2
• janeiro | fevereiro
COMO CHEGAREMOS AO FINAL DESTA ETAPA? Chegou 2017, e este ano vem cheio de grandes expectativas em todos os segmentos e cenários. Em 2016, tivemos grandes mudanças, que devem continuar repercutindo e surtindo efeitos neste ano, em que poucas vezes as varáveis nos contextos político e econômico foram tantas e tão influentes em nossos planejamentos. Os rumos de nossa economia e cenário político serão colocados à prova de maneira contundente e imediata. Portanto, com certeza este não será um ano que começa “só depois do carnaval”, como era de praxe comentarmos e praticarmos. Reformas, PECs, delações, acordos políticos, um pacote completo para testar nossas habilidades e capacidade para enfrentar situações adversas. E este ano começa com dois eventos importantes para o sucesso dos nossos negócios - a feira de calçados e artefatos Couromoda, que acontece de 15 a 18 de janeiro, e o salão de tendências da indústria de base Inspiramais, nos dias 16 e 17 de janeiro, ambas em São Paulo/SP. A Couromoda traz consigo o momento de colocarmos para apreciação do mercado todo o árduo e extenso trabalho de desenvolvimento das coleções outono-inverno 2017, concretizando de maneira definitiva as negociações entre fabricantes e lojistas. Já a Inspiramais nos remete para o planejamento da coleção primavera-verão 2017/18 (sim, o trabalho não para nunca), reunindo os principais fornecedores e tendências de matérias-primas e componentes em um único espaço, em um show de tecnologia e inovação. Tecnologia e inovação nunca são demais, e quem pode falar disso com toda autoridade é o segmento de calçados esportivos, tema da Reportagem Especial desta edição. O setor vem se empenhando como poucos em apresentar inovações e novas tecnologias em todos os aspectos dos produtos, seja em solados, palmilhas ou cabedais, tornando-se, sem dúvida, uma referência a ser seguida. Os desafios são muitos, mas os caminhos e alternativas se apresentam na mesma proporção e de maneira igual para todos. Vai ser difícil? Com certeza. Impossível? De maneira alguma. Como em todos os momentos similares pelos quais já passamos, haverão vencedores e vencidos, líderes e seguidores. E você, como vai querer chegar ao final de mais esta etapa?
Claudio Chies Presidente do Conselho Deliberativo
Página 12 Página 40 Página 48 Página 61
4
40
46
12
68
MERCADO Lançamentos do inverno 2017
Página 06
EXPEDIENTE
Página 08
AGENDA
REPORTAGEM ESPECIAL Tecnologia para esportivos
Página 34
NOTAS
Página 56
OPINIÃO
INSTITUCIONAL Gestão do IBTeC é reeleita
Página 58
CB-11
Página 68
ARTIGOS
TECNOLOGIA Sistema para impressão 3D
Página 86
GUIA
Página 87
CADERNO
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
5
janeiro | fevereiro •
7
Março 40 GRAUS 6, 7 e 8 Natal/RN www.feira40graus.com.br
Maio SICC 22, 23 e 24 Gramado/RS www.sicc.com.br
FIMEC 14, 15 e 16 Novo Hamburgo/RS www.fimec.com.br
Julho FRANCAL 2, 3, 4 e 5 São Paulo/SP www.feirafrancal.com.br
Abril PREVENSUL 26, 27 e 28 Porto Alegre/RS www.protecaoeventos.com.br
INSPIRAMAIS Data a confirmar São Paulo/SP www.inspiramais.com.br
Agosto EXPOPROTEÇÃO 16, 17 e 18 São Paulo/SP www.protecaoeventos.com.br Setembro SEINCC 12, 13 e 14 São João Batista/SC www.sincasjb.com.br Outubro MAQUINTEX 3, 4, 5 e 6 Fortaleza/CE www.maquintex.com.br
Obs.: o calendário de feiras é elaborado com informações obtidas através dos sites das organizadoras e pode sofrer alterações.
8
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
9
10
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
11
12
• janeiro | fevereiro
ISTOCK/DIVULGAÇÃO
MERCADO
controladas A
QuinTex - aliança de distribuição e venda entre os fabricantes de classe mundial, Quinorgan e Texon, com materiais termoplástico de contrafortes e couraças - traz ao mercado brasileiro alta qualidade em reprodução e manutenção do formato da fôrma, que visam à melhoria na qualidade do calçado. “Todos os produtos são isentos de substâncias restritas, ponto que cada vez se torna mais relevante quando produzimos um bom calçado”, salienta Evandro Sommer, do depertamento de marketing, destacando ainda que estes são os pontos-chave do crescimento da empresa no mercado mundial. Segundo Sommer, os produtos da linha Diana T, Bravo e QTS apresentam na sua formulação 100% de matéria-prima controlada, garantindo uma
Inclusão de deficientes auditivos
M
antendo o compromisso com a inclusão e a preocupação com a capacitação e aperfeiçoamento de seus colaboradores, a JBS Couros encerrou no último mês de dezembro o primeiro curso de libras para a equipe de supervisores da unidade de Montenegro/RS. As aulas, ministradas por um professor que ensina a linguagem básica para o diálogo que a atividade da empresa demanda, têm como objetivo aprimorar a comunicação da liderança com os funcionários com deficiência auditiva recém-contratados e os que já atuam na planta. Atualmente, a unidade conta com quatro colaboradores nesta condição e há planos de aumentar o quadro de pessoas portadores de deficiência (PCD) na unidade. “Além da contratação de novos trabalhadores com deficiência, queremos que esses colaboradores se sintam realmente integrados e parte do time JBS. Iniciativas como essa demonstram a nossa preocupação constante com as pessoas, que são o maior ativo de uma companhia”, afirma Jaqueline Freitas, responsável pelo recrutamento e seleção dos profissionais na unidade de Montenegro, que abriu vagas para PCDs em áreas como RH, expedição, classificação do couro, produção e controle de produção, que foram mapeadas e preparadas para que essas pessoas possam atuar na planta.
FOTO DIVULGAÇÃO
USO DE MATÉRIAS-PRIMAS
eficiência, uniformidade e melhor performance na reprodução do formato, memória e segurança no calçado. “Nos colocamos à disposição para maiores informações e visitas técnicas que podem comprovar a eficiência, o fácil uso e manuseio dos produtos, que ajudarão as empresas na eficiência de sua produção e melhoria da qualidade final do calçado”, finaliza.
Lançamentos e portfólio em
PU
A
Dow apresentou suas mais recentes inovações em poliuretano durante a Feipur, que aconteceu entre 8 e 10 de novembro de 2016, em São Paulo/ SP. São soluções que trazem benefícios ao meio ambiente e garantem melhor desempenho e produtividade para mercados bastante diversificados, como o de calçados, mobiliário e construção civil. Com 60 anos de atuação no Brasil, a empresa oferece um portfólio abrangente de tecnologias e soluções personalizadas em diferentes áreas de negócio: - DurableScience, que oferecem durabilidade, resistência e melhor produtividade para diversos mercados, reforçando sua posição de líder global no fornecimento de soluções de poliuretano: - ComfortScience, para levar mais conforto e comodidade ao consumidor final; - InsulationScience, para garantir eficiência energética a diversas indústrias. Para o mercado de calçados, fornece, por exemplo, a tecnologia Voralast para solas e entressolas de calçados que proporciona leveza, melhora a durabilidade e o desempenho, oferecendo a sensação de bem-estar ao caminhar.
janeiro | fevereiro •
13
AXXON GROUP
adquire controle da Usaflex A Usaflex, pioneira e líder na fabricação de calçados femininos com conforto, inovação e moda, anunciou a venda de 69% do controle de sua operação para a WSC Participações, empresa controlada pelo fundo de Private Equity Axxon Group em parceria com o co-investidor Sergio Bocayuva. Com a nova gestão, a Usaflex passa a ter Bocayuva como seu novo CEO, além de dois novos diretores (Marcelo Cavalheiro e Mafaldo Jr.), ex-sócios do Axxon Group no Mundo Verde, acrescentando à gestão da empresa experiência nos mercados de varejo e franquias. Os atuais diretores bem como seus fundadores permanecem na operação, com destaque para Juersi Lauck, sócio-fundador da Usaflex, que se dedicará principalmente à área de P&D e as atividades inerentes à transição do novo time de gestão e à formação do novo Conselho de Administração. A Usaflex possui sete unidades inA empresa gaúcha produz 25 mil pares/dia e se consolidu no nicho
FOTO DIVULGAÇÃO
de conforto
14
• janeiro | fevereiro
dustriais localizadas estrategicamente nos Vales dos Sinos e Paranhana, no estado do Rio Grande do Sul, e conta com 2,8 mil colaboradores. Produz diariamente 25 mil pares de calçados e sua distribuição é feita por uma plataforma multicanal composta por 7,7 mil lojas multimarcas e 111 lojas fidelizadas (lojas exclusivas de produtos Usaflex). Além disso, a empresa exporta seus produtos para os EUA, Oriente Médio e países das Américas Central e do Sul.
Desafios Os novos gestores planejam um crescimento acelerado para o futuro. Segundo Bocayuva, o plano estratégico está baseado na ampliação do perfil das consumidoras e maior ênfase na relação moda/conforto, suportado por investimentos em marketing e tecnologia, bem como no fortalecimento do canal franquias. “Nesse ponto, o objetivo é modernizar e transformar as 111 lojas fidelizadas, chegando a 340 unidades franqueadas no prazo de seis anos”, declara. Segundo o executivo, haverá também investimentos em BI (Business Intelligence) e ferramentas de gestão
para reforço e crescimento de market share no canal multimarca, inclusive através de iniciativas B2B específicas. Adicionalmente, o novo time de gestão pretende realizar investimentos na ampliação das plantas atuais, além da criação de outras duas unidades industriais. Com isto, a empresa deve saltar do atuais R$ 300 milhões de faturamento anual para em torno de R$ 750 milhões até 2022, dobrando o faturamento nas lojas multimarcas e elevando a participação do canal franquias para 35% das vendas totais. Bocayuva destaca também que a empresa já tem hoje um posicionamento consolidado no Brasil, com uma marca renomada e um público extremamente leal no segmento conforto, a nível nacional. Segundo ele, tal posição se deve a um modelo de gestão diferenciado, onde executivos e colaboradores demonstram total comprometimento com valores como inovação, tecnologia, qualidade e sustentabilidade. A partir do investimento da WSC na empresa, serão também adotadas práticas de governança corporativa em linha com o modelo adotado por companhias de capital aberto. Para Juersi Lauck, a entrada dos novos investidores não só irá fortalecer um processo de melhoria de governança iniciado em 2013 como também possibilitará a injeção do capital necessário para suportar um crescimento acelerado da empresa. “A aquisição nos possibilitará aproveitar novas oportunidades de mercado, não descartando, inclusive, uma possível abertura de capital no futuro. Mas isso só deveria ocorrer num prazo estimado de cinco a sete anos, após o amadurecimento dos investimentos realizados e da retomada do varejo nacional”, finaliza.
COLUNA
EPIs
Proteção nos detalhes
Marcos Braga de Oliveira
Técnico Químico da divisão de EPIs – Luvas e Vestimentas do IBTeC
E
m uma indústria, sempre há uma grande disponibilidade de modelos diferentes de equipamentos de proteção individual, os EPIs, que podem ser escolhidos. Através de uma olhada rápida chama a atenção à semelhança entre cada artigo. Vários modelos de luva, por exemplo, parecem iguais. A diferença reside no detalhe. O problema é que, em muitos casos, há falta de conhecimento sobre o assunto o que prejudica a escolha correta do EPI. Não são todas as empresas, por lei, que precisam ter um técnico de segurança do trabalho, e mesmo as que possuem podem ter dificuldades no entendimento das características de proteção ofertadas no mercado devido à grande variedade. Para ser comercializado, o EPI necessita do Certificado de Aprovação (CA). Uma das etapas na obtenção do CA são os testes de acordo com as normas correspondentes ao artigo de proteção. Cada conjunto de normas tem exigências de marcação que devem estar claras no EPI na forma de etiquetas ou impressões e define a proteção ofertada. As normas voltadas a luvas e vestimentas, por exemplo, utilizam pictogramas seguidos por códigos de números e letras, já as normas referentes aos calçados de proteção utilizam simbologias (conjunto de letras). Em uma luva marcada com o pictograma de riscos mecânicos, o segundo número expresso abaixo representa o
ensaio de corte, em uma escala que vai de 0 a 5 (maior a numeração, maior a proteção). Logo, se a indústria lida com materiais cortantes, a atenção deve ser voltada a esse detalhe na escolha do EPI a ser oferecido aos funcionários. Um calçado cuja sola traz as marcações FO e SRB ou SRC, tem o solado resistente à degradação por óleo combustível bem como é resistente ao deslizamento em pisos metálicos contaminados com óleo, ou seja, características buscadas para calçados fornecidos a mecânicos e frentistas, além da indústria petroleira. De tal forma, entender essas marcações se torna vital na escolha do artigo de proteção ideal. Contudo, vale ressaltar que existem centenas de marcações distintas, o que exige cursos preparatórios adequados ou pesquisa mais detalhada sobre o assunto. Felizmente, as próprias empresas que fornecem EPIs têm informativos e profissionais para orientações. Os laboratórios credenciados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também são fontes de informações desse gênero e podem ser buscados quando há dúvidas. Como em muitos casos, entender o detalhe e ter conhecimento é fundamental. Exigir EPIs com o CA válido e as devidas marcações é essencial, além disso, acidentes e futuros transtornos podem ser evitados buscando a correta orientação sobre essas marcações.
janeiro | fevereiro •
15
FABRICAÇÃO NACIONAL
e design parisiense A
Prêmio Ecoera
Em novembro, a empresa foi a primeira colocada do Prêmio Ecoera na Categoria Pequenas Empresas, iniciativa que reconhece companhias dos setores de moda, beleza e design que sejam inspiradoras e multiplicadoras de práticas conscientes em toda a cadeia produtiva. Idealizada pela consultora Chiara Gadaleta, a premiação objetiva chamar a atenção do mercado de moda, beleza e design para as práticas conscientes e criar um panorama da indústria brasileira com indicadores de sustentabilidade. A metodologia para a premiação é do Sistema B, movimento global que certifica empresas e atua em mais de 50 países.
Edição limitada traz modelos de
FOTO DIVULGAÇÃO
Vert, marca franco-brasileira de tênis, traz ao mercado brasileiro uma edição limitada de três modelos infantis com design parisiense, fabricação e matéria-prima 100% nacional. O modelo Esplar Small é uma versão infantil do clássico Esplar e está disponível em três variações. Tricolor: nas cores da bandeira francesa que é a combinação escolhida para comemorar os 10 anos da marca na Europa e considerado um clássico da grife. O Petale em tom pastel rosa claro e o Polka dots, clássico francês, com referências aos anos 1950, modelo poá (também conhecida como petit-pois ou polka dot), na cor marsala com detalhes em rosa. Todos os modelos apresentam forros de lona de algodão orgânico, cultivado por produtores familiares do Nordeste brasileiro, sem a utilização de agrotóxicos. São produzidos em couro com alto rigor de qualidade. A palmilha e a sola são fabricadas com borracha selvagem da Amazônia. Os tênis podem ser adquiridos com exclusividade no site da Vert (www.vert-shoes.com.br) com numeração do 21 ao 37.
tênis infantis com matéria-prima brasileira
N
FOTO JOÃO SAL
Denim com aspectos inovadores e tecnológicos
16
• janeiro | fevereiro
os dias 10 e 11 de dezembro, a Santista participou do primeiro hackathon de moda do País, idealizado pelo festival WeAr em parceria com a C&A, que aconteceu no Instituto Europeo di Design (IED), oferecendo aos participantes amostras de tecidos de denim de alta tecnologia, criados recentemente para a sua coleção de verão 2018. Considerada uma das maiores indústrias têxteis de denim, principalmente por causa de suas criações tecnológicas que se preocupam com conforto e mobilidade, a Santista en-
trou como parceira desta maratona disponibilizando seis tipos de tecidos, que trazem aspectos inovadores e tecnológicos, que diferenciam o tradicional aspecto do jeans. Entre os modelos estão artigos que marcam a inovação dos padrões de elasticidade do mercado, garantindo máxima forma e recuperação. Grande parte dos tecidos fornecidos possuem alto stretch, o que os tornam extremamente versáteis, podendo se adaptar a diversos segmentos e modelagens da moda, do althleisure até a alfaiataria, por exemplo.
SEXTA EMPRESA MAIS INTERNACIONAL
do Brasil A
Artecola Química subiu uma posição no Ranking das Multinacionais Brasileiras, segundo pesquisa elaborada anualmente pela Fundação Dom Cabral (FDC). O estudo divulgado no final do ano passado mostra a empresa na sexta posição, uma acima da conquistada em 2015. A companhia sediada em Campo Bom/ RS é também a segunda no ranking entre as empresas com receita de até R$ 1 bilhão ao ano. “A internacionalização é uma estratégia de nossa empresa, cuidadosamente planejada ainda nos anos 90 e executada dentro de um plano de ação que resultou no equilíbrio sustentável de nossas operações. O caminho para o crescimento foi a diversificação de mercados, tecnologias e geografias”, destaca a diretora-executiva Lisiane Kunst. Ela acrescenta que a experiência em outros países proporciona à empresa importante conhecimento para seguir inovando em produtos e processos. “Temos uma estratégia muito clara e disseminada por uma equipe altamente engajada para alcançar uma presença in-
ternacional expressiva. Temos tudo isso em nossa trajetória, sempre trabalhando para o cliente com uma visão inovadora e sustentável, e é assim que temos crescido e consolidado cada vez mais nossa presença em diferentes países”, enfatiza. O Ranking FDC 2016 elenca as empresas brasileiras mais internacionalizadas e explora aspectos da estratégia e gestão das operações destas companhias, que estão presentes em 99 países do mundo. Foram consultadas 64 organizações, sendo 50 multinacionais brasileiras e 14 empresas que atuam no exterior por meio de franquias. O índice leva em consideração os dados de ativos, receitas e funcionários das multinacionais no exterior em relação ao total.
janeiro | fevereiro •
17
COMFORTFLEX APRESENTA CONFORTO EM SUA COLEÇÃO
outono-inverno A proposta de Comfortflex para o outono-inverno 2017 é o conforto encantador e inovador. A moda do bem-estar, que está no topo das tendências para a próxima estação, é a razão da existência da marca, uma das mais fidelizadas do segmento, por seu comprometimento em oferecer produtos feitos com tecnologias que proporcionam conforto único. A grife traz para os dias frios de 2017 uma coleção com todos seus diferenciais focando 100% no conforto das usuárias, sem esquecer as referências de materiais, componentes e cores para a estação, entre elas as predominantes, como vermelho, vinho, azul marinho, azul petróleo, caramelo, castanho e nude. Nos materiais, destaques para camurça, verniz e matelassê. Já nos detalhes, metais escovados, em delicados acabamentos, além de relevos e trançados em couro. As botas, as peças mais desejadas pelas mulheres no inverno, têm destaque na nova coleção apresentada na Couromoda. Elas vêm com canos mais baixos, seguindo as tendências da estação com saltos estruturados mais um item que proporciona conforto para o dia a dia da mulher.
