2.1. Processos Cognitivos 2.1.3. A APRENDIZAGEM Prof. Marina Santos
2007
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Definição de aprendizagem Aprendizagem: mudança comportamental relativa-mente permanente, permanente que deriva da experiência e da prática (e não da maturação ou de transformações físicas/fisiológicas) e o processo de aquisição desses conhecimentos.
O termo é utilizado para designar quer o processo de aprender, quer o resultado desse processo. Ocorre no interior do organismo, pelo que não pode ser directamente observável; observável Implica uma alteração comportamental relativamente a um estado anterior; As modificações processadas têm de ter um carácter duradouro; duradouro Implica sempre alguma forma de exercício. exercício 2
Modalidades de aprendizagem
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Tipos de aprendizagem 1. O condicionamento clássico (pavloviano/respondente):
Ivan PAVLOV e John WATSON; Aprendemos com o que nos acontece.
2. O condicionamento operante:
Edward THORNDIKE e Burrhrus F. SKINNER; Aprendemos com as consequências dos nossos actos.
3. O condicionamento indirecto/vicariante ou aprendizagem observacional (social/por modelação):
Albert BANDURA; Aprendemos sobretudo com as consequências dos actos de outras pessoas, observando-os.
4. Aprendizagem por insight. 4
Tipos de aprendizagem
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A Aprendizagem
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Behaviorismo e condicionamento
A aprendizagem por condicionamento assenta na concepção behaviorista de que a aprendizagem resulta de associações entre estímulos e respostas. respostas
Os behavioristas reconhecem que a aprendizagem implica um processo interno, mas este só é reconhecido quando se traduz num comportamento. A definição behaviorista do conceito de aprendizagem centra-se exclusivamente no comportamento enquanto directamente observável e mensurável (como resultado). A teoria behaviorista da aprendizagem é representada pelo paradigma S-R (Situação-Reacção). O organismo é uma “caixa negra” e apenas temos um conhecimento objectivo daquilo que nele se passa através das reacções (conjunto de respostas).
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1. O condicionamento clássico
O condicionamento clássico, pavloviano ou respondente é uma forma simples de aprendizagem, na qual uma resposta naturalmente provocada por um estímulo passa a ser provocada por um outro estímulo, anteriormente neutro (que, por si só, não suscitava uma resposta).
Como? O estímulo neutro é repetidamente emparelhado com o estímulo natural (incondicionado ou não condicionado), de tal modo que posteriormente se torna num estímulo condicionado. Qual é o resultado? O estímulo condicionado (EC) desencadeia uma resposta condicionada (RC), que é semelhante à resposta produzida pelo estímulo incondicionado (EI).
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1.a) PAVLOV e o condicionamento clássico Ivan Pavlov (1849-1936)
Foi precursor do behaviorismo, pelas experiências que conduziu num ambiente experimental rigorosamente controlado. Demonstrou que os cães podem ser condicionados a salivarem a uma grande variedade de estímulos que não estão, por só, associados à comida. Estava convicto de que a aprendizagem humana era semelhante à dos animais (reflexos condicionados) e que não deveria ser descrita em termos mentais ( ao contrário de Wundt). 9
As fases do condicionamento clรกssico
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Processos de condicionamento
Estímulo incondicionado/não condicionado:
Estímulo condicionado:
Resposta incondicionada/não condicionada:
Resposta condicionada:
Aquele que produz uma resposta sem necessidade de aprendizagem prévia ou associação Estímulo neutro que, repetidas vezes associado a um estímulo incondicionado, provoca uma resposta semelhante à deste, mas que resulta de uma aprendizagem. Conduta suscitada por um estímulo incondicionado, sem aprendizagem prévia. condicionado.
resposta suscitada por um estímulo 11
Princípios básicos do condicionamento AQUISIÇÃO: processo pelo qual a resposta condicionada é aprendida pela associação entre o EC e o EI =>aprendizagem de uma nova conduta (por condicionamento). EXTINÇÃO: eliminação da RC, quando o EC é repetidamente apresentado sem o EI=>R aprendida já não é reforçada X RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA: aparecimento temporário de uma resposta extinta, após um período de repouso =>Recondicionamento(se novamenteEI+EC)ou Extinção(se EI permanece sozinho) GENERALIZAÇÃO DO ESTÍMULO: processo que consiste em alargar a resposta aprendida a novos estímulos que se assemelhem ao estímulo usado no treino. DISCRIMINAÇÃO: processo que consiste em responder diferenciadamente a estímulos que apresentem um certo grau de semelhança entre si. 12
1.b) WATSON e o condicionamento clássico
John Watson (1878-1958)
Principal representante do behaviorismo, define como objecto da psicologia apenas o comportamento directamente observável e adopta o método experimental. experimental As experiências feitas com animais levam-no a concluir que o comportamento não é senão um conjunto de respostas a estímulos: R=f (S). Abandona a distinção entre psicologia animal e humana e, ainda na linha de Pavlov, aplica e divulga o condicionamento clássico. 13
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Aprendizagem do medo
Albert deu a mesma resposta a estímulos para os quais não tinha sido condicionado: deu-se o processo de generalização do estímulo, em virtude da semelhança entre os estímulos apresentados posteriormente e o estímulo condicionado inicial. 15
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2. O Condicionamento operante Processo pelo qual os comportamentos são aprendidos em virtude do carácter satisfatório ou desagradável das suas consequências.
