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Introdução

Introdução

Este trabalho é o resultado de pesquisas realizadas sobre os temas escolhidos pelas escolas de samba da Cidade de São Paulo, relacionadas à negritude, durante os desfiles de carnaval dos anos de 1977 a 1990, realizados na Avenida Tiradentes, e como esses enredos foram abordados pela imprensa. O Interesse por este tema das Escolas de Samba se relaciona diretamente com as minhas memórias de infância, e que me levaram a conhecer as mais diferentes variações do samba, vindas de diversos lugares. Nasci e cresci no bairro da Casa Verde, zona norte da cidade da São Paulo, no final da década de 1970, onde percebi que o tempo de recreação e convivência social estava ligado, em grande parte, ao futebol e ao samba, muitas vezes ocupando o mesmo espaço geográfico. As experiências compartilhadas entre estes os grupos sociais fortaleciam as relações de classes e criam suas tradições, valores, ideias e formas institucionais1. Foi quando observei que a valorização do samba vinha de encontro a um traço cultural que simpatizava e se sensibilizava com as questões sociais latentes da realidade brasileira. A luta pela sobrevivência, em um espaço construído historicamente pala desigualdade, segregação e racismo, fez das escolas de samba espaços negros de sociabilidade, somando-se a outros grupos excluídos, que fizeram do samba a sua voz, jocosa e satírica, cultuando-o durante todo o ano nos diversos eventos pelas quadras das Escolas, como nas apresentações das alas das baianas, de passistas, dos compositores, da bateria , shows, rodas de samba e etapas da escolha dos sambas-enredo para carnaval. Os discos de samba-enredo sempre me chamavam muito a atenção. Traziam consigo passagens da história do Brasil. Se, por um lado, as reconstruções históricas que surgiam através dos discos de samba, eram atrativas para os meus ouvidos, já que traziam assuntos da minha vida escolar, por outro lado, as aulas de história dadas em sala de aula eram extremamente

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1 THOMPSON, E. P. A formação da cl as se operári a i ngl esa: a árvore da l i berdade, 1. 2ºedi ção. Ri o de Janei ro: Paz e Terra, 1987. P. 10

cansativas, monótonas. Tal situação se agravava quando, por vezes, tentei inutilmente estabelecer uma relação entre uma canção e o conteúdo dado pela professora de história, a qual desqualificou as produções artísticas, demonstrando até certo desprezo pela cultura popular como fonte histórica. Ainda relatando sobre o caráter didático que os sambas-enredo despertavam em mim, recordo-me de um outro momento ainda na infância - não sei exatamente o ano e nem a escola de samba em questão - quando na casa de meu vizinho Hudson, estávamos assistindo o início dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro quando o narrador explicou o significado de uma frase que estava em palavras africanas, contida na letra daquele samba. Naquele momento eu disse para o avô do meu vizinho, o Sr Edson, que também assistia ao desfile conosco, que eu nunca havia escutado aquelas palavras. Com todo o carinho de um ancião, ele explicou dizendo que, talvez, isso devia-se ao fato de eu ser descendente de italianos. Naquele momento, meu amigo e vizinho Hudson questionou ao avô sobre suas origens, quando o avô afirmou sorridentemente que a descendência da sua família era de africanos. Um pouco mais tarde, frequentando os ensaios das escolas de samba Rosas de Ouro e Camisa Verde e Branco, na companhia de meus amigos e parentes, percebi que o samba serviu de ligação cultural para relacionamentos afetivos de uma família e vizinhança multirracial. Longe de afirmar que vivíamos em uma democracia racial e harmônica, afirmo que o prazer da convivência solidificou relações sociaismuito diferente do que foi construído historicamente em nosso país.