18
• janeiro | fevereiro
As tecnologias que proporcionam o máximo conforto são comprovadas em testes biomecânicos Ultrasoft é a linha especial da Comfortflex, que reúne soluções tecnológicas e atributos únicos. Seja pela extrema flexibilidade dos solados ou a delicadeza do neoprene, tudo contribui para um bem-estar ainda maior. Uma grande novidade que chega à linha, agregando mais um diferencial, é o solado soft line com bolha de hidrogênio. Os calçados com este solado foram submetidos a ensaios no Laboratório de Biomecânica do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) e alcançaram nota máxima em todos os itens avaliados, comprovando que proporcionam conforto em níveis semelhantes aos esportivos. Todas as palmilhas da marca são desenvolvidas com tecnologias exclusivas que contribuem para dar todo o conforto em todas as horas do dia, mantendo o pé seco e protegendo do impacto ao caminhar.
MODELOS EXCLUSIVOS
na Oscar Freire A
ta com mais de 90 unidades espalhadas pelo país. Fundada em 2002 em Boulder (Colorado/EUA), no Brasil começou suas atividades em 2007, com quiosques, e em 2009 iniciou a abertura de suas primeiras lojas no País - onde atualmente conta com mais de 90 lojas. FOTO DIVULGAÇÃO
Crocs, presente há 14 anos no mercado mundial e que possui como principal objetivo criar calçados divertidos e inovadores, abriu sua primeira loja na rua Oscar Freire, localizada nos Jardins, em São Paulo/SP, famosa por concentrar marcas nacionais e internacionais de renome. “Desde a chegada da empresa no Brasil, temos como objetivo oferecer mais comodidade e modernidade para nossos consumidores seja em abertura de lojas, lançamentos de produtos ou em desenvolvimento de campanhas. O local é para apresentarmos os novos produtos e também contar um pouco a história da marca. Além disso, a nova unidade tem projeto arquitetônico do Estúdio Lina inspirado nas Crocs internacionais”, comenta Paula Braga, gerente de marketing da Crocs Brasil. Com a inauguração, a loja reúne os principais lançamentos, bem como modelos exclusivos. A inauguração faz parte do plano de expansão da companhia, que atualmente con-
janeiro | fevereiro •
19
AS BOAS EXPECTATIVAS DA ZERO GRAU
foram confirmadas A
Compradores confirmam a disposição para comprar O importador argentino Silvio Nicodemo, da empresa Fenechian, participou pela primeira vez da feira motivado a procurar por calçados femininos em sintético, mas acabou comprando também artigos em couro, por considerar pequena a diferença entre os preços. “Essa proximidade de valores vai permitir incrementar o nosso acervo com produtos feitos a partir dessa matéria-prima nobre, sem impactar muito no custo final ao consumidor”, salientou o comprador explicando que o seu público-alvo são mulheres clássicas, que desejam calçados confortáveis. “O período da feira é muito bom para o varejo calçadista e pude encontrar muito mais do que almejava de início”, destacou. Representando as lojas Simone Gomes, com três pontos de venda focadas no público feminino - todas em Belo Horizonte/MG -, Rodrigo Sardenberg percorria os estandes à pro-
FOTO LUÍS VIEIRA
feira de calçados e artefatos Zero Grau, que aconteceu de 21 a 23 de novembro, registrou uma boa visitação desde a sua abertura até o fechamento. Correspondeu ao otimismo dos mais de 300 expositores que apresentaram, no Centro de Eventos do Serra Park, em Gramado/RS, as propostas de 1.500 marcas de calçados e artefatos para as coleções do outono-inverno/2017. Segundo Frederico Pletsch, diretor da Merkator Feiras e Eventos - empresa realizadora da mostra -, a edição de 2016 atendeu às expectativas dos fabricantes quanto ao volume de vendas, e uma das particularidades que colaborou para desempenho positivo foi a objetividade dos lojistas, que sabiam exatamente o que procurar e estavam dispostos a fechar pedidos e renovar as vitrinas já pensando na próxima estação. “Conseguimos vender bem inclusive nesta quarta (23), contrariando a tradição do setor de esvaziamento antecipado das feiras no último dia”, comemorou.
cura de artigos em couro e também em sintético, mas que tivessem algum diferencial na apresentação. Segundo ele, esse destaque estava mais presente nos saltos e solados do que nos cabedais. Quanto aos valores, considerou que os preços estavam “salgados”, mas procurando bem achou fabricantes dispostos a também negociar valores. “Já vim para a feira com o preço médio da vitrina definido e isso favoreceu para me manter firme nas negociações, o que possibilitou boas compras e, inclusive, abri dois novos fornecedores por estarem mais receptivos à pechincha”, comentou. Já o Sr. Takesh Higashi, que tem 10 lojas em São Paulo/SP, comentou que a feira estava muito bem montada e com uma boa variedade de produtos à disposição dos lojistas. A sua rede de lojas, Kirkey, tem como meta calçar toda a família e não um nicho específico, e por isso buscava por opções em modelos masculinos, femininos infantis e esportivos. “Os preços estão com um pequeno aumento num comparativo com a temporada anterior, mas se mantendo dentro do esperado. Os calçados mudaram bastante com relação aos materiais e a modelagem, de forma que as expectativas foram superadas com a realização de bons negócios. Agora vamos pensar na composição das vitrinas para tentar motivar os compradores pela variedade oferecida”, finalizou.
O bom volume de compradores e a disposição para negociar contribuíram para resultados positivos
20
• janeiro | fevereiro
Espaços coletivos são destaque
N
a feira, os estandes coletivos se destacam cada vez mais, e nesta edição havia quatro espaços representando arranjos produtivos locais instalados nos estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo. No projeto organizado pela Prefeitura de Novo Hamburgo/RS, por exemplo, participaram 26 empresas com marcas próprias. A diretora de captação, Mariana Pires, contou que a ação é 100% subsidiada pelo órgão público e a principal finalidade é auxiliar os pequenos negócios oferecendo a eles a chance de mostrar os seus produtos a uma grande quantidade de lojistas que visitam a feira. “Este tipo de apoio aos nossos empreendedores já é uma tradição e também acontece em outras feiras nacionais”, contou Mariana. Além dessa preocupação, o empreendimento é também considerado pela prefeitura como uma oportunidade para a divulgação da própria cidade - que ainda é considerada a Capital Nacional do Calçado. A diretora da Cotri Bolsas, Margareth Becker, participa desde que o projeto iniciou, em 2010, e neste período já fez em torno de 26 exposições coletivas. A opção por esta modalidade se deve aos custos que se tornam pequenos ante a visibilidade proporcionada pela feira, que é percebida por ela como uma vitrina de alcance internacional. A empresa produz bolsas femininas e masculinas em couro e a empresária estava animada. “A visitação está muito boa, os lojistas vieram para realizar pedidos e recebi também compradores das Américas do Sul e Central, o que é muito positivo”, salientou. No estande do Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas/ RS, o executivo comercial Juliano Mapelli explicou que 60% dos custos de montagem são investidos pela prefeitura e os 40% restantes vêm da
contrapartida das empresas expositoras. Nesta edição expuseram sete empresas do polo. Mais do que apoiar os pequenos negócios, o intuito é unir forças para um resultado final e para isso são realizadas ações complementares, como a edição de uma revista e a elaboração de um catálogo. “O estande coletivo é uma parte desta estratégia e a ideia é aglutinar também grandes marcas para que possamos enfatizar o potencial do nosso polo e, através da união, aumentarmos o poder de negociação pelo espaço”, contou Mapelli. A Stephanie Classic é uma indústria tradicional que expunha individualmente mas migrou para o sistema coletivo. O diretor Fábio Spohr disse que durante 48 anos a empresa participou de todas as feiras brasileiras, sempre de forma individual. Mas passou a ser mais criteriosa e hoje expõe somente nas feiras que realmente dão resultado. Enfatizando a grande presença de importadores, ele avalia que estar em estande coletivo não interfere na imagem da marca. “Ninguém estranhou ou deixou de comprar, e isso é algo que precisa ser desmitificado entre os empresários, pois individual não significa para o visitante sinônimo de credibilidade”, pontuou ele, lembrando ainda que mesmo em grandes feiras internacionais, como a Micam Xangai, isso já é comum até mesmo dentre as grifes mais conceituadas. O Espaço Moda Franca foi realizado pelo Sindicato da Industria de Calçados de Franca/SP com apoio da prefeitura municipal, que subsidiou 40% dos custos. Com a contrapartida de 60%, 13 empresas participaram; porém, segundo a gerente de negócios do sindicato, Ana Tereza Rocha, há fila de espera. “São todas empresas de pequeno porte, mas que fabricam produtos com valor agregado usando o couro
como matéria-prima”, comentou. O diretor da GoGo Ware, Amarildo Pacheco, participou pela primeira vez do espaço coletivo onde expôs calçados masculinos casuais, botas, bolsas e acessórios complementares. Ele contou que participava individualmente, mas o mercado exige novas soluções e por isso optou por reduzir os custos. “A Zero Grau está muito boa, agendamos através do nosso agente para o Mercosul a vinda de compradores de países como a Bolívia e a Argentina e a feira possibilitou esta aproximação”, pontuou. No estande organizado pela Prefeitura Municipal de Sapiranga/RS e pela Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Sapiranga (Ampemes), a presidente da entidade, Alessandra Brando, explicou que os expositores contam com subsídio de 100% oferecido pelo poder público municipal. “São 14 empresas mostrando artigos bem variados, abrangendo desde a modinha até produtos mais elaborados”, descreveu. Alessandra também contou que não há limite quanto ao número de vezes em que as empresas podem participar do estande coletivo, mas a intenção é que elas aproveitem esta oportunidade para crescer e adquirir condições para passarem a expor com recursos próprios. O diretor da empresa Belmon, Fausto Machado, qualificou a feira como uma exposição surpreendente. “Com toda a crise, a feira está surpreendendo pelo volume de visitas ao estande. Em torno de 70% das visitas que aconteceram no nosso estande foram de clientes habituais, o que significa que 30% foram novos contatos, e eles vieram principalmente de regiões como São Paulo e Minas Gerais”, comemorou o expositor cuja empresa oferece calçados masculinos em couro e femininos em sintético.
janeiro | fevereiro •
21
INSPIRAMAIS 2017 IMPULSIONA
o mercado da moda R ealizada pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), a 15ª edição do Inspiramais - Salão de Design e Inovação de Componentes, que ocorre nos dias 16 e 17 de janeiro, no centro de eventos Pro Magno em São Paulo/SP, apresenta novos materiais e produtos, além de muitas inspirações para os criativos da indústria da moda.
Palestras Além de conhecer as propostas em materiais e componentes expostos no salão, o público tem a oportunidade de participar dos ciclos de palestras que acontecem nos dois dias do evento.
Programação da segunda-feira (16) 13h35 - Inovamais e Louloux: sustentabilidade e inovação em componentes e calçados - com Cristiano Bronzatto, diretor criativo da Louloux, e Victor Barbieratto, designer e consultor da Assintecal; 14h - Desafios do desenvolvimento de produto em tempos de sustentabilidade - Marnei Carminatti, designer e consultor da Assintecal; 14h30 - Moda sustentável: a certificação como fator de transformação dos setores têxtil/calçadista - Edmundo Lima, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX); 15h - Tendências de consumo e a nova consciência da moda - Eloisa Artuso, designer e consultora da UN Moda
22
• janeiro | fevereiro
São mais de 900 lançamentos no salão, que proporciona para as indústrias ganhos que vão muito além da negociação de seus produtos. Junto com os negócios, que na última edição superaram os US$ 2 milhões, uma série de projetos e lançamentos colaboram no conceito de uma moda genuinamente brasileira, agregando inovação por meio do design, tecnologia e sustentabilidade - além de auxiliar as empresas de uma forma global: desde a pesquisa conceitual até a comercialização de produtos.
Sustentável; 15h30 - Selo Origem Sustentável Certificação em Sustentabilidade para a Cadeia Produtiva do Calçado - Teresa Cristina Carvalho, fundadora e diretora geral do Laboratório de Sustentabilidade em TI (LASSU) da Universidade de São Paulo (USP); 16h - Economia Circular: do resíduo ao novo produto - Guilherme Brammer, CEO da WiseWaste; 16h30 - A Sustentabilidade na C&A: desafios e resultados - Rozália Delglaudio, gerente sênior de Comunicação & Sustentabilidade da C&A Brasil; 17h - A nova era da moda - André Carvalhal, co-fundador da Malha (espaço de moda colaborativa); 17h30 - Novos negócios, estilo e sustentabilidade - Chiara Gadaleta, consultora de estilo, idealizadora do SP Ecoera e apresentadora de TV; 19h às 20h30 - Palestra Fórum de Inspirações Inverno 2017 - Walter Rodrigues, designer e consultor da Assintecal;
Programação da terça-feira (17) 13h - Novos materiais sustentáveis -
Flavia Vanelli, designer e consultora da Assintecal; 13h30 - Couro e o CSCB (Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro): um olhar sobre certificação e sustentabilidade na indústria - Álvaro Flores, coordenador do CSCB; 14h - Inovação e sustentabilidade através da micro e nanotecnologia TNS - Bruno Valerim, sales intelligence da TNS; 14h30 - As soluções Stahl para o atendimento da ZDHC em acabamentos para couro e materiais sintéticos - Vasco Silva e Celso Schwingel, da Stahl Brasil. 15h - Matérias-primas: processos e inovações - Fernanda Simon, designer e consultora da UN Moda Sustentável; 15h30 - Inovação para a Sustentabilidade: construindo cadeias produtivas ‘do berço ao berço’ - Alexndre Fernandes, sócio-fundador da EPEA Brasil; 17h - Preview do Couro Inverno 2018 - Marnei Carminatti, Ramon Soares e Walter Rodrigues, designers e consultores da Assintecal; A participação é gratuita, mediante inscrição pelo site www.inspiramais.com.br.
NOVA PARCERIA
no Design na Pele O estúdio de design Lattoog integra o projeto Design na Pele, que por sua vez faz parte do Brazilian Leather - projeto de incentivo às exportações de couro brasileiro realizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Na parceria formada com a indústria de móveis planejados Sandrin e o Curtume Rusan, são desenvolvidos mobiliários com o couro como matéria-prima central. Neste ano há ainda o apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis).
Na avaliação do sócio do estúdio de design Lattoog, de Leonardo Lattavo, “couro, madeira e o desenho brasileiro parecem ser uma boa combinação para conquistar o mercado externo”. Esse pensamento vai ao encontro da ideia e dos objetivos da terceira edição do projeto, que é unir talento e qualidade do Brasil para a produção de artigos com vistas à expansão das exportações. O trio Lattoog, Sandrin e Rusan vai trabalhar fortemente a inovação. “Teremos nosso artigo, a camurça, em peças onde raramente atuamos, como almofadas e móveis”, destaca Camila Koefender, diretora do Rusan. A descoberta de novas possibilidades dentro do seu trabalho também é apontada por Leonardo Lattavo como um diferencial
do projeto. “O couro tem uma infinidade de variações. Quando imaginávamos já saber o suficiente sobre as peles, este projeto provou que estávamos errados”, menciona Leonardo, cujo estúdio é um dos participantes do Projeto Raiz de promoção internacional do serviço do designer brasileiro, uma parceria entre a Apex-Brasil e o Sindmóveis Bento Gonçalves. Para Silvio Sandrin, a expectativa em relação ao projeto é excelente, em especial por conta da parceria estabelecida, que conjuga a expressão artística e o racionalismo da escala industrial. Há outras parcerias em andamento na edição 3, tanto em móveis quanto em calçados. O cronograma prevê o lançamento das primeiras peças no mercado no primeiro semestre de 2017.
janeiro | fevereiro •
23
COUROMODA ESTIMULA
negociações no setor E m sua 44ª edição, a Couromoda acontece entre os dias 15 e 18 de janeiro no Expo Center Norte, em São Paulo/SP. Abrindo o calendário nacional de eventos do segmento coureiro-calçadista no Brasil, promove encontros estratégicos de negócios e apresenta as principais tendências e informações de moda em calçados e acessórios complementares. Durante os quatro dias, a mostra expõe mais de 1.000 novas coleções propostas pelas principais marcas do setor, além de gerar oportunidade para estreantes com design autoral e também para médias e pequenas empresas. O objetivo é que os milhares de lojistas e importadores que visitam a feira possam conferir o que estará em evidência na moda durante todo o ano nos segmentos feminino, masculino e infantil. Integrada à Couromoda, ocorre a 7a edição da São Paulo Prêt-à-Porter - Feira Internacional de Negócios para Indústria de Moda, Confecções e Acessórios. A conexão entre as duas mostras proporciona aos compradores a oportunidade de conferir as tendências da temporada em toda a cadeia fornecedora do varejo, ampliando as possibilidades de negócios.
Em foco - Couromoda.com: lançamento da revitalização digital do grupo que acontece no primeiro dia de evento. Integradora e com foco no B2B, tem o objetivo de unir fábrica, loja e consumidor; - Exporter: área especial destinada às empresas focadas em exportação, que conta com uma vitrina de produtos e um lounge exclusivo para importadores; - Couromoda Fashion Play: desfiles itinerantes que acontecem nos quatro dias de evento, quatro vezes ao dia,
24
• janeiro | fevereiro
apresentando tendências de marcas consagradas; - Couromoda Fashion Spot: área que reúne propostas de design diferenciado, marcas autorais e nomes com forte apelo de moda; - Galeria: exposição, que conecta a São Paulo Prêt-à-Porter à Couromoda, mesclando moda e arte experimental. O objetivo é apresentar novos criadores de moda e design brasileiro, além de disponibilizar a compra das peças expostas durante a feira; - Fórum Couromoda e São Paulo Prêt-à-Porter: circuito de palestras em dois palcos simultâneos, abordando temas como tendências, gestão, tecnologia, pesquisas e empreendedorismo. O Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) participa do projeto com duas palestras, abordando diferentes áreas de pesquisa - a Biomecânica, com o trabalho de inovação em conforto, e o Laboratório de Substâncias Restritivas, que visa a apoiar as indústrias de calçados brasileiras que buscam o mercado externo. No dia 16 de janeiro, das 17h às 18h, o coordenador do Laboratório de Ensaios em Biomecânica, mestre Eduardo Wust, falará sobre Tecnologia do Conforto em Calçado, apresentando a forma como a equipe do IBTeC vem trabalhando para contribuir com o desenvolvimento de tecnologias de conforto em calçados e componentes. O vice-presidente executivo do IBTeC, Dr. Valdir Soldi, falará na terça-feira, dia 17 de janeiro, das 17h às 18h, sobre Substâncias Restritivas em Calçados e apresentará os investimentos do instituto para testar componentes usados em calçados e auxiliar as indústrias para o atendimento das exigências internacionais quanto ao uso de substâncias químicas em calçados.
