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Marcelo Conti 41 e
Foto blog.iclinic.com.br nha. De repente, parou e disse: “Ah, acho que deixei em casa!”. A mulher surtou. “Não, mãe, fala que é mentira! Pelo amor de Deus, fala que é mentira! Sua carteirinha deve estar aí, com você...” O pior é que não estava mesmo. “Mãe, você viu de onde nós viemos? Você viu desde que horas nós estamos na rua! Eu não mereço, ninguém merece.” A pobre da velhota, coitada, já nem se lembrava mais do seu nome, quanto mais de pegar carteirinha para ir na consulta. “Senhora, vou tentar ligar na PlaniMed para ver se, com o nome dela, consigo uma autorização, perseverou a exemplar funcionária. A sala de espera agora tinha um evento, e a turma que lá estava só prestava atenção naquilo tudo. Num determinado momento, a chave do carro caiu no chão. Aquelas pernas bem torneadas flexionaram e os braços foram em busca do chaveiro. Ao que a menininha imediatamente disse: “Mãe, aquele homem careca ta olhando sua bunda”. E estava, mas nem bem a menina terminou de falar a frase ele enfiou a cabeça dentro das palavras cruzadas, fingindo que não era com ele. Um garoto que aguardava a consulta não se conteve, e esborrachou de rir. Resolvida a questão da carteirinha, tudo parecia ter voltado ao normal. Parecia. A menina se engraçou com um senhor de terno (o que lia o jornal), e teimava em dizer para a mãe que ele parecia com seu pai. O homem, claro, gostou muito da brincadeira e começou a dar trela para a garota. Em dois minutos, e superando milhares de tentativas frustradas da mãe em demovê-la do que estava fazendo, a garotinha já estava no colo do homem, que paternalmente contava histórias infantis. O tempo passando. A paciência da mulher idem. As vozes que vinham do além, ou seja, do corredor, chamaram toda a sala de espera; a velhota já dormia, então. Seu ronco agora podia ecoar nos cantos do consultório, e um dos médicos, pelo telefone, perguntou à recepcionista quando o motoqueiro iria estacionar, ou ir embora de uma vez, porque sua consulta estava sendo prejudicada. A garotinha já não precisava mais de banho, porque mesmo imunda de tanto se enrolar pelo piso e paredes, estava absolutamente encharcada com a água de uma meia dúzia de copos derramados sobre seu corpo, consequência da falta de pontaria, e do excesso de brincadeira com o bebedouro, nas tentativas de matar o que dizia ser a sede. “Dona Alzira!”. “Por favor, senhora Alzira Barbalho!”, insistia a voz do corredor. Meio atordoada, e amparada pela filha, a velhota se dirigiu à sala do médico que a chamava. O caos se instaurou, então, naquele abençoado recinto. A velhota, nem pensar, não sabia dizer ao doutor o que sentia. Mas, junto da filha, que tentava explicar a doença da mãe, falava ao mesmo tempo confundindo ditongos, fonemas, e compreensões. A menininha, que fofa, experimentava números circenses sobre a mesa, cadeiras, maca, e até um pequeno armário (com portas de vidro!), no qual se guardavam amostras de remédios. Mãe e filha discutiam, a garota derrubou várias coisas e o barulho somou-se à tentativa de diálogo; o médico começou a gritar para se impor. E, finalmente, depois de cerca de 8 minutos de batalha linguística, diria mesmo neurolinguistica, o médico dispensou todo mundo sem ao menos saber o mal que acometia sua idosa cliente. Negou-se a continuar. Literalmente, e como bom dermatologista, seus nervos estavam “à flor da pele”. De volta à sala de espera, extenuada, abatida, debilitada por toda aquela confusão, a mulher quarentona só teve tempo de desabafar: “Meu Deus, que dor de cabeça!”. Ao que, prontamente a recepcionista acrescentou: “Senhora! quer que eu marque uma consulta para a senhora?” Não houve tempo para a resposta. A porta bateu mais rápido, e lá fora as três mulheres buscavam o caminho de volta...
Caminhos da Argentina El maestro tomó en brazos al bebé de una alumna
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Norberto Worobeizyk
Fotos e texto blog do colunista
Los maestros siempre tienen un componente vocacional que va más allá de su contrato y sus conocimientos. Hacen mucho más de lo que se les pide por ley. Se vuelcan en el aprendizaje de sus alumnos y quieren para ellos un futuro mejor. Sin duda esto es lo que motivó a Julio Cruz, un maestro argentino, a tomar en brazos a un bebé en el aula. Era el recién nacido de una alumna que llevó a su hijo a la clase porque no tenía modo de dejarlo al cuidado de otra persona mientras ella estaba en la escuela. Julio Cruz no tuvo inconveniente en que la mamá entrara en el instituto con su pequeño en brazos. Pero dio un paso más: para que la mamá pudiera seguir las clases con normalidad y pudiera leer con atención y escribir, este maestro tomó al niño y lo sostuvo durante el rato que se hizo necesario. Un futuro mejor para la joven mamá Una lección más de este docente, con años de experiencia a sus espaldas, que mostró empatía al darse cuenta de la situación de la joven y valorar que su cometido, más allá de lo que marcan las normas legales, era ayudar a la alumna. Parece que el bebé estuvo a gusto porque no lloró cuando Julio Cruz lo tomó en brazos. Ariel Bahiano Figueroa, ex operador de Canal 5 Interior – Super Canal, que vive en Tucumán (Argentina) publicó hace unos días en su Facebook la imagen del maestro con el bebé en brazos. En esa fotografía (direita) se recoge la posibilidad de dar un futuro mejor a una joven madre y a su familia. Ella puede así seguir sus estudios y aspirar a un trabajo con el que sostener a su hijo.
Fuente: Dolors Massot Julio Cruz y el bebé de su alumna en brazos.