O afeto capaz de levar à abolição do racismo é o sentimento (visão e ação) que abole a distância ontológica (psíquica e territorial) entre o mesmo e o outro. Nasce, portanto, de uma comunidade, de uma parceria (trocas, interações, trabalho conjunto, convivênc ia prolongada) entre singularidades e não de uma cívica e piedos a tolerância democrática. Não se trata apenas de isonomia ( igualdade perante o sistema jurídico e social), mas principalmente de isotopia –igualdade de lugares (SODRÉ, 2000).2

2 SODRÉ, Muniz. Cl aros e Escuros: I dentidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis, Ed. Vozes, 2000. P.262.

No ano de 1993 foi fundada na rua Ouro Grosso, no bairro da Casa Verde, a Escola de Samba Império de Casa Verde. A proximidade desta com a minha residência possibilitou-me envolver mais intensamente com as atividades comunitárias, necessárias para uma escola de samba desfilar no carnaval. Passei a participar como ritmista e a ter contato com pessoas mais velhas, que vivenciaram o carnaval da Avenida Tiradentes. Naqueles primeiros anos do Império de Casa Verde, muitas pessoas que vieram de outras agremiações trabalhavam para desenvolver a escola, e traziam suas vivências formando um mosaico de experiências sobre os desfiles, algo que guardo na lembrança com muito carinho e que pretendo, de certa forma, trazer para as discussões acadêmicas. A primeira intervenção significativa da prefeitura de São Paulo para oficializar os desfiles aconteceu no ano de 1968, porém, o recorte cronológico adotado para esta pesquisa foi o período em que estes desfiles ocorreram na avenida Tiradentes, entre os anos de 1977 e 1990, que vai de encontro à “profissionalização” do carnaval. Sobre a realidade das escolas de samba no primeiro ano do desfile na Avenida Tiradentes, Seu Inocêncio3 disse o seguinte:

Antes, o pessoal era mais unido. Qualquer serviço que tivesse que ser feito na escola a gente arrumava entre o próprio pessoal, ninguém cobrava nada. Agora, ninguém faz nada de graça, temos que pagar tudo, até para o sujeito bater meia dúzia de pregos.

Trata-se de uma realidade em que os desfiles se tornam atrativos à indústria do entretenimento, gerando, gradativamente, muita receita às escolas e especialização das atividades. É nessa época também que surge uma preocupação por parte da prefeitura de São Paulo em ampliar as estruturas para os desfiles, impactando diretamente nas apresentações artísticas das escolas. Para que se tenha uma referência do crescimento do evento, em 1968, ano da oficialização dos desfiles, havia dezoito agremiações divididas em 1º e 2º grupos e Cordões4 .

3 Se u I nocêncio Tobias – Fundador da Escola de Samba Mocidade Ca misa Ve rde e Bra nco e m 1953. Folha de São Pa ul o, 10 de fe vereiro de 1977. P. 35

4 Dados obti dos na Bi bl i oteca Di gi tal da Soci edade Amantes do Samba Paul i s ta - SASP.

Já em 1977, primeiro ano de desfile na avenida Tiradentes, existiam 51 agremiações, divididas em 1º, 2º, 3º e 4º grupos5 . Em 2018, 98 agremiações participaram dos concursos, divididas entre Liga Independente das Escolas de Samba – LIGA e a União das Escolas de samba de Paulistanas – UESP. A Liga Independente das Escolas de Samba –LIGA é o órgão responsável pela organização de todos os processos necessários para o desfile das escolas de samba do Grupo Especial e do Grupo de Acesso; e a União das Escolas de samba Paulistanas - UESP, era responsável pelos desfiles de escolas de grupos que almejavam ascensão. Entendemos como necessário perceber o caráter de resistência das pessoas que criaram a UESP, trabalhando para o fortalecimento das escolas de samba diante dos agentes civis e militares que controlavam os órgãos repressores pelos quais o carnaval era submetido. Vale ressaltar alguns dos objetivos presentes no Estatuto da UESP:

I congregar as escolas de samba que tenham sede e foro no município de São Paulo; II Defender e divulgar a música popular brasileira, principalmente o samba; III lutar por igualdade social e racial; IV assessorar, sempre que convocada, a secretaria de turismo e fomento em todas as questões referente aos desfiles de carnaval; V promover solenidades comemorativas do Dia do Samba; VI Lutar pela da Federação das Associações de Samba do Estado de São Paulo, congregando as entidades associativas dos outros municípios e pela fundação da Confederação da Federações das Estaduais das associações de Escolas de Samba, congregando as federações de outros Estados.6

Este documento datado de 1974 mostra que a UESP e, consequentemente os sambistas que faziam o carnaval daquele período, encontravam-se engajados com as questões raciais e entendiam que o desfile das escolas de samba trazia consigo um caráter político quanto às questões raciais.

5 O Es tado de S. Paul o, 22 de feverei ro de 1977.

6 BARONETTI, Bruno Sanches . Da ofi ci alização ao s ambódromo. Um es tudo s obre as es col as de s amba de São Paul o. São Paul o 2013 FFLCH/USP. Referênci a reti rada de Urbano 2006 p. 96

Ainda refletindo sobre o engajamento da UESP com as questões de afirmação negra em nossa sociedade, destacamos a existência de constantes diálogos contidas nas inúmeras correspondências presentes em seus arquivos nos anos referentes ao balizamento cronológico adotado para a pesquisa referentes aos eventos e organizações em todo o território brasileiro , tais como: Associação Renovadora dos Homens de Côr do Brasil, Coletividade Negra de São Paulo, Conselho Geral do Memorial Zumbi, Assessoria Afro-Brasileira, Afoxé Filhos da Coroa de Dadá, Centro de Estudos Africanos FFLCH-USP. Quando nos referimos às memórias negras trazidas nos desfiles, procuramos perceber quais eram os valores, idealizações, anseios, símbolos de negritude, construções de memórias e resistências, contidos nas narrativas que abordavam a religiosidade, as realidades materiais daquele cotidiano, as denúncias de racismos e segregações, as homenagens, os espaços geográficos, representações artísticas e esportivas e a História do Brasil. O termo Negritude adotado na pesquisa vai de encontro às perspectivas atribuídas aos intelectuais e movimentos negros no sentido da formação de uma conscientização, cultivo e valorização das estéticas e formas diaspóricas de viver nas Américas, rejeitado o racismo colonial e construindo identidades negras, assim descritas por Abdias do Nascimento nos anos 1970 sobre o Teatro experimental do Negro.

Unificado nos anos 70, Florestan Fernandes teceu comentários bastante elogiosos ao Teatro Experimental do Negro, de Abdias do Nascimento, que incorporou o debate sobre a ideologia da negritude como meio de valorização política da estética negra, cujo propósito se colocava pelo combate à imagem negativa e depreciativa de mulheres e homens negros.7

Evidentemente, por se tratar de uma arte diaspórica, diante de uma visão mais ampla, podemos considerar todos os assuntos abordados como dignos de memória coletiva negra, no ambiente da cidade. Os enredos são muito variados e vão desde homenagens ao Corpo de Bombeiros da cidade de São Paulo (em

7 FERNANDES, Fl ores tan. Si gni fi cado do Protes to Negro. São Paul o, Expres s ão Popul ar, co-edi ção Edi tora da Fundação Pers eu Abramo, 2017. P.13.

pleno período ditatorial sob a égide do Ato Institucional nº5 - AI5) à imigração japonesa. Contudo, os temas relacionados à negritude são mais numerosos, sempre presentes no imaginário dos integrantes das escolas e entoados, ainda hoje nos ensaios e “esquentas” das escolas de samba. Muitos sambas memoráveis foram compostos em um período em que não havia obrigatoriedade da cultura negra ser estudada nas salas de aula8 , ganhando corpo e visibilidade à cultura negra na cidade de São Paulo, que traz no censo comum e legitimado pelo poder público e elite econômica, características de uma imponência relacionada ao trabalho, aos bandeirantes e aos imigrantes, onde o carnaval e a negritude são marginalizados. De acordo com esta perspectiva, Geraldo Filme9 , testemunha sempre presente e participante das antigas manifestações culturais populares de São Paulo, sobretudo das reprimidas manifestações culturais da população negra, destaca a importância social dos desfiles:

“A escola, um teatro na avenida, é um meio de contar e lembrar ao povo o passado de sua raça e sua importância na formação do país”10

Tendo como principal referência para a pesquisa as composições denominadas samba-enredo, é sensato levar em consideração algumas particularidades que não existem nas gravações convencionais. Para esclarecer, o processo de formação de um samba-enredo é de responsabilidade da ala dos compositores, que criam canções para a representação musical do enredo proposto pelo carnavalesco (figura central de um desfile que vai ganhando importância ao longo do período em estudo) ou pela comissão de carnaval. É de extrema importância que a linguagem visual

8 Lei nº10.639/03 - Art. 26-A. Nos es tabel eci mentos de ens i no fundamental e médi o, ofi ci ais e parti cul ares , torna-s e obri gatóri o o ens i no s obre Hi s tóri a e Cul tura Afro-Bras i l ei ra. § 1o O conteúdo programáti co a que s e refere o caput des te arti go i ncl ui rá o es tudo da Hi s tóri a da Áfri ca e dos Afri canos, a l uta dos negros no Bras i l , a cul tura negra bras i l eira e o negro na formação da s oci edade naci onal, res gatando a contri bui ção do povo negro nas áreas s oci al, econômi ca e pol íti ca perti nentes à Hi s tória do Bras i l .

9 Geral do Fi l me, cantor, compos i tor, ati vi s ta, pres i dente da UESP entre os anos de 1977 a 1979. 10 Fol ha de São Paul o, 12 de feverei ro de 1977. P 29.

contida no desfile esteja em harmonia com a letra do samba, ou seja, a narrativa do desfile e a melodia, devem ser atrativas e contagiantes.

“Se a música faz dançar, a letra deve convidar todos, segundo Martinho da Vila, a participar de um sonho, da magia que é a história imaginada e contada por uma escola de samba na avenida (BLASS, 2007).”11

É de fácil conclusão que existe um aspecto central para a musicalidade na apresentação da agremiação numa competição carnavalesca. A escolha de um samba passa por todo um cerimonial e pode-se considerar uma das etapas mais importantes da confecção do desfile. Os responsáveis pela escolha formam um júri, composto por dirigentes da escola, diretores de harmonia, chefes de alas, mestre de bateria e o carnavalesco, que dentre outros fatores, analisam a reação do público diante da apresentação dos sambas.

Cada versão passa por um período de amadurecimento, ou seja, é avaliada por suas potencialidades no sentido de articular canto e dança, além do grau de dificuldade na pronúncia das palavras que influem a memorização da letra. Todos os quesitos são considerados, tendo em vista as possíveis consequências para a evolução dos foliões e componentes da escola de samba no seu desfile na avenida.12 .

Pensando ainda no processo de composição de um enredo, que depende de todo um esforço coletivo, destacamos as palavras de Maurice Halbwachs:

Um homem, para evocar seu próprio passado, tem frequentement e necessidade de fazer apelo às lembranças dos outros. Ele se report a a pontos de referência que existem fora dele e que são fixados pela sociedade. (HALBWACHS, 1990)13

Assim como nos rituais e tradições orais das civilizações africanas, um desfile de escola de samba traz consigo memórias cultuadas dentro de um cortejo artístico com música, canto e dança.