18 CURTUMES
confirmados N
esta edição do Inspiramais - Salão de Design e Inovação de Materiais, que acontece nos dias 16 e 17 de janeiro no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo/SP, 18 curtumes expõem peles desenvolvidas para coleções de moda do Verão 2018, em um espaço que reunirá palestras, oficinas e mostras de tendências. O Inspiramais é realizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Assintecal, Footwear Components by Brasil e projeto Brazilian Leather, uma parceria de CICB e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para o incentivo às exportações de couros. Os 18 curtumes confirmados apresentam um mix variado de peles: há indústrias especializadas em couros bovinos, caprinos e ovinos, além das peles exóticas, como python e peixes. Todos os produtos são resultado de uma extensa pesquisa, de modo que sejam couros precisos em direcionamento para o tra-
balho de designers de calçados, bolsas, acessórios, roupas e mobiliário de design. Pesquisa também é a palavra-chave do Preview do Couro - Inverno 2018, que será apresentado em primeira mão no evento. Este projeto a é uma mostra de couros criados com uma estação de antecipação, em uma parceria de curtumes brasileiros e consultores especializados em tendências. Após seu lançamento em São Paulo, o Preview do Couro é levado às principais feiras mundiais do setor de couros do por meio do projeto Brazilian Leather. No segundo dia da mostra (17) vai acontecer, a partir das 13h30min, a palestra Couro e o CSCB: um olhar sobre certificação e sustentabilidade na indústria, com Álvaro Flores, coordenador da Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB). Esta palestra compõe o ciclo de breves exposições orais (30 minutos cada), todas com o tema Sustentabilidade, na Arena da Inovação, anexa à mostra de materiais.
Sobre o Brazilian Leather Projeto setorial de internacionalização do couro brasileiro, o Brazilian Leather é conduzido pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Várias são as estratégias de consolidação do produto nacional em mercados estrangeiros incentivo à participação de curtumes nas principais feiras mundiais ligadas ao ramo e missões empresariais focadas ao estreitamento de relações entre fornecedores brasileiros e compradores de outros países são algumas delas.
janeiro | fevereiro •
25
VITRINE VEROFATTO VIRGÍNIA BARROS CARRANO
MANOLITA
CRIS BARROS AREZZO
FLAT MULES
CAPODARTE
SURGEM COM INSPIRAÇÃO MARROQUINA EM BICOS AFUNILADOS E SOLADO RASTEIRO
PICCADILLY
BOTTERO VALENTINA
MISS GNC DIVALESI
DELOTTO
26
• janeiro | fevereiro
MOLECA
janeiro | fevereiro •
27
VITRINE CALVIN KLEIN
WEST COAST ADIDAS
WORPEL
FERRACINI
DIADORA
BEMESTAR
PONY
TÊNIS, MOCASSINS E COTURNOS PRIORIZAM O CALCE ADEQUADO
NIKE
GANGSTER
KILDARE PUMA
MORMAII REEBOK FRANCAJEL
NEW BALANCE CAVALERA
28
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
29
VITRINE TIGOR
AMORECO
KIPLING
VERT VANS
RAPHAELLA BOOZ
LILYBI
DIVERSÃO E COR ESTAMPA LÚDICA, PEDRARIA, VELCRO, PELE E BRILHO BRINCAM COM JOGO DE CORES
PETITE JOLIE
MOLEKINHA
KIDY
HELLO KITTY
MARISOL MOLEKINHO
SPOON KIDS
30
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
31
VITRINE LU LIMA MONDAINE
VEROFATTO
SANTA LOLLA
NO EMBALO
CARTELA DE CORES SÓBRIAS SE MIXAM COM TONS ALEGRES
CIA MARÍTIMA
DRESS TO
PETITE JOLIE
MONFERRARO BE FOREVER COLCCI
32
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
33
NOTAS BOLSAS VEGANAS
A La Loba nasceu a partir de um sonho da empresária Kaline Demarchi e hoje é uma marca nacional que produz modelos exclusivos de bolsas sociais e casuais sem o uso de qualquer insumo animal. Kaline resolveu fazer um curso de patchwork e passou a confeccionar manualmente algumas bolsas, tendo descoberto aí uma nova arte e uma nova paixão, criando a grife em 2013.
CONTEMPORANEIDADE
A estilista Virginia Barros cria e fabrica sapatos autorais há mais de dez anos. Com duas lojas em Belo Horizonte, uma em Brasília e a mais recente, no Rio de Janeiro, ela resolveu homenagear uma dessas cidades e desenvolveu a coleção cápsula Brasília Contemporânea. São oito modelos de calçados que remetem a lugares clássicos da cidade.
34
• janeiro | fevereiro
URBANA Participando pela primeira vez da Casa dos Criadores, evento pioneiro em projetar novos nomes da moda nacional, a Azaleia levou para o desfile do estilista Isaac Silva os sapatos da coleção de alto verão. Para compor o look trazendo um ar cosmopolita ao styling, foram utilizadas as flatforms da marca, que entram em sintonia com o mood 70´s disco e 90´s R&B da coleção. Nesse sentido, apresentou peças urbanas. Com solado branco, tendência que tomou conta das ruas, os sapatos ganham texturas metalizadas em prata e dourado, além de um modelo em textura croco nas versões preta e branca. Os produtos mantêm o bemestar e a leveza aliados à tecnologia, DNA da Azaleia reconhecido nacionalmente.
janeiro | fevereiro •
35
COLUNA Moda Ultralight ou ultraglam
no verão feminino da Europa em 2017
LUIGI TRAINI
DENOUÉE
DONNA PIÙ GC GIOVANNI CICCIOLI
Gabriella Laino
Foto Shoe Group/Itália
P
ara o próximo verão do Hemisfério Norte, o sneaker voltará a ser o grande protagonista do visual feminino, interpretado acima de tudo numa versão ultraglamourosa, revestido por cores vivas, brilhos e elementos metálicos - ou ainda ultraleve com perfurações e cortes a laser. Nestas imagens algumas propostas de calçados italianos.
XSA
FIORANGELO
36
PHILIP PLEIN
• janeiro | fevereiro
CALVIN KLEIN
FESSURA
CALVIN KLEIN
MOVIMENTI
janeiro | fevereiro •
37
38
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
39
40
• janeiro | fevereiro
CLIPARTKID.COM/DIVULGAÇÃO
REPORTAGEM
FOTOS DIVULGAÇÃO
Apesar das vendas caírem, o preço médio aumentou, garantindo um desempenho positivo ao setor que investe em sistemas para aumentar a performance dos usuários
ESPORTIVOS FATURAM MAIS
com inovação e senso de oportunidade • Luís Vieira e Melissa Zambrano
E
mbora o volume de vendas em unidades de calçados esportivos tenha caído 5,7% nos seis primeiros meses de 2016, o faturamento do setor cresceu 11,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta informação é fruto de uma pesquisa realizada pela GFK Brazil, que apontou o aumento de preço nestes artigos no ano passado. O estudo, que foi divulgado em outubro de 2016, mostra que no último mês de junho estes artigos chegaram a ficar em média 29% mais caros, quando comparados com o mês de outubro de 2015. Para a GFK, que monitora as vendas de calçados esportivos ao
consumidor final a partir de informações obtidas com varejistas de calçados, materiais esportivos, lojas especializadas em calçados esportivos, supermercados e hipermercados para loja física e internet, o segmento multifitness é o principal responsável por esse crescimento. A especialista do setor na GFK, Tatiana Riccioppo, conta que os modelos de corrida e voltados a exercícios em academias ganharam participação no mercado, respondendo por 57,5% do total de vendas de calçados esportivos. “Nesses segmentos, produtos com preço médio entre R$ 150 e R$ 200 são os que mais vendem”, aponta.
janeiro | fevereiro •
41
Efeito Jogos Olímpicos
V
ale lembrar que o levantamento foi realizado no ano em que o País sediou o maior evento esportivo mundial - os Jogos Olímpicos - fator este que ajudou a divulgar 42 modalidades esportivas, sendo que dentre elas várias são realizadas com o uso de calçados específicos. No balanço final, o Comitê Olímpico Internacional (COI) destacou que mais de 3 bilhões de pessoas (o equivalente a metade da população mundial) acompanharam alguma competição realizada no Rio de Janeiro no período de 3 a 21 de agosto de 2016. Somando a programação de todos os 500 canais que transmitiram as Olimpíadas pelo mundo, foram 350 mil horas de televisão. Só no Brasil, de acordo com levantamento realizado pela Kantar Ibope Media, 63,4 milhões de pessoas assistiram ao menos um minuto da programação, e significou penetração em 98,3% das casas existentes no País. Tanta exposição de grandes ídolos mundiais praticando esportes por certo acabou por incentivar mais pessoas a praticarem esportes e, consequentemente, algumas adquiriram um novo calçado esportivo, embora o aumento dos preços. A Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp) já em 2015 previa que no ano das competições o setor seria beneficiado, pois as pessoas aumentam a sua autoestima ao verem o seu País sediando um evento tão importante. E, sentindo-se mais felizes, acabam por investirem em si mesmas, sendo que a prática de esportes e exercícios podem ser uma opção para este investimento. É bem verdade que se falava
42
• janeiro | fevereiro
também em crescimento do volume de vendas, o que acabou não se confirmando. Mesmo assim, um aumento acima de 10% no faturamento em um período de grandes desafios como este pelo qual o País está passando pode ser considerado como algo positivo. É importante destacar que a divulgação do evento começou muito antes da abertura dos jogos, tendo como ponto de partida o ano de 2009, quando o Brasil foi escolhido para sediar o megaevento, e também 2012 com a entrega da Bandeira Olímpica ao País durante o encerramento das Olimpíadas de Londres. Mas não basta que os esportes estejam em evidência para que as pessoas se sintam motivadas a investir em um equipamento novo para praticar alguma modalidade de exercício. Elas precisam perceber valor nos produtos ofertados e este é um desafio para este nicho de calçados, que é muito competitivo e segue como o grande lançador de inovações para a cadeia produtiva. Visando a garantir o conforto e aumentar o desempenho durante a prática desportiva, as marcas investem cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento, combinando diversas tecnologias de performance para ganhar a preferência do comprador apaixonado por esportes, seja ele um atleta ocasional, amador ou profissional. Dentre os sistemas mais desenvolvidos, se destacam aqueles que garantem durante o uso atributos como estabilidade, calce, absorção de impacto, movimento natural, proteção dos pés, ventilação, flexibilidade e conforto.
Adidas
Nike Free
A partir de tecnologia de medição 3D utilizada pela Nasa, Boeing e BMW para realizar testes de colisão, análise de vibração e estudos de durabilidade, a Adidas lançou em 2015 o sistema Ultra Boost que possibilita encaixe do calçado à pisada do corredor. É um complemento ao retorno de energia proporcionado pela tecnologia Energy Boost - cápsulas de energia fundidas na entressola - para absorver o choque gerado pelo contato do pé com o solo e devolver esta energia ao atleta durante as passadas, prometendo menos desgastes durante as atividades desportivas. De acordo com a empresa, o calçado apresenta 20% a mais de material de amortecimento do que o modelo anterior. Com isso a alta performance em retorno de energia e amortecimento se soma ao suporte e conforto adaptativo, possibi-
Os modelos da família Nike Free (com as versões 3.0, 4.0 e 5.0) são indicados para quem tem a pisada neutra e evoluíram para além da capacidade de utilização do movimento natural dos pés e do corpo. Os cabedais foram aprimorados com a intensão de aumentar a flexibilidade do tênis proporcionando uma experiência de corrida ainda mais natural. A versão Nike Free 3.0 Flyknit apresenta caimento perfeito em 4 milímetros de drop; o Nike Free 4.0 Flyknit se destaca pela pisada amortecida e natural, com cabedal adaptado ao pé e 6 milímetros de drop; já o Nike Free 5.0 tem a passada mais amortecida e natural da marca, com cabedal estruturado e 8 milímetros de drop;
litando a utilização do calçado em diferentes superfícies. O modelo incorpora ainda a tecnologia Primeknit que oferece respirabilidade e elasticidade - a sola se adapta e se estica de acordo com a pisada, o movimento e a forma do pé, o que maximiza a transferência de energia. Outros avanços são a estrutura de calcanhar, que permite o movimento natural do tendão de Aquiles, e o sistema de dupla densidade integrado à base do tênis, favorecendo a estabilidade.
O conceito Nike Free surgiu em 2001, com a proposta de ser um tênis que imitasse a sensação de correr descalço, mas sem deixar de oferecer um alto nível de proteção e sustentação. O foco é o princípio minimalista, e com isso foram eliminados volume, camadas e costuras. Além de proporcionar a sensação de correr descalço, os calçados têm solados com flexibilidade natural, cabedais confortáveis, leveza, caimento projetado para sustentar o calcanhar, além de causarem menos impacto ambiental.
Diadora
Com a intensão de atender os usuários que buscam uma caminhada segura e corridas mais leves, a Asics oferece o modelo Gel Impression, cujo principal diferencial é o amortecimento. A empresa assegura que a minimização da pressão na região do calcanhar oferecida pela tecnologia Gel Rearfoot proporciona maior proteção à região, e por isso o modelo é uma opção a ser considerada também pelos iniciantes dessas práticas de esporte. A entressola é em EVA para amortecer o impacto durante cada passada. Já a parte superior do calçado foi desenvolvida com o sistema de ventilação, que consiste em tramas elaboradas a partir de materiais equivalentes ao náilon, projetadas para permitir a circulação de ar, prevenindo a umidade excessiva no interior do calçado que acontece devido à transpiração e ao aumento da temperatura ambiente. A região do solado traz o sistema Asics High Abrasion Rubber (AHAR) - desenvolvido a partir de componentes químicos carbonados - para potencializar
Um dos desenvolvimentos da Diadora que se destaca pela alta tecnologia embarcada é o modelo de tênis de corridas Stream Gel Impulse. É um calçado que possui solado com sistema especialmente formulado para oferecer maior distribuição de energia gerada durante os exercícios e possibilitar a adaptação a diferentes tipos de pisadas. Traz ainda elementos de borracha com a tecnologia Rubber Grip, que é aplicada em pontos específicos e proporciona alta resistência à abrasão e maior aderência em diferentes tipos de piso, com menor peso. Para complementar, a entressola traz a tecnologia exclusiva EVA X-Foam, com extrema maciez e leveza, que contribui para aumentar o nível do amortecimento do impacto gerado na pisada, além de proporcionar uma sensação de conforto durante o calce. Na nova coleção, o sistema EVA X-Foam está presente em todos os modelos, os quais são indicados para usuários com pisada neutra e para a prática desportiva de curtas e médias distâncias. A leveza é destaque em dois modelos - o Fit Form e o Strong. O Fit Form - que faz parte da linha Active - é encon- trado na versão masculina com modelos que pesam
a tração durante as passadas, minimizar o desgaste da borracha gerado pelo contato constante entre o calçado e o terreno e otimizar a aderência na realização das atividades.
apenas 214g, e na feminina em opções ainda mais leves, 182g. Já o Strong, da linha Active, apresenta modelo masculino que pesa 226g e feminino, 168g.
Asics
janeiro | fevereiro •
43
Mizuno O tênis Wave Creation, em sua 18ª edição, é um dos modelos mais vendidos da Mizuno. Desenvolvido para corredores com pisada neutra ou supinada, dentre as suas principais características de performance se destaca a Placa Wave que proporciona uma passada suave, conforto e estabilidade, independentemente do estilo de aterrissagem. O sistema recebe cortes estratégicos nos pontos de flexão que otimizam a resposta de impulsão e conferem mais eficiência em absorção de impactos. Outra tecnologia é o Dynamotion Fit que favorece a interação do calçado com os movimentos dos pés, o que diminui as possibilidades de contusões e melhora a performance. A palmilha Premium Insock com alta resiliência, além de oferecer proteção antimicrobiana, aumenta a memória do material aperfeiçoando também o transporte de umidade para o sistema de ventilação Intercool localizado na entressola, o qual remove o calor e a umidade dos pés através de canoplas e orifícios especiais. A melhora na ventilação também é garantida pelo tecido Airmesh, que tem as tramas bem abertas. A composição de polímeros U4ic apresenta uma entressola 30% mais leve do que o comum, com máximo conforto e amortecimento, além de maior resistência ao atrito. O solado de borracha e carbono aumenta a durabilidade e oferece maior tração, contando ainda com a tecnologia Smooth Ride para proporcionar maciez e flexibilidade para as regiões de maior impacto, ajudando a manter o centro de gravidade do corpo na posição ideal, o que melhora o equilíbrio e evita o desperdício de energia.
Topper O Vector III foi criado pela Topper e está disponível para a prática de futebol Society e Indoor, apresentando solados específicos para cada modalidade. Tendo como prioridade a leveza, o conforto e a estabilidade, traz solados em borracha e EVA diminuindo os impactos no calcanhar. A elevação da fôrma melhora a performance minimizando a fadiga e propicia um melhor arranque. Na palmilha são usados EVA e poliéster para oferecer maior bem-estar e estabilidade. O cabedal é em laminado de PVC, contribuindo para o ajuste ao pé trazendo mais segurança e performance. Outro destaque da marca são os modelos Maestro, com solado específico para a modalidade de futsal. Assim como os demais produtos, há uma atenção especial para as propriedades de leveza, conforto e estabilidade, bem como a minimização de impactos aos pés. Os solados são igualmente em borracha e EVA e a elevação da fôrma visa a melhorar a performance e minimizar a fadiga muscular além de contribuir para melhorar o movimento de arranque. As palmilhas são em EVA e poliéster, já o cabedal é em laminado de PU, raspa natural e dupla frontura, com a preocupação de melhorar o ajuste ao pé, oferecendo mais segurança e conforto.
Rainha Na linha Tech, a Rainha destaca os modelos Bella e o Dynamic, ambos da categoria Training. Apropriados para quem tem a pisada neutra, apresentam como principais características leveza, maciez e estabilidade. Desenvolvidos para caminhadas e treinos, os modelos Bella têm solado em EVA. Os tênis apresentam palmilhas em EVA e poliéster além de cabedais em tecido plano numa combinação de poliéster com lycra, impactando o usuário pela leveza e bem-estar durante o uso. Os produtos Dynamic são para treinos e corridas leves. Elaborados em solado de EVA com placa estabilizadora de TPE, visam a minimizar os impactos durante o uso, também contribuindo para a diminuição da massa (peso) do produto final oferecido. O cabedal é em dupla frontura com laminado e aplique de PVC, se destacando pelo ajuste ao pé e a alta performance.
44
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
45
46
• janeiro | fevereiro
PRESENCE.COM.BR/DIVULGAÇÃO
INSTITUCIONAL
N
o dia 30 de novembro, durante o Top Qualidade - promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV), através do Comitê Regional Qualidade RS Vale do Sinos -, o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) recebeu diploma em reconhecimento pelo seu trabalho na busca do aperfeiçoamento da qualidade. Em 2015, o instituto participou pela primeira vez do processo de avaliação e conquistou medalha do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP). Para isso passou por todas as etapas do Sistema de Avaliação da Gestão (SAG), o que motivou esta nova diplomação. O processo de melhoria continuada faz parte do dia a dia do IBTeC, que busca a excelência no oferecimento de soluções em pesquisa e inovação tecnológica para as empresas, e trabalha internamente a motivação da equipe de colaboradores visando a atingir metas, superar desafios e criar oportunidades.
