Áreas da Psicologia

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Unidade 1. A Ciência do Comportamento

Tema 1.2.

Áreas de aplicação e de intervenção da Psicologia

Profª Marina Santos

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Objectivos programáticos (cont.) 5. Identificar as principais áreas de investigação e de intervenção da Psicologia; 6. Caracterizar cada área de investigação e de intervenção; 7. Distinguir os psicólogos de outros técnicos de saúde mental; 8. Analisar o papel dos psicólogos no quotidiano.

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5. Identificar as principais áreas de investigação e de intervenção da Psicologia O objecto de estudo da Psicologia é muito complexo => Adoptar diversas perspectivas e formas de o estudar, de modo a melhor compreender a mente e os comportamentos  A Psicologia divide-se em diferentes áreas de estudo: - Separadas, pois cada uma incide em determinado aspecto; - Complementares, pois trocam teorias e metodologias. Tal como a Psicologia se relaciona com outras ciências em interdisciplinaridade, também o faz com as suas próprias áreas de estudo. 

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Áreas da Psicologia 

Psicologia Pura: investigação básica => vertente teórica - visa criar novas teorias e modelos. Psicologia Aplicada: intervenção => vertente prática - visa resolver problemas concretos. A investigação em Psicologia exige o recurso a metodologias adequadas à compreensão do funcionamento do Homem.

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Áreas de investigação e intervenção da Psicologia - Psicologia educacional - Orientação escolar e profissional - Psicologia do trabalho e das organizações

SOCIAL

- Psicologia social - Psicologia criminal - Psicologia da saúde

NORMAL Psicologia Cognitiva

- Psicologia Desportiva* - Psicolinguística - Inteligência Artificial - Etologia

Psicologia do desenvolvimento

Psicopatologia PATOLÓGICO

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BIOLÓGICO - Neuropsicologia - Neurociências - Psiquiatria - Neurologia

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6. Caracterizar as áreas de investigação e de intervenção da Psicologia 

Principais áreas de investigação da Psicologia:

Psicologia Cognitiva  Neuropsicologia  Psicologia Social Psicologia do desenvolvimento  Psicopatologia  Psicolinguística  ( Inteligência Artificial ) 

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I) Áreas de investigação 

Psicologia cognitiva: O que acontece na nossa cabeça que nos permite receber, transformar, guardar e utilizar informação? Neuropsicologia: O que é que se passa no nosso corpo que nos permite produzir pensamentos, emoções e acções? Psicologia social: O que acontece nas relações com os outros, que influências têm em nós os diversos contextos sociais? Psicologia do desenvolvimento: O que muda ao longo da nossa vida, que factores actuam nas diversas etapas? Psicopatologia: Que perturbações e desordens mentais nos afectam? Psicolinguística: O que se passa a nível da linguagem, como a adquirimos, desenvolvemos e utilizamos? Inteligência Artificial: O que podemos aprender com as máquinas?

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I) Áreas de investigação  Psicologia

cognitiva: estuda os processos mentais básicos, a cognição => percepção, memória, aprendizagem, processos de decisão  Neuropsicologia: estuda a estrutura e processos biológicos envolvidos nos processos mentais e comportamentais.  Psicologia social: estuda a natureza e funções do comportamento em sociedade e a experiência mental dos sujeitos.  Psicologia do desenvolvimento: estuda a génese e desenvolvimento das competências e os processos de mudança ao longo da vida dos indivíduos.  Psicopatologia: estuda a natureza, causas e desenvolvimento das perturbações mentais; faz o diagnóstico, tratamento e prevenção da saúde mental.  Psicolinguística: estuda os processos de aquisição e utilização de uma língua, bem como eventuais alterações e perturbações da linguagem.

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INTERVENÇÃO

Promoção de: - Desenvolvimento - Autonomia - Qualidade de vida

A PSICOLOGIA APLICADA ÁREAS de INTERVENÇÃO - Psicologia Clínica - Psicologia Educacional - Psicologia do Trabalho e Organizações - Psicologia Criminal -Psicologia Desportiva -Orientação escolar e vocacional

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TÉCNICOS DE SAÚDE MENTAL - Psicólogo clínico - Psicanalista - Psiquiatra -Psicoterapeuta - Neurologista

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II) Áreas de intervenção      

Psicologia clínica Psicologia educacional Psicologia do trabalho e das organizações Psicologia criminal/forense Psicologia desportiva Orientação escolar e profissional

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Psicologia clínica (e da saúde) PSICOLOGIA CLÍNICA: ramo da psicologia que visa a promoção e a protecção da saúde (física e mental), bem como a facilitação da adaptação funcional e psicossocial, quando a doença se instala. • A maior parte dos psicólogos trabalha em psicologia clínica.

