aiming to reach. Discussion with the society on the bigger issues of the energy sector by means of bills or public hearings will avoid the harmful “judicialization” that is damaging contracts and projects to be either implemented or developed. At last, dialogue between government and society is critical for the energetic safety at a lower cost, minimizing political, regulatory and contractual risks that are preventing the expansion of the offer for energy, oil and natural gas.
* Maria d´Assunção Costa is a lawyer graduated by USP, doctorate in Energy by IEE/USP, partner of Assunção Consultoria and author of the book “Comments to the Petroleum Act”, published by Editora Atlas.
MACAÉ OFFSHORE 13
CINCO MINUTOS
Luciana Sandri Diretora institucional do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA)
E
m junho de 2015, a exploração do pré-sal contará com o primeiro dos 29 navios-sonda encomendados pela holding financeira Sete Brasil a cinco estaleiros. A conclusão desse primeiro equipamento, produzido pelo Estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, dá início a um cronograma de entrega desses navios que só terminará em 2020, sendo sete produzidos pelo Jurong e outros estaleiros.
Divulgação
Por Rodrigo Leitão
Diretora Institucional do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), Luciana Sandri destaca a importância do empreendimento para o Espírito Santo, que deverá se tornar referência em todo o Brasil por conta do pólo naval. Na entrevista, a diretora acrescentou que em julho deste ano, foi adicionado ao portfólio do EJA o maior guindaste flutuante das Américas. Construído no Japão, ele é utilizado para construção de navios-sonda para o pré-sal e integração de módulos de plataformas do tipo FPSO.
1 – Como o Jurong avalia o mercado de petróleo hoje no Brasil? Quais as oportunidades e desafios a serem vencidos para o ano que vem?
americano para atender às demandas de construção e reparos de plataformas e embarcações para atendimento do mercado offshore e pré-sal brasileiro.
No momento ainda estamos em fase de construção e, portanto, não temos ainda resultados a serem apresentados ao mercado.
Todos os “players” do mercado de petróleo e gás aguardam com grande expectativa a nova rodada de leilões da ANP; e com a indústria naval não é diferente, pois as novas descobertas podem gerar novas demandas de embarcações especializadas na exploração offshore. Estamos atentos a esse processo.
3 – Como a empresa avalia a promessa de leilões para o ano que vem? É possível vislumbrar oportunidades que podem surgir para a empresa?
6 – Sobre plano de crescimento e expansão da empresa, como a companhia trabalha com essa possibilidade?
Estamos atentos à possibilidade de novos contratos a partir dos novos investimentos que serão atraídos em função dos leilões.
A nossa produção começou no início deste ano em paralelo à construção, que só está prevista para ser concluída no ano que vem. Por enquanto, não temos previsão de expansão.
4 – Quanto a companhia pretende investir a médio/longo prazo no país?
7 – Qual o portfólio da estaleiro e quantos funcionários a companhia empega hoje?
2 – A senhora está otimista em relação a 2015?
O Grupo Sembcorp Marine investiu até agora cerca de R$ 1.5 milhão na construção do estaleiro.
O Grupo Sembcorp Marine acredita no Brasil, tanto que está construindo aqui o seu primeiro estaleiro do continente
5 – Qual foi o resultado da companhia em 2014? Houve crescimento nos investimentos?
A empresa contrata diretamente 921 empregados e indiretamente 2.680. Temos contrato com Petrobras para integração de duas FPSOs (P-68 e P-71) e construção de sete navios-sondas para Sete Brasil para serem afretados pela Petrobras e operados por Seadrill e Odjfell.
O Estaleiro Jurong Aracruz acredita que o Brasil vai vencer os desafios que têm se apresentado e retomar sua posição estratégica no mercado de petróleo e gás.
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FIVE MINUTES
Luciana Sandri Institutional Director of Juron Aracruz Shipyard (EJA)
By Rodrigo Leitão
O
n June 2015, the exploration of the pre-salt will count on the first of the 29 drillships ordered by the financial holding Sete Brasil to five shipyards. The conclusion of this first asset produced by the Jurong Aracruz Shipyard in Espirito Santos will start a delivery schedule expected to end only by 2020, being seven drillships produced by Jurong and other shipyards. Institutional Director of the Jurong Aracruz Shipyard (EJA), Luciana Sandri, she remarks the importance of the enterprise to the State of Espirito Santo, which will become a reference in the whole country thanks to the shipbuilding pole. In the interview, the director said that on July this year, it was added to EJA’s portfolio the largest floating crane of the Americas. Built in Japan, it is used to build drillships for the pre-salt and integration of FPSO-type platform modules.
1 – How does Jurong assess the current Brazilian petroleum market? What are the opportunities and challenges to be overcome for the next year? All players in the oil and gas market are eagerly waiting for the new ANP’s auction round and the same applies to the naval industry, as new discoveries can generate new demands for vessels specialized in offshore exploration. We are paying close attention to this process. Jurong Aracruz Shipyard believes that Brazil is going to overcome the challenges so far and then retake its strategic position in the oil and gas market.
and vessels to meet the offshore market and the Brazilian pre-salt.
have no results to present to the market.
3 – How does the company assess the promise of auctions for the next year? Is it possible to forecast opportunities for the company?
6 – About the company’s growth and expansion plan, how does the company deal with this possibility?
We are very much aware of the possibility of new contracts from new investments that will be attracted by the auctions.
Our production started at the beginning of the year in tandem with construction, which as forecasted to be finished only next year. As of now, we have no expansion forecasts.
4 – How much does the company intend to invest at the mid and long term in the country?
2 – Are you optimist for 2015?
Sembcorp Marine Group has invested so far circa R$ 1.5 million in the construction of the shipyard.
Sembcorp Marine Group believes in Brazil, and a proof of that is the construction of its first shipyard in the American continent to meet demands for construction and repair of platforms
At the moment we are undergoing a construction stage and thus, we still
5 – What were the results for the company in 2014? Was there any growth in investments?
7 – What is the shipyard portfolio and how many collaborators do the company employ today? The company directly employees 921 collaborators and indirectly 2680. We have contract with Petrobras for the integration of two FPSO’s (P-68 and P-71) and construction of seven drillships for Sete Brasil to be chartered by Petrobras and operated by Seadrill and Odjfell. MACAÉ OFFSHORE 15
EMPRESAS & NEGÓCIOS
Total planeja investir US$ 2 bilhões até 2020 no Brasil Com um portfólio de 13 blocos marítimos, sendo sete como operadora, a francesa Total investiu cerca de US$300 milhões em 2014 no Brasil Por Rodrigo Leitão
A petroleira francesa Total, uma das maiores companhias de petróleo do mundo e uma da cinco integrantes que venceram o consórcio do pré-sal de Libra, na Bacia de Santos planeja investir US$ 2 bilhões nas suas atividades de Exploração e Produção no Brasil até 2020, tanto nas áreas onde é operadora como nas operadas por seus parceiros. Em nota à Macaé Offshore, a companhia avalia o mercado brasileiro com bastante otimismo. Segundo a empresa, o Brasil fez importantes descobertas nos últimos anos e o crescimento da indústria de óleo e gás no país é inegável. De acordo com a companhia, a Total vive o maior crescimento de sua história no Brasil e teve importantes avanços nas suas atividades no país. Após a 11ª rodada de licitações da ANP e o leilão de Libra, a petroleira ampliou fortemente seu portfólio no Brasil e passaram a contar com 13 blocos marítimos (sete deles como operadora), o que inevitavelmente significa novos investimentos. Só este ano, a Total investiu cerca de US$ 300 milhões. Sobre os desafios que a companhia enxerga como prioritários para os próximos anos, destaca-se uma agenda mais transparente e regular de leilões, essencial para manter o crescimento das 16 MACAÉ OFFSHORE
empresas; e as exigências de conteúdo local, que impactam o andamento das atividades de exploração e desenvolvimento, já que a cadeia de fornecedores não tem acompanhado as demandas das empresas. A Total está confiante e empolgada com os projetos e desafios no Brasil. Sobre integrar o consórcio de Libra, que é uma das maiores frentes de exploração e produção no mundo, a companhia ressalta que o trabalho tem sido executado com sucesso, dentro dos prazos previstos. De acordo com a companhia, “o ano de 2015 será estratégico para os nossos principais ativos no Brasil. Entre outras atividades, teremos os resultados dos dados sísmicos do campo de Xerelete e dos 5 (cinco) blocos da Bacia de Foz do Amazonas. A partir dessas informações, a Total poderá determinar a melhor estratégia para as suas operações. “Ao longo deste ano, formamos um time experiente e qualificado para apoiar o crescimento dos nossos negócios no Brasil. Hoje temos cerca de 100 profissionais envolvidos nas nossas atividades, quase o dobro em relação ao fim de 2013, o que nos deixa plenamente preparados para continuar avançando no país”, destaca a companhia.
A Total E&P do Brasil possui 13 áreas de exploração, sendo sete delas como operadora • campo de Xerelete, na Bacia de Campos (operadora); • participação no bloco BM-S-54, acumulação Gato do Mato, na Bacia de Santos; • participação no consórcio do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. • cinco blocos na Bacia da Foz do Amazonas (operadora); • um bloco na Bacia do Ceará (operadora); • três blocos na Bacia do Espírito Santo; • um bloco na Bacia de Barreirinhas.
Total E&P do Brasil has 13 exploration areas, seven of them as an operator: • Xerelete field in the Campos Basin (operator); • Participation in the BM-S-54 block, Gato do Mato accumulation in the Santos Basin; • Participation in the Libra field consortium in the pre-salt of the Santos Basin. • Five blocks in the Foz do Amazonas Basin (operator); • One block in the Ceará Basin (operator); • Three blocks in the Espirito Santo’s Basin; • One block in the Barreirinhas Basin.
companies & business
Total plans to invest US$ 2 billion until 2020 in Brazil With a portfolio of 13 maritime blocks, being seven as operator, the French company Total invested around US$300 million in 2014 in Brazil By Rodrigo Leitão
The French petroleum company Total, one of the largest petroleum companies in the world and one of the five members that won the Libra pre-salt consortium in the Santos Basin, plans to invest US$ 2 billion in its Exploration and Production activities in Brazil until 2020, both in areas where it operates and those operated by its partners. In a statement to Macaé Offshore, the company assessed the Brazilian market with optimism. According to the company, Brazil achieved important discoveries in the last years and the growth of the oil and gas industry in the country is undeniable.
is one of the main exploration and production fronts in the globe, the company says that the work has been successfully executed and within the terms forecasted. According to the company “the year of 2015 will be strategic for our main assets in Brazil. Among other activities, we will have results from seismic data of the Xerelete field and from 5 (five) blocks of Foz do Amazonas Basin. From such information,
Total will be able to set the best strategy for its operations. Throughout the year of 2014, we formed an experienced and qualified team to support the growth of our business in Brazil. Today we have around 100 professionals involved in our activities, which is almost double compared to the end of 2013. It means we are fully prepared to keep on pushing here”, said the Company. Divulgação
According to the company, Total is enjoying its highest growth in its history in Brazil and also made important breakthroughs in its local activities. After the 11th bidding round held by ANP and the Libra auction, the company largely expanded its Brazilian portfolio, now including 13 maritime blocks (seven of them as operator), which inevitably attracts news investments. Only this year, Total invested circa US$ 300 million. About the challenges the company sees as priority for the next years, there is a more transparent and regular agenda of auctions, which is essential to keep the companies growing; and the local content requirements that affected the progress of exploration and development activities, as the suppliers’ chain are failing to follow up the demand from companies. Total is confident and excited with the project and challenges in Brazil. About the integration of the Libra consortium, which MACAÉ OFFSHORE 17
EMPRESAS & NEGÓCIOS
Para Sotreq, em 2015 será preciso cautela, mas com certo otimismo Empresa continuará apostando na expansão dos seus negócios no próximo ano Por Brunno Braga
Olhar para 2015 com cautela e muita análise no que se refere ao mercado nacional de óleo e gás, principalmente quanto a novos investimentos no curto prazo é o que fará a Sotreq, empresa especializada em fornecimento de motores e grupo geradores para a indústria offshore. No entanto, de acordo com o diretor da Unidade de Negócios Petróleo e Marítimo da companhia, Filipe Lopes (foto), o mercado ainda permanece promissor numa visão de médio e longo prazo, “Temos o conhecimento das riquezas existentes e que precisarão ser exploradas”, explica. Contando com aproximadamente cinco mil funcionários, a Sotreq é revendedora exclusiva de equipamentos, peças e serviços Caterpillar, atendendo as Regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil. Nas linhas de produto MaK e EMD, o território se estende a todo Brasil, além de Venezuela, Colômbia, Paraguai, Suriname e Guiana. O executivo revela que em 2014 foi um ano pouco representativo no que diz respeito a novos contratos. Mas, ele cita como ponto positivo a entrega de um projeto da Petrobras liderado pela área do CPT (Construção de Poços Terrestres) em Natal/RN, para o qual a Sotreq está fornecendo dois grupos geradores modelo 3512 de 1750kVA. 18 MACAÉ OFFSHORE
O porta-voz da Sotreq menciona, também, que a assinatura do contrato com o Grupo CBO para o fornecimento dos conjuntos de propulsão dos quatro AHTS recentemente contratados pela Petrobras como outro bom momento para os negócios da empresa em 2014. Cada embarcação será equipada com 4 motores MaK, modelo 6M32 de 3000kW, caixas reversoras e linhas de eixo e hélices de passo controlável da Cat Propulsion. “É importante ressaltar que, mesmo sem novos investimentos, as operações
existentes já representam uma grande demanda para a Sotreq no ano que vem, independentemente do cenário macro econômico desfavorável que o mercado projeta pela frente”, prevê. Para 2015, ele acredita que, além das oportunidades já existentes relativas à vasta população de motores e grupos geradores Caterpillar, hoje em operação no Brasil, a empresa aposta na expansão de portfólio do grupo americano no país, agregando a linha de propulsores (Cat Propulsion) e motores EMD. “ Esperamos ter grandes oportunidades e também desafios para o próximo ano. Acreditamos também que a realização de novas rodadas fará com que o segmento de óleo & gás no Brasil ganhe folego e credibilidade dos investidores”, destaca Lopes. Outro bom caminho de crescimento apontado pelo diretor diz respeito ao início das operações da ON2, empresa formada para cobrir as oportunidades ligadas às exigências de conteúdo nacional no mercado de óleo & gás. “Os focos iniciais desta empresa são produtos customizados e novas representações. Além disso, Lopes afirma que a empresa manteve o seu plano de investimentos na área, incluindo a nova filial em Macaé, recentemente inaugurada.