Acreditações Prestando anualmente em torno de 30 mil atendimentos entre os testes laboratoriais e as consultorias externas, o IBTeC é acreditado internacionalmente
pelo instituto inglês Satra e pela agência de importação CPSC dos Estados Unidos, além de ter o reconhecimento junto à rede americana Sears. Também é acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCR) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e conta com as certificações BSI (ISO 9001/2008) e Rede Metrológica RS, bem como o reconhecimento junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Diretor da Florybal conta a trajetória da empresa Logo após a entrega dos diplomas a todas as organizações premiadas, aconteceu uma palestra com o diretor da Chocolates Florybal, Sr. Valdir Cardoso, que contou a trajetória da sua empresa, sediada em Gramado/RS. Tudo começou em 1991, num modesto espaço de 21m2 e com a quantidade de 100kg de chocolate para trabalhar. Nos primeiros anos, usou técnicas primárias para desenvolver os seus produtos, mas o segredo para garantir a qualidade artesanal foi o capricho aplicado em cada etapa do processo. Ele contou que teve que descobrir sozinho o caminho que leva aos melhores fornecedores, e conquistou a confiança de cada um pela honestidade e o cum-
primento dos prazos de pagamentos. O próximo passo foi garantir a visitação do seu modesto ponto de vendas e para isso percorria hotéis da região para levar os hóspedes até a sua loja com a finalidade de experimentarem o sabor dos produtos. Aos poucos aprendeu técnicas mais sofisticadas de produção e com o lucro das vendas modernizou o parque fabril, sem abrir mão das particularidades do chocolate caseiro, e tendo a preocupação de proporcionar aos seus clientes um produto de alta qualidade, feito com ingredientes selecionados. Apostou também na tematização do ponto de venda e cada vez mais turistas começaram a aparecer. Hoje, passados 25 anos, o empreendimento conta com uma fábrica, 11 lojas e um parque temático em Canela/RS, que encanta crianças e adultos com sabor e diversão. Com um mix de mais de 400 produtos, a marca Florybal é referência quando se fala em sabor e em chocolates caseiros de Gramado. O sucesso, segundo o empresário, se deve aos cuidados com a qualidade em tudo o que faz e o prazer ao realizar cada atividade. “Não tem como existir qualidade sem amor, dedicação e gana de fazer bem feito”, ensina o palestrante que finalizou a sua apresentação comentando que “qualidade é fazer certo quando ninguém está vendo”.
IBTEC RECEBE DIPLOMA
FOTO FLORYBAL
FOTO LUÍS VIEIRA
no Top Qualidade
A Florybal é referência em chocolates artesanais
As colaboradoras Cintia Silva e Janiela Gamarra receberam a honraria em nome do instituto
janeiro | fevereiro •
47
CONSELHO DELIBERATIVO E DIRETORIA-EXECUTIVA DO IBTEC
são reeleitos
Claudio Chies, Paulo Griebeler e Valdir Soldi foram reeleitos para o terceiro mandato consecutivo frente ao instituto
48
• janeiro | fevereiro
como ampliar a atuação no exterior. O investimento em pesquisa e desenvolvimento para inovação também está no planejamento estratégico do IBTeC, que projeta ainda aporte de recursos para a modernização e ampliação do seu parque tecnológico. O instituto, que no próximo mês de outubro completa 45 anos de existência, tem como missão criar e aplicar soluções tecnológicas diferenciadas para aumentar a competitividade internacional e o desenvolvimento sustentável da indústria brasileira, especialmente do sistema coureiro-calçadista. Para isso busca atualizar o seu planejamento estratégico a cada dois anos, sempre investindo na capacitação dos colaboradores e no estabelecimento de parcerias com universidades, parques tecnológicos e
empresas. O IBTeC é reconhecido como o instituto de pesquisa do setor de couro, calçado e artefatos, mas nos últimos anos, com o incremento de seus laboratórios de controle de qualidade e de pesquisa em insumos e materiais, ampliou consideravelmente a atuação em outros segmentos, como de vestuário e de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Além do parque tecnológico, conta também com uma equipe técnica e multidisciplinar altamente qualificada, formada por 76 colaboradores diretos, entre doutores, mestres, pós-graduados e graduados que estão à frente das atividades de pesquisa, desenvolvimento e realização de ensaios de qualidade nas áreas de biomecânica, materiais, microbiologia e equipamentos de segurança.
FOTOS MARCELA CHAVES DA SILVA E DIVULGAÇÃO
E
m assembleia realizada no dia 30 de novembro, o empresário Claudio Chies foi reeleito por aclamação para o terceiro mandato à frente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC). Na mesma assembleia foi anunciada a permanência do presidente executivo, Paulo Griebeler, e do vice-presidente executivo, Dr. Valdir Soldi, responsáveis pela gestão da entidade. Depois de apresentar as contas do ano, com incremento de 25% no faturamento em relação a 2015, os gestores anunciaram a meta de crescer 50% nos próximos dois anos. A implantação de uma unidade em São Paulo, como um dos projetos de expansão, é uma das estratégias para atingir esse objetivo, bem
Reconhecimento aos colaboradores o dia 1º de dezembro, a unidade de Relações Institucionais organizou uma reunião interna com a participação de todos os colaboradores do instituto para comunicar o resultado do processo de escolha dos gestores para o próximo biênio. O presidente executivo, Paulo Griebeler, e o vice, Dr. Valdir Soldi, enfatizaram a gratificação da instituição a cada pessoa que compõe o quadro funcional e executa o seu trabalho fazendo a diferença nos resultados do instituto através da dedicação e comprometimento. Para simbolizar este reconhecimento, foi realizada uma menção especial à equipe do Laboratório de Substâncias Restritivas, que foi a unidade que mais se destacou com relação ao aumento do faturamento nos dois últimos anos. “É muito gratificante ver que tanto o Conselho Deliberativo e clientes quanto os associados estão satisfeitos
com os resultados obtidos pela atual gestão, e essa conquista é fruto do esforço pessoal de cada colaborador interno e terceirizado para melhorar cada dia mais o nosso instituto. Toda essa dedicação proporciona a melhoria contínua no atendimento aos nossos clientes e também no nosso relacionamento com o mercado, que percebe ética e transparência nas nossas ações”, sintetizou Griebeler. O vice-presidente executivo Valdir Soldi ressaltou a boa convivência estabelecida no instituto. “A ideia é que cada vez mais as pessoas sintam que o IBTeC é um ambiente bom para se trabalhar e isso acaba por refletir na imagem do instituto no ambiente externo pelo bom atendimento prestado. Temos um grande desafio de atender a um mercado que soma mais de 8 mil empresas, somente no segmento de calçados, e o apoio de cada um neste sentido é muito importante”, ponderou.
Conselho Deliberativo Titulares: Claudio Chies - Grendene Ernani Reuter - Representações e Participações Excelsior Jakson Fernando Wirth Calçados Ramarim Marcelo Fleck - Plínio Fleck Rosnei Alfredo da Silva Calçados Bibi Suplentes Carlos Alberto Mestriner Klin Produtos Infantis João Altair dos Santos Conforto Artefatos de Couro
Conselho Fiscal Titulares: João Paulo Mendel Calbrás Equipamentos de Proteção Renato Kunst Artecola Indústrias Químicas Ricardo Wirth Indústria de Calçados Wirth Suplente André da Rocha - Orisol do Brasil Indústria e Comércio de Máquinas
Presidência-Executiva Paulo Ricardo Griebeler presidente executivo Valdir Soldi vice-presidente executivo
FOTOS LUÍS VIEIRA
N
janeiro | fevereiro •
49
FOTOS LUÍS VIEIRA
QUICK TALK DO IBTEC ABORDA
necessidades das indústrias O Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) realizou no dia 5 de dezembro, no Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas/RS, o Quick Talk - ciclo de palestras rápidas onde se discute assuntos de interesse das indústrias de calçados e
Alcançando competitividade internacional A técnica química Monica Mombach falou sobre a necessidade de adequação dos calçados, bem como de seus componentes e matérias-primas, às normas internacionais que regulamentam o uso de substâncias restritivas. “Nos calçados, podem aparecer desde substâncias com potencial alérgico e até cancerígeno ou ainda que prejudiquem a fertilidade. Por isso, somos convidados a nos aprofundar sobre o tema para nos certificarmos se estamos usando ou não determinadas substâncias e se elas se encontram nos limites permitidos pelas legislações internacionais, que estão cada vez mais rígidas”, assegurou. Ela comentou que a regulamentação europeia Reach é a mais abrangente, porém existem muitas outras elaboradas por
50
• janeiro | fevereiro
componentes. O presidente-executivo do instituto, Paulo Griebeler, abriu o encontro destacando que a proposta é aproximar cada vez mais a instituição das empresas, buscando conhecer as necessidades do mercado, para então oferecer soluções adequadas, principalmente em pesquisa, inovação e tecnologia.
diversos países e os exportadores precisam conhecer as exigências de cada local de destino dos seus produtos para adequá-los, evitando assim problemas que vão desde a não aceitação da carga embarcada até processos judiciais. O Brasil ainda não tem uma legislação sobre o assunto, mas já existem dois comitês da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - o CB-11 do setor de couro, calçado e artefatos, e o CB-17, do segmento têxtil - através dos quais foram publicadas 13 normas que, na ausência de leis específicas, servem como base no País. Outras cinco normas estão em processo de elaboração ou em Consulta Nacional.
Conforto como diferencial competitivo O coordenador do Laboratório de Bio-
mecânica do IBTeC, Eduardo Wüst, destacou que o conforto é cada vez mais um diferencial competitivo e que o Brasil é pioneiro na tecnologia científica para a determinação do nível de conforto proporcionado pelos calçados e seus componentes. Ele explicou que, além de uma avaliação de calce, em que ao usuário informa a sua percepção particular sobre o produto testado, há ensaios para se verificar a massa (peso) do calçado; a distribuição da pressão plantar; a temperatura interna; a absorção do impacto e o ângulo de pronação. Também existem outras três normas para avaliar o nível de conforto proporcionado pelos componentes (solados, forros e palmilhas). “Complementando a todos estes testes, ainda analisamos visualmente o pé dos indivíduos após o teste de calce para com-
provar se há algum sinal aparente, como vermelhidão ou marca, que possa indicar que o calçado em avaliação está propenso a causar alguma lesão ao pé durante o uso”, observou. Ele falou ainda sobre outra norma relacionada às fôrmas, que trata da construção de calçados para pés delgados, normais ou robustos. “As pessoas não têm os pés iguais e o ideal é que as empresas ofereçam diferentes perfis para uma mesma numeração, contemplando desta maneira as necessidades de um grupo muito maior de usuários”, alertou. Eduardo finalizou apresentando os três
não são usadas em um projeto talvez possam ser aproveitadas em outro. “Mas para que isso tudo aconteça, é preciso estabelecer uma liderança que realmente responsabilize pela implantação e a evolução do processo na empresa”, determinou.
selos do IBTeC para destacar respectivamente os calçados confortáveis, as empresas que investem na busca de soluções que agreguem atributos de performance, saúde e conforto aos seus produtos e as empresas que desenvolvem produtos que contêm componentes com atributos de inovação, gerando registro de patente para os mesmos.
padronização das normas, e disse que esta realidade acaba por dificultar a adequação dos materiais e pode também resultar em gastos desnecessários para as empresas. “As legislações são muito diferentes, tanto de um país para outro, quanto entre os diversos tipos de calçados. As exigências para calçados esportivos, por exemplo, são muito distintas daquelas estabelecidas para o segmento feminino ou o infantil”, contextualizou. O presidente do IBTeC Paulo Griebeler complementou que esta discussão já vem sendo estabelecida entre as instituições que representam cada segmento do sistema coureiro-calçadista e que este é um caminho sem volta, tanto pelo rigor das normas nos diversos países importadores, quanto pela conscientização do público consumidor. “Esta é uma caminhada que deve ser trilhada em conjunto com as entidades setoriais, de forma a ajudar as empresas através da disseminação do conhecimento e a assessoria técnica. O que não pode acontecer é termos calçados dentro dos padrões internacionais para vender no exterior sem que se tenha o mesmo compromisso com os produtos comercializados no Brasil, citando como exemplo a fabricante de calçados infantis Bibi e a de calçados femininos Beira Rio como empresas que implantaram programas para adequarem todos os produtos através da capacitação das respectivas cadeias de suprimento. “Os fabricantes são responsáveis e querem adequar os seus produtos, mas precisam ser orientados devido à complexidade do assunto. E esse é o nosso papel”, concluiu.
Inovação na prática O gestor de inovação do IBTeC, Celso Hunsche, enfatizou que o instituto, através do seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), pode auxiliar as organizações na captação de recursos e agilizar o processo de implantação e maturação da inovação através de uma orientação especializada, gerando novas perspectivas de negócios e mercados. Segundo ele, para que uma empresa possa obter resultados com a inovação existem três ações fundamentais: - Primeiramente é necessário definir o foco em que se deseja inovar. Pois na falta de um eixo central podem ser geradas tantas ideias diferentes que dificulta a escolha de qual deve ser colocada em prática. - O passo seguinte é montar uma equipe multidisciplinar. Ao engajar pessoas com diferentes aptidões e conhecimentos se enriquece o processo, pois cada integrante pode colaborar com o sistema na fase em que o seu perfil é mais necessário (ideação; concepção; protótipo; validação; comercialização). - Finalmente, chega o momento de se montar um projeto e de se aprender com ele, afinal de contas, algumas ideias que
Necessidade de padronização das normas A superintendente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Ilse Guimarães, também participou do evento. Ela falou da preocupação das empresas fornecedoras quanto à falta de
Monica Mombach
Eduardo Wüst
Celso Hunsche
Paulo Griebeler
janeiro | fevereiro •
51
ABICALÇADOS PREMIA
solução ambiental para o setor N o dia 18 de novembro a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) realizou na sua sede, em Novo Hamburgo/RS, a grande final da primeira edição do FF Enterprise, no qual a equipe Bioplas foi premiada pelo projeto de aproveitamento de resíduos do couro para a produção de plásticos biodegradáveis. Durante o evento, as equipes selecionadas foram questionadas por uma banca de jurados formada por representantes das entidades parceiras realizadoras do programa Future Footwear, universidades, aceleradoras e Sebrae. Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, a iniciativa visa a trazer melhores condições de competitividade para o setor calçadista nacional. “Independente do resultado, todos aqui são vencedores, inclusive a indústria de calçados, que está, mais do que nunca, empenhada na criação de processos mais eficazes para a competitividade da manufatura”, disse.
Cadeia sustentável Formada por Bianca Scopel, Patrícia Poletto, Julia Mascarello e Elizete Baggio, a equipe Bioplas apresentou um projeto - que está em fase de pesquisa no âmbito da Universidade de Caxias do Sul - para transformar o resíduo do couro em plástico biodegradável. Além do objetivo de criar uma cadeia mais sustentável, já que o plástico à base de petróleo repre-
52
• janeiro | fevereiro
senta um grave problema ambiental, a iniciativa traz ainda um ganho econômico importante, pois o resíduo dará origem a sacolas plásticas. A reciclagem se daria pelo aproveitamento do colágeno presente nas peles animais. Conforme o projeto, a capacidade inicial seria para a produção de 100 mil unidades de sacolas mensais, cerca de 0,01% do mercado total do produto, que teria um preço médio de R$ 1,40 por unidade - contando o lucro líquido de 50%. Com o domínio da técnica para a produção das sacolas por meio do uso do colágeno, a equipe apresentou três formas de viabilização do negócio. No primeiro, com investimento inicial de R$ 185 mil, a produção das sacolas seria terceirizada. No segundo cenário, com investimento de R$ 330 mil, o processo todo seria realizado pela Bioplas, desde a extração do colágeno até o desenvolvimento das sacolas. Por último, estaria a venda da tecnologia. Além da Bioplas, apresentaram seus projetos as equipes: Tag Soluções RFID, que levou o segundo lugar com soluções para gargalos em radiofrequência na indústria calçadista; a Brazil a Porter, que ficou no terceiro posto com a criação de uma plataforma on-line B2C com lançamentos de calçados brasileiros, via digital, para todo o mundo; a RE9 Shoes, com um projeto de logística reversa para o setor; e a MyID, com um projeto visando a rastreabilidade total do produto via radiofrequência.
Premiação
Distribuindo um total de R$ 10 mil em premiações - R$ 5 mil para a primeira colocada, R$ 3 mil para a segunda e R$ 2 mil para a terceira -, o FF Enterprise foi além do prêmio financeiro. Para as três melhores colocadas, será viabilizada uma pré-incubação a ser escolhida na Unisinos. PUCRS ou Feevale, bolsa individual para cursos de empreendedorismo no Sebrae e a participação no Curso do Prêmio Direções. O FF Enterprise é uma ação que faz parte do programa Future Footwear, lançado em agosto passado pela Abicalçados, Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq). Desde o lançamento, o FF Enterprise vinha realizando capacitações e oficinas com as equipes, com o objetivo de aprimorar as ideias apresentadas.
PROJETO IDENTIDADE
conquista premiação O Projeto Identidade, do Instituto by Brasil (IBB) em parceria com o Sindicato das Indústrias de Joalherias, Ourivesarias, Lapidações e Obras de Pedras Preciosas, Relojoarias, Folheados de Metais Preciosos e Bijuterias no Estado de Minas Gerais (Sindijoias MG) recebeu, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o reconhecimento por seu pioneirismo. O 1º Prêmio Melhores Práticas Sindicais, promovido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), reconheceu projetos de sindicatos patronais da
indústria em três categorias: Comunicação, relacionamento com o associado e programas de associativismo; Negociação coletiva e Defesa setorial. O projeto do IBB conquistou o segundo lugar na categoria Comunicação, relacionamento com o associado e programas de associativismo. O Identidade tem como foco criar uma identidade para as empresas e fortalecer o setor no qual se encaixam, valorizando a singularidade e a inovação. As empresas interessadas em participar podem entrar em contato através do e-mail institutobybrasil@institutobybrasil.org.br.
janeiro | fevereiro •
53
é o novo presidente da Ablac A Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (ABLAC) elegeu em dezembro o seu novo presidente para o biênio 2017-2018. O eleito é Marcone Tavares, diretor comercial e de planejamento da Aby´s, rede com 19 lojas, e também operador de franquias em Alagoas e Sergipe. A posse em 16 de janeiro, durante a Couromoda, em São Paulo/SP, coroa uma trajetória que já soma oito anos na entidade. Ele associou-se na gestão de Marconi Matias dos Santos, exerceu cargos diferentes em outras diretorias, como a vice-presidência no período de Imad Esper, e, agora, chega ao comando da diretoria executiva, onde deve permanecer por dois anos, pelo menos. Além de dar continuidade à pesquisa sobre o consumo de calçados, Marcone pretende introduzir novos projetos na entidade, entre eles o que prevê uma maior atuação política e outro voltado à aceleração da profissionalização do varejo calçadista brasileiro, que, salienta, vem ocorrendo de forma visível nos últimos anos, mas precisa ganhar novo ritmo para fazer frente aos desafios do mercado na atualidade. Aos 37 anos, o executivo atua na empresa da família desde os 17. A Aby´s foi fundada por seu pai, Abdias Tavares, há 32 anos e possui 17 sapatarias, duas lojas de artigos esportivos e sete franquias (três Usaflex e quatro Bibi). Juntas, as 26 unidades empregam 800 pessoas e comerciali-
Executivo comandará a entidade no biênio 2017-2018
zam as principais marcas nacionais de calçados, acessórios e artigos esportivos. A segmentação teve início em 2014 e deve ganhar corpo nos próximos anos com a abertura de novas unidades nos dois estados em que a empresa está presente. “O consumidor precisa de novas experiências de compras e precisamos nos reinventar para termos um crescimento sustentável nas sapatarias”, afirma Tavares.
