Uma publicação do Colégio Magno/Mágico de Oz Outubro de 2019
Inovar todo dia! Magno cada vez mais sustentável Novos Novos espaços espaços educativos educativos 1
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Inovar para muito além
Editorial
da tecnologia
possibilidades de desenvolvimento
No Magno, sempre há lugar para o novo – o novo preparado, sólido, bem pensado
de conteúdos e competências do
Por isso, esta edição da Revista
Ensino Médio – indicador que se
oferece um panorama amplo do
somou ao ótimo desempenho dos
que aconteceu ao longo do ano,
jovens nos principais vestibulares
como um painel de um projeto em
de São Paulo, na USP, Unicamp,
contínuo desenvolvimento.
Insper, FGV, entre outras.
No Magno, sempre há lugar para
Se o Magno/Mágico de Oz pau-
o novo – o novo bem pensado,
tasse suas ambições pedagógicas
preparado, sólido. Daí nasceu a
apenas por indicadores como esse
FLIM, uma festa literária que mo-
poderia se dar por satisfeito, ainda
vimentou toda a Escola em torno
mais que a Escola não promove
do prazer da leitura.
seleção de entrada, como boa par-
Daí se originaram novos investi-
te dos primeiros colocados faz.
mentos em infraestrutura, como
envolvidos, professores ou não.
Mas este Colégio quer bem mais
a reforma das bibliotecas, dos
Ações formativas no campo da
do que isso. Às vésperas de
refeitórios, estruturas de susten-
educação e da cultura tornaram-se
celebrar seus 50 anos, o Magno
tabilidade, ambientes na Vila Oz,
parte da paisagem educacional
continua a se orientar por um
espaços de inovação. Surgiram
do Magno/Mágico de Oz e estão
ideal de educação integral, que
ainda iniciativas inéditas, como o
incorporadas às nossas rotinas.
não apenas olha para a cabeça,
projeto Educação pelo Sabor. Por
Esta é definitivamente uma escola
ou seja, os aspectos cognitivos,
fim, multiplicaram-se os projetos
que aprende.
mas também para o coração (os
de aprendizagem criativa.
E queremos compartilhar esse
valores, os princípios, as emoções,
Cada uma dessas propostas foi
aprendizado agora com você,
a arte) e para o corpo, valorizando
acompanhada pelo desenvolvi-
leitor, certos de que estará sempre
o movimento, o esporte, a dança e
mento humano, não só dos alunos,
conosco nesta jornada pelo conhe-
outras modalidades.
mas também dos profissionais
cimento. Boa leitura!
Em 2019, a divulgação dos resultados do ENEM posicionou novamente o Magno no seleto grupo de 1% de escolas brasileiras que oferecem aos alunos as melhores
Myriam Tricate Diretora do Colégio Magno/Mágico de Oz
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Índice Realização Palavra Prima 11 9 9960-3162
Editorial 1 FLIM: que festa! 5 De Onde Vem? 11 Cada um na sua tribo 14
Jornalista Responsável Paulo de Camargo - Mtb 21.761
Redação Paulo de Camargo Daniel Morbi Ítalo Amorim
Revisão Hebe Lucas, Bráulio Lamêgo, Mariana Amaral e Renata Rosa
Fotos Comunicação do Magno: Rodrigo Messias, Vinícius Silva e Victor Almeida
Produção Gráfica Tratamento de imagens Orlando Pedroso/Estúdio Bala Cecília Laszkiewicz Esta revista é uma publicação do Colégio Magno/Mágico de Oz
Os alquimistas estão chegando! 18 sensações para aprender 20 a humanidade como um desafio comum 22 fórum faap 2019 23 FÓRUm Magno 24 Na Conferência do clima 26 Jovens cientistas do Magno em portugal 28 No topo do ENEM 29 Xô, ansiedade! 32 Do Magno para o mundo! 34 Inovação todos os dias 36 Vamos falar sobre o futuro? 44 Programa de meninas 46 Conhecimento é poder 47 Ciências até debaixo d’água 48 julgamento de Sócrates 49 Alunos fazem documentário na floresta 50 Tornando visível o que ninguém vê 54 Imagens solidárias 56
Unidade Campo Belo (Ed. Infantil e Ensino Fundamental I) (11) 5041-2566
Festa do esporte 58
Unidade Olavo Bilac (Berçário e Ed. Infantil) (11) 5522-1555
Festa para a família 82
Unidade Sócrates (Ensino Fundamental e Ensino Médio) (11) 5685-1300
Magno Sustentável 64 Magno internacional 72 escola que aprende 78 Educação do paladar 86 Uma Escola musical 90 Novos espaços, mais protagonismo e autonomia 92
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FLIM
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Com o tema Resgatar a memória, inventar o futuro,
Magno realiza sua primeira festa literária
QUE FESTA! Alunos, professores, pais… A comunidade Magno reunida para uma festa: a Festa de Literatura e Inovação do Colégio Magno/ Mágico de Oz. Ao longo de uma semana, escritores consagrados, ilustradores reconhecidos, artistas de diferentes áreas circularam pelo Magno, conversando com educadores, pais, alunos, falando sobre literatura e fazendo arte. Em sua primeira edição, a FLIM mostrou a que veio, mobilizando a comunidade para um evento complexo, em que feras como Laerte, Marcelo Rubens Paiva, Ilan Brenman, Toni Brandão, Daniel Munduruku enriqueceram o repertório dos presentes, ao mesmo tempo que alunos de todas as idades puderam mostrar suas criações, que transitaram entre as técnicas convencionais e as práticas inovadoras. Sim, inovadoras: a FLIM foi mais do que uma festa literária – foi uma
celebração das ações pioneiras que se tornam cotidianas no Magno/ Mágico de Oz. Tudo começou como tem começado na Escola: com muita formação. Assim, nos dias que antecederam a FLIM, aconteceram à noite palestras sobre temas relacionados diretamente ao motivo escolhido e trabalhado pelos alunos: a memória. No primeiro dia, uma segunda-feira, a unidade Campo Belo recebeu o escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de um deputado morto pela ditadura e autor de best-sellers, como Feliz Ano Velho e Blecaute, além de roteiros de filmes e peças de teatro. No sábado, a FLIM foi palco para a exposição de trabalhos dos alunos. As turmas do 8º ano apresentaram uma fotobiografia, com imagens que contam sobre suas famílias. Já os alunos das turmas do 7º ano surpreenderam ao revelarem “Which music rocks your family?”.. Foi difícil segurar a emoção!
Em paralelo, os visitantes participaram de uma uma feira de livros, oficinas interativas e mais palestras. A produção literária dos alunos também ganhou destaque e crianças das turmas do Fundamental I autografaram suas próprias obras. Além das oficinas e palestras, o público acompanhou diversas apresentações envolvendo música e arte, desde as apresentações da orquestra e do coral do Magno, como as intervenções das artistas Adrian Chanel e Roberta Estrela D’alva e de um encerramento animadíssimo com o DJ Josephe Friedrich. A FLIM inovou em muitos aspectos, inclusive antecipando-se à FLIP - Festa Literária de Paraty.
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Uma festa também da formação A Festa Literária do Magno foi concebida para ser, sobretudo, uma ação de formação – para alunos, pais, colaboradores e professores. Por isso, embora o sábado tenha sido o grande momento da celebração, a FLIM começou ainda na segunda-feira à noite, com a palestra inaugural do escritor Marcelo Rubens Paiva, na Unidade Campo Belo. Marcelo deu um depoimento que foi ao mesmo tempo bem-humorado e, em muitos momentos, também emocionante. Abriu, assim, uma sequência de atividades que se estendeu ao longo da semana, com a presença dos irmãos quadrinistas Fabio Moon e Gabriel Bá e o escritor Ilan Brenman. Na quinta-feira, foi a vez de uma mesa-redonda sobre o tema dos refugiados, com os sírios Talal Al-Tinawi e Ghazal Al-Tinawi, o advogado Edgard Raoul e a arquiteta Raquel Dohler, ambos dedicados à causa dos direitos humanos, com foco no apoio a refugiados. Em todas as falas, o eixo central da FLIM – a memória e a inven-
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A FLIM para o público interno (professores e alunos) abriu na segunda - feira, com a conferência do escritor Marcelo Rubens Paiva...
... teve sequência na terça, com a conversa com os irmãos cartunistas Fabio Moon e Gabriel Bá...
ção do futuro – estavam em pauta, de alguma forma relacionadas com a programação da área de Literatura trabalhada pelos alunos do Magno em todas as etapas. Foi um aprendizado conjunto que
trouxe a todos novas formas de compreender o passado, olhar a realidade presente e de pensar os futuros desafios humanos que são comuns a todos. Afinal, para isso serve a literatura!
... prosseguiu na quarta, com o autor Ilan Brenman, e terminou na quinta, com um debate sobre refugiados, com o advogado Edgard Raoul e a arquiteta Raquel Dohler e os sírios Talal e Ghazal Al-Tinawi.
Uma FLIM mão na massa Um conjunto de oficinas incrível para a comunidade ampliou o poder de expressão por meio da arte e da cultura
Nem só de palestras vive uma festa literária. No Colégio Magno/Mágico de Oz, até aprender literatura é mão na massa. Um conjunto de oficinas incrível para a comunidade ampliou o poder de expressão por meio da arte e da cultura. Mais de uma dezena de oficinas, em diversas áreas, foram propostas para alunos, professores, pais e visitantes de todas as idades. A educadora Denise Guilherme, por exemplo, realizou uma oficina de leitura e contação de histórias para pais e crianças de Berçário e Educação Infantil. Todos puderam também ter acesso a oficinas de jornalismo educativo (Equipe de Joca), fotografia (Cecília Laszkiewicz), ilustração (Orlando Pedroso), quadrinhos (Felipe Watanabe) e Clube de Leitura (Juliana Gomes e Julianne Vituri), todos profissionais muito conceituados em seus campos de atuação.
Nas oficinas, alunos, pais e professores puderam ter contato direto com a produção artística. Acima, Fabio Moon; no meio, Felipe Watanabe, e abaixo, Orlando Pedroso. À esquerda, imagens produzidas por alunos na oficina de Cecília Laszkiewicz.
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Academia Magno de Letras Havia escritores célebres, artistas consagrados, programação de muita qualidade. Mas a atividade de maior sucesso da FLIM certamente foi a sessão de autógrafos que os alunos do Ensino Fundamental I realizaram, como finalização do projeto de produção textual com o uso da plataforma Estante Mágica – a inovação foi um dos eixos centrais da primeira FLIM do Magno. Os alunos escreveram suas próprias obras, ao longo do semestre, e puderam imprimir um livro de verdade, que foi autografado na quadra principal do Magno/ Mágico de Oz. Longas filas se formaram, mas todos eram só sorrisos. Afinal, que orgulho é maior do que ser familiar ou amigo de um novo escritor? Em outras séries, os alunos do Magno também puderam expor seus trabalhos. O 9º ano do Ensino Fundamental trabalhou sobre o gênero textual das autobiografias. Em cada etapa, crianças e adolescentes criaram, leram e puderam expor suas produções. Os professores e colaboradores que são autores também tinham um espaço especial para mostrar seus trabalhos e autografar, e mostraram que a criação literária está muito presente entre os educadores da Escola. Foi uma verdadeira festa. A I Festa de Literatura e Inovação do Magno/Mágico de Oz. 11
Alunos entrevistam autores
Vamos escrever essa história juntos? Foi a partir dessa convite que a Agência Magno de Comunicação Júnior saiu do papel e foi parar na FLIM - Festa de Literatura e Inovação do Magno/Mágico de Oz. O projeto piloto coordenado pela equipe de Comunicação da Escola reuniu alunos dos 7º e 8º anos, que foram convidados a ser repórteres por um dia, durante a festa literária. Curiosidade, empenho, bloquinho e caneta em mãos, os estudantes circularam pela FLIM, entrevistando alunos, pais, escritores e convidados. Entre os entrevistados, a cartunista Laerte, as escritoras Claudia Lima e Stela Loducca conversaram com nossos alunos e falaram sobre a importância da literatura. Alguns projetos também mereceram destaque. Entre eles, as fotobiografias produzidas pelos alunos do 8º ano e a exposição sobre Anne Frank, adolescente alemã vítima do Holocausto e escritora de um diário, que virou livro e foi lido por alunos do 8º ano. Todos os textos foram produzidos pelos alunos, que passaram por uma oficina de produção jornalística. A formação permitiu que os estudantes acompanhassem o processo de apuração das notícias, passando pela produção da pauta e dos textos. A seguir, veja trechos de algumas entrevistas feitas. Participaram da cobertura os alunos Giovana Fabrini, Carol Varoli, Manuela Blanco e Natalya Salerno. 12
Laerte
Laerte é considerada uma das maiores cartunistas do Brasil, participante de publicações como a Balão e O Pasquim, também colaborou com as revistas Veja e Istoé, e os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Ela esteve no Magno para conversar com alunos e pais sobre sua trajetória profissional. “Inspiração, em termos de entender o que é o processo artístico, é quando a pessoa vai fazer uma obra de arte, seja um quadro, livro, um poema, um desenho, uma coisa qualquer, recebe coisas, recebe ideias, é como se ela ‘baixasse um espírito’ [risos] e ela produzisse. Isso não é verdade, não é assim que funciona, a gente tem ideias como quem faz um plano mesmo. Quando eu falo uma frase, eu organizo as ideias desse jeito, quando eu faço uma tirinha, eu organizo traços, eu organizo modos de a ideia ligar com o traço, é como falar.”
Claudia Lima
Claudia Lima escreve sobre a natureza. “Viajei por várias iniciativas ambientais pelo mundo, projetos que cuidam da natureza. Eu queria ver o cuidado com a vida e resolvi escrever as histórias da minha jornada. Decidi escrever para as crianças e compartilhar com elas o que tinha aprendido. Eu gostei bastante da FLIM, pois tem autores incríveis aqui, e aprendemos muito nesses momentos, compartilhamos muita coisa interessante.”
EDUCAÇÃO INFANTIL
De onde vem? Projeto da Educação Infantil estimula a curiosidade das crianças por meio da descoberta
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Você já parou para se perguntar: “De onde vem…?” Essa foi a pergunta feita pelos alunos da Educação Infantil do Colégio Magno/Mágico de Oz, que participaram do projeto “De onde vem…?”. A atividade valorizou a curiosidade natural que as crianças têm em explorar, conhecer e respeitar as muitas hipóteses e teorias que surgem do imaginário infantil. Para começar, as crianças foram recebidas nas Unidades Olavo Bilac e Campo Belo com a pergunta: “De onde vem a ideia?”. Num painel interativo, elas soltaram a imaginação e a criatividade na hora de buscar uma resposta. E o resultado foi pra lá de divertido: “da cabeça”, “da TV”, “do coração” foram apenas algumas das respostas dadas pela criançada. Muitas outras atividades aconteceram, para desenvolver nos pequenos o prazer pela descoberta e pelo aprender. Afinal, “De onde vem…?”
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Rede PEA-UNESCO
Cada um na sua tribo! Projeto da Educação Infantil e Ensino Fundamental Iapresenta às crianças o universo dos povos indígenas
O projeto Cada um na sua Tribo propôs atividades, entre aulas temáticas e oficinas, que envolvem aprendizagens e experiências em matemática, ciências, artes, música e conhecimento do mundo.