companies & business
In 2015, Sotreq needs to be cautious, but a little optimistic The Company will keep on betting on the expansion of its business for next year
By Brunno Braga
Looking into 2015 with caution and a lot of analyses of the national oil and gas market, mainly regarding new short term investments, that is what Sotreq, a company specialized in the supply of engines and group generators to the offshore industry, plans to do. However, according to the director of the company’s Oil and Maritime Business Unit, Filipe Lopes, the market is still promising in the average and long term, “We are aware of the existing riches and that they will need to be explored”, he says. With approximately five thousand employees, Sotreq is Caterpillar’s exclusive dealer of equipment, parts and services operating in the Southeast, Midwest, North and Northeast of Brazil. For the MaK and EMD lines, the territory extends across the entire country, in addition to Venezuela, Colombia, Paraguay, Suriname and Guyana. The executive reveals that 2014 was little representative in terms of new agreements, but he mentions the delivery of a new Petrobras project led by
the CPT area (Construction of Onshore Wells) in Natal/RN, to which Sotreq is supplying two 1750kVA group generators, model 3512, as a positive point. Sotreq’s spokesperson also mentions the execution of an agreement with the CBO Group to supply of propulsion sets for the four AHTS recently procured by Petrobras as another high point in the businesses of the company in 2014. Each vessel will be equipped with four 3000kW MaK engines, model 6M32, gearboxes and grid lines and controllable-pitch propellers of Cat Propulsion. “It is important to point out that although lacking new investments, the existing operations already represent a large demand for Sotreq next year, regardless of the unfavorable economic macro scenario the market sees ahead”, he says. For 2015, he believes that in addition to the already existing opportunities, regarding the vast number of
Caterpillar engines and group generators, nowadays, operating in Brazil, the company bets on expanding the American group’s portfolio in the country, adding the line of propellants (Cat Propulsion) and EMD engines.” “We expect to have large opportunities and new challenges next year. We believe the oil & gas sector in Brazil will gain traction and the credibility of investors with the accomplishment of new rounds”, highlights Lopes. Another good path for growth pointed out by the director is with respect to the startup of operations of ON2, a company organized to meet opportunities connected to local content requirements in the oil & gas market. “The primary focus of the company are customized products and new representations.” In addition to that, Lopes states that the company maintained its investment plan in the area, including a new, recently inaugurated, branch in Macaé. MACAÉ OFFSHORE 19
EMPRESAS & NEGÓCIOS
Prumo Logística investiu R$ 1,5 bilhão em 2014 Com uma localização estratégica e grande profundidade, o Porto do Açu é o maior investimento em infraestrutura portuária do país
Por Rodrigo Leitão
Localizado em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro, a Prumo Logística, antiga LLX (responsável pela infraestrutura e logística do grupo de Eike Batista), iniciou em novembro, com a atracação do navio Happy Dynamic no cais da fábrica de tubos da NOV, a primeira operação comercial no canal do Terminal 2 (T2). O Complexo Industrial do Porto do Açu, em construção desde outubro de 2007, conta com dois terminais portuários (T1 e T2) e capacidade para movimentar diversos tipos de cargas como petróleo, minério de ferro, carvão, granéis sólidos e líquidos e cargas gerais. Segundo a companhia, o T2 do Açu movimentará carga de projetos, petróleo, carga geral, bauxita, coque, veículos e granéis sólidos. É lá que estão instaladas fornecedoras da Petrobras como Wartsila, Technip, Intermoor e a NOV. Em abril deste ano a americana Edison Chouest fechou contrato para instalar uma base de 20 MACAÉ OFFSHORE
apoio offshore no T2, um investimento previsto de R$ 950 milhões. Em entrevista à Macaé Offshore, a diretora da Prumo Global Logística, Marina Fontoura ressaltou que o ano de 2014 foi muito importante, com o início da operação dos Terminais 1 e 2 do Porto. De acordo a executiva, além disso, as características únicas do empreendimento, como grande profundidade, localização estratégica e infraestrutura eficiente, o apresentam como a melhor opção para instalação de empresas do setor de O&G. “Estamos prontos para atender às necessidades de logística e suprimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Bacia de Campos, Santos e Espírito Santo”, afirma Marina. Para 2015, além dos serviços para a indústria de O&G, a previsão é que o Porto do Açu também movimente bauxita e coque (pelo Terminal MulticargasTMULT, que começa a operar no 2º semestre), além de comercializar bunker (por meio de uma Joint Venture com a
BP). Segundo Marina, em 2015, a companhia também dará continuidade a construção do Terminal de transbordo de petróleo no Terminal 1, que oferecerá serviços para as grandes empresas do setor. O início das operações neste terminal está previsto para 2016. Desde o início da construção do Porto do Açu, em outubro de 2007, já foram investidos R$ 6,2 bilhões no empreendimento. Se adicionarmos a este valor ao montante já investido pelos clientes, chegamos a R$ 9 bilhões. Somente em 2014, a Prumo investiu R$ 1,5 bilhão. “O desenvolvimento do Porto do Açu, maior investimento em infraestrutura portuária do país, continuará ao longo de 2015 e dos próximos anos.”, conclui a diretora. Atualmente a Prumo possui 173 funcionários. Cerca de 7 mil trabalhadores atuam no Complexo Industrial do Porto do Açu (entre construção e operação). Oito empresas já assinaram contrato para instalação de bases no Porto do Açu.
EMPRESAS & NEGÓCIOS
National Oilwell Varco (NOV)
Edison Chouest
A NOV, líder mundial no fornecimento dos principais componentes mecânicos para sondas de perfuração terrestres e marítimas, está concluindo a instalação de uma unidade de produção de tubos flexíveis para apoio à indústria offshore com 210 metros de frente de cais e 121.905 m² de área total. A unidade, que já opera, tem capacidade para produção de 250 km de tubos flexíveis por ano, além de área para armazenagem e teste de material. A primeira operação da NOV aconteceu no dia 14 de novembro com o descarregamento de um guindaste no cais da empresa instalada à margem direita do canal do Terminal 2.
A americana Edison Chouest Offshore (ECO), reconhecida hoje como o mais diverso e dinâmico fornecedor de soluções de transporte marítimo offshore do mundo, assinou contrato de aluguel de área para instalar uma base de apoio logístico offshore e estaleiro de reparos navais para suas próprias embarcações no Porto do Açu. A unidade, que poderá receber até 18 embarcações e atenderá aos atuais clientes da Edison Chouest, está sendo instalada em uma área de 284,2 mil m² e 490 metros de cais. A previsão é que a unidade comece a operar no início de 2015.
Technip Brasil Presente no Brasil desde 1976, a Technip oferece serviços e soluções tecnológicas para campos de desenvolvimento em águas profundas, instalações offshore e unidades de processamento onshore, com recursos integrados e navios de instalação de dutos submarinos. A empresa instalou uma unidade de produção de tubos flexíveis com 500 m de frente de cais e 289.800 m² de área total, para apoio à indústria offshore, com área para armazenagem e teste de material. A unidade já está em operação.
Vallourec A Vallourec é líder mundial em soluções tubulares Premium, fornecendo principalmente para o mercado de Energia (Óleo e Gás, Powergen). A empresa assinou contrato para instalação de uma base logística localizada no polo metalmecânico, em área de 150 mil m², destinada ao atendimento das companhias de petróleo que atuam na Bacia de Campos, através da armazenagem e fornecimento “just in time” de tubos e serviços especializados.
BP Wärtsilä A Wärtsilä Brasil está construindo uma planta de montagem e produção de Grupos Geradores e Propulsores Azimutal no Porto do Açu. Esta é a primeira unidade industrial no Brasil, após décadas de atuação no País. A unidade, que está em construção e deve começar a operar no 1º semestre de 2015, ocupará uma área de 29.300 m² no canal do T2 e também irá oferecer soluções e serviços nas áreas de energia e propulsão marítima.
InterMoor A InterMoor é uma empresa integrante do Grupo Acteon, e está instalando uma unidade que oferecerá apoio logístico e serviços especializados à indústria de óleo e gás. A unidade contará com 90 metros de frente de cais e 52.302 m² de área total. Início de operação previsto para o primeiro semestre de 2015.
A Prumo possui um joint venture com a BP para instalação de uma base no Porto do Açu para importar, exportar, vender, armazenar, misturar, distribuir e/ou comercializar combustíveis marítimos, sob a marca da BP Marine. Este centro de abastecimento deverá atender às demandas de navios dos mais variados portes e atividades, como PSVs (Platform Supply Vessels) e navios de cabotagem e de longo curso, por combustíveis como diesel marítimo (MGO - Marine Gas Oil) e bunker (IFO - Intermediate Fuel Oil).
Anglo American A Anglo American já movimenta minério de ferro pelo Porto do Açu. A previsão é que sejam movimentados, numa primeira etapa, 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O primeiro carregamento, de 80 mil toneladas, aconteceu no final de outubro. O minério é transportado, da mina em Minas Gerais até o Porto, por um mineroduto com 529 km de extensão.
MACAÉ OFFSHORE 21
companies & business
Prumo Logística invested R$ 1.5 billion in 2014 With a strategic location and ultra-depth, the Açu Port is the biggest investment in port infrastructure of the country
By Rodrigo Leitão
Located at São João da Barra, northern region of the State of Rio de Janeiro, Prumo Logística, former LLX (responsible for the infrastructure and logistics of Eike Batista’s group), started on November with the docking of the ship Happy Dynamic at NOV’s pipe factory quay, which marked the first commercial operation in the canal of Terminal 2 (T2).
Marina Fontoura emphasized that the year of 2014 was a very important one, thanks to the commencement of operations for Terminals 1 and 2. According to the executive, the unique features of the enterprise, such as the big depth, strategic location and efficient infrastructure, are the best option to install companies from the O&G sector.
Since the very beginning of the construction of Açu Port on October 2007, the amount of R$ 6.2 billion has been invested in the enterprise. If we add to this number the sum already invested by clients, we will reach R$ 9 billion. Only in 2014, Prumo invested R$ 1.5 billion.
The Industrial Complex of the Açu Port, under construction since October 2007, has two port terminals (T1 & T2) and capacity to handle several types of cargo such as oil, iron ore, coal, solid and liquid bulk and general cargo.
“We are ready to meet the supply and logistic needs of the oil and gas exploration and production activities in the Campos, Santos and Espirito Santo Basins”, said Marina.
“The development of the Açu Port, biggest investment in port infrastructure of the country, will continue throughout 2015 and for the next years. In 2015 we will start the operation of our Multicargo Terminal in Terminal 2 and also continue with the construction of the oil transshipment terminal in Terminal 1, which will offer services for the major companies of the sector. Start of operations in this terminal is expected to 2016”, concluded the director.