Apresentação de pesquisa sobre consumo de calçados
O
jantar anual da Ablac - evento tradicional na programação oficial da Couromoda - será realizado no dia 16 de janeiro, no Expo Center Norte, com a presença de 170 lojistas e convidados, marcando a posse dos novos dirigentes da entidade. A principal atração da noite é a palestra do economista Ricardo Amorim, debatedor do programa Manhattan Connection, da Globo News, e colunista da revista Isto É. Economista formado pela USP e pós-graduado em administração e finanças internacionais pela ESSEC
54
• janeiro | fevereiro
de Paris, Amorim atua no mercado financeiro desde 1992, tendo trabalhado em Nova York, Paris e São Paulo como economista e estrategista de investimentos. Com ampla experiência nacional e internacional, ele dará indicações importantes aos lojistas sobre as perspectivas da economia brasileira e o comportamento do varejo em 2017. “Nossa expectativa é pela retomada do crescimento das vendas do varejo este ano”, afirma o presidente da Ablac, Imad Esper, que deixou o cargo, após dois anos no comando da
entidade. As informações de Amorim, salienta Esper, serão importantes para que o setor lojista possa preparar-se adequadamente para obter um bom desempenho nos meses seguintes. No jantar, também será feita a apresentação, em primeira mão, dos resultados de pesquisa sobre consumo de calçados no Brasil em 2016, que foi realizada pela empresa Kantar Worldpanel, de São Paulo, junto a 11,2 mil famílias brasileiras. Os resultados serão apresentados por Imad Esper e Marcone Tavares.
FOTO ABLAC
MARCONE TAVARES
janeiro | fevereiro •
55
OPINIÃO Colunista Empreendedorismo e tributação:
a vida de João é bem mais difícil do que a de Johnny
N
este espaço, vinha-se remente orgânicos (este era o comercial). latando uma saga factível, João socorreu-se de um amigo num imaginário país, onde contador e começara aí seu inferno residia Johnny, que, de advogado que astral. Descobriu que precisava de um sonhava ter um jatinho, tornou-se funalvará a ser fornecido pela prefeitura, dador de uma nova religião para demas antes era necessário elaborar um pois ampliar seus negócios no ramo contrato social, já que o novo empreda mineração. Em toda esta jornada, endedor tinha seu cunhado como sócio ele teve poucos dissabores fiscais. Ao no negócio. Depois, seria necessário contrário, no paraíso em que passava pagar taxas e registrar na Junta Comerfeliz seus dias, poderia sentir-se privicial, que provavelmente não aceitaria legiado neste aspecto. Afinal de conaquele bonito nome em inglês. Se tudo tas, onde seria possível adquirir e ser desse certo, providenciaria a inscrição proprietário de um jatinho, sem pagar Dr. Marciano Buffon estadual, pois João pretendia também tributos? Em que lugar do mundo po- doutor em Direito, vender mercadorias, além do registro professor da Unisinos deria ver o patrimônio de sua venerada marciano@buffonefurlan.com.br como contribuinte em seu município. igreja (a non mortis: primeira religião O contador explicou-lhe que a a prometer a eternidade terrestre) nova empresa poderia enquadrar-se crescer tão rapidamente, sem que isso implicasse pagar im- no Supersimples, para fins de recolhimento de seus tribupostos? Por fim, tirando um ou outro processo penal contra tos. Com esse nome, João imaginou tratar-se de algo comseus diretores, haveria outro paraíso terrestre, no qual se- preensível até para ele. Ledo engano. O contador falou ria possível extrair minerais, exportá-los (subfaturando as das possíveis tabelas nas quais poderia estar enquadrada exportações) e contaminar um rio, sem muitos incômodos? sua empresa e de uma série de obrigações acessórias que Enfim, prosseguia sua vida para o consumo, zombando precisariam ser cumpridas, sob pena de severas multas. daqueles que levaram a sério o tal Bauman, ao dizer que os Mostrou para João na tela de seu tablet o texto da “seres humanos haviam se transformado em mercadorias” na tal lei do regime de tributação simplificado (Lei Comprateleira da vida, na vã tentativa de tornarem-se o mais dese- plementar 123 e atualizações), sendo que o candidato jáveis possível. O que importava a Johnny era ser feliz. Como a empreendedor desistiu de ler depois do primeiro artinão ser, se possuía tudo que desejava e, nos camarotes vip da go. Ah que saudades dos livros de autoajuda! Eram curtiexistência, podia ser visto e admirado? Nada superava a ale- nhos, claros, com todas respostas e com letras grandes... gria que sentia com a inveja alheia... Isso era sua felicidade! Se tudo desse certo e a empresa crescesse, poderia Naquele mesmo país, porém, havia alguém que outro- optar pela tributação como base no lucro presumido ou ra fora seu homônimo (João), embora com vidas diferentes real, claro que nesse caso seria necessário pagar todos os desde o berço. João havia lido recentemente dois livros, bem tributos que incidiram na operação, cuja sopa de letricurtinhos, que praticamente sintetizavam o caminho a ser nhas até hoje atordoam João (IR, CSLL, PIS, COFINS, ICMS, percorrido para tornar-se Johnny. Tratavam-se de dicas para ISSQN). É lógico que se assim fosse, as obrigações acessóser feliz, bem-sucedido e ser um empreendedor afortunado, rias seriam outras, DCTF, SPED PIS COFINS, DIRF, Declaem pouco tempo. Aliás, o tempo era um bem precioso e a ração de IR, GIA e outras mais que nem contador lembra. paciência uma virtude dos incompetentes a geri-lo. Também Isso foi o nocaute! João resolveu esquecer a amargura assistiu a uma palestra com um guru do empreendedoris- de não conseguir ser um feliz empreendedor naquele esmo, que o convencera a ser livre e ter seu próprio negócio. tranho país. Muito melhor continuar motoboy, transporEufórico, montou uma empresa e a denominou Startup, tando a “quentinha”, sem nota fiscal. Principalmente, sem pois o nome estrangeiro agregava conteúdo, muito embora responsabilizar-se por aquelas refeições, que de orgânicas seu negócio consistisse em realizar a entrega de refeições, tinham apenas o nome. Afinal, como já cantara o granem relação as quais dizia-se empregar alimentos exclusiva- de Zé Geraldo: Quem nasce Zé, não morre Johnny não...
56
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
57
CB-11 PRESTAÇÃO DE CONTAS
2016 N
o último dia 15 de dezembro, ocorreu o café da manhã do CB-11: Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro, com a presença de empresas e entidades do setor. Durante o encontro foram apresentados alguns dados importantes relacionados ao ano de 2016, período em que aconteceram 36 reuniões com 259 participantes. O comitê tem 268 normas publicadas, sendo que no ano passado 34 foram revisadas. Na sequência, a lista das publicações por Comissão de Estudo. Comissão de estudo de Ensaios Físicos e Químicos e Couro Coordenadora: Manuela Almada 1. ABNT NBR 14548:2016 Couro - Ensaios físicos e químicos Terminologia; 2. ABNT NBR 13525:2016 Ensaios físicos e químicos em couro Valores orientativos para aceitação de couros; 3. ABNT NBR 16511:2016 Couro - Ensaios químicos - Preparação de amostras para análise química (ISO 4044:2008, MOD); 4. ABNT NBR ISO 11641:2016 Couro - Ensaio de solidez da cor Solidez da cor ao suor; 5. ABNT NBR ISO 2589:2016 Couro - Ensaios físicos e mecânicos Determinação da espessura; 6. CN - ABNT NBR ISO 5403-1 Couro - Determinação da resistência à água em couros flexíveis - Parte 1: Compressão linear contínua
58
• janeiro | fevereiro
(penetrômetro); 7. CN - ABNT NBR ISO 11640 Couro - Ensaio de solidez da cor Solidez da cor por ciclos de fricção vai e vem. Comissão de estudo de Resíduos Líquidos em Couro Coordenadora: Janete Schneider 1. ABNT NBR 13348:2016 Banho residual e efluente líquido - Determinação do teor de óleos e graxas totais, minerais e vegetais; 2. ABNT NBR 13337; Couro Banho residual de remolho e píquel Determinação de cloreto de sódio. Comissão de estudo de Insumos Coordenadora: Janete Schneider 1. ABNT NBR 14182:2016 Insumos Desencalante Determinação do índice de tamponamento; 2. ABNT NBR 11125:2016 Insumos - Tanantes - Determinação do teor de sólidos totais; 3. ABNT NBR 11070:2016 Insumos para couro - Corantes Determinação da estabilidade das soluções à água dura; 4. ABNT NBR 11059:2016 Insumos - Ligantes - Determinação do pH em suspensão aquosa; 5. ABNT NBR 14547:2016 Couros - Insumos líquidos - Determinação da densidade de massa; 6. ABNT NBR 11117:2016 Insumos - Tanante - Determinação do teor de umidade indireta; 7. ABNT NBR 14819:2016
Insumos Determinação da concentração pelo índice de refração; 8. CN - ABNT NBR 9233; Insumos para couro - Substância graxa - Determinação do teor de SO3 orgânico total; 9. CN - Projeto de Revisão ABNT NBR 11127 Pasta pigmentada Determinação do poder tintorial. Comissão de estudo de Substâncias Restritivas em Couro, Calçados, Componentes e Artefatos Coordenadora: Janiela Gamarra 1. ABNT NBR ISO/TS 16186:2016 Calçados - Substâncias críticas potencialmente presentes em calçados e componentes para calçados - Método de ensaio para determinação quantitativa do dimetilfumarato (DMFU) em materiais de calçado; 2. CN - ABNT NBR ISO/ TS 16179 Calçados - Substâncias críticas presentes no calçado e nos componentes dos calçados - Determinação de compostos organoestânicos em materiais de calçados; 3. CN - ABNT NBR ISO 17075 MOD Couro - Ensaios químicos Determinação do teor de cromo (VI); 4. Projeto 11.200.05-014 Calçados e componentes - Substâncias restritivas - Determinação de Chumbo Total (Pb) e Cádmio (Cd) Total. Comissão de estudo da Construção Inferior do Calçado Coordenadora Vanda Ribeiro 1. ABNT NBR 14743:2016
FOTO LUÍS VIEIRA
Construção inferior do calçado - Solas, solados e materiais afins - Determinação da resistência ao flexionamento por solicitações contínuas; 2. ABNT NBR 14824:2016 Construção inferior do calçado - Unissolas e entressolas Determinação da densidade em peças inteiras - Método hidrostático; 3. ABNT NBR 15339:2016 Construção inferior do calçado Material de planta para palmilha de montagem - Determinação da resistência à flexão; 4. CN - ABNT NBR ISO 17707 - Calçados - Método de ensaio para solas - Resistência à flexão. Comissão de estudo da Construção Superior do Calçado Coordenador: Rafael Gallas 1. ABNT NBR 14099:2016 Construção superior do calçado Laminados sintéticos Determinação da espessura; 2. ABNT NBR 14366:2016 Construção superior de calçado Laminados sintéticos Determinação da resistência ao rasgamento por agulha; 3. ABNT NBR 14822:2016 Construção superior do calçado - Laminados sintéticos
- Determinação da resistência à costura em ensaio dinâmico e estático de tração; 4. ABNT NBR 14554:2016 Construção superior do calçado Laminados sintéticos Determinação da massa por unidade de área (gramatura); 5. ABNT NBR 15541:2016 Construção superior do calçado Laminados sintéticos Determinação da ruptura por esfera; 6. ABNT NBR 14368:2016 Construção superior do calçado Laminados sintéticos Determinação da resistência do acabamento à fricção com borracha; 7. ABNT NBR 15496:2016 Construção superior do calçado - Determinação da resistência à abrasão - Método Martindale.
Comissão de estudo do Calçado Coordenadora: Morgana Vatte 1. ABNT NBR 16453:2016 Calçados - Valores orientativos; 2. ABNT NBR 15171:2016 Calçados Determinação da resistência à flexão; 3. ABNT NBR 15686:2016 Calçados - Determinação da adesão rápida à sola; 4. ABNT NBR 15377:2016 Calçados Determinação da resistência ao arrancamento de saltos; 5. ABNT NBR 15687:2016 Calçados Determinação da resistência final da colagem da vira 180°; 6. ABNT NBR 15838:2016 Calçados Determinação da resistência à penetração de água com máquina de flexão.
Comissão de estudo de Conforto de Calçados Coordenador: Aluisio Avila 1. ABNT NBR 16473:2016 Conforto em calçados escolares Requisitos e ensaios; 2. CN - ABNT NBR 14837; Calçados - Determinação da temperatura interna do calçado; 3. ABNT NBR 14838:2016 Calçados - Determinação do índice de amortecimento do calçado.
Comissão de estudo de Ensaios Biológicos em Couro Coordenadora: Débora Bernardes 1. ABNT NBR 15275:2016 Ensaios biológicos - Palmilha, laminados sintéticos e solados Determinação da resistência ao ataque microbiano; 2. CN - ABNT NBR 14420 Couro - Determinação da resistência ao ataque fúngico por exposição em Câmara Tropical.
janeiro | fevereiro •
59
60
• janeiro | fevereiro
IMAGEM LUÍS VIEIRA
TECNOLOGIA
NOVOS MATERIAIS
para impressão 3D A Este centro dedica-se ao desenvolvimento de soluções personalizadas de materiais e aplicações para clientes finais. O diretor global de Materiais 3D e Aplicações Avançadas da HP, Tim Weber, afirma que a parceria vai acelerar o processo. “Ao fazer parcerias com empresas que têm uma longa história no desenvolvimento de novos materiais com clientes na indústria de manufatura, queremos alterar a impressão 3D, que é feita em séries de pequenos lotes, para a produção industrial em larga escala”. Já o responsável pela estratégia de impressão 3D da Basf nos Novos Negócios, Dietmar Geiser, destacou o atendimento ao consumidor. “Em colaboração com a HP, combinamos o nosso entendimento das necessidades dos clientes e aplicações, juntamente com a expertise em materiais”, disse.
Como funciona A tecnologia Multi Jet Fusion da HP é semelhante à impressão 2D, em que uma cabeça de impressão aplica os agentes no formato desejado sobre um pó de polímero. Os agentes e o pó são então expostos à energia para permitir a fusão. Devido à condutividade térmica específica dos agentes, o pó de polímero derrete apenas nas áreas onde a cabeça de impressão aplicou o agente de fusão, não derretendo onde o agente de detalhamento foi aplicado. Este processo difere da sinterização a laser, amplamente utilizada, no qual o pó é aplicado e depois derretido gradativamente com um laser em movimento. Comparada com outras tecnologias de impressão 3D, a tecnologia Multi Jet Fusion da HP está preparada para acelerar em até dez vezes a produção em grande escala, reduzindo os custos pela metade.
Composition E2E Solution 4200
FOTO DIVULGAÇÃO
Basf se uniu à HP para oferecer novos materiais de impressão 3D por meio da plataforma aberta Multi Jet Fusion. As duas companhias estreitaram a colaboração para acelerar o ciclo de aprendizagem sobre os requisitos e especificações necessárias para desenvolver materiais para produção em larga escala. A Basf está empenhada em integrar as ideias geradas a partir desta troca, para acelerar o desenvolvimento de uma variedade de novos materiais para produtos de impressão 3D melhorados. Para coordenar suas atividades de desenvolvimento do mercado de impressão em 3D e a estratégia de inovação, foi montada uma nova unidade de negócios na Basf New Business GmbH (BNB) e criado um Centro de Aplicação de Tecnologia para impressão 3D em Heidelberg, na Alemanha.
janeiro | fevereiro •
61
A CIÊNCIA DA FÁBRICA
E A INOVAÇÃO CAPÍTULO 5/6: A GESTÃO DA PONTUALIDADE DAS ENTREGAS DOS CALÇADOS DESEJADOS E PROCURADOS PELOS CONSUMIDORES E PELOS MERCADOS MS Eng. Fernando Oscar Geib
1 - A crescente pontualidade da Entrega Já! é impulsionada pelos aperfeiçoamentos da Manufatura Avançada da fábrica baseada na simultaneidade operacional Os mercados onde atuam e se manifestam os consumidores, entre os quais se incluem os compradores de calçados, têm apresentado um comportamento mutante bem característico e identificado, à medida do crescimento e do desenvolvimento das redes sociais. Estes sistemas de interação promovem uma comunicação simultânea de dezenas, centenas e até de milhares de pessoas, numa estrutura em rede de comunicação, a qual assume um papel importantíssimo e essencial para os fornecedores de bens e de serviços e, no nosso caso, para as fábricas de calçados. A Nova Fábrica de Calçados (NFC) é um agente ativo nestas redes de consumo e de consumidores pela sua condição de ser uma fornecedora, assumindo seu espaço em todos os nós desta rede de pessoas dispostas a adquirir calçados. A partir dessa estrutura, os interessados em usufruir os benefícios destes produtos são continuamente “bombardeados” por informações que orientam e dirigem as suas escolhas quando da aquisição dos calçados que necessitam e desejam para o seu dia a dia. Sistemas de comunicação materiais e virtuais, como jornais, folhetos, revistas, rádio, televisão e internet, atuam fortemente neste sentido. Porém, estes meios de comu-
62
• janeiro | fevereiro
nicação tendem a perder sua força de convencimento, pois é crescente a capacidade de persuasão das redes sociais via internet, as quais são cada vez mais capazes de formar opiniões junto aos seus participantes, e o resultado é dirigir as necessidades explícitas e implícitas de forma individualizada dos compradores que estão nos nós desta rede que interliga as pessoas. As características destas manifestações de consumo, a individualidade e a pessoalizada, ou seja, o eu, está acima do nós. A Nova Fábrica de Calçados (NFC) é uma organização altamente beneficiada por esta comunicação virtual implantada pelos consumidores e suas redes de interação social, pois esta organização sapateira atua orientada por seu fundamento essencial que é a Simultaneidade em tudo o que desenvolve. Esta simultaneidade operacional dissemina-se por todas as redes de consumidores e por todos os mercados, ou seja, os adquirentes de calçados se apossam das informações sobre estes produtos, passando então a adquiri-los de modo igualmente simultâneo, pela aplicação do fundamento da Entrega Já! implantado por esta fábrica. Se por um lado esta condição operacional mostra-se como uma vantagem competitiva extremamente poderosa, por outro, qualquer não conformidade apresentada pelos calçados disponibilizados aos mercados disseminase rapidamente nestes ambientes. Esta condição conduz a Nova Fábrica de Calçados (NFC) a um patamar extremamente elevado de exigências de controle e de efetivi-
dade de seus processos produtivos. Falhas na produção e de disponibilização dos calçados nos mercados de consumo não são, nem podem ser, aceitas pelos gestores da Nova Fábrica de Calçados (NFC). Se esta fornecedora de calçados em descrição, ao oferecer seus produtos aos mercados, não dispor de sistemas preventivos altamente efetivos quanto a erros e desvios operacionais, uma curta sequência de não conformidades desta natureza dissemina-se pela fábrica como um turbilhão de falhas, as quais irão afetar significativamente o fundamento operacional da Simultaneidade, fragilizando de modo sensível este benefício operacional repassado aos compradores e aos mercados, que é o da Entrega Já! Os malefícios não param aí: a retomada do fundamento da Simultaneidade operacional na sua plenitude será complexa e exigirá um esforço organizacional de grande envergadura. Prejuízos, tanto financeiros quanto de imagem junto aos consumidores e aos mercados, serão expressivos e de grande monta, colocando esta fábrica em uma situação de alta vulnerabilidade, com relação a sua sustentabilidade plena.