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No Ano Internacional das Línguas Indígenas, o Colégio Magno/Mágico de Oz levou as crianças do Ensino Infantil e Ensino Fundamental I para uma grande viagem pela cultura dos chamados “povos originários”. O projeto Cada um na sua Tribo propôs atividades, entre aulas temáticas e oficinas, que envolveram aprendizagens e experiências em Matemática, Ciências, Música e conhecimento do mundo. Sem falar nas artes, rica expressão que merece destaque especial.
Estimulando corpo, gestos e movimentos, os alunos já se divertiram com algumas brincadeiras indígenas, como peteca, pião, estilingue e o cabo de guerra. As crianças do Maternal, por exemplo, aprenderam sobre a brincadeira indígena “A corrida do saci”, que homenageia o personagem do folclore brasileiro, o saci pererê. Já os pequenos do Mini Maternal fizeram uma festa com tintas e pintaram silhuetas, numa referência às pinturas corporais feitas pelos índios. A viagem foi também pelos
sabores da culinária indígena. A atividade contou com a participação dos chefs Julia Tricate e Gabriel Coelho, que apresentaram alimentos tradicionais do cardápio indígena. Entre os sabores, frutas, legumes e raízes que são a base da alimentação dos índios brasileiros. As crianças observaram, tocaram e puderam experimentar plantas utilizadas como tempero, chás e perfume, como é o caso da lavanda.
A viagem foi também pelos sabores da culinária indígena. A atividade contou com a participação dos chefs Julia Tricate e Gabriel Coelho.
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Artesanato, música e costumes: a cultura indígena de perto! O projeto Cada um na sua Tribo é um importante resgate das imagens e símbolos dos povos indígenas e se torna ainda mais especial por ser, em 2019, o Ano Internacional das Línguas Indígenas, instituído pela UNESCO. São muitas as atividades vividas pelos alunos da Educação Infantil, que de forma lúdica viajaram por um universo cheio de cores e riquezas. Com o recurso da lousa interativa, por exemplo, as crianças colheram informações e localizam diversas nações indígenas ao redor do mundo. Foi uma viagem cheia de curiosidades, descobertas e saberes a cada parada! No Núcleo Ambiental, os alunos do Fundamental I aprenderam sobre o artesanato indígena. De 18
pés descalços, eles trabalharam com argila, matéria-prima utilizada pelos índios para confeccionar objetos decorativos e utensílios. Ah, e a produção ganhou cores especiais, com tintas utilizando elementos da natureza, como beterraba, açafrão e urucum. A criançada aproveitou também as aulas de música para aprender sobre instrumentos musicais criados pelos indígenas. Caxixi, reco-reco e chocalho enfeitado com penas
fizeram a festa das crianças, que conheceram ainda o zunidor. O instrumento é conhecido por espantar os maus espíritos durante a caçada. Oca, maloca, teepee ou tipi? As construções indígenas foram tema de atividades durante o projeto. As crianças ficaram curiosas para saber como moravam os índios e, depois de descobrirem, usaram a imaginação para representar os tipos de construções.
Mães relatam suas experiências O Colégio Magno/Mágico de Oz acredita numa educação integral, em que as famílias são importantes parceiras no processo de formação dos alunos. É comum, por exemplo, a presença de pais conversando com nossos alunos, contando experiências pessoais, que podem impactar o processo de ensino-aprendizagem. Afinal, nada como histórias contadas por quem as viveu de perto. No projeto, duas mães foram convidadas para conversar com alunos da Unidade Campo Belo e contar experiências vividas em aldeias indígenas mundo afora. Berenice Damke visitou a Bolívia e o Peru em 2004, para conhecer os povos Aymaras e Quechuas, descendentes dos Incas. Os costumes, crenças e a cultura dos povos chamaram a atenção. O colorido das roupas e do artesanato indígena também mereceram destaque e foram apresentados para as crianças, que observaram atentamente alguns dos objetos típicos. Andressa Ferrio, outra mãe convidada, falou de sua experiência junto a uma nação indígena no Panamá e sobre os hábitos dos Maoris, povo indígena que primeiro habitou a Nova Zelândia. Entre os traços dessa cultura estão as pinturas faciais e a famosa haka, um mantra de guerra que se tornou hino do time nacional de rúgbi neozelandês e fez a criançada cair na dança.
No projeto, duas mães foram convidadas para conversar com alunos da Unidade Campo Belo e contar experiências vividas em tribos indígenas mundo afora.
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Os Alquimistas estão chegando! Alquimistas trazem a ciência para o Mágico de Oz
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Mágicos e magos invadiram o Mágico de Oz para apresentar o projeto “Estão chegando os alquimistas”! O faz de conta é apenas uma forma lúdica de estimular as crianças da Educação Infantil. Depois de exercitarem a curiosidade, em busca de respostas ao longo do projeto “De onde vem?”, chegou a hora de os pequenos compreenderem o processo de transformação dos elementos da natureza estudando a Tabela Periódica, um dos temas propostos pela UNESCO em 2019. Para começar, as unidades Olavo Bilac e Campo Belo foram transformadas em grandes laboratórios,
onde as crianças observaram elementos no microscópio, conheceram os símbolos da Tabela Periódica e ainda soltaram a imaginação, produzindo desenhos e usando objetos com cores neon. E esse foi apenas o começo! Ao longo do projeto, água, terra, fogo e ar foram a base para que as crianças conhecessem sobre os processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação. Além disso, puderam acompanhar os estados da matéria, a qualidade do ar e descobriram que a alquimia está na arte, na cozinha e muito mais perto do que se possa imaginar. Com vocês, nossos alquimistas!
As crianças observaram elementos no microscópio, conheceram os símbolos da Tabela Periódica e soltaram a imaginação! Ao longo do projeto, água, terra, fogo e ar foram a base para que as crianças conheçam sobre os processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação
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Comunidade
SENSAÇÕES PARA APRENDER Baby Oz aposta na exploração dos espaços e sentidos para estimular o desenvolvimento dos bebês
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Tintas espalhadas pelo chão e bebês prontos para expressar a subjetividade dos poucos meses de vida. O chão vira uma grande tela e os pincéis vão dando forma a traços coloridos, numa atividade cheia de liberdade. E se um dos pequenos levar os pincéis para a boca? E se acabar ingerindo as tintas? A preocupação é prudente, mas logo esclarecida: as tintas são feitas com iogurte, para garantir que os bebês possam viver essa experiência sem riscos. No Baby Oz, a construção da identidade e a expressão da subje-
tividade do bebê são pilares para o planejamento das atividades. Portanto, não é difícil ver as crianças, ainda nos primeiros meses de vida, sendo estimuladas a explorar o espaço e a interagir com professores e colegas. Basta um passeio pelo Núcleo Ambiental para que os cabritos, recém-nascidos, chamem a atenção do pequeno Eduardo Cera, de apenas 8 meses. E não importa se ele está nos braços da berçarista. É de lá que ele expressa sentimentos, esboça reações e sons, tentando se fazer entender. Na Vila Oz, o convite é para que os bebês conheçam os objetos no espaço. Quanto mais diversificado e colorido, maiores são o interesse e as oportunidades para aprender. “Nessa fase da vida, o repertório dos bebês ainda é curto e se forma a partir das experiências sensoriais. Por isso, todas as nossas atividades
seguem esse viés. Propõem a criação e ampliação desse repertório por meio da percepção sensorial”, explica Cláudia Tricate, Diretora Pedagógica do Magno/Mágico de Oz. As atividades também valorizam as brincadeiras, o faz de conta e as experiências com as diferentes linguagens, como a dança e a música. A contação de um clássico infantil,
por exemplo, pode ficar ainda mais divertida se for acompanhada pelos sons da floresta, onde a história se passa, e se os bebês estiverem à vontade para expressar gestos e movimentos. No Baby Oz, as descobertas são diárias, cheias de surpresas e sensações. E o melhor: estão só começando! 23
CIDADANIA GLOBAL
comum
A humanidade como um desafio Há uma grande diferença entre assistir ao desenrolar dos fatos que mudam o mundo pelas notícias que nos chegam, por exemplo, pelos jornais, e assumir os desafios como uma causa comum. No Magno, um dos eixos do trabalho pedagógico é o da Cidadania Global, um dos objetivos centrais do Programa das Escolas Associadas da
UNESCO, do qual o Magno participa e que tem, na sua diretora Myriam Tricate, a coordenadora nacional. O conceito de cidadania global pressupõe uma educação para o encontro, para a valorização da diversidade, para a aprendizagem intercultural e, sobretudo, para a compreensão de que somos habitantes de um único e mesmo
espaço: a Terra. Daí a importância de se compreender profundamente a questão da sustentabilidade, de se aprenderem línguas adicionais e outras culturas, e de se dispor ao diálogo e ao debate. Veja, nas próximas matérias, alguns dos projetos que marcaram o trabalho pedagógico no primeiro semestre, dentro desse princípio.
“Eu sobrevivi ao Holocausto” Num piscar de olhos, a história se colocou diante dos alunos. O Magno recebeu a visita de Nanette Blitz Konig, uma sobrevivente do Holocausto, capítulo assustador da história, quando aproximadamente 6 milhões de judeus foram dizimados em campos de concentração. Radicada em São Paulo desde 1950, a holandesa era amiga de escola da escritora Anne Frank e esteve com ela nos últimos dias de sua vida. Nanette, que também é escritora, conversou com alunos de 8º ano e relembrou as dificuldades enfrentadas no campo de Bergen-Belsen. “Anos depois de viver momentos de terror, eu mesma ainda me pergunto como foi que sobrevivi. Eu pesava 30 quilos. Quando anunciaram a nossa liberdade, eu não tinha forças. Não sabia se minha 24
mãe ou meu irmão estavam vivos”, relembra. A sobrevivente também falou sobre sua relação com Anne Frank, desde a amizade na escola até o reencontro das duas, anos depois, no campo de concentração. “Anne era uma menina muito vivaz. Mas quando nos encontramos ela já não era a mesma Anne de antes. Nem eu a mesma Nanette”, contou.
A conversa com os alunos rendeu diversos questionamentos, principalmente sobre a relação de amizade entre Nanette e Anne. Os estudantes estão lendo a obra O Diário de Anne Frank e se emocionaram com as histórias e lembranças ainda dolorosas contadas por Nanette. Durante todo o tempo, Nanette esteve acompanhada pelo marido, John Frederick Konig.
Fórum FAAP 2019
Alunos do Colégio Magno participam de evento em que simularam encontros diplomáticos entre países, como a Assembleia Geral da ONU
Em um auditório, estudantes discutem a questão migratória. Em outra sala, o tema do debate é a saída do Reino Unido da União Europeia. Em outra, a educação em países vulneráveis. O Fórum FAAP 2019, evento anual em que várias escolas simulam conferências internacionais, como a Conferência Geral da ONU, colocou em pauta assuntos densos, mas que devem ser discutidos. O Magno esteve representado nas reuniões com nossas delegações da 2ª série do Ensino Médio. Os alunos representaram quatro países — Jamaica, Letônia, Paraguai e Madagascar — em diversos comitês, como da UNESCO, da Organização dos Estados Americanos, do Conselho Europeu e do Escritório da ONU sobre Drogas e Crimes, além de participarem da
Assembleia Geral e da equipe de comunicação oficial do evento. Cada comitê levantou assuntos diferentes. Além dos já citados, também houve debates sobre tráfico humano e sobre a influência do narcotráfico nos governos. Cada delegação estudou a posição geopolítica do país que estava representando e conheceu recursos retóricos utilizados em conferências internacionais. Assim, os participantes puderam defender os interesses de suas nações em cada reunião. “O Fórum da ONU realizado pela FAAP é uma atividade muito interessante e proveitosa para os alunos”, afirma Eduardo Fernandes, professor de Sociologia e Filosofia do Ensino Médio e tutor dos alunos no evento. “Para além da ampliação do vocabulário e do exercício de profunda e constante
atenção e foco, os participantes desenvolvem habilidades retóricas e argumentativas e entram em contato com o complexo universo das relações exteriores.” Ao final, cada delegado produziu um Documento de Posição Oficial para registrar suas opiniões sobre os temas. Além de uma oportunidade de estudar geopolítica de maneira dinâmica, foi um momento de conhecer estudantes de vários lugares do país. De volta ao Colégio, as discussões prosseguiram. Já com o objetivo de melhorar a participação para o próximo ano, os alunos decidiram iniciar as discussões para desenvolver estratégias de debate e negociação, começando por uma forma lúdica e questões aparentemente banais. Assim, já entram no clima para o Fórum do próximo ano, ao qual chegarão com força total.
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Fórum Magno Alunos do Ensino Médio organizam evento para simular grandes debates da Organização das Nações Unidas
Turma ponta-firme Os alunos organizadores do Fórum Magno foram: - Carolina Galati Del Campo - Manuela Azevedo Tubandt - Gabriel Naoki Kadowaki - Danielle Marie Seiler - Victoria Saad - Ana Luísa S.Tanaka Gibson - Giovanna L. Vendramini - Gabriel Jerônimo - Pedro Rocha - Luana Miwa Watanabe 26
Ser uma escola internacional vai muito além de aulas de idiomas e ensino bilíngue. Uma escola internacional traz as principais questões em debate no mundo para dentro de sala de aula. Isso já faz parte das atividades diárias dos nossos alunos do Ensino Médio. Agora, por iniciativa dos próprios estudantes, os debates ganharam uma proporção ainda maior com o primeiro Fórum Magno. O Fórum é uma atividade de simulação das principais assembleias internacionais promovidas pela Organização das Nações Unidas. A inspiração para organizar o evento veio após os alunos da 2ª
série do Ensino Médio representarem o Colégio no Fórum FAAP 2019, no primeiro semestre. Nas simulações promovidas pela faculdade, tiveram a oportunidade de estudar as posições geopolíticas de diversas nações sobre temas como imigração e tráfico e representar esses países nos debates. Com o apoio do professor de Filosofia e Sociologia Eduardo Orsolini, do coordenador de Ciências Raildo Alencar e da coordenadora de projetos Ana Paula Azevedo, os estudantes trouxeram a proposta para o Magno. Cerca de 70 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e das 1ª e 2ª séries do Ensino Mé-
dio se dividiram em três comitês: Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Comitê de Comunicação. Durante dois dias, a Escola se tornou a ONU e nossos delegados debateram questões como imigração e narcotráfico, com tudo devidamente documentado e divulgado por eles. Além de um momento para colocar em prática os estudos sobre História, Geografia, Geopolítica e Sociologia, foi uma oportunidade de trabalhar outras habilidades, como a retórica, a dialética e a comunicação digital. Todo o evento foi coberto pelo Comitê de Comunicação no Instagram, no perfil @forum.magno. Além das discussões, o perfil publicou notícias e artigos sobre os temas das assembleias, além de outros conteúdos.
