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Thais B. Lima 53 e
nadas a dessaturação do oxigênio na corrente sanguínea, que automaticamente, compromete as funções cognitivas no cérebro.
Além disso, a neuropsicóloga Lívia Stocco Sanches Valentin relata que os primeiros sintomas perceptíveis na perda de memória é quando o sujeito começa a identificar alterações na linguagem e na memória de curto prazo, na qual apresentam esquecimentos, dificuldade na pronúncia das palavras e até na memória implícita, onde os indivíduos têm dificuldades nas funções motoras, tais como dirigir, andar de bicicleta, tocar um instrumento musical e entre outras tarefas do cotidiano. A neuropsicóloga também destaca a necessidade de realizar atividades físicas, tais como: caminhadas, exercícios aeróbicos, Yoga, Pilates - para melhorar a oxigenação do cérebro. Além disso, outras dicas dada pela pesquisadora, foram realizar exercícios de treino e estimulação cognitiva, tais como: jogos online, quebra-cabeça, dominó, baralho, palavras-cruzadas, caça-palavras e entre outras atividades que exercitem o cérebro e ajudem na reabilitação dos indivíduos. Por outro lado, é indispensável a consulta com um médico especialista que irá avaliar cada caso com suas individualidades e necessidades para uma boa recuperação e reversão nos casos de sequelas mais graves após a Covid-19. Referências bibliográficas Nalbandian, A., Sehgal, K., Gupta, A., Madhavan, M. V., McGroder, C., Stevens, J. S., ... & Wan, E. Y. (2021). Post-acute COVID-19 syndrome. Nature medicine, 27(4), 601-615. Heneka, M. T., Golenbock, D., Latz, E., Morgan, D., & Brown, R. (2020). Immediate and long-term consequences of COVID-19 infections for the development of neurological disease. Alzheimer’s research & therapy, 12(1), 69. https://doi. org/10.1186/s13195-020-00640-3 InCor - HCFMUSP. (2021). Estudo inédito no mundo realizado no InCor mostra que pacientes que tiveram Covid-19 podem sofrer disfunções cognitivas. Recuperado em: https://www.incor.usp.br/sites/incor2013/docs/2021_Fevereiro_Estudo_Mental_Plus.pdf. Acesso em: 26 jan. 2022.
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Assina esse artigo Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo. Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera
Laços de família Como lidar com a ansiedade
Anita Tarasiewicz
A ansiedade e os transtornos de ansiedade são um conjunto de doenças psiquiátricas marcadas pela preocupação excessiva ou constante de que algo negativo vai acontecer. Durante a pandemia houve um aumento exponencial de pessoas ansiosas ao redor do mundo. Muitos, com medo de contrair COVID e morrer ou de ter seqüelas graves, em função da doença. Veja quais são principais sintomas que podem estar relacionados a transtornos de ansiedade, e merecem atenção: Enxergar perigo em tudo; apetite desregulado;alterações de sono; sentir tensão muscular; problemas digestivos, ter medo de falar em público; preocupações em excesso; ficar sempre próximo a um ataque de nervos; medos irracionais; inquietação constante; sudorese excessiva, pensamentos obsessivos; perfeccionismo. Ansiedade pode ser considerada como uma emoção de alarme, que se encontra associada a sensações de angústia, tensão, insegurança, que sendo freqüentes e/ou intensas e incontroláveis, causam mal estar importante. A pessoa que sofre de ansiedade, sente-se angustiada, ameaçada, bloqueada, mesmo sem conseguir identificar o motivo que lhe está causando o mal estar. Ou seja, vez ou outra, todos nós nos sentimos ansiosos, seja porque vai fazer algo que nunca fez antes, apresentar um trabalho, uma reunião importante, etc. No entanto, quando a ansiedade fica forte ao ponto de prejudicar o dia a dia dessa pessoa, impossibilitando-a de realizar atividades corriqueiras e trazendo sofrimento emocional, existe algo mais sério a se observar. Para que a ansiedade não evolua para um transtorno mental, é importante ficar atento aos seus sintomas e modificar a sua forma de enfrentá-la e isso acontece no dia a dia, em várias ações. Hoje em dia, nossa ansiedade é desencadeada muito por fatores psicológicos, não tendo por onde escoar essa energia. É então que ficamos tensos, paralisados e não sabemos o que fazer. Se isso acontece poucas vezes ou não traz sofrimento emocional constante, tudo bem, é normal e você vai conseguir encarar. A ansiedade, como sentimento, pode ser controlada se in-