2 - A Simultaneidade e as Leis da Variabilidade a que estão sujeitos os Sistemas de Produção Todo o processo, independentemente de sua aplicação - no caso da Nova Fábrica de Calçados (NFC), usado para a geração de bens materiais, os calçados, ou aplicados à geração de bens imateriais como os serviços: limpeza de uma sala de cirurgia de um hospital ou a venda de um automóvel - está sujeito a fatores perturbadores de sua estabilidade. O fator variabilidades está sempre presente, influenciando e afetando os processos quanto a custos, tempo de duração, qualidade do produto ou do serviço gerado. Processos constituem-se e são o Fator Essencial para as organizações e, por consequência, também para a Nova Fábrica de Calçados (NFC). Não é demasia relembrar que o criador e consolidador do conceito de “Processo” é Edwards Deming que, a partir deste fundamento essencial para as organizações, definiu serem os processos passíveis de medição e quantificação quanto ao Tempo de sua execução, à sua Qualidade intrínseca, ao Custo do seu desenvolvimento/aplicação e à sua Aplicação mais adequada. Para medir os fatores intrínsecos de um Processo como os anteriormente apresentados e definidos, Deming criou os instrumentos de Mensuração de Processos, denominados de Indicadores de um Processo. Definiu também um fundamento essencial para os processos o
qual se expressa da seguinte maneira: todo e qualquer processo está sujeito a variabilidades de seus resultados, cujas causas são, dentre muitos outros fatores: I - As habilidades físicas dos operadores dos processos; II - As características físicas dos materiais empregados nos processos; III - A ação dos recursos materiais que interveem nos processos; IV - O conhecimento das pessoas que desenvolvem o processo; V - As condições ambientais onde os processos são desenvolvidos. Para ter o domínio dos processos, principalmente quando os sistemas produtivos são orientados pelo fundamento da Produção Simultânea, como no caso da Nova Fábrica de Calçados (NFC), é absolutamente necessário que as unidades operacionais que estruturam o sistema de produção desta fábrica sejam entendidas como estruturas operacionais simultâneas sujeitas às Leis da Variabilidade dos Processos. O fundamento da Simultaneidade é, portanto, extremamente complexo e os operadores da Nova Fábrica de Calçados (NFC) devem estar intelectualmente preparados para o desafio de manter o fundamento da Simultaneidade, continuamente estável e continuadamente em operação. O Diagrama de Causa e Efeito proposto por Deming nos ajuda a entender os fundamentos da estabilidade da simultaneidade em processos produtivos mais complexos e de maior envergadura.
Figura 1
Na Figura 1, os fatores identificados como “Fatores Causa” estão em Estado de Simultaneidade. Os fatores identificados como “Efeito do Processo” estão por consequência igualmente na condição de Estado de Simultaneidade. A simultaneidade plena nos sistemas de produção resulta destas condições. Estas considerações identificam que a Nova Fábrica de Calçados (NFC) persegue continuamente a condição
janeiro | fevereiro •
63
de Manufatura Avançada, pela utilização continuada do fundamento da Simultaneidade, tanto dos Fatores Causa dos processos geradores de calçados na fábrica em descrição, quanto dos Fatores Resultados desenvolvidos e gerados por ação destas causas orientadas pela simultaneidade.
3 - As Leis da Variabilidade que afetam o estado de efetividade operacional dos Sistemas de Produção Simultânea e que pressionam negativamente o estágio de Manufatura Avançada da fábrica A Lei da Variabilidade O aumento da variabilidade sempre reduz o desempenho de um sistema de produção. Os Sistemas de Produção Simultânea aumentam a sua instabilidade. Estes sistemas produtivos devem ter controles rígidos e altamente disciplinados. Considerações sobre esta Lei: A) A variabilidade de um processo ou dos processos aumenta sempre que há uma redução da uniformidade das causas que impulsionam os processos tanto operacionais quanto os de gestão. A variabilidade é um fator dificultador e de ação destrutiva do estado de produção simultânea. Os Sistemas de planejamento e de controle da produção simultânea são baseados em modelos matemáticos avançados e a Nova Fábrica de Calçados (NFC) deve ser entendida como um sistema distribuído de produção em ambiente de produção simultânea. B) O controle é um fator essencial para alcançar a Simultaneidade Plena, Total e Continuada dos processos, tanto de gestão quanto os de produção, por longos prazos. O desafio é aplicar controles simultâneos às operações nas flutuações aleatórias dos sistemas produtivos, em função da variabilidade dos tempos de produção. Os planejadores da produção devem estar extremamente atentos para não aumentar a variabilidade dos e nos sistemas de produção. A prática mostra que há uma tendência de se cair na armadilha de aumentar a complexidade dos sistemas de produção, à medida que a Tecnologia da Informação e a maior integração dos sistemas de informática forneçam mais oportunidades de definir controles. Os sistemas de otimização e de planejamento avançados baseados na ferramenta Programação Linear, por exemplo, são muito suscetíveis a esta condição e situação. Estes sistemas informatizados devem estruturar Sistemas Distribuídos de Produção em ambientes de Produção Simultânea, chegando ao estágio desejado de Manufatura Avançada. Os planejadores dos sistemas de Produção Simultânea devem ter em mente que a utilização simultânea de recursos de produção é o caminho da
64
• janeiro | fevereiro
redução dos prazos de entrega e por consequência estar à frente com sistemas de satisfação dos clientes/lojistas e os consumidores/compradores dos calçados. A Lei das Reservas de Variabilidade Em um Sistema de produção, a variabilidade formará as suas reservas de segurança, a partir de algumas combinações de: - Estoques; - Capacidades; - Tempos. O fundamento da Simultaneidade sempre atuará nos sistemas produtivos eliminando/minimizando estas reservas de segurança, que são nada mais nada menos do que pequenos estoques internos ao sistema produtivo.
4 - As reservas de segurança da Nova Fábrica de Calçados (NFC) para fortalecer e manter fortalecido o fundamento da Simultaneidade Operacional Mesmo que a Nova Fábrica de Calçados (NFC) esteja focada em manter a plenitude de seus sistemas produtivos baseados na Simultaneidade Operacional, em determinadas situações estas condições são dificilmente alcançáveis ou até mesmo inviáveis. Os mercados de consumo de calçados definem regramentos e exigências que se refletem diretamente na sua operacionalidade, tornando o fundamento da Manufatura Avançada inviável e inalcançável. A Ciência da Fábrica em descrição deve avançar ainda mais para buscar soluções para estas condições ainda não vividas e operadas por seus sistemas produtivos. Destes impasses operacionais certamente surgirão inéditas soluções que, uma vez operadas com o sucesso planejado e desejado, passam a ser “mais uma página” da ciência e da produtora de calçados. É importante chamar a atenção para um fator fundamental que é o impulsionador dos progressos e avanços da Ciência da Fábrica: Os ciclos de vida curtos dos calçados. Sendo assim, cada nova estação ou ciclo da moda obriga esta fábrica repensar-se para continuar competitiva e economicamente sustentável. O fundamento da Simultaneidade “puxa” novas e inéditas soluções para viabilizar os seus processos produtivos sob uma visão de sustentabilidade plena. Ao avançar do tempo, todas estas experiências e práticas ampliam e consolidam a Ciência da Fábrica e os processos de inovação, preparando-a para ser cada vez mais rápida nas suas respostas aos mercados e aos consumidores, ou seja, uma fábrica de calçados modelo e referência em Manufatura Avançada pela simultaneidade de suas ações!
janeiro | fevereiro •
65
66
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro •
67
ARTIGO Científico
ÍNDICE DE ABSORÇÃO DE VIBRAÇÕES: QUANTIFICAÇÃO DA ABSORÇÃO DO IMPACTO NO USO DA ACELEROMETRIA TIBIAL ALMEIDA, Luís Filipe de1; ALEF, Benedetti1 e ZARO, Milton Antonio1 1 - Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC)
Resumo O presente trabalho apresenta uma pesquisa com acelerometria tibial, visando a analisar as vibrações absorvidas pelo sistema musculoesquelético; desenvolveu-se uma metodologia de teste, que inclui taxa de aquisição de dados, número de pontos coletados, análise estatística, avaliação do número de ensaios a serem realizados e avaliação da modelo que executava os testes em dias diversos, dentre outros aspectos. Foi criado um índice de absorção de vibrações (IAV) para comparar os picos de aceleração descalço/
Palavras-chave:
68
calçado, avaliando, desta maneira, a influência do calçado. Esse trabalho foi realizado em parceria exclusiva com a empresa Klin, e resultou da análise de vários calçados (alguns de outras marcas, para efeito de comparação). De todos calçados avaliados da Klin, somente um não alcançou o índice considerado satisfatório e este modelo já está sendo trabalhado para melhorar seu índice, mostrando a preocupação da empresa no trinômio saúde, educação e conforto.
acelerometria tibial, biomecânica, índice de absorção de vibrações
• janeiro | fevereiro
Introdução Este trabalho foi realizado em parceria exclusiva com a empresa Klin Produtos Infantis Ltda. (empresa que possui diversos selos IBTeC: (a) Conforto, (b) Inovação Tecnológica e (c) Tecnologia do Conforto. Durante a marcha humana, o pico de impacto observado no eixo longitudinal da tíbia se deve ao impacto do pé com o solo (calcâneo, na caminhada), gerando uma onda de choque que se propaga pelo corpo e que é dissipada à medida que chega próximo da região da cabeça, conforme exposto em Shorten (2000). Atualmente, o impacto é medido através da Taxa de Aceitação de Peso (TAP), um dos parâmetros avaliados pelas normas de Conforto do calçado. A utilização de plataformas de força na medida da TAP propicia uma informação sobre a força de reação do solo, ou seja, a força resultante do contato do pé com o solo. O uso de plataformas de força, portanto, não permite medir a força que está sendo exercida nos demais segmentos corporais (tornozelo, joelho, coluna, por exemplo). Por meio da acelerometria pode-se realizar medidas diretamente no indivíduo, quantificando a onda de choque em diferentes partes do corpo, como tíbia, coluna ou cabeça. A acelerometria tibial é utilizada neste estudo, porque é na tíbia que ocorre a maior amplitude de aceleração em termos do sistema musculoesquelético humano. Segundo Lafortune, Lake e Hennig (1996), a onda de choque causada por repetitivos contatos do pé com o solo provoca grande parte do desgaste e lacerações do sistema musculoesquelético devido ao efeito cumulativo da carga dinâmica, podendo resultar em processos inflamatórios, calosidades, fissuras no osso e até mesmo fraturas, se o nível do impacto for suficientemente elevado. Dentre as inúmeras patologias associadas, pode-se destacar a osteoartrose (também conhecida como osteoartrite ou artrite degenerativa), uma doença incurável caracterizada pelo desgaste dos tecidos flexíveis presentes na extremidade dos ossos (também conhecido como tecido conjuntivo ou cartilagem). Esta doença atinge uma parcela significativa da população idosa e apresenta mais de dois milhões de casos anuais somente no Brasil, causando dores nas articulações e a diminuição da qualidade de vida. Avaliando o trabalho de Bennell, Hunter e Vicenzino (2012) observa-se que a prática de esportes de alto rendimento está diretamente ligada ao aparecimento da osteoartrose. Parece não haver relação entre a prática de exercícios moderados ou de atividades cotidianas com a doença, mas é intuitivo pensar que o tecido cartilaginoso tende a ser menos desgastado se sofrer menores impactos ao longo da vida. Como não é possível regenerar este tipo de tecido, a utilização de calçados que absorvam os impactos provenientes da marcha humana, desde idades iniciais, parece ser uma medida bastante positiva na prevenção da osteoartrose. Desejando encontrar uma forma de quantificar a absorção dos impactos gerados pelo primeiro pico de impacto da marcha em uma medida realizada no indivíduo, desenvolveu-se um estudo utilizando acelerômetros, que acabaram por resultar no Índice de Absorção de Vibrações (IAV). Conforme Lida (1990), as vibrações são particularmente danosas ao organismo nas frequências mais baixas, de 1 a 80Hz. Elas provocam lesões nos ossos, juntas e tendões. As frequências intermediárias, de 30 a 200Hz, provocam doenças cardiovasculares, mesmo com baixas amplitudes e, nas frequências altas, acima de 300Hz, o sintoma é de dores agudas e distúrbios neurovasculares. A primeira publicação internacional que estabeleceu limites de exposição a vibrações nessa faixa foi a norma ISO 2631, de 1978, que apresentava valores máximos de vibrações suportáveis para tempos de um minuto a doze horas de exposição.
Objetivo Desenvolver uma metodologia para a quantificação da absorção do primeiro pico de impacto de diferentes calçados e indivíduos.
Materiais e métodos - 1 acelerômetro uniaxial, marca Bruehl&Kjaer, modelo 4507 B 006, sensibilidade de 484,2 mV/g, frequência de ressonância de 17,9KHz, pico máximo de 140.m.s-2; - 1 conversor A/D de 12 bits, 38KHz de taxa de amostragem máxima e ± 4,096V de fundo de escala; - 1 condicionador de sinais de 16 canais, marca Bruehl&Kjaer modelo 2694C; - Computador tipo notebook; - Computador tipo desktop com os softwares LabView 8.5, DAQ 8.8, Matlab 2013 e EasyPHP instalados;
janeiro | fevereiro •
69
ARTIGO - Esteira ergométrica, marca Inbramed modelo Master 1; - Fitas de velcro; - Madeira balsa com 1,5mm de espessura; O acelerômetro uniaxial foi fixado no ponto médio da tíbia, através de cinta com velcro, conforme figura 1. Entre o acelerômetro e a pele dos modelos foi introduzida a madeira balsa com 1,5mm de espessura, a fim de eliminar lesões causadas pelos cantos metálicos dos acelerômetros. Modelos adultas (do sexo feminino e com tamanho do pé variando de 35 a 37, no padrão brasileiro) caminharam na esteira ergométrica a uma velocidade de 4km/h, inicialmente descalças e depois utilizando um calçado do tipo tênis.
Figura 1: Fixação do acelerômetro uniaxial na tíbia Fonte: Os autores, 2016
A coleta dos dados de acelerometria se deu através do Sistema de aquisição e armazenamento de dados para análise de absorção de vibrações durante marcha humana (desenvolvido no laboratório de pesquisa em Biomecânica do IBTeC). O acelerômetro foi ligado a um condicionador de sinais e este teve sua saída ligada a um conversor AD. O software LabView foi utilizado para armazenar, em um arquivo de texto, os dados coletados. Rotinas foram escritas em MatLab para análise matemático/estatística do sinal. Por fim, um software escrito em PHP foi utilizado como banco de dados para o armazenamento e comparação dos resultados. De posse de sistema de aquisição, iniciaram-se as coletas buscando determinar a melhor metodologia de ensaio para que os dados coletados resultassem em um Índice de Absorção das Vibrações (IAV) estável. Para tanto, a metodologia deveria minimizar desvios estatísticos, experimentais e biológicos, além de contornar os ruídos eletrônicos (inerentes a qualquer coleta de dados experimental). Diversos tópicos foram abordados, conforme descrição a seguir. a) Determinação da variável utilizada no domínio do tempo: Inicialmente haviam duas abordagens bem claras: a amplitude do pico ou a amplitude pico a pico. Os pontos vermelhos, na figura 2, representam os valores de amplitude do pico, ou seja, o valor máximo da aceleração positiva (tendo o zero como referência). A subtração deste resultado com o valor máximo da aceleração negativa (circuos verdes), representa o valor pico a pico. O desvio padrão dos dados foi utilizado como ferramenta estatística para embasar cientificamente a escolha da variável mais estável. O procedimento experimental seguido foi o de armazenar o valor de cinquenta de cada uma das variáveis apresentadas na figura 2. Posteriormente, o valor médio e o desvio padrão da média foi calculado. A análise dos resultados evidenciou que a amplitude do pico é a grandeza mais estável, apresentado praticamente a metade do valor do desvio padrão.
70
• janeiro | fevereiro
Figura 2: Ilustração da amplitude do pico e do valor pico a pico Fonte: Os autores, 2016
b) Possibilidade de retirar N maiores e N menores picos, mantendo a média e diminuindo o desvio padrão: A utilização do conceito estatístico da rejeição de dados (ou critério de Cheuvenet) permitiu uma melhora significativa nos resultados. Analisando a figura 3, observa-se que a retirada de 10 maiores e 10 menores picos de impacto, praticamente não altera a média, entretanto diminui o desvio padrão à metade.
Figura 3: Evolução da média e do desvio padrão em função da retirada de “N maiores e N menores” picos Fonte: Os autores, 2016
Este procedimento teve por objetivo diminuir os desvios biológicos, presentes na marcha humana. A literatura deixa claro que a marcha apresenta uma variabilidade da ordem de 15%, intrínseca ao ser humano e, por isso, inacessível ao pesquisador, justificando a retirada dos pontos discrepantes. Conforme será demonstrado no item c, o número mínimo de picos necessário para se obter uma média estável é 30. Sabendo que é possível retirar os 10 maiores e os 10 menores valores sem alteração no valor médio, definiu-se que o número mínimo de picos analisados em cada série temporal seria igual a 50. Conhecendo a passada média de uma modelo feminina a 4km/h, inferiu-se que o tempo mínimo de coleta deveria ser de 1 minuto. c) Tempo de realização do ensaio Conhecendo o tempo mínimo de uma coleta, realizaram-se aquisições de até 30 minutos de marcha, separadas em pequenos intervalos de 1 minuto cada, ou seja, 50 picos de impacto. Isso propiciou uma visão da evolução temporal da média para os ‘n’ minutos de marcha, permitindo, por exemplo, a avaliação do período de adaptação da modelo à marcha em esteira. Além disso, neste estudo, verificou-se um aumento significativo no valor médio em função do tempo, conforme figura 4. Este comportamento foi observado em diferentes modelos
janeiro | fevereiro •
71
ARTIGO e uma das hipóteses é que seja resultado da fadiga da modelo. Devido a esse fator, ficou convencionado que a coleta seria composta de 10 minutos de marcha descalça, seguida de 10 minutos de descanso, terminando com 10 minutos de marcha calçada. No exemplo da figura 4, é possível calcular a variabilidade da média de 50 picos. Escolhendo o valor máximo (minuto 25 com amplitude de aproximadamente 0,72) e o valor mínimo (minuto 2 com amplitude de aproximadamente 0,61), pode-se determinar que a variação chega a 15%, dentro do valor aceitável para a variabilidade humana, entretanto, alto demais para a precisão que se deseja aplicar ao trabalho. Outro ponto interessante desta curva é a adaptação da marcha em esteira, caracterizado pela queda na média do primeiro para o segundo minuto.
Figura 4: Análise de marcha em longos períodos Fonte: Os autores
A figura 5 demonstra um exemplo de uma curva obtida com a metodologia descrita até aqui. As curvas em azul representam o valor médio e o desvio padrão sem a exclusão dos 10 maiores e 10 menores picos.
