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Ricardo Mesquita Acessibilidade já 19 a

Foto: Ricardo Mesquita

Reparem que quando oferecemos a segurança necessária temos mais bikes que carros nas ruas...

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torne acessível, o volume da clientela aumenta, pois além das pessoas com deficiências físicas e sensoriais, outros segmentos percebem seu acesso facilitado, como os obesos, as gestantes, as pessoas idosas, as pessoas com deficiência temporária, convalescentes, principalmente em tempos após pandemias, enfim uma parcela significativa da população com mobilidade reduzida e com o tempo a todos que tivermos a sorte de ficar idosos. A título de demonstração, nos EUA existem estatísticas de que, para cada dólar investido em acessibilidade, há um retorno de sete. Por fim, e talvez os dois principais óbices ao cumprimento das normas e leis pertinentes à acessibilidade, sejam a desinformação a respeito delas e a falta de união entre as entidades de classe representantes dos interesses e ações das pessoas com deficiência e os representantes políticos. A quebra de paradigmas acadêmicos, incluindo na formação os conceitos de Desenho Universal, Acessibilidade e Inclusão Social nos cursos de Arquitetura, Desenho Industrial, Engenharia Civil, Mecânica e da Computação entre outros, formaria profissionais preparados para desenvolver projetos, equipamentos, mobiliários, veículos e ambientes adequados às diferentes necessidades e formas de uso, pois se sabe que quando um elemento é pensado de forma a ser adequado às diferenças antropométricas de uso, o custo é praticamente o mesmo de um elemento convencional, ao passo que, quando é necessário executarem-se adaptações posteriores, encontram-se diversos entraves, principalmente os de ordem econômica.

“Posso aceitar que a pessoa com deficiência seja vítima do destino, só não posso aceitar que seja vítima também da nossa indiferença” JFK.

Arquiteto e Urbanista Ricardo Tempel Mesquita CAU A78906-2 (41)3277-5299 / 98536-6059 (WhatsApp) arqmesquita@gmail.com

nosso olhar É a pessoa com deficiência que precisa se adaptar à instituição de ensino ou é a escola que deve estar pronta para recebê-la?

Thaissa Alvarenga Fundadora da ONG Nosso Olhar e empreendedora social

Educação inclusiva é muito mais do que rampas, elevadores, carteiras adaptadas, piso tátil direcional ou placas em braille nas portas Este rapaz nas fotos é o Gil, um estudante universitário no curso de jornalismo. As fotos foram tiradas em frente à instituição onde ele estudava. A rampa fica ao lado dessa grande escada. Bom, então talvez você possa pensar: problema resolvido para uma pessoa com deficiência que usa cadeira de rodas, certo? A realidade é que na prática, não é tão simples assim. Para chegar até a faculdade, Gil percorreu um longo trajeto de ônibus, depois nas ruas e calçadas e após subir pela rampa, entrou em um elevador que tem um adesivo indicando que é somente para pessoas com deficiência, mas que é usado por pessoas que não têm deficiência. Gil então, saiu do elevador e entrou na sala, porém sua carteira adaptada não estava lá. Mais uma vez, ele teve que chamar um funcionário para solicitar algo que nem devia ter sido retirado do lugar. Os desafios do ensino inclusivo, no Brasil, vão muito além de rampas, elevadores, carteiras adaptadas, piso tátil direcional ou placas em braile nas portas. Recentemente Gustavo, de 9 anos, Fotos enviados pelo colunista

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