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Katia Brito 57 e

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Laerte Temple 55 e

Laerte Temple 55 e

Série traz diferentes depoimentos sobre as muitas velhices vividas ao redor do mundo

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Martin Scorsese fala do amor vivido depois dos 50 anos, ao lado da filha Francesca tornou pai pela terceira vez por volta dos 50 anos. Sua esposa Helen S. Morris tem Parkinson. A série mostra essa história de amor, que se mantém, enfrentando a doença. Ele também fala dos desafios da carreira, dos não recebidos no começo, e como seguiu em frente e construiu sua vitoriosa carreira no cinema, com clássicos como Taxi Driver, Os Bons Companheiros, Os Infiltrados, entre outros. Ao longo dos episódios, histórias como de Estela Barnes de Carolotto, fundadora do Movimento das Mães da Plaza de Mayo, que teve a filha grávida presa pela ditadura argentina e só encontrou o neto mais de 30 anos depois. E Vito Fiorino se redescobriu pai ao salvar crianças africanas de um naufrágio próximo da ilha de Lampedusa, na Itália. A primatologista Jane Goodall, de 87 anos, que continua trabalhando pela conservação e proteção de animais. Destaque também para a história da mulher, que foi uma das primeiras crianças negras a frequentarem uma escola para brancos nos Estados Unidos, e viajou o país para encontrar a mulher hoje proprietária da fazenda onde seus ancestrais viveram escravizados. E ainda a paraquedista de 88 anos que vive se aventurando, em homenagem ao filho falecido. Mostrando também que não se trata de uma questão religiosa, há o depoimento de um chef judeu de Jerusalém, e de uma artista nigeriana, que fugiu ainda adolescente de um casamento arranjado, e volta ao seu local de origem para ensinar o trabalho com tecidos e a criação de estampas, e viver a sua fé em sua religião africana. Uma série muito bacana que traz diferentes vivências e culturas, reforçando que são muitas as velhices, como também a vivida pelo papa Francisco, que tem 85 anos.

Declínio cognitivo subjetivo o que é esta condição clínica?

O declínio cognitivo afeta o envelhecimento?

Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

No processo de envelhecimento precisamos estar atentos tanto para as características físicas como para a cognição. A capacidade cognitiva é um forte indicador de saúde, pois está relacionada ao processamento de informações, memória, análise, aprendizado, entre outros. Com o envelhecimento há um declínio natural na cognição e variáveis como escolaridade, doenças prévias, morar sozinho e o tabagismo podem ser considerados fatores de risco para um declínio cognitivo mais acentuado. O declínio cognitivo pode ser considerado o estado transitório entre o envelhecimento cognitivo natural e a demência. As pessoas que apresentam declínio cognitivo elevado podem ter um aumento no risco de resultados adversos à saúde e uma piora na qualidade de vida, em outras palavras, as atividades pessoais, sociais e ocupacionais podem sofrer mudanças, e uma consequência seria a perda da independência e autonomia. O Declínio Cognitivo Subjetivo (DCS) é uma queixa constante que uma pessoa tem em relação a sua cognição, mas que não apresenta nenhuma perda, ou seja, mesmo tendo queixas cognitivas, quando avaliado não apresenta anormalidades. É importante destacar que essas queixas podem estar associadas a uma pior qualidade de vida. Por outro lado, o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) é uma queixa cognitiva que pode ser confirmada através da avaliação de diferentes domínios cognitivos e tem um leve impacto nas atividades de vida diária, em atividades mais complexas, mas sem prejudicar a independência e autonomia do indivíduo. Em seu estudo Merlin (2021) relatou três critérios para

DCS:

1) Declínio cognitivo e persistente das capacidades cognitivas, associado ao desempenho normal nos testes cogniti-

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