Figura 5: Valor médio e desvio padrão dos picos de impacto para 10 minutos de marcha descalça Fonte: Os autores, 2016
d) Comprovação do modelo gaussiano: Grande parte da teoria estatística aplicada neste trabalho, principalmente no quesito propagação de incertezas, é baseada no modelo Gaussiano. A figura 6 apresenta esta característica para um calce. Tanto para os dados calçados (à esquerda) quanto para os dados descalços (à direita) percebe-se que há uma boa semelhança dos histogramas gerados com as curvas normais. Estes histogramas são constituídos por 50 picos de impacto. No centro da figura observa-se o histograma com todos os 500 picos de impacto atrelados à medida calçada e todos os 500 picos de impacto atrelados à medida descalça.
72
• janeiro | fevereiro
Figura 6: Distribuição gaussiana dos picos de impacto Fonte: Os autores, 2016
A análise da figura 6 deixa claro que a forma Gaussiana é nítida quando o número de picos é grande. Como exemplo, pode-se avaliar o quarto e o oitavo minutos da marcha descalça. Obviamente que estes minutos de marcha não correspondem à uma curva Gaussiana; entretanto, na soma do conjunto de todos os picos, a Gaussiana é obtida. A figura 7 evidencia o mesmo comportamento, porém de outro ponto de vista. Em vermelho, observamos todos os 500 picos de impacto. Em azul os 300 picos onde foram retirados os 10 maiores e 10 menores de cada minuto de marcha. Em verde a curva média.
Figura 7: Curva média dos picos de impacto Fonte: Os autores, 2016
e) Análise da marcha em dias distintos: A mesma análise foi executada para cada modelo, em dias distintos, onde se deseja observar a repetitividade da curva. Na figura 8 percebe-se uma diferença significativa na amplitude dos picos de impacto, entretanto, conforme será demostrado posteriormente, ao realizar a comparação da marcha calçada com a marcha descalça, esta discrepância é atenuada.
janeiro | fevereiro •
73
ARTIGO
Figura 8: Marcha descalça para uma modelo em diferentes dias Fonte: Os autores, 2016
f) Análise da marcha de diferentes modelos: Apesar de terem sido feitos testes para avaliar a correlação das curvas de acelerometria da mesma modelo em dias distintos, a grande maioria dos resultados foi baseada em estudos de diferentes modelos, pois cada indivíduo possui um padrão diferente de marcha. A principal diferença entre modelos se deve em encontrar qual é o pico mais pronunciado, ou seja, se a maior aceleração ocorre no contato do calcâneo com o solo ou se ocorre do contato dos metatarsos com o solo. Para fins de cálculo dos índices (apresentados posteriormente) ficou convencionado que o maior entre estes dois picos (calcâneo e metatarso) seria o escolhido como pico de impacto da marcha.
Metodologia adotada - A taxa de aquisição mínima deve ser de 2000Hz; - O mesmo calçado é testado por, no mínimo, 3 modelos; - São realizadas coletas dos 10 primeiros minutos, com 1 minuto de duração em cada uma; - Em cada coleta são encontrados 50 picos de impacto, retirando os 10 maiores e os 10 menores; - Entre as coletas calçada e descalça, é dado um intervalo de 10 minutos para evitar que uma possível fadiga da modelo interfira nos resultados. Cálculo do índice de absorção de vibrações De cada uma das 10 séries temporais (diferentes minutos da marcha coletados) são escolhidos 50 picos de impacto. Totalizando 500 picos calçados e 500 picos descalços. Após são retirados os 10 maiores e os 10 menores picos em cada série temporal, conforme ilustrado na figura 9.
Figura 9: Escolha dos picos de impacto em uma série temporal Fonte: Os autores, 2016
74
• janeiro | fevereiro
A média dos picos de impacto, sem os maiores e menores, de cada série temporal é calculada. A média das médias (MDM) é calculada, tanto para a marcha calçada quanto para a marcha descalça. Sendo assim, após se obter o valor da média das médias, pode-se calcular o IAV da seguinte forma:
Resultados Conforme pode-se observar na tabela 1, o índice é repetitivo. Com exceção da modelo_f no dia 30/08/2016, pode-se observar uma enorme coerência nos dados das cinco diferentes modelos testadas. Este ponto discrepante pode ser associado a inúmeros fatores ligados à modelo, como a prática de exercícios físicos, horas de sono ou consumo de café, por exemplo. Outra possibilidade de análise (tabela 1) é a dos resultados da mesma modelo. Conforme o item e (ou figura 8), apesar da amplitude do pico variar ao longo dos dias, a relação entre a marcha calçada e descalça se mantém constante, ou seja, o IAV permanece coerente.
Tabela 1: Comprovação da repetitividade do índice Fonte: Os autores, 2016
Estudos preliminares, realizados com calçados do tipo tênis, calçados de segurança e chinelos, mostraram que é possível separar quantitativamente os calçados com a utilização do IAV. Como o foco deste trabalho não é estudar os calçados e sim o índice, os modelos estudados serão omitidos. A comparação do ACEL012 com o ACEL005, por exemplo, deixa claro que há uma diferença significativa na absorção de impacto por parte destes calçados.
janeiro | fevereiro •
75
ARTIGO
Tabela 2: Comparação de diferentes calçados Fonte: Os autores, 2016
Conclusões Após a coleta de 100 horas de marcha, ou seja, mais de 20Gb de dados e aproximadamente 150 ensaios válidos, pode-se concluir que, de modo geral, há uma boa correlação entre os resultados obtidos em testes de dias diferentes. Isso significa que a metodologia utilizada para os testes é capaz de tornar a variável humana minimamente controlada e que, com um número suficiente de amostras, o desvio padrão do IAV é pequeno o bastante para permitir a distinção dos calçados aprovados dos calçados reprovados.
Referências bibliográficas R. M. Shorten, Running Shoe Design: Protection and Performace, In: Maratathon Medicine (Ed. D. Tunstall Pedoe). London, Royal Society of Medicine. P. 159-69, 2000. B. M. Nigg, D. Stefanyshyn, G. Cole, P. Steretgiou, J. Miller, The effect of material characteristics of shoes soles on muscle activation and energy aspects during running. Journal of Biomechanics. V. 36, p.569-75, 2003. Bennell K1, Hunter DJ, Vicenzino B., Long-term effects of sport: preventing and managing OA in the athlete. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22847471> Acesso em: 26 Set 16 Ross A. Clarck, Simon Bartold, Adam L. Bryant, Tibial acceleration variability during consecutive gait cycles is influenced by the menstrual cycle. Clinical Biomechanics 25 (2010) 557–562.
76
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro â&#x20AC;˘
77
ARTIGO Técnico PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS APLICADOS A EFLUENTES INDUSTRIAIS Luana Graziela Adam Estagiária em engenharia química (IBTeC)
Resumo As mais diversas atividades industriais contribuem para a poluição e o descarte inadequado de resíduos no meio ambiente. Esses resíduos devem ser tratados e, se possível, reutilizados no processo produtivo. Algumas técnicas como microfiltração, ultrafiltração, nanofiltração, osmose inversa e eletrodiálise são opções eficientes para promover a separação necessária para que seja possível reutilizar o efluente tratado na indústria.
Introdução Inúmeras empresas durante seu processo produtivo geram efluentes ricos em metais tóxicos e outros poluentes orgânicos. Entre os principais, pode-se citar a água do processo de lavagem das indústrias que fazem tratamento de superfícies metálicas e efluente de curtumes, que apresentam uma alta concentração de metais e outras moléculas. O descarte inadequado deste contaminante é uma ameaça tanto ao meio ambiente quanto à saúde da população. Meios de tratamento convencionalmente utilizados não solucionam efetivamente o problema, pois ainda existe a geração de resíduo contaminado, o lodo, que também não deve ser descartado no meio ambiente. Uma alternativa é a utilização de um processo de separação por membranas. Os processos de separação por membranas são capazes de separar certas moléculas ou íons em meio aquoso. Com estas técnicas é possível obter uma solução concentrada e uma diluída, que podem ser reutilizadas no processo produtivo, diminuindo custos com insumos.
Revisão e Discussões Os processos de separação por membranas acontecem por meio de transferência de massa de um lado ao outro de uma membrana delgada, através de pequenos poros ou canais. Estes poros e canais possuem tamanhos diferentes e afinidades específicas em que apenas certas moléculas ou íons são capazes de atravessá-los, os demais devem ser retidos.1 Os tipos de sistemas de separação por membranas são variados e eles se diferenciam através da força motriz que é utilizada no processo. As duas principais forças motrizes são gradiente de pressão e gradiente de potencial elétrico.2 O Quadro 1 (página ao lado) apresenta alguns dos principais tipos de processos de separação por membranas. Nos métodos por gradiente de pressão, a separação ocorre de acordo com o tamanho dos poros das membranas, sendo denominados de microfiltração, ultrafiltração, nanofiltração e osmose inversa. Para cada um desses processos de separação é utilizada uma pressão e um tamanho de poro numa faixa específica.2 Espécies menores que os poros passam através das membranas e as espécies maiores ficam retidas.5 Na microfiltração os tamanhos de poros variam de 10 - 0,1 µm, sendo possível a passagem de bactérias e
78
• janeiro | fevereiro
Quadro 1 - Processos de separação por membranas.2,3
partículas coloidais em solução, mas não é capaz de separar moléculas. Entre as aplicações mais comuns estão desbacterização do leite, separação sólido-liquido, tratamento de água de lavagem, separação de emulsões de óleos em água e a eliminação de bactérias da água. A ultrafiltração tem tamanhos de poros de 0,1 - 0,01 µm e pode separar bactérias, partículas coloidais, macromoléculas e vírus. Entre as principais aplicações estão o tratamento de efluentes de tipografias e tinturarias, efluentes de látex e gelatinas, na regeneração de banhos de desengorduramento, e como pré-tratamento de água antes da nanofiltração.5 A nanofiltração tem tamanho de poros entre 0,01 - 0,001 µm. Com esta técnica é possível eliminação de pesticidas, nitratos etc. em águas subterrâneas, eliminação de metais pesados da água, eliminação de parafinas lineares em óleos combustíveis, filtração de gases de queima, entre outras.6 Na osmose inversa uma membrana semipermeável é submetida a uma corrente de alimentação pressurizada contendo o soluto em questão. A pressão interna exercida é maior do que a pressão osmótica da alimentação, fazendo com que o solvente consiga fluir através da membrana. Essa tecnologia também é chamada de hiperfiltração. Os componentes da planta devem ser mais robustos, pois a pressão utilizada é maior. A principal aplicação desta técnica é na dessalinização da água, mas também é utilizada em indústrias que fazem tratamento de superfícies metálicas.5 A eletrodiálise (ED) é um método de separação que utiliza membranas íon-seletivas, eletricamente carregadas, para separar espécies iônicas em solução aquosa através de uma diferença de potencial. As membranas utilizadas na eletrodiálise diferenciam-se das utilizadas nos métodos apresentados anteriormente, pois a transferência de massa ocorre por afinidade iônica. Este sistema foi primariamente desenvolvido há cerca de 60 anos com a finalidade de efetuar a dessalinização de água salobra, e também de algumas outras soluções salinas. Apesar da produção de água potável continuar representando o maior percentual de aplicação da técnica de eletrodiálise, outras aplicações foram difundidas ao longo das décadas. Pode-se observar que a ED é utilizada também para tratar efluentes industriais, na produção de ácidos e bases a partir dos seus sais, na desmineralização do soro do leite e na estabilização tartárica de vinhos. A tendência é que este método seja aprimorado e expandido para abranger setores cada vez mais diversificados.5,7,8 O processo de eletrodiálise consiste em uma série de membranas íon seletivas catiônicas e aniônicas dispostas alternadamente entre um ânodo e um cátodo, formando compartimentos internos ou células.5 Uma solução iônica, como uma solução salina, é bombeada através destes compartimentos e uma corrente elétrica é aplicada. Devido a essa corrente os componentes presentes na solução na forma de cátions e ânions migram em direção aos eletrodos. Os cátions migram para o terminal negativo, o cátodo, e os ânions para o terminal positivo, o ânodo.9 As membranas são ao mesmo tempo a barreira e o canal de passagem dos íons. Os cátions, que são íons carregados positivamente, migram em direção ao cátodo e somente conseguem atravessar as membranas catiônicas. Por sua vez os ânions, que são carregados negativamente, movem-se em direção ao ânodo e só conseguem atravessar as membranas aniônicas, como ilustrado na Figura 1. Como as membranas são dispostas alternadamente, são formados compartimentos diluídos e concentrados, também de forma alternada, no stack (conjunto formado pelos eletrodos, espaçadores e membranas) da eletrodiálise.5
janeiro | fevereiro •
79
ARTIGO
Figura 1 - Diagrama do princípio da eletrodiálise.5
A eletrodiálise é vantajosa se comparada à osmose reversa, pois as membranas utilizadas são mais estáveis térmica e quimicamente, permitindo sua utilização em ampla escala de temperaturas e pH. A maior desvantagem seria a limitação da ED em ter capacidade de separar apenas compostos iônicos, não sendo possível a separação das espécies orgânicas e dos demais compostos que muitas vezes estão presentes.5
Conclusão A escolha de quais métodos serão utilizados depende do efluente que a indústria produz e do seu conteúdo. Em vários casos apenas uma técnica não é suficiente, necessitando a utilização delas em conjunto. É preciso avaliar o custo/beneficio de cada planta, pois caso o efluente tratado não seja reutilizado em áreas nobres do processo o grau de pureza da água não precisa ser tão alto. A atenção para soluções em tratamento de efluentes tem sido mais explorada, pois a necessidade de reutilizar recursos é crescente tanto para reduzir custos com matéria-prima quanto para a preservação dos recursos naturais.
Bibliografia 1 KOYUNCU, I. et al. 3 - Advances in water treatment by microfiltration, ultrafiltration, and nanofiltration. In: BASILE, A.; CASSANO, A.; RASTOGI, N.K. (Ed.). Advances in Membrane Technologies for Water Treatment: Materials, Processes and Applications. Cambridge: Elsevier Ltda, 2015. p. 83-128. 2 STREIT, K. F. Estudo da aplicação de processos de separação com membranas no tratamento de efluentes de curtume: nanofiltração e eletrodiálise. 2011. 182 f. Tese (Doutorado em engenharia) - Curso de Pós-graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais, Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. 3 SCOTT, K. Handbook of industrial membranes, Elsevier Advanced Technology, 1. Ed. Oxford, UK, 912p, 1997. 4 BAKER, R. W. Membrane technology and applications. 2. ed. Menlo Park, CA: John Wiley & Sons, Ltd, 2004. 538 p. 5 NOBLE, R.D.; STERN, S.A. Membrane Separations Technology: Principles and Applications. United States of America. 2003. 3th ed. 718 p. 6 ALZAHRANI, S. et al. Comparative study of NF and RO membranes in the treatment of produced water— Part I: Assessing water quality. Desalination. v. 315, p. 18-26, 2013. 7 SHAPOSHNIK, V. A.; KESORE, K. An early history of electrodialysis with permselective membranes. Journal of Membrane Science, v. 137, p. 35-39, 1997. 8 WILSON, J. R. (Ed.). Demineralization by electrodialyses. London: Butterworths Scientific Publications, 1960. 378 p. 9 CHEREMISINOFF, N.P. Handbook of water and wastewater treatment technologies. United States of America. 2002. 636 p.
80
• janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro â&#x20AC;˘
81
ARTIGO
82
â&#x20AC;¢ janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro â&#x20AC;˘
83
ARTIGO
84
â&#x20AC;¢ janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro â&#x20AC;˘
85
A 40 GRAUS 51 3593.7889 www.feira40graus.com.br pág. 37 ABNT 11 3017.3638 www.abnt.org.br pág. 77 ABRAMEQ 51 3594.2232 www.abrameq.org.br pág. 17 ADERE 0800.701.2903 www.adere.com pág. 31
J JO MÁQUINAS 51 3587.2207 jo.noriel@gmail.com pág. 84
B BIBI 51 3512.3344 www.bibi.com.br pág. 96 BRASEG 11 5585.4355 www.braseg.tmp.br pág. 57
L LAB. BIOMECÂNICA 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 66 LABORATÓRIOS 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 65 LABORATÓRIO SUB. RESTR. 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 55 LUVASSETE 31 3772.2758 www.luvassete.com.br pág. 83
C CIPATEX 15 3284.9000 www.cipatex.com.br pág. 98 COLORGRAF 51 3587.3700 www.colorgraf.com.br pág. 33 COMELZ 51 3587.9747 www.comelz.com pág. 05 CONCEPT FOOTWEAR 51 3066.8585 www.concept-shoes.com.br pág. 81 D DÜRKOPP 11 3042.4508 www.durkoppadler.com pág. 27 E ENDUTEX BRASIL 51 3546.2000 www.endutexbrasil.com.br pág. 98 F FÁBRICA CONCEITO 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 45 FCC 51 2129.2200 www.fcc.com.br pág. 99 FGV 51 3065.6437 www.fgvrs.com.br pág. 23 FIMEC 51 3584.7200 www.fimec.com.br pág. 35 FOAMTECH 19 3869.4127 www.foamtech.com.br pág. 100 FORMAX 51 3589.9300 formax.com.br pág. 98 FRANCAL 11 2226.3100 www.francal.com.br pág. 38 G GUIA ASSOCIADOS 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 81 H HEAVEN CAELUM 51 3582.1130 endra@heavenbr.com pág. 85 I ISA TECNOLOGIA 51 3595.4586 www.isatecnologia.com pág. 29
86
• janeiro | fevereiro
K KENDA FARBEN 51 3599.1370 www.kendafarben.com.br pág. 98 KILLING 51 3586.8100 www.killing.com.br pág. 98
M MAQUETEC 51 3524.8033 www.maquetec.com.br pág. 25 MÁQUINAS MORBACH 51 3066.5666 www.morbach.com.br pág. 09 MARISOL 47 3372.6000 www.marisolsa.com.br pág. 83 MARLUVAS 32 3693.4096 www.marluvas.com.br pág. 15 METAL COAT 54 3215.1849 www.metalcoat.com.br pág. 07 O ORISOL 51 3036.4774 www.orisol.com.br pág. 17 P PROAMB 54 3085.8700 www.proamb.com.br pág. 18 R RB PRODUÇÕES GRÁFICAS 51 3097.0929 www.rb.art.br pág. 24 RETILOX 11 4705.9460 www.retilox.com.br pág. 02 S SINDICATO TRÊS COROAS 51 3546.1346 www.sindicatotrescoroas.com.br pág. 53 STICK FRAN 16 3712.0450 www.stickfran.com.br pág. 10 T TOLDOS SINOS 51 3582.4890 www.sphera.com.br pág. 53 V VÉRTICE COM. DE ROUPAS 51 3562.3538 www.verticeimpermeaveis.com.br pág. 83 Y YKK DO BRASIL 11 3066.1111 www.ykk.com.br pág. 83
ENTIDADES DO SETOR ABEST (11) 3256.1655 ABIACAV (11) 3739.3608 ABICALÇADOS (51) 3594.7011 ABINT (11) 3032.3015 ABLAC (11) 4702.7336 ABQTIC (51) 3561.2761 ABRAMEQ (51) 3594.2232 ABRAVEST (11) 2901.4333 AICSUL (51) 3273.9100 ANIMASEG (11) 5058.5556 ASSINTECAL (51) 3584.5200 CICB (61) 3224.1867 IBTeC (51) 3553.1000 FEIRAS DO SETOR BRASEG (11) 5585.4355 COUROMODA (11) 3897.6100 EXPO EMERGÊNCIA (11) 3129.4580 EXPO PROTEÇÃO (11) 3129.4580 FEBRAC (37) 3226.2625 FEIPLAR (11) 3779.0270 FEMICC (85) 3181.6002 FENOVA (37) 3228.8500 FIMEC (51) 3584.7200 FISP (11) 5585.4355 FRANCAL (11) 2226.3100 GIRA CALÇADOS (83) 2101.5476 HOSPITALAR (11) 3897.6199 INSPIRAMAIS (51) 3584.5200 PREVENSUL (51) 2131.0400 40 GRAUS (51) 3593.7889 QUÍMICA (11) 3060.5000 SEINCC (48) 3265.0393 SICC (51) 3593.7889 ZERO GRAU (51) 3593.7889
janeiro | fevereiro â&#x20AC;˘
87
A premiação aconteceu na sede da Bibi com a presença dos autores e dos respectivos responsáveis, a diretoria do IBTeC e da Bibi, além dos avaliadores.