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Na Conferência do Clima
Alunos e coordenadora do Magno/Mágico do Oz representam Brasil na COP24, na Polônia. Depois, o resultados foram apresentados no Encontro Nacional das Escolas Associadas da UNESCO
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Aprender sobre o clima em sala de aula e atuar no âmbito na Escola já é, por si, uma experiência impactante. Mas o que dizer quando participamos de um fórum global de alta cúpula para definir posições que afetam a vida dos países? Pois duas alunas e uma coordenadora do Magno tiveram esse privilégio em 2018. Como membro da Rede de Escolas Associadas da UNESCO, o Colégio foi o único representante brasileiro em um encontro mundial de estudantes promovido pelo The Centre for Global Education. O evento aconteceu em paralelo à Conferência do Clima da ONU COP24, em Katowice, na Polônia. O encontro teve representantes de 195 países. As alunas Lara Celista e Bruna Candelária, do 8º e do 9º ano,
respectivamente, discutiram quais ações práticas podem ser desenvolvidas por jovens ao redor do planeta para ajudar a reverter danos causados aos ecossistemas. Elas foram acompanhadas pela coordenadora Sueli Joana. As conclusões foram apresentadas em um dossiê, entregue aos líderes mundiais que participam da COP24, que neste ano tem como principal objetivo definir estratégias para viabilizar a aplicação do Acordo de Paris, retificado em 2015. O Colégio Magno participou do COY14 e voltará a participar em 2020. O trabalho também foi apresentado para todos os professores do Magno e foi um dos cases levados ao Encontro Nacional das Escolas Associadas da UNESCO, em setembro, em Ouro Preto. 29
Ă€ esquerda e abaixo, registros da pesquisa de campo feita pelos alunos e pelo coordenador Raildo Alencar, em Santos. Acima, Ă direita, o grupo em Portugal
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Alencar, participaram do XXI Encontro Internacional de Jovens Cientistas das Escolas Associadas da UNESCO. O time do Magno não foi apenas assistir. As alunas apresentaram também os resultados de uma pesquisa desenvolvida na região da Baixada Santista, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP e professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Durante a pesquisa, os alunos do Ensino Médio do Magno avaliaram como a ação humana tem impactado a vida nos oceanos. “Trouxemos uma problemática que envolve três áreas: a comunidade de caiçaras da Ilha Diana, a orla urbana e a maior favela de palafitas do Brasil, o dique da Vila Gilda, em Santos”, explicou o professor Raildo.
Jovens cientistas do Magno em Portugal Alunas e coordenador do Magno participam de Encontro Internacional da UNESCO para discutir o futuro dos oceanos
O Colégio Magno foi a Portugal para aprender mais sobre um tema fundamental para o futuro da humanidade: os oceanos. Em Santarém, as alunas Ana Beatriz Costa e Giovanna Cavassa Hayachi, acompanhadas pelo professor e Coordenador de Ciências Humanas da Escola, Raildo
Ao todo, alunos de 14 escolas da Alemanha, Andorra, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Angola, São Tomé e Príncipe, Itália, além de instituições do país anfitrião participaram do Encontro, que aconteceu em janeiro. E a Escola já se prepara para a próxima edição!
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ENEM e vestibulares
No topo do
ENEM Exame nacional coloca Magno entre as 16 melhores de São Paulo e o 1% do Brasil
A última edição do Enem reforçou o bom desempenho do Colégio Magno ao longo dos últimos anos. O Colégio é o 16º melhor colocado, entre as escolas da capital paulista, e a terceira melhor colocação na Zona Sul da cidade. No Brasil, foi o 116º entre 11,2 mil instituições (ficando no grupo do 1% com desempenho mais alto). Se o resultado já é bom em si mesmo, fica ainda melhor quando se compreende a proposta e a dinâmica de funcionamento desta avaliação. Desde que foi criado, há 20 anos, o Enem se firmou como o indicador de qualidade de ensino mais conhecido pelas famílias brasileiras. Mas é preciso cuidado: o exame reflete o trabalho ao longo da escolaridade, e é preciso interpretar os resultados para além da posição em um ranking. Afinal, escolas que não fazem seleções de entrada (como vestibulinhos) e cujos alunos participam maciçamente do exame muitas vezes sofrem desvantagens comparativas. 32
Da mesma forma, escolas que se organizam em torno da métrica de resultados podem abrir mão de outras funções importantes, como inovar e preparar para a cidadania plena. Por tudo isso, a comunidade do Magno comemorou o resultado de mais esta edição. O resultado do Enem em uma escola como o Magno expressa o trabalho realizado ao longo de toda a escolaridade, desde a Educação Infantil. Prova disso é o alto desempenho alcançado em Redação, bem como a diversidade de opções buscadas por seus alunos – que podem encontrar, na Escola, espaço para reconhecer e desenvolver diversos talentos. “Nossa proposta tem por objetivo preparar o aluno para alcançar seu sonho, qualquer que seja ele”, diz o coordenador Carlos Sassi. Para os que buscam lugares disputados, como os das universidades públicas e de faculdades
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inovadoras, como Insper e IBMEC, o Magno oferece também recursos como o “3º+”, um curso complementar que permite aos estudantes revisar todo o conteúdo do Ensino Médio, no contraturno das aulas. Também fazem parte da rotina de estudos encontros extras
Xô Uma manhã cheia de surpresas para os alunos do Ensino Médio do Colégio Magno
para discutir as obras literárias exigidas pelos exames, aulas dedicadas à produção textual, avaliações semanais e um programa de apoio ao aluno com plantões de dúvidas. Essa estratégia permite que a Escola continue avançando em propostas abertas de educação, inovando ao introduzir plataformas educativas desde a Educação Infantil, mostrando que bom desempenho em avaliações pode conviver com uma educação integral, contemporânea e inovadora.
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A novidade veio logo no começo da manhã, no final do primeiro semestre letivo. No lugar das aulas convencionais do Ensino Médio, um convite: que tal deixar as salas para “brincar” de pêndulo no ginásio? Ou seguir para uma corrida em botes na piscina? Ou ainda ir à cozinha experimental para preparar receitas com ingredientes surpresa? Não demorou e a reação de dúvida dos alunos logo deu lugar às gargalhadas. As atividades fazem parte de uma programação desenvolvida pela Equipe Pedagógica do Magno para estimular o relaxamento e controlar a ansiedade dos estudantes. A ideia era mostrar para os alunos que além das aulas, conteúdos e avaliações, a Escola guarda também um grande leque de atividades e experiências, que podem e devem ser vivenciadas e partilhadas.
Ansiedade! Ao chegarem à metade do ano letivo, os alunos precisam lidar com uma rotina intensa de estudos e avaliações. Por isso, para driblar essa tal da ansiedade, foram oferecidas atividades em grupo, permitindo a integração das diversas turmas. No Ateliê de Artes, uma oficina para os participantes capricharem na criatividade; na Sala de Dança, uma oportunidade para soltar o corpo no ritmo da música; e quem preferiu relaxar pôde praticar yoga e meditação na Sala de Ginástica. Para encerrar a manhã, hora de refletir sobre as conquistas já alcançadas e de pensar no que está por vir, numa jornada de autoconhecimento que está apenas começando. 35
Ex-aluno
Do Magno para
o mundo!
Enzo Vidigal escolheu a Arizona State University para estudar Ciências da Computação Concluir o Ensino Médio é mais que encerrar um ciclo. É fazer escolhas. Das mais simples às que podem dar uma pista do que o futuro reserva. Foi pensando nisso que o jovem Enzo Vidigal celebrou a conclusão do High School no Colégio Magno, no ano passado. Diante da plateia, emocionado e ao lado dos amigos de turma, era como se um filme passasse pela sua memória. Afinal, estudar na mesma escola desde a infância é criar laços que vão além de aulas, avaliações e notas. Ali mesmo, entre abraços, risadas e uma selfie e outra, Enzo sabia que era chegada a hora de tomar uma decisão que gera dúvidas e insegurança para muitos jovens: que faculdade seguir? As altas notas lhe garantiriam uma boa colocação nos cursos mais concorridos, nas universidades mais disputadas do País. Mas Enzo, contrariando a ansiedade tão comum aos que vivem o boom emocional da maioridade, já havia traçado um plano. E foi sobre isso que ele conversou com os diretores do Magno/Mágico de Oz, durante uma visita à Escola. Aluno do Magno High School, 36
Enzo conta que logo decidiu: tentaria vaga numa universidade norte-americana. A seleção, das mais criteriosas, não desmotivou o jovem estudante, que se inscreveu em nove universidades dos Estados Unidos. “A seleção é rigorosa. Além das notas do Ensino Médio e documentos, precisei apresentar cartas de recomendação, explicar o que me inspirou a estudar em um outro país e apresentar projetos que desenvolvi na escola”, contou. Enzo é um dos fundadores da startup Nosso Livro, que estimula o consumo consciente, favorecendo a reutilização de livros didáticos. Por ser uma escola Internacional,
o Colégio Magno mantém uma parceria com a University of Missouri, por meio do Magno High e Middle School. Foi graças a esse contato com a cultura norte-americana e língua inglesa que Enzo percebeu que mais que um diploma ao final do curso, reconhecido no Brasil e nos Estados Unidos, a conclusão do High School poderia ser o trampolim para a realização de um sonho. “O Magno sempre nos deu muitas oportunidades. Desde as atividades de inovação com o Google aos projetos sociais com o voluntariado, pudemos vivenciar aqui muitas experiências, tecnológicas e humanas, que agora
refletem as nossas escolhas e conquistas”, considera. E as do jovem brasileiro não tardaram a chegar. Enzo conseguiu o aval de três instituições de Ensino Superior americanas. Aprovado para cursar Engenharia na University of Missouri, ele ainda foi selecionado pelas University of Minnesota e Arizona State University para estudar Ciências da Computação. E não é só isso. Enzo chegou a cursar Engenharia da Computação no Insper, instituição que é referência no país, nas áreas de Administração, Economia, Direito e Engenharia. “Concluí o primeiro semestre do curso e precisei trancar a matrícula. Vou assumir que, mesmo cursando um semestre apenas, já deu para bater a saudade”, revela o estudante, que embarcou no dia 22 de agosto para a cidade de Tempe, onde está a Arizona State University, instituição escolhida por ele. Apesar da pouca idade, Enzo falou com tranquilidade sobre as escolhas que já precisou fazer e o que está por vir. “Tenho visto isso como uma grande oportunidade. São quatro anos de curso, numa das melhores universidades dos Estados Unidos. Um país de inovação, empreendedorismo. Claro que estou ansioso. Vou morar na própria Universidade, vivenciar novos costumes, culturas. Mas tenho o apoio da minha família e dos meus amigos. Esse sempre foi meu plano. É hora de vivê-lo!”.
Startup da casa Startup criada por alunos e apoiada pelo Magno facilita a troca e venda de livros usados O Magno sempre procurou estimular o consumo consciente, favorecendo a reutilização de livros didáticos. De maneira informal, a Escola fazia uma ponte entre os que queriam vender ou trocar livros usados, em perfeito estado, e os que os procuravam. Agora ficou ainda mais fácil estabelecer esse contato, graças a uma ação inovadora de dois ex-alunos do Colégio, Luca Castellano e Enzo Vidigal. Eles criaram a startup Nosso Livro. Visite o site www.nossolivro.net e tenha acesso a livros didáticos seminovos para compra.
Também é possível doar e trocar livros. Tudo simples e on-line. A startup já está funcionando e reúne tanto livros didáticos de Ensino Médio como livros de Ensino Superior. Luca e Enzo contam mais detalhes sobre a iniciativa, que, além de promover a sustentabilidade, ainda pode representar uma economia na volta às aulas.
M Startup: uma experiência de empreendedorismo digital Entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro (sexta-feira a domingo), mais de uma centena de jovens alunos do Ensino Médio vão ocupar o Colégio Magno para uma experiência inédita de empreendedorismo digital: vai acontecer o M Startup, um evento no formato bootcamp em que todos os participantes vão aprender na teoria e na prática a desenvolver seus próprios negócios virtuais. O evento foi concebido em parceria pelo Colégio Magno e pela Nosso Livro com o objetivo pedagógico de aproximar os alunos do Ensino Médio da economia criativa, por meio de palestras e ofici-
nas com empreendedores digitais bem-sucedidos, consultores e até mesmo profissionais de empresas que investem em startups. O objetivo está traduzido pelo nome do evento: M é o acrônimo de Explore seu Mindset Empreendedor – processo que os próprios criadores da Nosso Livro estão vivendo. Veja informações pelo site do Colégio Magno (www. colegiomagno.com.br). 37
Revolução digital
Inovação, todos os dias Entre outras inovações, o Magno implanta BYOD e alunos têm smartphones, tablets e notebooks como material de uso cotidiano Nos últimos anos, o Magno se preparou para acompanhar as tendências mais recentes da Educação em todo o mundo: o uso de recursos digitais em sala de aula. Programação em todas as etapas, aprendizagem criativa, projetos maker – a tecnologia definitivamente foi incorporada ao cotidiano pedagógico. A mais recente inovação foi a introdução dos óculos de realidade virtual, que exigiu antes a formação de todos os profissionais envolvidos. Por qualquer ângulo que se olhe, a escola mudou de patamar em relação ao uso da tecnologia, até mesmo em substituição aos tradicionais livros didáticos. Em 2019, foram adotados livros didáticos digitais para as séries do Ensino Fundamental II. São livros customizados dentro de uma plataforma digital, que permitem ao professor acompanhar, em tempo real, o desenvolvimento do aluno. “Mais que uma mudança, esse é o caminho que escolhemos seguir. As plataformas que nós usamos na escola, basicamente, utilizam a ‘nuvem’. É possível acessar a partir de diversos dispositivos. Como a gente sabe que os alunos traziam seus próprios dispositivos para a escola, por que não usá-los?”, explica a coordenadora geral Ana Paula Azevedo, 38
também Head de Inovação. Trata-se de uma evolução essencial, que permite a difusão de práticas pedagógicas realmente inovadoras. Para que isso fosse possível, foi incorporado ao material obrigatório o uso de um dispositivo digital. Em todo o mundo, o processo se denomina BYOD (Bring your Own Device), o que significa assumir esses recursos tecnológicos como parte integrante da vida dos cidadãos do século XXI. Dando todo o o apoio às famílias nesse processo, o Magno conseguiu até uma parceria com uma fabricante para a compra de chromebooks, ou seja, notebooks de baixo custo e bom desempenho, criados pelo Google. Este é um dos equipamen-
tos que integram o parque tecnológico do Colégio, completamente adequados para o uso educacional. O resultado de tudo foi a implantação tranquila, sem sobressaltos, integrada à rotina dos alunos. Hoje, diversas plataformas são regularmente utilizadas em sala de aula por crianças e adolescentes. Ao lado, veja alguns exemplos.
Google for Education/Nuvem Mestra Um dos principais parceiros do Colégio Magno nos últimos anos, o Google For Education oferece todo um ecossistema educativo, com ferramentas que favorecem a colaboração, a pesquisa e o aprendizado, incluindo a formação permanente dos profissionais envolvidos.
Árvore de Livros Plataforma de leitura, a Árvore de Livros permite que livros de literatura infantil e juvenil sejam lidos em sua versão digital. Além disso, os alunos podem ter acesso a um grande acervo de livros, jornais e revistas do mundo inteiro.