B.F. Skinner (1904-1990)
forma de aprendizagem em que as respostas voluntárias e operantes operantes (que produzem algum efeito) são controladas pelas suas consequências. O tipo de consequência que deriva do comporta mento é o factorchave do condicionamento, pois determina a sua probabilidade de ocorrência no futuro e futuro a frequência com que poderá acontecer. a frequência A base é o reforço: estímulo (positivo ou negativo) reforço que aumenta a frequência de uma resposta. O cond. operante foi descoberto por Thorndike, na mesma época em que Pavlov encontrava os reflexos condicionados 17 nos cães. Mas foi Skinner o seu maior representante.
2.a) THORNDIKE e a lei do efeito
Lei do efeito: «Respostas ou comportamentos seguidos de consequências ou efeitos satisfa- tórios tendem a repetir-se; respostas seguidas de consequências desagradáveis tendem a não se repetir». a consequência ou efeito da resposta deter-minará se a tendência para responder no futuro aumentará ou diminuirá (a manter-se). Para Thorndike, as respostas imediatamente acompanhadas por consequências satisfatórias serão aqueles que provavelmente ocorrerão e com maior frequência. A lei do efeito de Thorndike será o ponto de partida para o trabalho de Skinner, na sua concepção radicalmente behaviorista. 18
Edward L. Thorndike (1874-1949)
As experiências de Thorndike
Thorndike colocou um gato no interior de uma gaiola que construiu para o efeito, em que a porta só se abriria se o animal carregasse numa alavanca e no exterior da gaiola colocou um pedaço de comida; O gato estava esfomeado, pelo que procurava por todos os meios alcançar o alimento, começando por bater nas grades e miar; Nas suas várias tentativas, carregou por acaso na alavanca, abrindo assim a porta da gaiola e alcançando deste modo o alimento no exterior deste; Nas experiências posteriores, o gato demorava cada vez menos tempo a resolver o problema, isto é, Thorndike observou que os gestos inúteis iam sendo rejeitados, enquanto os movimentos adequados à resolução do problema iam sendo repetidos. Foi deste modo que o psicólogo chegou à formulação da lei básica do condicionamento operante: a lei do efeito. 19
2.b) Skinner e a aprendizagem operante Condicionamento operante
O condicionamento por estímulo-resposta (S-R) é associado através de reforço. O comportamento por modelagem (shaping) resulta de reforço selectivo. A melhor aprendizagem é através de comportamentos activamente emitidos pelo organismo, em que o reforço é preferível à punição. 20
A “Caixa de Skinner” O que torna esta caixa especial? - Contém um dispositivo que permite o fornecimento automático de alimento (reforço) ao animal em observação e de acordo com um plano prévio, estabelecido pelo experimentador de acordo c/ os objectivos da experiência; - Contém um mecanismo que regista as respostas do animal, o que dispensa a observação constante do experimentador , mas no final este possui um registo cumulativo do comportamento do animal. 21
As experiências de Skinner
E1 alavanca
R1 Pressão na alavanca
comida
E2
comer
R2
Colocou um rato esfomeado na “caixa operante” ou “caixa de Skinner”; O animal explora o ambiente cheirando e deambulando ao acaso dentro da gaiola; Quando, por mero acaso, acciona a alavanca, recebe uma porção de alimento; Depois de várias tentativas bem sucedidas, o rato acaba por premir automaticamente a alavanca para receber o alimento. Esta experiência demonstra que o rato aprendeu, graças ao reforço, a carregar na alavanca para obter alimento. 22
Reforço e Castigo Reforço: estímulo que aumenta a probabilidade de uma resposta; processo em que a consequência de uma resposta aumenta a tendência do organismo para a repetir.
Reforço positivo: consequência duma acção que lhe acrescenta algo agradável; situação em que um comportamento tem como resultado a adição de um estímulo agradável, aumentando a probabilidade de repetição da resposta. Reforço negativo: consequência duma acção que retira ou nega algo desagradável; situação em que um comportamento tem como resultado a remoção ou extinção de algo desagradável, aumentando assim a repetição da acção em situações similares.