11 BLASS, Lei l a Mari a da Si lva. Des fi le na aveni da, Trabal ho na es cola de s amba: a dupl a face do carnaval.1 edi ção. São Paul o: Annabl ume edi tora, 2007. P. 66. 12 BLASS, Lei l a Mari a da Si lva. Des fi le na aveni da, Trabal ho na es cola de s amba: a dupl a face do carnaval.1 edi ção. São Paul o: Annabl ume edi tora, 2007. P. 74 13 HALBWACHS, Mauri ce. A memóri a col eti va. São Paul o: Vérti ce edi tora. 1990. P. 54.

Além das letras dos sambas, compõem o corpo documental desta dissertação entrevistas e registros fotográficos das capas dos Long-Plays - LPs, arquivos pessoais e acervos do Museu da Imagem e do Som de São Paulo - MIS e as coberturas dos veículos de comunicação televisiva e impressas de maior circulação daquele período. O interesse pelas coberturas dos veículos de comunicação vem de encontro com uma nova perspectiva dentro dos desfiles das escolas de samba da cidade de São Paulo, assim como a necessidade de reconhecimento da figura do sambista, pois a ressonância dos temas tornam-se mais amplos na cidade. Portanto, o presente trabalho tem como proposta analisar como a negritude era representada pelas escolas de samba de São Paulo e como os jornais de maior circulação e, posteriormente, a televisão transmitiam para o público estas representações. Reconhecemos a importância das pesquisas realizadas a respeito da atuação da imprensa nos períodos de carnaval, para melhor compreensão das relações entre o público e as escolas de samba que contribuíram para a massificação do evento. Analisamos os veículos de comunicação não como meros narradores dos conceitos, mas percebendo que a imprensa veicula ideias, conceitos, propostas que são engendradas pela práxis social dos grupos cujos interesses defende constituindo-se, ela própria, num momento dessa prática, divulgando para os seus leitores visões de mundo de acordo com as classes as quais representam14 . O primeiro capítulo aborda a formação e as características de uma escola de samba, o surgimento e os artifícios para a aceitação social na cidade do Rio de Janeiro, pioneira nesta forma de representação carnavalesca. Em seguida, analisaremos o processo de oficialização dos desfiles das escolas de samba em São Paulo e como chegaram à Avenida Tiradentes. Ainda no primeiro capítulo analisaremos as memórias negras durante o período do AI5 e a censura prévia

14 VIEIRA, M. do Pi l ar de A.; Pei xoto M. do Ros ári o da C.; Kul cs ar, Ros a; Khoury, Yara A. Imprens a como fonte para a pes qui s a hi s tóri ca. Projeto Hi s tóri a. Revi s ta do Programa de Es tudos Pós -Graduados de Hi s tóri a, PUC-SP. V. 3 1984. P. 47 e 48.

que persistiu até 1983 e como os principais jornais da cidade reportavam este evento. Ainda no primeiro capítulo analisaremos a presença dos mascotes que ilustraram os desfiles de algumas escolas de samba no período em estudo. O segundo capítulo analisa os enredos das escolas de samba no período de 1984, quando finda a censura prévia, e se consolida o televisionamento do desfile, até o ano de 1986, e todos os encontros e desencontros que vão levar a presença maciça da iniciativa privada a se interessar pelos eventos e de que forma a imprensa divulgou estes acontecimentos. O terceiro capítulo analisa os carnavais de 1987 até 1990, último ano da passarela na Avenida Tiradentes, quando os desfiles se deslocam para o Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo, popularmente denominado Sambódromo do Anhembi. Neste período o desfile é transferido para sábado, justamente para o televisionamento do evento pela Rede Globo e Televisão. Além do amplo destaque ao carnaval do centenário da abolição em 1988. Assim como as discussões sobre o local de uma passarela definitiva para a cidade e o posicionamento dos jornais. Os caminhos da pesquisa passaram pela análise das produções artísticas dos desfiles de carnaval, juntamente com produções jornalísticas, além de editoriais e cadernos de cultura que manifestavam suas posições políticas e culturais sobre o desfile e os seus desdobramentos pela cidade.

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