Joca Jornal produzido para jovens e crianças, o Jornal Joca traz notícias e matérias sobre o Brasil, o mundo e o universo infantojuvenil com uma linguagem simples e de fácil compreensão.
Mapa da Inovação VIS A plataforma VIS permite que os alunos participem de experiências educativas digitais utilizando óculos de realidade virtual, seja em aulas criadas pelos próprios professores ou por programas específicos desenvolvidos para esse fim. Com isso, aprendem de forma interativa e vivem ricas possibilidades de aprendizado, em todas as áreas do conhecimento.
Nave à Vela
Essia A Essia Educação apresenta para os estudantes um novo formato de material didático digital, que permite à escola utilizar o conteúdo das editoras para montar um material exclusivo e customizado para o projeto pedagógico do Colégio Magno.
Utilizando a cultura maker como ponto de partida, o Nave à Vela aposta na construção de uma cultura de Inovação, em que o aluno é o explorador e construtor do seu próprio mundo.
Guten A Taba Com foco na formação de leitores, A Taba disponibiliza livros escolhidos por especialistas apaixonados pelo mundo da literatura infantil. A cada dois meses, os alunos recebem em casa o kit do Clube de Leitores, composto por um livro, um Mapa de Exploração da obra, um Passaporte do Leitor, para registrar suas leituras e, ainda, lembranças colecionáveis.
A plataforma Guten é um recurso digital para estimular a leitura e a produção textual.
Rede Y A Rede Y apoia o professor e auxilia alunos a produzir melhores textos. A plataforma oferece ferramentas para que os alunos consigam organizar ideias, criar uma boa argumentação e desenvolvê-la, aprimorando o processo de escrita em todas as suas etapas, permitindo abordagens personalizadas.
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Aprendizagem criativa
Scratch Day no Magno!
Inovação, tecnologia e cultura maker no Scratch Day do Colégio Magno/Mágico de Oz
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O tradicional jogo de futebol de botão com uma pitada de tecnologia; um piano com teclas gigantes para serem tocadas com os pés; e que tal construir um holograma para se divertir com os amigos? Essas foram algumas das atividades do Scratch Day do Colégio Magno/ Mágico de Oz, em junho. O movimento de inovação iniciado no Massachusetts Institute of Technology (MIT) chegou ao Magno no ano passado e já faz parte do calendário de eventos da Escola, que estimula a educação lúdica e intuitiva por meio da aprendizagem criativa. “Achei sensacional. A escola sempre trazendo grandes inovações, fazendo as crianças pensarem fora da ‘casinha’. Até os adultos estão brincando”, conta Bruna Gasparoti, mãe da aluna
Maria Eduarda, do 4º ano. Na segunda edição do Scratch Day do Colégio Magno havia um espaço para atividades “desplugadas” como a montagem de torres com copos descartáveis. “É uma abstração de programação, em que você dá comandos, entende o que o outro está falando e precisa ser objetivo. E é disso que eles gostam: desafio”, avalia Alexandre Sartori, pai do Rafael, de 7 anos. Ao longo da manhã foram oferecidas oficinas de programação, robótica e realidade virtual. Uma oportunidade para as crianças mostrarem que dominam a linguagem scratch cada vez mais cedo. Os Alunos Tutores de Tecnologia – equipe do Magno formada por crianças e jovens que já ensinam sobre tecnologia – participaram das atividades e conversaram com pais sobre o movimento Seja Incrível na Internet, um projeto do Google que estimula a segurança on-line e a cidadania digital de educadores, pais e alunos. Utilizando um game interativo, foram propostas cinco lições para ajudar as crianças a navegar com confiança no mundo on-line. Mil e uma atividades criativas!
trocar por qual?
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Portas abertas para aprender e ensinar Alunos fizeram arte utilizando códigos de programação, recriando padrões indígenas 42
Aprendizagem criativa
O Colégio Magno abriu suas portas e laboratórios para um projeto de âmbito internacional que estimula o intercâmbio e a multiplicação do conhecimento. Com a participação de escolas que integram a rede PEA-UNESCO, o Magno sediou encontros de formação com professores e alunos promovidos pela rede social Fablat Kids, dentro do Ano Internacional das Línguas Indígenas, proclamado pela UNESCO.
As atividades começaram com a formação de professores de escolas da rede pública sobre Etnomatemática, a compreensão do ensino das relações matemáticas a partir dos diferentes contextos culturais. A oficina “A etnomatemática das mandalas: um olhar para a alteridade” foi ministrada pela professora Flávia Silva, do Colégio São Luís, e resultou na produção dos símbolos, feitos originalmente pelos índios Huichol, do México.
Outra oficina ficou por conta da artista plástica Vanessa Rosa, que mostrou a união de padrões indígenas e da tecnologia na produção de formas, gravuras e instalações artísticas. “É um espaço para falar do significado simbólico, mas que pode viabilizar o envio de ferramentas para as aldeias, que fortaleçam a cultura dos grupos indígenas”, explicou. Após participarem das oficinas, os professores desenvolveram projetos mão na massa com suas turmas e realizaram reuniões virtuais com os alunos para que eles apresentassem as atividades. Os alunos do 5º ano do Magno usaram códigos de programação para desenvolver figuras seguindo padrões indígenas e mostraram a novidade para os estudantes do EPG Jorge Amado, de Guarulhos, em uma videoconferência. Daí saiu o convite para que alunos do colégio viessem ao Magno aprender a programar com nossos alunos. 43
Aprendizagem criativa
Magno Maker no fic
Quando o assunto é aprendizagem criativa, o Magno mostra que é cada vez mais possível, e um caminho sem volta, ensinar usando a criatividade, a inventividade e estimulando os alunos a colocarem a mão na massa. Prova disso foi a participação da Escola no 3º FIC - Festival de Invenção e Criatividade, que reuniu na Universidade de São Paulo (USP) dezenas de projetos e atividades maker, produzidos por alunos de escolas públicas e particulares. Quatro projetos foram apresentados por nossos alunos. Uma turma cheia de talento e curiosidade, que participou de todo o processo de elaboração dos projetos. Eles levaram a sério a aprendizagem “mão na massa” e ainda fizeram bonito auxiliando visitantes de todas as idades, que prestigiaram o espírito inventivo dos jovens estudantes.
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Afinal, todos somos criativos. Entre as “invenções” apresentadas durante a Mostra Interativa estão o Robô Desenhista, o Labirinto do Ratinho, a 3D Paper House e uma oficina superdivertida, que estimula os participantes a produzirem seus próprios brinquedos. Todos os jogos foram produzidos com Kits Scopabits e materiais de sucata, como caixas de leite, copos, tampinhas, garrafas PET, EVA, papelão, entre outros.
Reconhecimento internacional Um trabalho desenvolvido por alunos do Infantil II teve espaço garantido no Fablearn Conference 2019, evento que é considerado um dos mais renomados na área da aprendizagem criativa. Em sua oitava edição, o encontro reuniu em Nova York, entre os dias 9 e 10 de março, projetos de diversos países. O Jogo das Vogais em Braille associa o som, a partir do toque de símbolos em braille, às letras e imagens correspondentes e foi produzido inteiramente pelos alunos. “Eles participaram de todo o processo, desde a concepção, passando pelo desenvolvimento com linguagens de programação, usando o Scratch Jr e o Makey Makey, até a montagem final do jogo”, explicou a professora Tatiana Feldman, que coordenou o trabalho.
Celeiro de ideias… e de boas práticas! Um projeto aparentemente simples, uma ideia reinventada, pode cumprir muito bem seu papel no campo da inovação No final do primeiro semestre, os resultados das muitas atividades desenvolvidas pelos professores do Colégio Magno/Mágico de Oz, dentro e fora das salas de aula, foram apresentados durante o III Painel de Práticas Inovadoras. Professores, coordenadores e auxiliares apresentaram projetos que, além de inovação, mostraram que o Colégio é território fértil para atividades que ajudam os alunos a saírem do lugar-comum. Além disso, ainda puderam prestigiar o trabalho dos colegas, numa importante troca de experiências que encurta caminhos e fortalece o processo ensino-aprendizagem. Nesta terceira edição do Painel, destaque para projetos de aprendizagem criativa e atividades mão na massa: “De onde vem… o pum?”. Foi em busca de respostas para essa pergunta que os alunos do 1º ano aprenderam sobre o sistema digestório, misturando massinha de modelar e elementos de programação; já para entender sobre o funcionamento do nosso sistema
respiratório, uma aula debaixo d´água e cheia de desafios para alunos do 5º ano, na piscina do Magno; vídeos gravados pelos alunos do 7º ano, para as aulas de inglês, ajudaram a contar um pouco das histórias de suas famílias, em “Which music rocks your family?”, foram apresentados durante a Festa de Literatura e Inovação do Magno. A equipe apresentou trabalhos brilhantes e mostrou que inovar não necessariamente precisa ter
relação com o uso da tecnologia. Um projeto aparentemente simples, uma ideia reinventada, pode cumprir muito bem seu papel no campo da inovação. Uma noite inspiradora, que revelou que todos os espaços da Escola podem ser utilizados para a formação dos alunos e que uma comunidade escolar (equipe pedagógica, colaboradores e pais) integrada tem papel importante e fundamental nesse processo. 45
Comunidade digital
Vamos falar sobre o
Pais do Magno são recebidos no Google para uma conversa sobre os rumos da educação contemporânea
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futuro?
No dia 21 de setembro, em uma fria manhã de sábado, os pais do Magno deixaram suas casas e seus compromissos para uma conversa muito importante: o futuro de seus filhos, em um mundo marcado pela tecnologia e pela transformação. Aconteceu o primeiro Magno Digital: uma visão integral da Educação no século XXI, evento realizado apenas para as famílias da Escola, na sede do Google, em São Paulo. Foi uma manhã especialmente preparada pela equipe do Magno, pelo time da Nuvem Mestra, parceira do Magno em projetos de transformação digital, e pelo Google. Tudo começou com um café da manhã delicioso, aquecendo as
famílias e permitindo o diálogo. Mais de uma centena de pais estiveram presentes no encontro, que aconteceu das 9h às 12h. Em seguida, com abordagens diversificadas, todos puderam assistir a apresentações sobre as competências socioemocionais na proposta do Magno, práticas pedagógicas inovadoras e segurança digital, entre outros temas. Profissionais do Magno, do Google, da Nuvem Mestra – e principalmente alunos – puderam apresentar os caminhos da educação que estão sendo trilhados. A diretora do Magno, Cláudia Tricate, falou sobre o desenvolvimento das cada vez mais
essenciais softskills, tais quais cooperação, pensamento crítico, empatia, entre outras, e a forma como vêm sendo trabalhadas no Magno. Em seguida, Andrea Nery, do Google for Education, apresentou uma visão ampla sobre educação e inovação. Fernanda Alves, da Nuvem Mestra, abordou a transformação no Colégio a partir da formação dos professores, e Alê Borba apresentou o programa Seja Incrível na Internet, sobre segurança na rede. Mas tudo seria apenas discurso se os alunos-tutores do Magno não tivessem se apresentado.
Rios, escolhido como case pelo Google para a produção de um vídeo internacional, que teve o raro privilégio de ficar exposto na página principal do Google nos Estados Unidos. A realização no espaço do Google acontece em deferência pelo trabalho no campo da inovação pedagógica realizado pelo Colégio Magno, ao longo dos últimos anos – não por acaso, a escola se tornou uma das primeiras escolas-referência Google. Embora o trabalho de inovação da Escola não se prenda apenas ao ambiente Google, a excelência no trabalho de formação de professores e no uso de
suas ferramentas digitais faz com que a Escola seja frequentemente procurada para demonstrar o potencial da aplicação da tecnologia na educação. Ao final, ainda, todos responderam a uma pesquisa on-line de avaliação do evento e concorreram em um sorteio. Com praticamente 100% de aprovação em todas as suas dimensões, os pais se mostraram alinhados às preocupações da Escola. “Fico muito orgulhosa em ver que a escola está mais preocupada em formar cidadãos do que pessoas que simplesmente passam num vestibular”, comentou uma mãe. “Espetáculo. Emocionante ver a transformação de fato ocorrendo, acompanhando mudanças no mundo”, confirmou outra família presente. A Escola deve intensificar momentos como esse de reflexão, estimulando as famílias a ampliarem a visão sobre os objetivos da educação contemporânea que, na perspectiva do Magno, deve ser integral, inovadora, de excelência acadêmica e internacional.
Os alunos Laís Lazzarotto e Gabriel Valim falaram sobre cidadania digital na prática, mostrando um pouco do trabalho que realizam. O ex-aluno Luca Castellano e a aluna Victória Rossi contaram sobre a rica experiência de ser aluno-tutor. Já a ex-aluna Camila Candelária e o aluno Nicolas Honda contaram sobre o trabalho realizado pelos jovens no projeto Observando 47
Aprendizagem criativa
Elas mostram o que sabem sobre o universo da programação; e sabem muito!
ladas a conhecerem o universo da programação desde muito cedo, e na escola, é uma grande motivação para o nosso trabalho”, disse. Depois de acompanhar a programação feita pelas alunas, utilizando a linguagem Scratch, Raquel ainda bateu um papo com alunos da 1ª série do Ensino Médio e esclareceu dúvidas sobre o mercado de trabalho, sobre como enfrenta e supera o preconceito numa área em que a grande maioria da mão de obra é masculina e, por fim, defendeu o empoderamento feminino, por meio da oferta de oportunidades iguais para homens e mulheres.
PROGRAMA DE MENINAS
Quem disse que programação não é coisa de meninas? Para deixar esse “preconceito” de lado, de uma vez por todas, o Colégio Magno promoveu a primeira edição do Programa de Meninas. A atividade reuniu meninas de todas as idades que mandam bem no mundo dos códigos.