According to the company, T2 of Açu will handle project cargo, oil, general cargo, bauxite, coke, vehicles and solid bulk. It is where suppliers of Petrobras are based such as Wartsila, Technip, Intermoor and NOV. On April this year the American Edison Chouest signed an agreement to install an offshore support base in T2, an expected investment of R$ 950 million. In an interview to Macaé Offshore, the director of Prumo Global Logística, 22 MACAÉ OFFSHORE
For 2015, in addition to the services of the O&G industry, the forecast is that Açu Port will also handle bauxite and coke (through the Multicargo Terminal – TMULT, which will start operating in the 2nd semester), as well as trade bunker (by means of a Joint Venture with BP). According to Marina, in 2015 the company will also continue the construction of the oil transshipment terminal in Terminal 1, which will offer services for the major companies of the sector. The start of the operations in this terminal is expected to 2016.
Currently Prumo has 173 employees. Around 7 thousand workers operate in the Industrial Complex of the Açu Port (from construction to operation). Eight companies already signed agreements to install bases in the Açu Port.
companies & business
National Oilwell Varco (NOV)
Edison Chouest
NOV, world leader in the supply of the main mechanical components for onshore and offshore drilling rigs, is finishing the installation of a flexible pipe production unit to support the offshore industry with 210 meters of quay front and 121,905 m² of total area. The unit, already operational, has a production capacity of 250 km of flexible pipes per year, in addition to area to store and test materials. The first operation by NOV occurred on November 14th with the offloading of a crane on the company quay installed at the right margin of the canal of Terminal 2.
The American Edison Chouest Offshore (ECO), currently recognized as the most diversified and dynamic supplier of offshore transport in the world, signed an area lease agreement to install an offshore logistic support base and shipyard for naval repairs for its own vessels in the Açu Port. The unit is being installed in an area of 284.2 thousand m² and 490 meters of quay and has a capacity to berth up to 18 vessels to meet demands from the company’s current clients. Expectation is that the unit will start operating early 2015.
Technip Brasil
Vallourec
In Brazil since 1976, Technip offers technological solutions and services for development fields in deep waters, offshore installations and onshore processing units, with integrated resources and pipe laying support vessels (PLSV). The company installed a flexible pipe production unit with 500 meters of quay front and 289,800 m² of total area to support the offshore industry with area to store and test materials. The unit is already in operation.
Vallourec is a world leader in Premium tubular solutions with focus on the energy market (Oil & Gas, Powergen). The company signed an agreement to install a logistic base located in the metal-mechanic pole, in an area of 150 thousand m² intended to support oil companies operating in the Campos Basin by providing just-in-time storage and supply of pipes and other specialized services.
Wärtsilä Wärtsilä Brasil is building an assembly and production plant of Generator Sets and Azimuth Thrusters in the Açu Port. This is the first industrial unit in Brazil, after decades of operation in the Country. The unit, under construction and expected to start operation in the 1st semester of 2015, will occupy an area of 29,300 m² in the canal of T2 and will also offer solutions and services in the energy and offshore propulsion areas.
InterMoor InterMoor is a member of the Acteon Group and is now installing a unit that will offer logistic support and specialized services to the oil and gas industry. The unit will have 90 meters of quay front and 53,302 m² of total area. Start of operations is expected for the first semester of 2015.
BP Prumo has a joint venture with BP for installation of a base in the Açu Port intended to import, export, sell, store, mix, distribute and/or trade maritime fuels under the brand of BP Marine. This supply center will meet the demands from ships of the most varied sizes and activities, such as PSV’s (Platform Supply Vessels), cabotage and long distance ships, including demand for fuels such as maritime diesel (MGO - Marine Gas Oil) e bunker (IFO - Intermediate Fuel Oil).
Anglo American Anglo American is already transporting iron ore by the Açu Port. There is expectation to be transported in a first moment, 26.5 million tons of iron ore per year. The first loading of 80 thousand tons occurred in late October. Ore is transported from the mine in Minas Gerais to the Port by an ore pipeline with 529 km length..
MACAÉ OFFSHORE 23
EMPRESAS & NEGÓCIOS
Clariant aposta no crescimento da produção de O&G no Brasil para ampliação dos seus negócios Mesmo com um ano difícil, executivo da empresa diz que em 2014 a companhia conseguiu ampliar sua capacidade produtiva
Por Brunno Braga
Há mais de 40 anos fornecendo soluções químicas para a indústria brasileira de óleo e gás, a Clariant observa como excelentes as oportunidades que virão com a crescente produção de petróleo no país para os próximos anos. “A entrada em operação de cinco unidades de produção este ano, e projeção de que mais de 20 plataformas devem começar a operar até o final da década, reforçam esta expectativa de produção” conta o vice-presidente da Clariant Oil & Mining para a América Latina, Carlos Tooge. Ele afirma, ainda, que aguarda, com grande expectativa, a confirmação da realização de leilões em 2015. “Como fornecedores de químicos para toda a cadeia produtiva, incluindo a de exploração – principalmente de fluídos de perfuração até a completação de um poço para dar a partida na produção – temos expectativa de aumento da demanda 24 MACAÉ OFFSHORE
após o período de levantamento sísmico. As expectativas são sempre boas, desde que haja uma regularidade nos leilões, que crie maior confiança para as operadoras ampliarem seus investimentos tanto na aquisição de áreas como também nas campanhas exploratórias” Dessa forma, o executivo da Clariant disse que, em 2014, a empresa vem reforçando seus investimentos na sua capacidade produtiva no país, para atender a contratos já estabelecidos como também estar plenamente capacitada para fazer frente à demanda futura. “Apesar de ser um ano atípico, 2014 representou mais uma oportunidade para a Clariant em termos de ampliar sua capacidade produtiva e também em investir no desenvolvimento de novas soluções, principalmente para a E&P offshore em águas ultraprofundas e no pré-sal”, afirma.
Tooge revela que, para isso, a empresa conta com o suporte do nosso centro de pesquisa no Rio, dedicado exclusivamente ao PDI (pesquisa, desenvolvimento e inovação) na área de óleo e gás. Tanto que apresentamos em primeira mão novas soluções para este mercado na ROG, como a nova tecnologia de gerenciamento e sequestro (remoção) de H2S (sulfeto de hidrogênio, também conhecido como ácido sulfídrico)”. Com sede na Suíça, a Clariant emprega mais de 18 mil colaboradores em todo o mundo e registrou vendas de CHF 6,076 bilhões em 2013. A empresa tem plantas produtivas, laboratórios e escritórios comerciais nos principais países da América Latina. No Brasil, sede da região América Latina, Clariant está presente há mais de 50 anos.
companies & business
Clariant bets on the Brazilian O&G production growth to boosts its own business Even after tough year, corporate executive says that in 2014 the company managed to expand its production capacity
By Brunno Braga
For more than 40 years providing chemical solutions for the Brazilian oil and gas industry, Clariant sees as excellent the upcoming opportunities with the growing oil production in the country for the next years. “The startup of five production units this year and the forecast that more than 20 platforms will start operating up to the end of the decade all strength this production expectation” says the Vice-President of Clariant Oil & Mining for Latin America, Carlos Tooge (photo). He also said that is eagerly waiting for the confirmation of auctions to be held in 2015. “As supplier of chemical for the whole production chain, including exploration – mainly drilling fluids until the completion of a well to startup production – we are expecting an increase in demand after the seismic surveying period. Expectations are always good as long as there is a constant flow of auctions to allow operators to enhance their investments both in acquisitions of areas and exploration campaigns”. Therefore, the executive from Clariant said that since 2014 the
company has been reinforcing its investments in the local productive chain in order to meet the demand from contracts already signed as well as to be fully capacitated to meet future demands. “Despite the fact it was an atypical year,
2014 represented another opportunity for Clariant in terms of enhancement of its productive capacity and also in terms of investment in development of new solutions, mainly to Offshore E&P in ultradeep waters and in the pre-salt”, he says. Tooge said that to reach that goal the company can count on the support from our research center in Rio, exclusively dedicated to RDI (Research, Development and Innovation) for the oil and gas area. We have recently presented brand-new solutions for this market at GOR, as well as the new technology of managing and sequestering (removal) H2S (hydrogen sulfide, also known as sulfidric acid)”. Based in Switzerland, Clariant employees more than 18 thousand collaborators worldwide and recorded sales of CHF 6.076 billion in 2013. The company has production plants, laboratories and commercial offices in the main countries of Latin America. In Brazil, HQ of the Latin American region, Clariant is active for more than 50 years. MACAÉ OFFSHORE 25
EMPRESAS & NEGÓCIOS
Brasco dobra capacidade a embarcações de apoio offshore Até o final de 2015, empresa terá oito berços de atendimento a embarcações de apoio offshore Por Rodrigo Leitão
Sediada na Ilha da Conceição, em Niterói (RJ), a Brasco - empresa de bases de apoio offshore da Wilson Sons , opera um dos principais e maiores terminais portuários dedicados à prestação de serviços às plataformas de petróleo. Com uma receita líquida de de US$ 31,4 milhões, a companhia também oferece serviços ambientais, como limpeza de tanques e gerenciamento de resíduos, importantes diferenciais no mercado. Em entrevista à Macaé Offshore, o diretor executivo da Brasco, Gilberto Cardarell (foto) acredita no potencial brasileiro após as descobertas na camada pré-sal nos últimos anos, mas, ressalta que, consequentemente, o Brasil terá desafios justamente pela grandeza das operações e as imensas distâncias percorridas entre a costa e as plataforma. Para o sucesso do desenvolvimento desse setor, a companhia está ampliando seus ativos com a aquisição e as obras da Brasco Caju, que duplicará a capacidade de atendimento da empresa. De acordo com o executivo, as obras da Brasco Caju estão em ritmo muito intenso. O novo cais com 508 metros de extensão terá 5 berços. O avanço físico das obras no final de outubro era de 93%. Já no primeiro semestre de 2015, toda a obra estará concluída e, com a dragagem 26 MACAÉ OFFSHORE
as oportunidades no Espírito Santo, bem como na Margem Equatorial, região muito vasta, mas com demanda muito importante. “Estamos atentos para a demanda que surgirá com a exploração do campo de Libra e temos grandes perspectivas com as novas rodadas de exploração promovidas pela ANP. Com o desenvolvimento do mercado, a tendência é que nossos negócios se fortaleçam e cresçam ainda mais”, ressalta o diretor.
realizada, a companhia pretende começar a operar os novos berços. “Junto com a base de Niterói, que comemora 15 anos em 2014, a Brasco Caju representa uma das melhores alternativas para as empresas que operam nas bacias de Santos e Campos, pois estão localizadas estrategicamente”, diz Cardarell. Além dessa região, a Brasco também foca em outras oportunidades. Segundo Cardarell, as campanhas exploratórias e de desenvolvimento se concentram na região Sudeste, mas, após a 11ª rodada, entretanto, vêm crescendo também
Sobre as perspectivas da empresa em relação aos próximos anos, o diretor explica que o foco da Brasco é na conclusão das obras da base do Caju, que foi adquirida em julho de 2013. A companhia investiu aproximadamente US$ 100 milhões na aquisição da base e nas obras de ampliação do cais, que irão aumentar a capacidade atual de atendimento de uma para cinco embarcações simultaneamente. “Com a conclusão das obras na Brasco Caju no 1o semestre de 2015, a Brasco dobra sua capacidade de atendimento a embarcações de apoio offshore, já que contará com oito berços, sendo cinco no Caju e três em Niterói. Hoje são quatro berços – um no Caju e três em Niterói”, conclui Cardarell
companies & business
Brasco doubles capacity to offshore supply vessels Until the end of 2015, the company will have eight berths to offshore supply vessels
By Rodrigo Leitão
Based in Ilha da Conceição, Niterói (RJ), Brasco – offshore support bases company from Wilson Sons – operates one of the main and larger port terminals dedicated to the provision of services to petroleum platforms. With net revenue of US$ 31.4 million, the company also provides environmental services, such as tank cleaning and waste management, both important differentials in the market. In an interview to Macaé Offshore, the CEO of Brasco, Gilberto Cardarell, believes in the Brazilian potential after the pre-salt discoveries in the last few years, but also highlights that, as a consequence, Brazil will face challenges due to both the grandeur of such operations and the huge distance to be travelled between the shore and platforms. In order to successfully develop this sector, the company is improving its assets with the acquisition and works of Brasco Caju, which is expected to double the company’s service capacity.