• Realizam avaliação e diagnóstico psicológicos, acompanhamento psicoterapêutico, prevenção e intervenção comunitária, promoção de competências, intervenção precoce e apoio em situações de risco ou de catástrofe. • As áres de intervenção são diversificadas: saúde, serviços sociais, educação, trabalho, serviços de reabilitação e judiciais.

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Psicologia Educacional PSICOLOGIA EDUCACIONAL: ramo da psicologia que visa a intervenção, quer a nível da família e da escola, quer das instituições escolares, com o propósito de melhorar os processos de ensino-aprendizagem e, deste modo, contribuir eficazmente para o desenvolvimento global do aluno e da comunidade educativa.

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Psicologia do Trabalho e Organizações PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL: ramo da psicologia centrado nas questões de desempenho, satisfação no trabalho, selecção e avaliação de pessoal, relações interpessoais, processos de liderança e gestão de conflitos. Procura articular as necessidades e características individuais com as estratégias macro-organizacionais.

Funções principais:

Operário a trabalhar com uma máquina ruidosa, susceptível de causar stress. Profª Marina Santos

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Orientação escolar e vocacional

• Uma boa orientação deverá encaminhar os indivíduos para aquilo em que são competentes ou para aquilo que gostam de fazer? Geralmente, a competência e a satisfação pessoal estão associados, mas poderá não acontecer. • A orientação vocacional e profissional deverá ser um processo que acompanhe o trajecto escolar, intelectual e emocional dos jovens, e não um recurso de última hora. • O psicólogo, na escola ou no consultório, pode orientar as pessoas com problemas de escolha, sobretudo os jovens, para que prossigam um projecto de vida que corresponda a uma escolha pessoal, consciente e bem fundamentada.

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Psicologia criminal ou forense PSICOLOGIA CRIMINAL: ramo da psicologia ao serviço do direito e das instituições judiciais. Assume especial importância a nível dos tribunais, onde prestam serviços:

A defesa deste criminoso teve por base a alegada insanidade mental diagnosticada por um psicólogo.

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* Psicologia Desportiva PSICOLOGIA DESPORTIVA: ramo da psicologia que se ocupa do comportamento dos indivíduos nas situações de prática desportiva, bem como dos fenómenos psicológicos ligados ao seu desempenho físico.

O psicólogo do desporto trabalha com os atletas para os ajudar a concentrar, controlar o stress e desenvolverem competências que melhorem o seu desempenho.

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7. Distinguir os psicólogos de outros técnicos de saúde mental 

-

As pessoas que trabalham na área da saúde mental apresentam diferenças a nível de: Formação académica; Objectivos terapêuticos; Práticas e técnicas de intervenção.

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Psiquiatras e Psicólogos clínicos PSIQUIATRA: licenciatura em Medicina e especialização em Psiquiatria ou Pedopsiquiatria. PSICÓLOGO: licenciatura em Psicologia e especialização numa das suas áreas, por exemplo, psicologia clínica.  Ambos trabalham no diagnóstico e tratamento de problemas psicológicos Mas.. PSIQUIATRA: pode recorrer a terapias medicamentosas ou cirúrgicas; PSICÓLOGO: só pode recorrer aos meios terapêuticos de cariz psicológico.

Em psicologia clínica, só os profissionais c/ formação em Medicina podem recorrer a terapias que incluam a prescrição de medicamentos.

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Psicanalistas Tanto um psiquiatra, como um psicólogo (ou pessoas de outras áreas) podem fazer uma formação complementar em Psicanálise, método de estudo e de intervenção terapêutica criado por Freud e que, actualmente, conta com diversas sub-correntes.  Embora, teoricamente, psicólogos e psiquiatras possam tornar-se Psicanalistas, na prática, a maior parte dos psicanalistas provém da área da Psiquiatria.  Psicólogos e psiquiatras recorrem frequentemente a abordagens de inspiração psicanalista, que combinam com outras técnicas terapêuticas.