Para conhecer de perto esse trabalho, as alunas receberam a visita da criadora do Reprograma, uma iniciativa que ensina programação para mulheres que não têm recursos e/ou oportunidades para aprender a programar. Mariel Reyes é CEO do projeto, que busca mudar um dado que chama a atenção: segundo levantamento feito pela startup Mastertech, as mulheres representam menos de 1/3 da força de trabalho em Tecnologia da Informação. “Ver essas meninas sendo estimu48
Dia da Mulher
Conhecimento é poder Há histórias de vida inspiradoras. Há trajetórias construídas com dificuldades, mas que ao serem contadas com um sorriso no rosto, são capazes de fazer brilhar os olhos de quem tem pela frente uma vida toda de escolhas e conquistas. No Dia da Mulher, os alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Magno conversaram com Rachel Maia, diretora executiva da Lacoste no Brasil. Papo descontraído, cheio de curiosidades e motivação. “Nunca é só sorte. É também conhecimento. E conhecimento é poder. Ninguém tira isso da gente”, garantiu a CEO, que é fundadora do Projeto Capacita-me, iniciativa que leva educação e oportunidades de trabalho para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Rachel Maia, mãe de aluno e CEO da Lacoste, veio ao Magno conversar com os alunos no Dia da Mulher
Rachel, que é mãe de aluna do Magno, respondeu a perguntas feitas pelos jovens estudantes. Entre as primeiras dúvidas, o preconceito. Ela se orgulhou ao dizer que é uma das poucas, senão a única mulher negra a chegar a um cargo de CEO no país. O que, segundo ela, representa apenas 0,04% dos cargos ocupados. “É um desafio diário. Muitas vezes sou a única mulher em reuniões de negócio. Mas não me intimido. Para ser ouvida, precisei ser muito boa no que faço. E para isso nunca abri mão de aprender mais. Nunca viajei sem carregar um livro. É o que quero deixar para vocês: leiam! Leiam livros, jornais, assistam ao noticiário para saber o que está acontecendo. Conhecimento é poder!”, concluiu. 49
Aulas nada convencionais
Ciências até debaixo d’água
Alunos caem na piscina do Colégio Magno para aprender sobre o sistema respiratório Os alunos do 5º ano participaram de uma experiência, no mínimo, inusitada: eles aprenderam sobre o sistema respiratório em uma aula prática dentro da piscina do Colégio Magno. A proposta era fazer com que os alunos percebessem a diferença de inspirar e expirar e como os pulmões se comportam nesses processos. Divididos em grupos, os alunos precisaram cumprir tarefas, como por exemplo, tentar se manter no fundo da piscina, ação que ajudou a explicar o porquê de logo o corpo flutuar. “Não conseguimos ficar no fundo porque nossos 50
pulmões estavam cheios de ar”, relembram os alunos. A atividade foi dividida em estações e circuitos, em que desafios eram propostos para os grupos. Controlando a respiração, os alunos tiveram que recolher objetos, escrever embaixo d’água, rosquear parafusos e ainda decifrar uma charada para abrir um cadeado. Tudo no fundo da piscina! “Como nossa capacidade de segurar o ar nos pulmões estava limitada, tivemos dificuldade para cumprir essas tarefas. Mas entendemos que era preciso primeiro inspirar e segurar o ar para mergu-
lhar. Depois, durante o mergulho, soltamos o ar vagarosamente. Assim foi possível permanecer mais tempo submersos”, explicam.
Julgamento de Sócrates Alunos da 2ª série inocentam filósofo Sócrates em júri simulado
Ao final do julgamento, os jurados consideraram os argumentos da defesa e declararam Sócrates inocente! A atividade foi mediada pela juíza Jucimara Esther de Lima Bueno
Um tribunal do júri movimentou o Magno. No banco dos réus, Sócrates, um dos grandes pensadores da humanidade, acusado de corromper a mente dos jovens. O júri simulado é uma das atividades da disciplina de Filosofia e reuniu alunos das turmas da 2ª série do Ensino Médio. Divididos em grupos, os alunos assumiram os papéis de advogados, promotores e jurados. A atividade foi mediada pela juíza Jucimara Esther de Lima Bueno, mãe do aluno Luís Fernando. Ponto a ponto, foram reconstruindo a história de Sócrates, entre as acusações, defesas e um discurso do próprio acusado. O relato do julgamento feito por Platão e usado como base para a atividade aponta que Sócrates foi condenado em júri popular por uma margem pequena, de apenas 60 votos. Mas, na simulação, a sentença ficou por conta da avaliação dos jurados, que ouviram atentamente o embate entre defesa e acusação. Os alunos mostraram engajamento, participando e desenvolvendo habilidades críticas, analíticas e argumentativas. Ao final, os jurados consideraram os argumentos da defesa e declararam o filósofo Sócrates inocente! Quem dera tivesse sido assim... 51
Alunos produzem documentรกrio
na floresta
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Alunos do Colégio Magno visitam Aldeia Boa Vista, no litoral de São Paulo, para produzir documentário sobre povo Guarani Do alto da Tekoá Jaexaá Porã – ou, em português, Aldeia Boa Vista – o horizonte revela a Ilha do Prumirim. O visual que une mar, rio e Mata Atlântica dá as boas-vindas aos alunos do Magno, que pegaram a estrada rumo ao litoral para conhecer uma das poucas aldeias que resistem ao tempo e preservam a história de seu povo. 53
O acesso se dá por uma trilha. A caminhada em meio ao verde da mata é vivida com ansiedade pelos estudantes, que têm uma missão: produzir um documentário sobre o povo indígena Guarani Mbya. A atividade foi acompanhada pelo Coordenador de Ciências Humanas do Magno, Raildo Alencar, e pelos professores Márcio Raimundo “Cazé” e Adriana Rodrigues, e faz parte do Ano Internacional das Línguas Indígenas, que estimula a
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A preservação das línguas indígenas é essencial para a preservação da cultura dos povos originários conscientização e preservação das línguas indígenas no mundo. Como escola integrante da Rede PEA UNESCO, tendo sua diretora Myriam Tricate como Coordenadora Nacional da Rede, o Magno desenvolveu uma série de projetos
e atividades ao longo do ano. Na Aldeia Boa Vista os alunos foram recebidos por representantes das famílias que vivem na comunidade. Ao todo, cerca de 40 famílias vivem numa área de 920,66 hectares, localizada a 1,5 km da BR-101. O grupo conversou com os moradores, conheceu o espaço e participou de um ritual de boas-vindas na Casa de Reza, área de convivência para a população, onde visitantes só entram se convidados. Divididos em grupos, os estudantes deram início à produção audiovisual, depois de aprenderem sobre técnicas de captação de imagens e áudio, ainda na Escola. A primeira parada para gravações e entrevistas aconteceu na Escola Estadual Indígena Aldeia Boa Vista, onde os alunos de 1º e 2º anos aprendem sua língua de origem, o “Guarani-Mbya”, e os de 3º e
4º anos de Ensino Fundamental recebem aulas em português. A preparação do almoço também mereceu a atenção dos estudantes do Magno, que registraram a preparação dos alimentos, conversaram com os Guaranis sobre seus hábitos alimentares e puderam saborear um saboroso peixe com mandioca, comida típica local. O turismo comunitário e o artesanato são as principais atividades geradoras de renda da comunidade. Por isso, os alunos participaram de oficinas de produção de cestas, observando a precisão e a delicadeza como são entrelaçadas as tiras de taquara; de arco; flechas e de armadilhas de caça. Além disso, entrevistaram o Pajé Venâncio, líder local, e caminharam pela região registrando cada detalhe da flora, para aprender sobre as plantas medicinais usadas. Com uma câmera nas mãos e ao longo de três dias, os alunos do Magno captaram a essência dos Guarani Mbya. Ouviram deles relatos e pedidos que mostram a necessidade de discutir e reconhecer a importância dos que primeiro habitaram o país e que, hoje, lutam para ter preservadas suas tradições. Os alunos desenvolveram grande interação com os moradores da aldeia, em especial com as crianças. “Foi muito bom vê-los interagindo, questionando, buscando entender o outro, o modo de vida, as tradições, crenças. O que eles aprenderam com essa experiência seguirá com cada um para o resto de suas vidas”, conta Raildo.
O trailler do documentário produzido por alunos foi incluído na programação da ação cultural Línguas Ameríndias – Ontem, Hoje e Amanhã, em cartaz no Memorial da América Latina, uma série de eventos que buscam despertar a reflexão sobre a extinção de línguas milenares dos povos originários do nosso continente. 55
Voluntariado
Tornando visível o que ninguém vê Na ação Páscoa Invisível, jovens e seus pais foram ao centro da cidade para uma ação solidária emocionante
Foi um gesto, um simples gesto que levou empatia, solidariedade e ovos de Páscoa para o Centro de São Paulo. Como destinatários, pessoas em situação de rua, que foram surpreendidas com a Páscoa Invisível. A ação idealizada pelo movimento SP Invisível 56
contou este ano com a parceria do Colégio Magno/Mágico de Oz, que lançou uma campanha para arrecadar ovos de chocolate entre alunos, suas famílias e colaboradores da Escola. Em pouco mais de duas semanas, foram arrecadados 1.200 ovos.
Um número duas vezes maior do que a meta inicial. O resultado surpreendente é fruto do protagonismo dos alunos, que compraram a ideia e motivaram suas famílias. Há casos de avós que reuniram amigas e prepararam os ovos de chocolate. Em outros, pais que mobilizaram os colegas de trabalho. Uma grande forçatarefa do bem que tornou a ação ainda mais especial. Mais de 50 estudantes do Magno, do 8º ano do Middle School e do grupo de Voluntariado, participaram da entrega dos ovos. Acompanhados por seus responsáveis e por colaboradores da Escola, eles percorreram as ruas do Centro da cidade ouvindo as histórias de vida daqueles que, aos olhos de muitos, ainda parecem ser invisíveis. Além dos ovos de chocolate, uma carta escrita pelos voluntários fez parte do kit entregue para as pessoas em situação de rua. Ali mesmo, em meio ao vaivém de passos apressados e diante das muitas desigualdades, voluntários, alunos do Colégio Magno e suas famílias buscaram inspiração para deixar mensagens de paz, amor e esperança. Este ano a ação teve como tema Esperança no Amor. “Páscoa é o momento em que lembramos do amor e nele criamos esperança”, traz a apresentação do projeto. Foram entregues 600 ovos durante a ação. Os demais foram distribuídos para instituições e ONGs. 57 57
Voluntariado
Imagens solidárias Exposição celebra autoestima durante ação do Voluntariado Magno O Projeto E Eu com Isso acontece ao longo de todo o ano, há mais de uma década, com a participação de professores, alunos e pais O Dia das Mães chegou mais cedo para as idosas da Casa de Repouso Samaritano. Alunos do Colégio Magno/Mágico de Oz, que fazem parte do Grupo de Voluntariado da Escola, promoveram uma tarde cheia de diversão e muito amor próximo. A ação teve início ainda durante o mês de abril, quando os alunos realizaram uma ensaio fotográfico com as idosas. Isso mesmo! Um ensaio com direito à produção completa: maquiagem, penteados especiais e carinho de sobra. O que ficou registrado em dezenas de imagens. Para comemorar o Dia das Mães, as fotos foram expostas na sede da Casa de Repouso, numa exposição que resgatou a autoestima das senhoras. Além disso, cada uma delas ganhou um colar de contas produzido pelos próprios alunos e uma cartinha, que emocionou pela sensibilidade e empatia. 58
Esportes
Festa do esporte A celebração do esporte nas Olimpíadas Magno 2019
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O Ginásio do Colégio Magno foi transformado num grande templo do esporte! A abertura das Olimpíadas Magno 2019 reafirmou, mais uma vez, o papel do Colégio como uma instituição comprometida com a formação de crianças e adolescentes, apostando em temas fundamentais como as artes e o esporte. Consagradas como um dos mais tradicionais eventos esportivos escolares de São Paulo, as Olimpíadas do Magno reuniram neste ano 30 escolas convidadas e jogos em pelo menos 19 modalidades. Na programação, disputas mais tradicionais como futebol, basquete e vôlei, além de competições de urban dance, esgrima, circo e eSports (electronic games). Para a festa de abertura, desfile e juramento dos atletas e o hasteamento das bandeiras. Representando a internacionalização do Colégio Magno, a família Clifton, recém-chegada ao Brasil vinda
da Universidade do Mizzou, foi escolhida para hastear a bandeira do Brasil. Mister Clifton e Doctor Chanel, que é pós-doutora em educação, hastearam a bandeira nacional acompanhados pelos filhos Amari, Herman, Serenity e Adrian. Neste ano, além da Orquestra do Magno, que surpreendeu recebendo os atletas com os temas de Game of Thrones e Os Vingadores, a apresentação cultural das turmas
Consagradas como um dos mais tradicionais eventos esportivos escolares de São Paulo, as Olimpíadas do Magno reuniram 30 escolas na edição de 2019
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de dança do Colégio homenageou a Tabela Periódica, um dos temas de trabalho escolhidos pela UNESCO para 2019. Os alunos transformaram o ginásio no laboratório de um dos mais importantes químicos da história, Dmitri Mendeleev. Foi ele que criou a tabela periódica que mais se aproxima da conhecida atualmente. Um espetáculo que misturou sapateado, urban dance, ginástica rítmica e muito talento.
Para fechar a noite, uma surpresa: Bob Burnquist, considerado um dos maiores skatistas da história, foi o atleta convidado para acender a pira olímpica. Antes, o skatista, que chegou a estudar no 62
Colégio Magno, relembrou histórias de sua passagem pela Escola. Sete vezes eleito como melhor skatista do ano, Bob ainda participou de uma brincadeira: defendeu a cobrança de um tiro de 7 metros, como na época em que fazia parte do time de handebol do Colégio. Não impediu o gol, mas levou o troféu, entregue pelo diretor Maurício Tricate, deixando uma mensagem de incentivo para crianças e adolescentes que sonham com um futuro no esporte. “É preciso fazer tudo com amor e vontade. Nem sempre vai dar certo. Mas eu aprendi que é no momento da queda que a gente vê do que é feito. Insiste, não desiste, corre atrás. Não deu certo na primeira, tenta de novo. Tudo é possível. Façam tudo por amor. O resto é consequência”, encerrou. 63
Ex-aluno Bob Burnquist
Uma lenda do esporte que passou pelo Magno
O carioca e skatista profissional Robert Dean Silva Burnquist é o que se chama uma verdadeira lenda do esporte. Aos 11 anos, começou a andar de skate, aos 14 tornou-se profissional e revolucionou o jeito de andar na prancha com rodas. Passou a ser conhecido como Bob Burnquist, primeiro brasileiro a levantar um título mundial no skate, sete vezes 64
o melhor skatista do ano, dez vezes campeão mundial e o primeiro skatista brasileiro a ganhar o prêmio Laureus em 2001, considerado o Oscar dos Esportes. Esses são apenas alguns dos feitos do atleta, que nos momentos de lazer gosta de continuar voando, seja pilotando avião, helicóptero ou saltando de paraquedas.
Ex-aluno do Colégio Magno, Bob Burnquist voltou à Escola como convidado especial para abrir oficialmente as Olimpíadas Magno 2019. Em uma noite de festa e de muitas recordações, ele conversou conosco e relembrou de sua passagem pela escola, falou sobre o início no esporte, os projetos atuais e as lições ensinadas pelo skate. Confira:
Revista do Magno: Quando você estudou no Magno? Bob: Eu fui aluno do Magno durante a 3º série (hoje 4º ano) do Ensino Fundamental. Mas foi rápido. Eu mudava muito de escola. Meu pai se mudava bastante. Era muito chato, na época, porque fazia amizade e logo tinha que mudar de colégio de novo.
que, obviamente o outro goleiro deveria ser mais alto que eu e por isso era o titular. Mas na hora de colocar a medalha eu não senti que participei. É uma história que eu conto bastante.