According to the CEO, works of Brasco Caju are on a very intense pace. The new wharf with 508 meters length will have 5 cradles. Physical progress of the works at the end of October was of 93%. It is estimated that the works will be done still in the first semester of 2015, and once dredging is completed, the company intends to start operating the new cradles. “Together with the Niterói base, which will celebrate 15 years in 2014, Brasco Caju represents one of the best alternatives for the companies operating in the Santos and Campos Basin thanks to their strategic locations”, says Cardarell. In addition to this region, Brasco is also focusing on other opportunities. According to Cardarell, exploration and development campaigns are gathered in the Southeast region, but after the 11th round, the number of opportunities has been growing in the state of Espirito Santo, as well as in the Equatorial Margin, a widely vast region with a very important demand.
“We are aware of the demand that will come following the exploration of the Libra field and our perspectives are high concerning the new exploration rounds promoted by ANP. With the development of the market, the trend is that our business gets stronger and grows even more”, emphasizes the officer. About the company perspectives for the next years, the CEO explains that Brasco’s focus is on the conclusion of the works for Caju’s base, which was acquired in July 2013. The company invested approximately US$ 100 million in the acquisition of the base and in the works to expand the wharf in order to increase the current service capacity from one to five simultaneous vessels. “With the conclusion of the works in Brasco Caju in the 1st semester of 2015, Brasco will double its service capacity to offshore supply vessels, as it will have eight cradles, being five in Caju and three in Niterói. Currently we have four cradles – one in Caju and three in Niterói”, said Cardarell. MACAÉ OFFSHORE 27
EMPRESAS & NEGÓCIOS
“Em 2015, as oportunidades surgirão” Presidente da Forship diz que leilões irão revitalizar mercado de O&G Por Brunno Braga
Para a Forship, empresa de projetos de engenharia e gestão em EPC, o ano de 2014 foi muito promissor. Segundo Fábio Fares(foto), presidente e CEO do Grupo, a quantidade de projetos de implementação de novos ativos já em execução constituiu uma demanda potencial interessante para a empresa. Demanda que, de acordo com ele, será mantida depois que estes projetos entrarem em operação. “A já comprovada gigantesca reserva de petróleo no pré-sal, somada às prováveis novas descobertas ao longo
da costa, inclusive em novas fronteiras, coloca o Brasil como principal mercado de O&G em desenvolvimento do mundo. Assim, não temos dúvida de que existirão novas demandas no setor de óleo e gás, naval e offshore, tanto por parte da Petrobras como de outras operadoras”, analisou Fares. Ele conta que em 2014, a Forship celebrou seis novos contratos, tanto com operadores estrangeiros como com epecistas locais, além da própria Petrobras. “Temos hoje onze contratos
em curso no mercado de O&G”, pontua. Fares diz estar otimista em relação aos negócios em 2015. “Em primeiro lugar, acreditamos que serão feitos os ajustes necessários em nossa economia para retomarmos o crescimento. Caso não haja leilões em 2015, muito provavelmente ocorrerão em 2016. As oportunidades surgirão em várias frentes, uma vez que novos ativos deverão ser planejados e implementados. E estamos confiantes de que esse quadro nos garantirão sucesso nestas oportunidades”.
“In 2015 new opportunists will come” President of Forship says that auctions will revive the O&G market By Brunno Braga
To Forship, company of engineering projects and EPC management, they year of 2014 was a very promising one. According to Fábio Fares(photo), president and CEO of the Group, the amount of new assets implementation projects already under execution represented an interesting and potential demand for the company, a demand that, as he sees, will be kept after such projects become operational. “The already proven and gigantic oil reserve in the pre-salt, combined with the probable new discoveries across the shoreline, including in new borders, turns Brazil into the main O&G market under development of the world. Thus, we have no doubt that there will be new demands in sectors such as oil and gas, naval and offshore 28 MACAÉ OFFSHORE
either from Petrobras or other operators”, said Fares. He told us that in 2014, Forship celebrated six new contracts with both local epc contractors and foreign operators, not to mention with Petrobras itself. “We have now eleven ongoing contracts in the O&G market”, said Fares. Fares stated that he is optimist concerning business in 2015. “At first, we believe that the required adjustments are to be made in our economy if growth is to be resumed. If there are no auctions in 2015, most probably they will occur in 2016. Opportunities will arise in several fronts, as new assets need to be planned and implemented. We are confident that this scenario will ensure us success in those opportunists”.
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ENTREVISTA
Renato Bertani Diretor executivo da Barra Energia
Por Rodrigo Leitão
Com foco principal de atuação na área marítima offshore das bacias de Santos e Campos, tanto no pós-sal como na nova fronteira do pré-sal, a petroleira Barra Energia, liderada por profissionais brasileiros experientes na indústria do petróleo, no Brasil e no exterior, tendo como principal apoio financeiro das empresas de Private Equity First Rerserve e Riverstone, espera concentrar grande parte de seu investimento no Brasil, nos campos de Carcará e Atlanta e, em mais um poço exploratório no pré-sal. Formado em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o diretor executivo da Barra
MACAÉ OFFSHORE – Como a Barra Energia avalia o mercado de petróleo hoje no Brasil? Quais as oportunidades e desafios a serem vencidos para o ano que vem? RENATO BERTANI - A Barra Energia detém participação em dois blocos localizados em águas profundas da Bacia de Santos, na província petrolífera do pré-sal. No Bloco BMS-8, onde detemos 10% de participação, temos a descoberta de Carcará na qual encontramos uma
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Energia, Renato Bertani, desde 2010 no cargo, é responsável pela definição das estratégias de negócio, implementação de um plano de investimentos em exploração e desenvolvimento da produção em certas bacias sedimentares brasileiras, e pela gestão operacional e corporativa da companhia. Em entrevista à Macaé Offshore, o executivo falou sobre as principais propostas da companhia para os próximos anos, principalmente para o ano de 2015, e avalia a retomada das licitações de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
das maiores espessuras de reservatórios portadores de petróleo do pré-sal, e outros prospectos geologicamente semelhantes com alto potencial para novas descobertas. No Bloco BS-4, onde detemos 30% de participação, estamos em fase de desenvolvimento do Campo de Atlanta, que deve entrar em produção no início de 2016, além de significativo potencial exploratório no pré-sal.
A Barra Energia tem uma equipe pequena, de pouco mais de 20 funcionários, mas altamente qualificada e motivada para continuar o desenvolvimento e a ampliação deste portfolio de ativos. Outra característica de nossa companhia que julgo importante enfatizar é o compromisso com a ética e transparência que fazem parte do nosso modelo de negócio.
ENTREVISTA
M.O. – O senhor está otimista em relação a 2015? R.B. - O Brasil, sem dúvidas, tem províncias petrolíferas que estão entre as mais promissoras do mundo, haja vista as enormes descoberta já feitas no présal, uma nova fronteira que mal começa a ser explorada e entendida e onde muito petróleo ainda vai ser descoberto. Além disto ainda existem enormes oportunidades tanto em bacias maduras como em áreas que praticamente ainda permanecem inexploradas. Por isto, certamente persiste o interesse de companhias nacionais e estrangeiras em ampliar seus investimentos no Brasil. Entretanto, acho que a grande maioria destas companhias aguarda uma melhor definição do que vai acontecer no Brasil nos próximos meses, tanto em relação à uma retomada do crescimento econômico quanto à oferta de novos áreas em processos licitatórios. Estamos passando por momentos difíceis em meio a investigações envolvendo diretamente o nosso setor, mas tenho a convicção de que o país, as instituições e o ambiente de negócios sairão fortalecidos deste episódio tão doloroso para toda nossa sociedade. M.O. – Como a empresa avalia a promessa de leilões para o ano que vem? É possível vislumbrar oportunidades que podem surgir para a empresa? R.B. - A Barra Energia vai se concentrar na avaliação e desenvolvimento das
excelentes oportunidades que temos nos nossos blocos, particularmente na delimitação da descoberta de Carcará, desenvolvimento da produção do Campo de Atlanta e possivelmente perfuração de mais um poço exploratório visando reservatórios do pré-sal. Estaremos também atentos a oportunidade que surjam através de leilões promovidos pela ANP ou por farm-outs oferecidos por outras empresas. Mas somente vamos acrescentar novos projetos à nossa carteira se estiverem dentro do nosso foco estratégico e de acordo com nossa disciplina de capital. Do ponto de vista da indústria, o ideal é que haja um calendário de leilões que dê a potenciais investidores uma visibilidade maior sobre o fluxo de oportunidades a que poderiam ter acesso nos próximos anos. Enquanto isto não acontecer, estas companhias estarão cada vez mais realocando seus investimentos para outros países, tal como está ocorrendo agora no México.
metade. Portanto a companhia tem uma situação de capital bem confortável para atender à demanda de investimentos nos nossos blocos e, caso surjam oportunidades, adquirir novos projetos de forma extremamente seletiva. M.O. – Sobre plano de crescimento e expansão da empresa, como a companhia trabalha com essa possibilidade? R.B. - Ainda estamos avaliando as opções e não gostaríamos de entrar em mais detalhes no momento.
M.O. – Quanto a companhia pretende investir a médio/longo prazo no país? R.B. - A Barra Energia se posicionou, com muito sucesso, num nicho de oportunidades que não são suficientemente materiais para as majors e são excessivamente intensivas em capital para as pequenas independentes. Nossos investidores comprometeram um montante de capital de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, dos quais já investimos pouco mais da
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INTERVIEW
Renato Bertani CEO of Barra Energia
By Rodrigo Leitão
With its main business activity focusing on the offshore maritime area of the Santos and Campos Basin, both in the post-salt and in the new border of the pre-salt, the oil company Barra Energia – led by Brazilian experienced professions in the oil industry, in Brazil and overseas, having as main financial support companies such as Private Equity First Reserve and Riverstone – hopes in gathering a vast part of its investment in Brazil, precisely in the fields of Carcará and Atlanta and in another exploration well in the pre-salt. Graduated in Geology by the Federal University of Rio Grande do Sul, the CEO of Barra Energia,
MACAÉ OFFSHORE – How does Barra Energia assess the current Brazilian oil market? What are the opportunities and challenges to be overcome for the next year? RENATO BERTANI - Barra Energia holds interest in two blocks located in deep waters of the Santos Basin in the oil province of the pre-salt. In Block BMS-8, where we hold an interest of 10%, we discovered Carcará where we found one of the largest thicknesses of reservoirs containing pre-salt petroleum, as well as others geologically similar prospects with high potential for new discoveries. In Block BS-4, 32 MACAÉ OFFSHORE
Renato Bertani, is the one responsible for defining business strategies, implementing an investment plan on the exploration and production in specific Brazilian sedimentary basins, as well as for the operational and corporate management of the company. In an interview to Macaé Offshore, the executive in charge since 2010, talked about the main proposals of the company for the next years, mainly for 2015 and assessed the retake of biddings for exploration blocks by the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP).
where we hold an interest of 30%, we are in the development stage of the Atlanta Field, which is expected to start production by the beginning of 2016, in addition to the significant exploration potential in the pre-salt. Barra Energia has a small team, around 20 employees, but still highly qualified and motivated to continue furthering the development and expansion of our assets portfolio. Another characteristic of our company that I hold in high regard is the commitment with ethics and transparency that are the pillars of our business model.
M.O. – Are you optimist for 2015? R.B. - Brazil undoubtedly has oil provinces that figure among the most promising ones in the world, thanks to the enormous discoveries already made in the pre-salt, a new border that just began being explored and understood and where most of the petroleum is yet to be found. Also, there are enormous opportunities in mature basins and unexplored areas. For such reasons, the interest of local and foreign companies certainly persists in boosting their investments
INTERVIEW
R.B. - Barra Energia successfully took advantage of a niche of opportunities that are not material enough for the majors and that are excessively intense in capital for the small independent players. Our investors provided a capital sum of approximately US$ 1.2 billion, from which we already invested half. Thus, the company has a very comfortable capital situation to meet the demand of investments in our blocks and if opportunities appear, we will acquire new projects in an extremely selective manner.
M.O. – How does the company assess the promise of auctions for the next year? Is it possible to forecast opportunities for the company?
mainly in delimiting the discovery of Carcará, developing the production of the Atlanta Field and possibly, drilling another exploration newel seeking presalt reservoirs. We are also aware of opportunities arising from auctions promoted by ANP or by farm-outs offered by other companies. But we are only going to add new projects to our portfolio if they are in the range of our strategic focus and in accordance to our capital discipline. From the point of view of the industry, the ideal is the creation of an auction calendar providing potential investors with a better visibility on the follow of opportunities they could access in the next years. While it is not in motion, such companies will be reallocating their investments to other countries, as it is happening now in Mexico.