IBTEC E BIBI PREMIAM O TALENTO
artístico infantil O Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) e a indústria de calçados infantis Bibi lançaram no dia 8 de setembro a campanha Meu Desenho Eco, com o objetivo de promover dentre as famílias dos seus colaboradores, fornecedores e parceiros o debate sobre a importância da sustentabilidade ambiental, bem como instigar as crianças a soltarem a imaginação, expressando através do desenho artístico a sua visão particular sobre o tema sustentabilidade ambiental. Os trabalhos foram divididos em três categorias: I) até cinco anos; II) dos seis aos sete anos; III) dos oito aos nove anos.
88
• janeiro | fevereiro
Uma Comissão Avaliadora selecionou os desenhos vencedores (dois em cada categoria), de acordo com os critérios previstos no regulamento que foi previamente postado no site www.ibtec.org.br. Os seis trabalhos destacados passam a ilustrar as capas internas da Revista Tecnicouro, na seção Caderno de Sustentabilidade & Inovação Tecnológica, a partir desta edição - cada ilustração será apresentada em uma das edições ao longo de todo o ano de 2017. Iniciamos a divulgação neste Caderno Especial onde revelamos os vencedores do concurso e apresentamos detalhes sobre o significado deste projeto. Também divulgamos o perfil de cada um dos componentes da Comissão Avaliadora, formada por
profissionais especialistas em criação e arte visual. Outros destaques são o comprometimento do IBTeC e da Bibi com relação à sustentabilidade ambiental e a antecipação dos novos modelos lançados pela marca para oferecer conforto e saúde para as crianças. Todos os participantes foram brindados com um diploma de participação e tiveram os seus desenhos impressos neste caderno. Porém, cada um dos seis vencedores - além do diploma - recebeu como premiação um par de calçados Bibi e a oportunidade de ver o seu desenho estampado em uma das capas internas da nossa publicação como forma de incentivo e reconhecimento ao seu talento e dedicação.
É
com imenso prazer que a Comissão Organizadora divulga os vencedores do 1º Concurso Meu Desenho Eco
Resultado do 1º Concurso Meu Desenho Eco
Categoria I (até 5 anos) Isadora dos Santos Santana 2 anos Kauã dos Santos Winck 5 anos Categoria II (6 a 7 anos) Letícia Navarro de Souza 6 anos Lucas Samuel Barth Mombach 7 anos Categoria III (8 a 9 anos) Joana de Souza Gallas 8 anos Nicolas dos Santos Winck 8 anos
Isadora
Kauã
Agradecemos também aos pais que estimularam os seus filhos a soltarem a imaginação através dos seus desenhos artísticos, bem como aos artistas Mai Bavoso e Andrea Hilgert e ao designer gráfico Fábio Scherer que auxiliaram na escolha dos desenhos a serem premiados. Parabéns aos vencedores e obrigado a todos!
Letícia
Lucas
Joana
Nicolas
janeiro | fevereiro •
89
A
lém dos seis vencedores, queremos destacar os demais participantes do nosso concurso que criaram lindos desenhos inspirados na natureza. A todos o nosso agradecimento pela disposição em participar e qualidade dos desenhos apresentados.
Filhos de funcionários do IBTeC
os)
os)
Murilo Silveira de Lima (7 anos)
ra Ludwig (10 an
os)
ki Becker (9 an
• janeiro | fevereiro
IBTeC
Rafaela Leono
Kauê César Batista (8 anos)
90
no
ra de Lima (7 an
a Quevedo (7 an
Lucca Jaroszes
testes de calce
Leticia Silvei
Arthur V. B. Mombach (5 anos)
Isabella Ferreir
Crianças que fazem os
os)
Thamyres da Silva Postai (8 anos)
Filhos de funcionários da
Bibi
Arthur Enrico K. Haag (4 anos)
Greice Maria K
irsch (9 anos)
)
ck Alves (8 anos
Leonardo Schu ias (5 anos)
Eduarda Otero D
João Vitor G. da Silva (6 anos)
Nathália Seifried Rebelo (8 anos)
Gabriela da S. dos Santos (7 anos)
Kauâ Moraes da
Rosa (8 anos)
iveira(8 anos)
Willyan de Ol
janeiro | fevereiro •
91
Um time de criativos avaliou os desenhos concorrentes
E
ntendendo que é preciso ter muita sensibilidade para avaliar os desenhos feitos por crianças, principalmente quando se tem participantes com idades tão diferentes, a organização do prêmio decidiu formar uma Comissão Avaliadora. Para isso convidou dois artistas e um designer gráfico que, devido ao seu senso estético, possuem a habilidade necessária para perceberem sutilezas que talvez passariam despercebidas pela maioria das pessoas, contribuindo dessa forma para uma avaliação muito mais criteriosa e fundamentada para esta seleção. Conheça os avaliadores que gentilmente se dispuseram a colaborar com este projeto.
perfeito o fato de que no Caderno Especial contém não só os premiados, mas todos os desenhos participantes, pois o incentivo aos pequenos é fundamental. Em relação à escolha, levei em consideração a abordagem da temática proposta, a idade do participante na hora de avaliar seu desenho, a originalidade e o empenho demonstrado nos traços e na pintura. O trabalho de uma criança de dois anos me surpreendeu pela motricidade fina bem desenvolvida. Cada um dos seis salientou-se por peculiaridades, cores e envolvimento com o tema. Foi um prazer participar”, comentou.
de quatro metros de altura, feito de isopor reaproveitado, montado na Fiergs em POA no último mês de novembro, durante um show beneficente. No projeto, Mai une o Mentes Coloridas, pintando ao vivo num lado do palco, o Cerepal, que é composto por pessoas com problemas neurológicos cantando sob a coordenação de Tiago Ferraz (também voluntário), do outro lado. No centro, muitos artistas gaúchos como Nenhum de Nós e Borguetinho, que doam seus cachês para a causa do Cerepal.
Andrea Hilgert Jornalista formada pela Unisinos, pósgraduada em Poéticas Visuais - Fotografia, Gravura e Imagem Digital pela Universidade Feevale. Deu início a exposições individuais e coletivas em 2007, além de organizar mostras de trabalhos de artistas. Professora de Fotografia na Universidade de Santa Cruz do Sul (2014 a 2016), também realiza oficinas para grupos de interessados. Foi a artista convidada do Ateliê Infantil Fazendo Arte para ensinar fotografia para a garotada em 2010, experiência que culminou com uma exposição dos trabalhos realizados na Galeria Modernidade, em Novo Hamburgo/RS. Ela avalia que os trabalhos realizados nesse projeto realizado pelo IBTeC com a parceria da Bibi foram muito bons, assim como a iniciativa. “Achei
Mai Bavoso Artista plástico nascido em Jundiaí/ SP, vive no Rio Grande do Sul desde 1983 e dedica parte do seu tempo ao trabalho com educação infantil. Para ele a iniciativa é muito importante, pois estimula os pequenos a observarem o mundo e traduzi-lo através da arte. “A criatividade é a ferramenta mais eficaz para construir um mundo mais sustentável. É com iniciativas como esta que criamos o ambiente para este aplicativo”, considera. Com trabalhos expostos na Espanha, França e EUA, divulga o RS por onde passa. O respeito pela cultura gaúcha é comprovado, por exemplo, no projeto Rock de Galpão, onde traduz os costumes e tradições do estado em desenhos únicos. São muitas faces do artista que também canta, toca violão e compõe para as crianças da escola Infantil Planeta Mágico. Novidade foi a montagem de um Transformer
Fábio Mentz Scherer Designer formado pela Feevale, trabalhou como diretor de arte em agências de publicidade, sendo responsável por criações de campanhas, peças gráficas, identidades visuais e desenvolvimento de websites. Atualmente atua com designer no Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro Calçado e Artefatos, onde é responsável por todos os projetos gráficos, de comunicação visual e marketing. Também desenvolve os anúncios do instituto na Revista Tecnicouro, assim como a capa da publicação e infográficos para as reportagens. Fábio avaliou que o concurso de desenhos foi muito positivo. “Possibilitou que as crianças refletissem sobre o tema meio ambiente e sustentabilidade e se divertindo ao mesmo tempo. Um ponto importante a ser destacado é a criatividade, pois as crianças ainda possuem uma imaginação fértil, onde tudo é possível e os desenhos refletem isso”, aponta.
Andrea Hilgert
Mai Bavoso
Fábio Mentz Scherer
92
• janeiro | fevereiro
Reconhecimentos 2001 - Conquista o Destaque Exportação de Tecnologia pela Abicalçados; 2002 - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista pela 1ª vez o Prêmio Primus Inter Pares Assintecal/Braskem categoria Imprensa; 2005- Conquista o Reconhecimento dos Consultores do Sebrae-RS; 2006 - Conquista o Prêmio Finep de Inovação Tecnológica; 2007 - Conquista o Troféu Expressão de Excelência Tecnológica; 2008 - Conquista o Troféu Destaque Institucional da Couromoda; 2010 - Conquista o Prêmio Top Ser Humano, promovido pela ABRH/RS; - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista pela 2ª vez o Prêmio Primus Inter Pares Assintecal/Braskem categoria Imprensa; 2011 - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista o 3º Prêmio Primus Inter Pares Assintecal/Braskem categoria Imprensa; 2012 - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista o 4º Prêmio Primus Inter Pares Assintecal/Braskem categoria Imprensa; 2013 - Conquista medalha pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP); - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista o 5º Prêmio Primus Inter Pares Assintecal/Braskem categoria Imprensa; 2015 - É reconhecido como Melhor Fornecedor em Inovação de Produto ou Serviço pela Bibi; - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista o 6º Prêmio Primus Inter Pares Assintecal/Braskem categoria Imprensa; 2016 - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista o 7º Prêmio Primus Inter Pares Assintecal/Braskem categoria Imprensa; - Reportagem da Revista Tecnicouro conquista o Prêmio Direções categoria Imprensa pela Abicalçados.
IBTeC promove a excelência sustentável
C
riado no dia 07 de outubro de 1972, o IBTeC atua em todo o território nacional e busca ampliar constantemente a sua oferta de soluções para aumentar a competitividade da indústria brasileira através de diferenciais que agreguem valor aos produtos através de inovações tecnológicas, especialmente visando ao conforto e à saúde do usuário e à proteção do meio ambiente. Prestando anualmente em torno de 30 mil atendimentos entre os testes laboratoriais e as consultorias externas, é acreditado internacionalmente pelo instituto inglês Satra e pela agência de importação CPSC dos Estados Unidos, além de ter o reconhecimento junto à rede americana Sears. Também é acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCR) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e conta com as certificações BSI (ISO 9001/2008) e Rede Metrológica RS, bem como o reconhecimento junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Conscientização e envolvimento das pessoas O instituto promove o tratamento dos impactos ambientais de seus produtos, processos e instalações através de ações descritas em seus procedimentos, conforme os requisitos da ISO 17025. A conscientização dos colaboradores, assim como o envolvimento em questões ambientais, ocorre a partir da definição de ações que orientam e incentivam a melhoria da qualidade de vida e a proteção da natureza, tais como a correta separação dos resíduos gerados durante a rotina diá-
ria no instituto e o depósito nas respectivas lixeiras que são devidamente identificadas (papéis, plásticos, metais e orgânicos), para posterior tratamento. Uma empresa terceirizada e licenciada recolhe o material e faz o destino correto de acordo com a legislação ambiental. As sobras de materiais de ensaio são devolvidas aos clientes e os resíduos sólidos e líquidos do laboratório são coletados e enviados para o destino final em aterro de resíduos perigosos. Todo o processo é controlado por auditorias. Além de ser uma organização que não possui passivos ambientais, conforme relatórios de órgãos governamentais a exemplo da Polícia Federal, Exército e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, onde constam conformidade no uso de produtos químicos, o IBTeC oferece know-how, através do Laboratório de Substâncias Restritivas, para auxiliar as empresas que buscam adequar seus produtos com as exigências internacionais, relativas à presença de substâncias que possam causar danos à saúde do consumidor e ao meio ambiente. Já o Laboratório de Microbiologia realiza ensaios para atender as necessidades de empresas que procuram desenvolver materiais e produtos que gerem menor impacto ambiental quando descartados ao meio ambiente. A Revista Tecnicouro, por sua vez, edita, desde 2011, o Caderno de Sustentabilidade e Inovação Tecnológica, que tem como objetivo disseminar práticas sustentáveis realizadas pelas organizações, bem como pesquisas e novas tecnologias que visam a solucionar problemas ambientais.
janeiro | fevereiro •
93
F
undada em 1949, a Calçados Bibi é referência no mercado de calçados infantis, sendo pioneira neste segmento no Brasil. Com uma produção anual girando em torno de 3 milhões de pares, está presente em mais de 60 países nos cinco continentes e, no âmbito nacional, em mais de 3 mil lojas multimarcas, além de mais de 60 franquias, 16 lojas próprias e 1 e-commerce. Considerando que a proteção do meio ambiente é uma prática indispensável nos diferentes setores de toda organização efetivamente preocupada com a integridade do planeta, o presidente Marlin José Kohlrausch conta que a empresa, com a sede instalada em Parobé/RS, procura garantir a sustentabilidade do negócio e a geração de valor por meio do desenvolvimento e da inovação de seus produtos, e busca gerar riqueza de maneira consciente preservando os recursos naturais e a saúde e proteção dos usuários, bem como dos trabalhadores. “Com a missão de contribuir para o desenvolvimento feliz e natural da criança, nós acreditamos que o crescimento de uma empresa está diretamente ligado à qualidade de vida, inovação, aprendizagem, transparência e credibilidade. Comprometidos com esses valores e com a nossa comunidade, adotamos práticas sustentáveis na empresa como um todo”, salienta o gestor.
Reconhecimento Prova desse comprometimento é a conquista, em 2014, do Selo Prata de Sustentabilidade concedido pelo Programa de Origem Sustentável que é desenvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal), USP (Universidade de São Paulo) e MIT (Massachusetts Institute of Technology). Em novembro de 2012 a empresa já havia recebido o Selo Bronze
94
• janeiro | fevereiro
deste programa. A certificação atesta o compromisso da Bibi com as iniciativas sustentáveis nos processos industriais, bem como com o desenvolvimento de ações em sintonia com os três pilares da sustentabilidade: Ambiental, Econômico e Social, tornando - a 1ª indústria calçadista a obter este destaque. Para isso, a empresa investiu no gerenciamento e redução de resíduos gerados na fabricação dos produtos, no tratamento e reutilização da água, no controle do consumo de matérias-primas e no desenvolvimento de produto com foco na redução de emissões, em práticas de saúde preventiva e no planejamento estratégico.
Padrões internacionais de toxicidade Mesmo ainda não existindo no setor coureiro-calçadista brasileiro um regulamento quanto à utilização de substâncias químicas e restritas, a Bibi lançou em 2014, com o apoio do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), um projeto até então inédito no País relacionado ao gerenciamento de toxicidade nos produtos e processos. Com a iniciativa, tornou-se também a pioneira no segmento a se adequar às principais legislações internacionais sobre o assunto, monitorando e adequando processos produtivos e matérias-primas nos mais diversos estágios da cadeia, desde o fornecedor até o consumidor final. “Incentivamos o consumo consciente das novas gerações e uma produção limpa em nome da vida, buscando cada vez mais tornar a Bibi uma marca global de desejo”, garante Marlin Kohlrausch, destacando que dentre os propósitos estão os desejos de se tornar a empresa mais inovadora do mundo em calçados infantis, ser a melhor marca infantil do planeta e a melhor empresa para se trabalhar.
FOTO DIVULGAÇÃO
A Bibi tem a sustentabilidade no seu DNA
Respeito à biodiversidade
C
om área total de 243.899,64m², sendo 197.899,64m² no Rio Grande do Sul e 46.000m² na Bahia, a Calçados Bibi, apesar de não situar-se em áreas protegidas e áreas de preservação permanente (APPs), mantém, em suas duas unidades, áreas verdes e de preservação, proporcionando aos seus colaboradores o contato com o meio ambiente e a biodiversidade.
Arborização da empresa Sempre que ocorre um fato relevante para a empresa (visitação, concretização de uma nova parceria) na sede no Rio Grande do Sul é realizado o plantio de uma muda de árvore, para simbolizar e marcar desta forma o fato. Com este sistema, a companhia já possui centenas de exemplares em desenvolvimento, oriundos destes plantios.
Utilização da água Com aproximadamente 80% do uso da água para consumo de seus colaboradores, o restante é utilizado em ciclo fechado, no processo de resfriamento para produção de solados injetados na unidade do Nordeste, não sendo incorporada água no produto final. Também não há geração de efluentes líquidos industriais. Em sua sede, no RS, conta com estação de tratamento de 100% dos efluentes oriundos dos sanitários e do refeitório industrial, atingin-
do aos parâmetros exigidos pela legislação vigente. Este efluente, após tratamento, é lançado na rede pública canalizada.
Embalagens As caixas dos calçados possuem o selo Carbono Neutro, que demonstra a preocupação com o meio ambiente e atenção na contratação do fornecedor.
Gestão de resíduos A gestão adequada dos resíduos produzidos nas operações industriais é uma prioridade para a Bibi, que em 2013 zerou o envio de resíduos sólidos a aterros sanitários em sua unidade localizada no RS. Estes resíduos têm como destino a reutilização, a reciclagem e o coprocessamento em fornos de clínquer. Na Bahia, a empresa busca parceiros para viabilizar o coprocessamento de 100% dos resíduos não recicláveis. Por meio do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) implantado em ambas as unidades operacionais, segue o que está estabelecido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Nº 12.305/2010) e desenvolve ações como treinamentos para correta separação dos resíduos sólidos, acompanhamento da coleta externa e atendimento a emergências ambientais.
janeiro | fevereiro •
95
96
â&#x20AC;˘ janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro â&#x20AC;˘
97
98
â&#x20AC;˘ janeiro | fevereiro
janeiro | fevereiro â&#x20AC;˘
99
100
â&#x20AC;˘ janeiro | fevereiro