Revista do Magno: Quais recordações você tem dessa passagem pelo Magno? Bob: Eu lembro quando teve a febre de figurinha (até hoje eu falo disso). Depois de jogar bola, handebol, a galera corria para a quadra para ver quem chegava primeiro, escolhia o lado, fazia time para poder jogar. Aí teve a época de trocar figurinha e virou tão febre, que a gente ia para a lanchonete e não conseguia andar. Era todo mundo sentado, um na frente do outro, várias duplas e grupos, todo mundo batendo figurinha. Eu lembro dessa época. São boas memórias.
das Olimpíadas 2019 e
Revista do Magno: Como eram os esportes, então? Bob: Nós jogávamos entre as escolas. Eu joguei handebol no Magno, era o goleiro reserva. Ganhamos o torneio, só que eu não joguei nenhuma partida. Eu estava no banco. Quando o técnico veio para colocar a medalha em mim, eu não quis. O pessoal dizendo que eu fazia parte do time, que tinha que colocar... Foi nessa época que o skate entrou na minha vida. Foi uma frustração de mole-
Ex-aluno do Magno, Bob Burnquist participou conta sua trajetória de sucesso no esporte Revista do Magno: E como foi o começo no skate? Bob: Aprendi a andar de skate no Brooklin, depois mudei para a Zona Norte. Eu fui mudando e andando em lugares diferentes até chegar à Califórnia. Revista do Magno: E o que fez para conciliar estudos e carreira no esporte? Bob: Fiz uma série de provas para conseguir o diploma do Ensino Médio, finalizei o High School nos Estados Unidos. Não fiz faculdade, mas conforme fui evoluindo no skate, aprendi outras habilidades. Tornei-me piloto, comecei a saltar, fiz aulas de formas diferentes para manter a minha mente evoluindo, para não ficar só no desenvolvimento físico. Só depois é que fui aprender a gostar de ler. Veja o quanto é importante dar atenção para isso na escola!
Revista do Magno: Tem participado de competições? Bob: Continuo competindo ainda no evento de Mega Rampa, faço mesmo um lá em casa, e dei um tempo nas competições do X Games. Agora, tenho atuado mais como comentarista. No skate, independentemente de competição, a gente tem como ser relevante por muito tempo nesses projetos de conteúdo e é isso que estou fazendo. É bom ter algo de que se gosta, que se queira muito e se dedicar. Mas não se pode esquecer o lado intelectual. Revista do Magno: A quais projetos tem se dedicado? Bob: Hoje eu ando de skate, que me levou a tantos lugares no mundo inteiro, a conhecer tantas pessoas, sendo embaixador de muitas marcas. Aprendi na interação com as outras pessoas, principalmente no aspecto do marketing. Hoje eu toco a minha empresa, os meus negócios. Também ocupo agora a presidência da Confederação Nacional de Skate, que demanda muito do meu tempo. E fico entre o Rio de Janeiro e a Califórnia, e viajando o mundo... Revista do Magno: Qual lição o skate lhe ensinou? Bob: O skate ensina para a vida o básico: caiu, levanta. Vai até conseguir. Não existe um não dá. É o que você quer fazer. Foi isso o que aprendi. 65
Sustentabilidade
Magno
Sustentável Energia solar, reúso da água e destinação correta dos resíduos sólidos. Ações que podem transformar o Colégio Magno/Mágico de Oz num espaço 100% sustentável O que uma horta suspensa, a piscina aquecida, a água dos chuveiros e restos de comida têm em comum? A pergunta pode parecer um tanto inusitada. Mas para o Colégio Magno, a relação faz todo o sentido. Ganha a forma de um ambicioso projeto, que avança para tornar a escola um espaço 100% sustentável. O conceito 66
de sustentabilidade, que considera aspectos ambientais, sociais e econômicos, sempre fez parte da rotina de alunos, professores e colaboradores do Colégio, nas Unidades Sócrates, Campo Belo e Olavo Bilac. Durante a aula de natação, entre uma braçada e outra, por exemplo, as crianças descobrem que a
água na casa dos 28º C é aquecida por energia solar. O processo foi iniciado há dez anos, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e acaba de ganhar um novo capítulo: agora a energia solar também será responsável por cerca de 35% da energia consumida na Unidade Sócrates, graças à instalação e operação de placas solares. No ano que vem, a produção salta para 70% da energia demandada pelo prédio e, em 2021, 100% da energia consumida será de origem solar. O projeto prevê que em quatro anos duas, das três unidades da Escola, serão abastecidas inteiramente por energia solar. Com uma média de 700 refeições diárias, servidas pelo restaurante, o Magno desenvolve uma ampla política de destinação correta e reaproveitamento dos resíduos sólidos, que vai além da Coleta Seletiva. Mais que reciclar, o desafio é não gerar lixo. O projeto Educação pelo Sabor,
desenvolvido pela Escola desde o início do ano, propôs uma série de mudanças não só no cardápio dos alunos, mas no manuseio dos alimentos, com novas rotinas de preparação e logística, otimizando custos e evitando o desperdício. Hoje são geradas 2,5 toneladas de lixo, em que mais de 50% são orgânicos. Além das composteiras, que geram adubo para a horta e jardins da escola, o material é
usado para abastecer dez biodigestores instalados na Unidade Olavo Bilac. Utilizando tecnologia israelense, os equipamentos convertem a energia gerada pelos resíduos orgânicos em biogás, uma combinação de gás metano e dióxido de carbono. O gás será utilizado para aquecer a água dos chuveiros. Só na Unidade Olavo Bilac acontecem cerca de 200 banhos por dia, que serão aquecidos inteiramente pelo gás. Mas a intenção é ampliar, muito em breve, esse uso para as cozinhas. O Colégio também se dedica ao reúso de água. Atualmente, são quase 200 mil litros de água de reúso, usada para fazer toda a limpeza dos pátios e sistema de irrigação, armazenada em dezenas de caixas d’água instaladas nas três unidades. A previsão é construir uma miniusina para beneficiamento do recurso, ampliando o reúso para as pias e vasos dos banheiros. 67
RECICLANDO FRALDAS Levando até 600 anos para se decompor, as fraldas descartáveis são consideradas grandes vilãs do meio ambiente. Sabendo disso, o Colégio Magno, em parceria com uma empresa especializada em tecnologia para o descarte de resíduos, iniciou o processo de reciclagem de fraldas descartáveis usadas pelas crianças do Baby Oz e Total Care. A resina plástica gerada será transformada em canetas, que estão sendo distribuídas em eventos e para visitantes e a comunidade escolar. A ação é considerada uma das principais 68
iniciativas do projeto Magno 50 Anos Sustentável, que marca o cinquentenário da Escola, comemorado em março de 2020. São muitas as frentes de atuação: energia solar, água, resíduos como o lixo eletrônico, nas quais é possível que nossas unidades abram espaço para que pais e até a vizinhança possam descartar equipamentos eletrônicos. Enfim, o objetivo é que o Magno seja um lugar que segue o conceito de emissão zero. Um lugar 100% sustentável.
Comunidade
Essa praça é nossa!
Mãos à obra! Alunos, professores e pais foram às ruas. Ou melhor, foram à Praça Júlio Atlas, situada entre a Rua Lázaro Suletroni e Rua Arlindo Veiga dos Santos, ao lado da Unidade Sócrates do Colégio Magno, para participar de um mutirão de limpeza do espaço público. No final do primeiro semestre, o Magno conseguiu autorização da Prefeitura para realizar a manutenção da praça, como uma concessão do poder público. A iniciativa marcou oficialmente a atuação do Grupo de Trabalho “Essa praça é nossa”, idealizado pelo Magno, e integra mais uma ação do projeto Planeta Magno, que propõe a toda a comunidade escolar um amplo programa de educação para a sustentabilidade. O GT é formado por alunos,
peração do paisagismo, a revitalização da vegetação, a instalação de equipamentos de uso coletivo, além de ações permanentes, que estimulem a ocupação saudável do espaço público, com atividades recreativas e culturais. A ajuda de todos é valiosa e importante para a construção solidária do bem comum. Portanto, que tal contribuir para transformar um espaço que é de todos nós? Fale conosco e faça parte do Grupo de Trabalho. Afinal, Essa Praça é Nossa!
A ação integra o projeto Planeta Magno, que propõe a toda a comunidade escolar um amplo programa de educação para a Sustentabilidade. pais, professores e colaboradores do Colégio, todos voluntários, que se uniram pela causa. Para começar, os voluntários aproveitaram uma manhã ensolarada para deixar a praça limpinha. E não para por aí! Em paralelo às ações já desenvolvidas, um amplo projeto está sendo desenhado para garantir a recu69
Sustentabilidade
Todo mundo já ouviu falar que “lugar de lixo é no lixo!”. Mas hoje essa máxima poderia ser reescrita: “o lixo não deve ser descartado em qualquer lixo”. Por isso o Magno deu mais um importante passo em seu projeto para se tornar uma Escola 100% Sustentável. No Dia do Meio Ambiente, o Magno/Mágico de Oz fez a instalação de novos coletores de Coleta Seletiva, reforçando o cuidado com a concentração, destinação correta e reaproveitamento dos resíduos. Os alunos do 6º ano tornaram-se embaixadores dessa novidade. Foram eles que apresentaram aos demais estudantes como funcionará o novo processo de coleta e descarte do material. Se antes era comum encontrar lixeiras coloridas pelas unidades do Magno/Mágico de Oz, indicando o descarte de papel, plástico, vidro e metal, agora é chegado um novo momento. Seguindo padrões internacionais, os resíduos são distribuídos em três lixeiras, para separar recicláveis, orgânicos e rejeitos. Outras duas vão reunir resíduos eletrônicos e óleos, em especial, o de cozinha. Para chamar a atenção sobre a 70
Meio
Ambiente Colégio Magno/Mágico de Oz chama a atenção para novo processo de Coleta Seletiva
quantidade de lixo produzido em todo o mundo e o descarte incorreto desse material, as crianças da Educação Infantil soltaram a imaginação e a criatividade para preparar um mural sustentável. A ideia foi mostrar, de forma lúdica, como o lixo pode “deixar marcas” no meio ambiente.
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Torneio
Greenk Comunidade Magno
participa de campeonato de arrecadação de lixo eletrônico que envolve escolas de todo o Estado
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Todos os dias, muitos ônibus de transporte de alunos entram e saem do Magno. Mas, dessa vez, um ônibus bem diferente estacionou na Unidade Sócrates. O Laboratório Educacional do Lixo Eletrônico! A chegada desse laboratório marcou o início da participação do Magno/Mágico de Oz no Torneio Greenk Intercolegial, um campeonato para conscientizar as pessoas sobre a importância do descarte correto de produtos eletrônicos. De maio a agosto, estações de coleta de lixo eletrônico foram instaladas em todo o Colégio para arrecadar lixo eletrônico de alunos, pais, professores e funcionários. Celulares antigos, tablets, computadores, baterias, aparelhos de TV, ferramentas elétricas estão entre os materiais que foram depositados. Quanto mais lixo eletrônico arrecadado, mais pontos a escola ganha na competição, que inclui cerca de 100 instituições de ensino do do Estado de São Paulo. Para entender a importância do descarte correto de eletrônicos, alunos de toda a Escola conheceram o Laboratório do Lixo preparado pela Greenk. Dentro do ônibus, viram que há muitos elementos dentro de placas, circuitos, fios e processadores que podem ser reaproveitados. Basta descartá-los da maneira certa, sem misturá-los com o lixo comum, pois são potencialmente poluentes, trazendo riscos à saúde. “O lixo eletrônico, todo mundo tem em casa, mas por falta de in-
formação, a gente não sabe muito como descartar”, afirma Marcelo Tomazini, do Greenk. “Então, a gente orienta que agora é a oportunidade de descartar esse lixo.” Porém, a arrecadação não irá acabar depois do torneio! A proposta é que o Colégio se torne um ponto de coleta de lixo eletrônico não só para a comunidade escolar, mas para toda a vizinhança! Além disso, a comunidade pode ajudar a ganhar mais pontos para o Colégio ao se cadastrar no site da Greenk e engajar outras pessoas. 73
Magno Internacional
Congratulations, Middle Schoolers Alunos recebem certificados de conclusão do Middle School
Ao longo do ano passado, os alunos do Middle concluíram os módulos de estudos em Voices, Environment e Humanities, de acordo com a etapa de ensino. E, por isso, receberam o certificado de conclusão do Middle School, durante uma cerimônia realizada no Colégio Magno/Mágico de Oz. A celebração contou com a presença dos novos professores do Colégio Magno, vindos diretamente da University of Missouri. Além de um ano marcado pelo aprendizado de novos conteúdos, os alunos tiveram a oportunidade de aprofundar seu domínio do inglês e desenvolver uma série de competências, essenciais para a consolidação de um currículo internacional. Com a certificação, os alunos da terceira turma do Middle School 2018 já tiveram assegurada a continuidade no currículo internacional com o Magno High School, em parceria com a University of Missouri, uma das 100 melhores universidades norte-americanas. A formação confere dupla titulação acadêmica, com diploma válido no Brasil e também nos Estados Unidos. 74
ESCOLA INTERNACIONAL
MAGNO GLOBAL EXPERIENCE
Uma escola Internacional está sempre aproximando culturas e encurtando caminhos para quem quer viver experiências inesquecíveis. Pensando nisso, o Colégio Magno promoveu o Magno Global Experience. O evento reuniu alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio e suas famílias para uma conversa com especialistas e parceiros sobre iniciativas que viabilizam a participação de estudantes brasileiros em projetos educacionais fora do Brasil.
Participaram do encontro o diretor de admissões internacionais da University of Missouri, Ryan Griffin, além de representantes das empresas Educateen, Daqui pra fora, Nave à Vela, 2SV Sports e BEO World, todas especializadas no processo de admissão e de bolsas para intercâmbios e estudos em universidades no exterior. Afinal, o mundo é logo ali! 75
Magno Internacional
Summer Camp
Alunos do Magno High School viajam aos Estados Unidos para participar de atividades a convite da University of Missouri Já imaginou arrumar as malas e embarcar numa viagem cheia de conhecimento e experiências inesquecíveis? É isso que os alunos do Magno High School vivenciaram nos Estados Unidos, durante o Summer Camp 2019. O programa permite que professores e estudantes conheçam o campus da University of Missouri e participem de diversas atividades de desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional, durante as férias de julho. Junto com estudantes de todo o mundo, os alunos exploraram as áreas acadêmicas de uma das maiores universidades dos Estados Unidos, conhecendo – entre outros pontos – o Capitólio e a Suprema Corte do Missouri. Durante a programação, os alunos do Magno ainda visitaram o Harry Truman Museum e conheceram o funcionamento de grandes empresas, como Boeing e Bayer. Uma experiência que reforça o currículo internacional do Colégio Magno e que marcará para sempre a vida dos nossos alunos. 76
Recursos naturais Os Explorers visitaram a Faculdade de Recursos Naturais e Agricultura, onde conheceram o borboletário, o jardim experimental, o laboratório de estudos do solo, entre outros espaços. Durante a visita ainda foi possível aproveitar um passeio de canoa no lago, fazer S’mores na fogueira e cantar juntos.
Presidente por um dia Na The White House Decision Center e no Museum Harry Truman Library, os Explorers assumiram os papéis de: Presidente, Secretário de Segurança, Embaixador da ONU nos EUA e Emirados Árabes, entre outros. Cada um deles recebeu um panorama político de 1945, com documentos reais e, baseados nisso, precisaram tomar decisões para as questões propostas. Ao apresentá-las, os presidentes concederam entrevistas coletivas à imprensa. Terminada a atividade, os alunos tiveram acesso a informações reais acerca das decisões tomadas à época.