R.B. - Barra Energia will focus on the assessment and development of excellent opportunities we have in our blocks,
M.O. – How much does the company intend to invest at the mid and long-term in the country?
R.B. - We are still assessing the options and we are not in a position to provide more details as of now.
in Brazil. However, I think that most companies are waiting for a better definition of what is going to happen to Brazil in the next months, concerning not only the retake of the economic growth but also the offering of new areas in bidding processes. We are experiencing hard times in the midst of investigations directly affecting our sector, but I have the certainty that the country, institutions and the business environment will survive and learn from this situation so painful to our society.
M.O. – About the company’s growth and expansion plan, how does the company deals with this possibility?
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CAPA
Decepções passadas,
apreensões futuras 2014 foi um ano difícil para a indústria. É possível esperar por momentos melhores em 2015? Por Brunno Braga
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m ano de fortes emoções para o mercado de petróleo e gás no Brasil. É dessa forma que 2014 pode ser definido, em função dos acontecimentos que marcaram a indústria. Com certeza, eles serão sentidos ao longo de 2015 e, provavelmente, nos próximos anos. Foram episódios que tiveram contornos negativos e alguns fatos positivos. A Macaé Offshore fez um balanço do ano e elencou pontos sobre cenários e tendências da indústria para 2015.
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Denúncias na Petrobras Dentro da retrospectiva de 2014, as revelações de um esquema de malversação de recursos e propinas na Petrobras foi o grande destaque. O esquema envolve, segundo investigações coordenadas pela Polícia Federal, membros da alta diretoria da estatal, representantes de partidos políticos e de grandes empresas. De fato, o mercado acompanha com apreensão cada novo fato relevante. E
o temor é de que as revelações possam causar paralisias nas atividades da empresa. Atualmente, a Petrobras passa por um processo de auditoria externa e, conforme os resultados a serem apresentados, há o risco de que os resultados financeiros da empresa tenham impacto negativo, após as investigações. O adiamento do balanço da empresa no terceiro trimestre de 2014 pode ser um indicador desse processo.
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E&P Do lado das atividades de exploração e produção, algumas boas notícias. Em julho, a produção do pré-sal superou a marca de 500 mil barris por dia. São, ao todo, 25 poços perfurados a uma profundidade média de dois mil e quinhentos metros de lâmina d’água, e o feito foi alcançado dentro de um período de três anos, o que demonstra o enorme potencial dessas jazidas.
Contudo, mesmo não atingindo os objetivos previstos, a curva ascendente na produção mostra que o setor de E&P da empresa continua no rumo certo. “A Petrobras tem feito bem o seu dever de casa no que diz respeito aos resultados da produção de petróleo. A preocupação fica por conta das denúncias,
Agência Petrobras
Hoje, o pré-sal responde por 22% do petróleo produzido no Brasil e se mantêm as expectativas de que em 2020 a produção em camadas ultraprofundas representará 50% do total. Entraram em operação, este ano, cinco novos sistemas de produção flutuante (FPSOs), com o objetivo de aumentar em 7,5% a produção de petróleo da empresa. No entanto, em entrevista realizada em novembro, presidente Graça Foster admitiu que essa meta não será atingida. Mesmo obtendo, em outubro, a marca de de 2 milhões, 126 mil barris/dia (bpd), número recorde, os resultados abaixo da média registrados no primeiro trimestre do ano farão com que a companhia obtenha crescimento de produção de cerca de 5,8% em 2014 quando comparado com o ano anterior.
que podem impactar nos resultados financeiros da empresa e de como o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff irá conduzir as políticas para o setor. Por isso, investidores e fornecedores vêm acompanhando com certa apreensão o desenrolar das denúncias”, disse o consultor de Petróleo & Gás d APP Consultoria, Edson Gomes.
Graça Foster, presidente da Petrobras: em 2014, a estatal enfrentou a maior crise política de sua história Graça Foster, president of Petrobras: in 2014, the company faced its greatest political crises in its history
Cenários e tendências Preços em queda e dólar em alta Em novembro, após uma tensa reunião da Organização dos Países Exportadores e Produtores de Petróleo (Opep), na cidade de Viena (Áustria), a decisão de que os níveis de produção de petróleo dos países-membros da organização serão mantidos vai trazer sérias repercussões para a indústria do petróleo em 2015. Tal situação pode ser benéfica para uns e problemática para outros. De
fato, ao decidir não mexer na oferta de petróleo deverá pressionar ainda mais o preço do barril de petróleo para baixo. Com uma queda de cerca de 20% em novembro de 2014 em comparação a 2013, cotado a US$ 65. Mas não é somente a manutenção da oferta que vem causando a baixa no preço do barril. Outro fator refere-se à queda da atividade industrial
por parte da China. País responsável por puxar a demanda por petróleo no mundo, o gigante asiático vem mostrando menos apetite pelo combustível este ano. Dessa forma, analistas preveem que o país crescerá 7% em 2014, uma tendência que deverá ser repetir em 2015. Outra razão está relacionada ao aumento da produção do gás de xisto nos MACAÉ OFFSHORE 35
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Estados Unidos. Com a promessa de que com o sucesso da exploração e produção desse gás não convencional os Estados Unidos, importante importador de petróleo, passe a se tornar autossuficiente. Por isso, torna-se vantajoso para países, em especial a Arábia Saudita, ter preços mais baixos, pois inviabilizaria a exploração de shale gas, que, para ser interessante financeiramente, precisa ter uma cotação acima dos US$ 80 o barril, em função dos custos exigidos durantes as atividades de fracionamento de rochas que ficam em subsolos. Outro fator que marcará 2015 é a valorização do dólar em relação a várias moedas do mundo, em especial ao real. O que explica essa tendência é a recuperação da economia americana que já começa a dar sinais de aquecimento interno. Baixo desemprego, inflação controlada e crescimento em torno de 4% em 2014 são itens que darão subsídios para que o FED (o Banco Central americano) dê fim aos estímulos monetários iniciados após a crise de
O sucesso da exploração do Shale Gas nos EUA vem ajudando na queda do preço do barril de petróleo Success in the exploration of Shale Gas in the USA is helping to decrease the oil barrel price
2009 e suba as taxas básicas de juros. Esse movimento está sendo aguardado pelo mercado e deverá acontecer, segundo analistas, já no primeiro semestre de 2015. O resultado disso será uma revoada de recursos para comprar de títulos americanos, diminuindo a liquidez de dólar no mercado.
Apesar de ainda não ter uma data certa para que isso aconteça, os agentes do mercado já trabalham neste cenário e os efeitos já estão surgindo. Na primeira quinzena de dezembro, o dólar fechou a R$2,60, uma desvalorização de 10% em relação à cotação da moeda em janeiro de 2014.
Impactos na indústria de O&G no Brasil Mas o que esse cenário internacional pode influenciar nas atividades de petróleo no Brasil? Para o professor de Economia da UFRJ, Edmar Almeida, é cedo para definir se essa situação trará fortes impactos no mercado brasileiro. Em sua avaliação, a Petrobras terá que se adaptar à contenção do preço do petróleo e da alta do dólar num contexto que exigirá grandes investimentos. “Na atual situação, a Petrobras será obrigada a adotar o lema da disciplina fiscal. Esta maior disciplina terá implicações importantes para a cadeia de fornecedores. E as empresas fornecedoras, principalmente as nacionais, que já se encontram dificuldade financeira, 36 MACAÉ OFFSHORE
terão que se adaptar a esse ambiente de negócios”.
mais incertezas para a cadeia de fornecedores da indústria de óleo e gás no Brasil.
De fato, com dívida que já bate na casa dos US$ 30 bilhões e com uma possível queda na receita referente a contenção dos preços de combustíveis e, agora, com a queda no barril, 2015 exigirá da companhia estratégias que compensem esses problemas que vão impactar os investimentos da Petrobras.
A médio e longo prazo, isso pode se tornar um problema, sobretudo em razão de investimentos que são feitos em cima de um valor mais alto. A Petrobras investiu, em 2014, cerca de US$ 40 bilhões de dólares e precisará manter esse ritmo de investimentos para operar em áreas como o pré-sal. E com a renda em queda por causa da queda do preço do barril, isso pode se tornar um grande desafio para a companhia que pode também enfrentar problemas de captação de recursos junto ao mercado, principalmente se ela perder o ‘investment grade’.
Soma-se a isso o forte componente político da crise. Além do envolvimento de nomes importantes da empresa, há, ainda, várias empresas de grande porte denunciadas no escândalo. Esse quadro influenciará contratos que serão postergados e trarão
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Novos nomes Alguns movimentos de mudança política já começam a se desenhar. O primeiro deles foi o reajuste do preço dos combustíveis após três anos estacionado. Essa decisão tem peso muito importante para melhorar a saúde financeira da Petrobras, já que o caixa da empresa mostrava pouco fôlego em função do controle governamental. A troca no comando do Ministério da Fazenda, que terá Joaquim Levy no lugar de Guido Mantega, também foi aprovada pelos investidores, em função do seu perfil menos intervencionista e mais pró-mercado. Mudanças também foram vistas na Transpetro. Depois de 11 anos à frente da maior empresa de logística, Sérgio Machado pediu desligamento do cargo
Valter Campanato/ABr
Mas as possíveis mudanças no Ministério de Minas e Energia e na Petrobras trarão mais relevância para o mercado. Até o fechamento desta edição, o novo nome que ocupará o cargo de ministro da pasta responsável pela condução da política de petróleo no Brasil ainda não foi anunciado. A pasta que é tida como da cota do PMDB, ainda sofre por indefinições por conta das denúncias envolvendo alguns políticos desse partido. Depos de onze anos no comando da Transpetro, Sérgio Machado corre o risco de perder o cargo After eleven years in charge of Transpetro, Sérgio Machado faces the risk of losing the position
de presidente. Em seu lugar foi indicado o diretor de Gás Natural Claudio Ribeiro Teixeira Campos.
Outra dúvida que paira é se a presidente da Petrobras, Graça Foster, continuará à frente da companhia. No cargo desde 2012, ela enfrenta forte desgaste e já há no mercado sinais de insatisfação com a sua administração, alvo de denúncias
Leilões Em 2014, a diretora-presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, fez indicação sobre a possibilidade da realização da 13ª Rodada de Licitações. As áreas a serem destinadas ainda não foram divulgadas. Contudo, o mercado anseia pelo anúncio do certame já no primeiro trimestre de 2015. “Estamos confiantes de que os leilões irão voltar em 2015. Em 2014, reforçamos o discurso sobre a importância de se ter um calendário para as rodadas para que a indústria possa ajusta a sua agenda A indústria, como sempre digo, precisa de previsibilidade e segurança jurídica. Afinal, trabalhamos com investimentos pesados e de longo prazo. A realização
de leilões é fator fundamental para atrair investimentos”, afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Petroleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca. Esse sentimento de otimismo pode ir ao encontro do anseio do presidente do IBP. O próprio governo já manifestou, através do Ministério de Minas e Energia, o seu compromisso para a realização dos leilões. O ainda ministro Edison Lobão ressaltou que a Petrobras não é a única petroleira interessada e que a disputa por blocos atrai companhias do mundo inteiro. Além disso, leilões significam receitas para o Tesouro, que precisará de recursos de várias fontes para o cumprimento do superávit primário, especialmente num ano de crise. A conferir.
Valter Campanato/ABr
Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garante a agenda de leilões em 2015, a despeito da crise Minister of Mines and Energy, Edison Lobão, will keep the auction agenda in 2015 regardless of the crisis
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Past disappointments, future
concerns
2014 was a tough year for the industry. Is it possible to expect better moments for 2015?
By Brunno Braga
I
t was a year of strong emotions for the Brazilian oil and gas market. This is how 2014 can be best described, mostly due to the facts that marked the industry. It is certain that the impacts from such facts will reverberate throughout 2015 and probably, across the next years. These episodes had negative aspects, but also some positive ones. Macaé Offshore made a balance of the year and listed points on scenarios and trends of the industry for 2015.
Allegations in Petrobras Within the retrospective of 2014, revelations of a scheme dealing with resources misappropriation and bribery in Petrobras took the spotlight. The scheme involves, according to investigations by the Federal Police, members of the high management and representatives from both political parties and big-sized companies. In fact, the market is monitoring with certain apprehension each and every new relevant fact. The fear is that such revelations may cause disruptions in the company activities. Currently, Petrobras is undergoing an external auditing process and depending on the results to be presented, there is the risk that Petrobras financial statements have a negative impact after investigations. The postponement of the company’s balance in the third quarter of 2014 is a possible evidence of this situation.