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Psicoterapeutas A Psicoterapia visa o objectivo clínico de ajudar as pessoas a libertarem-se de problemas do foro psico-emocional, causadores de disfunções e mal-estar. Pode ser praticada por especialistas com formação em Psicologia e em Medicina, visando actuar sobre o comportamento e o psiquismo dos pacientes. As modalidades de terapia mais usuais são:  Técnicas psicanalíticas  Terapias cognitivo-comportamentais  Terapias humanistas Terapias sistémicas.

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O âmbito das Psicoterapias

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Neurologistas Neurologistas: são médicos, tal como os psiquiatras. Têm uma especialização em Neurologia.  Utilizam metodologias de diagnóstico e de tratamento próprias da Medicina.  Diagnosticam e tratam doenças do sistema nervoso. 

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8. Analisar o papel os psicólogos na vida das pessoas Os psicólogos visam sobretudo intervir de modo a melhorar as condições de existência dos seres humanos.  Os psicólogos orientam a sua acção a nível de: - Prevenção, remediação e promoção da qualidade de vida; - Nos indivíduos, grupos, organizações ou comunidades.  A prevenção é preferível à remediação: Pretende-se diminuir a probabilidade de virem a existir acontecimentos que retirem a qualidade de vida às pessoas, procurando-se evitar ou atenuar os seus efeitos perturbadores (“ Mais vale prevenir do que remediar”). 

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Tipos de intervenção INTERVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO - intervenção realizada na presença de um risco de crise => Trabalho de prevenção em grupos de risco.  INTERVENÇÃO PARA A REMEDIAÇÃO - intervenção realizada numa situação declarada de crise => O problema já existe e o psicólogo procura soluções.  INTERVENÇÃO PARA A PROMOÇÃO - num contexto sem crise ou potencial emergência desta  Capacitação para as exigências futuras e para o desenvolvimento pessoal e interpessoal. 

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A Prevenção PREVENÇÃO: conjunto de processos a desenvolver, para evitar a ocorrência de perturbações nos pacientes. - Voltada para o futuro, visa uma população generalizada. 

 

 

Prevenção primária: pretende fazer diminuir a frequência de determinados problemas, mentais ou comportamentais, numa população ou comunidade. Prevenção secundária: visa a identificação precoce de determina- dos problemas mentais ou comportamentais. Prevenção terciária: tem como objectivos a (re)inserção social e a reabilitação de pessoas que sofrem, ou sofreram, de doenças mentais ou distúrbios de comportamento. Prevenção centrada na situação => mudar/agir sobre os contextos. Prevenção centrada nas competências => dotar os indivíduos com competências que aumentem a sua resiliência.

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A Remediação REMEDIAÇÃO: tratamento dos distúrbios, uma vez verificada a sua ocorrência. -Visa extinguir distúrbios com origem no passado, em sujeitos particulares.

A morte inesperada de um combatente provoca graves perturbações emocionais na família, que um apoio psicológico adequado poderá minorar.

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Promoção do Desenvolvimento COMPETÊNCIAS: conjuntos integrados de saberes, a que as pessoas recorrem para resolverem as tarefas com que se deparam ao longo da sua existência. DESENVOLVIMENTO: processo de aquisição e ampliação de competências, as quais são necessárias para cada pessoa poder sobreviver e adaptar-se.

A actividade dos psicólogos visa intervir junto das pessoas, de modo a que venham a adquirir competências, funcionais e afectivas, que lhes permitam uma adaptação bem sucedida nas diversas situações diárias.

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Promoção da Adaptação e Autonomia ADAPTAÇÃO: capacidade de um indivíduo viver em equilíbrio com o meio físico e social, sendo capaz de ultrapassar os obstáculos que enfrenta no decorrer do ciclo de vida.

Os psicólogos são promotores de mudança: apostam na formação da pessoa, para que esta ganhe autonomia e adaptação.

Estar adaptado é saber fazer uso da sua liberdade, assumindo regras e escolhas como suas, bem como as responsabilidades que resultem das opções que tomou.

AUTONOMIA: capacidade de um indivíduo pensar, decidir e agir por si mesmo, sem estar constantemente dependente da opinião, aceitação ou ordens dos outros. Ser capaz de construir o seu próprio caminho.

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