Do alto! Na cidade de St. Louis, hora de subir no Gateway Arch para ver a paisagem do alto de 192 metros. Também foi possível conhecer toda a sua história e ainda sua importância para os povos do Mid West. Para encerrar, um passeio de barco pelo Mississipi River.
Supreme Court
Beisebol Em Kansas City, os nossos Explorers assistiram a um jogo de beisebol entre Kansas City Royals e Chicago White Sox, no Kauffman Stadium. Após acompanhar a disputa, os Explorers passearam pelo Plaza, o shopping a céu aberto no centro da cidade.
s Explorers conheceram a Supreme Court of Missouri, na cidade de O Jefferson City, e conversaram sobre o sistema de Justiça americano com um Juiz da Supreme Court. Conheceram também o Missouri State Capitol e o Missouri State Museum, para aprender sobre a história do Estado e sua estrutura governamental. Eles ainda participaram de um julgamento simulado, com o auxílio de professores de Direito, na School of Law da Mizzou.
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Magno internacional
PRÓXIMA PARADA:
ÁFRICA Pela primeira vez, alunos do Magno vão participar de projeto no continente africano
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Representando o Colégio Magno/ Mágico de Oz, a Coordenadora da área de Ciências da Escola, Daniela Camargo, embarcou para a África. O berço da humanidade recebeu uma expedição promovida pela Operation Wallacea, que conduz projetos científicos sobre biodiversidade. Ao longo de 17 dias, Daniela se uniu a pesquisadores e acadêmicos de todo o planeta que colhem dados para embasar programas de conservação ambiental. O objetivo da viagem foi acompanhar o trabalho de estudantes que atuam como voluntários durante a coleta de dados para preparar a ida de alunos do Magno à expedição, em 2020. O grupo que viajará para a África já se formou: uma dezena de adolescentes participarão do projeto, reunindo-se a outros jovens vindos de diversos países. Neste ano, Daniela acompanhou os jovens do Colégio Rio Branco, de São Paulo. Por meio de um “Diário de Viagem”, Daniela contou detalhes sobre como foi essa aventura pela
Savana Africana. Segundo ela, a capital Johanesburgo lembra os grandes centros comercias de São Paulo. “Passamos por bairros mais nobres semelhantes aos Jardins, mais próximos ao aeroporto, mas o que mais pude observar foram casas como caixotes de alvenaria e personagens que não só acenavam, como emitiam o maior sorriso que já vi”, lembra. Mas foi a vivência nas savanas que mais impressionou a coordenadora
do Magno. O clima na savana é seco. Assim, é necessário consumir muita água. Durante a expedição, há uma programação a seguir: aulas, discussões, atividades em grupo, coleta de dados e, claro, observar animais. “Para avistar animais, é preciso treinar sua visão. As cores e manchas em seus corpos são próprias para a camuflagem. O binóculo ajuda na identificação, mas o que realmente faz toda a
diferença é o silêncio. Qualquer ruído resulta em atitudes de presa ou predador.” Em Sodwana Bay, a observação foca os seres vivos nas piscinas naturais e há quem passeie de barco, onde é possível observar baleias e o peixe-voador. Como em uma corrida, os golfinhos disputam com o barco para ver quem nada mais rápido. Esse é o ambiente que espera os alunos do Magno em 2020!
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Escola que aprende
GRUPOS DE TRABALHO O pensamento coletivo e o protagonismo como ferramentas de transformação
Mais de uma dezena de grupos de trabalho, reunindo muitos profissionais de todas as áreas, bem como gestores e diretores, todos pensando juntos e trabalhando sobre diferentes frentes em que o Magno inova ou precisa inovar. Assim pode ser descrita uma das mais bem-sucedidas iniciativas de gestão participativa e de formação do Colégio, em 2019. Os Grupos de Estudos e Trabalho vêm funcionando como espaços amplos para a troca de ideias, de estudo e de proposição de projetos no âmbito pedagógico, administrativo ou mesmo institucionais, como é o caso da sustentabilidade. Tudo começou quando professores e colaboradores foram convidados para integrar os GTs formados e, ao final do primeiro 80
semestre, apresentaram um balanço dos projetos desenvolvidos ao longo de dezenas de reuniões. Como ferramentas de trabalho, os GTs permitiram transformar o resultado de discussões internas em alicerce para um futuro que se apressa em chegar. E mais que isso: ofereceram ideias e soluções que revelam como processos administrativos podem ser integrados ao processo educacional e vice-versa. Foram formados e ampliados GTs nas áreas de Sustentabilidade, grande pilar do trabalho do Magno – que avança para se tornar uma escola 100% Sustentável; Tecnologia, reforçando o uso de plataformas digitais, elementos maker e de inovação; também grupos que discutem os valores da UNESCO,
essenciais para o projeto pedagógico da Escola; e que estimulam o pensamento crítico e a transformação pessoal por meio da cultura e de ações sociais. A proposta extrapolou os muros da escola: o GT da Sustentabilidade foi a uma cooperativa de coleta seletiva de resíduos; o GT de Leitura, à livraria; o de Artes levou colaboradores para o Museu de Arte Moderna. As formações deste primeiro semestre, propostas pelos Grupos de Trabalho, contaram com convidados, como o educador André Carrieri, que falou sobre os registros fotográficos dos projetos pedagógicos, e Nathan Rabinovitch, que conversou com professores sobre o universo da Aprendizagem Criativa, entre outros. Ainda houve cursos sobre Design Thinking (na foto abaixo), sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Metodologias Ativas e o processo de Avaliação, abertos aos profissionais do Colégio.
Inovação
Inovar para Brasil Colégio apresentou cases de sucesso para educadores de todo o país em evento do Google A cada dia, o Magno vem se firmando como uma referência em inovação. O Colégio traz muitos exemplos de uso da tecnologia de forma integrada ao projeto pedagógico. Alguns desses casos foram recentemente apresentados no evento Inovar para Brasil, do Google for Education. O convite foi um reconhecimento público do trabalho que vem sendo realizado na Escola. A cßoordenadora geral do Magno, Ana Paula Piti, subiu ao palco para falar sobre como o Magno inova ao utilizar as ferramentas Google. Iniciado em 2015, o processo de implementação do Google for Education já trouxe grandes frutos, com mais de 1.800 usuários da plataforma, 300 salas de aula digitais e a formação de um parque com centenas de chromebooks. Toda essa estrutura não significaria muito sem um plano pedagógico coerente. Ana Paula mostrou, por exemplo, como o GSuite inverteu alguns processos: alunos, já um nativos digitais, agora ensinam professores, pais e até secretários de Educação. Utilizar a tecnolo-
gia cria um ambiente em que o estudante é protagonista de seu conhecimento. Outro exemplo foi a formação oferecida aos colaboradores. Aulas, oficinas e atividades envolvendo as ferramentas engajaram os funcionários, fazendo com que mais de 70 pessoas de todos os departamentos fossem certificados Google. Além disso, a tecnologia mudou a forma como o aluno documenta o conhecimento. Em viagens de estudo do meio, em vez de escrever, agora registram tudo com fotos e vídeos em seus celulares. Essa mudança também envolveu a comunidade pedagógica, que passou a documentar as atividades do dia a dia com mais facilidade. “Para inovar, é preciso modificar costumes. É preciso criar. Inovar significa criar novos caminhos e estratégias”, diz a coordenadora
Magno no Google Innovators A professora de Espanhol do Magno, Gisele Silva, recebeu uma excelente notícia em outubro: fará parte de um seleto grupo de 36 educadores integrantes do Google Innovators. A educadora foi escolhida em um processo nacional, com apenas 36 vagas abertas para centenas de candidatos. O projeto escolhido da professora do Magno aposta no protagonismo dos alunos, utilizando a tecnologia para solucionar problemas no âmbito social, econômico e ambiental. Após dias de imersão no escritório da Google em São Paulo, para aprender sobre tecnologias para educação com especialistas, usando a metodologia Design Thinking, Gisele receberá uma mentoria durante um ano, para implantar ou expandir o projeto. 81
Escola que aprende
Uma noite no museu Uma noite no Museu de Arte Moderna de São Paulo foi um convite e tanto para professores e colaboradores do Magno/Mágico de Oz discutirem sobre cultura. A atividade faz parte das ações do Grupo de Trabalho de Arte e Cultura da Escola, que estimula e promove o acesso à cultura em suas mais diversas vertentes para colaboradores do Magno. Durante a visita, o grupo conheceu a exposição Passado/Futuro/Presente, que reúne obras de artistas considerados pioneiros em suas gerações. Pinturas, esculturas, instalações, fotografias e vídeos fazem parte da mostra. Além da visita às instalações, o grupo ainda participou de uma oficina que estimulou a análise das obras a partir das experiências culturais de cada participante. O Colégio Magno/Mágico de Oz é parceiro do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o que permite que coordenadores e professores sejam convidados a pesquisar e participar de cursos, visitas e palestras promovidos pelo MAM. Além disso, alunos, pais, professores e colaboradores têm entrada gratuita no Museu. 82
Escola que aprende
Aula de Música para
colaboradores
Quando chega ao fim de mais um dia de trabalho no Departamento de Arte do Colégio Magno, Sueli Isawa não se apressa em ir embora. Afinal, o dia ainda guarda um importante compromisso. “Hoje, tenho aula de música!”, conta a diagramadora, enquanto carrega consigo o instrumento escolhido: o violoncelo. Em 2019, o Colégio Magno iniciou as primeiras turmas do Curso de Música para professores e colaboradores. A iniciativa do Grupo de Trabalho de Arte e Cultura contou com o apoio da Direção da Escola e atualmente reúne cerca de 30 inscritos, que participam das aulas de flauta, saxofone, violino, violão, piano, entre outros instrumentos. “A música sempre foi uma linguagem muito presente no dia a dia do Magno e, conversando com professores e colaboradores, era comum termos muitos deles interessados em tocar um determinado instrumento”, revela Roberto, que também coordena o GT de Arte e Cultura. Foi esse interesse que levou Sueli para a sala de aula. Ou melhor, para a sala de música. Entre acordes e partituras, notas e compassos, ela se esforça para tocar uma melodia que desafia sua
A música sempre foi uma linguagem presente no cotidiano do Magno/ Mágico de Oz. Agora, chega para todos própria história. “Meu irmão toca contrabaixo. Meus filhos sempre estudaram música aqui no Magno. Quando surgiu a oportunidade, não pensei duas vezes: por que não aprender também?”,. questiona. Colaboradora do Magno há 12 anos, ela explica que a música reforçou sua relação com os filhos. “Minha filha toca violino na Orquestra e ensaiamos juntas. Ela
me ajuda a entender a partitura, a tocar o instrumento. É curioso ver essa troca. Um dia pude aprender com a minha mãe. Depois ensinei para minha filha. E agora é ela que me ensina”, reflete. Quem também se esforça para não perder uma aula sequer é a revisora Mariana Amaral, aluna do curso de piano. Ela conta que os anos dedicados ao balé, na infância, influenciaram a escolha do instrumento e que ficou animada com a oportunidade oferecida pelo Magno. “O fato de estarmos no local de trabalho é um incentivo a mais. Mesmo nos dias mais cansativos, é bom saber que ao final teremos contato com a música. Uma oportunidade para aprender e relaxar”, concluiu Mariana. 83
COMUNIDADE: DIA DAS MÃES
DIA DAS MÃES MÃO NA MASSA!
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Celebrar e reconhecer a importância das famílias é um capítulo importante na trajetória dos alunos do Mágico de Oz. Seja convidando os avós para escrever linhas de programação, seja colocando a mão “literalmente” na massa para preparar uma deliciosa pizza com os pais, a Escola está sempre pensando em momentos e atividades que tornem ainda mais especial uma relação cheia de cumplicidade e amor. O Dia das Mães do Mágico de Oz foi comemorado com homenagens e muita cultura maker. Durante o Feito à Mão, Feito à Mãe, uma série de oficinas e atividades maker levaram mães e filhos aos laboratórios da Unidade Sócrates para que aprendessem juntos a produzir Scrap Photos e Luminárias Maker. Nas salas e espaços comuns, mais atividades: quem buscou dar uma pausa na rotina apressada participou de uma aula de Ioga. Já quem queria aventura se divertiu à beça praticando Arvorismo e Esgrima. Na piscina, que tal um passeio de bote? E nos restaurantes, oficinas de brigadeiro e bolo de caneca para tornar a tarde doce e saborosa.
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COMUNIDADE: DIA DOS PAIS
dia dos pais massa na MÃO! Se o Dia das Mães foi caracterizado por ser mão na massa, no caso dos pais, pode-se dizer que foi um dia de massa na mão. Foi preparando uma boa pizza, numa típica festa italiana, que o Dia dos Pais foi comemorado no Mágico de Oz. Marguerita, calabresa ou portuguesa... Nossos convidados prepararam o prato, símbolo da Itália, junto com seus filhos e depois puderam saborear tudo! A cultura maker também ganhou espaço na programação, nas Unidades Olavo Bilac e Campo Belo. Pais e filhos usaram tesoura e cola para participar do Maker Chal-
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lenge. O desafio foi produzir um cubo de papel que, com o auxílio de um app instalado no celular, transportou os participantes para o universo cheio de cores e diversão da realidade virtual. Encerrando a festa, adultos e crianças aprenderam a tocar a tarantela, música que dá nome à dança que se originou na Itália. Uma festa inesquecível e cheia de ritmo, que fez todo mundo dançar.