E&P For the exploration and production activities there is some good news. On July, the pre-salt production exceeded the mark of 500 thousand barrels/day. So far, it’s a total of 25 drilled wells at a mean depth of 2500 m² of water depth. The deed was achieved within a period of three years, which shows the huge potential of such reservoirs. Today, pre-salt answers for 22% of the oil produced in Brazil and expectations remain that by 2020 the production in ultra-depth layers will represent 50% of the total. 38 MACAÉ OFFSHORE
This year, five new foaling production platforms (FPSO) became operational with the purpose of increase by 7.5% the company’s oil production. However, in an interview on November, the president Graça Foster admitted that his goal will not be reached anytime soon. Even after achieving on October the mark of 2 million 126 thousand barrels/day (bpd), a new record, results still below the average recorded in the first quarter will cause the company to obtain a production growth of circa 5.8% in 2014 compared to the previous year.
However, despite the failure to reach the expected goals, the ascending curve in production shows that the E&P sector of the company is still on the right track. “Petrobras has been doing a decent job when it comes to oil production results. The concern lies on the allegations, which may impact financial results and how the second presidential tenure of Dilma Rousseff will conduct policies for the sector. That is the reason why investors and suppliers are monitoring with certain apprehension the development of the allegations”, said the Oil and Gas advisor of APP Consultoria, Edson Gomes.
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Scenarios and Trends Prices dropping and dollars rising On November, after a heated meeting of the Organization of the Petroleum Exporting Countries (Opec) in the city of Vienna (Austria), the decision that oil production levels from the organization members will be kept surely will lead to serious side effects to the oil industry in 2015. This situation may be beneficial to some and problematic to others. In fact, by deciding not to change the oil offer, it should pressure even more the oil barrel price downwards, thanks to a drop of nearly 20% on November 2014 against 2013, quoted at US$ 65. But this is not only the maintenance of the offer that is causing the drop of the barrel price. Another factor is the sudden brake of the Chinese industrial activity. Country responsible for boosting the global demand for oil, the Asian giant displayed less appetite for fuel this year. Thus, analysts forecast the country
will grow 7% in 2014, a trend expected to repeat in 2015. Another reason is related to the increase of schist gas production in the United States. The goal is to the make the country, an important oil importer, self-sufficient with the successful exploration and production of this non-conventional gas. Therefore, it is an advantage, especially to Said Arabia, to have lower prices, as it would make unfeasible the exploration of shale gas, which to become financially interest would require a quotation above US$ 80 (barrel) due to the costs required during fractioning activities of underground rocks. Another factor that will mark 2015 is the appreciation of the dollar compared to several other currencies, especially the Brazilian Real. What could
explain this trend is the recovery of the America economy that is already showing signs of internal heat. Low levels of unemployment, controlled inflation and growth around 4% in 2014 are evidences that will convince the FED (American Central Bank) to end the monetary stimulus started after the crises of 2009 and then raise the basic interest rates. This movement is being eagerly awaited by the market and is scheduled to happen, according to experts, in the first semester of 2015. The result will be a swarm of resources to buy American bonds, decreasing the liquidity of dollar in the market. Despite the fact it has no accurate date to take place, market agents are already working on this scenario and effects are coming up. On the first half of December dollar closed at R$ 2.60, a depreciation of 10% in relation to the quotation on January 2014.
Impact in the Brazilian O&G industry But how this international scenario may influence oil activities in Brazil?
hard financial times, they will also have to adapt themselves to this business environment�.
According to the Economics Professor (UFRJ), Edmar Almeida, it is still too early to say if this situation will cause strong impacts to the Brazilian market. In his evaluation, Petrobras will have to adapt itself to the containment of the oil price and rising of the dollar in a context that will require some major investments. “In the current situation, Petrobras will be forced to adopt the rule of tax discipline. This increased discipline will have important implications for the supplier chain. About supplier companies, mainly local ones, already facing
In fact, with a debt already reaching US$ 30 billion and with a possible drop in revenue due to the containment of fuel prices and now with the barrel drop, 2015 will require from companies strategies that will compensate all those problems about to impact the investments of Petrobras. Add to cake the strong political slice of the crisis. In addition to the involvement of important corporate names there are also several big-sized companies assumed to be part of the scandal. This picture will
influence contracts and will lead to more uncertainties for the supplier chain of the Brazilian oil and gas industry. At the mid and long term, it can escalate into a serious issue, especially due to investments being made on a higher value. Petrobras invested in 2014 circa US$ 40 billion dollars and will need to keep up this pace of investments to operate in areas such as the pre-salt. And with the income going down due to the drop in the barrel price, it can become an overwhelming challenge for the company, not to mention the problems with capitation of resources in the market, mainly if it loses the investment grade.
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New names Some political changes are getting shape. The first move was the fuel price adjustment after three years stationary. This decision has a very important weight in improving the financial health of Petrobras, as the company cash was breathing under stress due to government control. Shift in the main chair of the Ministry of Treasury, previously occupied by Guido Mantega and now by Joaquim Levy, was also approved by investors due to the latter less interventionist and more pro-market oriented profile.
Changes were also spotted in Transpetro. After 11 years leading the biggest logistic company, Sérgio Machado waived his position as president. To take his place, it was appointed the name of the Natural Gas Director, Claudio Ribeiro Teixeira Campos. The possible changes that will bring more relevance to the market are the ones in the Ministry of Mines and Energy and in Petrobras. Before closing this issue, the new name that will take the position of minister of the folder in charge of conducting the oil
policy in Brazil is yet to be announced. This folder, which is considered as a quota of the PMDB, still suffers from uncertainties due to the allegations involving certain politics from this party. Another doubt still lurking around is whether the president of Petrobras, Graça Foster, will remain in the main seat of the company. In the office since 2012, she faces a strong signs of weariness and there is some discontentment with her management, which is being targeted by allegations.
Auctions In 2014, the director-president of National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP), Magda Chambriard, talked about the possibility of holding a 13th Bidding Round. Areas of interest are still pending disclosure. However, the market yearns for its announcement still in the first quarter of 2015. “We are confident that auctions will come back in 2015. In 2014, we strengthened the dialogue on the importance of having a calendar of
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rounds to allow the industry to adjust is agenda. The industry, as I am always saying, needs predictability and legal safety. After all, we work with heavy and long term investments. The holding of auctions is a fundamental factor to attract investments”, says the president of the Brazilian Institute of Petroleum, Gas and Biofuels (IBP), João Carlos de Luca. This feeling of optimism is also shared by the president of IBP. The
government already stated by the Ministry of Mines and Energy its commitment to hold auctions. The still minister Edison Lobão emphasized that Petrobras is not the only oil company interested in them and that the dispute for blocks is attracting companies from all across the globe. Also, auctions represent revenues for the Treasure, which will demand resources from several sources to meet the primary surplus, especially in a year of crisis. To be checked.
TECNOLOGIA
4D
Sísmica ganha espaço na E&P Tecnologia é uma das apostas do setor para garantir maior eficiência às atividades no Brasil
Por Flávia Domingues
F
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oi-se o tempo em que as explorações de petróleo eram conduzidas sem o uso do método sísmico, o que gerava prejuízos financeiros e ambientais incomensuráveis. A cada dia, a indústria encontra soluções que buscam uma operação mais limpa, econômica e socialmente responsável e a sísmica passou a ser fundamental para ganhar eficiência em E&P. Mas quais as novidades do setor para 2015? A Macaé Offshore ouviu empresas e especialistas para conhecer as tendências. Mapa do sistema de sísmica do campo de Argonauta, em BC-10
A pesquisa sísmica é o primeiro passo para iniciar a fase de exploração. O levantamento é uma espécie de radiografia do subsolo e as informações obtidas indicam o potencial de ocorrência de petróleo. Os mapas gerados a partir das sísmicas permitem determinar os melhores locais. Uma das tendências é o uso da sísmica 4D. A Petrobras e a Shell já adotam o uso dessas tecnologias em suas operações. Para apoiar na definição das melhores possibilidades de produção do
Seismic system map of the Argonaut field in BC-10
Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras está apostando no levantamento em sísmica 4D para apoiar na definição das melhores possibilides de produção. Tida como uma das tecnologias mais avançadas do mundo em termos de monitoramento de campos de petróleo, a sísmica 4D será utilizada para a realização de um levantamento num campo de Lula que tem cerca de 1.500 quilômetros quadrado, localizado a 250 quilômetros
do litoral e em águas com 2.200 metros de profundidade. Para se ter uma ideia, a capacidade de mapeamento equivale a uma área maior do que a cidade do Rio de Janeiro. Segundo nota divulgada pela assessoria de comunicação da Petrobras, a estatal aguarda liberação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para iniciar o levantamento em Lula. MACAÉ OFFSHORE 41
TECNOLOGIA
Como acontece a pesquisa sísmica em 4D Divulgação
Para realizar esse tipo de levantamento serão instalados sensores sísmicos, denominados NODES, no solo marinho. O processo compreende a emissão de sinais sísmicos por um navio sísmico com fonte de energia acústica que após sua propagação em direção as camadas geológicas profundas, refletem e voltam à estações sísmicas no assoalho oceânico onde são registrados. Estes registros são enviados aos centros de processamento sísmico e após processamento especializado permitem a radiografia do subsolo, revelando informações sobre os reservatórios.
No levantamento em sísmica 4D da Petrobras, NODES são instalados no solo marinho e emissão de sinais sísmicos são feitos por um navio In the 4D seismic survey of Petrobras, NODES are installed in marine soil and emission of seismic signals are made by a ship
A comparação entre os dados adquiridos em momentos distintos possibilita reconhecer as propriedades dinâmicas dos reservatórios como saturações de fluidos e pressões distribuídas espacialmente ao longo do campo. Com estas informações são definidas as
melhores localizações para perfuração de poços produtores e injetores (nos quais é injetada água para facilitar a extração do petróleo), a quantidade de água necessária para injetar num poço, assim como o volume de petróleo que pode ser extraído.
Sísmica em reservatórios - Outra utilização da tecnologia da sísmica 4D é no monitoramento sísmico contínuo dos reservatórios de petróleo. A Petrobras realiza o monitoramento permanente com 4D no campo de Jubarte, no Parque das Baleias, na Bacia de Campos, com reservatórios de pré-sal e pós-sal na costa do Espírito Santo. A estatal já utiliza a tecnologia no campo de Marlim desde 2005 e, também, em outras áreas da Bacia de Campos - como Roncador, Albacora Leste, Barracuda e Caratinga. Segundo informações da companhia em reservatórios turbidíticos, como os de Marlim, o 4D permite um gerenciamento otimizado e, assim, o adensamento da malha de poços de produção, de modo que esse tipo de reservatório possa atingir fatores de recuperação superiores a 50%. 42 MACAÉ OFFSHORE
Parque das Conchas - A Shell vem utilizando a sísmica 4D, desde 2013, no Parque das Conchas, na Bacia de Campos, no Espírito Santo. A característica mais inovadora da tecnologia, batizada de Shell BC-10, é que os sensores são colocados no fundo do mar, o que aumenta a sensibilidade e a repetição dos inquéritos, reduzindo o custo ao longo da vida de campo em relação à aquisição sísica convencional. “Essa instalação dos cabos com sensores, cobrindo toda a área de campo já foi realizada antes, mas nunca em águas tão profundas. É a primeira implantação desta tecnologia dentro da companhia”, conta o gerente de subsuperfície de BC10 da Shell, Grahem Buksh. A Shell investiu quase uma década em estudos no projeto, que até recebeu
A sísmica 4D será aplicada em caráter pioneiro nos reservatórios carbonáticos do pré-sal brasileiro e servirá como referência tecnológica para toda a indústria petrolífera em escala mundial. Fonte: Petrobras
o Prêmio Internacional de Inovação em Tecnologia, na Conferência Internacional de Petróleo Tecnologia (IPTC) de Excelência em Projeto de Integração, em 2012. Os conceitos desenvolvidos no BC- 10 foram exportados para outras operações da Shell, como o campo Perdido no Golfo do México, nos Estados Unidos. Grahem conta que os dados produzidos pelo sistema de sísmica 4D tem maior qualidade do que os produzidos pelos sistemas sísmicos tradicionais. “As informações são mais precisas e mais rapidamente estão disponíveis para tomada de decisões sobre como otimizar a produção de óleo, injeção de água e maximizando final econômico. Além disso, o sistema permite a custos mais baixos do que outros métodos de campo ao longo da vida”, conclui.
