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Malu Navarro Diferentes, contudo iguais 24 a

Malu Navarro Gomes

Especialista em Psicopedagogia e Neuropedagogia psicopedagógicas conforme necessiades e objetivos específicos Troca de informações, orientações sobre dinâmicas e atividades apropriadas ao idoso.

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e qualquer pessoa, assim como o prazer resultante desses atos passam a ser um dos principais objetivos a se conquistar – mas isso é fruto de um processo, de vivências. As relações sociais caracterizam a espécie humana pelo modo como influenciam o comportamento pessoal. Inicialmente pela relação familiar, por meio da atenção amorosa dos pais e demais parentes, cria-se um primeiro contorno, tanto em termos físicos quanto principalmente, de ordem afetiva e será sobre essa base que as crianças desenvolverão suas potencialidades. Depois, pelo contexto escolar e envolvimento com outros grupos sociais, cada um vai se moldando conforme o que julga ser adequado. Ensaio e erro, aprovação e rejeição, verdades e mentiras, segredos, intuições, desejos, raiva, bondade, maldade, temor, vergonha, orgulho, prazer, dor, compaixão, empatia, fé, força de vontade etc., qualificam a pessoa a ser, pensar e agir de uma determinada forma. Refletíamos que o ser humano possui uma gama de qualidades, umas já afloradas e outras, muitas vezes embotadas, aguardando germinar e, se bem cultivadas, se tornam visíveis. Todos iguais, embora diferentes. Concluíamos que, colocar-se a serviço das pessoas demonstrando, com carinho, paciência, interesse e a real convicção de que elas podem transformar suas realidades para melhor e assim contribuir para a evolução do todo social, é missão de vida.

A iniciativa do Manoel Carlos Conti em criar uma revista juntamente com esta equipe de profissionais das áreas da saúde, educação, arquitetura, engenharia, urbanismo, mecânica, sociologia e outras mais, propõe-se a divulgar ideias, exemplos de vida, descobertas e avanços obtidos junto aos segmentos da população tidos como minorias diferenciadas – pela cor de sua pele; por alguma alteração física, mental ou emocional que apresenta; pelo gênero que possui e ao qual não se adapta; pela imigração etc. – por acreditarmos ser esta uma forma de propagar a certeza de que somos todos iguais apesar das diferenças.

Conversa de Amigo Sou Bruno Agá...

Fotos enviados pelo colunista

Bruno Henrique dos Santos

Prazer, sou Bruno Henrique dos Santos, mais conhecido como Bruno Agá. Tenho 31 anos de idade e sou deficiente físico, paralisia cerebral. Acredito que a maioria de vocês, leitores, saiba o que isso significa. No entanto, como não os conheço, vou explicar rapidamente o que ocorreu para que eu tenha paralisia cerebral. No meu caso a falta de oxigênio no cérebro em meu nascimento, causou lesões irreversíveis na região motora impedindo-me, inclusive de falar. Inúmeros neurônios morreram pela falta de oxigênio. Assim, nasci com paralisia cerebral. Sou capaz de fazer alguns movimentos corporais, mas não ando me locomovo graças à cadeira de rodas e para chegar a isso, tive que fazer inúmeras cirurgias e tratamentos intensivos. Minha fala é ininteligível e, para me comunicar diretamente com as pessoas uso uma prancha acoplada em minha cadeira com desenhos, palavras escritas que traduzem o significado dos desenhos, além de letras e números. Para conversar, olho para esses símbolos e vou “escrevendo” o que quero falar. Isso significa que ao dialogar comigo, no primeiro momento vocês provavelmente não conseguirão me entender, principalmente se tiverem pressa porque leva um tempo para que o cérebro de vocês se habitue como meu “modo de falar”.

Sobre minha vida profissional Fiz parte do Grupo Teatral Trupe Rodapé ao longo de 12 anos e ao final desse tempo fomos reconhecidos como atores pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo. Posso dizer, com certeza, que somos os primeiros atores brasileiros com paralisia cerebral que possuem o DRT, um certificado de profissionalização. A Trupe Rodapé, infelizmente terminou sua jornada em janeiro de 2019. Com isso os atores ficaram sem opção de trabalho. Então eu precisei me reinventar. Em fevereiro daquele mesmo ano iniciei minha vida de empreendedor na área de vendas de doces caseiros, com a minha primeira empresa informal, a S&B Doces caseiros. Eram doces

Revista Livre Acesso #1 - Setembro/2021 - pág.27

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