Foto: freepik.com corporamos alguns hábitos na nossa rotina, identificando alguns gatilhos que a desencadeiam e lidando com eles de forma a mitigar os danos do estado ansioso prolongado. As dicas a seguir vão ajudar você bastante nisso. Algumas delas parecem ser bem óbvias, mas costumamos não nos dar conta delas quando ansiosos. Portanto, leia com atenção cada uma das dicas e tente incorporá-las no seu dia a dia, tanto evitar e amenizar a ansiedade quanto para não deixá-la tomar proporções maiores. 1. Procure organizar sua rotina diariamente A organização é a maior inimiga da ansiedade. Quando deixamos tudo organizado, sabendo exatamente o que temos de executar e onde procurar, tudo fica mais tranquilo. Caso contrário, você vai se sentir no meio de uma pilha de coisas para fazer que podem tomar proporções assustadoras, muito maiores do que realmente são. Procure colocar as coisas num papel ou cronograma para enxergar o tamanho real de seus afazeres. Também é importante salientar que ser organizado não é querer que o mundo caiba na sua agenda. Imprevistos acontecem e você poderá lidar com eles. 2. Invista no autoconhecimento Somos muito parecidos em muitas coisas, mas cada pessoa tem sua própria maneira de pensar e agir. Portanto, conhecer-se é fundamental. Não se espelhe nos outros para saber o que fazer. Olhe para si mesmo e aprenda sua própria maneira de reagir e lidar com as coisas. Assim, também é um bom método de encontrar quais são os seus gatilhos para ansiedade, ou seja, aquelas situações que podem indicar um estado ansioso. 3. Procure entender seus pensamentos e sentimentos Conversar consigo mesmo é um bom exercício. Sempre que sentir algo, procure entender o que originou aquele sentimento ou pensamento, para identificar quais as coisas relacionadas com tal estado emocional. 4. Aprenda e controle a sua própria respiração A respiração é um dos pontos mais importantes quando falamos de ansiedade. O controle da respiração tem a capacidade de induzir ou acabar com uma crise de ansiedade, de tão poderosa que é. Portanto, ao sentir que está em um ritmo respiratório muito acelerado, procure reduzir a intensidade da respiração, puxando-a para o abdômen e tirando aquela pressão de ar do peito. Inspire e respire profundamente, para conectar-se consigo mesmo e não se deixar levar pelo estado ansioso. 5. Desconfie de seus pensamentos negativos Geralmente, a ansiedade traz consigo uma série de pensamentos negativos, de que as coisas vão dar errado e que o pior vai acontecer, mas muitas vezes, são só suposições superestimadas do próprio medo. Quando os pensamentos negativos invadirem a sua cabeça, desconfie deles e coloque-os na possibilidade real, sem ficar confabulando sobre o que poderá ser ou poderia ter sido. 6. Não se exija tanto assim Ainda na linha das percepções sobre si mesmo, tome cuidado para não se cobrar demais. Cada um de nós possui um tempo
próprio de desenvolvimento pessoal. 7. Atenção especial à alimentação Não é difícil que pessoas ansiosas encontrem na comida o refúgio para a sua ansiedade, em busca de um prazer imediato para alívio da tensão, até porque isso é científico, já que alimentos doces e ricos em gordura liberam triptofano, essencial para o trabalho da serotonina – hormônio da satisfação. No entanto, existem alimentos muito mais saudáveis com altas doses de triptofano, como peixes ricos em ômega-3, oleaginosas (especialmente a Castanha-do-Pará, ovos e até mesmo chocolate amargo. Que tal substituir? 8. Não esqueça das atividades físicas Encontre a sua atividade física preferida e pratique-a para aumentar a saúde do seu corpo e o seu bem-estar. Os exercícios ajudam no controle da ansiedade, pois auxiliam na liberação da tensão acumulada, proporcionando mais relaxamento e ritmos cardíacos mais brandos na hora de repouso. Pode ser caminhada, corrida, natação, academia, em casa ou ao ar livre: o importante é eleger uma atividade que você possa fazer algumas vezes na semana. Os benefícios são gigantescos! 9- Encontre um hobby ou uma atividade praze-
rosa
Precisamos ter atividades que nos tragam relaxamento e interesse e uma dessas atividades pode vir através dos hobbies. Hoje, é possível encontrar e se aprofundar em uma série de hobbies através de vídeos no YouTube e grupos de discussão sobre o tema em diversos meios. Ache a sua atividade preferida e dedique-se a ela no seu tempo livre! Caso ainda não tenha encontrado a sua, separe algum momento do dia ou da semana para fazer algo que você goste muito. 10. Valorize os amigos e a família A nossa rede de apoio é fundamental para o controle da ansiedade e também no tratamento de qualquer transtorno mental. Ter com quem contar, sejam amigos ou parentes, fortalecer laços e vínculos e valorizar quem está perto é muito importante. 11. Cuidado com álcool, tabaco e maconha Todas essas substâncias são prejudiciais quando consumidas em excesso. Apesar de que todas elas parecem induzir a pessoa a um estado de relaxamento momentâneo, não demora muito para os efeitos contrários aparecerem. O álcool pode deixar você eufórico e depois relaxado, mas essa sensação passa junto com a bebedeira e, no dia seguinte, a ansiedade pode ser bastante grande. O mesmo acontece com a maconha, que apesar de induzir a um relaxamento, pode desencadear, inclusive, crises de ansiedade e pânico, piorando o