TECNOLOGIA
Aposta em pesquisa - O Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil contará com 10 bolsas de estudo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para pós-doutores. A intenção é que estes profissionais se aprofundem na pesquisa sobre o uso da computação cognitiva para o gerenciamento de recursos naturais nas indústrias de petróleo&gás, biocombustíveis, mineração e água. O laboratório existe há quatro anos, mas, no último ano, vem intesificando as pesquisas nessas áreas. Renato Cerqueira, gerente sênior de Soluções para Recursos Naturais do Laboratório de Pesquisas da IBM Brasil, destaca que a proposta é ter um sistema cognitivo que dê suporte e agilidade na apuração de um grande volume de dados, entre elas, a interpretação de sísmica.
“Em nosso campo de pesquisa, a descoberta do pré-sal trouxe para o Brasil desafios tecnológicos sem precedentes para o desenvolvimento de campos de exploração. Hoje, temos o apoio do TI maior para encontrar soluções para desafios únicos em logística e operações offshore”, conta Cerqueira. Aprimoramento de sísmica - Para Heron Schots, gerente técnico do Centro Potiguar de Geonciências (CPGEO), nos próximos anos a tendência é que essas técnicas de sísmica utilizadas em diferentes fases do ciclo de apuração de informações, exploração e operação sejam aperfeiçoadas. “Acredito no aprimoramento das técnicas conhecidas de migração em profundidade utilizando a equação da onda
nas duas direções, modelamento direto e modelamento inverso utilizando o próprio campo registrado, ambos em um modelo de velocidades calculado interativamente e a implementação da inversão global 3D, pre-empilhamento( Full Wave Inversion - FWI )”, aposta Schots. O CPGEO atua no processamento de dados sísmico 2D, linhas sinuosas e 3D, com qualquer fonte de energia, em tempo e em profundidade. O processamento em tempo PSTM (Prestack Time Migration) possui 100% de conteúdo nacional. A empresa é especializada em algoritmos para correções estáticas de dados terrestres, migrações em tempo para linhas sinuosas e focalização com a técnica CRS(Common Reflection Surface) 2D e 3D.
História das soluções de sísmica “Quando buscamos entender a história das soluções de sísmica para a economia do petróleo, é inevitável que se revisite a própria história da indústria do petróleo. Até o final do século XIX, a perfuração de poços exploratórios era feita a partir de percepções intuitivas (feeling), ou a partir de exsudações (seeps) locais de hidrocarbonetos (seepology) ou de uma maneira mais abrangente, perfurações aleatórias de poços (random drilling). A partir da década de 1920, iniciou-se a aplicação de metodologias geofísicas para melhor definir a localização de poços exploratórios: a gravimetria passou a ser muito adotada como método efetivo de localização de estruturas geológicas que favorecessem acumulações de petróleo (por exemplo as causadas por domos de sal). Nessa mesma época, a magnetometria também passava a ser adotada para
identificar regiões com rochas mais e menos densas, possibilitando a localização de bacias sedimentares que poderiam acumular hidrocarbonetos.
a maior quantidade de investimentos e ofereceu, e ainda oferece, o maior retorno econômico da história da indústria do petróleo.
Já o método sísmico começa a ser pensado para petróleo a partir de 1910, quando datam as primeiras análises de ondas sísmicas geradas por terremotos, para definir modelos do interior da crosta terrestre (Mohorovicic, 1910). Poucos anos depois, registra-se o começo da análise comercial de geração de ondas sísmicas de modo artificial, para estudos aplicados à indústria de petróleo. Com a necessária evolução tecnológica dos métodos sísmicos, chega-se, no início da década de 1960, aos métodos de reflexão sísmica 3D. Evolução que, durante as décadas seguintes, fez tal ferramenta exploratória se consagrar como o mais fantástico e revolucionário método geocientífico da indústria mundial, que mereceu
Com a sísmica 3D, a certeza de posicionamento geológico de um poço exploratório atinge quase 100%, e com um grau de detalhamento de estruturas verticais e laterais a grandes profundidades, como o pré-sal, em precisões de pouquíssimos metros. Além disso, a sísmica passou a mostrar, em suas amplitudes registradas, indícios diretos da presença de hidrocarbonetos. Os riscos da exploração petrolífera foram reduzidos drasticamente, quando comparados há apenas duas décadas atrás, época em que o método atingiu sua maturidade industrial”. – Rogério Santos, consultor e professor de Geofísica do Instituto de Geociências da Universidade Federal Flumimense.
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TECHNOLOGY
4D Seismic gains ground in E&P Technology is one of the sector bets in order to ensure improved efficiency to activities in Brazil By Flávia Domingues
I
t now lies in the past the time when oil explorations were performed without the use of the seismic method, which caused enormous financial and environmental losses. Day after day, the industry finds solutions and seeks a cleaner, more economical and socially responsible operation that is why seismic became a fundamental part in order to earn efficiency in E&P. But what are the news from the sector to 2015? Macaé Offshore heard companies and experts about the trends. Seismic research is the first step when starting the exploration stage. Survey is a
type of underground radiography and the information obtained show the potential for petroleum occurrence. Maps generated from seismic allow determining the best locations. One of the trends is the use of 4D seismic. Petrobras and Shell already adopted the use of such technologies in their operations. In order to support the definition of the best production possibilities of the Lula Field, in the pre-salt of the Santos Basin, Petrobras is betting on the 4D seismic surveying to support defining the best production possibilities. Considered as one of the most
advanced technologies in the world in terms of oil field monitoring, 4D seismic will be used to perform a survey in a Lula field with around 1500 km², located at 250 km from the shore and in waters with 2200 m depth. Just to get an idea, the mapping capacity is equivalent to an area bigger than the city of Rio de Janeiro. According to a statement disclosed by Petrobras’ press office, the company waits clearance by the Brazilian Institute of Environment and Renewable Natural Resources (IBAMA) before starting survey in Lula.
How does 4D-seismic research occur? In order to perform this type of survey seismic sensors called NODES are installed on marine soil. The process comprises the emission of seismic signals by a seismic ship with acoustic energy source that after propagation towards the deepest geological layers, reflect back to the seismic stations on the ocean bed where they are recorded. These records are sent to the seismic processing centers and after specialized processing enable subsoil
Seismic in reservoirs – Another use of the 4D seismic technology use is the continuous seismic monitoring of oil reservoirs. Petrobras performs permanent monitoring with 4D in the Jubarte field, at Parque das Baleias (Whales Park), at the Campos Basin, 44 MACAÉ OFFSHORE
radiography, revealing information on reservoirs. Comparison between data acquired in different moments allows for the recognition of reservoir dynamic properties such as fluid saturations and pressures spatially spread across the field. With this information it is possible to define the best locations for drilling production and injection wells (in which water is injected in order to
with pre-salt and post-salt reservoirs in the coast of Espirito Santo. The company has been using the technology in the Marlim field since 2005 and also in other areas of the Campos Basin – such as Roncador, Albacora Leste, Barracuda and Caratinga.
facilitate oil extraction), the amount of water required to inject in a well and the volume of oil that can be extracted. 4D seismic will be applied in pioneering way in carbonatic reservoirs of the Brazilian pre-salt and will serve as technological reference for the entire petroleum industry in a global scale. Source: Petrobras
According to information from the company on turbidity reservoirs such as Marlin, 4D allows for an optimized management and for the densification of the production well grid in order to make this type of reservoir able to reach recovery factors above 50%.
TECHNOLOGY
Parque das Conchas (Shells Park) - Shell has been using 4DF seismic in Parque das Conchas, Campos Basin, in the State of Espirito Santo. The most innovative characteristic of the technology, named BC-10, is that sensors are placed on sea bottom, which increases the sensitivity and repetition of inquiries, thus reducing the cost throughout the field life against the conventional seismic acquisition. “This installation of cables with sensors, covering the whole field area was performed before, but never in ultradeep waters. This is the first implementation of this technology by the company”, said Shell’s BC-10 subsurface manager, Grahem Buksh. Shell invested for almost a decade in project related studies, and this dedication received the International Award of Innovation in Technology during the 2012 International Petroleum Technology Conference (IPTC) in the category Excellence in Integration Project. Concepts developed in BC-10 were exported to other Shell operations such as the Perdido field in the Gulf of Mexico, United States. Grahem says that data produced by the 4D seismic system has a quality greater than those produced by traditional seismic systems. “Information are
more accurate and more rapid available for decision making on how optimizing oil production, water injection and final economic maximization. Additionally, the system allows costs lower than those from other methods throughout the life”, he concluded. Bet on research – IBM Brasil’ Research Laboratory will grant 10 scholarships from the National Council of Scientific and Technological Development (CNPq) to post-doctors. The goal is to make those professionals to really deepen their knowledge on the research and on the use of cognitive computation to manage natural resources in the oil and gas, biofuels, mining and water industries. The laboratory is only four years old and since last year has been intensifying research on those areas. Renato Cerqueira, senior manager of Solutions for Natural Resources of IBM Brasil’ Research Laboratory explains that the idea is to have cognitive system that provides support and agility in the assessment of a large volume of data, among them, the seismic interpretation. “In our research field, discovery of the pre-salt brought to Brazil unparalleled technological challenges to the development of exploration fields. Today,
we have a larger TI support to find solutions to unique challenges in logistics and offshore operations”, said Cerqueira. Seismic improvement - For Heron Schots, technical manager of the Potiguar Center of Geosciences (CPGEO), in the upcoming years the trend is that those seismic techniques – used in different stages of the assessment cycle of information, exploration and operation – will be eventually improved. “I believe in the improvement of known techniques of migration in depth, using the wave equation in both directions, direct modeling and inverse modeling using the own recorded field, both in a speed model interactively calculated and implementation of 3D global inversion, prestacking (Full Wave Inversion - FWI )”, bets Schots. CPGEO works in the processing of 2D seismic data, sinuous lines and 3D, with any energy source both in time and depth. PSTM-time processing (Prestack Time Migration) has 100% of local content. The company is specialized in algorithms to static corrections of ground data, migrations in time for sinuous lines and focalization with CRS technique (Common Reflection Surface) both 2D and 3D.
History of seismic solutions “When we seek to understand the history of seismic solutions for the oil economy it is inevitable to look back at the oil industry history itself. Until the end of the XIX century, drilling of exploration wells were made from either intuitive perceptions (feeling) or local exudations (seeps) of hydrocarbons (seepology) or even with a wider manner, random well drilling (random drilling). From de 1920’s, the application of geophysical methodologies started to best define the location of exploration wells: gravimetry became widely adopted as an effective method to locate geological structures that favor petroleum accumulations (for example those caused by salt domes). At this same period, magnetometry also became to be adopted in order to identify regions with
more and less dense rocks, thus allowing the location of sedimentary basins with possible accrual of hydrocarbons. However, the seismic method started to be conceived for petroleum purposes from 1910, when the first analyses of seismic waves caused by earthquakes were recorded in order to define models of the crust interior (Mohorovičić, 1910). Few years later, it is recorded the start of the commercial analysis of seismic waves generation in an artificial way for studies applied to the oil industry. With the required technological evolution of seismic methods we finally arrive at the 1960’s: 3D seismic reflection methods. This evolution for the following decades turned this exploration tool into the most fantastic and revolutionary geoscientific method of the global industry, which
explains why it deserved the biggest amount of investments and offered, and still does, the biggest economic return of the petroleum industry history. With 3D seismic, the certainty of geological positioning for an exploration well reaches nearly 100% and with a detailing degree of vertical and lateral structures at great depths, such as the presalt, in precisions of few meters. Besides, seismic has been showing in its recorded amplitudes, direct evidences of hydrocarbon presence. Oil exploration risks were drastically reduced when compared to only two decades ago, a time where the method reached its industrial maturity”. – Rogério Santos, advisor and professor of Geophysics at the Geosciences Institute of the Fluminense Federal University (UFF).