Na
experiência de Skinner, o rato obtinha comida quando accionava a alavanca, o que fez c/ que aumentasse a frequência do comportamento: o rato aprendeu por reforço positivo; positivo quando o chão da gaiola lhe provocava choques eléctricos, aprendeu que estes cessavam quando accionava a alavanca e aumentou a frequência desse comportamento, por reforço negativo (retirada do estímulo aversivo). Também as pessoas tendem a repetir comportamentos quando 23 deles resulta algo de bom ou agradável.
Reforço e Castigo Castigo
ou punição: estímulo que, como consequência de um comportamento, diminui a probabilidade ou repetição da resposta dada. Punição positiva => adição de um estímulo aversivo, diminuindo a frequência do comportamento castigado. Punição negativa => remoção de um estímulo agradável, diminuindo a frequência do comportamento castigado.
Nas
experiências de Skinner, o rato carrega menos vezes na alavanca se, ao fazê-lo, receber um choque eléctrico (apresentação de um estímulo arversivo: punição positiva) positiva ou não receber comida (remoção de um estímulo apetecível: punição negativa). negativa Também as pessoas tendem a não repetir comportamentos que lhes provoquem dor ou as privem de obter algo que apreciem: a frequência de um comportamento tende a diminuir quando dele resulta algo de mau ou desagradável. 24
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Princípios básicos do condicion. operante Reforço e punição (aquisição) , generalização e discriminação do estímulos, recuperação espontânea e modelagem. Modelagem (shaping): reforço de aproximações cada vez mais bem sucedidas, por parte do sujeito, à resposta desejada pelo psicólogo ou educador. Qual é a importância da modelagem? É necessária quando por si só um organismo não emite a resposta esperada. Como? Indicando progressivamente, mediante reforço, as etapas comportamentais que conduzem ao comportamento desejado, isto é, pequenas parcelas do comportamento global desejado são recompensadas enquanto caminho para a resposta pretendida. Técnica bastante utilizada por treinadores e domadores de animais.
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Comparação entre os 2 tipos de condicionamento Condicionamento clássico ou respondente
Condicionamento operante
Como se forma De modo passivo, passivo medi- Forma-se por iniciativa do sujeito, sujeito a aprendizagem ante associação involun- o qual age sobre o meio e aprentária do EI com o Eneutro de com o resultado do que faz. De que resulta a Resulta da associação Resulta da associação de um aprendizagem entre dois estímulos. comportamento e das suas consequências. Comportamento Passivo. O comportado sujeito mento do sujeito depende do que lhe acontece (reflexos condicionados). Estímulos
Activo ou operante. O comportamento do sujeito depende das suas consequências (é condicionado).
O estímulo condicionador O estímulo condicionante é do comportamento é posterior a um dado comportaanterior a este. mento e resulta deste. 27
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3. Albert Bandura: a aprendizagem observacional
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As formas de aprendizagem observacional A aprendizagem ocorre pela observação do comportamento dos outros e das consequências desses actos para estes (positivas ou negativas) =>Aprendizagem por condicionamento indirecto/vicariante. Desenrola-se em contexto social, sendo os indivíduos influenciados por modelos: aprende-se pela observação, identificação e imitação de modelos sociais significativos .
Forma
de aprendizagem que privilegia a observação do comportamento de outros (considerados como modelos quando significativos), em contexto social.
Segundo
Bandura, temos tendência comportamento de modelos atraentes, agradáveis e com elevado estatuto social.
para bem
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imitar o sucedidos,
Condições necessárias à aprendizagem social 1. Atenção:
não basta observar. Deve-se prestar atenção àquilo que o modelo observado faz, identificando a sua conduta; 2. Retenção: é necessário representar mentalmente as acções do modelo observado, armazenando-as activamente na memória; 3. Execução/produção: memorizado o comportamento desejado, é necessário convertê-lo em acto, o que implica tempo e treino; 4. Motivação e reforço: se prevermos que seremos reforçados ou recompensados por imitar as acções de um modelo, estaremos mais motivados para reter, reproduzir e desempenhar os comportamentos observados (o reforço pode ser a aprovação dos outros). Até
certo ponto, a aprendizagem social/por modelação contém um importante princípio presente no condicionamento operante: podemos aprender e realizar muitos actos por imitação, mas a sua aquisição definitiva depende muito dos comportamentos serem reforçados ou não. 31
As experiências de Albert Bandura Muitas atitudes são aprendidas na relação com os outros (família, professores, grupo de pares, meios de comunicação social) através de processos de modelação.