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Formação integral
Menos açúcar, menos frituras, menos doces, mais sabor,
diversidade,
educação do paladar
Projeto em curso no Colégio Magno quer criar novo padrão de alimentação escolar
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A volta às aulas não é apenas o retorno às salas de aula. Milhões de crianças e adolescentes de todo o Brasil voltam também à alimentação escolar. Consumirão em cantinas e refeitórios alimentos mais atrativos, mas nem por isso mais saudáveis. Frituras, açúcar em excesso, poucas frutas e menos ainda legumes e verduras. Mas não no Colégio Magno. Na Escola, a volta às aulas teve o sabor da alimentação saudável e da boa gastronomia. É que, com o desafio de criar um novo padrão alimentar para alunos brasileiros, os jovens chefs Gabriel Coelho e Julia Tricate (ex-aluna do Magno) têm se dedicado dentro e fora da cozinha, a convite do Magno e de forma integrada com o projeto pedagógico da Escola. Foram horas analisando planilhas, buscando referências e experi-
mentando novos sabores. No primeiro dia de aula, já sumiram da mesa o açúcar adicionado dos sucos, as frituras e os doces, que agora aparecem apenas em alguns momentos. Os profissionais já passaram por alguns dos mais importantes restaurantes do mundo, como o dinamarquês Noma, e agora querem criar um padrão de alimentação escolar para alunos das escolas particulares que parta de bons princípios nutricionais, mas inclua uma ampliação do repertório do
paladar. Ou seja, aprender a comer bem e melhor. A união da boa gastronomia e dos princípios de nutrição é algo que há muito tempo é discutido ao redor do mundo. O chef de cozinha inglês Jamie Oliver iniciou esse processo em seu país há alguns anos e serve de inspiração para o casal. No Brasil, conta Julia, não há nenhum tipo de diretriz que oriente escolas quanto ao padrão alimentar oferecido aos alunos. São encontradas apenas algumas recomendações para escolas públicas, mas ainda tímidas. “Essas referências têm foco quase que somente no balanço nutricional, sem pensar na educação do paladar”, aponta a chef. Uma das consequências disso é a crescente obesidade infantil, acompanhada de problemas comuns dos adultos, como elevação de colesterol e diabetes, em um ritmo que os especialistas já classificam
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como uma epidemia. A ideia é que a escola auxilie na definição dos hábitos alimentares de crianças e adolescentes a partir de uma lógica simples: a de que a comida servida nos restaurantes dos colégios deve, sim, ser saudável, mas sem deixar de ser saborosa e atrativa. “Não se trata de fazer mudanças alimentares imediatas, mas gradativas. Por exemplo, apesar de termos mais crianças comendo salada, muitas ainda dizem não antes mesmo de
provar. O pulo do gato foi convencer a criançada de que é preciso experimentar os alimentos, para só então definir o que se gosta ou não”, explica Gabriel. E deu certo! 90
Os testes e avaliações começaram ainda no ano passado, tendo como base as refeições preparadas e servidas pela cozinha do Colégio Magno. No novo cardápio, a Escola aposta na variedade e no equilíbrio. Para começar, os sucos são agora adoçados com açúcar da própria fruta e alimentos orgânicos são priorizados. Aos poucos, frituras, industrializados e embutidos ficaram de lado. Mudanças que não se restringem apenas ao paladar. Chegaram à equipe de cozinheiros da Escola, com novas rotinas de preparação,
e aos setores de compras e logística, otimizando custos e evitando o desperdício de alimentos. A cozinha também se integra ao movimento da Escola em direção a uma vida mais sustentável. As sobras alimentam uma composteira, que segue para a horta orgânica da escola. Ao longo de todo o processo, os chefs trabalham em conjunto com a equipe pedagógica do Magno, que incluirá nas discussões em sala de aula, atividades que estimulem o desenvolvimento de hábitos alimentares cada vez mais saudáveis.
O DOCE DA FRUTA Júlio Marques 7 anos “Eu gosto muito de suco, só com o açúcar da fruta. Não gosto de adoçar mais. Às vezes a minha babá coloca um ‘tiquinho’ de açúcar no suco. Mas é integral. Mas eu não gosto. Eu aconselho tomar suco [sem açúcar] porque você vai viver mais, ter uma vida bem mais saudável. Você pode viver até 100 anos.”
SALADA SEMPRE Vinícius Dias 8 anos “A comida ficou diferente. Eu amei! O arroz e o feijão daqui são deliciosos. Tem mais saladas, muitas. E isso é até diferente para mim, que nunca provei tantas saladas. Eu vejo muita gente da minha sala, e das outras salas, comendo. Todo mundo gosta.”
SABORES DO MUNDO Caetano de Sá 12 anos “Eu gosto de comida de outros lugares, de comida estrangeira. E aqui tem sempre uma comida, acho que no final do mês, de um país diferente. Não tem mais um dia fixo para cada coisa. Por exemplo, não tem mais o dia só da massa. Cada dia é uma novidade.”
SEMPRE UMA SURPRESA Caio Machado 12 anos “Eu estudo no Magno desde que nasci e percebi que a comida está bem diferente. Eu gosto de arroz integral e aqui tem todo dia. É a mesma comida, só que mais gostosa. Agora tem frango. Mas é frango ‘do sei lá o quê’, com ‘sei lá o quê’, entendeu? E é muito bom! Ah, e agora a fila para fazer o prato acabou.”
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Música
Uma escola
musical
Uma pergunta para os alunos do 1º ano fez a criançada soltar a imaginação. Afinal, de onde é possível extrair os sons? Dedos indicadores ao alto, todo mundo tinha uma resposta na ponta da língua. “Dos galhos da árvore”, exclamou Luiza, 6 anos. Enquanto isso, Gabriel surpreendeu, emitindo sons com a língua e estimulando os colegas a fazerem o mesmo. “É que nem eu fazia quando era criança”, contou o garoto, que logo fará 7 anos. Quando as crianças são estimuladas a serem protagonistas de descobertas sonoras, as salas de música parecem pequenas para uma linguagem universal. Por isso, hora de seguir para a Vila Oz, espaço permanente montado na Unidade Olavo Bilac, em busca de sons que não estão presos aos instrumentos convencionais. Batucadas, chiados... Uma percussão não demora a aparecer. Com panelas, Luiz Felipe extrai um som metálico, seguido pelas palmas dos colegas, que o acompanham. Objetos de plástico, madeira. Tudo vira instrumento. O ensino da música no Colégio Magno/Mágico de Oz é embalado pelo ritmo das descobertas. Uma
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prática que começa cedo, ainda no Baby Oz, e segue até o Ensino Fundamental. Se os bebês reagem aos primeiros sons, os alunos da Educação Infantil assistem ao multi-instrumentista Hermeto Pascoal transformar a natureza numa grande orquestra e aos bailarinos do grupo britânico Stomp expressarem a sonoridade em seus próprios corpos. O Coordenador da área de Música Beto Schkolnick explica que a linguagem musical está presente em três eixos ao longo da formação do aluno. “Temos a experiência musical, estimulando o cantar, o tocar. Onde as crianças podem manipular os instrumentos
e materiais para descobrir diferentes fontes sonoras. Também o eixo da escuta e da apreciação, para que elas possam discernir a escuta, organizar os timbres e sons e, por fim, o eixo da contextualização musical, para que os alunos ampliem o hall de opções sonoras. De onde vem o samba, o rock and roll, por exemplo?”, explica Roberto. No Ensino Fundamental, os alunos são convidados a integrar a Orquestra Magno/Mágico de Oz. A proposta é iniciar as crianças em uma das mais clássicas formações da música de câmara, por meio de instrumentos como violino, viola, violoncelo, contrabaixo, além de
instrumentos de sopro. “A experiência se dá na prática. Por isso, na Orquestra, os alunos não ficam exercitando o instrumento, à espera de um mínimo de repertório. Emitindo algum som, eles já participam das apresentações”, conta. Aberta para crianças a partir dos 7 anos, a Orquestra do Magno/ Mágico de Oz reúne cerca de 100 alunos do Ensino Fundamental I e II e apresenta um repertório variado, com canções de Toquinho, Dorival Caymmi, Leonard Cohen, entre outros artistas. “Para participar não é necessário ter formação musical, técnica ou prática, nem possuir o instrumento escolhido. A Escola empresta o instrumento, permitindo, inclusive, que o aluno o leve para treinar em casa”, conclui Roberto. O som dos projetos desenvolvidos pelo Magno/Mágico de Oz ecoaram para além do ambiente escolar
e, ao longo do ano, veículos de comunicação visitaram a Escola para mostrar os benefícios da prática musical, em especial para as crianças. Em reportagem produzida pela TV Band, o Colégio ilustrou uma pesquisa desenvolvida no Canadá, que apontou que crianças e adolescentes que estudam música têm notas melhores em disciplinas como Matemática e Ciências. Também a TV Cultura acompanhou
o trabalho de iniciação musical desenvolvido com as crianças do Mágico de Oz. “Quando as crianças trabalham com música, você mobiliza áreas diferentes. Neurológicas, inclusive. E isso dá para as crianças um amplo repertório, para que elas façam novas leituras, em novos tempos”, avalia Cláudia Tricate, Diretora Pedagógica do Magno/ Mágico de Oz.
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Os olhos estão sempre voltados para a sala de aula. Afinal de contas, o que importa acima de tudo é o desenvolvimento integral dos alunos. Mas, nos bastidores, a movimentação é sempre intensa: a preocupação do Magno em desenvolver novos espaços pedagógicos, em diálogo com as ações educativas, é permanente. A cada ano, novos ambientes surgem. O ano letivo começou com a reinauguração da Biblioteca do Magno, instalada na Unidade Sócrates. Com mais de 30 mil títulos, a biblioteca central sempre teve um lugar de relevo, que agora foi ainda mais enfatizado. Nesse espaço, os alunos demonstram que o prazer pela leitura pode estar em ler sozinhos, em roda, sentados à mesa, em poltronas confortáveis ou no jardim externo, projetado para permitir a leitura ao ar livre. A ideia sempre foi uma só: o aluno precisa se sentir bem, à vontade, para ler. E foi isso que se buscou com o projeto da Biblioteca. Oferecer um espaço amplo, confortável, com dois andares, jardim. Também no restaurante da Unidade Sócrates, a chegada de novos equipamentos e a reformulação do espaço trouxeram agilidade e reforçam o protagonismo dos alunos, ao permitirem mais independência na hora da montagem dos pratos para as refeições. As mudanças foram propostas pelo projeto Educação pelo Sabor, iniciado pelo Colégio Magno em 2019, que garantiu 94
Novos espaços, cada vez mais protagonismo e autonomia muito mais que a adoção de novos hábitos alimentares. Transformou a rotina de preparação das cerca de 700 refeições diárias. O mesmo aconteceu na Unidade Olavo Bilac, onde as crianças continuam encontrando no restaurante um cardápio diversificado, com frutas, verduras e outros alimentos saudáveis, mas agora com a oportunidade de se servir por conta própria. Sem abrir mão da segurança, a ideia é estimular a autonomia dos pequenos ainda nos primeiros anos. Além disso, o espaço propõe um casamento perfeito entre tecnologia e natureza. Jabuticabeiras foram plantadas dentro da área do restaurante e graças aos esforços da equipe de tecnologia e inovação da Escola, terão o crescimento
acompanhado, estimulando que as crianças colham e saboreiem os frutos durante as refeições. Nos restaurantes, assim como em todas as áreas da Escola, privilegiou-se o conceito da sustentabilidade. É possível ver reflexos disso na diminuição do que é desperdiçado, no reaproveitamento dos resíduos, que geram adubo para a horta da Escola e abastecem dez biodigestores na Unidade Olavo Bilac, recém-instalados e já em pleno funcionamento. As mudanças na estrutura física do Colégio permitem que os professores contem com uma ampla área de convivência. A nova Sala dos Professores une todos os profissionais num mesmo espaço, com sofás, áreas de trabalho e jardim. Foi proje-
tada pensando no conforto, bem-estar e integração da equipe. O mesmo vale para a Sala de Estar da Olavo Bilac, que acaba de ser reformada. No campo da tecnologia, os novos processos de educação vão ditando as mudanças. As salas da Educação Infantil, por exemplo, ganharam novos mobiliários e lousas eletrônicas. Já na Unidade Campo Belo, um amplo investimento foi feito no aperfeiçoamento da rede Wi-Fi, com a compra e instalação de equipamentos que permitem uma maior velocidade do tráfego de dados. Com isso, a estrutura é considerada a mais moderna e eficiente entre as três unidades do Colégio Magno. Na Vila Oz, foi inaugurada uma Estação de Metrô, operando com as linhas Vermelha e Azul (confira na página 96) e há novos projetos em andamento na Unidade Olavo Bilac e no berçário. Aguardem lindas novidades! 95
Full Time Toda a atenção para a prática do esporte, dada pelo Colégio Magno, também representou investimentos na infraestrutura dos espaços usados para as atividades esportivas em grupo ou individuais. O que se quer é que nossos alunos encontrem aqui condições para praticar o esporte que preferirem no dia a dia. Seja oferecendo a estrutura adequada, seja permitindo que eles sejam orientados por profissionais que integram comissões técnicas, que representam o Brasil, em diversas modalidades. É o caso da esgrima. Foi-se o tempo em que a esgrima era chamada de hobby da realeza. A atividade, que surgiu como uma antiga forma de combate, evoluiu até tornar-se um esporte acessível e educativo. Toda a atenção para a prática do esporte olímpico fez com que o Magno inaugurasse neste ano uma das mais modernas e equipadas salas de esgrima já construídas por escolas em todo o país. O espaço se divide em pistas, adaptadas com o uso de malhas eletrônicas, que permitem identificar caso o esgrimista seja atingido por um dos golpes de seu adversário. Antes, durante as competições, era necessário mergulhar espadas, floretes e sabres em tintas, para facilitar o trabalho dos juízes na identificação do golpe. A nova sala conta ainda com uma área para que sejam guardadas as vestimentas do esporte. Durante os duelos, os atletas precisam usar
sala de esgrima de nível internacional 96
Novos esportes A educação integral faz parte da rotina dos alunos do Colégio. Seja na aula de Jazz ou arriscando passos no Urban Dance, ou ainda lá no alto, durante a escalada esportiva, é possível aprender sempre de forma lúdica e educativa. Entre as novidades deste ano, um mix de artes marciais, que deixou o tatame cheio! O Fight Training, como é chamado, mistura Boxe, Muay Thai e MMA. “É uma forma lúdica de se lutar. É sempre uma sombra. Não há contato físico. Você usa os exercícios educativos, como flexão de braço, abdominais, agachamento. Trabalha ainda a psicomotricidade”, explica o professor Max Trombini. As aulas reúnem estudantes a partir roupas e equipamentos específicos,
Olìmpica Brasileira, é cada vez mais
dos 13 anos de idade, que levam os
como: jaqueta, luvas, máscara e o
comum o interesse dos alunos pela
treinos a sério. Victória Saad tem 16
plastrom, um tipo de avental que
prática esportiva, que desenvolve a
anos e é aluna da 2ª série do Ensino
serve como almofada, para proteger
autoconfiança, o raciocínio e estimula
Médio. Ela conta que já fez aulas de
o esgrimista.
a resistência muscular, a agilidade e
Boxe e Muay Thai. Mas descobriu
Com uma equipe de professores
ainda o respeito ao adversário.
nas aulas de Fight Training uma
formada por membros da Seleção
Touché!
motivação especial. “A gente aprende um pouco de Boxe, Muay Thai, bastante defesa pessoal e também treinamento físico”, conta Victória. Outra atividade que fez a cabeça de crianças e adolescentes foi o Flag Football. Comum nos Estados Unidos, a atividade é uma versão adaptada do futebol americano, onde em vez de derrubar o jogador com a bola ao chão, o defensor deve retirar uma fita presa no cinto do adversário e, assim, impedir o ataque. Mais novidades vêm por aí! 97
Vila Oz
Próxima estação:
brincar!
A Estação Vila Oz opera com as linhas Vermelha e Azul, escorregadores que interligam dois parques da Unidade Olavo Bilac Tem novidade na Vila Oz! Agora as crianças vão embarcar na Estação Vila Oz, uma estação de metrô com as linhas Vermelha e Azul, escorregadores que interligam dois parques da Unidade Olavo Bilac. O espaço da Vila Oz foi criado como uma plataforma para que as crianças ampliem a imaginação e vivam na fantasia o mundo dos adultos e da cidade. Com consultório, livraria, banco, mercado, padaria, salão de beleza, lava-rápido, posto de combustível e diversos outros ambientes, a Vila propõe que as crianças compreendam o mundo e a vida real, nos quais estão inseridas, enquanto se divertem e brincam, soltando a imaginação. Com a inauguração da Estação Vila Oz, a minicidade fica ainda mais parecida com uma grande e afetiva cidade, onde ser criança é ser feliz! 98
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