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LOGÍSTICA
“Caixa-preta” na logística do Pré-sal
Localizado no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, o aeroporto de Maricá, importante para a logística offshore, pode parar na justiça Por Rodrigo Leitão
A
lém das águas, o cheque em branco do pré-sal vem movimentando também os ares brasileiros. Recentemente, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, assinou convênio que transfere para o governo do Estado do Rio de Janeiro a exploração do Aeroporto Laélio Baptista, localizado em Maricá, litoral norte fluminense. Segundo o ministro, o aeroporto, que até então era administrado pela prefeitura, é estratégico para transporte de passageiros que precisam chegar às plataformas do pré-sal. Moreira Franco afirmou ainda que o aeroporto está fechado para obras que não têm sido conduzidas conforme a necessidade e que a interdição do local fica suspensa no dia 9 de novembro, para que o Estado assuma a administração, mas ainda não há data para que o aeroporto entre em operação novamente. “Lamentavelmente, a Prefeitura não estava cumprindo com o trabalho em Maricá, tanto que o próprio Ministério Público disse isso”, declarou o ministro
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Divulgação / PMM
Visão panorâmica do aeroporto de Maricá: Terminal é essencial para o embarque de trabalhadores para as plataformas da Petrobras Overview of the Maricá airport: Terminal is essential to the embark of workers to Petrobras’ platforms
Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil, durante o ato de assinatura do termo. Para a cidade de Maricá será importante a retaguarda dos governos estadual e federal nas operações do aeroporto. Tenho certeza de que é a melhor alternativa”, afirmou Moreira Franco. Em nota, a prefeitura de Maricá informou que, devido ao período eleitoral, as
primeiras obras previstas para o aeródromo municipal tiveram que ser adiadas. A licitação já foi concluída e as obras serão iniciadas ainda neste mês. O investimento inicial é de R$ 1,8 milhão, a serem aplicados na construção do perímetro de segurança, além de reforço na iluminação e no controle patrimonial. A segunda fase das obras deverá custar R$ 30 milhões e o projeto está em desenvolvimento.
LOGÍSTICA
Fernando Silva
Baseado na experiência de Cabo Frio - cujo aeroporto serve de base para helicópteros que circulam na Bacia de Campos - o governo quer transformar o Aeroporto de Maricá, para favorecer a logística offshore das principais empresas de petróleo do país, que atuam na Bacia de Campos e Santos. De acordo com o ministro o aeroporto de Macaé, localizado no litoral norte fluminense opera no limite, com um fluxo em torno de 1,2 milhão de passageiros de helicóptero para as plataformas a cada ano. Já o aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro está saturado devido ao adensamento populacional da região. “Maricá será o aeroporto do pré-sal. É um aeroporto excelente, até para descomprimir o fluxo de helicópteros do Rio de Janeiro”, disse Moreira Franco. Questionado sobre a decisão do governo de repassar a administração do aeroporto ao Estado, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Lourival Casula informou que para a prefeitura de Maricá o convênio de outorga do aeródromo, renovado em 2012 pela Secretaria de Aviação Civil ainda está em vigor, já que, pelo ponto de vista jurídico, a decisão do ministro Moreira Franco não atendeu aos requisitos previstos no convênio para o cancelamento do termo. Em entrevista, o secretário afirma que o prefeito de Maricá, Washington Quaquá já acionou a Procuradoria do Município, que entrou com recurso administrativo junto à própria Secretaria de Aviação Civil (SAC) de forma a reverter a decisão. “O prefeito Washington Quaquá alocou cerca de R$ 30 milhões no orçamento de 2015 para as obras necessárias no aeródromo. Isso inclui a construção do perímetro de segurança, a instalação de sistema de vigilância com câmeras, a instalação de iluminação
Pista do aeroporto de Maricá: Com as obras inacabadas, aeroporto vive uma guerra entre governo e prefeitura Maricá airport track: With unfinished works, the airport is the middle of a war between government and city hall
adequada, de torre de controle com sistema de comunicação e controle de voo, a construção de um terminal de passageiros e a reforma total da pista, atualmente interditada por nota expedida pelo Departamento de Controle do Tráfego Aéreo (Decea), da Aeronáutica”, rebate o secretário.
benefícios desse desenvolvimento possam ser compartilhados com a população da cidade”, afirma Lourival. Reformulado, o aeroporto passará a atender a demanda de transporte por Marcello Casal Jr/ABr
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Lourival Casula, o objetivo da mudança idealizada pelo prefeito Washington Quaquá é atender à crescente demanda de instalação de indústrias vinculadas à logística do petróleo, seja por conta da proximidade do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a 45 km de distância a Oeste, seja pela confrontação com o campo Lula, do pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km do litoral. “O aeroporto de Maricá tem importância fundamental para a cidade. Como se trata de um equipamento com enorme potencial estratégico, as receitas ali geradas poderão ajudar o município a acompanhar o acelerado desenvolvimento econômico de toda a região, permitindo que o poder público faça as obras necessárias para que os
Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil: “Maricá será o aeroporto do pré-sal” Moreira Franco, from the Civil Aviation Secretariat: “Maricá will become the pre-salt airport”
helicópteros do pré-sal, além de poder funcionar como uma base alternativa aos aeroportos Santos Dumont e Galeão para a aviação executiva internacional. MACAÉ OFFSHORE 47
LOGISTICS
“Black box” in the Pre-salt logistics Located in the northern shore of the State of Rio de Janeiro, the airport of Maricá - an important hub for the offshore logistics – may end up in court By Rodrigo Leitão
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eyond waters, the pre-salt’s blank check is also stirring the Brazilian airs. Recently, the Minister of Civil Aviation, Moreira Franco, signed an agreement that assigns to the government of the State of Rio de Janeiro the exploration of the Airport Laélio Baptista, located in Maricá, northern shore of the state. According to the minister, the airport that was previously managed by the city hall is strategic for the transport of passengers that need to get to the pre-salt platforms. Moreira Franco also affirmed that the airport is closed due to works that have not been carried out as necessary and that the interdiction of the place is to be suspended on November 9th, so that the State can take charge, but there is no date yet for the Airport to resume operation.
“Unfortunately, the City Hall was not complying with its responsibilities in Maricá, the Public Prosecutor’s Office itself confirmed that”, stated the minister Moreira Franco of the Civil Aviation Secretariat, at the time of signature of the term. For the city of Maricá it will be important to have the support from both state and federal governments in the operations of the airport. I am sure that is the best alternative”, said Moreira Franco. In a statement, the city hall of Maricá informed that due to the election period, the first works expected for the city aerodrome had to be postponed. The bidding was already finished and the works are to start this month. The initial investment is of R$ 1.8 million, to be applied in the construction of the safety perimeter, in addition to the reinforcement in illumination and asset control. The second stage of the 48 MACAÉ OFFSHORE
works should cost R$ 30 million and the project is under development. Based on the experience of Cabo Frio – whose airport works as a base for helicopters flying to/from the Campos Basin – the government wants to change the Maricá Airport in order to favor the offshore logistics of the main oil companies operating in the Campos and Santos Basins. According to the minister the Macaé airport, located in the northern shore of the State, operates in the limit with a flow around 1.2 million helicopter passengers to platforms every year. On the other hand, the Jacarepaguá airport, located in the west zone of Rio de Janeiro is already saturated due to the population crowding of the region. “Maricá will be the pre-salt airport. It is an excellent airport, that will serve to relieve the flow of helicopters in the State “, said Moreira Franco. Once questioned on the government’s decision of assigning the management of the airport to the State, the city secretary of Economic Development, Lourival Casula informed that for the city hall of Maricá the aerodrome granting agreement renewed in 2012 by the Civil Aviation Secretariat is still in force, and according to a legal point of view, the decision of the minister Moreira Franco did not met the requirements set out in the agreement for cancellation of the term. In an interview, the secretary said that the mayor of Maricá, Washington Quaquá already summoned the City’s Office of Attorney General to file an administrative appeal against the Civil Aviation Secretariat (SAC) in order to revert the decision.
“The mayor Washington Quaquá allocated circa R$ 30 million in the budget of 2015 for the works required by the aerodrome. This includes the construction of the safety perimeter, installation of CCTV, appropriate illumination, control tower with communication and flight control system, construction of a passenger terminal and the total reformation of the track, currently interdicted by a notice issued by the Air Traffic Control Department (Decea) of the Aeronautics”, replied the secretary. For the secretary of Economic Development of Maricá, Lourival Casula the goal of the change idealized by the mayor Washington Quaquá is to meet the growing demand for installation of industries related to the oil logistics, either due to the proximity to the Petrochemical Complex of Rio de Janeiro (Comperj), 45 km away to West or due to confrontation with the Lula field, of the pre-salt in the Santos Basin, 200 km away from the shore. “The Maricá Airport has a critical importance for the city. As it concerns an asset with huge strategic potential, the revenues generated there may help the city to follow the accelerated economic development of the entire region, allowing the government to make the necessary works to share the benefits of this development with the local population”, said Lourival. After the reformulation the airport will be able to meet the demand for transportation by pre-salt helicopters, in addition to be able to work as an alternative base to the airports of Santos Dumont and Galeão in favor of the international executive aviation.
rede petro-BC
I Rodada de Negócios da Rede Petro-BC supera expectativas Por Ive Talyuli
Um grande anseio dos empresários que compõem a Rede Petro – Bacia de Campos se concretizou em novembro deste ano. Tratase da I Rodada de Negócios da instituição, que superou as expectativas das empresas participantes pelas oportunidades de negócios geradas através do encontro. Para nortear o encontro, foram convidadas seis grandes empresas que atuaram como âncoras. São elas: UTC, DOF Subsea, Transpetro, Queiroz Galvão, Odebrecht e Engeman. Já as empresas inscritas chegaram a um total de 72, contando com o comparecimento de 95%. “Isso nos mostra o quanto precisávamos de um encontro que privilegiasse as empresas sediadas na Bacia de Campos.
É diferente quando estas organizações participam das rodadas de negócios realizadas em grandes eventos, como a Rio Oil & Gas, por exemplo”, declarou Evandro Cunha, um dos coordenadores da Rede Petro-BC. Por se tratar de uma rede de negócios que abrange somente a Bacia de Campos, não foram permitidas inscrições de empresas de municípios que não estão inseridos na região, o que demonstrou o comprometimento da instituição com o fomento do desenvolvimento local. “Nosso objetivo é a geração de oportunidades de negócios entre os nossos associados e empresas que atuam na Bacia de Campos. Para isso, é necessário prestigiarmos primeiro os nossos associados, que
participaram gratuitamente, e, em seguida, as empresas que estão na nossa região”, ressaltou Evandro. O evento, realizado no Hotel Blue Tree Towers Macaé, foi considerado um grande sucesso pela Rede Petro-BC, que já planeja os próximos eventos. “Para o ano que vem, temos a intenção de realizar uma Rodada de Negócios horizontal, ou seja, sem a presença de empresas âncoras e voltada para os nossos associados. O objetivo será criar um ambiente favorável para que eles possam gerar negócios entre si”, informou Mário Jorge, outro coordenador da instituição.
A Rede Petro-BC é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover, articular e fomentar a geração de negócios entre os atores da cadeia produtiva de petróleo, gás e energia da Bacia de Campos. Seu desafio principal é atender às demandas da principal área de exploração e produção brasileira, investindo constantemente em estudos para a viabilização de projetos em que a promoção de negócios se dê através da competitividade, gerando oportunidades de negócios às empresas e instituições envolvidas. Maiores informações através do telefone (22) 2796-6122.
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rede petro-BC
1st Rede-Petro-BC’s Business To Business Round-Robin I Excels Expectations By Ive Talyuli
A great yearning of the businessmen who comprise the Rede-Petro - Campos Basin came through this November. It was the institution’s 1st Business To Business Round Robin, which excelled the expectations of participating companies for the business opportunities generated through this encounter. As the meeting guiding light, six major companies were invited, acting as anchors. They were: UTC, DOF Subsea, Transpetro, Queiroz Galvão, Odebrecht and Engeman. While the registered companies reached a total of 72, with the attendance of 95%. ‘This shows us how much we needed a meeting that privileged the companies
headquartered in the Campos Basin. It is different when these organizations participate in business to business round robins held in major events, such as Rio Oil & Gas, for instance’, stated Evandro Cunha, one of the Rede Petro-BC’s coordinators. Because it is a business network covering only the Campos Basin, companies from municipalities not included in the region were not allowed, which demonstrated the institution’s commitment to the fomentation of local development. ‘Our objective is to generate business opportunities among our members and companies operating in the Campos Basin. For this purpose we must first privilege our members, which
participated free of charge, and then the companies in our region’, stressed Evandro. The event, which took place at the Blue Tree Towers Macaé Hotel, was considered a great success by Rede Petro-BC, which is already planning the coming ones. ‘For next year we intend to conduct a horizontal Business To Business Round Robin, that is, without the presence of anchor companies and focused on our members. The object will be to create a favorable environment so they can generate businesses among themselves’, informed Mário Jorge, another coordinator of the institution. *Texto traduzido pela Datatrans
Rede Petro-BC is a non-profit organization whose purpose is to promote, articulate and foment business generation among the Campos Basin oil, gas and energy productive chain players. Its main challenge is to meet the demands of the primary Brazilian exploration and production area by constantly investing in feasibility studies for projects in which business promotion is achieved through competitiveness, thus generating business opportunities to the companies and institutions involved. For more information call (22) 2796-6122.
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Plataforma santos
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