A
aprendizagem observacional é uma forma muito corrente de aprendizagem e ocorre por: 1. Observação do comportamento dos outros; 2. Identificação com o modelo social observado; 3. Imitação desses comportamentos (são imitados mentalmente ou exteriormente expressos), sobretudo daqueles cujas consequências são percepcionadas como positivas. Aprendizagem
Uma criança de 14 meses observa um modelo na TV e imita o seu comportamento.
vicariante: aquisições por reforço ou castigo indirectos, em que os modos de proceder são indicados pela observação das consequências positivas ou negativas que recaem sobre os outros. 32
A famosa experiência de Bandura sobre a aprendizagem observacional do comportamento agressivo
Após observarem um adulto a comportar-se agressivamente com um boneco insuflável, as crianças imitaram muitos dos comportamentos agressivos do adulto e muitas delas reagiram de uma forma ainda mais agressiva em relação ao boneco do que aquela a que tinham assistido. 33
As experiências de Bandura Constituiu 3 grupos de crianças (de 4 anos) que visionaram um filme em que um adulto esmurrava e pontapeava um boneco: Grupo do modelo recompensado: no final, o adulto era recompensado (c/ doces e refrigerantes) e elogiado como «campião» Grupo do modelo punido: no final, o adulto agressivo foi severamente censurado e chamado de «má pessoa» por outro; Grupo de condição neutral: não lhes foi mostrada qualquer consequência da conduta agressiva do adulto do filme. Todas as crianças aprenderem comportamentos agressivos sem receberem reforço directo (mesmo quando o modelo não era reforçado ou punido) O grupo do modelo recompensado tinha maior tendência para imitar espontaneamente o comportamento agressivo do modelo A observação das consequências dos comportamentos dos outros inibe ou desinibe o desempenho da aprendizagem; a expectativa do reforço influencia o desempenho do aprendido: a imitação é mais provável se houver expectativa34de recompensa.
Efeito das consequĂŞncias observadas nos comportamentos imitados
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FrequĂŞncia das respostas agressivas
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Algumas conclusões
A teoria da aprendizagem social é, de certo modo, uma crítica às insuficiências dos condicionamentos clássico e operante: - Estes não conseguem explicar a rápida aquisição de novos comportamentos nunca antes executados pelo próprio indivíduo, pois muitas respostas simples mas rápidas não são aprendidas por tentativa e erro, antes resultam da observação dos comportamentos dos outros; - Pode haver mudança de comportamento sem que o sujeito receba directamente qualquer reforço. Apesar disso, Bandura demonstrou que os condicionamentos clássico e operante podem ocorrer de forma vicariante através da aprendizagem observacional. Nos seres humanos, a observação do comportamento dos modelos pode causar inibições ou desinibições. 37
4. A aprendizagem por insight Processo que ocorre quando se dá a compreensão,
rápida e inesperada, dos dados de um problema e da forma de os organizar para resolver esse problema. Também denominada “intuição” ou “reacção ah!”, pelo facto de surgir súbita e inesperadamente. A sua origem reside no inconsciente, onde os dados previamente adquiridos se encixam uns nos outros, sem que o sujeito se aperceba. Ligada à imaginação, é fonte de inspiração na arte e na elaboração de hipóteses científicas, mas é igualmente importante para a resolução de problemas práticos do quotidiano. 38
Outros tipos de aprendizagem
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Factores de aprendizagem FACTORES INDIVIDUAIS: 1. A idade: as capacidades cognitivas vão aumentando no decurso do processo de desenvolvimento dos indivíduos, o que permite aprendizagens cada vez mais complexas e abstractas. 2. A inteligência: uma pessoa com melhores capacidades cognitivas aprenderá com maior facilidade e terá uma melhor adaptação ao meio. (*ver unidade 7) 3. A motivação: o desejo de aprender é um factor decisivo, pois o sujeito assume um papel activo e um empenho facilitadores da aprendizagem. 4. A aprendizagem e experiência anteriores: dotado de memória, o sujeito recorda as experiências anteriores, as quais podem condicionar de forma positiva ou negativa novas aprendizagens => transferência positiva ou negativa (forma de generalização). FACTORES SOCIOCULTURAIS: as expectativas e o valor atribuído à educação pelos principais agentes de socialização; o sistema de educação vigente na sociedade => que as aprendi40 zagens individuais estão socialmente condicionadas.
Métodos de aprendizagem 1.A
distribuição da prática no tempo - aprendizagens espaçada e concentrada: a 1ª é repartida no tempo com intervalos regulares entre as sessões de trabalho, enquanto a segunda decorre sem intervalos, de forma intensiva. 2.Aprendizagem total e aprendizagem parcial: Apesar de conceptualmente distintas (aprender um assunto na sua totalidade; ou dividi-lo em partes), na maior parte das vezes conjugam-se para atingir os objectivos da aprendizagem. 3.O conhecimento dos resultados da aprendizagem: aprendemos melhor e mais depressa se conhecermos os erros cometidos; é sobretudo um incentivo à aprendizagem e constitui um reforço positivo. 4.Aprendizagem programada: de inspiração behaviorista, este método foi criado por Skinner e a sua equipa, com base nos mecanismos inerentes ao condicionamento operante.* 41